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Guias e Dicas
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Manual Básico sobre Sistemas Agroflorestais, Manuais, Projetos, Pesquisas de Engenharia Florestal

A elaboração desse manual de Sistemas Agroflorestais visa trazer um novo enfoque e uma alternativa de produção sustentável de alimentos aliado a adequação ambiental das propriedades rurais, cumprindo a função social da propriedade.

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2017
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Compartilhado em 19/11/2017

marcosflorestal
marcosflorestal 🇧🇷

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Baixe Manual Básico sobre Sistemas Agroflorestais e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Engenharia Florestal, somente na Docsity! Manual Básico sobre Sistemas Agroflorestais SAF's VerdeMinas 2010 FICHA TÉCNICA Autores: • Engº Agr. Esp. – Marco Aurélio Borba Moreira Coordenador Técnico Estadual de Meio Ambiente – DETEC da Emater – MG; • Engº Agr. Esp.- Fernando Cassimiro Tinoco França Coordenador Técnico Estadual de Agroecologia – DETEC da Emater – MG; • Engº Agr. MS – Maurício Roberto Fernandes Coordenador Técnico Estadual de Bácias Hidrográficas – DETEC da Emater – MG; • Engº Agr. MS – Márcio Stoduto de Mello Coordenador Técnico Estadual de Solos – DETEC da Emater – MG; • Engª Agr. MS Guilhermina Mª S. Borba Moreira Coordenadora Técnica Regional de Horticultura – UREGI Belo Horizonte da Emater – MG; • Engº Florestal Esp.– Antônio Henrique Pereira – Coordenador Técnico Regional de Meio Ambiente – UREGI Alfenas – Emater - MG Colaboradores: • Estagiária - Luisa Gouvea Pimenta; • Estagiária – Gabriela Galvão Borges Machado; • Estagiário – Adriano Figueiredo de Oliveira • Estagiária – Laís Dias Vieira Foto 01: Bioma Mata Atlântica – Floresta Estacional Semi-Decidual - Reserva do Reassentamento da Fazenda Fartura, Projeto Irapé - Capelinha / Aricanduva – MG, maio de 2006. Foto 02: Bioma Mata Atlântica – Floresta Estacional Decidual – Mata Seca – Projeto Jaíba 2003; Sistemas Agroflorestais: Os Sistemas Agroflorestais – SAF's – ou Agroflorestas são plantios biodiversificados e agroecológicos, cujas características se assemelham ecologicamente a sucessão natural dos ecossistemas, devido a grande diversidade de espécies agrícolas e florestais, que o homem planta, seguindo os ensinamentos da natureza. Com essa prática, busca-se integrar a agricultura, a floresta, os animais e os seres humanos. As plantas agrícolas, domesticadas, podem conviver com as espécies florestais, tanto exóticas quanto nativas, em uma relação de equilíbrio e harmonia, em ambientes mais complexos, onde a quantidade e a qualidade de espécies e subprodutos ofertados permanecerá por períodos mais longos. A rica biodiversidade na agrofloresta cumpre as mesmas funções das espécies de uma mata nativa. Além de alimentos, as espécies fazem uma melhor utilização da luz solar, produzem matéria orgânica e nutrientes, protegem os solos da erosão e da insolação direta. Ao trabalhar com rica biodiversidade podemos produzir mais por unidade de área cultivada. Os custos com insumos externos se reduzem, como também a dependência do agricultor. Com isso, uma produção mais diversificada, de melhor qualidade, poderá garantir melhor comercialização auferindo incremento à renda familiar. Implantação de Agroflorestas: Ao se iniciar a construção dos sistemas agroflorestais, deve se partir dos seguintes princípios: I. Em qual Bioma vamos implantar nossa agrofloresta? II. Quais os objetivos que queremos atingir? É importante a resposta a essas perguntas, porque os resultados vêm a médio e longo prazos, e nada pior do que esperar 4 – 5 anos para ver que plantou a