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Guias e Dicas
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1 INTRODUÇÃO Embalagem para alimento, de acor, Notas de estudo de Engenharia Agronômica

tipos de embalagens, normas e regulamentos

Tipologia: Notas de estudo

2017

Compartilhado em 19/05/2017

Thaniisilva
Thaniisilva 🇧🇷

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Baixe 1 INTRODUÇÃO Embalagem para alimento, de acor e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Agronômica, somente na Docsity! 1 INTRODUÇÃO Embalagem para alimento, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, é o invólucro, recipiente ou qualquer forma de acondicionamento, removível ou não, destinada a cobrir, empacotar, envasar, proteger ou manter, especificamente ou não, matérias-primas, produtos semielaborados ou produtos acabados. Incluído dentro do conceito de embalagem se encontram as embalagens primárias, secundár ias e terciárias (RIBEIRO et al., 2008). As embalagens, por serem o primeiro contato do consumidor com o produto, são consideradas como um veículo de venda e de divulgação da marca e da sua identidade, tornando-se uma das características principais na hora da compra (DELLA LUCIA et al., 2007 apud GONÇALVES; PASSOS; BIEDRZYCKI, 2008). Alguns especialistas no assunto comparam a embalagem com um comercial de cinco minutos nas gôndolas de supermercados. Pois, cerca de 18 mil produtos entram no mercado anualmente e a grande maioria desses produtos não aparecem em propagandas, sendo de qualquer espécie, as embalagens crescem em importância no seu uso (GONÇALVES; PASSOS; BIEDRZYCKI, 2008). A embalagem e o rótulo são vistos pelas empresas como um meio de comunicação entre o produto e o consumidor, além de proteger o produto durante o armazenamento e o transporte. Os rótulos, em especial, adicionam um valor que ajuda as empresas a diferenciarem seus produtos e a aumentarem o valor da marca entre os consumidores finais (SILVEIRA NETO, 2001 apud GONÇALVES; PASSOS; BIEDRZYCKI, 2008). 2 AS FUNÇÕES DA EMBALAGEM As principais funções que a embalagem deve exercer são: proteção; conservação; informação; e a função relacionada ao serviço ou à conveniência na utilização do produto. 2.1 Proteção A embalagem é um recipiente que acondiciona o produto, tendo como finalidade protegê-lo durante o transporte, a distribuição, manuseio, contra choques, vibrações e compressões que ocorrem durante todo o percurso (CABRAL et al., 1984). As embalagens devem, também, proteger o produto contra adulteração ou perda de integridade, sendo acidentais ou provocadas, por meio de sistemas de evidência de abertura, como bandas, selos, tampas com anel de ruptura, etc. (CABRAL et al., 1984). 2.2 Conservação A embalagem deve controlar os fatores como umidade, oxigênio, luz, servindo como barreira aos micro-organismos presentes na atmosfera, impedindo o seu desenvolvimento no produto. Garantindo assim, a qualidade e a segurança do produto, além de prolongar a sua vida útil e minimizar as perdas por deterioração (CABRAL et al., 1984). A embalagem exerce um papel fundamental durante o processamento e conservação do alimento industrializado. Ela é adaptada e moldada a certas tecnologias, onde é completamente indispensável para a conservação do alimento, como no processamento térmico, no acondicionam ento asséptico e na atmosfera modificada (CONCEITOS..., [200- No processamento térmico, as embalagens devem ser hermeticamente fechadas, resistir a altas temperaturas no decorrer do processo e permitir alterações de volume do produto, sem perigo de deformar ou estourar durante o processo e sem comprometer a recontaminação pós-processo (CONCEITOS..., [200-?]). No acondicionamento asséptico, as embalag ens devem ser esterilizadas antes do envase do alimento, que passa por um tratamento térmico, resultando em um produto estável durante a sua vida útil. A embalagem deve ser adequada ao processo de esterilização, permitindo introduzir o rótulo e o fecho em condições assépticas, mantendo a integridade e hermeticidade do material e das soldas (CONCEITOS..., [200-?]). As embalagens com atmosfera modificada permitem o acondicionamento do alimento com uma atmosfera composta, principalmente, de uma mistura de gases de oxigênio, dióxido de carbono e nitrogênio, ou em alguns casos, é usado somente o nitrogênio como gás inerte. A composição dessa atmosfera é diferente do ar normal. Na maioria dos produtos a conservação é também feita sob refrigeração (CONCEITOS..., [200-?]). 