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Guias e Dicas
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Caderno Completo IFAL 2017, Provas de Cultura

Caderno Completo IFAL 2017

Tipologia: Provas

2017

Compartilhado em 21/04/2017

poia-cursos-5
poia-cursos-5 🇧🇷

4.7

(48)

12 documentos

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Baixe Caderno Completo IFAL 2017 e outras Provas em PDF para Cultura, somente na Docsity! MATERIAL POIA CADERNO IFAL 2017 Dados do Aluno Nome: ___________________________________________________ Pacote: _________________________ Modalidade: ______________ Matrícula: ______________________ Contato: _________________ SUMÁRIO PÁGINA CADERNO DE PORTUGUÊS MÓDULO 01 Produção e Interpretação de Textos ……………………………………………………………………………………………... 008 MÓDULO 02 Fonética e Ortografia …………………………………………………………………………………………………………………….. 053 MÓDULO 03 Significação das Palavras ………………………………………………………………………………………………………………. 077 MÓDULO 04 Estrutura e Formação das Palavras ……………………………………………………………………………………………….. 081 MÓDULO 05 As Classes Gramaticais ………………………………………………………………………………………………………………….. 086 MÓDULO 06 Os Termos da Oração …………………………………………………………………………………………………………………….. 145 MÓDULO 07 Concordância Verbal e Concordância Nominal ……………………………………………………………………………... 152 MÓDULO 08 Estudo do Período Composto …………………………………………………………………………………………………………. 162 MÓDULO 09 Sintaxe de Colocação e Regência ……………………………………………………………………………………………………. 172 MÓDULO 10 O estudo das Figuras e Vícios de Linguagem ………………………………………………………………………………….. 181 CADERNO DE MATEMÁTICA MÓDULO 01 Operações fundamentais e Problemas …………………………………………………………………………………………… 196 MÓDULO 02 Problemas e Expressões envolvendo Fração ………………………………………………………………………………….. 199 MÓDULO 03 Divisibilidade – Situações de divisores e múltiplos ………………………………………………………………………… 200 MÓDULO 04 Álgebra: Equações, Sistemas e Problemas do 1º Grau ……………………………………………………………………... 203 MÓDULO 05 Operações com Polinômios ……………………………………………………………………………………………………………. 207 MÓDULO 06 Produtos Notáveis e Fatoração ………………………………………………………………………………………………………. 208 MÓDULO 07 Equação do 2º Grau, Equações Biquadradas e Equação Irracionais …………………………………………………. 209 MÓDULO 08 Sistemas e Problemas do 2º Grau …………………………………………………………………………………………………… 210 MÓDULO 09 Perímetros e Áreas de Retângulos e Quadrados ……………………………………………………………………………... 211 MÓDULO 10 Perímetro e Área de Outras Figuras Planas ……………………………………………………………………………………. 214 MÓDULO 11 Outros Casos de ÁÁ rea de Triaângulo …………………………………………………………………………………….. 218 MÓDULO 12 Relações entre Ângulos, Triângulos, Quadriláteros e outros polígonos ………………………………………….. 219 MÓDULO 13 Relações Métricas no triângulo retângulo ……………………………………………………………………………………… 224 MÓDULO 14 Razões Trigonométricas no Triângulo Retângulo ………………………………………………………………………….. 225 MÓDULO 15 Círculo, Circunferência, Polígonos Inscritos e Circunscritos ………………………………………………………….. 226 MÓDULO 16 Proporcionalidade, Regra de Três e Porcentagem ………………………………………………………………………….. 229 CADERNO DE ATUALIDADES MÓDULO 01 Globalização e as Desigualdades Econômicas …………………………………………………………………………………. 233 MÓDULO 02 A questão das Migrações e Xenofobia .…………………………………………………………………………………………… 236 MÓDULO 03 Violência Urbana no Brasil ……………………………………………………………………………………………………………. 240 MÓDULO 04 O aquecimento global e as alterações climáticas ……………………………………………………………………………. 244 MÓDULO 05 Consumo energético e produção de combustíveis alternativos ……………………………………………………… 246 MÓDULO 06 Conflitos Geopolíticos ……………………………………………………………………………………………………………………. 250 Seleção de Provas Anteriores ………………………………………………………………………………………………………………………………. 251 Respostas de Alguns Exercícios ……………………………………………………………………………………………………………………………. 309 CADERNO DE PORTUGUÊS dicionário sempre que estiver lendo, pois com isso au- mentará os seus conhecimentos e ampliará o seu voca- bulário. Lembre-se de que é bastante frequente a co- brança do significado (tanto literal quanto contextual) das palavras nessas provas. 4. Leia atentamente as instruções para a resolu- ção das questões – analise com cuidado o que cada enunciado pede. Muitas vezes, o erro é proveniente do descuido (da pressa) na hora de ler as questões (princi- palmente se quando se subestima as informações dos comandos). COMANDOS PARA COMPREENSÃO DE TEXTOS Esses comandos baseiam-se em verbos que indi- cam ações visuais, ou seja, orientam o candidato às idei- as explícitas. Por exemplo: Percebe-se que…; Constata- se que…; Observa-se que... ; O texto informa que…; O narrador do texto diz que…; Segundo o texto, é correto (incorreto) dizer que… COMANDOS PARA INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS Esses comandos baseiam-se em verbos que indi- cam inferências, ou seja, orientam o candidato às ideias implícitas. Por exemplo: Depreende-se do texto que…; Subentende-se das ideias e informações do texto que…; A partir das ideias do texto, infere-se que…; O texto permite deduzir que…; Pode-se concluir do texto que…; A intenção do narrador é… COMANDOS PARA MEDIR CONHECIMENTOS GERAIS Esses comandos visam testar o conhecimento do candidato a respeito do assunto abordado no texto, en- focando o assunto (tema, tese) abordado no texto e considerando a amplitude do tema abordado no tex- to, tendo o texto como referência inicial. COMANDOS PARA MEDIR CONHECIMENTOS LINGUÍSTICOS Esses comandos visam testar o conhecimento gramatical do candidato e podem abordar assuntos de morfologia, de sintaxe, de semântica, de estilística, de coesão ou de coerência. Considerando as estruturas linguísticas do texto, pode-se pedir o erro gramatical ou a alternativa que foge aos preceitos da norma culta. Pode-se tam- bém, em relação aos aspectos gramaticais do texto, pe- dir-se a opção que preserva a manutenção do registro da norma culta da língua portuguesa, ou seja, aquela que não apresenta erro. Enfim, é sempre bom estar atento e entender o enunciado para entender de fato o que o examinador re- quer do candidato e não sair fazendo suposições. ERROS FREQUENTES NA COMPREENSÃO DE TEXTOS 1. Extrapolação: consiste em acrescentar infor- mações ausentes no texto original ou mesmo aplicá-lo em outros contextos. 2. Redução: ocorre quando o leitor diminui as informações ou a intensidade do texto lido. 3. Inversão: acontece quando o leitor perde pas- sagens do desenvolvimento do texto ou altera a orienta- ção de seu sentido (fato que pode levá-lo a conclusões opostas das expressas e/ou esperadas pelo autor). A COERÊNCIA E A COESÃO TEXTUAIS A Coerência e a Coesão textuais são dois con- ceitos importantes para uma melhor compreensão do texto e, principalmente, para a melhor escrita de traba- lhos de redação de qualquer área. A coerência diz respeito à ordenação das ideias e dos argumentos, ou seja, aborda a relação lógica entre ideias, situações ou acontecimentos, apoiando-se, por vezes, em mecanismos formais, de natureza gramatical ou lexical, e no conhecimento compartilhado entre os usuários da língua. Pode-se dizer que o conceito de coe- rência está ligado ao conteúdo, no sentido constituído pelo leitor. A coerência depende da coesão. Um texto com problemas de coesão terá, provavelmente, proble- mas de coerência. Já a coesão trata basicamente das articulações gramaticais existentes entre as palavras, as orações e frases para garantir uma boa sequenciação de eventos, ou seja, é a correta ligação entre os elementos de um texto, que ocorre no interior das frases, entre as pró- prias frases e entre os vários parágrafos. Pode-se dizer que um texto é coeso quando elementos coesivos (con- junções, preposições, advérbios e pronomes) são empre- gados corretamente. O estudo das palavras e seus significados, bem como o estudo das orações coordenadas e subordinadas são tópicos que já estudamos e que são essenciais para que possamos usar e compreender melhor os elos de co- esão. SEMÂNTICA A semântica é o estudo da significação das pala- vras e das mudanças de sentido ocasionadas pelo con- texto. O sentido original é a sua própria significação eti- mológica, mas este também sofre constantes alterações no decorrer do tempo, devido à sua expansão ou genera- lização. Por exemplo, carrasco era o nome do algoz Bel- chior Nunes Carrasco e generalizou-se para todos os al- gozes. Anfitrião era personagem de uma comédia de Plauto e se expandiu a todos aqueles que à sua casa reú- nem convidados e amigos. A palavra (signo linguístico) é uma combinação de conceito (ideia) e palavra (escrita ou falada), que são: Significante: é o elemento concreto, material, perceptível: os sons (fonemas) ou as letras. Significado: é o elemento inteligível (o concei- to) ou a imagem mental. É importante que você entenda que quando tra- tamos de um texto é sempre importante relacionar o significado real do significado que, muitas vezes, a pala- vra ou expressão recebe no contexto. Como já vimos, as palavras possuem significados e podem ser sinônimas, antônimas, homônimas, polissê- micas, etc. DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO Sabe-se que não há associação necessária entre significante (expressão gráfica, palavra) e significado, Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!009 por esta ligação representar uma convenção. É baseado neste conceito de signo linguístico (significante + signi- ficado) que se constroem as noções de denotação e co- notação. O sentido denotativo das palavras é aquele en- contrado nos dicionários, o chamado sentido verdadei- ro, real. Já o uso conotativo das palavras é a atribuição de um sentido figurado, fantasioso e que, para sua com- preensão, depende do contexto. Sendo assim, estabe- lece-se, numa determinada construção frasal, uma nova relação entre significante e significado. Os textos literários exploram bastante as cons- truções de base conotativa, numa tentativa de extrapo- lar o espaço do texto e provocar reações diferenciadas em seus leitores. Ainda com base no signo linguístico, encontra-se o conceito de polissemia (que tem muitas significa- ções). Algumas palavras, dependendo do contexto, assu- mem múltiplos significados, como, por exemplo, a pala- vra ponto: ponto de ônibus, ponto de vista, ponto final, ponto de cruz, etc. Neste caso, não se está atribuindo um sentido fantasioso à palavra ponto, e sim ampliando sua signifi- cação através de expressões que lhe completem e escla- reçam o sentido. COMO LER E ENTENDER BEM UM TEXTO Basicamente, deve-se alcançar a dois níveis de leitura: a informativa e de reconhecimento e a interpre- tativa. A primeira deve ser feita de maneira cautelosa por ser o primeiro contato com o novo texto. Desta lei- tura, extraem-se informações sobre o conteúdo aborda- do e prepara-se o próximo nível de leitura. Durante a in- terpretação propriamente dita, cabe destacar palavras- chave, passagens importantes, bem como usar uma pa- lavra para resumir a ideia central de cada parágrafo. Este tipo de procedimento aguça a memória vi- sual, favorecendo o entendimento. Não se pode descon- siderar que, embora a interpretação seja subjetiva, há li- mites. A preocupação deve ser a captação da essência do texto, a fim de responder às interpretações que a banca considerou como pertinentes. No caso de textos literários, é preciso conhecer a ligação daquele texto com outras formas de cultura, ou- tros textos e manifestações de arte da época em que o autor viveu. Se não houver esta visão global dos mo- mentos literários e dos escritores, a interpretação pode ficar comprometida. Aqui não se podem dispensar as di- cas que aparecem na referência bibliográfica da fonte e na identificação do autor. A última fase da interpretação concentra-se nas perguntas e opções de resposta. Aqui são fundamentais marcações de palavras como não, exceto, errada, res- pectivamente etc. que fazem diferença na escolha ade- quada. Muitas vezes, em interpretação, trabalha-se com o conceito do “mais adequado”, isto é, o que responde melhor ao questionamento proposto. Por isso, uma res- posta pode estar certa para responder à pergunta, mas não ser a adotada como gabarito pela banca examina- dora por haver outra opção mais completa. Ainda cabe ressaltar que algumas questões apresentam um fragmento do texto transcrito para ser a base de análise. Nunca deixe de retornar ao texto, mesmo que aparente- mente pareça ser perda de tempo. A descontextualização de palavras ou frases, certas vezes, são também um recurso para instaurar a dúvida no candidato. Leia a frase anterior e a posterior para ter ideia do sentido global proposto pelo autor, desta maneira a resposta será mais consciente e segura. AMBIGUIDADE OU ANFIBOLOGIA A ambiguidade consiste no fato de uma frase ad- mitir mais de uma interpretação. É um recurso linguísti- co muito utilizado em textos literário e publicitários. Observe os exemplos: • Anúncio em bancas de revistas: “Aprenda a fazer uma galinha no ponto!”. O anúncio dá a ideia de que que- rem vender livros de receitas, mas, na verdade, o que será vendido é uma revista de ponto de cruz. Ou seja, aprenda a fazer uma galinha no ponto de cruz, para bor- dar em panos de pratos. • A interpretação do sétimo mandamento, segundo Bas- tos Tigres: “Não furtarás – prega o Decálogo; e cada ho- mem deixa para amanhã a observância do sétimo man- damento”. Note que não era a intenção do autor, mas a graça vem pelo fato de que como se utiliza o verbo no tempo futuro, as pessoas estão sempre prorrogando o prazo para começar a respeitar o mandamento. Não se esqueça, como você já estudou antes, de que a ambiguidade se transforma em um vício de lin- guagem quando compromete a clareza do enunciado. Pra descontrair, veja alguns exemplos curiosos e até engraçados em que ocorre ambiguidade: • Vende-se leite de cabra em pó; • O deputado disse que sempre lutou contra a corrupção e a ética na política. • Amélia, não conseguindo receber qualquer ajuda do governo, teve de ir juntar papéis velhos para dar de co- mer a seus filhos. • “Para todos aqueles que têm filhos e não sabem nós te- mos uma creche no segundo andar.” • “E, para alegrar esse domingo de páscoa, pediremos à mamãe que ponha na mesa um ovo para todos nós.” • “Quinta-feira às cinco horas haverá reunião do Clube das Jovens Mamães. Todas aquelas que quiserem se tor- nar uma Jovem Mamãe devem contatar o pastor Sandro em seu escritório.” NÍVEIS DE LINGUAGEM A linguagem é qualquer conjunto de sinais que nos permite realizar atos de comunicação. Dependendo dos sinais escolhidos, teremos uma comunicação verbal, visual, auditiva, etc. Damos o nome de fala à utilização que cada membro da comunidade faz da língua, tanto na forma oral quanto na escrita. A forma oral se caracteriza por maior espontaneidade do que a forma escrita. Em decorrência do caráter individual da língua, podemos destacar algumas modalidades: » NORMA CULTA: é a modalidade de linguagem utiliza- da em situações formais, principalmente na escrita – Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!010 mais planejada e bem elaborada. Caracteriza-se pela correção da linguagem em diversos aspectos: um cuida- do maior com o vocabulário, obediência às regras esta- belecidas pela gramática, organização rigorosa das ora- ções e dos períodos etc. Confira no texto a seguir: “(...) O mais forte e apreciável motivo para um estudo dos assuntos humanos é a curiosidade. Esse é um dos traços distintivos da natureza huma- na. Ao que parece, nenhum ser humano é dele totalmente destituído, apesar de seu grau de a intensidade variar enormemente de indivíduo para indiví- duo. No campo dos assuntos humanos, a curiosidade nos leva a buscar uma óptica panorâmica, através da qual se possa chegar a uma visão da realidade, tão inteligível quanto possível para a mente humana.” TOYNBEE, Arnold. Um estudo da história. Brasília: EdUnB. 1987. p. 47. (com adaptações). » LINGUAGEM COLOQUIAL: é usada em situações infor- mais ou familiares e caracteriza-se pela espontaneidade, já que não existe uma preocupação com as normas esta- belecidas (aceita o uso de gírias e de palavras dicionari- zadas). Embora seja uma linguagem informal, não é ne- cessariamente inculta, pois a desobediência a certas normas gramaticais se deve à liberdade de expressão e à sensibilidade estilística do falante. É facilmente encon- trada na correspondência pessoal (mensagens, e-mail, redes sociais, etc.), na literatura, história em quadri- nhos, nos jornais e revistas. Veja o exemplo: Sei lá! Acho que tudo vai ficar legal. Pra que então ficar esquentan- do tanto? Me parece que as coisas no fim sempre dão certo. » LINGUAGEM TÉCNICA (profissional): é a modalidade utilizada por alguns profissionais (policiais, vendedores, advogados, economistas, etc.) no exercício de suas ativi- dades. Veja este exemplo: “Vamos direto ao assunto: interface gráfica ou não, muitas vezes, é preciso trabalhar com o prompt do DOS, sendo aborrecedor esforçar-se na re- digitação de subdiretórios longos ou comando mal digitados”. (Revista PC World, ago/2007. p. 98) Fique Atento! Não se deve confundir vocabulário técni- co com jargão (modalidade coloquial). » LITERÁRIA (artística): é utilizada com finalidade ex- pressiva, como a que é feita pelos artistas da palavra (poetas e romancistas, por exemplo). Observe: “O céu jogava tinas de água sobre o noturno que devolvia a São Paulo. O comboio brecou, lento, para as ruas molhadas, furou a gare suntuosa e me jogou nos óculos menineiros de um grupo negro. “Sentaram-me num automóvel de pêsames”. ANDRADE, Oswald de. Memórias Sentimentais de João Miramar. VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS São as variações que uma língua apresenta, de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada. A língua é um organismo vivo, que se modifica no tempo, a todo instante. Os tipos de variações mais cobrados em provas são: » EMPRÉSTIMOS LINGUÍSTICOS: vocábulos incorpora- dos ao nosso idioma em sua forma original ou aportu- guesados. No português usado hoje no Brasil, existe in- fluência de várias línguas: do contato com o índio, in- corporamos palavras como cipó, mandioca, peroba, cari- oca, etc.; a partir do processo de escravidão no Brasil, incorporamos inúmeros vocábulos de línguas africanas, tais como quiabo, macumba, samba, vatapá e muitos ou- tros. Podemos encontrar também, no português atual, palavras provenientes de línguas estrangeiras moder- nas, principalmente do inglês. Veja alguns exemplos: do italiano (maestro, pizza, tchau, espaguete); do francês (abajur, toalete, champanhe); do inglês (recorde, sanduí- che, futebol, bife, gol, clube, e muitos outros mais). » NEOLOGISMOS: São palavras novas, que vão sendo logo absorvidas pelos falantes no seu processo diário de comunicação. Umas, surgem para expressar conceitos igualmente novos; outras, para substituir aquelas que deixam de ser utilizadas. Os neologismos podem ser cri- ados a partir da própria língua do país (cegonheiro, por exemplo), ou a partir de palavras estrangeiras (deletar, escanear, etc.). » RECRIAÇÕES SEMÂNTICAS: Existem, também, aque- las palavras que adquirem novos sentidos ao longo do tempo. Por exemplo: cegonha (carreta que transporta automóvel, desde as montadoras até as concessioná- rias), laranja (testa de ferro, pessoa que empresta o nome para a realização de negócios ilícitos). » GÍRIAS: São palavras características da linguagem de um grupo social (os jovens), que, por sua expressivida- de, acabam sendo incorporadas à linguagem coloquial de outras camadas sociais. São exemplos de gírias: véi (velho), mano, bro (brother), Maneiro! Radical! É claro que, como as gírias também evoluem (elas surgem e de- saparecem com o passar do tempo) pode ser que os exemplos dados já tenham caído em desuso ou já não se- jam tão populares com dantes foram! » JARGÕES: são os vocábulos característicos da lingua- gem utilizada por alguns grupos profissionais (médicos, policiais, vendedores, professores, etc.) e que, por sua expressividade, acabam sendo incorporadas à lingua- gem de outras camadas sociais. Exemplos: positivo, bico fino, X9 (policiais); caroço (vendedores) e outros. » REGIONALISMOS: São as variações originadas das di- ferenças de região ou de território. Veja o exemplo de uma variedade regional, também conhecida como “fala caipira”, própria do interior de alguns estados brasilei- ros: “Cheguei na bera do porto onde as onda se espaia. As garça dá meia vorta, senta na bera da praia. E o cuitelinho não gosta que o botão de rosa caia.” (Milton Nascimento) FORMA E CONTEÚDO DOS TEXTOS Existem duas maneiras de se classificar os tex- tos, quanto ao conteúdo e à forma: » POESIA: é um gênero textual que se caracteriza pela escrita em versos (o verso é ordenador rítmico e melódi- co do poema), que pode apresentar rima e métrica e uma elaboração muito particular da linguagem. A poesia em geral reflete o momento, o impacto dos fatos sobre o homem e a criação de imagens que reflitam esse impac- to. Leia: Eu canto porque o instante existe E a minha vida está completa. Não sou alegre nem sou triste Sou poeta. (...) Sei que canto. E a canção é tudo. Tem sangue eterno a asa ritmada. E um dia sei que estarei mudo: - mais nada. Cecília Meireles - Motivo Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!011 de quem eram os olhos com que hoje vê a moça Isabel; e ela, nunca tendo visto antes, não sabe se as visões de hoje são verdade ou fantasia; talvez esteja a ver este mundo através do filtro emocional de uma criatura já morta; (...) mas tenham visto o que tiveram antes, que ora vejam tudo em suave e belo azul, a cor dos sonhos e descobrimentos das navegações dos 18 anos. Que são tontas, mas belas na- vegações. BRAGA, Rubem. O homem rouco. Rio: editora do autor, 1963. 