Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Degradação de fachadas de edifícios em alvenaria estrutural: caso em Salvador, Notas de estudo de Engenharia Civil

Avaliação da degradação de fachadas de edifícios em alvenaria estrutural estudo de caso em Salvador-ba

Tipologia: Notas de estudo

2017

Compartilhado em 07/07/2017

Bonifácio-Neves-De-Souza
Bonifácio-Neves-De-Souza 🇧🇷

4.7

(25)

52 documentos

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Degradação de fachadas de edifícios em alvenaria estrutural: caso em Salvador e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Civil, somente na Docsity! UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA POLITÉCNICA COLEGIADO DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL BONIFÁCIO NEVES DE SOUZA AVALIAÇÃO DA DEGRADAÇÃO DE FACHADAS DE EDIFÍCIOS EM ALVENARIA ESTRUTURAL: ESTUDO DE CASO EM SALVADOR-BA Salvador 2017 BONIFÁCIO NEVES DE SOUZA AVALIAÇÃO DA DEGRADAÇÃO DE FACHADAS DE EDIFÍCIOS EM ALVENARIA ESTRUTURAL: ESTUDO DE CASO EM SALVADOR-BA Trabalho de Conclusão de Curso de graduação apresentado à Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil. Orientador Prof. DSc. Francisco Gabriel Santos Silva Salvador 2017 5 RESUMO O sistema construtivo em alvenaria estrutural tem sido amplamente utilizado no Brasil, principalmente em edificações de interesse social, apresentando diversas vantagens em relação aos métodos construtivos tradicionais. Entretanto, com toda essa utilização em curso, ainda se percebe a necessidade de maiores estudos com a finalidade de explorar todo o seu potencial e evitar a deterioração precoce das edificações. O surgimento das manifestações patológicas pode estar relacionado ao término da vida-útil das construções, à falta de manutenção corretiva e preventiva, condições de exposição, erros de projeto, de execução e uso, dentre outros fatores. Quanto ao sistema de revestimento de fachada, são diversas as alternativas de acabamento no mercado, tais como, pastilhas cerâmicas, argamassas decorativas e pintura, o que contribui para a diversidade de ocorrências de danos, e por consequência, preocupação por parte dos seus usuários e dos profissionais da construção civil. Torna-se, portanto, necessário investigar os danos de maior incidência nas fachadas das edificações. Já que, ocorre o comprometimento do seu desempenho, e das suas funções básicas, como estanqueidade, vedação, regularização e acabamento final das fachadas, além da redução da valorização estética e econômica da construção. Diante do cenário exposto, este trabalho tem como objetivo mapear, quantificar e avaliar as manifestações patológicas presentes em fachadas de edificações situadas em Salvador/BA com idade de 30 e 35 anos. Para a inspeção e diagnóstico, foram utilizados instrumentos adequados, verificando-se as regiões com maior probabilidade de incidência, em seguida realizado o tratamento dos dados recolhidos em campo, e, por fim, discussões acerca do comportamento das edificações. Nesta pesquisa, as manifestações patológicas de maior ocorrência nas fachadas das edificações em alvenaria estrutural foram: manchamento na pintura, descascamento de pintura, fissuras, falha de vedação e desplacamento cerâmico. Além disso, ações ambientais, falha de projeto, erro de execução e ausência de manutenção foram as principais causas prováveis de manifestações patológicas em alvenaria estrutural nos empreendimentos estudados. Palavras-chave: Alvenaria estrutural, degradação, fachadas. 6 ABSTRACT The construction system in structural masonry has been widely used in Brazil, mainly in buildings of social interest, presenting several advantages over traditional construction methods. However, with all this ongoing use, we still see the need for further studies with the purpose of exploiting their full potential and preventing the early deterioration of buildings. The appearance of pathological manifestations may be related to the end of the useful life of the constructions, lack of corrective and preventive maintenance, exposure conditions, design errors, execution and use, among other factors. As for the facade cladding system, there are several finishing alternatives in the market, such as ceramic inserts, decorative mortars and paint, which contributes to the diversity of occurrences of damages, and consequently, the concern of its users and also of construction professionals. It is therefore necessary to investigate the most serious damage to building facades. The performance and its basic functions such as sealing, regularization and final finishing of the facades, as well as the reduction of the aesthetic and economic value of the construction, are compromised. In view of the exposed scenario, this work has the objective of mapping, quantifying and evaluating the pathological manifestations present in facades of buildings located in Salvador / BA, aged 30 and 35 years. For the inspection and diagnosis, suitable instruments were used, checking the regions with the highest probability of incidence, then the treatment of the data collected in the field, and, finally, discussions about the behavior of the buildings. In this research, the most frequent pathological manifestations in the facades of the structural masonry buildings were: Paint smearing, cracking, cracking, sealing failure, and ceramic tile. In addition, environmental actions, project failure, execution error and no maintenance were the main probable causes of pathological manifestations in structural masonry in the studied projects. Keywords: Structural masonry, degradation, facades. 7 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Revestimento com camada dupla. ........................................................................... 16 Figura 2 – Condições de exposição da fachada ........................................................................ 21 Figura 3 – Zoneamento bioclimático brasileiro ........................................................................ 22 Figura 4 – Precipitação de Salvador – período 1961-1990 ...................................................... 24 Figura 5 – Temperatura média mensal de Salvador – período 1961-1990 ............................... 24 Figura 6 – Insolação mensal de Salvador – período 1961-1990 ............................................... 25 Figura 7 – Umidade mensal de Salvador – período 1961-1990 ............................................... 25 Figura 8 – Bolor próximo às janelas da fachada ...................................................................... 29 Figura 9 – Descascamento de pintura ....................................................................................... 29 Figura 10 – Descascamento de pintura ..................................................................................... 30 Figura 11 – Descascamento de pintura ..................................................................................... 30 Figura 12 – Fissuras mapeadas ................................................................................................. 31 Figura 13 – Tipos de blocos para alvenaria estrutural. ............................................................. 