espécie errada. As espécies e os consórcios que deveremos utilizar devem ser próprios do Bioma onde estivermos implantando o sistema e/ou adaptadas ao mesmo. Devemos observar os princípios da sucessão natural de forma que possamos obter uma produção abundante, sem a necessidade de inclusão energética (fertilizantes químicos, defensivos, etc). Identificando o Bioma e as espécies nativas ou adaptadas, temos que priorizar os nossos objetivos: produção de alimentos, preservação da biodiversidade, bens de interesse humano/mercado - medicinais, resinas, látex, óleos, entre outros. Selecionados os objetivos, temos que analisar os fatores que regulam os consórcios: arquitetura das plantas, tolerância à sombra, exigências nutricionais e de solo, umidade, afinidade no tempo da sucessão (se são plantas companheiras) e efeitos alelopáticos. I. Onde implantar as agroflorestas? II. Quais as condições de solo que iremos plantar? Conhecendo o Bioma das espécies possíveis e desejáveis, devemos decidir em qual área da propriedade os nossos objetivos serão mais facilmente alcançados e com sucesso. Devemos ter a intensa participação do agricultor nessa fase, pois, sua realidade, sua cultura, seus cultivos, hábitos e costumes influenciarão muito na formação da agrofloresta. As espécies existentes e já trabalhadas pelo agricultor permitem antecipar e visualizar o comportamento na interação entre as plantas dos consórcios. O tipo e as condições de solo podem tornar-se fator limitante, caso seja necessária a adição de muitos insumos. Assim deveremos primeiro usar condicionadores de solo, de forma que se consiga uma condição favorável à implantação do Sistema Agroflorestal. • Como proceder se a fertilidade do solo é fator limitante? MODO DE PREPARAR: Misturar os materiais e deixá-los fermentar durante 7 a 10 dias. Nos 3 ou 4 primeiros dias, a massa deverá ser revirada diariamente (3 vezes/dia). DOSAGENS E MODO DE USAR: - 300 g/cova(tomate, etc.); - 200 a 300 g/m² no preparo de canteiros de hortaliças; - 150 a 200 g/m em sulcos; - 500 g/cova em fruteiras e de espécies nativas de árvores. • Formação dos consórcios e sucessão vegetal A composição dos sistemas agroflorestais é muito diversificada, composto por várias espécies de diferentes ciclos de vida e que ocupam estratos diferentes. Entre as espécies a serem escolhidas, considerar as espécies comerciais em função das demandas existentes no mercado local, presente e futuro, que trarão segurança alimentar e geração de renda à família rural. Desenho 1: Estágio inicial de regeneração – predominância de pioneiras – crescem rapidamente, dispersam muitas sementes, plantas com espinhos, cipós, altura em torno de 3 a 5 metros (embaúba, tiririca, jurubeba, malva, capim); Desenho 2: Estágio médio de regeneração – algumas arvores mais grossas, início de formação de estratos de diferentes alturas, mais matéria orgânica na superfície do solo (andiroba, fava-branca, louro, açaí, tamboriu, ingá); Desenho 3: Estágio avançado de regeneração – espécies climáticas no topo do estrato – árvores de vários tamanhos, ocupando todos os estratos no sistema, exploração de várias profundidades pelas raízes, com muita ciclagem de nutrientes, espessa camada de matéria orgânica cobrindo o solo, muito transito da fauna se alimentando (angelim, maçaranduba, sucupira, aroeira, palmeiras em geral). A formação dos múltiplos consórcios caracterizam, basicamente, quatro fases de uma agrofloresta. 