1.3 FÁBULA é uma narrativa de caráter alegórico, que trabalha o imaginário e que pretende transmitir alguma lição de fundo moral, tendo geralmente animais como personagens. Quando ela utiliza objetos inanimados, recebe o nome de apólogo. A fábula constitui uma for- ma simples de narrativa. Suas raízes remontam à Anti- guidade greco-romana, com Esopo e Fedro. La Fontaine, poeta francês, foi quem introduziu e aprimorou as fábu- las antigas, fazendo com que chegassem até nós. No Brasil, coube a monteiro Lobato recriar as fá- bulas de La Fontaine. E, mais recentemente, Millôr Fer- nandes atualizou algumas histórias clássicas e criou ou- tras de humor e filosofia, como mostra o exemplo abai- xo: A CAUSA DA CHUVA Não chovia há muitos e muitos meses, de modo que os animais ficaram inquietos. Uns diziam que ia chover logo, outros diziam que ainda ia demorar. Mas não chega- vam a uma conclusão. — Chove só quando a água cai do telhado do meu galinhei- ro — esclareceu a galinha. — Ora, que bobagem! — disse o sapo de dentro da lagoa. Chove quando a água da lagoa começa a borbulhar as goti- nhas. — Como assim? — disse a lebre. Está visto só que só chove quando as folhas das árvores começam a deixar cair as go- tas d’água que têm dentro. Nesse momento começou a chover. — Viram? — gritou a galinha. O telhado de meu galinheiro está pingando. Isso é chuva. — Ora, não vê que a chuva é a água da lagoa borbulhando? — disse o sapo. — Mas, como assim? — tomou a lebre. Parecem cegos! Não veem que a água cai das folhas das árvores. Moral: Todas as opiniões estão erradas. Millôr Fernandes (adaptado) 2. DESCRITIVO Trata-se de um texto em que é feito a caracteri- zação de uma pessoa, de um animal, de um objeto ou de uma situação qualquer, inseridos num certo momento estático do tempo. Diferentemente do texto narrativo, que relata as transformações de estado que vão ocorrendo progressi- vamente com pessoas ou coisas, o texto descritivo põe em relevo as propriedades e aspectos desses elementos num certo estado, considerado como se estivesse para- do. Nos enunciados descritivos, podem até aparecer verbos que exprimam ação, movimento, mas os movi- mentos são sempre simultâneos, não indicando progres- são de um estado anterior para outro posterior. Se ocor- rer essa progressão, inicia-se um percurso narrativo. O fundamental na descrição é que não haja progressão temporal. CARACTERÍSTICAS DE UMA DESCRIÇÃO • Encadeamento de informações. Todos os enunciados apresentam ocorrências simultâneas. • Riqueza de detalhes e a presença abundante dos adjeti- vos. • Não existe temporalidade (datas), tanto que se pode al- terar a sequência, sem afetar basicamente o sentido. • Uso dos cinco sentidos. • Texto estático, pois faz um uso reiterado de verbos de estado (e não de ação). A descrição é um processo de caracterização que exige sensibilidade daquele que descreve, para sensibili- zar também aquele que lê. Sendo assim, ela se baseia na percepção – nos cincos sentidos: visão, tato, audição, pa- ladar e olfato. Observe o trecho a seguir: A TERRA Ao sobrevir das chuvas, a terra (...) transfigura- -se em mutações fantásticas, contrastando com a desolação anterior. Os vales secos fazem-se rios. Insulam-se os cômo- ros escalvados, repentinamente verdejantes. A vegetação recama de flores, cobrindo-os, os grotões escancelados, e disfarça a dureza das barracas, e arredonda em colinas os acervos de blocos disjungidos — de sorte que as chapadas grandes, intermeadas de convales, se ligam em curvas mais suaves aos tabuleiros altos. Cai a temperatura. Com o desa- parecer das soalheiras anula-se a secura anormal dos ares. Novos tons da paisagem: a transparência do espaço salien- ta as linhas mais ligeiras, em todas as variantes da forma e da cor. Dilatam-se os horizontes. O firmamento, sem o azul carregado dos desertos, alteia-se, mais profundo, ante o expandir revivescente da terra. E o sertão é um vale fértil. É um pomar vastíssimo, sem dono. Depois tudo isso acaba. Voltam os dias torturantes; a atmosfera asfixiadora; o empedramento do solo; a nudez da flora; e nas ocasiões em que os estios se ligam sem a in- termitência das chuvas — o espasmo assombrador da seca. A natureza compraz-se em um jogo de antíteses. CUNHA, Euclides. Os sertões - campanha de Canudos. Rio de Janeiro: Editora Francisco Alves. 1982. Pagina 37-38. A apresentação conjunta de traços físicos e psi- cológicos permite que a descrição se torne mais concre- ta, mais sensível e mais capaz de fazer o leitor realizar em sua imaginação o objeto descrito/ ser descrito. Mes- mo assim, às vezes, é possível visualizar a descrição sob dois enfoques: 2.1 OBJETIVO – que procura descrever a realidade de maneira direta e objetiva, sem acrescentar nenhum juí- zo de valor. O autor torna-se impessoal e a linguagem utilizada é denotativa. Leia a descrição a seguir e observe que, à medida que você avança no texto, a imagem do ser descrito vai- se formando em sua mente. Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!014 “Era um burrinho pedrês. Miúdo e resignado, vin- do de Passa-Tempo, Conceição do Serro, ou não sei onde no sertão. Chamava-se de Sete-de-Ouros, e já fôra tão bom, como outro não existiu e nem pode haver igual. Agora, porém, estava idoso, muito idoso. Tanto, que nem seria preciso abaixar-lhe a maxila teimosa para espiar os cantos dos dentes. Era decrépito mesmo a distân- cia: no algodão bruto do pelo — sementinhas escuras em rama rala e encardida: nos olhos remelentos, cor de bismu- to, com pálpebras rosadas, quase sempre oclusas, em cons- tante semissono; e, na linha, fatigada e respeitável — uma horizontal perfeita, do começo da testa à raiz da cauda em pêndulo amplo, para cá, para lá, tangendo as moscas.” ROSA, João Guimarães. Sagarana. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Edito- ra, 1976. Observe a descrição objetiva de uma persona- gem feminina, de Aluísio de Azevedo: “Rita havia parado no pátio. Cercavam-na homens, mulheres e crianças; todos queriam novas dela. Não vinha em traje de domingo; trazia casaquinho branco, uma saia que lhe deixava ver o pé sem meia num chinelo de poli- mento com enfeites de marroquim de diversas cores. No seu farto cabelo, crespo e reluzente, puxado sobre a nuca, havia um molho de manjericão e um pedaço de baunilha espetado por um gancho. E toda ela respirava o asseio das brasileiras e um odor sensual de trevos e plantas aromáti- cas. Irrequieta, saracoteando o atrevido e rijo quadril baia- no, respondia para a direita e para a esquerda, pondo à mostra um fio de dentes claros e brilhantes que enriqueci- am a sua fisionomia com um realce fascinador.” AZEVEDO, Aluísio de. O Cortiço. São Paulo: Editora Scipione, 1995, p. 37 2.2 SUBJETIVO – que busca transmitir o estado de es- pírito do autor diante da coisa observada ou sua opinião sobre ela. Ele faz uma representação particular do obje- to, normalmente usando a linguagem conotativa. Leia o autorretrato da poetisa Cecília Meireles, num determinado momento de sua vida: Eu não tinha esse rosto de hoje, Assim calmo, assim triste, assim magro, Nem estes olhos tão vazios, Nem o lábio amargo, Eu não tinha estas mãos sem força Tão paradas, e frias, e mortas. Eu não tinha esse coração que nem se mostra Eu não dei por essa mudança Tão simples, tão certa, tão fácil. Em que espelho ficou perdida a minha face? Observe agora a descrição subjetiva de uma per- sonagem feminina, de Machado de Assis: Assomado à porta, levantou o reposteiro e deu en- trada a uma mulher, que caminhou para o centro da sala. Não era uma mulher, era uma sílfide, uma visão de poeta, uma criatura divina. Era loura; tinha os olhos azuis, que buscavam o céu ou pareciam viver dele. Os cabelos, desleixadamente pen- teados, faziam-lhe em volta da cabeça, um como resplen- dor de santa; santa somente, não mártir, porque o sorriso que lhe desabrochava os lábios era um sorriso de bem- aventurança, como raras vezes há de ter tido a terra. Um vestido ranço, de finíssima cambraia, envolvia- lhe o corpo, cujas formas, aliás, desenhava, pouco para os olhos, mas muito para a imaginação. A chinela turca. In: obra Completa. Rio de Janeiro: Editora Aguilar. 1986 p.301 (adaptado) 3. DISSERTATIVO Texto em que se faz uma exposição de opiniões, de pontos de vista, fundamentados em argumentos e ra- ciocínios baseados na vivência, na leitura, na conclusão a respeito da vida, dos homens e dos acontecimentos. O texto dissertativo baseia-se, sobretudo, em afirmações que transmitem um conceito relativo, pois suscitam dúvidas e hesitações. Nele, aparecem os pontos de vista diferentes e conflitantes e os graus de verdade e/ou falsidade. Em um texto dissertativo devem ser usados ade- quadamente os pronomes, as conjunções; observadas a concordância, a regência, a crase e as corretas relações semânticas entre as palavras. CARACTERÍSTICAS DE UMA DISSERTAÇÃO: • Encadeamento de ideias e raciocínio. • Os assuntos são tratados de maneira abstrata e genérica. • As relações internas e a coerência entre as frases é que lhe garantem o sentido, já que são os mecanismos de coe- são (conjunções, preposições e pronomes relativos, de- monstrativos) e as palavras abstratas que integram a estru- tura básica do texto. ESTRUTURA PADRÃO DA DISSERTAÇÃO Introdução: é o parágrafo de abertura, responsável pela apresentação do assunto, em que é lançada a tese (tópi- co frasal ou ideia principal) a ser desenvolvida nos pa- rágrafos seguintes. Desenvolvimento: é a parte fundamental da disserta- ção, em que se desenvolve o raciocínio ou o ponto de vista sobre o assunto, por meio de argumentos convin- centes. Do desenvolvimento, depende a profundidade, a coerência e a coesão do texto. Cada argumento (ideia se- cundária) a ser trabalhado deverá ocupará um parágrafo. Conclusão: é a parte final o texto, em que se faz um ar- remate das ideias apresentadas. É mais comum, na con- clusão de um texto que o autor ofereça uma sugestão para o problema levantado. Mas, às vezes, ele se limita a passar a solução do problema para o leitor, por meio de uma pergunta. O DISCURSO NA DISSERTAÇÃO » 1ª pessoa do singular – imprime extrema subjetivida- de no texto e é encontrada com mais frequência nos tex- tos literários. São exemplos do uso da 1ª pessoa nos textos: Eu acho, eu acredito, a meu ver, no meu entender, para mim, na minha opinião, etc. » 1ª pessoa do plural – também atribui certo grau de subjetividade ao texto. Autores que optam pela 1ª pessoa Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!015 do plural buscam maior interatividade com o leitor, no sentido de incluí-lo como participante das ideias do tex- to. Exemplo: Vivenciamos atualmente tempos de globaliza- ção da pobreza... (consenso) Fique Atento! Existe uma 1ª pessoa do plural que não inclui o leitor — é o chamado plural de modéstia. Isso acontece quando um autor produz e assina, sozinho, um texto no qual ele expressa “Para citarmos um exemplo...”. » 3ª pessoa (ideológica) – imprime objetividade no tex- to, dano à expressão do pensamento um caráter mais universal. O uso da 3° pessoa facilita a persuasão, já que confere maior credibilidade às ideias. Exemplo: “A po- lítica econômica do governo Lula não promove, de fato, o bem-estar social.” 3.1 ARGUMENTATIVO: texto em que o autor quer pro- var a veracidade (ou falsidade) de ideias, por meio de uma argumentação lógica. Nesse tipo de texto, o autor visa a convencer/persuadir o leitor — por meio de argu- mentos, provas evidentes, testemunhos — de forma im- pessoal e objetiva, o que confere ao texto um caráter im- parcial, facilitando a aceitação das ideias expostas. Ob- serve o exemplo: CARO DATA VERMIBUS Carne dada aos vermes. Alguns gramáticos extra- vagantes veem nas sílabas iniciais da expressão latina CAro DAta VErmibus a origem da palavra cadáver. A ciência, no seu esforço de salvar vidas, logrou, no entanto, a dar-lhe outra finalidade mais nobre: a de suprir a falência de ór- gãos de pessoas vivas, substituídos por partes que dele pos- sam ser retiradas. Contra esse benefício para a humanida- de, levantam-se barreiras à utilização de órgãos removidos de cadáveres, se não há, para isso, consentimento familiar, com a invocação de princípios que orientam a ética médi- ca. Benjamim Bentham estabeleceu que o direito e a moral ocupam círculos concêntricos; o raio maior seria o da moral. O direito, portanto, seria o mínimo ético. Posta a premissa, o debate da retirada de órgãos de cadáveres deve, necessariamente, ferir-se no campo da Ética. Contu- do, grande diferença vai entre a Ética, como é considerada no âmbito da Filosofia, e a disciplina imposta ao exercício de profissões liberais pelos seus órgãos de classe. Na Axio- logia, os valores são vistos dentro de uma escala, estabele- cida segundo os costumes e a cultura os povos. O sentido dessa escala é o de oferecer fundamentos para dirimir o conflito que se instale entre esses valores. O conflito é inerente à vida de relação, tanto que, na organi- zação do estado, é prevista a instituição de um poder só para dirimi-lo: o judiciário. Nenhum país, com foros de ci- vilização há de colocar a vida em segundo plano na escala de valores. Tudo o que se fizer para a salvação de uma vida é, por princípio, ético. A ética, aplicada no uso de partes do cadáver, para restituir a saúde de pessoas ou salvar-lhes a vida, põe-se diante o seguinte dilema: preservar o cadáver para satisfazer o desejo da família? A discussão a lei da doação presumida de órgãos é, diante da ética, absolutamente estéril. Os primeiros trans- plantes não dependeram de lei e ainda hoje, como antes, a ética lhes dá o necessário suporte. A retirada de órgãos de cadáveres, para transplante, é ética até contra a vontade, em Vida, o morto. O direito, ainda dentro do mínimo ético, colocaria esse ato em face do estado de necessidade, que o Código Penal considera excludente de ilicitude. O artigo 24 do Código Penal calha, no caso, como uma luva. Se a única alternativa para salvar uma vida é o transplante de órgão de cadáver, a sua retirada, para esse fim, é inteiramente abonada pelo estado de necessidade. Conduta em sentido inverso é irrelevante para a configura- ção de crime por omissão, se o médico podia e devia evitar a morte ou curar a doença. É inconcebível que todo o pen- samento penal tenha sido formulado contra a Ética. Não há ética que se sustente contra da vida. Por sentimento da fa- mília, leve-se em maior conta o daquela ligada ao paciente que espera pelo órgão. Se é inevitável a dor de uma, pela falta do órgão, ou de outra, pela retirada, a solução, sem- pre conflituosa, deve ser buscada na tabela de valores. O cadáver servirá aos vermes ou ao paciente vivo. Este mor- rerá ou viverá penosamente. Vida ou saúde versus morte ou doença. Para que lado deveria pender a Ética? SILVA, Edelberto Luiz da. Correio Braziliense, 11/1/98 3.2 EXPOSITIVO: texto que consiste na ordenação/ex- posição de ideias sobre um determinado assunto. Sua característica básica é o cunho reflexivo-teórico. A dis- sertação-expositiva segue a mesma estrutura de uma dissertação argumentativa: introdução, desenvolvimento e conclusão. A diferença reside no fato de que na introdu- ção, em lugar da tese, apresenta-se a ideia principal do texto. Admite essencialmente a linguagem culta, sim- ples ou mais elaborada. Lembre-se de que linguagem culta não significa rebuscamento. Leia: “A maioria dos comentários sobre crimes ou se li- mitam a pedir de volta o autoritarismo ou a culpar a vio- lência do cinema e da televisão, por excitar a imaginação criminosa dos jovens. Poucos pensam que vivemos em uma sociedade que estimula, de forma sistemática, a passivida- de, o rancor, a impotência, a inveja e o sentimento de nuli- dade nas pessoas. Não podemos interferir na política, por- que nos ensinaram a perder o gosto pelo bem comum; não podemos tentar mudar nossas relações afetivas, porque isso é assunto de cientistas; não podemos, enfim, imaginar modos de viver mais dignos, mais cooperativos e solidá- rios, porque isso é coisa de obscurantista, idealista, perde- dor ou ideólogo fanático, e mundo é os fazedores e dinhei- ro. Somos uma espécie que possui o poder da imagina- ção, da criatividade, da afirmação, e da agressividade. Se isso não pode aparecer, surge, no lugar, a reação cega ao que nos impede de criar, de colocar no mundo algo de nos- sa marca, de nosso desejo, de nossa vontade de poder. Quem sabe e pode usar — com firmeza, agressividade, cria- tividade e afirmatividade — sua capacidade de doar e transformar a vida, raramente precisa matar inocentes de maneira bruta. Existem mil outras maneiras de nos sentir- mos potentes, de nos sentirmos capazes de imprimir um curso à vida que não seja pela força das armas, da violência física ou da evasão pelas drogas, legais ou ilegais, pouco importa.” COSTA, Jurandir Freire. In: Quatro autores em busca do Brasil. Rio de Janei- ro: Rocco, 2000, p.43 (com adaptações). 3.4 INJUNTIVO: é um texto instrucional, que indica pro- cedimentos a serem realizados. A intenção pode ser per- Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!016 tais da região e até mesmo grama – uma colheita que só fica minimamente comestível se fervida por muito tempo. “Para alguns, não há nada mais”, balbucia Muhammad. BEARAK, Barry. Pai afegão vende filhos para comprar comida. Folha de São Paulo, São Paulo, 17 mar 2006. A REPORTAGEM é uma modalidade de caráter opinativo, que estabelece uma conexão entre o fato central e os fatos paralelos, questiona causas e efeitos desses fatos, interpretando-os e orientando o leitor so- bre eles. Não possui uma estrutura rígida: de modo geral, é introduzida por um lead e é sempre encabeçada por um título (que anuncia o fato em si) e pode ou não apre- sentar subtítulo. Na reportagem, o autor desenvolve a narrativa pormenorizada dos fatos, compondo-a por meio de en- trevistas, depoimentos, dados estatísticos, pequenos re- sumos e textos de opinião e depois emite sua opinião a respeito do assunto. Embora seja um texto de linguagem clara, dinâ- mica e objetiva (de acordo com o padrão culto), a maio- ria dos jornais e revistas brasileiros costuma empregar uma linguagem mais informal, dependendo do público a que esses veículos se destinem. Leia o excerto abaixo: Enquanto a notícia nos diz no mesmo dia ou no se- guinte se o acontecimento entrou para a história, a repor- tagem nos mostra como é que isso se deu. Tomada como método de registro, a notícia se esgota no anúncio; a re- portagem, porém, só se esgota no desdobramento, na por- menorização, no amplo relato dos fatos. O salto da notícia para a reportagem se dá no mo- mento em que é preciso ir além da notificação — em que a notícia deixa de ser sinônimo de nota — e se situa no deta- lhamento, no questionamento de causa e efeito, na inter- pretação e no impacto, adquirindo uma nova dimensão narrativa e ética. Porque, com essa ampliação de âmbito, a reportagem atribui à notícia um conteúdo que privilegia a versão. Se a nota é geralmente a história de uma só versão [...], a reportagem é, por dever e método, a soma das dife- rentes versões de um mesmo acontecimento. [...] É fundamental ouvir todas as versões de um fato para que a verdade apurada não seja apenas a verdade que se pensa que é e, sim, a verdade que se demonstra e tanto que possível se comprova. Jornal, história e técnica: as técnicas do jornalismo. São Paulo: Ática, 1990. O ARTIGO DE OPINIÃO é um texto jornalístico de caráter dissertativo, com assinatura do autor, no qual ele expressa uma opinião ou comenta um assunto a partir de determinada posição. É uma modalidade na qual o articulista geralmente apresenta opiniões, que refletem apenas a forma como ele compreende e inter- preta os fatos. Veja o artigo de opinião, escrito pelo jornalista Eugênio Bucci, extraído da revista Veja, de 18/09/1996. No seu programa de Domingo dia 8 [setembro de 1996], o apresentador Fausto Silva colocou em cena o garo- to Rafael. Logo que o peso-pena pisou no programa. Faus- tão tentou entrevistá-lo. O menino, com idade mental de criança que acabou de deixar a fralda, não entendia as per- guntas. Respondia uma ou outra, com uma voz que parecia um balbucio. Houve então sessões de piada tendo o garoto como tema [...] A apresentação do bizarro na televisão é um recur- so que dá resultado, sempre deu. O bizarro atrai a atenção do ser humano quase que por instinto, sem que ele racioci- ne. [...] Se os telespectadores ficam olhando curiosos, o ibo- pe do programa sobe. Isso significa sucesso comercial, mais anúncios, mais faturamento. Qual é a fronteira, qual a linha divisória entre o que se pode levar ao ar para atrair mais telespectadores? “É tênue a linha que divide o que é curioso e o que trans- forma a curiosidade em algo que ridiculariza uma pessoa”, arrisca o empresário Sílvio Santos, dono do SBT, uma emis- sora que não raro transpõe essa linha. [...] O TEXTO EPISTOLAR é um texto narrativo, es- crito sob a forma de carta, que se caracteriza por apre- sentar opiniões, manifestos e discussões, as quais vão muito além dos meros interesses pessoais ou utilitários. Texto que combina paixões e apelos subjetivos com o debate de temas abrangentes e abstratos. A partir o renascimento, antes do surgimento da imprensa jornalística, as cartas exerciam a função de in- formar sobre fatos que ocorriam no mundo. Por isso, as epístolas de um autor, reunidas, poderiam vir a ser pu- blicadas devido a seu interesse histórico, literário ou do- cumental, como no caso das Epístolas de São Paulo (na Bí- blia), destinadas às comunidades cristãs e das cartas do padre Antônio Vieira e de Pero Vaz de Caminha. Na modernidade, com difusão dos meios ele- trônicos de escrita, o gênero epistolar tem-se reinven- tado — em outros moldes e estilos, como mensagens de texto e e-mail, por exemplo. Leia, abaixo, trechos da Carta de Caminha, escrita nos primórdios do descobrimento do Brasil, impressa em 1817 pela imprensa Régia do Rio de Janeiro: Senhor Mesmo que o capitão-mor desta vossa frota e tam- bém os outros capitães escrevam a vossa alteza a notícia do achamento desta vossa Terra Nova que, agora, nesta nave- gação se achou, não deixarei, também, de dar disso minha conta a Vossa Alteza, tal como eu melhor puder ainda que para bem contar e falar o saiba fazer pior que todos. Mas tome Vossa Alteza minha ignorância por boa vontade; e cria, como certo, que não hei de pôr aqui mais que aquilo que vi e me pareceu, nem para aformosear, nem para afe- ar. (...) Mas o melhor fruto que nela se pode fazer, me pa- rece que será salvar esta gente; e esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza nela deve lançar. E que não hou- vesse mais do que ter aqui esta disposição para se cumprir nela e fazer o que Vossa Alteza