32 Figura 14 – Sistema construtivo alvenaria estrutural. .............................................................. 33 Figura 15 – Representação esquemática das regiões de análise em uma fachada .................... 36 Figura 16 – Sistema classificativo de apoio à inspeção ............................................................ 36 Figura 17 – Ilustração esquemática da orientação das fachadas do edifício A ........................ 41 Figura 18 – Foto da fachada sul (lateral A). ............................................................................. 42 Figura 19 – Foto da fachada leste (vista da frente) ................................................................... 42 Figura 20 – Foto da fachada norte (lateral B) ........................................................................... 42 Figura 21 – Ilustração esquemática da orientação das fachadas do edifício B......................... 43 Figura 22 – Foto da fachada sudoeste (lateral C) ..................................................................... 44 Figura 23 – Foto da fachada nordeste (lateral A) ..................................................................... 44 Figura 24 – Foto da fachada sudeste (lateral B) ....................................................................... 44 Figura 25 – Ilustração esquemática da orientação das fachadas do edifício C......................... 45 Figura 26 – Foto da fachada noroeste (lateral D) ..................................................................... 46 Figura 27 – Foto da fachada nordeste (lateral A) ..................................................................... 46 Figura 28 – Foto da fachada sudeste (lateral B) ....................................................................... 47 Figura 29 – Foto da fachada sudoeste (lateral C) ..................................................................... 47 Figura 30 – Ocorrência de manifestações patológicas na fachada leste do edifício A ............. 51 Figura 31 – Ocorrência de manifestações patológicas na fachada norte do edifício A ............ 51 10 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS A Área total da amostra de fachada ABCP Associação Brasileira de Cimento Portland ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas Ad Área de manifestação patológica observada na amostra de fachada BA Bahia CA Concreto armado CBIC Câmara Brasileira da Indústria da Construção CP Concreto protendido CREA-BA Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia CSTC Centre Scientifique et Technique de la Construction ENGIZC Estratégia Nacional para Gestão Integrada da Zona Costeira FD Fator de Danos IAU USP Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo INMET Instituto Nacional de Meteorologia LEM-UnB Laboratório de Ensaio de Materias da Universidade de Brasília NAPEAD Núcleo de Apoio Pedagógico à Educação a Distância NBR Normas Brasileiras SUCOM Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Munícipio SVVIE Sistemas de vedações verticais internas e externas UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul VUP Vida Útil de Projeto RMS Região Metropolitana de Salvador RT-C Regulamento Técnico da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicas RTQ-R Regulamento Técnico da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética de Edifícios Residenciais 11 SUMÁRIO LISTA DE ILUSTRAÇÕES .................................................................................................... 7 LISTA DE TABELAS .............................................................................................................. 9 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ........................................................................... 10 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 13 1.1 OBJETIVOS ..........................................................................................................................14 1.1.1 Objetivo Geral ..............................................................................................................14 1.1.2 Objetivos Específicos ....................................................................................................14 1.2 JUSTIFICATIVA ...................................................................................................................14 1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO .................................................................................................15 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................................... 16 2.1. VEDAÇÕES VERTICIAS EXTERNAS – FACHADAS ..........................................................16 2.1.1 Sistema de revestimento de fachada ..................................................................................16 2.1.2 Norma de desempenho ........................................................................................................18 2.1.3 Degradação de fachadas .....................................................................................................20 2.1.4 Condições climáticas de Salvador-BA ...............................................................................21 2.1.5 Influência do ambiente marítimo .......................................................................................26 2.1.6 Manutenção de fachadas ....................................................................................................28 2.1.7 Principais manifestações patológicas em revestimento de fachadas ...............................28 2.2. SISTEMA DE ALVENARIA ESTRUTURAL ..........................................................................32 2.2.1 Definição ...............................................................................................................................32 2.2.2 Normas de sistemas de revestimento de alvenaria ...........................................................33 2.2.3 Classificação: processo construtivo ...................................................................................34 2.3. FERRAMENTAS DE APOIO À INSPEÇÃO E AO DIAGNÓSTICO .....................................34 2.3.1 Metodologia de avaliação de fachada e diagnóstico das patologias identificadas LEM- UnB ................................................................................................................................................34 2.3.2 Ferramenta de mapeamento da sensibilidade dos revestimentos de fachadas às manifestações patológicas ............................................................................................................35 2.3.3 Ferramenta de inspeção e diagnóstico de revestimentos cerâmicos aderentes ..............36 3. METODOLOGIA ............................................................................................................... 38 3.1. COLETA DE DADOS ................................................................................................................38 3.2. TRATAMENTO DOS DADOS ..................................................................................................38 3.3. DIAGNÓSTICO .........................................................................................................................39 12 4 CARACTERIZAÇÃO DOS ESTUDOS DE CASO ..................................................... 