2.3 Informação A embalagem, também, é um meio informativo para consumidores e distribuidores. Para os distribuidores, a embalag em transmite informação para a gestão de estoque, instruções de armazenamento e de manuseamento, preço e permite a identif icação e rastreabilidade do produto. Para os consumidores, a embalagem é o suporte das informações legais que constam no rótulo como o nome e tipo do produto, quantidade, data de consumo, responsável pela colocação no mercado, informação nutricional e de instruções de armazenamento doméstico, de preparação e uso (CABRAL et al., 1984). 2.4 Conveniência ou serviço A facilidade de manuseio e estocagem que as embalagens fornecem para o consumidor, como as embalagens de abertura fácil; tampas dosadoras e possibilidade de fecho entre utilizações; possibilidade de aquecer; cozinhar e servir na própria embalagem; utilização em fornos de micro-ondas; permitir a combinação de produtos diferentes, como iogurte e cereais; ser adequada às diferentes ocasiões de consumo e diferentes quantidades. Nesta função podem ser incluídos aspectos menos técnicos e mais relacionados a marketing e a comunicação, já que a embalagem deve reter a atenção e seduzir o comprador no ponto de venda (CABRAL et al., 1984). 3 CLASSIFICAÇÃO DAS EMBAL AGEN S As embalagens quanto a sua classificação podem ser rígidas, semirrígidas ou flexíveis. Sendo classificada, na maioria das vezes, pela espessura do seu material (CONCEITOS..., [200-?]). As embalagens rígidas são aquelas que apresentam maior proteção do produto à ação mecânica, devido a sua maior espessura. Podem ser representadas pelas embalagens metálicas, as latas em folha de flandres e alumínio; de vidros, pelas garrafas e frascos; plásticas, pelas grades de bebidas e a de papel, destacando-se as caixas de cartão canelado (CONCEITOS..., [200-?]). As semirrígidas são representadas pelas bandejas de alumínio; bandejas em poliestireno expandido, como os frascos, copos e potes termoformados e as caixas e cartuchos em cartolina. Já as embalagens flexíveis são aquelas que são moldadas no formato do produto a ser acondicionado, como as folhas de alumínio, os filmes plásticos e as folhas de papel, que tem a finalidade de estruturar as embalagens, aumentando assim, a barreira contra os agentes externos (CONCEITOS..., [200-?]). As embalagens quanto a sua estrutura podem ser de diversos materiais como: vidro, metal, plástico, papel ou cartão, madeira, têxteis, cortiça e as embalag ens multicamadas. Sendo apresentadas em três níveis: primária, secundária e terciária ou de transporte (CABRAL et al., 1984). As embalagens primárias são aquelas que entram em contato direto com o alimento, podendo ser a lata; o vidro ou o plástico. Sua grande responsabilidade é conservar e conter o produto (CABRAL et al., 1984). Já as embalagens secundár ias (caixas de cartão ou de cartolina) entram em contato com as embalagens primárias, podendo conter uma ou várias embalagens primárias, tendo a finalidade de protegê-las das ações físicas e mecânicas durante a distribuição. A embalagem secundária também é responsável pela comunicação, servindo como um suporte de informação para o consumidor, principalmente nas embalagens que acondicionam uma única embalagem primária, a exemplo das embalagens de cereais, que contêm um saco de cereais acondicionado por uma embalagem cartonada com as devidas informações ao consumidor (CONCEITOS..., [200-?]). As embalagens terciárias agrupam diversas embalagens primárias ou secundárias, sendo responsáveis pela proteção durante o transporte, como as caixas de cartão canelado ou as caixas plásticas (engradados) usadas para garrafas. A escolha para este tipo de embalagem depende da natureza da embalagem individual (rígida, semirrígida ou flexível), da paletização (dimensionamento da embalagem coletiva com vista a maximizar o aproveitamento da palete) e o custo (CONCEITOS..., [200-?]). Quanto aos materiais das embalagens para fins alimentícios podem ser o vidro, os metais, plásticos, celulósicos e materiais compostos. Para a escolha do material mais adequado ao acondicionamento de determinado alimento, leva- se em conta vários fatores como o tipo de produto; os requisitos de proteção; a vida útil do produto requerida; o mercado a que se destina; o circuito de distribuição e venda (CONCEITOS..., [200-?]). 