tanto deseja, ou seja: acres- centamento da nossa Santa Fé. E desta maneira Senhor, dou aqui a Vossa Alteza notícia do que nesta vossa terra vi. E se algum pouco me alonguei, Ela me perdoe, que o desejo que tinha de vos dizer tudo me fez assim por pelo miúdo. Pois que, Senhor, é certo que, assim, neste cargo que levo, como em outra qualquer coisa, que de Vosso serviço for, Vossa Alteza há de ser, por mim, muito bem servida. A ela Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!019 peço que, para me fazer singular mercê, mande vir a Ilha de São Tomé, Jorge de Osório, meu genro, o que dela rece- berei em muita mercê. Beijo as mãos de Vossa Alteza. Deste Porto Seguro de vossa ilha de Vera Cruz, hoje, sexta-feira, primeiro dia de maio de 1500. INTERTEXTUALIDADE Ocorre quando há um diálogo (implícito ou ex- plícito) entre textos ou gêneros textuais. Ela serve para ilustrar a importância do conhecimento de mundo e como este interfere no nível de compreensão de um tex- to. Assim, mesmo quando não há citação explícita da fonte inspiradora, é possível reconhecer elementos do outro texto, já que ele é normalmente bastante conheci- do. Esse conhecimento, porém não se dá por acaso, nem por obra da intuição e, sim, pelo exercício da leitura. Quanto mais experiente for o leitor, mais possibilidades ele terá de compreender os caminhos percorridos por um determinado autor em sua produção e, da mesma forma, mais possibilidades ele terá de utilizar seus pró- prios caminhos. São exemplos de intertextos: epígrafe (escrita in- trodutória a uma outra); citação (transcrição e texto alheio, marcada por aspas); paráfrase (reprodução do texto do outro, com palavras daquele que o reproduz); paródia (forma de apropriação que, em lugar de endos- sar o modelo retomado, rompe com ele, sutil ou aberta- mente, visando a ironia ou à critica) e tradução (recria- ção de um texto). Em sua forma implícita, a intertextualidade é bastante comum nos textos publicitários e, neste caso, serve para persuadir o leitor e levá-lo a consumir um produto ou, até mesmo, para difundir a cultura. Em sua forma explícita, a superposição de um texto sobre outro pode promover uma atualização ou modernização as ideias do primeiro texto, fazendo che- gar ao leitor, de maneira mais efetiva, o pensamento do autor. Esta forma aparece com frequência nos textos utilizados pelas Bancas examinadoras em provas de con- cursos. No texto que segue, por exemplo, o poeta Mário Quintana faz alusão a uma passagem da Bíblia e a uma famosa frase do escritor francês Voltaire. Veja: DA IMPARCIALIDADE A imparcialidade é uma atitude desonesta. Das duas uma: ou o imparcial está mentindo, traindo, assim, as suas mais legítimas preferências, ou então não passa de um exato robô, mero boneco mecânico, sem opinião pessoal, sem nada de humano. Aquela frase de Voltaire, tão citada: “não creio em uma só palavra do que dizes, mas defenderei até a morte teu direito de o dizer. É uma das coisas mais demagógicas que alguém já poderia ter inventando. Se achamos que algo é nocivo, meu Deus, como conseguiremos dormir tranquilos sem evitar sua propagação? Pilatos também é um exemplo de imparcialidade. Ao condenar Cristo, aparentemente deixou de tomar posi- ção. Porém, a realidade insurge-se contra os fatos. Frente à massa, procurou preservar seu governo. Desempenhou na História uma pontinha. Mas que pontinha! Condenou um inocente, desconhecido a posteridade. Esqueceu Pilatos, entretanto, que a verdade deve ser reconhecida e procla- mada em qualquer situação. Mário Quintana, In: caderno H. Porto Alegre. EQUIVALÊNCIA E TRANSFORMAÇÃO DE ESTRUTURAS PARÁFRASE: consiste no desenvolvimento explicativo (ou interpretativo) de um texto. A paráfrase é uma es- pécie de “tradução” (com palavras da própria língua) das ideias de um texto, sem comentários marginais, sem nada acrescentar e sem nada omitir sobre aquilo que está no original. Existem várias possibilidades de se fa- zer paráfrases. As mais comuns são: A) Substituição Lexical (sinonímia ou antonímia) • Apesar de ser prolixo, falou apenas o essencial; • Embora não fosse lacônico, falou apenas o essencial. B) Inversões gramaticais (hipérbatos) • Nada melhor que procurar ajuda divina em momentos de crise emocional ou financeira. • Em momentos de crise emocional ou financeira, nada melhor que procurar ajuda divina. C) Substituição de orações subordinadas pelas classes gramaticais correspondentes (ou vice-versa) • Ele é uma pessoa que tem fé. • Ele é uma pessoa fervorosa. D) Transformação de orações reduzidas em desenvolvidas (ou vice-versa) • Ele afirma sempre ter fé. • Ele afirma sempre que tem fé. E) Transposição de Voz Verbal • Quem tem fé vê a Deus como um pai amoroso. • Deus é visto como um pai amoroso por quem tem fé. F) Transformação de discursos diretos em indiretos (ou vice-versa) • O aflito suplicou: — Valha-me, meu Jesus Cristo. • O aflito suplicou para que Jesus Cristo o valesse. Fique Atento! A paródia, por exemplo, é um tipo de pa- ráfrase satírica, com intenção crítica, que tem por ca- racterísticas a caricatura, a jocosidade e a fuga à inten- ção primeira do autor. PERÍFRASE (ou amplificação): consiste no emprego de um rodeio de palavras — e outros adornos de linguagem — para exprimir, ampliar uma ideia, às vezes, uma parte de um texto. A perífrase textual é útil ao escritor porque o leva a tentativas de dizer a mesma coisa de maneiras diferentes, o que contribui para o enriquecimento de seu vocabulário. RESUMO: é uma condensação fiel das ideias ou dos fatos contidos no texto original. É reduzi-lo ao seu esqueleto essencial sem perder de vista três elementos: captar cada uma as ideias relevantes, obedecer à progressão em que elas se sucedem o encadeamento (correlação) que o texto estabelece entre cada uma das partes. Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!020 SÍNTESE: consiste em reunir em um todo coerente, es- truturado e homogêneo, conhecimentos referentes a um domínio particular. Na síntese, é importante agrupar os fatos particulares em um todo, dando-lhes uma visão ge- ral. MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL A coesão de um texto é decorrente das relações de sentindo que se operam entre os seus elementos. Muitas vezes, a compreensão de um termo depende da interpretação de outro ao qual ele faz referência. Os elementos de que a língua dispõe para relaci- onar termos ou segmentos na construção de um texto são os recursos vocabulares, sintáticos e semânticos — chamados de conectivos, coesivos ou conectores. FORMAS COMUNS DE COESÃO As formas mais comuns de garantir a coesão de um texto são: Coesão por referência, coesão por léxico, coe- são por elipse e coesão por substituição. » Coesão por referência: os elementos de referência são aqueles que não têm um significado por si mesmos, pois remetem a outros itens do texto que são necessá- rios à sua interpretação. Na coesão por referência, “há total identidade referencial entre o item de referência e o item pressu- posto”. • Pedro e Maria são crianças ingênuas. Eles aceitaram doces de estranhos. (referência pessoal) • Maria foi mal em todas as provas, menos nesta: a que tratava de pronomes. (referência demonstrativa) • Essa discussão está sendo igual à de ontem. (referência comparativa) » Coesão por substituição: ocorre quando um item é colocado no lugar de outro elemento do texto ou, até mesmo, de uma oração inteira. Na coesão por substituição, a identidade refe- rencial entre o item de referência e o item pressuposto não é total ou, nela, há uma especificação nova, pelo menos, a ser acrescentada (o que exige um mecanismo que seja gramatical e não semântico). • Pedro estudou muito para a prova e Maria também. • Pedro comeu pudim depois do almoço. Maria fez o mesmo. • Eu tomei um sorvete de chocolate. Pedro tomou um de flocos. » Coesão Sequencial: ocorre à medida que um texto progride e, entre seus fragmentos, vai se estabelecendo uma relação pragmática e/ou de significado. Esse tipo de coesão é feito através de palavras de transição. Palavras de transição: » No começo/introdução do texto: em primeiro lugar, antes de tudo, antecipadamente, antes de mais nada, a princípio, de antemão, primeiramente, à primeira vista, inicialmente, desde já. » Para dar continuidade/adicionar ideias ao texto: além disso, ainda mais, por outro lado, também, outros- sim, não só ... mas também, acresce que, da mesma for- ma, do mesmo modo, juntamente com, bem como, ainda por cima, em conjunção com, além de que, ademais. » Na conclusão: enfim, finalmente, em resumo, em con- clusão, por fim, portanto, logo, em síntese, nesse senti- do, dessa forma, em suma, definitivamente, assim, resu- mindo, afinal. » Para indicar tempo: então, logo depois, imediata- mente, logo após, pouco antes, pouco depois, anterior- mente, posteriormente, em seguida, por fim, atualmen- te, hoje, frequentemente, às vezes, constantemente, ocasionalmente, sempre, não raro, ao mesmo tempo, si- multaneamente, nesse ínterim, nesse meio tempo, en- quanto isso, concomitantemente. » Para indicar semelhança, conformidade: igualmen- te, da mesma forma, assim também, do mesmo modo, analogamente, por analogia, de maneira idêntica, de conformidade com, de acordo com, conforme, segundo, sob o mesmo ponto de vista. » Para indicar causa e consequência: por consequên- cia, por conseguinte, com resultado, por isso, por causa de, de fato, em virtude de, assim, com efeito, logicamen- te, naturalmente. » Para exemplificar e esclarecer ideias: então, quais sejam, ou seja, por exemplo, a saber, quer dizer, isto é, em outras palavras, ou por outra, em outros termos, e termos simples, sem rodeios, em linguagem clara, rigo- rosamente falando, ou mais simplesmente. Os principais mecanismos de coesão textual são: PREPOSIÇÕES – palavras invariáveis que ligam outras palavras, estabelecendo entre elas determinadas rela- ções de sentindo e de dependência. As preposições podem ser: » Essenciais (sempre têm essa função): a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás. » Acidentais (circunstanciais, pois podem pertencer a outras classes gramaticais): afora, conforme, consoante, durante, exceto, fora, mediante, tirante, salvo, segundo. Ao ligarem os termos, as preposições podem estabelecer relações de: Assunto: O ministro falou sobre Educação. Causa: Ele vibrava de entusiasmo. Companhia: Estava com o secretário particular. Direção/sentido: Depois seguiu para o Sul. Especialidade: Ele é especialista em Sociologia. Instrumento: Atrapalhou-se com o microfone. Lugar: Ele mora em Brasília. Matéria: Aqui comprou uma bota de avião. Meio: Certamente voltará de avião. Oposição: Mostrou-se contra a estatização do ensino. Origem: Na verdade, é natural de Maceió. Posse: Em Brasília, hospeda-se na casa de Erundina. Entre outras... Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!021 que está próximo da pessoa com quem se fala; e aquele, aquela, aquilo, naquele, naquela, naquilo, daquele, daquela e daquilo indicam o que está longe de quem fala e também longe de quem ouve. • “O que é aquilo que está lá no fim da rua?” MECANISMOS DE REFERÊNCIA NO TEMPO: têm fun- ção dêitica — localizam seres ou coisas no tempo. » Usa-se este, esta, isto, neste, nesta, nisto, deste, desta e disto indicam um tempo presente atual. • “Este ano tem sido muito bom para quem quer passar em um concurso público”. (ano de 2009). » Usa-se esse, essa, isso, nesse, nessa, nisso, desse, dessa e isso indicam um tempo passado ou futuro, mas não muito distante. • “A seleção brasileira jogará no Chile nesse fim de sema- na.” » Aquele, aquela, aquilo, naquele, naquela, naquilo, daquele, daquela e daquilo indicam um tempo distan- te. • “Mudei para Brasília há vinte anos. Naquela época aqui não havia tantos mendigos nas ruas”. Fique Atento! Os pronomes adjetivos (último, penúltimo, antepenúlti- mo, anterior, posterior) e os numerais ordinais (primei- ro, segundo, etc.) também podem ser usados para se fa- zer referências em geral. FATOR LINGUÍSTICO DE COESÃO TEXTUAL: DÊIXIS DÊIXIS Os elementos dêiticos têm a função de localizar entidades no contexto espaço-temporal, social ou dis- cursivo, já que eles apontam para elementos exteriores ao texto e mudam de sentido conforme o contexto, isto é, não possuem valor semântico em si mesmos, podendo variar a cada nova enunciação. Observe o exemplo da manchete de um jornal: ONTEM, AQUI, CAIU UM TEMPORAL A compreensão que se terá da ideia expressa pe- los advérbios “ontem” e “aqui somente será possível pela situação do texto, ou seja, necessito saber em que cidade e em que data tal texto foi publicado. Podemos ter os seguintes casos de Dêixis. 1) Dêixis pessoal: indica as pessoas do discurso, permi- tindo selecionar os participantes na interação comuni- cativa. Integram este grupo: pronomes pessoais (tu, me, nós etc.); determinantes e pronomes possessivos (meu, vos- so, seu, teu, etc.); sufixos flexionais de número e pessoa (fa- las, falei, falamos, etc.) bem como vocativos. 2) Dêixis temporal localiza os fatos no tempo, tomando como ponto de referência o momento da enunciação. Os elementos que desempenham esta função são advérbios, locuções adverbiais ou expressões denotativas de tempo, como por exemplo: amanhã, ontem, na semana passada, de noite, na semana seguinte, à tarde, etc. • Saiu dizendo que não voltaria mais, e na semana seguin- te já estava de volta. 3) Dêixis espacial: assinala os elementos espaciais, ten- do como referência o lugar em que foi feita a enuncia- ção, evidenciando a relação de maior ou menor proximi- dade em relação aos lugares ocupados por locutor e in- terlocutor. Os elementos que cumprem esta função são advérbios e locuções adverbiais de lugar (aqui, lá, lá de cima, perto de), determinantes e pronomes demonstrativos (esse, aquela, a outra), bem como alguns verbos que indi- cam movimento (chegar, entrar, subir). • Lá de baixo aquela montanha parecia perigosa. O PARÁGRAFO Os textos são estruturados geralmente em uni- dades menores, os parágrafos, identificados por um li- geiro afastamento de sua primeira linha em relação à margem esquerda da folha. Possuem extensão variada: há parágrafos longos e parágrafos curtos. O que vai de- terminar sua extensão é a unidade temática, já que cada ideia exposta no texto deve corresponder a um parágra- fo. É muito comum nos textos de natureza disserta- tiva, que trabalham com ideias e exigem maior rigor e objetividade na composição, que o parágrafo-padrão apresente a seguinte estrutura: » Introdução: também denominada tópico frasal, é constituída de uma ou duas frases curtas, que expres- sam, de maneira sintética, a ideia principal do parágra- fo, definindo seu objetivo; » Desenvolvimento: corresponde a uma ampliação do tópico frasal, com apresentação de ideias secundárias que o fundamentam ou esclarecem; » Conclusão - nem sempre presente, especialmente nos parágrafos mais curtos e simples, a conclusão retoma a ideia central, levando em consideração os diversos as- pectos selecionados no desenvolvimento. Nas dissertações, os parágrafos são estruturados a partir de uma ideia que normalmente é apresentada em sua introdução, desenvolvida e reforçada por uma conclusão. PARÁGRAFO DISSERTATIVO As dissertações, normalmente, costumam ser es- truturadas em quatro ou cinco parágrafos (um parágra- fo para a introdução, dois ou três para o desenvolvimen- to e um para a conclusão). É claro que essa divisão não é absoluta. Depen- dendo do tema proposto e da abordagem que se dê a ele, ela poderá sofrer variações. Mas é fundamental que você perceba o seguinte: a divisão de um texto em parágrafos (cada um correspondendo a uma determinada ideia que nele se desenvolve) tem a função de facilitar, para quem escreve, a estruturação coerente do texto e de possibili- tar, a quem lê, uma melhor compreensão do texto em sua totalidade. PARÁGRAFO NARRATIVO Nas narrações, a ideia central do parágrafo é um incidente, isto é, um episódio curto. Nos parágrafos nar- Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!024 rativos, há o predomínio dos verbos de ação que se refe- rem às personagens, além de indicações de circunstân- cias relativas ao fato: onde ele ocorreu, quando ocorreu, por que ocorreu, etc. O que falamos acima se aplica ao parágrafo nar- rativo propriamente dito, ou seja, aquele que relata um fato. Mas nas narrações existem também parágrafos que servem para reproduzir as falas dos personagens. No caso do discurso direto (em geral antecedido por dois- pontos e introduzido por travessão), cada fala de um personagem deve corresponder a um parágrafo para que essa fala não se confunda com a do narrador ou com a de outro personagem. PARÁGRAFO DESCRITIVO A ideia central do parágrafo descritivo é um quadro, ou seja, um fragmento daquilo que está sendo descrito (uma pessoa, uma paisagem, um ambiente, etc.), visto sob determinada perspectiva, num determi- nado momento. Alterado esse quadro, teremos novo pa- rágrafo. O parágrafo descritivo vai apresentar as mesmas características da descrição: predomínio de verbos de li- gação, emprego de adjetivos que caracterizam o que está sendo descrito, ocorrência de orações justapostas ou coordenadas. A ESTRUTURAÇÃO DO PARÁGRAFO O parágrafo-padrão é uma unidade de composi- ção constituída por um ou mais de um período, em que se desenvolve determinada ideia central, ou nuclear, a que se agregam outras, secundárias, intimamente relaci- onadas pelo sentido e logicamente decorrentes dela. O parágrafo facilita ao escritor a tarefa de isolar e depois ajustar convenientemente as ideias principais de sua composição, permitindo ao leitor acompanhar- lhes o desenvolvimento nos seus diferentes estágios. O TAMANHO DO PARÁGRAFO Os parágrafos são moldáveis conforme o tipo de redação, o leitor e o veículo de comunicação onde o tex- to vai ser divulgado. Em princípio, o parágrafo é mais longo que o período e menor que uma página impressa no livro, e a regra geral para determinar o tamanho é o bom senso. No geral, vale a regra a seguir: » Parágrafos curtos são próprios para textos pequenos, fabricados para leitores de pouca formação cultural. A notícia possui parágrafos curtos em colunas estreitas, já artigos e editoriais costumam ter parágrafos mais longos. Revistas populares, livros didáticos desti- nados a alunos iniciantes, geralmente, apresentam pa- rágrafos curtos. Quando o parágrafo é muito longo, o escritor deve dividi-lo em parágrafos menores, seguindo critério claro e definido. O parágrafo curto também é emprega- do para movimentar o texto, no meio de longos parágra- fos, ou para enfatizar uma ideia. » Parágrafos médios são comuns em revistas e livros didáticos destinados a um leitor de nível médio. Cada parágrafo médio construído com três períodos que ocupam de 50 a 150 palavras. Em cada página de livro cabem cerca de três parágrafos médios. » Parágrafos longos, em geral, aparecem em obras científicas e acadêmicas, por três razões: os textos são grandes e consomem muitas páginas; as explicações são complexas e exigem várias ideias e especificações, ocupando mais espaço; os leitores possuem capacidade e fôlego para acompanhá-los. A ordenação no desenvolvimento do parágrafo pode acontecer: A) por indicações de espaço: "... não muito longe do li- toral...". Utilizam-se advérbios e locuções adverbiais de lugar e certas locuções prepositivas, e adjuntos adverbi- ais de lugar; B) por tempo e espaço: advérbios e locuções adverbiais de tempo, certas preposições e locuções prepositivas, conjunções e locuções conjuntivas e adjuntos adverbiais de tempo; C) por enumeração: citação de características que vem normalmente depois de dois pontos; D) por contrastes: estabelece comparações, apresenta paralelos e evidencia diferenças; Conjunções adversati- vas, proporcionais e comparativas podem ser utilizadas nesta ordenação; E) por causa-consequência: conjunções e locuções con- juntivas conclusivas, explicativas, causais e consecuti- vas; F) por explicitação: esclarece o assunto com conceitos esclarecedores, elucidativos e justificativos dentro da ideia que foi construída. TÓPICO FRASAL A ideia central do parágrafo é enunciada através do período denominado tópico frasal. Esse período ori- enta ou governa o resto do parágrafo; dele nascem ou- tros períodos secundários ou periféricos; ele vai ser o roteiro do escritor na construção do parágrafo; ele é o período mestre, que contém a frase-chave. Como o enunciado da tese, que dirige a atenção do leitor direta- mente para o tema central, o tópico frasal ajuda o leitor a agarrar o fio da meada do raciocínio do escritor; como a tese, o tópico frasal introduz o assunto e o aspecto desse assunto, ou a ideia central com o potencial de ge- rar ideias-filhote; como a tese, o tópico frasal é enuncia- ção argumentável, afirmação ou negação que leva o lei- tor a esperar mais do escritor (uma explicação, uma prova, detalhes, exemplos) para completar o parágrafo ou apresentar um raciocínio completo. Assim, o tópico frasal é enunciação, supõe desdobramento ou explica- ção. A ideia central ou tópico frasal geralmente vem no começo do parágrafo, seguida de outros períodos que explicam ou detalham a ideia central. • Ao cuidar do gado, o peão monta e governa os cavalos sem maltratá-los. O modo de tratar o cavalo parece rude, mas o vaqueiro jamais é cruel. Ele sabe como o animal foi domado, conhece as qualidades e defeitos do animal, sabe onde, quando e quanto exigir do cavalo. O vaqueiro aprendeu que paciência e muitos exercícios são os principais meios para se obter sucesso na lida com os cavalos, e que não se pode exigir mais do que é Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!025 esperado. TÓPICO FRASAL DESENVOLVIDO POR ENUMERAÇÃO • A televisão, apesar das críticas que recebe, tem trazido muitos benefícios às pessoas, tais como: informação, por meio de noticiários que mostram o que acontece de im- portante em qualquer parte do mundo; diversão, atra- vés de programas de entretenimento (shows, competi- ções esportivas); cultura, por meio de filmes, debates, cursos. TÓPICO FRASAL DESENVOLVIDO POR DESCRIÇÃO DE DETALHES É o processo típico do desenvolvimento de um parágrafo descritivo: • Era o casarão clássico das antigas fazendas