40 4.1. COLETA DE DADOS ...................................................................................................... 40 4.1.1 Edifício A ..............................................................................................................................41 4.2.2 Edifício B ..............................................................................................................................43 4.2.3 Edifício C ..............................................................................................................................45 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS .............................................. 48 5.1 EDIFÍCIO A .................................................................................................................................48 5.2 EDIFÍCIO B .................................................................................................................................55 5.3 EDIFÍCIO C .................................................................................................................................62 5.4 ANÁLISES GLOBAIS DOS EDIFÍCIOS INSPECIONADAS ..................................................69 5.4.1 Incidência de manifestações patológicas geral sobre as regiões tipificadas da fachada69 5.4.2 Incidência de manifestações patológicas da orientação cardeal das fachadas e proximidade com o ambiente marítimo .....................................................................................70 5.4.3 Manifestações patológicas associadas a cada região tipificada da fachada ...................71 5.7.5 Principais falhas nas fachadas dos edifícios analisados ...................................................73 5.7.6 Matriz de correlação anomalias / causas prováveis .........................................................74 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 76 6.1 CONCLUSÕES ............................................................................................................................76 6.2 RECOMENDAÇÕES PARA FUTURAS PESQUISAS .............................................................77 REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 78 15 fiscalizada em todas as fases da execução do revestimento externo” (TOMAZELI & GONÇALVES, 2016). Desejando minimizar o surgimento de danos na fachada, diversos trabalhos científicos estão sendo realizados com uso de metodologias apropriadas para catalogar e diagnosticar as ocorrências de anomalias (ANDRADE, 1997). Entretanto, tais estudos são carentes na região nordeste do Brasil, até mesmo em Salvador, quarta maior cidade do país em número populacional, e com construções em alvenaria estrutural afetadas pela influência do ambiente marítimo. Com isso, o presente trabalho pretende contribuir com os estudos na área da degradação das fachadas em alvenaria estrutural, apresentando resultados para que a construção civil os tenha como base para futuras obras. 1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO O trabalho foi divido em 6 capítulos da seguinte forma: Este primeiro capítulo tem como intensão apresentar o tema do trabalho, justificativas da importância. Além disso, apresenta o objetivo geral e específicos. O capítulo 2 aborda as vedações verticais externas desde o sistema construtiva, normas, manifestações patológicas e a manutenção. O sistema de alvenaria estrutural é abordado mostrando as normas especificas de cada tipo de bloco estrutural e a classificação do sistema. O capítulo 3 apresenta as ferramentas utilizadas na metodologia visando alcançar os objetivos do trabalho. No capítulo 5 visa apresentar os resultados e discursões com edifícios analisados. No capítulo 6 são apresentadas as considerações finais e recomendações para trabalhos futuros. Por fim, é apresentado as referências bibliográficas. 16 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1. VEDAÇÕES VERTICIAS EXTERNAS – FACHADAS 2.1.1 Sistema de revestimento de fachada Revestimento externo é o conjunto de camadas superpostas e intimamente ligadas, constituído pela estrutura-suporte, alvenarias, camadas sucessivas de argamassas e revestimento final, cuja função é proteger a edificação da ação da chuva, umidade, agentes atmosféricos, desgaste mecânico oriundo da ação conjunta do vento e partículas sólidas, bem como dar acabamento estético NBR 13755 (ABNT, 1996). O revestimento em argamassa pode ser formado em camada dupla (Figura 1) ou em massa única. Figura 1 – Revestimento com camada dupla. Fonte: ANTUNES (2010). A Tabela 1 apresenta resumidamente os elementos da fachada, suas composições e funções de acordo com Antunes (2010, apud NBR 13755, 1996; Medeiros e Sabbatini, 1999). 17 Tabela 1 – Elementos de fachada associados ao sistema de revestimento, composição e principais funções Elemento Composição Função Base ou substrato Constituído por superfície plana de parede. Podem ser concreto armado ou alvenaria de blocos cerâmicos, de blocos de concreto, blocos de concreto celular ou blocos sílico-calcários Depende de sua função na estrutura, vedação ou estrutural É a camada responsável por receber o revestimento de argamassa Chapisco Argamassa de cimento, areia e água Uniformizar a superfície da base quanto à absorção e melhorar a aderência do revestimento Emboço Mistura homogênea de agregado(s) miúdo(s), aglomerante(s) inorgânicos e água, contendo ou não aditivos ou adições, com propriedades de aderência e endurecimento Cobrir e regularizar a superfície da base ou chapisco, corrigindo defeitos irregularidades da mesma, propiciando uma superfície que permita receber outra camada, de reboco, ou de revestimento decorativo, ou que se constitua no acabamento final Reboco Mistura homogênea de agregado(s) miúdo(s), aglomerante(s) inorgânicos e água, contendo ou não aditivos ou adições, com propriedades de aderência e endurecimento Cobrir o emboço, propiciando uma superfície que permita receber o revestimento decorativo ou que se constitua no acabamento final Argamassa colante Mistura constituída de aglomerante(s) hidráulico(s), agregado minerais e aditivo(s), que possibilita, quando preparada em obra com a adição exclusiva de água, a formação de uma massa viscosa, plástica e aderente Confere aderência às placas cerâmicas junto à camada que lhe serve de base Acabamento decorativo Tinta ou placa cerâmica e argamassa de rejunte à base de cimento, areia e/ou outros agregados finos, inertes não reativos, com adição de um ou mais aditivos químicos Contribui para a definição estética do edifício e confere propriedades para a fachada como resistência à penetração de água, isolamento, limpabilidade, etc. Argamassa de rejunte Pode ser argamassa, nata de cimento, resina epóxi ou qualquer outro especificado para o devido fim Composto destinado a preencher as juntas de assentamento de placas cerâmicas. Fonte: Antunes (2010, apud ABNT NBR 13755, 1996; Medeiros e Sabbatini, 1999). 