3. Climáxicas– Espécies de ciclo longo Espécie Nome Científico Espaçamento Café Coffea arabica 2 X 2 X 10 m Copaíba Copaifera langsdorffii 6 X 6 m Cítricos Citrus spp 4 X 6 m Palmito Juçara Euterpe edulis 6 X 6 m Açaí Euterpe oleraceae 6 X 6 m Pequizeiro (*) Caryocar brasiliense 10 X 10 m Vinhático, Amarelinho Plathymenia reticulata 20 X 20 m Louro Cordia trichotoma 10 X 10 m Andiroba Carapa guianensis 3 X 6 m (*) Usar o Pequizeiro apenas no Bioma Cerrado “stricto sensu” em sistemas mais abertos, menos densos, pois não suporta sombreamento. Na tabela II são apresentadas as espécies nativas indicadas para a recuperação de matas ciliares, Áreas de Preservação Permanente, com os respectivos nomes vulgares, o grupo ecológico a que pertencem e a tolerância a umidade do solo. Foram incluídas na lista aquelas espécies que aparecem em destaque na maioria dos estudos fitossociológicos em matas ciliares, e as que a experimentação científica tem comprovado sua capacidade para recuperar estas áreas. Espécies arbustivos-arbóreas, recomendadas para recuperação de matas ciliares G.E= grupo ecológico; P = pioneira; NP = Climáxica ou não pioneira; Si = secundária inicial. Quanto a indicação: A = áreas encharcadas permanentemente; B = áreas com inundação temporária; C = áreas bem drenadas, não alagáveis. TABELA II - ESPÉCIES INDICADAS Nome Científico Nome Vulgar G.E. Indicação Acacia polyphylla DC. angico-branco P B, C Acrocomia aculeata Lodd. ex Mart macaúba, macaúva P B, C Aegiplila sellowiana Cham. tamanqueira, papagaio P C Albizzia hassleri (Chod.) Burkart farinha seca P (Si) C Albizzia glandulosa Poepp & Endl. tapiá P B, C Alchornea triplinervia (Spr.) Muell. Arg. tapiá mirim P A, B Allophylus edulis (A. ST. HIL.) Juss lixeira P C Amaioua guianensis Aublet café do mato, marmelada NP C Anadenanthera macrocarpa (Benth.) Brenan angico vermelho P (Si) C Aniba fimula Mez canelinha NP A Annona cacans Warm. araticum, araticum cagão NP B, C Apulea leiocarpa Macbr. garapa NP C Aspidosperma cylindrocarpum Müell Arg. peroba poca NP B, C Aspidosperma polyneuron Müell. Arg. peroba rosa NP C Astronium graveolens Jacq. guaritá, quebra-machado P (Si) C Balfourodendron riedelianum Engl. pau marfim P (Si) B, C Bauhinia forficata Link. unha-de-vaca P (Si) B, C Blepharocalyx salicifolius (Kunth) Berg. guruçuca NP B, C Brossimum gaudichaudii Trécul. mamica-de-cadela NP B Cabrelea canjerana (Veloso) Martins canjerana NP B, C Calophyllum brasiliensis Camb. guanandi, landi NP A, B Campomanesia xanthocarpa Berg. gabiroba NP B, C Cariniana estrellensis (Raddi) O. Kuntze. jequitibá branco NP C Cariniana legalis (Mart.) Kuntze. jequitibá rosa NP C Casearia decandra Jacq. pitumba, guaçatonga, espeto NP B, C Casearia sylvestris Sw. guaçatonga, erva-de-lagarto P C Cassia ferruginea Schard. ex DC. canafístula P (Si) B, C Cecropia glaziovi Sneth. embaúba vermelha P B, C Cecropia hololeuca Miq. embaúba branca P B, C Cecropia pachystachya Trécul. embaúba P A, B Cedrela fissilis Vell. cedro P (Si) C Cedrela odorata Ruiz & Pav. cedro do brejo NP A, B Centrolobium tomentosum Guill. ex Benth araribá P A, B Cestrum laevigatum Schlecht P A, B Chorisia speciosa St. Hil. paineira P (Si) B, C Chrysophyllum gonocarpum (Mart. & Eichl.) Engl. guatambú de leite P (Si) B, C Citronella gongonha (Mart.) Howard congonha NP A, B Clethra scabra Pers vassourão, canjuja P (Si) A, B Columbrina glandulosa Perkins saquaragi vermelho, sobrasil P (Si) C Copaifera lansdorffii Desf. óleo copaíba, copaíba NP B, C Cordia ecalyculata Vell. café-de-bugre P (Si) B, C Cordia superba Cham. barbosa, grão-de-galo P C Cordia trichotoma Vell. ex Steud. louro-pardo, canela-batata P (Si) C Croton florinbundus Spreng. capixingui P C Croton priscus Müel. Arg. pau-sangue P C Croton urucurana Baill. sangra d'água, aldrago P A, B Cupania vernalis Camb. camboatã P (Si) C Cytharexyllum myrianthum Cham. pau-viola P A, B Dendropanas cuneatum Decne. & Planch. maria-mole, mandioca P (Si) A, B Duguetia lanceolata St. HIl. pindaíba, biribá NP C Endlicheria paniculata (Spreng.) J. F. Macb. canela do brejo NP A, B Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morang tamboril, orelha-de-negro P (Si) B, C Erythrina crista-gali L. suinã P A, B Erythrina falcata Benth. sainã P B Erythrina speciosa Andrews candelabro, faquinha P A, B Esenbeckia leiocarpa Engl. guarantã NP C Eugenia florida DC. guamirim NP A, B Eugenia uniflora L. pitanga NP C Euterpe edulis Mart. palmiteiro, jussara NP B Ficus citrifolia Willd. figueira P (Si) B Ficus guaranitica Schodat figueira, figueira branca P (Si) B Ficus insipida Willd. figueira branca P (Si) A, B Gallesia intergrifolia (Spreng.) Harms pau d'alho P (Si) B, C Genipa americana L. genipapo NP A, B Geonoma brevispatha Barb. Rodr. NP A, B Gomidesia affinis (Camb.) D. Legr. guamirim NP C Guapira opposita (Vell.) Reitz. maria-mole P (Si) B, C Guarea guidonea (L.) Sjeum. marinheiro, cura-madre NP A, B Guarea kunthiana A. Juss marinheiro NP A, B Guatteria nigrescens Mart. pindaíba-preta, araticum- seco NP C Guazuma ulmifolia Lam. mutambo P C Heliocarpus americanus L. jangada P (Si) C Hyeronima alchorneoides Fr. All. urucurana, licurana P (Si) A, B Hymenaea coubaril L. jatobá NP B, C Ilex brasiliensis Loes cana da praia NP A, B Ilex paraguariensis St. Hil. erva-mate NP A, B Inga affinis DC ingá, ingá-doce P (Si) A, B Inga fagifolia Willd. ingá, ingá-feijão P (Si) A, B Inga luschnatiana Benth. ingá P (Si) A, B, C Inga marginata Willd. ingá P (Si) A, B Inga uruguensis Hook. et Arn. ingá P (Si) A, B Inga vera Willd. ingá P (Si) A, B Jacaranda macrantha Cham. caroba-do-mato P (Si) A, B Jacaratia spinosa (Aubl.) A.DC. jaracatiá P C Lafoensia pacari St. Hil. dedaleiro P (Si) B, C Lithraea molleoides Engl. aroeira brava P (Si) B Lonchocarpus muehlbergianus Hass. embira de sapo P (Si) B, C Luehea divaricata Mart. açoita-cavalo P (Si) B, C Luhea grandiflora Mart. & Zucc. açoita-cavalo P (Si) C Machaerium aculeatum Raddi bico-de-pato, jacarandá-de- espinho P (Si) B, C Machaerium nictitans (Vel.) Benth. bico-de-pato, jacarandá- ferro P (Si) B, C Machaerium stipitatum Vog. sapuvinha P (Si) B, C Maclura tinctoria (L.) Don ex Steud. amoreira P (Si) B, C Plantio: As capinas, no preparo do leito, do solo e no estabelecimento dos SAF's. devem ser feitas em faixas de 1 metro de largura. Deve-se carpir apenas para a retirada das gramíneas, rizomas, estolões, e ervas daninhas. Deve-se ter o cuidado de preservar toda a camada superficial, rica em matéria orgânica. Para o plantio das espécies arbóreas, deve-se fazer uma “farofa de sementes”, juntamente, com o solo retirado do próprio local, onde elas serão plantadas. A farofa deve ser previamente umedecida antes do plantio. O pool de sementes na farofa deve ser composto de, pelo menos, 30 a 35 espécies arbóreas, de todos os extratos, de forma que tenhamos um mínimo de 10 plantas arbóreas / metro quadrado, implantado As espécies cujas sementes apresentam dormência, devem ser tratadas antes de serem adicionadas à farofa. A farofa preparada, deve ser utilizada no mesmo dia, nunca devendo ser guardada, pois, o processo germinativo já se inicia, no momento do preparo. 1. Iniciar com áreas de 20 m X 20 m ou 30 m x 30 m, facilitando a instalação do SAF; 2. Para recuperar a área, degradadas ou em processo degradativo, planejada para iniciar com Sistemas Agroflorestais (SAF's), preparar a terra com leguminosas (mucuna, puerária, feijão de porco); 3. Observar muito bem os canais de comunicação. O que a natureza está mostrando para gente. Por que as formigas atacam uma planta e não a outra do lado? • Abacaxí deve ser espaçado de 30cm X 120cm e as mudas devem ser padronizadas em torno de 30 cm de altura; • A 30 cm de espaçamento da linha de abacaxi, planta-se a farofa de sementes arbóreas; • Mudas de bananeiras