negreiras. Assobradado, erguia-se em alicerces o muramento, de pedra até meia altura e, dali em diante, de pau-a-pique (...) À porta da entrada ia ter uma escadaria dupla, com alpendre e parapeito desgastado. (Monteiro Lobato) TÓPICO FRASAL DESENVOLVIDO POR CONFRONTO Trata-se de estabelecer um confronto entre duas ideias, dois fatos, dois seres, seja por meio de contrastes das diferenças, seja do paralelo das semelhanças. • Embora a vida real não seja um jogo, mas algo muito sério, o xadrez pode ilustrar o fato de que, numa relação entre pais e filhos, não se pode planejar mais que uns poucos lances adiante. No xadrez, cada jogada depende da resposta à anterior, pois o jogador não pode seguir seus planos sem considerar os contra-ataques do adver- sário, senão será prontamente abatido. O mesmo acon- tecerá com um pai que tentar seguir um plano precon- cebido, sem adaptar sua forma de agir às respostas do fi- lho, sem reavaliar as constantes mudanças da situação geral, na medida em que se apresentam. (Bruno Bete- lheim, adaptado) TÓPICO FRASAL DESENVOLVIDO POR RAZÕES No desenvolvimento apresentamos as razões, os motivos que comprovam o que afirmamos no tópico fra- sal. • As adivinhações agradam particularmente às crianças. Por que isso acontece de maneira tão generalizada? Por- que, mais ou menos, representam a forma concentrada, quase simbólica, da experiência infantil de conquista da realidade. Para uma criança, o mundo está cheio de ob- jetos misteriosos, de acontecimentos incompreensíveis, de figuras indecifráveis. A própria presença da criança no mundo é, para ela, uma adivinhação a ser resolvida. Daí o prazer de experimentar de modo desinteressado, por brincadeira, a emoção da procura da surpresa. (Gi- anni Rodari, adaptado) TÓPICO FRASAL DESENVOLVIDO POR ANÁLISE Se dá pela divisão do todo em partes. • Quatro funções básicas têm sido atribuídas aos meios de comunicação: informar, divertir, persuadir e ensinar. A primeira diz respeito à difusão de notícias, relatos e comentários sobre a realidade. A segunda atende à pro- cura de distração, de evasão, de divertimento por parte do público. A terceira procura persuadir o indivíduo, convencê-lo a adquirir certo produto. A quarta é reali- zada de modo intencional ou não, por meio de material que contribui para a formação do indivíduo ou para am- pliar seu acervo de conhecimentos. (Samuel P. Netto, adaptado) TÓPICO FRASAL DESENVOLVIDO PELA EXEMPLIFICAÇÃO Consiste em esclarecer o que foi afirmado no tópico frasal por meio de exemplos. • A imaginação utópica e inerente ao homem, sempre existiu e continuará existindo. Sua presença é uma cons- tante em diferentes momentos históricos: nas socieda- des primitivas, sob a forma de lendas e crenças que apontam para um lugar melhor; nas formas do pensa- mento religioso que falam de um paraíso a alcançar; nas teorias de filósofos e cientistas sociais que, apregoando o sonho de uma vida mais justa, pedem-nos que "seja- mos realistas, exijamos o impossível". (Teixeira Coelho, adaptado). BLOCO DE EXERCÍCIOS 01 Responda as questões de 01 a 10 de acordo com o texto abaixo: O primeiro dever passado pelo novo professor de português foi uma descrição tendo o mar como tema. A classe inspirou-se, toda ela, nos encapelados mares de Camões, aqueles nunca dantes navegados; o episódio do Adamastor foi reescrito pela meninada. Prisioneiro no internato, eu vivia na saudade das praias do Pontal onde conhecera a liberdade e o so- nho. O mar de Ilhéus foi o tema de minha descrição. Padre Cabral levara os deveres para corrigir em sua cela. Na aula seguinte, entre risonho e solene, anun- ciou a existência de uma vocação autêntica de escritor naquela sala de aula. Pediu que escutassem com atenção o dever que ia ler. Tinha certeza, afirmou, que o autor daquela página seria no futuro um escritor conhecido. Não regateou elogios. Eu acabara de completar onze anos. Passei a ser uma personalidade, segundo os câ- nones do colégio, ao lado dos futebolistas, dos campeões de matemática e de religião, dos que obtinham meda- lhas. Fui admitido numa espécie de Círculo Literário onde brilhavam alunos mais velhos. Nem assim deixei de me sentir prisioneiro, sensação permanente durante os dois anos em que estudei no colégio dos jesuítas. Houve, porém, sensível mudança na limitada vida do aluno interno: o padre Cabral tomou-me sob sua proteção e colocou em minhas mãos livros de sua estan- te. Primeiro “As Viagens de Gulliver”, depois clássicos portugueses, traduções de ficcionistas ingleses e france- ses. Data dessa época minha paixão por Charles Dickens. Demoraria ainda a conhecer Mark Twain, o norte-ame- ricano não figurava entre os prediletos do padre Cabral. Recordo com carinho a figura do jesuíta portu- guês erudito e amável. Menos por me haver anunciado escritor, sobretudo por me haver dado o amor aos li- vros, por me haver revelado o mundo da criação literá- Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!026 03. Julgue os itens a seguir, em relação aos aspectos se- mânticos e estilísticos. A) Experiência, esclerose, passado, futuro e envelhecer, no texto, pertencem ao mesmo campo semântico. B) Virtualmente, na linha 15, poderia ser substituído por potencialmente ou factivelmente, sem alterar substanci- almente o sentido do texto. C) “Sendo o Brasil um país jovem”, linha 24, instaura uma condição concessiva em relação à oração seguinte. D) Ceticismo, linha 28, liga-se semanticamente a sem memória, na linha 27. Leia o texto II para responder às questões 04 e 05. Texto II Periodização da Filosofia 1 Não se pode afirmar que a história do pensa- mento filosófico obedeça a uma evolução linear, de tal modo que cada posição atingida pelos grandes pensado- res no plano epistemológico, ético, metafísico, estético, etc., condicione o desenvolvimento sucessivo. 6 Em primeiro lugar, há uma multiplicidade de áreas diversas de indagação e, a não ser em casos bem raros, raramente surgem pensadores geniais capazes de abrangê-las de maneira sincrônica ou unitária, marcan- do pontos cardeais da história das ideias. O que prevale- ce, em geral, são contribuições especializadas que cui- dam de determinado campo de pesquisa, não se devendo esquecer que essas indagações setoriais podem, às ve- zes, repercutir sobre o curso do pensamento geral, ins- pirando novos paradigmas, ou seja, pressupostos funda- mentais que passam a condicionar as meditações subse- quentes. 18 Como se vê, as linhas de indagações filosóficas resultam de preferências individuais dos pensadores as- sim como de fatores das mais diversificadas configura- ções, não sendo possível, pois, afirmar que as várias cor- rentes de pensamento se entrelacem ou atuem umas so- bre as outras. Há até mesmo hipóteses em que determi- nadas escolas ou círculos de pensamento são tão ciosos de suas convicções que chegam a olhar com desprezo as demais perquirições, como se deu, por exemplo, em cer- tos momentos do escolasticismo medieval; no apogeu do naturalismo positivista da passada centúria; no predo- mínio ideológico do marxismo que, no dizer de Ray- mond Aron, foi “o ópio dos intelectuais”; ou, em tempos mais recentes, a corrente do positivismo lógico, alguns de cujos mentores chegaram a considerar meaningless, isto é, desprovido de sentido tudo que não se ajustasse a seus parâmetros. (Miguel Reale Jr. - O Estado de São Paulo - Jun/98.) 04. A primeira instância da interpretação textual situa- se na esfera da compreensão dos significados vocabula- res e organizacionais. Atentando para esta afirmação, julgue os itens a seguir segundo os critérios semânticos e estilísticos. A) “Multiplicidade de áreas diversas de indagação”, li- nhas 6 e 7, trata do caráter unívoco do conhecimento e, por conseguinte, do objeto da filosofia. B) “abrangê-las de maneira sincrônica”, linha 9, é o mesmo que visão superficial sobre o objeto do conheci- mento. C) A partícula pois, linha 21, instaura uma circunstância explicativa entre duas afirmações que a circundam. D) O autor utiliza-se de um registro predominantemente metafórico, dificultando a apreensão das ideias que vei- cula. 05. Considerando que paráfrase é o desenvolvimento de um texto conservando-se suas ideias originais, expres- sas por palavras diferentes, julgue os itens a seguir, caso sejam ou não paráfrases de segmentos do texto II. A) A progressão do pensamento filosófico não se sujeita a parâmetros evolutivos lineares. B) Raros filósofos conseguem abarcar simultaneamente diferentes campos da perquirição filosófica. C) O pensamento geral é modificado por paradigmas fundamentais. D) A crença de que as várias correntes de pensamento se excluem é confirmada pela individualidade do pensa- mento filosófico ocidental. 06. Aponte a alternativa que melhor define a charge. A) Os bancos mudaram todo sistema de pagamento de depósito automático. B) Os idosos têm dificuldade para lidar com novas tecno- logias, procedimentos e códigos modernos. C) O brasileiro continua analfabeto e ignorante diante das mudanças no cenário mundial. D) Os bancos mudaram todo sistema de transações auto- máticas e a população está com dificuldade. E) Os caixas eletrônicos são lentos e difíceis de usar. 07. Na figura abaixo há: A) Uma sátira à ideia de céu e inferno. B) O encontro de Je- sus com o diabo. C) Uma sátira a certas postagens feitas nas redes sociais. D) Uma crítica ao modo como as pessoas encaram a ideia de religião na sociedade atual. Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!029 EXERCÍCIOS – BLOCO 03 Texto I Salustiano era um bom garfo. Mas o jantar que lhe haviam oferecido nada teve de abundante. ― Quando voltará a jantar conosco? ― perguntou-lhe a dona da casa. ― Agora mesmo, se quiser. (Barão de Itararé, in Máximas e Mínimas do Barão de Itararé) 01. A figura de linguagem presente no primeiro perí- odo do texto é: A) hipérbole D) metonímia B) eufemismo E) antítese C) prosopopeia 02. Deduz-se do texto que Salustiano: A) come pouco. B) é uma pessoa educada. C) não ficou satisfeito com o jantar. D) é um grande amigo da dona da casa. E) decidiu que não mais comeria naquela casa. 03. O adjetivo que não substitui sem alteração de sen- tido a palavra “abundante” é: A) copiosa D) lauta B) frugal E) abundosa C) opípara Texto II A mulher foi passear na capital. Dias depois o marido dela recebeu um telegrama: “Envie quinhentos cruzeiros. Pre- ciso comprar uma capa de chuva. Aqui está chovendo sem parar”. E ele respondeu: “Regresse. Aqui chove mais ba- rato”. (Ziraldo, in As Anedotas do Pasquim) 04. A resposta do homem se deu por razões: A) econômicas D) de segurança B) sentimentais E) de machismo C) lúdicas 05. Com relação à tipologia textual, pode-se afirmar que: A) se trata de uma dissertação. B) se trata de uma descrição com alguns traços narrati- vos. C) o autor preferiu o discurso direto. D) o segundo período é exemplo de discurso indireto li- vre. E) não se detecta a presença de personagens. 06. Com relação aos elementos conectores do texto, não se pode dizer que: A) dela tem como referente mulher. B) o referente do pronome ele é marido. C) a preposição de tem valor semântico de finalidade. D) A oração “Aqui está chovendo sem parar” poderia li- gar-se à anterior, sem alteração de sentido, pela conjun- ção conquanto. E) O advérbio aqui, em seus dois empregos, não possui os mesmos referentes. Texto III “Uma nação já não é bárbara quando tem historiadores.” (Marquês de Maricá, in Máximas) 07. O texto é: A) uma apologia à barbárie B) um tributo ao desenvolvimento das nações C) uma valorização dos historiadores D) uma reprovação da selvageria E) um canto de louvor à liberdade 08. Só não constitui paráfrase do texto: Um país já não é bárbaro, desde que nele existem histori- adores. Quando tem historiadores, uma nação já é civilizada. Uma nação deixa de ser bárbara quando há nela historia- dores. Quando possui historiadores, uma nação não mais pode ser considerada bárbara. Desde que tenha historiadores, uma nação já não é mais bárbara. Texto IV “A maior alegria do brasileiro é hospedar alguém, mesmo um desconhecido que lhe peça pouso, numa noite de chuva.” (Cassiano Ricardo, in O Homem Cordial) 09. Segundo as ideias contidas no texto, o brasileiro: A) põe a hospitalidade acima da prudência. B) hospeda qualquer um, mas somente em noites chuvo- sas. C) dá preferência a hospedar pessoas desconhecidas. D) não tem outra alegria senão a de hospedar pessoas, co- nhecidas ou não. E) não é prudente, por aceitar hóspedes no período da noite. 10. A palavra mesmo pode ser trocada no texto, sem alteração de sentido, por: A) certamente D) como B) até E) não C) talvez 11 A expressão “A maior alegria do brasileiro” pode ser entendida como: A) uma personificação D) uma hipérbole B) uma ironia E) uma catacrese C) uma metáfora 12. O trecho que poderia dar sequência lógica e coesa ao texto é: A) Não obstante isso, ele é uma pessoa gentil. B) Dessa forma, qualquer um que o procurar será aten- dido. C) A solidariedade, pois, ainda precisa ser conquistada. D) E o brasileiro ganhou fama de intolerante. E) Por conseguinte, se chover, ele dará hospedagem aos desconhecidos. Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!030 EXERCÍCIOS – BLOCO 04 TEXTO I Não existe essa coisa de um ano sem Senna, dois anos sem Senna... Não há calendário para a saudade. (Adriane Galisteu, no Jornal do Brasil) 01. Segundo o texto, a saudade: A) aumenta a cada ano. B) é maior no primeiro ano. C) é maior na data do falecimento. D) é constante. E) incomoda muito. 02. A segunda oração do texto tem um claro valor: A) concessivo D) condicional B) temporal E) proporcional C) causal 03. A repetição da palavra não exprime: A) dúvida D) confiança B) convicção E) esperança C) tristeza 04. A figura que consiste na repetição de uma palavra no início de cada membro da frase, como no caso da palavra não, chama-se: A) anáfora D) pleonasmo B) silepse E) metonímia C) sinestesia TEXTO II Passei a vida atrás de eleitores e agora busco os leitores. (José Sarney, na Veja, dez/97.) 05. Deduz-se pelo texto uma mudança na vida: A) esportiva D) sentimental B) intelectual E) religiosa C) profissional 06. O autor do texto sugere estar passando de: A) escritor a político D) senador a escritor B) político a jornalista E) político a escritor C) político a romancista 07. Infere-se do texto que a atividade inicial do autor foi: A) agradável D) honesta B) duradoura E) coerente C) simples 08. O trecho que justifica a resposta ao item anterior é: A) e agora D) atrás de eleitores B) os leitores E) busco C) passei a vida 09. A palavra ou expressão que não pode substituir o termo agora é: A) no momento D) neste instante B) ora E) recentemente C) presentemente TEXTO III Os animais que eu treino não são obrigados a fazer o que vai contra a natureza deles. (Gilberto Miranda, na Folha de São Paulo, 23/2/96.) 10. O sentimento que melhor define a posição do au- tor perante os animais é: A) fé D) amor B) respeito E) tolerância C) solidariedade 11. O autor do texto é: A) um treinador atento. B) um adestrador frio. C) um treinador qualificado. D) um adestrador consciente. E) um adestrador filantropo. 12. Segundo o texto, os animais: A) são obrigados a todo tipo de treinamento. B) fazem o que não lhes permite a natureza. C) não fazem o que lhes permite a natureza. D) não são objeto de qualquer preocupação para o autor. E) são treinados dentro de determinados limites. TEXTO IV Estou com saudade de ficar bom. Escrever é consequência natural. (Jorge Amado, na Folha de São Paulo, 22/10/96.) 13. Segundo o texto: A) O autor esteve doente e voltou a escrever. B) O autor está doente e continua escrevendo. C) O autor não escreve porque está doente. D) O autor está doente porque não escreve. E) O autor ficou bom, mas não voltou a escrever. 14. O autor na verdade tem saudade: A) de trabalhar D) de escrever B) da saúde E) da doença C) de conversar 15. “Escrever é consequência natural.” Consequência de: A) voltar a trabalhar. B) recuperar a saúde. C) ter ficado muito tempo doente. D) estar enfermo. E) ter saúde. TEXTO V A mente de Deus é como a Internet: ela pode ser acessada por qualquer um, no mundo todo. (Américo Barbosa, na Folha de São Paulo) 16. No texto, o autor compara: A) Deus e internet B) Deus e mundo todo C) internet e qualquer um D) mente e internet E) mente e qualquer um Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!031 A) chamou a atenção dos historiadores por ser meio apa- gado. B) foi uma parte brilhante da história do Rio de Janeiro. C) assemelha-se aos séculos XVI e XVIII. D) foi importante, culturalmente, para o Rio de Janeiro. E) transcorreu sem brilho, para o Rio de Janeiro. 49. A palavra ou expressão que pode substituir sem prejuízo do sentido a palavra “fastos” é: A) anais D) administração B) círculos culturais E) imprensa C) círculos políticos 50. A expressão “quase apagada”: A) retifica a palavra meia-luz. B) complementa a palavra meia-luz. C) reforça a palavra meia-luz. D) explica a palavra meia-luz. E) amplia a palavra meia-luz. 51. Infere-se do texto que: A) os historiadores detestaram o século XVII. B) os mais belos momentos da história encantam certas pessoas. C) o século XVI foi tão importante quanto o século XVIII. D) a história do Rio de Janeiro está repleta de coisas inte- ressantes. E) os historiadores se interessam menos pelos séculos XVI e XVIII do que pelo século XVII. TEXTO XII Acho que foi uma premonição, uma vez que ele já tinha declarado que “A Fraternidade é Vermelha” seria seu úl- timo filme. Foi o cineasta contemporâneo que conseguiu chegar mais perto do conceito de Deus. Poderia ter feito muito mais filmes, mas foi vítima do totalitarismo socia- lista. (Leon Cakoff, no Jornal da Tarde, 14/13/96.) 52. O totalitarismo socialista: A) atrapalhou a carreira do cineasta. B) manteve-se alheio à carreira do cineasta. C) interrompeu a carreira do cineasta. D) incentivou a carreira do cineasta. E) fiscalizou a carreira do cineasta. 53. “A Fraternidade é Vermelha”: A) foi um filme de repercussão nos meios religiosos. B) foi o primeiro filme de sucesso do cineasta. C) não abordava o assunto Deus. D) foi o melhor filme do cineasta. E) foi o último filme do cineasta. 54. Provavelmente, o cineasta: A) agradou, por ser materialista. B) agradou por falar de Deus. C) desagradou por falar de Deus. D) desagradou por não falar de Deus. E) não sabia nada sobre Deus. 55. Levando-se em conta o caráter materialista usual- mente atribuído aos socialistas, o título do filme se- ria, em princípio: A) uma redundância D) uma qualificação B) uma ambiguidade E) uma incoerência C) um paradoxo 56. A palavra “premonição” se justifica porque: A) seu filme foi um sucesso. B) o cineasta falava de Deus. C) o cineasta não quis fazer mais filmes. D) a “Fraternidade é Vermelha” foi seu último filme. E) o cineasta foi vítima do totalitarismo socialista. 57. A palavra “Vermelha” equivale no texto a: A) totalitária D) materialista B) comunista E) espiritualista C) socialista 58. O conectivo que não poderia substituir “uma vez que” no texto é: A) porque D) porquanto B) pois E) se bem que C) já que TEXTO XIII Nem todas as plantas hortícolas se dão bem durante todo o ano; por isso é preciso fazer uma estruturação dos can- teiros a fim de manter-se o equilíbrio das plantações. Com o sistema indicado, não faltarão verduras durante todo ano, sejam folhas, legumes ou tubérculos. (Irineu Fabichak, in Horticultura ao Alcance de Todos) 59. Segundo o texto: A) todas as plantas hortícolas não se dão bem durante todo o ano. B) todas as plantas hortícolas se dão bem durante todo o ano. C) todas as plantas hortícolas se dão mal durante todo o ano. D) algumas plantas hortícolas se dão bem durante todo o ano. E) nenhuma planta hortícola se dá mal durante todo o ano. 60. Para manter o equilíbrio das plantações é neces- sário: A) estruturar de maneira mais lógica e racional os cantei- ros. B) fazer mais canteiros, mas ordenando-os de maneira ló- gica e racional. C) fazer o plantio em épocas diferentes. D) construir canteiros emparelhados. E) manter sempre limpos os canteiros 61. A conjunção “por isso” só não pode ser substituída por: A) portanto D) porque B) logo E) assim C) então 62. Segundo o último parágrafo do texto: Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!034 A) tubérculos não são verduras. B) legumes são o mesmo que tubérculos. C) folhas, legumes e tubérculos são a mesma coisa. D) haverá verduras o ano todo, inclusive folhas, legumes e tubérculos. E) haverá folhas, legumes e tubérculos o ano todo. TEXTO XIV Aquisição à vista. A Bauducco, maior fabricante de panetones do país, está negociando a compra de sua maior concorrente, a Vis- conti, subsidiária brasileira da italiana Visagis. O negócio vem sendo mantido sob sigilo pelas duas empresas em ra- zão da proximidade do Natal. Seus controladores temem que o anúncio dessa união ― resultando numa espécie de AmBev dos panetones ― melindre os varejistas. (Cláudia Vassallo, na Exame, dez./99. 