4 O VIDRO O vidro é um dos mais antigos materiais que se tem conhecimento, sendo o material mais inerte utilizado para embalagens de alimentos. Pode ser considerado totalmente impermeável a gases e totalmente reciclável, sem nenhuma perda das suas características originais (CABRAL et al., 1984). O vidro é resultado da fusão de diversas matérias-primas ricas em sílica, soda e cal, as quais são submetidas a um processo de resfriamento controlado transformam-se em um material rígido, homogêneo, estável, inerte, amorfo e isótropo (possui propriedades idênticas em todas as direções). Sua principal característica é ser moldável a uma determinada temperatura, sem qualquer tipo de degradação (CABRAL et al., 1984). As matérias-primas envolvidas na produção do vidro não são incolores, porém, após a fundição forma-se uma massa transparente. Os vidros coloridos são obtidos com adição de compostos químicos (CABRAL et al., 1984). 5.2.3 Folha Stancron É uma folha de aço de menor revestimento de estanho e com um filme de cromo superior ao das folhas convencionais, o que acrescenta uma proteção adicional à corrosão. Foi desenvolvida como alternativa à folha de flandres, a um custo mais baixo (SETOR 1, [200-?]). 5.2.4 Folha não revestida A folha não revestida é um laminado de aço, sem qualquer tipo de revestimento. Deve-se aplicar verniz em ambas as faces, por apresentar baixa resistência à corrosão. Tem baixo custo, mas só é permitida a sua utilização para óleos e produtos desidratados (SETOR 1, [200-?]). 5.2.5 Folha de alumínio O alumínio é um material não ferroso, muito leve, de fácil transformação e apresenta boa resistência à oxidação atmosférica. É utilizado nas mais variadas formas, embalagens rígidas (latas de refrigerante e cerveja), embalag ens semirrígidas (formas e bandejas), embalagens flexíveis ( sacos e embalagem de salgadinhos) que compõe o plástico ou papel, folha de alumínio para acondicionamento culinário e em embalagem longa vida, que confere barreira à luz (CABRAL et al., 1984; SETOR 1, [200-?]). As características que favorecem a utilização do alumínio como material de embalagem são: leveza; flexibilidade; facilidade de manipulação nos processos de corte e bobinamento; alta condutividade térmica; boa resistência à oxidação atmosférica; boa resistência à sulfuração; material inerte; fácil reciclagem; aparência brilhante e atrativa; possibilidade de uso de tampas com alça de fácil abertura (CABRAL et al., 1984). Tendo como desvantagem sua baixa resistência a alimentos ácidos; menor resistência mecânica; custo elevado e problemas com soldagens a altas velocidades, o que leva a produção de latas de duas peças (CABRAL et al., 1984 PLÁSTICOS As embalagens plásticas são obtidas a partir de polímeros orgânicos ou inorgânicos de alto peso molecular, constituídos de unidades estruturais unidos entre si por ligações covalentes formando cadeias lineares ou modificadas. O plástico, como é denominado comercialmente, é um material que tem a capacidade de ser moldado em condições especiais de calor e pressão. Os químicos preferem se referir ao plástico como polímero (TRIBST; SOARES; materiais plásticos nas embalagens de alimentos têm crescido fortemente. Apesar de existir, no início, uma resistência ao uso desse material, eles firmaram-se junto ao mercado de embalagem para alimentos, obtendo uma grande economia nesse setor (TRIBST; SOARES; AUGUSTO, 2008). Os materiais plásticos podem ser classif icados em dois tipos: termofixos ou termoplásticos. Os termofixos ou termorrígidos são materiais que, também, podem ser moldados com a ação do calor e pressão, porém a reação é irreversível, pois com a aplicação do calor eles amolecem e após o resfriamento endurecem irreversivelmente, devido à formação deligações cruzadas. Nas embalagens flexíveis, a maior utilização de materiais termofixos é verificada na confecção e preparação de tintas, vernizes e adesivos (SETOR 1, [200-?]). Os materiais termoplásticos são produtos moldados que amolecem quando sujeitos a ação do calor e pressão. As propriedades do plástico após resfriado são as mesmas de antes do aquecimento, não ocorrendo a formação de ligações cruzadas. Os termoplásticos são os de maior uso nas embalagens de alimentos (SET OR 1, [200-?]). 