devem ser plantadas a cada 3 ou 4 metros, plantando nanica e prata na mesma cova, com dimensões de 40 X 40 X 40 cm com esterco na cova – a banana nanica só fica no Sistema até o 4º ano, pois ela gosta mais de Sol. Quando aumenta o sombreamento, é a vez da banana prata prevalecer pois seu ciclo é mais longo, seu porte mais alto e tolera mais sombreamento. Obs.: Na cova da bananeira pode-se plantar rabanete, couve, tomate rasteiro e abobrinha verde. O pseudocaule da bananeira é util para fertirrigação de fruteiras e arbóreas novas (Mo, Zn, K entre outros) além de servir de armadilha contra o moleque da bananeira. No corte deve se deixar uma bacia no pseudocaule, onde o moleque irá se instalar. Depois de uma touceira de bananeira manejada dessa forma, e decomposta, ela dará lugar ao plantio do Cacaueiro e ou do Cupuaçuzeiro. • 10 árvores / m² X % de germinação para se obter as 10 árvores / m² instaladas no sistema. • Devem ter árvores/espécies vegetais de todos os extratos (emergente, alto, médio alto, médio, médio baixo, baixo e rasteiro); • As espécies agrícolas devem ser plantadas no espaçamento convencional, exceto o milho por ser emergente (milho – 2m X 0,5m); • O plantio por sementes evita capinas. Já o plantio por mudas é mais adequado para correção do Sistema ➔ Plantas indicadoras: bacabá e guapeva sob Pequizeiro Obs.: O Jaracatiá pode ser usado no lugar do Guapuruvu, ambas são emergentes no sistema delas. • Café, Ipê, Cedro Bananeira e Citrus são companheiras no sistema • Mandiocão – emergente, no pé do margaridão, no lugar do guapuruvu; • Jambo Vermelho – feijão, mandioca, abacaxi, cara – do – ar, rabanete, copaíba; • Feijão de porco com mandioca são companheiras, com o cuidado de plantar o feijão de porco no mínimo 3 – 4 meses após o plantio da mandioca; • Usar em áreas de Cerrado, com árvores velhas, o plantio do cara-do-ar (cara moela), com maracujá, com feijão bravo (acumulando P e N) – Canavália brasiliensis; • Sempre que fizer o manejo através da poda, deve ser mantido o formato natural da árvore, a arquitetura da planta; • Para o plantio de hortaliças, sob outras espécies, usar na cova 250 ml de esterco / composto; Obs. 2: Amaranthu pode ser usado e plantado na safrinha; Obs. 3: Plantar via sementes e não por mudas – as sementes já nascem mais adaptadas ao ambienta onde estão plantadas, enquanto as mudas, normalmente são tratadas super nutridas, quando são transferidas ao local definitivo sentem muito os efeitos adversos e as perdas são muitas; Obs. 4: Planta-se as manivas de mandioca inclinadas em 45º e as sementes de árvores do lado oposto onde serão as raízes da mandioca, sob a inclinação; Plantas Companheiras, Complementares e suas Funções nos SAF's: • Abacaxi, mandioca, margaridão, feijão, andú, cagaita, angico, soja, bananeira, piteira (capta água das chuvas, M.O e micorrizas), mucuna, paineira, bálsamo, ipê – São plantas companheiras em um sistema; • Margaridão deve ficar sempre por baixo da mandioca; • Acima da mandioca seria o mamão. Mucuna entra depois do 1º ano, para ela ter onde subir; • Mandiocão – emergente, no pé do margaridão, no lugar do guapuruvu; • Jambo Vermelho – feijão, mandioca, abacaxi, cara – do – ar, rabanete, copaíba; • Jambo Branco pertence ao extrato médio; • Cajueiro é emergente do sistema dele. • Acerola sob um Cedro; • Feijão de porco com mandioca são companheiras, com o cuidado de plantar o feijão de porco no mínimo 3 – 4 meses após o plantio da mandioca; • Para o plantio de hortaliças, sob outras espécies, usar na cova 250 ml de esterco / composto; • Desmódium e amendoim forrageiro – aceiro vivo contra fogo; • Ora – pro – nobis – cerca viva; • Usar em áreas de Cerrado, com árvores velhas, o plantio do cara-do-ar (cara moela), com