63. As duas empresas (linha 4. de que fala o texto são: A) Bauducco e Visagis B) Visconti e Visagis C) AmBev e Bauducco D) Bauducco e Visconti E) Visagis e AmBev 64. A aproximação do Natal é a causa: A) da compra da Visconti B) do sigilo do negócio C) do negócio da Bauducco D) do melindre dos varejistas E) do anúncio da união 65. Uma outra causa para esse fato seria: A) a primeira colocação da Bauducco na fabricação de pa- netones B) o fato de a Visconti ser uma multinacional C) o fato de a AmBev entrar no mercado de panetones D) o possível melindre dos varejistas E) o fato de a Visconti ser concorrente da Bauducco 66. Por “aquisição à vista” entende-se, no texto: A) que a negociação é provável. B) que a negociação está distante, mas vai acontecer. C) que o pagamento da negociação será feito em uma única parcela. D) que a negociação dificilmente ocorrerá. E) que a negociação está próxima. TEXTO XV Um anjo dorme aqui; na aurora apenas, disse adeus ao brilhar das açucenas em ter da vida alevantado o véu. Rosa tocada do cruel granizo cedo finou-se e no infantil sorriso passou do berço pra brincar no céu! (Casimiro de Abreu, in Primaveras) 67. O tema do texto é: A) a inocência de uma criança B) o nascimento de uma criança C) o sofrimento pela morte de uma criança D) o apego do autor por uma certa criança E) a morte de uma criança 68. O tema se desenvolve com base em uma figura de linguagem conhecida como: A) prosopopeia D) metonímia B) hipérbole E) eufemismo C) pleonasmo 69. No âmbito do poema, podemos dizer que perten- cem ao mesmo campo semântico as palavras: A) aurora e véu D) berço e céu B) anjo e rosa E) cruel e infantil C) granizo e sorriso 70. As palavras que respondem ao item anterior são: A) uma antítese em relação à vida B) hipérboles referentes ao destino C) personificações alusivas à morte D) metáforas relativas à criança E) pleonasmos com relação à dor. 71. Por “sem ter da vida alevantado o véu” entende- se: A) sem ter nascido B) sem ter morrido cedo C) sem ter conhecido bem a vida D) sem viver misteriosamente E) sem poder relacionar-se com as outras pessoas 72. “Na aurora apenas” é o mesmo que: A) somente pela manhã D) só na tristeza B) no limiar somente E) só no final C) apenas na alegria TEXTO XVI Julgo que os homens que fazem a política externa do Bra- sil, no Itamaraty, são excessivamente pragmáticos. Tive- ram sempre vida fácil, vêm da elite brasileira e nunca participaram, eles próprios, em combates contra a dita- dura, contra o colonialismo. Obviamente não têm a sen- sibilidade de muitos outros países ou diplomatas que co- nheço. (José Ramos-Horta, na Folha de São Paulo, 21/10/96. 73. Só não caracteriza os homens do Itamaraty: A) o pragmatismo B) a falta de sensibilidade C) a luta contra a ditadura D) a tranquilidade da vida E) as raízes na elite do Brasil 74. A palavra que não se liga semanticamente aos ho- mens do Itamaraty é: A) o segundo que (linha 1) B) tiveram (linha 2) C) vêm (linha 3) D) eles (linha 3) E) o terceiro que (linha 5) 75. Pelo visto, o autor gostaria de que os homens do Itamaraty tivessem mais: A) inteligência D) coerência B) patriotismo E) grandeza C) vivência Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!035 76. A oração iniciada por “obviamente” tem um claro valor de: A) consequência D) condição B) causa E) tempo C) comparação 77. A palavra que pode substituir, sem prejuízo do sentido, a palavra “obviamente” (linha 4), é: A) necessariamente D) evidentemente B) realmente E) comprovadamente C) justificadamente 78. Só não pode ser inferido do texto: A) nem todo diplomata é excessivamente pragmático. B) ter lutado contra o colonialismo é importante para a carreira de diplomata. C) Nem todo diplomata vem da elite brasileira. D) ter vida fácil é característica comum a todo tipo de di- plomata. E) há diplomatas mais sensíveis que outros. TEXTO XVII Se essa ainda é a situação de Portugal e era, até bem pouco, a do Brasil, havemos de convir em que no Brasil colônia, essencialmente rural, com a ojeriza que lhe no- taram os nossos historiadores pela vida das cidades ― simples pontos de comércio ou de festividades religiosas ―, estas não podiam exercer maior influência sobre a evolução da língua falada, que, sem nenhum controle normativo, por séculos “voou com as suas próprias asas”. (Celso Cunha, in A Língua Portuguesa e a Realidade Brasileira) 79. Segundo o texto, os historiadores: A) tinham ojeriza pelo Brasil-colônia. B) consideram as cidades do Brasil-colônia como simples pontos de comércio ou de festividades religiosas. C) consideram o Brasil-colônia essencialmente rural. D) observaram a ojeriza que a vida nas cidades causava. E) consideram o campo mais importante que as cidades. 80. Para o autor: A) as festas religiosas têm importância para a evolução da língua falada. B) No Brasil-colônia, havia a prevalência da vida do campo sobre a das cidades. C) a evolução da língua falada dependia em parte dos pon- tos de comércio. D) a evolução da língua falada independe da condição de Brasil-colônia. E) a situação do Brasil na época impedia a evolução da lín- gua falada. 81. A palavra “ojeriza” (linha 3. significa, no texto: A) medo D) dificuldade B) admiração E) angústia C) aversão 82. A língua falada “voou com as suas próprias asas” porque: A) as cidades eram pontos de festividades religiosas. B) o Brasil se distanciava linguisticamente de Portugal. C) faltavam universidades nos centros urbanos. D) não se seguiam normas linguísticas. E) durante séculos, o controle normativo foi relaxado, por ser o Brasil uma colônia portuguesa. 83. Segundo o texto, a população do Brasil-colônia: A) à vida do campo preferia a da cidade. B) à vida da cidade preferia a do campo. C) não tinha preferência quanto à vida do campo ou à da cidade. D) preferia a vida em Portugal, mas procurava adaptar-se à situação. E) preferia a vida no Brasil, fosse na cidade ou no campo. TEXTO XVIII Ainda falta um bom tempo para a aposentadoria da maior parte deles, mas a Andrade Gutierrez já tem pronto um estudo sobre a sucessão de 20 de seus principais executi- vos, quase todos na faixa entre 58 e 62 anos. Seus substi- tutos serão escolhidos entre 200 integrantes de um time de aspirantes. Eduardo Andrade, o atual superinten- dente, que já integra o conselho de administração da em- preiteira mineira, deverá ir se afastando aos poucos do dia-a-dia dos negócios. Para os outros executivos, que de- verão ser aproveitados como consultores, a aposentado- ria chegará a médio prazo. (José Maria Furtado, na Exame, dez./99.) 84. Se começarmos o primeiro período do texto por “A Andrade Gutierrez já tem pronto...”, teremos, como sequência coesa e coerente: A) visto que ainda falta um bom tempo para a aposenta- doria da maior parte deles. B) por ainda faltar um bom tempo para a aposentadoria da maior parte deles. C) se ainda faltar um bom tempo para a aposentadoria da maior parte deles. D) embora ainda falte um bom tempo para a aposentado- ria da maior parte deles. E) à medida que ainda falta um bom tempo para a aposen- tadoria da maior parte deles. 85. Segundo o texto: A) 20 grandes executivos da empresa se aposentarão a médio prazo. B) 20 grandes executivos da empresa acham-se na faixa entre 58 e 62 anos. C) nenhum dos 20 grandes executivos se aposentará a curto prazo. D) Eduardo Andrade é um executivo na faixa dos 58 a 62 anos. E) a empresa vai substituir seus vinte principais executi- vos a curto e médio prazos. 86. A empresa, no que toca à aposentadoria de seus executivos, mostra-se: A) precipitada D) rígida B) cautelosa E) inflexível C) previdente 87. Sobre o executivo Eduardo Andrade, não se pode afirmar: Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!036 111. Pelo visto, os antigos moradores da terra não possuíam muito (a): A) disposição D) paciência B) responsabilidade E) orgulho C) inteligência TEXTO XXIII 112. Segundo o texto: A) tudo que as bandeiras fizeram foi feito também pelo boi e pelo vaqueiro. B) o boi e o vaqueiro fizeram todas as coisas que as ban- deiras fizeram. C) nem as bandeiras nem o boi e o vaqueiro alcançaram seus objetivos. D) o boi e o vaqueiro realizaram seu trabalho porque as bandeiras abriram o caminho. E) o boi e o vaqueiro fizeram coisas que as bandeiras não conseguiram fazer. 113. Com relação às bandeiras, não se pode afirmar que: A) desbravaram D) despovoaram B) mataram E) não se fixaram C) catequizaram 114. Os índios foram: A) maltratados D) presos B) aviltados E) massacrados C) expulsos 115. O par que não caracteriza a oposição existente entre as bandeiras e o boi e o vaqueiro é: A) aquelas (linha 4) / estes (linha 5) B) ir-e-voltar (linha 9) / ir-e-ficar (linha 9) C) no primeiro caso (linha 8) / no segundo (linha 9) D) enquanto (linha 3) / e assim (linha 9) E) despovoando (linha 5) / pontilhando (linha 6) 116. “...catequizando o nativo para seus misteres...” Das alterações feitas na passagem acima, a que altera basicamente o seu sentido é: A) doutrinando o indígena para seus misteres B) catequizando o aborigine para suas atividades C) evangelizando o nativo para seus ofícios D) doutrinando o nativo para seus cuidados E) catequizando o autóctone para suas tarefas 117. O elemento conector que pode substituir a pre- posição com (linha 1), mantendo o sentido e a coesão textual, é: A) mesmo D) a respeito de B) não obstante E) graças a C) de 118. “...o aparato de suas hordas guerreiras...” sugere que as conquistas dos bandeirantes ocorreram com: A) organização e violência. B) rapidez e violência. C) técnica e profundidade. D) premeditação e segurança. E) demonstrações de racismo e violência. TEXTO XXIV 119. Segundo o texto, a família Velloso resolveu res- suscitar as Casas da Banha porque: A) a rede teve 224 lojas e 20.000 funcionários. B) a rede foi desativada no início dos anos 90. C) uma empresa do ramo de programas para supermerca- dos propôs um acordo vantajoso, em que a rede só entra- ria com as compras e as entregas. D) mais da metade dos cariocas não esqueceram as Casas da Banha. E) a rede funcionará apenas virtualmente. 120. A palavra ou expressão que justifica a resposta ao item anterior é: A) Você (linha 1) D) Desta vez (linha 7) B) desaparecida (linha 5) E) acordo (linha 9) C) Por isso (linha 6) 121. “Desta vez, porém, apenas virtualmente.” Com a passagem destacada acima, entende-se que as Ca- sas da Banha: A) funcionarão virtualmente, ou seja, sem fins lucrativos. B) não venderão produtos de supermercado. C) estão associando-se a uma empresa de informática. D) estão mudando de ramo. E) não venderão mais seus produtos em lojas. 122. O pronome “la” (linha 7) não pode ser, semanti- camente, associado a: A) Casas da Banha (linha 1) Com todo o aparato de suas hordas guerreiras, não conseguiram as bandeiras realizar jamais a façanha levada a cabo pelo boi e pelo vaqueiro. Enquanto que aquelas, no desbravar, sacrificavam indígenas aos milhares, despovoando sem fixarem-se, estes foram pontilhando de currais os desertos trilhados, catequizando o nativo para seus misteres, de- tendo-se, enraizando-se. No primeiro caso era o ir-e-voltar; no segundo, era o ir-e-ficar. E assim foi o curral precedendo a fazenda e o engenho, o va- queiro e o lavrador, realizando uma obra de con- quista dos altos sertões, exclusive a pioneira. (José Alípio Goulart, in Brasil do Boi) 1 5 10 Você se lembra da Casas da Banha? Pois é, uma pesquisa mostra que mais de 60% dos cariocas ainda se recordam daquela que foi uma das maio- res redes de supermercados do país, com 224 lojas e 20.000 funcionários, desaparecida no início dos anos 90. Por isso, seus antigos donos, a família Vel- loso, decidiram ressuscitá-la. Desta vez, porém, apenas virtualmente. Os Velloso fizeram um acordo com a GW. Commerce, de Belo Horizonte, empresa que desenvolve programas para super- mercados virtuais. Em troca de uma remuneração sobre o faturamento. A GW gerenciará as vendas para a família Velloso. A família cuidará apenas das compras e das entregas. (José Maria Furtado, na Exame, dez./99.) 1 5 10 Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!039 B) pesquisa (linha 1) C) daquela (linha 2) D) uma (linha 3) E) desaparecida (linha 4) TEXTO XXV A fábrica brasileira da General Motors em Gravataí, no Rio Grande do Sul, será usada como piloto para a imple- mentação do novo modelo de negócios que está sendo de- senhado mundialmente pela montadora. A meta da GM é transformar-se numa companhia totalmente voltada para o comércio eletrônico. A partir do ano 2000, a Inter- net passará a nortear todos os negócios do grupo, envol- vendo desde os fornecedores de autopeças até o consumi- dor final. “A planta de Gravataí representa a imagem do futuro para toda a GM”, afirma Mark Hogan, ex-presi- dente da filial brasileira e responsável pela nova divisão e-GM. (Lidia Rebouças, na Exame, dez./99.) 123. Segundo o texto: A) a GM é uma empresa brasileira instalada em Gravataí. B) a montadora fez da fábrica brasileira de Gravataí um modelo para todas as outras fábricas espalhadas pelo mundo. C) no Rio Grande do Sul, a GM implementará um modelo de fábrica semelhante ao que está sendo criado em outras partes do mundo. D) a fábrica brasileira da GM vinha sendo usada de acordo com o modelo mundial, mas a montadora pretende alte- rar esse quadro. E) a GM vai utilizar a fábrica do Rio Grande do Sul como um protótipo do que será feito em termos mundiais. 124. A opção que contraria as ideias contidas no texto é: A) A GM vai modificar, a partir de 2000, a forma de fazer negócios. B) Será grande a importância da Internet nos negócios da GM. C) O consumidor final só poderá, a partir de 2000, nego- ciar pela Internet. D) O comércio eletrônico está nos planos da GM para o ano 2000. E) A fábrica brasileira é considerada padrão pelo seu ex-presidente. 125. Deduz-se, pelo texto, que a fábrica brasileira: A) será norteada pela Internet. B) terá seu funcionamento modificado para adaptar-se às necessidades do mercado. C) será transferida para Gravataí. D) estará, a partir de 2000, parcialmente voltada para o comércio eletrônico. E) seguirá no mesmo ritmo de outras empresas da GM atualmente funcionando no mundo. 126. Por “implementação” (linha 2), pode-se enten- der: A) complementação D) realização B) suplementação E) facilitação C) exposição 127. Segundo as ideias contidas no texto, a transfor- mação que se propõe a GM: A) não tem apoio dos fornecedores. B) tem apoio do consumidor final. C) tem prazo estabelecido. D) é inexequível. E) não tem lugar marcado. TEXTO XXVI MAR PORTUGUÊS Ó Mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram! Quantos filhos em vão rezaram! 5 Quantas noivas ficaram por casar para que tu fosses nosso, ó mar! Valeu a pena? Tudo vale a pena se a alma não é pequena. Quem quer passar além do Bojador 10 tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, mas nele é que espelhou o céu! (Fernando Pessoa, in Mensagem) 128. Segundo o poeta, o sofrimento do povo ocorreu: A) apesar das conquistas portuguesas B) em virtude das conquistas portuguesas C) para as conquistas portuguesas D) antes das conquistas portuguesas E) após as conquistas portuguesas 129. A metáfora existente nos dois primeiros versos do poema estabelece: A) a força moral de Portugal B) a incoerência do sofrimento diante das conquistas C) a importância do sofrimento para que o povo deixe de sofrer D) a profunda união entre as conquistas e o sofrimento do povo E) a inutilidade das conquistas portuguesas 130. Além da metáfora, os dois primeiros versos con- têm: A) prosopopeia, epíteto de natureza, eufemismo B) antítese, pleonasmo, eufemismo C) apóstrofe, epíteto de natureza, metonímia D) prosopopeia, pleonasmo, antítese E) apóstrofe, hipérbole, sinestesia 131. “Quantos filhos em vão rezaram!” Com este verso, entendemos que: A) o sofrimento do povo foi inútil. B) o povo português da época era muito religioso. C) muita gente perdeu entes queridos por causa das con- quistas portuguesas. D) a força da fé contribuiu efetivamente para as conquis- tas do país. E) a religiosidade do povo português era inútil. Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!040 132. As palavras que melhor definem o povo portu- guês, de acordo com as ideias contidas no texto, são: A) fé e competência B) inteligência e maturidade C) orgulho e religiosidade D) perseverança e ambição E) grandeza e tenacidade 133. Segundo o texto, para se ir sempre adiante é ne- cessário: A) crer no destino B) aceitar a dor C) viver com alegria D) vencer o sofrimento E) objetivar sempre o progresso 134. Por um processo anafórico, a palavra nele (linha 12) tem como referente no texto: A) Mar (linha 1) D) abismo (linha 11) B) Deus (linha 11) E) céu (linha 12) C) perigo (linha 11) TEXTO XXVII Vale recordar que foi nesse século (o XVIII) que aparece- ram e se generalizaram em certas regiões do Brasil as fa- mosas “tropas de muares” que, daí por diante, até o fim do século XIX e mesmo nos anos transcorridos do séc. XX, dividiram com os carros de bois as tarefas dos transpor- tes por terra no interior do Brasil. Nos caminhos rudi- mentares que então possuíamos, transformados em la- maçais na estação das chuvas e no verão reduzidos a ás- peras trilhas, quase intransitáveis, foram os carros de bois e as tropas os únicos meios e ligação dos núcleos de povoamento entre si e entre eles e as roças e lavouras. De outra forma não se venceriam os obstáculos naturais. (B. J. de Souza, in Ciclo) 135. Segundo o texto, os carros de bois: A) transportavam sozinhos pessoas e mercadorias no in- terior do Brasil. B) surgiram no século XVIII, juntamente com as tropas de muares. C) sucederam as tropas de muares no transporte de pes- soas e mercadorias. D) só transportavam mercadorias. E) eram úteis, como as tropas de muares, por causa do es- tado ruim dos terrenos. 136. A estação das chuvas e o verão: A) contribuíram para o desaparecimento dos carros de bois a partir do século XX. B) não tiveram influência no uso das tropas de muares, pois os caminhos eram rudimentares. C) foram fator determinante para o progresso do interior do Brasil. D) contribuíram para a necessidade do uso de tropas de muares e de carros de bois. E) impediam a comunicação dos núcleos de povoamento entre si. 137. Os obstáculos naturais só foram vencidos: A) por causa do clima B) por causa da força do povo C) porque nem sempre os caminhos se tornavam lamaçais D) porque os núcleos de povoamento continuavam liga- dos às roças e às lavouras E) por causa da utilização das tropas de muares e dos car- ros de bois 138. As tropas de muares só não podem ser entendi- das como tropas: A) de cavalos D) de mus B) de mulos E) de bestas C) de burros 139. O transporte de que fala o texto só não deve ter sido, na época: A) lento e penoso D) vagaroso e paciente B) difícil, mas necessário E) pachorrento, mas útil C) duro e nostálgico TEXTO XXVIII O liberalismo é uma teoria política e econômica que exprime os anseios da burguesia. Surge em oposição ao absolutismo dos reis e à teoria econômica do mercanti- lismo, defendendo os direitos da iniciativa privada e res- tringindo o mais possível as atribuições do Estado. Locke foi o primeiro teórico liberal. Presenciou na Inglaterra as lutas pela deposição dos Stuarts, tendo se refugiado na Holanda por questões políticas. De lá re- gressa quando, vitoriosa a Revolução de 1688, Guilherme de Orange é chamado para consolidar a nova monarquia parlamentar inglesa. (Maria Lúcia de Arruda Aranha, in História da Educação) 140. Segundo o texto, Locke: A) participou da deposição dos Stuarts. B) tinha respeito pelo absolutismo. C) teve participação apenas teórica no liberalismo. D) julgava ser necessário restringir as atribuições do Es- tado. E) não sofreu qualquer tipo de perseguição política. 141. Infere-se do texto que os burgueses seriam sim- páticos: A) ao absolutismo B) ao liberalismo C) às atribuições do Estado D) à perseguição política de Locke E) aos Stuarts 142. A Revolução de 1688 foi vitoriosa porque: A) derrubou o absolutismo. B) implantou o liberalismo. C) preservou os direitos de iniciativa privada. D) baseou-se nas ideias liberais de Locke. E) permitiu que Locke voltasse da Holanda. 143. “...que exprime os anseios da burguesia.” [l. 1/2. Das alterações feitas na passagem acima, aquela que altera substancialmente seu sentido é: A) a qual expressa os anseios da burguesia. Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!041 D) brilho e importância E) beleza e disposição 163. Infere-se do texto que o planeta Netuno: A) era conhecido dos gregos. B) foi descoberto sem ajuda de aparelhos ópticos. C) foi descoberto depois de Plutão. D) foi descoberto depois de Urano. E) foi identificado por acaso. 164. Segundo o texto, as estrelas: A) nunca mudam de posição. B) são iguais aos planetas. C) não piscam. D) só mudam de posição à noite. E) mudam de posição em longos períodos de tempo. TEXTO XXXII Não faz muito tempo, a mata virgem, as ondas ge- nerosas e as areias brancas da Praia do Rosa, no sul cata- rinense, despertaram a atenção de surfistas e viajantes em busca de lugares inexplorados. Era meados dos anos 70, e este recanto permanecia exclusivo de poucas famí- lias de pescadores. O tempo passou e hoje “felizmente”, conforme se ouve em conversas com a gente local, o Rosa não mudou. Mesmo estando localizada a apenas 70 quilôme- tros de Florianópolis e vizinha do badalado Balneário de Garopaba, a Praia do Rosa preserva, de forma ainda bruta, suas belezas naturais. É claro que houve mudanças desde sua descoberta pelos forasteiros. Mas, ao contrário de muitos lugarejos de nossa costa que tiveram a natureza devastada pela especulação imobiliária, esta região re- siste intacta graças a um pacto entre moradores e donos de pousadas. Uma das medidas adotadas por eles, por exemplo, é que ninguém ocupe mais de 20% de seu ter- reno com construção. Assim, o verde predomina sobre os morros de frente para o mar azul repleto de baleias. Ba- leias? Sim, baleias francas, a mais robusta entre as espé- cies desses mamíferos marinhos, que chegam a impressi- onantes 18 metros e até 60 toneladas. (Sérgio T. Caldas, na Os caminhos da Terra, dez./00.) 165. Quanto à Praia do Rosa, o autor se contradiz ao falar: A) da localização D) do tempo B) dos moradores E) do valor C) da mudança 166. O texto só não nos permite afirmar, com relação à Praia do Rosa: A) mantém intactas suas belezas naturais. B) manteve-se imune à especulação imobiliária. C) não fica distante da capital do Estado. D) no início dos anos 70, surfistas e exploradores se encan taram com suas belezas naturais. E) trata-se de um local tranquilo, onde todos respeitam a natureza. 