20 Tabela 3 – Valores mínimos da diferença padronizada de nível ponderada, , da vedação externa de dormitório Classe de ruído Localização da habitação I Habitação localizada distante de fontes de ruído intenso de quaisquer naturezas. ≥20 II Habitação localizada em áreas sujeitas a situações de ruído não enquadráveis nas classes I e III. ≥25 III Habitação sujeita a ruído intenso de meios de transporte e de outras naturezas, desde que conforme a legislação. ≥30 Fonte: NBR 15575-4 (ABNT, 2013). Em relação ao conforto térmico o desafio é em relação aos requisitos para as unidades voltadas para o sol poente, já que ficam expostas ao sol no período de tarde. Na versão atual da norma, houve mudança dos critérios de desempenho térmico, adequando os requisitos para avaliação detalhada por meio de simulação por computador Lucente (2013 apud CORSINI, 2013). 2.1.3 Degradação de fachadas O surgimento de manifestações patológicas nas fachadas, geralmente é causado por uma combinação de fatores que segundo Silva (2014) são:  Inexistência de projeto;  Desconhecimento das características dos materiais empregados e utilização de materiais inadequados;  Erros de execução (tanto no preparo da base, como por deficiência de mão de obra);  Desconhecimento ou não observância das Normas Técnicas e ainda por falhas de manutenção. Algumas manifestações patológicas não são tão fáceis de serem identificadas com uma análise superficial, levando à necessidade de estudos mais aprofundados (BARBOSA; LOTURCO; SANTIN, 2016). 21 As condições de exposição variam de acordo com cada região, podendo também causar danos colossais de forma muito precoce, não atendendo as exigências do usuário segundo a NBR 15575-1 (ABNT, 2013) que são segurança, habitabilidade e sustentabilidade. As principais condições de exposição são (Figura 2): “variações térmicas, ações de vento, ações de umidade, carregamentos estáticos e dinâmicos, ações de chuvas, deformações diferenciais, ações de peso próprio, abrasão e impactos e umidade do solo. ” (SILVA, 2006). Figura 2 – Condições de exposição da fachada Fonte: ABCP (2002). 2.1.4 Condições climáticas de Salvador-BA Segundo a NBR 15220-3 (ABNT, 2005) Salvador é classificado na zona 8 (FIJ) em seu Zoneamento Bioclimático Brasileiro, que abrange 53,7% do país como pode ser visto na Figura 3. 22 Figura 3 – Zoneamento bioclimático brasileiro Fonte: NBR 15220-3 (ABNT, 2005). O zoneamento tem o objetivo de abranger um conjunto de recomendações e estratégias construtivas destinadas às habitações unifamiliares de interesse social apresentados nas Tabela 4 e Tabela 5. Tabela 4 – Detalhamento das estratégias de condicionamento térmico Estratégia Detalhamento F As sensações térmicas são melhoradas através da desumidificação dos ambientes. Esta estratégia pode ser obtida através da renovação do ar interno por ar externo através da ventilação dos ambientes. I e J A ventilação cruzada é obtida através da circulação de ar pelos ambientes da edificação. Isto significa que se o ambiente tem janelas em apenas uma fachada, a porta deveria ser mantida aberta para permitir a ventilação cruzada. Também deve-se atentar para os ventos predominantes da região e para o entorno, pois o entorno pode alterar significativamente a direção dos ventos. Fonte: NBR 15220-3 (ABNT, 2005). 25 Figura 6 – Insolação mensal de Salvador – período 1961-1990 Fonte: INMET. Figura 7 – Umidade mensal de Salvador – período 1961-1990 Fonte: INMET. De acordo com as Figura 5 e Figura 7, respectivamente, a temperatura e a umidade relativa do ar em Salvador são propicias para o desenvolvimento do bolor (machas na pintura), pois apresentam variações de 15 a 35ºC e umidade relativa do ar maior que 75% ANTUNES (2010, ALUCCI et al., 1988). 0 50 100 150 200 250 300 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez In so la çã o T o ta l (h o ra s) Período 76 77 78 79 80 81 82 83 84 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano U m id ad e re la ti v a (% ) Período 26 2.1.5 Influência do ambiente marítimo O Brasil conta com aproximadamente 8.500 km e Salvador com 40 km de zona costeira (VILASBOAS, 2013), uma das maiores do mundo. Mas estudos recentes no Brasil (GARCIA, 2008) e em Portugal (ENGIZC, 2009, apud PROCIV 15, 2010, p. 28) mostram que a influência do ambiente marítimo sobre as edificações tem limite de 1,4 km e 2,0 km, respectivamente, sendo o limite entre as classes de agressividade II e III definidas na Tabela 6.1 da NBR 6118 (ABNT, 2014). Com isso, quando se inicia um projeto deve se determinar a classe de agressividade ambiental do local que a obra está instalada, neste caso classificada III tem forte agressividade e com grande risco de deterioração da estrutura. Além disso, empreendimentos muito próximos ao mar, que recebem respingos de maré são considerados classe IV com agressividade muito forte e elevado risco de deterioração da estrutura. Em estudo dissolvido em diversos bairros de Salvador mostra que empreendimentos com distância superior a 500 metros do mar já são enquadrados na classe de agressividade ambiental II, que corresponde a uma agressividade moderada e risco de deterioração da estrutura pequeno, em virtude da deposição de cloretos ser superior a 60 mg/(m².d) e não ultrapassar a 300 mg/(m².d). Todavia, deve se levar ainda em consideração que a taxa de deposição de cloretos numa edificação depende principalmente das condições de exposição (microclimas) de cada parte da estrutura, o que poderá resultar em ambientes diversos com diferentes classes de agressividade (VILASBOAS, 2013). Segundo Ferreira (2004 apud BOTO, 2014), os revestimentos de fachadas inseridos em uma zona costeira sofrem muito com a agressividade ambiental, podendo causar corrosão das armaduras em fachadas de concreto aparente. Além disso, segundo Teixeira (2011 apud BOTO, 2014), o fator umidade é a maior causa das anomalias das fachadas em Portugal e está diretamente associado à forte brisa marítima. Para garantir a vida útil mínima de projeto, a NBR 6118 (ABNT, 2014) se tornou ainda mais exigente em relação a recomendar menor relação água/cimento, maior resistência à compressão e maior cobrimento para o concreto (Tabela 6 e Tabela 7). 27 Tabela 6 – Correspondência entre a classe de agressividade e a qualidade do concreto Concreto Tipo Classe de agressividade I II III IV Relação água/cimento em massa CA ≤0,65 ≤0,60 ≤0,55 ≤0,45 CP ≤0,60 ≤0,55 ≤0,50 ≤0,45 Classe de concreto (ABNT NBR 8953 CA ≥ C20 ≥ C25 ≥ C30 ≥ C40 CP ≥ C25 ≥ C30 ≥ C35 ≥ C40 Fonte: NBR 6118 (ABNT, 2014). Tabela 7 – Correspondência entre a classe de agressividade ambiental e o cobrimento nominal para ∆c = 10 mm Tipo de estrutura Componente ou elemento Classe de agressividade ambiental I II III IV Cobrimento nominal mm Concreto armado Laje 20 25 35 45 Viga/pilar 25 30 40 50 Elementos estruturais em contato com o solo 30 40 50 Concreto protendido Laje 25 30 40 50 Viga/pilar 30 35 45 55 Fonte: NBR 6118 (ABNT, 2014). Estudo (CIRNE, 2006) junto às construtoras que realizam obras em Salvador mostrou que apenas 20% tinham projeto de revestimento de fachada, sendo que destes apenas 50% seguiu integralmente. Além disso, a pesquisa mostrou que as principais manifestações patológicas são fissuras/trincas, manchas causadas por umidade, descolamento, destacamento e infiltrações. 