maracujá, com feijão bravo (acumulando P e N) – Canavália brasiliensis; • Embaúba – traz mais P para superfície dos solos - “bomba de P”; • Mamona – traz mais Ca para superfície; • Gliricídia – traz mais N para superfície; • Margaridão – traz mais K para superfície; • Bananeira – Enriquece com Mo, Zn; • Mamão, mandioca, abacaxi – plantas companheiras; Podas Essas operações dependem de diversos fatores e existem vários tipos de podas que diferem entre si quanto a: – Tipo de crescimento da planta; – Arquitetura do fuste; – Colheita dos frutos; – Rendimento econômico. Subdividem-se basicamente em: 1. Poda de Formação – Feita com a planta ainda jovem no intuito de conduzi-la na melhor conformação do caule possível, visando a formação do fuste de boa qualidade; 2. Poda de Limpeza ou de Rejuvenescimento – Feita com objetivo de eliminação de brotos e galhos ladrões, laterais e indesejáveis, galhos secos, velhos e mal formados; 3. Poda de Produção – Feita periodicamente em espécies perenes, com objetivo da aumentar a produtividade da planta e melhorando a qualidade dos frutos. Eliminando brotos ladrões e galhos improdutivos e que desviariam a energia da planta. • Importante: No manejo do SAF, todo material lenhoso oriundo das podas deve ficar em contato com o solo. Deve-se misturar materiais com tempo de decomposição diferente, nunca devendo abafar-se o colo da planta, deixar, pelo menos, uma distância de 5 a 6 cm do caule. • Sempre que fizer o manejo através da poda, deve ser mantido o formato natural da árvore, a arquitetura da planta; Desenho 4: Quando as copas se tocam e a incidência luminosa se reduz é o momento de ser realizada a poda de limpeza e rejuvenescimento, que favorecerá o crescimento de outras espécies nos estratos mais baixos; Desenho 5: As podas devem ser realizadas de forma a ser respeitada a arquitetura da planta e nunca ultrapassar os 70% da copa das árvores; quer as não simbióticas, quer as dos nódulos das leguminosas, são muito estimuladas pelas práticas de calagem. A proliferação, com sucesso, da maioria dos organismos do solo depende tão decididamente do calcário, que não será possível atividade biológica satisfatória quando os montantes de cálcio e de magnésio estiverem reduzidos. Efeitos Físicos. A gênese do humo, assim como sua persistência incrementam sobremodo a granulação. Sob este aspecto, deve ser lembrada a ação estimulante da calagem em plantas com raizame profundo, especialmente as leguminosas. Para os solos eutróficos, ricos em matéria orgânica e baixa saturação por alumínio, a calagem pode ser dispensada. Todavia, a maioria das áreas onde será realizado o SAF encontra-se degradada e deve receber a calagem. É importante observar se as características químicas do solo são adequadas para a implantação do SAF, principalmente em relação a acidez, teores de alumínio trocável e disponibilidade de cálcio e de magnésio, por meio da análise de solo. Quanto a acidez, o pH em água considerado agronomicamente bom para a maioria das plantas situa-se entre 5,5 e 6,0. Para os teores de alumínio trocável, considera-se nível baixo (adequado) aqueles até 0,5 mg/dm3. A tolerância das plantas varia em relação a saturação por alumínio (m), assim como a necessidade de cálcio e magnésio (Tabela X). A correção química do solo, com o uso adequado de calcário, estimula a atividade microbiana, melhora a fixação simbiótica de nitrogênio pelas leguminosas e promove o aumento da disponibilidade de nutrientes para as plantas, além de favorecer a elevação do teor de matéria orgânica do solo. A calagem é, então, prática fundamental para a melhoria do ambiente radicular das plantas e condição primária para o sucesso do SAF. É sempre bom lembrar que devido ao efeito residual do calcário no