6.1 Principais termoplásticos utilizados Os principais termoplásticos usados em embalagem de alimentos são o polietileno (PE), polipropileno (PP), policloreto de vinila (PVC), poliestireno (PS) e o polietileno tereftalato (PET) (CABRAL et al., 1984). 6.1.1 Polietileno O polietileno (PE) é conhecido como o material plástico transparente mais vendido e de menor preço atualmente no mundo. Sua densidade é a característica mais importante, ou seja, quanto maior a dens idade, maior sua resistência mecânica, temperatura e barreira. E quanto menor a sua densidade, maior a sua resistência ao impacto. Sua resistência e flexibilidade são fatores essenciais para as numerosas opções de embalagem (CABRAL et al., 1984). Em função da densidade existem três tipos de polietileno, o de baixa densidade (PEBD), o de alta densidade (PEAD) e o de densidade intermediária. Suas características químicas não se diferem significativamente, mas suas características físico-mecânicas são distintas (SETOR 1, [200-?]). Principais aplicações (CABRAL et al., 1984): • Carnes: usado na forma de envoltório para carnes frescas, pois tem alta permeabilidade ao oxigênio, tanto na forma de filme como em embalagens termoencolhíveis. Também são usados para embalar carne e frango congelados, por apresentar excelente comportamento a baixas temperaturas; • Frutas e vegetais frescos: as embalagens de frutas e vegetais de polietileno devem ser perfuradas para evitar o acúmulo de umidade na superfície interna, devido a sua baixa permeabilidade ao vapor da água; Os filmes de polietileno, juntamente com outros plásticos, também são usados para empacotar produtos alimentícios secos como cereais, farinhas, café, leite em pó e usados nos rótulos de refrigerantes, óleos, principalmente em PET (CABRAL et al., 1984). 6.1.2 Polipropileno É um plástico não transparente, exceto na forma de filme, quando amassado adquire uma coloração branca ou prateada. É conhecido como o mais leve dos plásticos, devido a sua densidade baixa. O polipropileno (PP) durante seu processo de fabricação permite variações na sua forma, o que confere propriedades diferenciadas ao produto final, seja em recipientes ou filmes. Na sua forma não-orientada apresenta resistência à tração duas vezes maior que a do polietileno e quando orientado essa resistência torna-se quatro vezes maior (CABRAL et al., 1984). Vantagens do polipropileno na sua forma biorentada (BOPP) aplicado às embalagens (SETOR, [200-?]): • Aumenta a barreira ao vapor de água e gases; • Aumenta o desempenho mecânico; • Melhora a tr ansparência e brilho; • Aumenta a resistência ao rasgamento; • Permite a fabricação de filme perolado. Quando o polipropileno é revestido e metalizado aumenta a termossoldagem, a barreira a gases e a barreira ao vapor de água e à luz (CABRAL et al., 1984). O polipropileno é usado, principalmente, nas embalagens de produtos desidratados e alimentos gordurosos, como batata frita e salgadinhos, por apresentar alta barreira ao vapor e gases. As bolachas também são acondicionadas em embalagens de PP, devido a sua boa aparência e alto brilho, fatores estes que fazem o material adequado para alimentos que querem um atrativo a mais para a compra (CABRAL et al., 1984). 6.1.3 Policloreto de vinila O policloreto de vinila, conhecido também por PVC ou vinil, é obtido a partir da polimerização por emulsão ou suspensão do cloreto de vinila. O PVC não pode ser convertido sem a adição de aditivos na sua formulação. Entre os diversos aditivos usados para modificar as propriedades do material tem-se plastificantes, estabilizantes e modificadores de impacto (SETOR 1, [200-?]). Suas características gerais são: fácil processamento; boa barreira a gases; baixa barreira ao vapor de água; excelente transparência e brilho; boa resistência ao impacto, quando utilizado modificador de impacto; resistente a produtos químicos; baixa resistência a solventes; baixa resistência térmica (SETOR 1, [200-?]). Na forma biorientada aumenta o seu desempenho físico-mecânico e sua transparência (SETOR 1, [200-?]). O emprego mais frequente do policloreto de vinila é na proteção de carnes estocadas, pois reduz à perda de peso e evita a descoloração, melhorando, assim, a qualidade do alimento. As carnes acondicionadas com filmes de PVC mantêm sua cor vermelha brilhante, devido à permeabilidade do filme (CABRAL et al., 1984). Outros produtos que são acondicionados por recipientes de PVC são: vinagre e a água mineral, algumas empresas já estão acondicionando óleo vegetal (CABRAL et al, 1984). 