30 3) Desplacamento cerâmico O desplacamento cerâmico (Figura 10) acontece posteriormente ao descolamento gerando a queda de placas cerâmicas, levando ou não consigo argamassa de assentamento ou mesmo parte do emboço. Tal patologia está tendo grande notoriedade na construção civil atualmente para analisar as suas causas, tendo em vista o levantamento realizado pela empresa Neoway/Creactive com 87 construtoras (76% atuantes em São Paulo) indicou que cerca de 20% das empresas entrevistadas tiveram obras com ocorrência da patologia (PINI, 2016). Figura 10 – Descascamento de pintura Fonte: ANTUNES (2010). 4) Falha de vedação Segundo (ANTUNES, 2010) a falha de vedação esta associada à queda de rejunte, pela sua má aplicação ou falta de manutenção e ainda pode ser decorrente do processo de corrosão de esquadrias metálicas. A ausência de rejunte na interface esquadria/alvenaria permite que a água percole pela abertura levando ao surgimento de infiltrações (Figura 11). Figura 11 – Descascamento de pintura Fonte: ANTUNES (2010). 31 5) Fissuras mapeadas Manifesta-se com aberturas lineares mapeadas, forma variada e distribuídas por toda a superfície conforme Figura 12. Tais fissuras são devido a diversas causas como Segat (2005, apud THOMAS, 1989; LEAL, 2003; MASUERO, 2001; JOHN, 1995):  Retração da argamassa devido ao consumo elevado de cimento, o teor de finos elevado e o consumo elevado de água de amassamento;  Desempenho excessivo causa retração do emboço;  Falta de aderência com a base;  Número e espessura de camadas;  Argamassa com baixa retenção de água;  Cura deficiente de uma camada ou falta de cura;  Perda de água de amassamento por sucção da base ou pela ação de agentes atmosféricos;  Influência das condições climáticas na execução das fachadas devido em dias muito quentes ou secos pode provocar uma precoce desidratação da argamassa;  O emprego de aditivo normalmente faz com que a retirada da cal seja compensada com um aumento no teor de cimento, intensificando a retração de secagem.  Movimentações higroscópicas; Figura 12 – Fissuras mapeadas Fonte: ANTUNES (2010). 32 2.2. SISTEMA DE ALVENARIA ESTRUTURAL 2.2.1 Definição O bloco da alvenaria estrutural (Figura 13) pode ser fabricado por uma variedade de materiais como: o cerâmico, concreto, sílico-calcáreo e celular autoclavado, todos normatizados para garantir a qualidade do produto no momento da execução, já que danos podem causar manifestações patológicas e comprometer a estrutura, pois os blocos são os elementos estruturais que transferem toda a carga da construção para as fundações em prédios que podem chegar a 20 pavimentos no Brasil (CAMACHO, 2006). A escolha do tipo de bloco estrutural, no Brasil, varia de acordo com a região, sendo o bloco de concreto o que vem sendo mais aplicado, inclusive na cidade de Salvador, que é objeto de estudo desse trabalho. Figura 13 – Tipos de blocos para alvenaria estrutural. Fonte: Repositório NAPEAD-UFRGS (2017). 35 número de pavimentos, tipo de uso, orientação cardeal das fachadas, sistema construtivo, tipo de acabamento de fachada; a existência de projeto de revestimento, intervenções anteriores, e ainda existência de manutenção e sua frequência. 2) Inspeção e diagnóstico. O diagnóstico deve ser realizado por meio de uma inspeção detalhada do edifício com uma equipe de profissionais capacitados e com equipamentos para auxiliar o registro e visualização, como: binóculos e/ou lunetas de alta resolução, câmera fotográfica de resolução conveniente, e, atualmente, há empresas especializadas em usar drones para realizar tal serviço. Outros pontos importantes da metodologia são:  A inspeção deve analisar a gravidade dos riscos e medidas a serem tomadas;  Mapeamento das manifestações patológicas de uma prumada;  Inspeções localizadas em altura devem ser realizadas com o auxílio de técnicas de rapel, em cadeirinha, por profissional capacitado;  Caso necessário devem ser realizados ensaios em laboratório, onde existe uma variedade de métodos de avaliação;  Devem-se realizar também vistorias internas complementarmente, pois as manifestações patológicas na fachada podem impactar internamente. 2.3.2 Ferramenta de mapeamento da sensibilidade dos revestimentos de fachadas às manifestações patológicas A ferramenta desenvolvida por Gaspar e Brito (2008) foi aplicada em 150 prédios nas cidades de Lisboa, Alcochete e Tavira, em Portugal. Foi dividida em diferentes áreas a fachada (Figura 15): (1) próximo ao nível do solo (caso haja contato com o mesmo); (2) sobre paredes contínuas; (3) próximo às aberturas (janelas, portas, etc.); (4) em parapeitos, abaixo de cornijas, rufos e beirais; (5) abaixo de sacadas ou varandas; e (6) nos cantos e extremidades. 36 Figura 15 – Representação esquemática das regiões de análise em uma fachada Fonte: Silva (2014, apud GASPAR e BRITO, 2005). 2.3.3 Ferramenta de inspeção e diagnóstico de revestimentos cerâmicos aderentes Sistema de classificação proposto no trabalho realizado por Silvestre e Brito (2008) foi para a inspeção e diagnóstico de revestimentos cerâmicos aderentes e validados por meio da realização de 155 inspeções normatizadas. A metodologia de classificação é dividida em 4 partes, que são de acordo com a Figura 16: Figura 16 – Sistema classificativo de apoio à inspeção Fonte: SILVESTRE & BRITO (2008). Sistema Classificativo Anomalias Fichas de Anomalia Causas Prováveis Métodos de Diagnóstico Fichas dos Metódos Técnicas de Reparação Fichas dos Reparos 37 Os autores elaboraram a ferramenta para que facilitasse a abordagem dos fenômenos patológicos, já que é um conjunto de múltiplas e complexas camadas que o constituem. Necessidades que já foram apontadas na metodologia desenvolvida no trabalho de (CAMPANTE, 2001), segundo (SILVESTRE & BRITO, 2008). As causas prováveis na matriz de correlação estão divididas em falhas de projeto, erros de execução, ações acidentais, falhas de manutenção e alteração das condições inicialmente previstas. 40 4 CARACTERIZAÇÃO DOS ESTUDOS DE CASO Os 3 edifícios selecionados foram de alvenaria estrutural. A localização será próxima à orla marítima e extremo de Salvador, visando avaliar a incidência de manifestações patológicas com relação à proximidade do meio marítimo. Os empreendimentos analisados provavelmente são classificados NBR 6118 (ABNT, 2014) na classe de agressividade ambiental II, agressividade moderada e risco de deterioração da estrutura pequeno, tendo em vista estudos apresentados por VILASBOAS (2013). 4.1. COLETA DE DADOS Os dados preliminares de identificação dos empreendimentos analisados são apresentados na Tabela 8. Tabela 8 – Informações preliminares dos edifícios Fonte: O autor (2017). Edifício A Edifício B Edifício C Idade (anos) 35 30 30 Distância do mar / bairro 5 km (São Marcos) 1,9 km (Patamares) 1,7 km (Engenho Velho da Federação) Número de andares 4 4 3 Acabamento de fachada Pastilha (6x6cm), cerâmica (35x35cm) e pintura Pintura e pastilha até a altura 70 cm na fachada sudoeste (lateral B) Pintura Intervenções anteriores Sim, pastilha em 2012 Não informado Fachada nordeste e sudoeste foram pintadas há 5 anos (2012) Área da fachada (m²) 448,99 815,0 1.151,93 41 4.1.1 Edifício A 4.1.1.1 Orientação das fachadas Para facilitar a coleta e tratamento de dados, foi feita a identificação das orientações das fachadas, para melhor entendimento, como segue nas Figura 17 a Figura 20: Figura 17 – Ilustração esquemática da orientação das fachadas do edifício A Fonte: O autor (2017). 