solo, o retorno do investimento com calagem é acumulativo. Tabela X – Valores máximos de saturação por alumínio tolerados por algumas plantas (mt) e valores de X para o método do Al e do Ca + Mg trocáveis adequados para estas plantas Plantas mt (%) X (cmolc/dm3) Adubos verdes 20 2,0 Café 25 3,5 Cana-de-açúcar 30 3,5 Mandioca 30 1,0 Seringueira 25 1,0 Abacaxizeiro 15 2,0 Bananeiras 10 3,0 Abacateiro e Mangueira 10 2,5 Gramíneas aromáticas 25 1,5 Vetiver 10 2,5 Ornamentais arbóreas 15 2,0 Ornamentais arbustivas 10 2,0 Ornamentais herbáceas 10 2,5 Fonte: Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais, 5a. Aproximação. CFSEMG, Viçosa, 1999. O Caso Específico das Espécies Nativas: 1. Nitrogênio: • Nutriente de alta resposta • Forma preferencial de absorção • Rizóbio x N – mineral 2. Fósforo: • Elevada resposta: preferencialmente as pioneiras • Doses não muito elevadas • Fonte fosfatada para espécies clímax (solúvel + liberação lenta) 3. Potássio: • Pouca resposta • Uso de formas não trocáveis 4. Enxofre: • Algumas espécies: alta resposta (pau ferro, peroba rosa, cedro, pau jacaré, canafístula) • Fonte nitrogenada (sulfato de amônio) e fosfatada (super simples) 5. Micronutrientes: • Poucos estudos • Falta de resposta Recomendações: • Calagem: solos com Ca < 0,5 cmolc/dm³ e m > 50%: Elevação de V para 50% (área total) + 100g de calcário dolomítico/cova por tonelada de calcário/ha. Ou 200 g calcário dolomítico/cova (correção na cova) • Nitrogênio: 10 a 40 g de N por cova • Potássio: TEOR DE K NO SOLO BAIXO MÉDIO ALTO g K2O/COVA 30 20 10 • Fósforo: TEOR DE P NO SOLO Espécies Baixo Médio Alto g P2O5/cova Pioneiras/Secundárias 30 20 10 Clímax 40 30 10 Espécies Pioneiras: fonte de P solúvel Espécies Clímax: fonte de P solúvel + fonte de liberação mais lenta Adubação de cobertura: 30 gramas/cova de 20-0-20 parcelados aos 30, 60 e 90 dias após o plantio. Lembretes, Notas e Informações Importantes: • Embaúba – traz mais P para superfície dos solos, pela ciclagem de nutrientes – considerada uma “bomba de P”; • Mamona – traz mais Ca para superfície; • Gliricídia – traz mais N para superfície; • Margaridão – traz mais K para superfície; • Bananeira – Enriquece com Mo, Zn; • Mamão, mandioca, abacaxi – plantas companheiras; • Desmódium e amendoim forrageiro – aceiro vivo contra fogo; • Ora – pro – nobis – cerca viva; • Abacaxi, mandioca, margaridão, feijão, andú, cagaita, angico, soja, bananeira, piteira (capta água das chuvas, M.O e micorrizas), Zn, K entre outros) além de servir de armadilha contra o moleque da bananeira. No corte deve se deixar uma bacia no pseudocaule, onde o moleque irá se instalar. Depois de uma touceira de bananeira manejada dessa forma, e decomposta, ela dará lugar ao plantio do Cacaueiro e ou do Cupuaçuzeiro. • 10 árvores / m² X % de germinação para se obter as 10 árvores / m² instaladas no sistema. • Devem ter árvores/espécies vegetais de todos os extratos (emergente, alto, médio alto, médio, médio baixo, baixo e rasteiro); • As espécies agrícolas devem ser plantadas no espaçamento convencional, exceto o milho por ser emergente (milho – 2m X 0,5m); • O plantio por sementes evita capinas. Já o plantio por mudas é mais adequado para correção do Sistema ➔ Plantas indicadoras: bacabá e guapeva sob Pequizeiro Obs.: O Jaracatiá pode ser usado no lugar do Guapuruvu, ambas são emergentes no sistema delas. • Café, Ipê, Cedro Bananeira e Citrus são companheiras no sistema Glossário: Relações interespecíficas harmônicas Simbiose ou mutualismo A simbiose ou mutualismo é uma relação entre indivíduos de espécies diferentes, onde as duas espécies envolvidas são beneficiadas e a associação é obrigatória para a sobrevivência de ambas. Protocooperação Na protocooperação, embora as duas