6.1.4 Poliestireno O poliestileno (PS) não pode ser usado para alimentos quentes ou outras aplicações a alta temperatura, pois tem baixo ponto de amolecimento. O PS pode ser dividido em três classes (CABRAL et al., 1984): • Filme endurecido ou de alto impacto: apresenta alta resistência ao impacto, mas baixa resistência à tração e reduz as características de transmissão de luz, fator que deixa o PS translúcido (SETOR 1, [200-?]). • Filme biorientado: tem alta resistência à tração e rigidez, boa permeabilidade ao vapor da água e ao oxigênio e bom comportamento em baixas temperaturas (SETOR 1, [200-?]). PAPEL E P APELÃO As embalagens celulósicas revestidas são geralmente empregadas como embalagem primária nas indústrias de alimentos, ou seja, em contato direto com o alimento em conjunto com outros materiais de revestimento, como os polímeros (filmes plásticos), alumínio, ceras e parafinas. Quando não revestidas são usadas para embalagem de produtos secos (farináceos), devido a grande sensibilidade dos materiais celulósicos à umidade Seu emprego nas embalagens secundárias, aquelas que não entram em contato direto com o alimento, como cartão ou papelão ondulado, é em geral para volumes maiores, devido a sua boa rigidez, facilidade de transporte e proteção contra impactos. O papelão ondulado também pode ser utilizado como embalagem primária para o acondicionamento e o transporte de frutas e vegetais (FIG. 8)(ITC, 1998 apud TRIBST; SOARES; AUGUSTO, 2008). As embalagens multicamadas são elaboradas a partir de dois ou mais materiais, que tem como objetivo melhorar as propriedades de barreira, além de obter maior eficiência e praticidade. Exemplos são as embalagens de leite longa vida e as de biscoitos (TRIBST; SOARES; AUGUSTO, 2008). A caixinha de leite longa vida (UHT) é elaborada por diversas camadas de três materiais: cartão, alumínio e polietileno (FIG. 9). A camada de cartão garante forma e resistência mecânica à embalagem. A camada de alumínio apresenta boa barreira ao oxigênio e à luz, assim, a combinação desses materiais impede a entrada do ar atmosférico na embalagem, evitando contaminação microbiológica e oxidação de lipídeos (aroma de ranço). As camadas de polietileno protegem a embalagem da umidade, separam o alumínio do produto. ANVISA publicou diversas resoluções referente as embalagens para alimentos, seguem algumas delas (AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, [200-?]): • Lei n. 9.832, de 14 de setembro de 1999: proíbe o uso industrial de embalagens metálicas soldadas com liga de chumbo e estanho para acondicionamento de gêneros alimentícios, exceto para produtos secos ou desidratados. • Resolução RDC n. 130, de 10 de maio de 2002: aprova o regulamento técnico “disposições gerais para embalagens e equipamentos celulósicos em contato com alimentos". • Portaria n. 987, de 8 de dezembro de 1998: aprova o regulamento técnico para embalagens descartáveis de polietileno tereftalato - PET - multicamada destinadas ao acondicionamento de bebidas não alcoólicas carbonatadas. • Portaria n. 28, de 18 de março de 1996: aprova o regulamento técnico sobre as embalagens e equipamentos metálicos em contato com alimentos. • Resolução RDC n. 17, de 17 de março de 2008: trata do regulamento técnico sobre “lista positiva de aditivos para materiais plásticos destinados à elaboração de embalagens e equipamentos em contato com alimentos”. • Resolução RDC n. 20, de 22 de março de 2007: aprova o regulamento técnico sobre “disposições para embalagens, revestimentos, utensílios, tampas e equipamentos metálicos em contato com alimentos". • Resolução n. 124, de 19 de junho de 2001: aprova o regulamento técnico sobre “preparados formadores de películas a base de polímeros e/ou resinas destinados ao revestimento de alimentos”. • Resolução RDC n. 91, de 11 de maio de 2001: aprova o regulamento técnico sobre “critérios gerais e classificação de materiais para embalagens e equipamentos em contato com alimentos”. • Resolução n. 105, de 19 de maio de 1999: aprova os regulamentos técnicos sobre “disposições gerais para embalagens e equipamentos plásticos em contato com alimentos
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