42 Figura 18 – Foto da fachada sul (lateral A). Fonte: O autor (2017). Figura 19 – Foto da fachada leste (vista da frente) Fonte: O autor (2017). Figura 20 – Foto da fachada norte (lateral B) Fonte: O autor (2017). 45 4.2.3 Edifício C Para facilitar a coleta e tratamento de dados, foi feita a identificação das orientações das fachadas, para melhor entendimento, como segue nas Figura 25 a Figura 29. 4.2.3.1 Orientação das fachadas Figura 25 – Ilustração esquemática da orientação das fachadas do edifício C Fonte: O autor (2017). As Figura 26 e Figura 29 representam as fachadas que não passaram por manutenção e que estão totalmente deterioradas. 46 Figura 26 – Foto da fachada noroeste (lateral D) Fonte: o autor (2017). Figura 27 – Foto da fachada nordeste (lateral A) Fonte: O autor (2017). 47 Figura 28 – Foto da fachada sudeste (lateral B) Fonte: O autor (2017). Figura 29 – Foto da fachada sudoeste (lateral C) Fonte: O autor (2017). 50 Tabela 12 – Valores de ocorrência e fator de danos na fachada norte do edifício A Região da fachada Ocorrência de danos (%) Fator de Dano (%) Paredes contínuas - - Aberturas 36,86 16,70 Cantos e extremidades 14,62 53,39 Topo 41,78 100,00 Nível do solo (alicerce) 6,73 49,66 Fonte: O autor (2017). Nas Figura 30 a Figura 32 serão apresentados à porcentagem de ocorrência de cada manifestação patológica em relação à orientação cardeal. Na Figura 32 em que apresenta na fachada sul falha de vedação devido à ausência de reaplicação do rejunte ocasionou internamente nos apartamentos o empolamento da pintura gerada pela infiltração de umidade pela chuva. Com isso, recomenda se realizar manutenções periódicas com a limpeza da fachada a cada dois ou três anos e reaplicação do reajunte. A pastilha está sendo atualmente bastante usada no revestimento de fachadas devido apresentarem grande valorização econômica e estética, mas os proprietários do empreendimento devem analisar o custo de manutenção, pois como foi apresentado deve-se realizar limpeza e reaplicação periódico de acordo com a análise do grau de deterioração, mas como se pode perceber a manutenção não tem a sua devida atenção nos empreendimentos analisados neste trabalho e em outros estudos como (CIRNE, 2006) realizado em Salvador. A fachada leste (Figura 30) apresentou machas de umidade na cerâmica que provavelmente foi devido ao surgimento da umidade acidental, que é proveniente de vazamentos do sistema de distribuição no banheiro do apartamento Antunes (2010, apud PEREZ, 1988). 51 Figura 30 – Ocorrência de manifestações patológicas na fachada leste do edifício A Fonte: O autor (2017). Figura 31 – Ocorrência de manifestações patológicas na fachada norte do edifício A Fonte: O autor (2017). Figura 32 – Ocorrência de manifestações patológicas na fachada sul do edifício A Manchas de umidade na cerâmica 5% Manchamento na pintura - Bolor ou mofo 94% Descascamento de pintura 1% Fissuras mapeadas 81% Manchamento na pintura - Bolor ou mofo 19% 52 Fonte: O autor (2017). Todas as falhas observadas nas fachadas do edifício são apresentadas na Figura 33 em que machadas na pintura e fissuras mapeadas foram as que tiveram maior incidência. Apesar do desplacamento cerâmico ter apresentado uma baixa ocorrência, mas como foi colocado há apenas 5 anos (2012) a pastilha na fachada sul, então pode ser que o deslocamento esteja em estágio inicial, com isso se deve realizar ensaios específicos de laboratório e campo no revestimento cerâmico, rejunte, argamassa de assentamento e emboço para saber as causas. Falha de vedação 99,96% Desplacament o cerâmico 0,04% 55 Figura 36 – Mapeamento das manifestações patológicas da facada norte (sem escala) Fonte: O autor (2017). 5.2 EDIFÍCIO B O edifício B também apresenta grande deterioração na região topo como pode ser vista na Tabela 14, devido à ausência de detalhes construtivos como rufo pingadeira. Nas Tabela 15 a Tabela 17 são apresentados o fator de danos e ocorrência de danos para cada orientação cardeal e relação a cada região da fachada. 56 Tabela 14 – Valores de ocorrência e fator de danos geral nas fachadas do edifício B Região da fachada Ocorrência de danos (%) Fator de Dano (%) Paredes contínuas 48,43 15,52 Aberturas 23,54 5,01 Sacadas - - Cantos e extremidades 5,72 11,28 Topo 22,31 52,88 Nível do solo (alicerce) 1,75 7,55 Fonte: O autor (2017). Tabela 15 – Valores de ocorrência e fator de danos na fachada nordeste do edifício B Região da fachada Ocorrência de danos (%) Fator de Dano (%) Paredes contínuas 30,59 4,92 Aberturas 8,55 0,17 Sacadas - - Cantos e extremidades 18,09 3,20 Topo 0,00 0,00 Nível do solo (alicerce) 42,76 19,40 Fonte: O autor (2017). 57 Tabela 16 – Valores de ocorrência e fator de danos na fachada sudeste do edifício B Região da fachada Ocorrência de danos (%) Fator de Dano (%) Paredes contínuas 64,51 15,41 Aberturas 21,79 11,35 Sacadas - - Cantos e extremidades 3,69 20,29 Topo 10,01 48,05 Nível do solo (alicerce) 0,00 0,00 Fonte: O autor (2017). Tabela 17 – Valores de ocorrência e fator de danos na fachada sudoeste do edifício B Região da fachada Ocorrência de danos (%) Fator de Dano (%) Paredes contínuas 17,48 27,51 Aberturas 27,37 5,32 Sacadas - - Cantos e extremidades 8,07 13,95 Topo 47,07 100,0 Nível do solo (alicerce) 0,81 3,58 Fonte: O autor (2017). Nas Figura 37 a Figura 39 serão apresentados à porcentagem de ocorrência de cada manifestação patológica em relação à orientação cardeal. 60 Tabela 18 – Fator de dano (%) da fachada do edifício B Fachada do Edifício Área de manifestação patológica (m²) Área total da fachada (m²) Fator de Dano da fachada (%) Nordeste 3,06 207,9 1,47 Sudoeste 30,0 207,9 14,43 Sudeste 54,8 399,7 13,71 Edifício B 87,9 815,5 10,77 Fonte: O autor (2017). Nas Figura 41 a Figura 43 são apresentados o mapeamento das manifestações patológicas usadas para calcular o fator de dano. Figura 41 – Mapeamento das manifestações patológicas da facada sudeste (sem escala) Fonte: O autor (2017). 61 Figura 42 – Mapeamento das manifestações patológicas da facada sudoeste (sem escala) Fonte: O autor (2017). Figura 43 – Mapeamento das manifestações patológicas da facada nordeste (sem escala) Fonte: O autor (2017). 62 5.3 EDIFÍCIO C A ausência de detalhe construtivo rufo pingadeira na platibanda da edificação C contribuiu para o surgimento de manchas (bolor ou mofo) e de sujeira no topo da fachada (Tabela 19), pois elas interceptam a lâmina d´água, resultando num fluxo que se projeta afastado da fachada (ANTUNES, 2010). Tabela 19 – Valores de ocorrência e fator de danos geral nas fachadas do edifício C Região da fachada Ocorrência de danos (%) Fator de Dano (%) Paredes contínuas 29,62 100,00 Aberturas 58,91 48,11 Cantos e extremidades 3,25 57,50 Topo 8,22 100,00 Nível do solo (alicerce) 6,16 68,47 Fonte: O autor (2017). Nas Tabela 20 a Tabela 23 são apresentados o fator de danos e ocorrência de danos para cada orientação cardeal e relação a cada região da fachada. As fachadas sudeste (Tabela 21) e sudoeste (Tabela 22) estão totalmente deteriorados devido à ausência de manutenção. Tabela 20 – Valores de ocorrência e fator de danos na fachada nordeste do edifício C Região da fachada Ocorrência de danos (%) Fator de Dano (%) Paredes contínuas - - Aberturas 84,00 36,46 Cantos e extremidades 3,13 11,67 Topo 12,86 100,0 Nível do solo (alicerce) 5,43 100,00 Fonte: O autor (2017). 