167. Pelo visto, o que mais impressionou o autor do texto foi a presença de: A) moradores D) donos de pousadas B) baleias E) viajantes C) surfistas 168. O fator determinante para a preservação do Rosa é: A) a ausência da especulação imobiliária B) o amor dos moradores pelo lugar C) a consciência dos surfistas que frequentam a região D) o pacto entre moradores e donos de pensão E) a proximidade de Florianópolis 169. O primeiro período do segundo parágrafo terá o seu sentido alterado se for iniciado por: A) a despeito de estar localizada B) não obstante estar localizada C) ainda que esteja localizada D) contanto que esteja localizada E) posto que estivesse localizada 170. Dentre os adjetivos destacados, o que é empre- gado com valor conotativo é: A) generosas D) intacta B) exclusivo E) azul C) bruta 171. O adjetivo em destaque “badalado” : A) pertence à língua literária e significa importante. B) é linguagem jornalística e significa comentado. C) pertence à língua popular e significa muito falado. D) é linguagem científica e significa movimentado. E) pertence à língua coloquial e significa valiosa. TEXTO XXXIII A vida é difícil para todos nós. Saber disso nos ajuda porque nos poupa da autopiedade. Ter pena de si mesmo é uma viagem que não leva a lugar nenhum. A au- topiedade, para ser justificada, nos toma um tempo enorme na construção de argumentos e motivos para nos entristecermos com uma coisa absolutamente natural: nossas dificuldades. Não vale a pena perder tempo se queixando dos obstáculos que têm de ser superados para sobreviver e para crescer. É melhor ter pena dos outros e tentar ajudar os que estão perto de você e precisam de uma mão amiga, de um sorriso de encorajamento, de um abraço de con- forto. Use sempre suas melhores qualidades para resolver problemas, que são: capacidade de amar, de tolerar e de rir. Muitas pessoas vivem a se queixar de suas condi- ções desfavoráveis, culpando as circunstâncias por suas dificuldades ou fracassos. As pessoas que se dão bem no mundo são aquelas que saem em busca de condições fa- voráveis e se não as encontram se esforçam por criá-las. Enquanto você acreditar que a vida é um jogo de sorte vai perder sempre. A questão não é receber boas cartas, mas usar bem as que lhe foram dadas. (Dr. Luiz Alberto Py, in O Dia, 30/4/00.) 172. Segundo o texto, evitamos a autopiedade quando: A) aprendemos a nos comportar em sociedade. Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!044 B) nos dispomos a ajudar os outros. C) passamos a ignorar o sofrimento. D) percebemos que não somos os únicos a sofrer. E) buscamos o apoio adequado. 173. Para o autor, o mais importante para a pessoa é: A) perceber o que ocorre à sua volta. B) ter pena das pessoas que sofrem. C) buscar conforto numa filosofia ou religião. D) esforçar-se para vencer as dificuldades. E) estar ciente de que, quando menos se espera, surge a dificuldade. 174. A autopiedade, segundo o autor: A) é uma doença. B) é problema psicológico. C) destrói a pessoa. D) não pode ser evitada. E) não conduz a nada. 175. A vida é comparada a um jogo em que a pessoa: A) precisa de sorte. B) deve saber jogar. C) fica desorientada, D) geralmente perde. E) não pode fazer o que quer. 176. A superação das dificuldades da vida leva: A) à paz D) ao crescimento B) à felicidade E) à autoestima C) ao equilíbrio 177. Os sentimentos que levam à superação das difi- culdades são: A) fé, tolerância, abnegação B) amor, desapego, tolerância C) caridade, sensibilidade, otimismo D) fé, tolerância, bom humor E) amor, tolerância, alegria 178. Para o autor: A) não podemos vencer as dificuldades. B) só temos dificuldades por causa da nossa imprevidên- cia. C) não podemos fugir das dificuldades. D) devemos amar as dificuldades. E) devemos procurar as dificuldades. TEXTO XXXIV ESPERANÇAS Apesar de 4 bilhões de pessoas viverem na po- breza, entre os seis bilhões de habitantes da Terra, as pes- soas simples continuam a acreditar num futuro melhor. Não importa se esse sentimento brota da emoção, da fé ou da esperança. O importante é ressaltar que a crise de uma con- cepção científica do mundo abre, agora, a perspectiva de que os caminhos da história não sejam apenas aqueles previstos pelas largas avenidas das ideologias modernas. Os atalhos são, hoje, as vias principais, como o demons- tram o Fórum Social de Porto Alegre e a força das mobili- zações contra o atual modelo de globalização. Assim como o aparente perfil caótico da natureza ganha um sentido evolutivo e coerente na esfera biológica, do mesmo modo haveria um nível - que o Evangelho deno- mina amor ― em que as relações humanas tomam a di- reção da esperança. É verdade que, com o Muro de Berlim, ruiu quase tudo aquilo que sinalizava um futuro sem opressores e oprimidos. Agora as leis do mercado importam mais do que as leis da ética. Mas, e a pobreza de 2/3 da humanidade? O que significa falar em liberdades quando não se tem acesso a um prato de comida? Esta é a grande contradição da atual conjuntura: nunca houve tanta liberdade para tantos famintos! Mesmo os povos que no decorrer das últimas décadas não conheceram a pobreza e o desemprego agora se deparam com esses flagelos, como ocorre nos países do leste europeu. A ironia é que, hoje, aqueles povos são livres para escolher seus governantes, podem circular por suas fron- teiras e manifestar suas discordâncias em público. Mas lhes é negado o direito de escolher um sistema social que não assegure a reprodução do capital privado. (Frei Beto, in O Dia, 19/8/01.) 179. O texto pode ser entendido como um manifesto contrário ao: A) presidencialismo D) socialismo B) parlamentarismo E) capitalismo C) comunismo 180. “Nunca houve tanta liberdade para tantos famin- tos.” No trecho destacado, o autor questiona o valor: A) da globalização B) da democracia C) das políticas econômicas D) das privatizações E) do governo 181. No texto, só não há correspondência entre: A) esse sentimento e crença num futuro melhor. B) atalhos e Fórum e força das mobilizações. C) aparente perfil caótico e sentido evolutivo. D) Muro de Berlim e opressores e oprimidos. E) seus governantes e lhes. 182. Segundo o autor, os povos do antigo bloco comu- nista do leste europeu: A) continuam sem liberdade de expressão. B) hoje são mais felizes porque são livres. C) são irônicos, apesar de livres. D) não são totalmente livres. E) sofrem com a ironia do governo. 183. O sinônimo adequado para o termo “ressaltar”, no segundo parágrafo é: A) demonstrar D) apontar B) dizer E) afirmar C) destacar Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!045 184. O grande paradoxo do mundo atual seria: A) simplicidade - esperança B) concepção científica - fé C) liberdade - fome D) esfera biológica - amor E) sistema social - capital privado 185. “É verdade que, com o Muro de Berlim, ruiu quase tudo aquilo que sinalizava um futuro sem opressores e oprimidos.” Só não há paráfrase do tre- cho destacado acima em: A) Com o Muro de Berlim, certamente, caiu tudo que apontava para um futuro sem opressores e oprimidos. B) É certo que vieram abaixo, com o Muro de Berlim, to- das as coisas que sinalizavam um futuro sem opressores e oprimidos. C) Com a queda do Muro de Berlim, na verdade, veio abaixo tudo aquilo que apontava para um futuro sem opressores e oprimidos. D) É verdade que, por causa do Muro de Berlim, veio abaixo tudo que sinalizava um futuro sem opressores e oprimidos. E) Ruiu, certamente, com o Muro de Berlim, tudo aquilo que sinalizava um porvir sem opressores e sem oprimi- dos. TEXTO XXXV O solvente, segundo a onda terrorista espalhada no país, é uma espécie de veneno químico que inescrupu- losos donos de postos e distribuidoras mal-intencionadas deram de adicionar à gasolina. Com isso, esses bandidos estariam lesando os concorrentes (porque pagam barato pelos adulterantes), os cofres públicos (porque os impos- tos significam 70% do custo da gasolina; mas são baixos quando aplicados diretamente sobre os solventes) e o consumidor, já que os produtos estranhos teriam uma atuação demoníaca na saúde do motor e dos componen- tes do carro, roendo mangueiras e detonando – no pior dos sentidos – o sistema de combustão. Pior: quando adi- cionado por especialistas, o solvente quase não deixa pis- tas. É indetectível em testes simples e imperceptível du- rante o funcionamento do veículo. Para cercar esse inimigo, QUATRO RODAS recor- reu ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo, o insuspeito IPT. Na tentativa de flagrar postos que esti- vessem misturando substâncias estranhas à gasolina, re- pórteres coletaram amostras de combustível Brasil afora, para submetê-las à cromatografia, um método capaz de revelar cada componente de uma amostra, bem como a quantidade de cada elemento na mistura. No primeiro lote, de doze amostras reunidas numa viagem entre Bue- nos Aires e São Paulo, uma revelação esperada: segundo o laudo do IPT, quatro delas estavam adulteradas pela presença de solventes em proporções acima das encon- tradas na gasolina de referência da refinaria Replan, de Paulínia, a 117 quilômetros da capital paulista. (D. Schelp e L. Martins, na Quatro Rodas, março/00. 186. Segundo o texto: A) a gasolina brasileira é sempre adulterada nos postos de gasolina. B) a gasolina argentina é superior à brasileira. C) os donos de postos de gasolina e, principalmente, dis- tribuidoras malintencionadas têm adicionado solventes à gasolina. D) a situação é mais grave se o solvente é adicionado sob a orientação de pessoas que detenham uma técnica apu- rada. E) a situação é tão grave que nem a cromatografia tem sido capaz de mostrar a adulteração da gasolina. 187. Depreende-se do texto que o IPT: A) não tem estrutura para resolver o problema. B) deveria usar a cromatografia. C) dispõe de repórteres capazes de fazer a coleta de gaso- lina. D) examina as amostras coletadas em postos de gasolina. E) fica situado a 117 quilômetros da cidade de São Paulo. 188. A revista recorreu ao IPT porque: A) ele é um instituto insuspeito. B) ele fica em São Paulo, ponto final da viagem dos repór- teres. C) a gasolina de referência é a da Replan. D) os cofres públicos estão sendo lesados. E) testes simples não podem resolver o problema. 189. A alternativa em que se substituem, sem altera- ção de sentido, os elementos conectores destacados no texto “segundo”, “com isso”, “já que” e”para”é: A) conforme, apesar disso, porque, a fim de B) consoante, dessa forma, uma vez que, a fim de C) consoante, assim, uma vez que, por D) não obstante, dessa forma, porquanto, a fim de E) conforme, aliás, uma vez que, por 190. Segundo o texto: A) a gasolina não pode ter nenhum tipo de solvente. B) há mais gasolina adulterada no Brasil, na faixa entre Buenos Aires e São Paulo. C) por detonar o sistema de combustão, os bandidos le- sam os concorrentes, os cofres públicos e o consumidor. D) o IPT não seria o instituto adequado para fazer a avali- ação da gasolina, por ser insuspeito. E) o resultado da pesquisa encaminhada ao IPT não cau- sou estranheza aos elementos envolvidos. 191. Com base nas ideias contidas no texto, pode-se afirmar que: A) solvente é sempre veneno químico. B) terroristas estão adulterando a gasolina. C) donos de postos de gasolina são inescrupulosos. D) os solventes adicionados à gasolina são baratos, por isso os bandidos levam vantagem sobre os concorrentes. E) durante a viagem entre Buenos Aires e São Paulo, os repórteres desconfiaram da presença de gasolina adulte- rada em seu carro. 192. De acordo com o texto, a gasolina ideal: A) leva poucos solventes. D) não rói mangueira. B) não leva solventes. E) é a mais barata. C) é a da Replan. Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!046 C) da dificuldade em se decidir entre água fria e água quente. D) da dificuldade trazida pela modernidade. E) do caráter obsoleto de determinados aparelhos domés- ticos. 210. O tom predominante no texto é de: A) perplexidade D) realismo B) humorismo E) determinismo C) decepção 211. O texto é formado a partir de hipérboles. Assinale o trecho que não denota nenhum tipo de exagero. A) “Nunca nos lembramos de que lado é o quente e de que lado é o frio...” (linhas 10 e 11). B) “... do qual também sairá capacitado a pilotar um Boeing.” (linhas 18 e 19). C) “...existem, comprovadamente, apenas dezessete pes- soas em todo o mundo...” (linhas 24 e 25). D) “Mas eu já me resignara a não saber programar o ti- mer...” (linhas 32 e 33). E) “É uma conspiração.” (linha 42). 212. Pelo visto, a supertorneira: A) simplifica as coisas. B) agrada a todos. C) é mais um elemento complicador. D) não apresenta grandes utilidades. E) é uma peça totalmente inútil. 213. Embora brincando, o autor se inclui entre: A) os analfabetos B) os daltônicos C) as pessoas neuronicamente prejudicadas D) as pessoas normais E) as que só revelam o que sabem por muito dinheiro 214. Para o autor, não se usam mais Q e F ou o verme- lho e o azul para evitar: A) que as pessoas tenham muitas coisas para decorar. B) o crescimento do número de patetas. C) que as pessoas neuronicamente prejudicadas fiquem sem entender o funcionamento das torneiras. D) a marginalização de determinados indivíduos. E) que as pessoas normais se sintam discriminadas. 215. O texto fala da dificuldade do autor no dia-a-dia. Assinale o que não se enquadra nesse caso. A) o quente e o frio da torneira B) o uso da supertorneira C) dirigir um Boeing D) o timer do videocassete E) a tecla Num Lock 216. Na realidade, o problema do autor seria a falta de: A) inteligência D) concentração B) paciência E) memória C) humildade 217. Que palavra pode substituir “acuidade” (linha 31) sem prejuízo do sentido original do texto? A) originalidade D) vontade B) perspicácia E) persistência C) inteligência 218. Antes do desafio intelectual das novas torneiras, o autor se sentia: A) tranquilo D) um pateta B) esperançoso E) inseguro C) desanimado 219. O eufemismo é a figura que consiste em suavizar uma idéia desagradável. Assinale o trecho em que isso ocorre. A) “Não usam mais os velhos Q e F...” (linhas 4 e 5). B) “Mas e nós, os patetas?” (linha 8). C) “Também precisamos tomar banho.” (linhas 8 e 9). D) “... as pessoas, digamos, neuronicamente prejudica- das.” (linhas 21 e 22) E) “E então a modernidade chegou às torneiras...” (linhas 38 e 39). TEXTO XXXIX COMO NASCEM, VIVEM E MORREM AS ESTRELAS? A existência de um astro, que dura de 100 milhões a 1 trilhão de anos, passa por três fases: nascimento, meia-idade e maturidade. “Todas as estrelas nascem da mesma forma: pela união de gases”, diz o astrônomo Roberto Boczko, da Uni- versidade de São Paulo (USP). Partículas de gás (geral- mente hidrogênio) soltas no Universo vão se concen- trando devido às forças gravitacionais que puxam umas contra as outras. Formam, assim, uma gigantesca nuvem de gás que se transforma em estrela - isto é, um corpo celeste que emite luz. A gravidade espreme essa massa gasosa a tal ponto que funde os átomos em seu interior. Essa fusão é uma reação atômica que transforma hidrogênio em hélio, gerando grande quantidade de calor e de luz. Um exem- plo de estrela jovem são as Pleiades, na Via Láctea, resul- tado de fusões que começaram há poucos milhões de anos. Durante a meia-idade ― cerca de 90% da sua exis- tência -, a estrela permanece em estado de equilíbrio. Seu brilho e tamanho variam pouco, ocorrendo apenas uma ligeira contração. É o caso do Sol, que, com 4,5 bilhões de anos, se encontra nessa fase intermediária de sua existên- cia, sofrendo mínima condensação. Quando a maior parte do hidrogênio que a com põe se esgota, a estrela entra na maturidade - este sim, um período de drásticas transformações. Praticamente todo o hidrogênio do núcleo já se converteu em hélio. Com isso, diminui a fusão entre as moléculas de gás e co- meça um período de contração e aquecimento violentos no corpo celeste. A quantidade de calor e luz gerados é tão grande que o movimento se inverte: o astro passa a se expandir rapidamente. Seu raio chega a aumentar 50 ve- zes e o calor se dilui. A estrela vira uma gigante vermelha. Um exemplo é Antares, na constelação de Escorpião - uma amostra de como ficará o Sol daqui a 4,5 bilhões de Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!049 anos, engolindo todo o Sistema Solar. Já na maturidade, a falta de hidrogênio torna-se crítica. Apesar da rápida expansão, a fusão entre os gases diminui continuamente: o astro caminha para o seu fim. O modo como ele morrerá depende da sua massa. Se ela for até duas vezes a do Sol, sua contração transformará o corpo celeste em um pequeno astro mo- ribundo, cuja gravidade já não consegue segurar os gases da periferia. Mas se a massa for de duas a três vezes a do Sol, a contração final será muito forte, criando um corpo celeste extremamente denso chamado pulsar, ou estrela de neutrons. Quando a massa é maior, a condensação fi- nal é mais violenta ainda e o núcleo do antigo astro vira um buraco negro - sua densidade é tão alta que ele não deixa nem a luz escapar. Simultaneamente, os gases da camada mais periférica dessa estrela se transformam em uma supernova - massa de gás que brilha por pouco tempo até sumir de uma vez por todas. (Superinteressante, agosto de 2001.) 220. A ciência de que trata o texto se chama: A) Biotecnia D) Astrologia B) Exobiologia E) Ufologia C) Astronomia 221. Segundo o texto: A) nem todos os astros morrem. B) as Pleiades são estrelas na fase da maturidade. C) as estrelas nem sempre possuem luz própria. D) o Sol ainda não entrou na fase da maturidade. E) os astros têm um mesmo tipo de nascimento e morte. 222. “A gravidade espreme essa massa gasosa a tal ponto que funde os átomos em seu interior.” Se come- çarmos o período acima por “A gravidade funde os átomos em seu interior”, o elemento conector que de- verá ser usado para que se mantenha a coesão textual e o sentido original é: A) se bem que D) caso B) contudo E) a fim de que C) porque 223. Só não diz respeito à maturidade de uma estrela: A) fase de grandes transformações. B) expansão rápida. C) conversão de hidrogênio em hélio. D) escassez de hidrogênio. E) aumento contínuo de calor, até a morte. 224. Sobre Antares, com base no texto, não se pode afirmar: A) é estrela na fase da maturidade. B) situa-se na constelação de Escorpião. C) é uma estrela vermelha. D) Seu raio aumentou muito. E) não pertence à Via Láctea. 225. Sobre o pulsar, podemos inferir que: A) é um tipo de estrela de meia-idade. B) é um astro que surge com a morte de uma estrela. C) é o mesmo que buraco negro. D) é um astro de massa semelhante à do Sol. E) os gases de sua camada periférica transformam-se em uma supernova. 226. Com base nas ideias contidas no texto, só não se pode dizer que: A) o tempo de vida dos astros é bastante variado. B) toda estrela tem origem numa nuvem de gás. C) a maior parte da vida de um astro é a meia-idade. D) As Pleiades, o Sol e Antares têm em comum apenas o fato de serem estrelas. E) uma estrela de neutrons é tão densa quanto um buraco negro. 227. Os dois pontos que aparecem depois de “continu- amente” (7º parágrafo) podem ser substituídos, sem alteração de sentido, por: A) porque D) ou B) e E) à medida que C) mas TEXTO XL GRITOS DE INDEPENDÊNCIA Comemora-se a independência do Brasil. Consta que não houve sangue, apenas o grito do Ipiranga, que marcou a ruptura com a tutela portuguesa, mantendo no poder o português D. Pedro I, que se proclamou impera- dor do Brasil, mas terminou seus dias como duque de Bra- gança e figura, na relação dinástica, como o 28° rei de Portugal. Como se vê, na passarela da história, o samba não é o do crioulo doido. Entre o fato e a versão do fato, a história oficial tende à segunda. Ainda hoje se discute se o grito decorreu do sonho de uma pátria independente ou da ambição de um império tropical. Ficou o grito parado no ar, expresso nos rostos contorcidos das figuras de Portinari, no ro- manceiro de Cecília Meireles, na poesia agônica de Chico Burque, no coração desolado das mães brasileiras que en- terram, por ano, cerca de 300 mil recém-nascidos, preco- cemente tragados pelos recursos que faltam à área social. O número só não é maior graças ao voluntariado da Pas- toral da Criança, monitorada pela doutora Zilda Arns. O Brasil, pátria vegetal, ostenta o semblante de uma cordialidade renegada por sua história. Sob o grito da independência ressoam os dos índios trucidados pela empresa colonizadora, agora restaurada pela assepsia ét- nica proposta pelos integracionistas que julgam as reser- vas indígenas privilégio nababesco. Ecoam também os gritos das vítimas indefesas de entradas e bandeiras, Fer- não Dias sacrificando o próprio filho em troca de um pu- nhado de pedras preciosas, bandeirantes travestidos de heróis da pátria pelo relato histórico dos brancos, versão barroca do esquadrão da morte rural, diriam os índios se figurassem como autores em nossa historiografia. Abafam-se, em vão, os gritos arrancados à chibata dos negros arrastados de além-mar, sem contar as revol- tas populares que minam o mito de uma pacífica abnega- ção que só existe no ufanismo de uma elite que se per- fuma quando vai à caça. Pátria armada de preconceitos arraigados, casa- grande que traça os limites intransponíveis da senzala, na Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!050 pendular política de períodos autoritários alternados com períodos de democracia tutelar, já que, neste país, a coisa pública é negócio privado. índios, negros, mulheres, lavradores e operários não merecem a cidadania, reza a prática daqueles que sequer se envergonham de serem compatriotas de 50 milhões de pessoas que não dispõem de R$ 80,00 mensais para adquirir a cesta básica. À galera, as tripas, marca indelével em nossa cu- linária, como a feijoada. Privatizam-se empresas e so- nhos, valores e sentimentos, convocando intelectuais de aparência progressista para dar um toque de moderni- dade aos velhos e permanentes projetos da oligarquia. Vale tudo frente ao horror de um Brasil sujeito a refor- mas estruturais. Os que querem governar a sociedade não suportam os que querem governar com a sociedade. Destroçada e endividada, a pátria navega a rebo- que do receituário neoliberal, que dilata a favelização, o desemprego, o poder paralelo do narcotráfico, a concen- tração de renda. Se o salário não paga a dívida, a vida pa- rece não valer um salário. No Brasil, os hospitais estão: doentes, a saúde encontra-se em estado terminal, a escola gazeteia, o sistema previdenciário associa-se ao funerário e a esperança se reduz a um novo par de tênis, um em- prego qualquer, alçar a fantasia pelo consolo eletrônico das telenovelas. Amanhecia em Copacabana quando Antônio Ma- ria gritou: “Não sei por onde vou, mas sei que não vou por aí”. Não vou pelas receitas monetaristas que salvam o Te- souro oficial e apressam a morte dos pobres. Vou com aqueles que sempre denunciam a injus- tiça, testemunham a ética na política, agem com escrúpu- los, defendem os direitos indígenas, repudiam todas as formas de preconceitos, promovem campanhas de com- bate à fome, administram recursos públicos com probi- dade e lutam por uma nova política econômica. Vou com aqueles que, esta semana, estarão mobilizados no Grito dos Excluídos, promovido pela CNBB, em parceria com entidades e movimentos populares. Nenhum país será in- dependente se, primeiro, não o forem aqueles que o go- vernam. (Frei Beto, no Jornal do Brasil, 3/9/01.) 