espécies envolvidas sejam beneficiadas, elas podem viver de modo independente, sem que isso as prejudique. Inquilinismo ou epibiose O inquilinismo é um tipo de associação em que apenas um dos participantes se beneficia, sem, no entanto, causar qualquer prejuízo ao outro. Comensalismo O comensalismo é um tipo de associação entre indivíduos onde um deles se aproveita dos restos alimentares do outro sem prejudicá-lo. O ser vivo que se aproveita dos restos alimentares é denominado comensal, enquanto que o ser vivo que lhe proporciona esse alimento fácil é denominado anfitrião. Relações interespecíficas desarmônicas Amensalismo ou antibiose O amensalismo ou antibiose consiste numa relação desarmônica em que indivíduos de uma população secretam ou expelem substâncias que inibem ou impedem o desenvolvimento de indivíduos de populações de outras espécies. Predatismo Predatismo ou predação é uma relação desarmônica em que um ser vivo, o predador captura e mata um outro ser vivo, a presa, com o fim de se alimentar com a carne dele. Geralmente é uma relação interespecífica ou seja uma relação que ocorre entre espécies diferentes. Mimetismo consiste na presença, por parte de determinados organismos denominados mímicos, de características que os confundem com um outro grupo de organismos, os modelos. Essa semelhança pode se dar principalmente no padrão de coloração, textura, forma do corpo, comportamento e características químicas, e deve conferir ao mímico uma vantagem adaptativa .  Mimetismo defensivo - Tem como alvo os predadores do mímico. Quando um organismo (perigoso ou não) mimetiza outro organismo perigoso. Como o mimetismo batesiano, onde uma espécie inofensiva mimetiza uma espécie perigosa.  Mimetismo agressivo - Tem como alvo a presa do mímico. Organismos perigosos que se imitam situações inofensivas, como as aranhas do gênero Myrmarachne, Família Salticidae, que se disfarçam de formigas.  Mimetismo reprodutivo - Muito comum em plantas, que mimetizam a fêmea de algumas espécies de inseto e se beneficiam da tentativa de cópula do macho para sua polinização. A camuflagem é o conjunto de técnicas e métodos que permitem a um dado organismo ou objeto permanecer indistinto do ambiente que o cerca. Têm-se como exemplos desde as cores amadeiradas do bicho-pau até as manchas verdes-marrons nos uniformes dos soldados modernos. Aposematismo Animais não-palatatáveis, tóxicos ou venenosos frequentemente anunciam sua impalatabilidade através de coloração de alerta, conhecida como coloração aposemática. Canibalismo Canibalismo é uma relação de predatismo intra-específico em que seres de uma mesma espécie comem outros seres da sua própria espécie. Herbivoria Herbivoria é uma relação desarmônica entre um consumidor primário e um produtor. Ocorre quando esse consumidor primário, herbívoro, alimenta-se do produtor Planta. Pode-se dar como exemplo qualquer consumidor primário que come a planta. Parasitismo Parasitismo é uma relação desarmônica entre seres de espécies diferentes, em que um deles é o parasita que vive dentro ou sobre o corpo do outro que é designado hospedeiro, do qual retira alimentos. Sinfilia ou esclavagismo Esclavagismo é um tipo de relação ecológica entre seres vivos onde um ser vivo se aproveita das atividades, do trabalho ou de produtos produzidos por outros seres vivos. Competição A competição interespecífica é uma relação de competição entre indivíduos de espécies diferentes, que concorrem pelos mesmos fatores do ambiente, fatores existentes em quantidades limitadas. A competição intra-específica é uma relação de competição entre indivíduos da mesma espécie, que concorrem pelos mesmos fatores do ambiente, que existem em quantidade
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