65 Figura 46 – Ocorrência de manifestações patológicas na fachada sudeste do edifício C Fonte: O autor (2017). O surgimento de manchas e descascamento da pintura na parte inferior das janelas (Figura 47) provavelmente foi devido à ausência de pingadeira na face inferior do peitoril, detalhe construtivo recomendável para que impeça que a água da chuva escoe abaixo das janelas. Figura 47 – Ocorrência de manifestações patológicas na fachada noroeste do edifício C. Fonte: O autor (2017). Descascamen to de pintura 100% Descascamento de pintura 56% Manchamento na pintura - Bolor ou mofo 44% 66 Figura 48 – Ocorrência de manifestações patológicas global do edifício C Fonte: O autor (2017). A Tabela 24 mostra que as fachadas sudoeste e sudeste apresentam fator de dano máximo, pois não tiveram manutenção há muito tempo, por fatores econômicos e são praticamente inacessíveis aos moradores, reduzindo o seu grau de importância na valorização estética para os moradores. Tabela 24 – Fator de dano (%) da fachada do edifício C Fachada do Edifício Área de manifestação patológica (m²) Área total da fachada (m²) Fator de Dano da fachada (%) Nordeste 45,1 98,07 46,0 Sudoeste 98,07 98,07 100,0 Sudeste 477,9 477,9 100,0 Noroeste 53,37 477,9 11,2 Edifício C 674,4 1151,93 58,5 Fonte: O autor (2017). Manchamento na pintura - Bolor ou mofo 20% Descascamento de pintura 79% Fissuras mapeadas 1% 67 Nas Figura 49 a Figura 52são apresentados o mapeamento das manifestações patológicas usadas para calcular o fator de dano. Figura 49 – Mapeamento das manifestações patológicas da facada noroeste (sem escala) Fonte: O autor (2017). Figura 50 – Mapeamento das manifestações patológicas da facada sudeste (sem escala) Fonte: O autor (2017). 70 5.4.2 Incidência de manifestações patológicas da orientação cardeal das fachadas e proximidade com o ambiente marítimo Devido ao uso de materiais diversos e o ciclo de manutenção que cada empreendimento passa durante a sua vida útil, não se pode demonstrar estatisticamente (Figura 54) uma correlação entre a orientação cardeal da fachada e a degradação da mesma. Mas, é de se esperar que a fachada sudeste tenha maior incidência de manifestações patológicas, devido à maior incidência da chuva por conta do vento; com isso, no projeto de fachada, deve se ter uma maior atenção na impermeabilização e nos detalhes construtivos da fachada sudeste, visando aumentar sua vida útil. Figura 54 – Incidência de manifestações patológicas geral dos edifícios Fonte: O autor (2017). Além disso, não foi possível correlacionar a proximidade com o ambiente marítimo com a maior incidência de danos, tendo em vista que os edifícios B e C têm praticamente a mesma distância do mar e apresentam incidência de manifestações patológicas distintas conforme Tabela 25 e Figura 21. Já o edifício A, que é o mais distante, é o que tem maior fator de danos. É de se esperar que empreendimentos mais próximos do mar tenham maior 85,4% 20,0% 89,5% 69,7% 1,47% 14,43% 13,71% 10,77% 46,0% 100,0% 100,0% 11,2% 58,50% 0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% 100,0% Norte Sul Leste Edifício A Nordeste Sudoeste Sudeste Edifício B Nordeste Sudoeste Sudeste Noroeste Edifício C Fator de Dano (%) 71 incidência de danos (SERRA, 2012), mas isto pode ser explicado pelo fato da manutenção e dos materiais usados nos prédios não ser iguais. Tabela 25 – Fator de dano dos edifícios estudados Edifício A Edifício B Edifício C Proximidade com ambiente marítimo (km) 5,0 1,9 1,7 Fator de danos (%) 69,7 10,77 58,5 Fonte: O autor (2017). 5.4.3 Manifestações patológicas associadas a cada região tipificada da fachada São apresentados gráficos, mostrando a incidência de danos em relação às manifestações patológicas em torno de cada região estudada nos prédios. Pode-se perceber nas Figura 55 a Figura 59 que o descascamento de pintura e manchamento da pintura (bolor ou mofo) foram as manifestações patológicas com maior incidência. O manchamento da pintura (bolor ou mofo) provavelmente foi causado pela ausência de detalhes construtivos apropriados na platibanda das edificações (rufo pingadeira). Figura 55 – Incidência geral de danos em torno de paredes continuas dos edifícios estudados Fonte: O autor (2017). 49,80% 50,06% 0,14% 0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% In ci d ên ci a d e d an o s (% ) Manchamento na pintura - Bolor ou mofo Descascamento de pintura Fissuras mapeadas 72 Figura 56 – Incidência geral de danos em torno de aberturas dos edifícios estudados Fonte: O autor (2017). Figura 57 – Incidência geral de danos em torno de cantos e extremidade dos edifícios estudados Fonte: O autor (2017). 17,83% 75,76% 0,84% 5,57% 0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00% In ci d ên ci a d e d an o s (% ) Falha de vedação Fissuras mapeadas Descascamento de pintura Manchamento na pintura - Bolor ou mofo 71,39% 28,55% 0,05% 0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00% In ci d ên ci a d e d an o s (% ) Fissuras mapeadas Descascamento de pintura Manchamento na pintura - Bolor ou mofo 75 Tabela 26 – Matriz de correlação causas prováveis / manifestação patológica Fonte: O autor (2017). Normalmente o surgimento de uma manifestação patológica está associado a mais de uma causa, como pode ser percebido na Tabela 26. Como se pode perceber, as causas prováveis que tem maior correlação com as manifestações patológicas são focos de umidade (C4) e chuva dirigida (C1) e a manifestação patológica que tem maior influência das prováveis causas é descascamento de pintura. Com isso, recomenda se realizar projeto de revestimento de fachadas visando escolher materiais adequados e projetar detalhes construtivos nos peitoris e nas platibandas essenciais para apresentar maior durabilidade da fachada. Além disso, deve se ter maior atenção no projeto de revestimento de fachadas nas Manifestações Patológicas (M) Fissuras mapeadas Falha vedação Descascamento de pintura Manchamento na pintura Manchas de umidade na cerâmica Desplacamento cerâmico C au sa s P ro v áv ei s (C ) A1 – Esc X X X A2 – Pin X X C1 – Chu X X X X X C2 – Sol X C3 – Tér X C4 – Um X X X X X X C5 – En X X X X B – Man X X X D – Exec X X X A – Falhas de projeto A1 – Escolha de materiais incompatível, omissa, ou não adequada à utilização A2 – Ausência de pingadeiras B – Ausência de manutenção C - Ações ambientais C1 – Chuva dirigida C2 – Radiação solar C3 – Choque térmico C4 – Focos de umidade C5 – Envelhecimento natural D – Erro de execução 76 ações ambientais, pois de acordo com a Tabela 26 foi a que apresentou maior influência no surgimento dos danos encontrados no empreendimento. Os proprietários dos edifícios analisados devem contratar profissionais capacitados para elaborar o manual de uso, operação e manutenção dos edifícios de acordo com a norma NBR 14037 (ABNT, 2014) e experiência do profissional com base nas boas práticas da construção civil, pois com isso os moradores terão um manual para a tomada de decisões na manuteção da edificação. Tendo em vista que à ausência de manutenção proporcionou o grau de deterioração que as fachadas de apresentaram. 