228. Os sentimentos que melhor caracterizam o es- tado de espírito do autor são: A) ódio e desequilíbrio B) medo e pessimismo C) insegurança e descontrole D) revolta e angústia E) apatia e resignação 229. Para o autor, a história do Brasil é apresentada aos brasileiros: A) de forma realista D) cortada B) com poucos detalhes E) mascarada C) com preconceito 230. O trecho que justifica a resposta ao item anterior é: A) “Comemora-se a independência do Brasil.” B) “À galera, as tripas, marca indelével em nossa culiná- ria, como a feijoada.” C) “índios, negros, mulheres, lavradores e operários não merecem a cidadania...” D) “Entre o fato e a versão do fato, a história oficial tende à segunda.” E) “O número só não é maior graças ao voluntariado da Pastoral da Criança.” 231. O autor duvida: A) do futuro do Brasil B) dos artistas brasileiros C) da independência do Brasil D) das revoltas populares E) de Antônio Maria 232. “Os que querem governar a sociedade não supor- tam os que querem governar com a sociedade.” Esse trecho sugere a dicotomia: A) governo militar / governo civil B) comunismo / capitalismo C) presidencialismo / parlamentarismo D) monarquia / república E) ditadura / democracia 233. A autêntica história brasileira nos diz que o Bra- sil não é um país: A) cordial D) injusto B) de futuro E) de bons escritores C) forte 234. “Não sei por onde vou, mas sei que não vou por aí”. Por esse trecho, pode-se entender: A) a dúvida de alguém que não sabe que decisão tomar B) a revolta diante de uma situação aceita por todos i C) a esperança e a certeza da mudança D) a não-aceitação do que ocorre no momento E) o desespero por não poder fazer alguma coisa pelo país 235. “À galera, as tripas, marca indelével em nossa culinária, como a feijoada.” A palavra “indelével”, no trecho acima, significa: A) que não se pode desejar B) que não se pode apagar C) que não se pode aceitar D) que não se pode explicar E) que não se pode prever 236. Os maiores problemas do Brasil, na atualidade, são creditados: A) ao grito de independência B) ao ufanismo da elite C) à privatização das empresas D) ao neoliberalismo E) ao Tesouro oficial 237. Segundo o autor, os intelectuais de aparência progressista são convocados para: A) melhorar a imagem do governo no exterior. B) integrar o Brasil na globalização. C) desviar a atenção do povo para coisas de somenos im- portância. D) levar o povo a se interessar pelos problemas sociais e políticos do país. Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!051 consoantes, lado a lado, na mesma sílaba. Exemplos: Bra-sil, pla-ne-ta, a-dre-na-li-na, tigres. Encontro Consonantal Disjunto: É o agrupamento de consoantes, lado a lado, em sílabas diferentes. Exemplos: ap-to, cac-to, as-pec-to, ig-no-ran-te. Encontro Consonantal Fonético: dá-se pela letra x quando esta tem som de ks. Exemplos: Maxi, nexo, axila → maksi, nekso, aksila. Fique Atento! Não se esqueça de que as letras M e N pós-vocálicas não são consoantes, e sim semivogais ou simples sinais de nasalização (ressoo nasal). Dígrafos Dígrafo é o agrupamento de duas letras com apenas um fonema. Os principais dígrafos são rr, ss, sc, sç, xc, xs, lh, nh, ch, qu, gu. Representam-se os dígrafos por letras maiores que as demais, exatamente para estabelecer a diferença entre uma letra e um dígrafo. Qu e gu só serão dígrafos, quando estiverem seguidos de e ou i, não pronunciáveis. Os dígrafos rr, ss, sc, sç, xc e xs têm suas letras separadas silabicamente; lh, nh, ch, qu, gu, não. » arroz = ar-roz → aRos; » assar = as-sar → aSar; » nascer = nas-cer → naSer; » desço = des-ço → deSo; » exceção = ex-ce-ção → eSesãw; » exsudar = ex-su-dar → eSudar; » alho = a-lho → aĹo; » banho = ba-nho → baÑo; » cacho = ca-cho → kaXo; » querida = que-ri-da → Kerida; » sangue = san-gue → sãGe. Dígrafo Vocálico: é o outro nome que se dá ao ressoo nasal, pelo fato de serem duas letras com um fonema vocálico. Ocorre, no geral, quando as letras a, e, i, o e u se combinam com m ou n. Exemplos: sangue – chimbra – sunga – língua – unção - merenda Atenção: não confunda dígrafo com encontro consonantal, que é o encontro de consoantes, cada uma representando um fonema. SEPARAÇÃO SILÁBICA A divisão silábica deve ser feita a partir da soletração, ou seja, dando o som total das letras que formam cada sílaba, cada uma de uma vez. Usa-se o hífen para marcar a separação silábica. Normas para a divisão silábica: » Não se separam os ditongos e tritongos: Como ditongo é o encontro de uma vogal com uma semivogal na mesma sílaba, e tritongo, o encontro de uma vogal com duas semivogais também na mesma sílaba, é evidente que eles não se separam silabicamente. Exemplos: Au-las / au ditongo decrescente oral.→ Guar-da / ua ditongo crescente oral.→ A-guei / uei tritongo oral.→ » Separam-se as vogais dos hiatos: Como hiato é o encontro de duas vogais em sílabas diferentes, obviamente as vogais se separam silabicamente. Cuidado, porém, com a sinérese ee e uu, conforme estudamos em encontros vocálicos. Exemplos: Pi-a-da / ia hiato→ Ca-ir / ai hiato→ Ci-ú-me / iú hiato→ Com-pre-en-der ou com-preen-der (sinérese) » Não se separam os dígrafos ch, lh, nh, qu, gu. Exemplos: Cho-ca-lho / ch, lh dígrafos inseparáveis.→ Qui-nhão / qu, nh dígrafos inseparáveis.→ Gui-sa-do / gu dígrafo inseparável.→ » Separam-se os dígrafos rr, ss, sc, sç, xc e xs: Exemplos: Ex-ces-so / xc, ss dígrafos separáveis.→ Flo-res-cer / sc dígrafo separável.→ Car-ro-ça / rr dígrafo separável.→ Des-ço / sç dígrafo separável.→ » Separam-se os encontros consonantais impuros: encontros consonantais impuros, ou disjuntos, são consoantes em sílabas diferentes. Exemplos: es-co-la; e-ner-gi-a; res-to » Separam-se as vogais idênticas e os grupos consonantais cc e cç: cuidado, há autores que classificam ee e uu como sinérese, ou seja, aceitam como hiato ou como ditongo essas vogais idênticas. Exemplos: Ca-a-tin-ga; Re-es-tru-tu-rar; Ni-i-lis-mo; Vo-o; Du-un-vi-ra-to; ve-em » Se houver prefixos terminados em consoante, ligados a palavras iniciadas por consoante, cada consoante fica em uma sílaba, pois haverá a formação de encontro consonantal impuro. Exemplos: des-te-mi-do; trans-pa-ren-te; hi-per-mer-ca-do; sub-ter-râ-neo; des-mo-ra-li-za-ção. » Se houver prefixos terminados em consoante, ligados a palavras iniciadas por vogal, a consoante do prefixo ligar-se-á à vogal da palavra. Exemplos: su-ben-ten-di-do; tran-sal-pi-no; hi-pe-ra-mi-go; Su-bal-ter-no; bi-sa-vô; de-sen-tendi-do. Translineação Translineação é a mudança, na escrita, de uma linha para outra, ficando parte da palavra no final da linha superior e parte no início da linha inferior. Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!054 Regras para a translineação: A) Não se deve deixar apenas uma letra pertencente a uma palavra no início ou no final de linha. Por exemplo: em translineações são inadequadas as separações: "pesso-a", "a-í", samambai-a", "a-meixa", "e-tíope", "ortografi-a". B) Não se deve, em final ou início de linha, quando a separação for efetuada, deixar formar-se palavra estranha ao contexto. Por exemplo: em translineações são inadequadas as separações: "presi-dente", "samam-baia", "quero-sene", "fa-lavam", "para-guaia". C) Na translineação de palavras com hífen, se a partição coincide com o fim de um dos elementos, é obrigatório repetir o hífen na linha seguinte. Por exemplo: pombo- -correio e não pombo- correio. ACENTUAÇÃO GRÁFICA Na Língua Portuguesa, todas as palavras possuem uma sílaba tônica — a que recebe a maior inflexão de voz. Nem todas, porém, são marcadas pelo acento gráfico. O nosso estudo é exatamente este: em que palavras usar o acento agudo ou o acento circunflexo? Ainda existe o trema? Vamos àsrespostas. As sílabas são subdivididas em tônicas, subtônicas e átonas. A sílaba tônica é a mais forte da palavra. Só existe uma sílaba tônica em cada palavra. Exemplos: Guaraná - A sílaba tônica é a última. Táxi - A sílaba tônica é a penúltima. Própolis - A sílaba tônica é a antepenúltima. Outro detalhe importante é que a sílaba tônica sempre se encontra em uma destas três sílabas: última, penúltima e antepenúltima. A sílaba subtônica só existe em palavras derivadas. Coincide com a tônica da palavra primitiva. Exemplos: Guaranazinho - A sílaba tônica é zi, e a subtônica, na Taxímetro - A sílaba tônica é xí, e a subtônica, ta Propolina - A sílaba tônica é li, e a subtônica, pro Todas as outras são denominadas átonas. Quando a palavra possuir uma sílaba só, será denominada monossílaba. Os monossílabos podem ser átonos e tônicos. Os tônicos são aqueles que têm força para serem usados sozinhos em uma sílaba; os átonos, não. Portanto serão monossílabos tônicos os substantivos, os adjetivos, os advérbios, os numerais e os verbos. REGRAS DE ACENTUAÇÃO Monossílabos Tônicos: Os monossílabos tônicos serão acentuados, quando terminarem em A, E, O, seguidos ou não de s. Exemplos: pá, pás, má, más, vá, lá, já. pé, pés, mês, rês, Zé, né? pó, pós, dó, cós, pô! Oxítonas: são as que têm a maior inflexão de voz na última sílaba. São acentuadas, quando terminarem em A, E, O, seguidos ou não de s, e em EM, ENS. Exemplos: Corumbá, maracujás, maná, Maringá. rapé, massapê, filé, sapé. filó, rondó, mocotó, jiló. amém, armazém, também, Belém. parabéns, armazéns, nenéns. Paroxítonas: são as que têm a maior inflexão de voz na penúltima sílaba. São acentuadas, quando terminarem em UM, UNS, EI(s), Ã(s), ÃO(s), U(s), ditongo crescente(s), N, I(s), L, R, PS, X. Exemplos: álbum, factótum, médiuns. pônei, vôlei, jóquei, ágeis. ímã, órfãs. órgão, órfãos, sótão. ônus, bônus. Mário, Márcia, secretária, advérbios, estratégias. hífen, pólen, gérmen. táxi, júris. ágil, flexível, volátil. fêmur, âmbar, revólver. fórceps, bíceps, tríceps. tórax, xérox (também pode ser xerox), fênix. Fique Atento! Depois do Acordo ortográfico, não são acentuadas as paroxítonas terminadas em oo(s) nem em ee (m). Exemplos: voo, coo, entoo; creem, deem, leem, veem Proparoxítonas: são as que têm a maior inflexão de voz na antepenúltima sílaba. Todas as proparoxítonas são acentuadas, salvo a expressão per capita, por não pertencer à Língua Portuguesa. Exemplos: síndrome, ínterim, lêvedo, lâmpada, sândalo. Os ditongos eu, ei, oi / éu, éi, ói das palavras oxítonas receberão acento, quando forem abertos, seguidos ou não de s. Exemplos: meu, chapéu, Deus, troféus; peixe, anéis, rei, réis, plateia, estreia; heroico, jiboia, doido, estoico, foice, destrói. As letras i e u serão acentuadas, independente da posição na palavra, quando surgirem: A) Formando hiato tônico com a vogal anterior, se não houver consoante na mesma sílaba, exceto se for o s, nem houver nasalização (til, nh e ressoo nasal). Exemplos: saída, ataúde, miúdo; sairmos, balaústre, juiz; rainha, ruim, juízes. Os grupos que, qui, gue, gui não recebem mais o trema, mas podem ter acento agudo. 01. Quando o u for pronunciado tonicamente, ou seja, quando o e ou o i formarem hiato com o u, deveremos colocar acento agudo sobre o u. Isso ocorre somente com alguns verbos da Língua Portuguesa. Vejamo-los: Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!055 A) O caso dos verbos averiguar, apaziguar e obliquar: as pessoas eu, tu, ele e eles do Presente do Subjuntivo são as únicas a receberem o acento agudo. Exemplos: • Que eu averigúe, tu averigúes, ele averigúe, eles averigúem. • Que eu apazigúe, tu apazigúes, ele apazigúe, eles apazigúem. • Que eu obliqúe, tu obliqúes, ele obliqúe, eles obliqúem. Significado dos verbos: Averiguar = examinar com cuidado; verificar. Apaziguar = pacificar, acalmar. Obliquar = Proceder maliciosamente; caminhar obliquamente. B) O caso dos verbos arguir e redarguir: As pessoas tu, ele e eles do Presente do Indicativo são as únicas a receberem o acento agudo. Ex. Tu argúis, ele argúi, eles argúem. Tu redargúis, ele redargúi, eles redargúem. Significado dos verbos: Arguir = acusar; censurar; argumentar; examinar, questionando ou interrogando. Redarguir = Replicar, responder argumentando; acusar, recriminar. 02. As palavras abaixo e muitas outras eram grafadas com trema no u (ü) antes do acordo ortográfico, por possuírem o u (ü) no grupo que, qui, gue ou gui pronunciado atonamente. • se-quên-cia, cin-quen-ta. • tran-qui-lo, quin-quê-nio. • a-guen-tar, en-xá-guem. • ar-gui-ção, lin-gui-ça. Atualmente, não se usa mais o trema em palavras de origem portuguesa. Acentos Diferenciais Existe o Acento Diferencial para distinguir: » ás: carta de baralho, piloto de avião. Exemplo: O ás é a carta mais valiosa no pôquer. » às: contração da preposição a com o artigo ou pronome a. Exemplo: Obedeça às regras como lhe instrui. » as: artigo, pronome oblíquo átono ou pronome demonstrativo. Exemplo: As garotas aprovadas são as que estão na sala ao lado. Chame-as. Existe Acento Diferencial para distinguir: » por preposição; e→ » pôr verbo.→ Exemplo: Menino, vá pôr uma camisa, antes de sair por aí. Existe Acento Diferencial para distinguir: » pode terceira pessoa do singular do Presente do→ Indicativo do verbo poder; e » pôde terceira pessoa do singular do Pretérito→ Perfeito do Indicativo do verbo poder. Exemplo: Ontem ele não pôde, mas hoje ele pode. Existe Acento Diferencial para distinguir as formas verbais do verbo vir e seus derivados (convir, intervir, etc) e do verbo ter e seus derivados (manter, reter, deter). » Vem terceira pessoa do singular. → » Vêm terceira pessoa do plural.→ » Intervem terceira pessoa do singular. → » Intervêm terceira pessoa do singular. → » Convém terceira pessoa do singular. → » Convêm terceira pessoa do plural.→ » Tem terceira pessoa do singular. → » Têm terceira pessoa do plural.→ » Mantém terceira pessoa do singular. → » Mantêm terceira pessoa do plural.→ » Detém terceira pessoa do singular. → » Detêm terceira pessoa do plural.→ Não Existe Acento Diferencial para distinguir: » para verbo parar na terceira pessoa do singular do→ Presente do Indicativo. Ou na segunda pessoa do singular do Imperativo Afirmativo; e » para preposição.→ Exemplos: — Ele não para de conversar. — Menino, para essa conversa e estude. É para seu próprio bem! Não Existe Acento Diferencial para distinguir: » pela, pelas bola de borracha, jogo do pela; verbo→ pelar (tirar a pele) na segunda e na terceira pessoa do singular do Presente do Indicativo; e Exemplo: Eu pelo, tu pelas, ele pela. » pela, pelas preposição antiga per mais artigo ou→ pronome. Exemplo: Ele fugiu pela porta da diretoria. Não Existe Acento Diferencial para distinguir: » pelo verbo pelar;→ Exemplo: Eu pelo, tu pelas, ele pela. » pelo, pelos cabelo, penugem; e→ Exemplo: Arrancou-lhe os pelos do braço. » pelo, pelos preposição per mais artigo ou pronome.→ Exemplo: Ele fugiu pelos fundos. Não Existe Acento Diferencial para distinguir: pera preposição antiga (o mesmo que para); e → pera fruto da pereira.→ Exemplo: Comi uma pera no almoço. E levei as peras que sobraram para o jantar. Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!056 • prestígio • relógio • refúgio 02. Escreveremos com -g- todas as palavras terminadas em -gem, com exceção de pajem e lambujem. Exemplos: • a viagem • a coragem • a personagem • a vernissagem • a ferrugem • a penugem USO DE X OU CH 01. Escreveremos com -x- as palavras iniciadas por mex-, com exceção de mecha. Exemplos: • mexilhão • mexer • mexerica • México • mexerico • mexido 02. Escreveremos com -x- as palavras iniciadas por enx-, com exceção das derivadas de vocábulos iniciados por ch- e da palavra enchova. Exemplos: • enxada • enxerto • enxerido • enxurrada • enxoval • enxágue Exceções que tem primitivas iniciadas com ch-: • cheio → encher, enchente. • charco → encharcar, encharcado. • chiqueiro → enchiqueirar, enchiqueirado. 03. Escreveremos -x- após ditongo, com exceção de recauchutar e guache. Exemplos: • ameixa • deixar • queixa • feixe • peixe • gueixa O caso dos verbos terminados em UIR e OER Os verbos terminados em -uir e -oer terão as 2ª e 3ª pessoas do singular do Presente do Indicativo escritas com -i-. Exemplos: • tu possuis • ele possui • tu constróis • ele constrói • tu móis • ele mói • tu róis • ele rói • tu substituis • ele substitui • tu atribuis • ele atribui O caso dos verbos terminados em UAR e OAR Os verbos terminados em -uar e -oar terão todas as pessoas do Presente do Subjuntivo escritas com -e-. Exemplos: • Que eu efetue • Que tu efetues • Que ele atenue • Que nós atenuemos • Que vós entoeis • Que eles entoem O USO DO HÍFEN O uso do hífen sempre foi uma das grandes dificuldades da língua portuguesa. Neste manual mostraremos casos em que se deve e situações em que não se deve usar o hífen. Fique atento às regras. 1. Usa-se o hífen com os prefixos Ante-, Anti-, Contra-, Entre-, Extra-, Infra-, Intra-, Sobre-, Supra-, Ultra- quando a palavra seguinte começa por H ou vogal idêntica à que termina o prefixo. Exemplos: ante-hipófise; anti-higiênico; anti-herói; contra-hospitalar; entre-hostil; extra-humano; infra-hepático; sobre-humano; supra-hepático; ultra-hiperbólico; anti-inflamatório, contra-ataque; infra-axilar; sobre-estimar; supra-auricular, ultra-aquecido. 2. Usa-se o hífen com os prefixos Hiper-, Inter-, Super- quando a palavra seguinte começa por H ou R. Exemplos: hiper-hidrose, hiper-raivoso, inter-humano, inter-racial, super-homem, super-resistente. 3. Usa-se o hífen com o prefixo Sub-, quando a palavra seguinte começa por B, H ou R. Exemplos: sub-bloco, sub-hepático, sub-humano, sub-região, sub-raça. 4. Usa-se o hífen com os prefixos Ab-, Ad-, Ob-, Sob-, quando a palavra seguinte começa com B, R ou D (Apenas com o prefixo "Ad") Exemplos: ab-rogar (pôr em desuso); ad-rogar (adotar); ob-reptício (astucioso); sob-roda; ad-digital; 5. Usa-se o hífen com os prefixos Bem-, Mal-, Ex- (no sentido de estado anterior), Sem-, Sota-, Soto-, Vice-, Vizo-, qualquer que seja a palavra seguinte. Exemplos: bem-aventurado; mal-humorado; soto-soberania (não total); soto-mestre (substituto); ex-namorada; mal-estar; bem-querer; mal-educado; sem-vergonha; vizo-rei; bem-apresentado; vice-presidente; bem-nascido; bem-visto. Exceções: Benfeito, benfeitor, malcheiroso. 6. Usa-se o hífen com os prefixos Aquém-, Recém-, Além-, Grã-, Grão-, Pós-, Pré-, Pró-, (tônicos e com significados próprios), qualquer que seja a palavra seguinte. Exemplos: pós-graduação; pró-democracia; pré-história; além-mar; além-mundo; aquém-mar; recém-casados; pré-escolar; grão-mestre; grão-duque; grão-rabino; pró-reitor. Fique Atento! Se os prefixos não forem autônomos, não haverá hífen. Exemplos: predeterminado, pressupor, pospor, propor. 7. Usa-se o hífen com os prefixos Circum-, Pan-, quando a palavra seguinte começa por H, M, N ou Vogal. Exemplos: circum-meridiano, circum-navegação, circum-oral, pan-americano, pan-mágico, pan-negritude. 8. Usa-se o hífen com os pseudoprefixos Aero-, Agro-, Arqui-, Auto-, Bio-, Eletro-, Geo-, Hidro-, Macro-, Maxi-, Mega-, Micro-, Mini-, Multi-, Neo-, Pluri-, Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!059 Proto-, Pseudo-, Retro-, Semi-, Tele- quando a palavra seguinte começa por H ou por vogal idêntica à que termina o prefixo. Exemplos: geo-histórico; eletro-ótica; mini-hospital; neo-helênico; pseudo-herói; proto-história; semi-hospitalar; micro- ônibus; arqui-inimigo; auto-observação; micro-ondas; neo-ortodoxia; semi-interno; tele-educação. IMPORTANTE (REGRAS COMPLEMENTARES) 1. Não se utilizará o hífen em palavras iniciadas pelo prefixo ‘co-’. Ele irá se juntar ao segundo elemento, mesmo que este se inicie por 'O' ou 'H'. Neste último caso, corta-se o 'H'. Se a palavra seguinte começar com 'R' ou 'S', dobram-se essas letras. Exemplos: coadministrar; coautor; coexistência; cooptar; coerdeiro; corresponsável; cosseno. 2. Com os prefixos pre- (não tônico) e re- não se utilizará o hífen, mesmo diante de palavras começadas por 'E'. Exemplos: preeleger, preexistência, reescrever, reedição. 3. Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo terminar em vogal e o segundo elemento começar por 'R' ou 'S', estas consoantes serão duplicadas e não se utilizará o hífen. Se a consoante não for 'R' ou 'S' também não se utilizará o hífen. Exemplos: antirreligioso; antissemita; arquirrivalidade; sobressair; autorretrato; contrarregra; contrassenso; extrasseco; infrassom; eletrossiderurgia; neorrealismo; girassol; mandachuva; passatempo; pseudopsiquiatra; paraquedas; etc. Fique Atento! Não confunda as grafias das palavras autorretrato e porta retrato. A primeira é composta pelo prefixo auto-, o que justifica a ausência do hífen e a duplicação da consoante 'R'. 'Porta-retrato', por outro lado, possui prefixo: o elemento 'porta' trata-se de uma forma do verbo "portar". Assim, esse substantivo composto deve ser sempre grafado com hífen. 4. Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo terminar em vogal e o segundo elemento começar por vogal diferente ou consoante diversa de 'R' ou 'S', não se utilizará o hífen. Exemplos: antiaéreo; autoajuda; autoestrada; extraoficial; agroindustrial; antiácido; intraocular; contraindicação; infraestrutura; ultraelevado; plurianual; pseudoartista; semiembriagado; pseudoanalista; etc. 5. Não se utilizará o hífen nas formações com os prefixos des- e in-, nas quais o segundo elemento tiver perdido o 'H' inicial. Exemplos: desarmonia, desumano, desumidificar, inábil, inapto. 6. Não se utilizará o hífen com a palavra não, ao possuir função prefixal. Exemplos: não violência, não agressão, não comparecimento. Observações: 1. Não se utiliza o hífen em palavras que possuem os elementos "bi", "tri", "tetra", "penta", "hexa", etc. Exemplos: bicampeão, bimensal, bimestral, bienal, tridimensional, trimestral, triênio, tetracampeão, tetraplégico, pentacampeão, pentágono, etc. 2. Em relação ao prefixo "hidro", em alguns casos, pode haver duas formas de grafia. Exemplos: Hidroavião e hidravião; hidroenergia e hidrenergia. 