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Filosofia da Linguagem-a pluridimencionalidade linguistica como vector de Unidade Nacional, Notas de estudo de Filosofia

um contributo para facilitar a compreensão da materia, Introdução do Bilinguismo no Processo de Ensino e Aprendizagem

Tipologia: Notas de estudo

2017

Compartilhado em 27/04/2017

simba-raul-2
simba-raul-2 🇧🇷

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Baixe Filosofia da Linguagem-a pluridimencionalidade linguistica como vector de Unidade Nacional e outras Notas de estudo em PDF para Filosofia, somente na Docsity! [Título do documento] A pluridimencionalidade lingística, vector de Unidade Nacional A diversidade linguística, só será vista como condição de unidade nacional na medida em que as diferenças serão encaradas como riqueza e não como sinal de competição. Simbarache Raul. 27/04/2017 Saudações a todos os leitores e estudiosos deste site! Hoje, apresento-vos uma reflexão em torno da diversidade linguística como um meio de atingir a coesão Nacional. Uma reflexão sob ponto de vista moçambicano. Para os leitores que pretendem apresentar questões ou mesmo têm alguns comentários, podem me contactar a partir dos seguintes endereços: Email: simbararacheraul@gmail.com. Simbarasheraul@hotmail.com WhatsApp: (+258) 822157421 A todos os leitores, desejo-vos, boa leitura! Maputo, Moçambique, 217 Índice INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 3 Geografia linguística de Moçambique .............................................................................. 4 Estatística das línguas moçambicanas .............................................................................. 4 Os limites do ensino monolingue e o bilingue como superação....................................... 5 Desafios actuais da educação moçambicana .................................................................... 5 A Compreensão da unidade na diversidade linguística .................................................... 7 CONCLUSÃO .................................................................................................................. 8 BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................. 9 5 1.2. Os limites do ensino monolingue e o bilingue como superação Nos anos 80 surgiram novas opiniões que sem pôr em causa a língua oficial promoveu as línguas bantu. Essa iniciativa favoreceu ao estudo das línguas faladas em Moçambique. Em 1979 realizou-se o primeiro Seminário Nacional e graças a este, fundou-se o Núcleo de Estudos das Línguas Moçambicanas (NELIMO) na Universidade Eduardo Mondlane (UEM). “É imperioso, pois, que as línguas moçambicanas sejam incluídas no Sistema de Educação Nacional de Moçambique quer por razões políticas, quer por razões pedagógicas, para a maioria das crianças moçambicanas” 5 . O ensino das línguas maternas e de outras matérias nas línguas maternas permite a libertação da iniciativa criadora e um desenvolvimento intelectual equilibrado na criança, porque ela, se torna auto-confiante. “Nos anos 90 o governo moçambicano financiou vários projectos da UEM para o estudo de questões do bilinguismo” 6 nas províncias de Tete e Gaza. Estes projectos, trouxeram boas expectativas tais como: melhoria na transmissão, compreensão dos conhecimentos e maior aderência por parte dos alunos. O que permitiu o desenvolvimento da educação, aproximação da escola à sociedade e firmar a identidade linguística. “O objectivo principal da nova política implementada em Moçambique é criar condições para a democratização do ensino” 7 2. Desafios actuais da Educação moçambicana Nos finais da década 70, o uso das línguas moçambicanas nas escolas era vedado, invocando múltiplas razões de ordem política (as línguas locais não deveriam ser faladas nas escolas porque fomentam o tribalismo, e estas, não deveriam ser introduzidas no sistema do ensino porque são muitas); económica (nunca haveria dinheiro suficiente para livros) e científica (não havia conhecimento cientifico de gramáticas, dicionários e outros materiais didácticos). Apesar de estes argumentos 5 NGUNGA, 2002: p. 8. 6 SILVA 2007: p.72, 7 SILVA, 2007:p.76. 6 serem reais, não são convincentes, posto que, já se deu o primeiro passo da liberdade nacional e falta o da liberdade da ignorância. A melhor língua de aquisição de conhecimentos é a materna. Lutero traduziu a bíblia do latim para o alemão, ela, tornou-se acessível a todas as camadas sociais, principalmente a dos camponeses. Esta, queria saber qual é a mensagem daquele livro sagrado que antes da sua tradução não a compreendia. Assim sendo, Lutero mostrou a necessidade da valorização das línguas nacionais. Em Moçambique, os dirigentes “discutem, aprovam e mandam publicar leis de acordo com seus interesses, não se importando, por isso, em traduzi-las para as línguas locais” 8 . Outrossim, constitui um desafio para os moçambicanos traduzir a Constituição da República que está em português para as nossas línguas locais, com o intuito de torná-la acessível a todos. Na nação moçambicana, “vai-se agravando a separação entre ricos e pobres, aqueles, tranquilizando-se com as oportunidades selectivas do mercado que lhes são favoráveis” 9 . Para minimizar esta diferenciação social, deve-se aceitar no parlamento, os cidadãos não falantes da língua portuguesa que são detentores de ideias tão brilhantes quanto às daqueles que se tornam parlamentares só porque falam a língua portuguesa. Com efeito, o mesmo parlamento deve organizar-se no sentido de criação de serviços de tradução das diferentes línguas moçambicanas para a língua oficial, a fim de que todos possam ter direito à palavra neste processo de construção e de consolidação da Unidade Nacional. Volvidos 40 anos após a independência, teoricamente deveria ser fácil transmitir as medidas de transmissão e prevenção do HIV/SIDA, pois todas as regiões são afectadas. 8 NGUNGA, 2002: p. 12. 9 MAZULA, 2008: p.49. 7 3. A Compreensão da unidade na diversidade linguística Na Nação moçambicana, actualmente é aceitável a visão holística de conceber a totalidade linguística, como uma riqueza nacional. Assim sendo, „…todo o esforço educativo e formativo deve ser feito no sentido de sabermos viver e conviver juntos no ambiente de paz, tolerância, reconhecendo e aceitando as diferenças uns dos outros’ 10 . Baseados na actual Reforma Curricular da EP1, EP2 e nas conclusões da Agenda 2025 sobre a educação, há cada vez maior tendência para aceitar a tese da unidade na diversidade como uma tentativa de resolver os desafios em debate. Actualmente por causa da existência da rede escolar, o bilinguismo está sendo difundido nas províncias seguintes: Nampula, Zambézia, Manica, Tete, Gaza e Inhambane. Havia falta de professores qualificados para o ensino bilingue e para resolver este défice, “foram criados cursos e instituições especiais como o IAP (Instituto de Aperfeiçoamento de Professores) que têm um papel fundamental em todo este processo” 11 . A língua e o desenvolvimento são duas realidades inseparáveis e uma das grandes prioridades deveria ser o desenvolvimento da tecnologia nacional, começando pelo desenvolvimento das línguas, o seu veículo fundamental. Nesta era de globalização, Moçambique deveria valorizar as línguas nacionais como sua própria identidade. 10 Agenda 2025 apud MAZULA, 2008:p.33. 11 SILVA,2007: p.76.
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