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 6.1 CONCLUSÕES As manifestações patológicas com maior incidência foram: manchamento na pintura (48,805%), descascamento de pintura (37,61%), fissuras mapeadas (10,038%), falha de vedação (2,555%), manchas de umidade na cerâmica (0,99%) e desplacamento cerâmico (0,001%). Mas é de se observar que na fachada dos prédios em sua maioria o revestimento era em pintura. As regiões analisadas nas edificações estudadas com maior incidência de dano foram: 1º topo (70,13%), 2º paredes contínuas (66,95%), 3º cantos e extremidades (50,21%), 4º Nível do solo (37,71%) e 5º aberturas (32,19%). A região topo que teve a maior incidência de manifestações patológicas provavelmente foi devido à falta ou deficiência do detalhe construtivo na platibanda da edificação. Na análise da degradação das fachadas em relação à proximidade com o ambiente marítimo e a orientação cardeal, pode se perceber que o uso de materiais diversos e a periodicidade de manutenção que cada edifício passa durante a sua vida útil influência na apresentação de correlações, mas é de se esperar que empreendimentos mais próximos do mar tenham maior incidência de danos e deve ser levado em consideração durante a realização do projeto de revestimento de fachadas. Além disso, é de se esperar que a fachada sudeste tenha maior incidência de manifestações patológicas devido à maior incidência da chuva por conta do vento, com isso no projeto de fachada deve se ter uma maior atenção na impermeabilização e nos detalhes construtivos da fachada sudeste, visando aumentar sua vida útil. 77 Ações ambientais, falhas de projeto, erro de execução e ausência de manutenção são as principais causas prováveis de manifestações patológicas em alvenaria estrutural nos empreendimentos estudados com base na matriz de correlação adaptada em 2008 por José Silvestre e Jorge de Brito, que leva em consideração também os erros de execução, ações acidentais, falhas de manutenção e alteração das condições inicialmente previstas. Os empreendimentos analisados ainda carecem de um planejamento para realizarem manutenções estabelecidas pela NBR 5674 (ABNT, 2012) o que causa uma elevação dos gastos futuros com a manutenção corretiva. 6.2 RECOMENDAÇÕES PARA FUTURAS PESQUISAS Recomenda-se realizarem-se estudos da incidência de manifestações patológicas na cidade de Salvador e RMS com a análise de outros sistemas construtivos que também são predominantes. Analisar-se um maior número de empreendimentos do mesmo sistema construtivo para se ter um maior espaço amostral e poder apresentar com maior confiabilidade os resultados. Estudar empreendimentos em alvenaria estrutural mais recente para poder analisar a incidência de manifestações patológicas em idades diferentes. Investigar a incidência de manifestações patológicas em edifícios altos, pois tem grande predominância em Salvador. 80 Instituto Nacional de Metrologia (INMET). Brasília, DF. Disponível em: <www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=clima/normaisClimatologicas/>. GARCIA, R. B. Avaliação da atmosfera marinha em estruturas de concreto na região de Florianópolis - SC. 2008. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, Santa Catarina, 2008. Disponível em: <http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/91047>. GASPAR, P.; BRITO, J. D. Mapping defect sensitivity in external mortar renders. Journal of Construction and Building Materials, [s.l.], p. 571-578, 2005. HOLANDA JR., O. G. Influência de recalques em edifícios de alvenaria estrutural. 2002. Tese (Doutorado) - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2002. Disponível em: <www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18134/tde.../Osvaldo.pdf>. LEI Nº5907/2001. Dispõe sobre a manutenção preventiva e periódica das edificações e equipamentos públicos ou privados, no âmbito do munícipio de Salvador e dá outras providencias (regulamentada pelo Decreto Nº 13251/2001). Disponível em: <www.leismunicipios.com.brba/s/salvador/lei-ordinaria/2001/>. Acessado em 07 abril de 2017. NOAL, B. A. M. Entendendo as trincas e fissuras. 2016. Disponível em: www.mapadeobra.com.br/tecnologia/entendendo-as-trincas-e-fissuras>. Acesso em 08 de abril de 2017. PROCIV 15. CADERNOS TÉCNICOS – Riscos Costeiros - Estratégias de prevenção, mitigação e proteção no âmbito do planejamento de emergência e do ordenamento do território. Autoridade Nacional de Proteção Civil, 2020. RORIZ, M. Uma proposta de revisão do zoneamento bioclimático brasileiro. ANTAC – Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído, p. 22, 2012. 81 SAMPAIO, M. B. Fissuras em edifícios residenciais em alvenaria estrutural. Dissertação (Mestrado) - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2010. SANTIN, E. Construtores debatem em São Paulo possíveis causas para o desplacamento cerâmico. TÉCHNE PINI. < http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/obras/construtores- debatem-em-sao-paulo-possiveis-causas-para-o-desplacamento-372019-1.aspx>. Acessado em 07 de abril de 2017. SEGAT, G. T. Manifestações patológicas observados em revestimentos de argamassa: estudo de caso em conjunto habitacional popular na cidade de Caxias do Sul (RS). Tese de mestrado profissional, UFRGS, Porto Alegre, RS, 2006. SERRA, A. H. Análise de patologias em estruturas construídas em ambiente marítimo. Dissertação (Mestrado em Construções) - Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Departamento de Engenharia Civil, Porto, Portugal, 2012. SHIN, H. B. Norma de Desempenho NBR 15575: estudo das práticas adotadas por construtoras e dos impactos ocorridos no mercado da construção civil. 2016. Monografia (Trabalho de Conclusão de Curso) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2016. SILVA, F. G. Proposta de metodologias experimentais auxiliares à especificação e controle das propriedades fisico-mecânicas dos revestimentos em argamassa. Dissertação (Mestrado em Estruturas e Construção Civil) - UnB, Faculdade de Tecnologia, Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, Brasília, 2006. SILVA, M. (2014). Avaliação quantitativa da degradação e vida útil de revestimentos de fachada – aplicação ao caso de Brasília/DF. Tese (Doutorado) - Universidade de Brasília, Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, Brasília, 2014. 82 SILVESTRE, J.; BRITO, J. Inspeção e diagnóstico de revestimentos cerâmicos aderentes. Revista Engenharia Civil, Portugal: Universidade do Minho, 2008. Disponível em: <www.civil.uminho.pt/revista/artigos/n30/Pag%2068.pdf>. THOMAZ, E. Trincas em edifícios: causas, prevenção, e recuperação. São Paulo: PINI, 2001. TOMAZELI, A.; GONÇALVES, G. D. Patologias em revestimentos de argamassas em fachadas de edifícios e sua recuperação. Concreto & Construções, São Paulo, p. 46 - 52, 01 de abril 2016. VILASBOAS, J. M. L. Estudo dos mecanismos de transporte de cloretos no concreto, suas inter-relações e influência na durabilidade de edificações na cidade do Salvador- BA. Tese de doutorado. UFBA 2013.
Docsity logo



Copyright © 2024 Ladybird Srl - Via Leonardo da Vinci 16, 10126, Torino, Italy - VAT 10816460017 - All rights reserved