3. No caso do elemento "socio", o hífen será utilizado apenas quando houver função de substantivo, ou seja, quando tiver significado de associado. Exemplos: sócio-gerente; socioeconômico; socioeducativo. 4. O hífen será sempre usado em palavras compostas por justaposição que constituem uma unidade sintagmática e semântica. Exemplos: ano-luz; médico-cirurgião; segunda-feira; guarda-chuva; tio-avô; sul-africano; porta-retratos. 5. O hífen será sempre usado em palavras que distinguem espécies botânicas e zoológicas. Exemplos: bem-te-vi; couve-flor; mico-leão-dourado; Erva-doce; capim-açu; andá-açu; amoré-guaçu. 6. Não devemos empregar o hífen em nenhum tipo de locução. Exemplos: Cão de Guarda; Cor de vinho; Dia a dia; Fim de semana; Cor de cinza. 7. O hífen ainda deverá ser usado nas formas pronominais, nas seguintes condições: A) Nos casos de ênclise e mesóclise. Exemplo: adorá-lo; pediu-lhe; contar-te-emos; dar-se-ia; sentir-se; trocar-se; etc B) Após o advérbio "eis" seguido de formais pronominais. Exemplos: eis-me aqui; ei-lo lá. Interessante! Algumas expressões têm significados diferentes conforme usamos ou não o hífen. Exemplos: Meio dia = metade do dia Ao meio-dia = às 12h Pão duro = pão envelhecido Pão-duro = sovina Pé de Moleque = Doce Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!060 Cara suja = rosto sujo Cara-suja = espécie de periquito Copo de leite = copo com leite Copo-de-leite = flor USO DOS PORQUÊS Há quatro maneiras de se escrever o porquê: porquê, porque, por que e por quê. Vejamo-las: POR QUE: usa-se por que, quando houver a junção da preposição por com o pronome interrogativo que ou com o pronome relativo que. Para facilitar, dizemos que se pode substituí-lo por “por qual razão/motivo, pelo qual, pela qual, pelos quais, pelas quais, por qual”. Exemplos: • Por que não me disse a verdade? Equivale a por qual razão • Gostaria de saber por que não me disse a verdade. Equivale a por qual razão • As causas por que discuti com ele são particulares. Equivale a pelas quais • Esta é a mulher por que vivo. Equivale a pela qual PORQUE: é uma conjunção subordinativa causal ou conjunção subordinativa final ou conjunção coordenativa explicativa, portanto estará ligando duas orações, indicando causa, explicação ou finalidade. Para facilitar, dizemos que se pode substituí-lo por já que, pois ou a fim de que. Exemplos: • Não saí de casa, porque estava doente. • É uma conjunção, porque liga duas orações. • Estudem, porque é necessário. • Quem passa é porque estuda. PORQUÊ: é um substantivo, por isso somente poderá ser utilizado, quando for precedido de artigo (o, os), pronome adjetivo (meu(s), este(s), esse(s), aquele(s), quantos(s)...) ou numeral (um, dois, três, quatro) Exemplos: • Ninguém entende o porquê de tanta confusão. • Este porquê é um substantivo. • Quantos porquês existem na Língua Portuguesa? • Existem quatro porquês. POR QUÊ: é usado sempre em final de frase e deverá receber acento, não importando qual seja o elemento que surja antes dela. Exemplos: • Ela não me ligou e nem disse por quê. • Você está rindo de quê? • Você veio aqui para quê? • Você falou que viria e não veio. Por quê? USO DE MAS, MAIS E MÁS Mas é uma palavra usada principalmente como conjunção adversativa, possuindo o mesmo valor que porém, contudo e todavia. Transmite uma noção de oposição ou limitação. Exemplos: • Eu iria ao cinema, mas não tenho dinheiro. • Eu iria ao cinema, porém não tenho dinheiro. • Ele deu o seu melhor, mas não foi o suficiente. • Ele deu o seu melhor, contudo não foi o suficiente. Mais é uma palavra usada principalmente como advér- bio de intensidade, transmitindo uma noção de maior quantidade ou intensidade, ou como conjunção aditiva, transmitindo uma noção de adição e acréscimo. Tem sentido oposto a menos. Exemplos: • Ela é a mais bonita da escola. • Ela é a menos bonita da escola. • Vinte mais dez são trinta. • Vinte menos dez são dez. Más é adjetivo feminino e plural de mau. É o oposto semântico de boas. Exemplos: • Ele é um homem mau. • Ela é uma mulher má. • Eles são homens maus. • Elas são mulheres más. • Ela só toma más decisões. As palavras mas e mais podem ser usadas ainda com outros sentidos. Mas: • Ele seria perfeito, não fosse um pequeno mas: ele fuma muito! (como substantivo - senão) • A atuação do ator foi brilhante, mas brilhante mesmo! (como advérbio – ênfase) Mais: • Ele saiu mais o irmão e disse que ia demorar. (como preposição – junto com) • Não faço nada, os mais que resolvam o problema! (como pronome indefinido – os outros) USO DE OBRIGADO E OBRIGADA Segundo a gramática tradicional, a palavra obri- gado é um adjetivo que, num contexto de agradeci- mento, significa que alguém se sente agradecido por alguma coisa, por algum favor que lhe tenha sido feito, se sentindo obrigado a retribuir esse favor a quem o fez. Por ser adjetivo, deve concordar com o elemento ao qual se refere em gênero e número, podendo ser masculino ou feminino, singular ou plural, dependendo da pessoa que se sentir obrigada a retribuir um determinado favor. Dessa forma: » O homem ao agradecer deve dizer obrigado. » A mulher ao agradecer deve dizer obrigada. » O homem ao agradecer em nome de outras pessoas deve dizer obrigados. » A mulher ao agradecer em nome de outras pessoas, incluindo homens e mulheres, deve dizer obrigados. » A mulher ao agradecer em nome de outras pessoas, incluindo apenas mulheres, deve dizer obrigadas. Contudo, segundo uma perspectiva mais atual e mais flexível da evolução da língua, a palavra obrigado Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!061 embaixo e adiante. A palavra abaixo também é usada como interjeição que expressa protesto e reprovação. Exemplos: • Quando eu era criança caí abaixo do muro do quintal do vizinho. • A restante informação está na tabela abaixo. • Para hoje se esperam temperaturas abaixo de zero. • Abaixo a discriminação e o racismo! A baixo estabelece relações com as expressões de cima ou de alto: de cima a baixo. Exemplos: • Ele olhou o prédio de alto a baixo e decidiu entrar. • Na sua bicicleta, desceu o morro de cima a baixo. • Meu cachorro estava tão sujo que o molhei de cima a baixo com um balde de água. USO DE HÁ OU A Usa-se o “há” no sentido de tempo decorrido, passado e pode ser substituído por faz. Exemplos: • Estamos todos bem desde a última enchente há quase 2 anos. • Soubemos da novidade há quase uma semana. • Há dois anos que não a vejo. Caso não se trate de tempo passado o correto é usar a preposição “a”, indicando futuro, algo que ainda vai acontecer. Exemplos: • Encontrar-nos-emos daqui a um ano. • Daqui a dois dias voltaremos da viagem. Fique Atento! Também se deve usar a preposição “a” em referência à distância: Exemplos: • Estamos a cem quilômetros da capital do estado • Moro a uns cem metros de minha amiga USO DA CRASE A crase é, na língua portuguesa, a contração de duas vogais iguais, sendo representada com acento grave. A contração mais comum é a da preposição a com o artigo definido feminino a (a + a = à). Existem outras contrações muito utilizadas, como as contrações da pre- posição a com os pronomes demonstrativos a, aquele, aquela e aquilo (a + aquele = àquele, a + aquela = àquela, a + aquilo = àquilo). Exemplos: • Dei a indicação à senhora mas ela não a entendeu. (a + a = à) • Fui àquele serviço para resolver esse problema. (a + aquele = àquele) • Apenas dou a encomenda àquela funcionária. (a + aquela = àquela) • Refiro-me àquilo que aconteceu semana passada. (a + aquilo = àquilo) Mais importante do que decorar regras de quando usar ou não usar crase, o correto uso da crase depende de um bom conhecimento estrutural da língua e de uma capacidade de análise do enunciado frásico, sendo importante compreender que não ocorre crase se hou- ver apenas a preposição a, ou apenas o artigo definido a ou apenas o pronome demonstrativo a. Para que haja crase, é preciso que haja uma sequência de duas vogais iguais, que sofrem contração, formando crase. Uma forma fácil de verificar a existência ou não da crase em diversas situações é substituir o substantivo feminino por um substantivo masculino e verificar se haverá ou não a presença da preposição a contraindo com o artigo definido a. » Contração da preposição a com artigo definido femi- nino a: a + a = à » Contração da preposição a com artigo definido mascu- lino o: a + o = ao Exemplos: • Vou à praia. • Vou ao parque. • Vale a pena. • Vale o sacrifício. A dúvida entre o uso ou não do acento indicador de crase ocorre frequentemente com substantivos e adjeti- vos que pedem a preposição a e com verbos cuja regên- cia é feita com a preposição a, indicando a quem algo se refere, como: agradecer a, pedir a, dedicar a,… Exemplos: • Aquele aluno nunca está atento à aula. • Suas atitudes são idênticas às de sua irmã. • Não consigo ser indiferente à falta de respeito dessa menina! • É importante obedecer às regras de funcionamento da escola. • As testemunhas assistiram à cena impávidas e serenas. A utilização do acento grave como fator de trans- missão de clareza na leitura ocorre em diversas expres- sões de modo ou circunstância: Exemplos: • Vou lavar a mão na pia. • Vou lavar à mão a roupa delicada. • Ele pôs a venda nos olhos. • Ele pôs à venda o carro. • Ela trancou a chave na gaveta. • Ela trancou à chave a porta. • Estudei a distância. • Estudei à distância. DEVE-SE USAR A CRASE » Em diversas expressões adverbiais, locuções prepositi- vas e locuções conjuntivas: à noite, à direita, à toa, às vezes, à deriva, às avessas, à parte, à luz, à vista, à moda de, à maneira de, à exceção de, à frente de, à custa de, à semelhança de, à medida que, à proporção que,… • Ligo-te hoje à noite. • Ele está completamente à parte do grupo. • A funcionária apenas conseguiu a promoção à custa de muito esforço. • Meu filho mais velho está completamente à deriva: não estuda, não trabalha, não faz nada. Fique Atento! Não se usa crase antes de palavras mas- culinas, mas a gramática sugere o seguinte: “pode ocor- Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!064 rer crase antes de um substantivo masculino desde que haja uma palavra feminina que se encontre subenten- dida, como no caso das locuções à moda de ou à maneira de”. • Decisões à Pedro Neves. (à maneira de Pedro Neves) • Estilo à Paulo Sousa. (à moda de Paulo Sousa) Antes da indicação exata e determinada de horas • Meu filho acorda todos os dias às seis da manhã. • Chegaremos a Brasília às 22h. • A missa começará à meia-noite. Fique Atento! Após as preposições para, desde, após e entre, não ocorre crase. • Estou esperando você desde as seis horas. • Marcaram o almoço para as duas horas da tarde. NÃO SE USA CRASE » Antes de substantivos masculinos. • Gosto de andar a pé. • Este passeio será feito a cavalo. • Será estipulado um tipo de pagamento a prazo. • Escreve a lápis, assim podemos apagar o que for pre- ciso. » Antes de verbos. • Não sei se ela chegou a falar sobre esse assunto. • Meu filho está aprendendo a cantar essa música na escola. • O arquiteto está começando a renovar essa casa. • Meu irmão se dispôs a ajudar no que fosse necessário. » Antes da maior parte dos pronomes • Desejamos a todos um bom fim de semana. • Você já pediu ajuda a alguém? • Dei todos os meus carrinhos a ela. • Refiro-me a quem nunca esteve presente nas reuniões. Atenção! Antes de alguns pronomes pode ocorrer crase. • Não entregamos o trabalho à mesma professora. • Eu pedi a fatura à própria gerente do estabelecimento. • Solicitei à senhora que não fizesse mais reclamações. • Esta é a reportagem à qual me referi. » Em expressões com palavras repetidas (mesmo que essas palavras sejam femininas). Veja alguns exemplos com as expressões mais usadas pelos falantes no dia a dia. • Gota a gota, minha paciência foi enchendo! • Preciso conversar com você face a face. • Por favor, permaneçam lado a lado. » Antes de palavras femininas no plural antecedidas pela preposição a: • O jornal se refere a pessoas que estão desempregadas. • A polêmica foi relativa a mulheres defensoras da emancipação feminina. • As bolsas de estudo foram concedidas a alunas estran- geiras. Atenção! Caso se especifique os substantivos femininos através da utilização do artigo definido as, ocorre crase, dada a contração desse artigo com a preposição a. Este artigo se refere às pessoas que estão desemprega- das. • A polêmica foi relativa às mulheres defensoras da emancipação feminina. • As bolsas de estudo foram concedidas às alunas estran- geiras. » Antes de um numeral (exceto horas, conforme acima mencionado) • O número de concorrentes chegou a quinhentos e vinte e sete. • O hotel fica a dois quilômetros daqui. • O motorista conduzia acima de 180 km/h. USO FACULTATIVO DA CRASE » Antes de nomes próprios femininos • Enviei cartas a Heloísa. • Enviei cartas à Heloísa. Fique atento! Não se deve usar crase em contexto for- mal e na nomeação de personalidades ilustres porque nestes casos, segundo a norma culta, não se usa artigo definido “a”. • Em seu discurso sobre poesia, fez referência a Cecília Meireles. • A cerimônia foi em homenagem a Clarice Lispector. » Antes da preposição até antecedendo substantivos femininos • Não desistiremos, iremos até as últimas consequências. • Não desistiremos, iremos até às últimas consequências. » Antes de pronomes possessivos • Na festa de Natal, fizeram referência a minha falecida mãe. • Na festa de Natal, fizeram referência à minha falecida mãe. CASOS ESPECÍFICOS (SUJEITOS A VERIFICAÇÃO) » Antes de nomes de localidades: Apenas ocorre crase antes de nomes de localidades que admitem a anteposi- ção do artigo a quando regidos pela preposição a. Uma forma fácil de verificar se há anteposição do artigo a é substituir a preposição “a” por “de” ou “em”. Contração da preposição a com artigo definido feminino a: a + a = à Contração da preposição de com artigo definido femi- nino a: de + a = da (usa-se a crase) Contração da preposição em com artigo definido femi- nino a: em + a = na (usa-se crase) Exemplos: • Vou à Bahia no próximo mês. • Vim da Bahia. • Estou na Bahia. • Vou a Brasília no próximo mês. • Vim de Brasília. Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!065 • Estou em Brasília. Atenção! Se houver adjunto adnominal que determine a cidade, ocorrerá crase. • Cheguei à Brasília dos políticos corruptos. Regressei à Curitiba de minha infância. » Antes da palavra terra: Ocorre crase apenas com o sentido de Planeta Terra e de localidade, se esta estiver determinada. Com o sentido de chão, estando indeter- minado, não ocorre crase. • Fui à terra onde meu pai nasceu. (localidade identifi- cada) • O astronauta regressou à Terra trinta dias após sua partida. (Planeta Terra) • Os marinheiros chegaram a terra de madrugada. (chão indeterminado) » Antes da palavra casa: Ocorre crase apenas quando a palavra casa está determinada com um adjunto adnomi- nal. Sem a determinação de um adjunto adnominal não há crase. • Regresso a casa sempre que posso. (Sem adjunto adno- minal) • Regresso à casa de meus pais sempre que posso. (Com adjunto adnominal) USO DA VÍRGULA A vírgula é um sinal de pontuação que serve para sepa- rar os elementos de uma frase ou para indicar uma pausa. A seguir explicaremos as regras de utilização da vírgula e quando ela não deve ser usada. Veremos a seguir alguns casos em que se deve usar a vírgula. 1) Para marcar intercalação: A) do adjunto adverbial: • O café, em razão da sua abundância, vem caindo de preço. B) da conjunção: • Os cerrados são secos e áridos. Estão produzindo, toda- via, altas quantidades de alimentos. C) das expressões explicativas ou corretivas: • As indústrias não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não querem abrir mão dos lucros altos. 2) Para marcar inversão: A) do adjunto adverbial (colocado no início da ora- ção) • Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas. B) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: • Aos pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma. C) do nome de lugar anteposto às datas: • Recife, 15 de maio de 1982. 3) Também se usa a vírgula para separar entre si elementos coordenados ou orações coordenadas (dispostos em enumeração) • Era um garoto de 15 anos, pobre, alto, magro, feio. • A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e ani- mais. • Pegou o caderno, abriu-o, fez várias anotações. 4) Deve-se também usar a vírgula para marcar elipse (omissão) do verbo: • Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco. • Ela era uma jovem sonhadora; eu, realista. 5) Também se deve usar a vírgula para isolar: A) o aposto • São Paulo, considerada a metrópole brasileira, pos- sui um trânsito caótico. B) o vocativo • Ora, Thiago, não diga bobagens. B) orações intercaladas • E o ladrão, perguntei eu, foi condenado ou não? C) orações adjetivas explicativas • As frutas, que estavam maduras, caíram no chão. D) orações subordinadas adverbiais • Fiquei tão alegre com esta ideia, que ainda agora me treme a pena na mão.” (Machado de Assis) E) orações reduzidas • “Para serenar a roda, propus novo chope.” (Cyro dos Anjos) 5) Devemos usar a vírgula ainda para fazer separa- ção de palavras de mesma função sintática. • Comprei livros, revistas, jornais, discos e brinquedos. • João, Maria, André e Pedro são filhos de Manoel. Fique Atento! Não devemos usar a vírgula entre o sujeito e o verbo da oração ou entre o sujeito e o predi- cado da oração, nem entre o verbo e seus complemen- tos. EXERCÍCIOS – BLOCO 01 As questões a seguir são testes sobre fonemas, sílabas, encontros vocálicos e consonantais, acentuação e ortografia. 01. Assinale a sequência em que todas as palavras estão partidas corretamente: A) trans-a-tlân-ti-co, fi-el, sub-ro-gar. B) bis-a-vô, du-e-lo, fo-ga-réu. C) sub-lin-gual, bis-ne-to, de-ses-pe-rar. D) des-li-gar, sub-ju-gar, sub-scre-ver. E) cis-an-di-no, es-pé-cie, a-teu. 02. Assinalar a alternativa em que todos os ditongos são decrescentes. A) mais, espontâneo, saiu B) beiço, mágoa, maneira C) põe, irmão, possui Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!066 em: A) capitalizar, catalizar B) agonisar, batisar C) improvisar, anarquisar D) modernizar, concretizar E) oficializar, repizar 34. Assinale a opção em que ocorra palavra grafada incorretamente: A) Ao improvisar o discurso, ressurgiram as ameaças. B) Sua estupidez foi tanta que esvaziou a sala. C) Nossa abstenção propiciou a legalização do jogo. D) Não houve concessão. Exigiram a rescisão do contrato. E) Verdadeiramente não analizei as pesquisas recebidas. EXERCÍCIOS – BLOCO 02 01. Dadas as palavras: 1. Dis-en-te-ri-a 2. Trans-por-te 3. Sub-es-ti-mar Constatamos que a separação silábica está certa: A) apenas em 1. D) em todas as palavras. B) apenas em 2. E) em duas palavras. C) apenas em 3. 02. Assinale a alternativa em que a palavra não tem suas sílabas separadas corretamente: A) ni-i-lis-mo D) se-cre-ta-ria B) oc-ci-pi-tal E) côns-cio C) in-te-lec-ção 03. Indique a alternativa em que todas as palavras apresentam separação silábica correta. A) ex-ci-tar, me-ia, trans-por-te B) rit-mo, am-bí-guo, ex-ce-len-te C) pro-fes-sor, ins-tru-ção, a-vi-ã-o D) dig-no, cre-sci-men-to, eu-ro-pe-u E) ab-rup-to, sub-li-nhar, sub-li-me 04. Aponte o único conjunto onde há erro de divisão silábica: A) cir-cui-to, sa-guão, dig-ni-da-de. B) cir-cuns-pec-to, trans-cen-der, dis-tan-ci-ar. C) con-vic-to, tungs-tê-nio, rit-mo D) ins-tru-í-do, pas-sa-ri-nho, ar-ma-ri-a. E) co-o-pe-ra-ti-va, , trans-al-pi-no, bi-sa-vô. 05. Levando-se em conta a partição de palavras em final de linha, assinale a letra que não contenha erro: A) Foi um jogo com muito equilí-brio. B) Sua cadu-cidade levou-o à miséria. C) O carrasco esperava o réu no cada-falso. D) O bandido embrenhou-se no cafe-zal. E) Espero que ele se sai-a bem. 06. Assinale a sequência em que todas as palavras estão partidas corretamente: A) trans-a-tlân-ti-co, fi-el, sub-ro-gar B) bis-a-vô, du-e-lo, fo-ga-réu C) sub-lin-gual, bis-ne-to, de-ses-pe-rar D) des-li-gar, sub-ju-gar, sub-scre-ver E) cis-an-di-no, es-pé-cie, a-teu. 07. Assinale a letra certa, quanto à divisão silábica: A) assa-ssi-na-do D) fi-lo-so-fi-a B) a-brup-to E) si-gno C) caó-ti-co 08. Aponte o erro, quanto ao número de sílabas e de fonemas: A) conseguiu 3 sílabas, 7 fonemas.→ B) lentilha 3 sílabas, 6 fonemas.→ C) cheirinho 3 sílabas, 7 fonemas.→ D) construir 2 sílabas, 9 fonemas.→ E) sintaxe 3 sílabas, 6 fonemas.→ EXERCÍCIOS – BLOCO 03 Nas questões de 01 a 10, assinale, em cada uma, a única palavra que deve ser acentuada. 01. A) ananas B) sutil C) siri 02. A) vez B) trem C) res 03. A) nobel B) transistor C) necropsia 04. A) polens B) latex C) maquinaria 05. A) cagado B) hieroglifo C) arquetipo 06. A) trofeus B) apoio C) heroizinho 07. A) faisca B) xiita C) distribuindo 08. A) zoo B) contem C) peras 09. A) para B) pode C) veem 10. A) arguo B) arguis C) arguem 11. Assinale a alternativa em que todos os vocábulos foram acentuados pelo mesmo motivo: A) atrás, haverá, também ,após B) insônia, nível, pólen, película C) pés, lá, já, troféu D) pára, táxi, fácil, tirá-lo 12. Indique a série corretamente acentuada: A) heroglifo, javanês, urutú B) gás pôde, fusível, retrós C) gibóia, vácuo, púdico, vêzes D) rítimo, sinonímia, conteúdo 13. Assinale a alternativa em que nenhuma palavra deve ser acentuada: A) lapis, canoa, abacaxi, jovens B) ruim, sozinho, aquele, traiu C) saudade, onix, grau, orquidea D) voo, legua, assim, tenis 14. Assinale a alternativa com erro: A) Um pensamento que nos ilumine a existência, eis o melhor presente que os céus podem dar B) No esquema cósmico, tudo têm um propósito a preencher. C) “Acaso é, talvez, o pseudônimo que Deus usa, quando não quer assinar suas obras D) A pessoa que não lê, mal fala, mal ouve, mal vê 15. Há erro de acentuação em: A) destituído, diluído, conteúdo B) anágua, árduo, bênção C) francês, camponês, pequenêz D) benefício, benemérito, bíblico Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!069 16. Nenhuma palavra deve ser acentuada graficamente: A) preto, orgão, seres. C) item, nuvem, erro. B) atras, medo, garoa. D) juri, biquini, himens. 17. Indique a alternativa com erro de acentuação gráfica: A) Quem conhece seus defeitos está muito próximo de corrigí-los. B) A virtude é comunicável, porém o vício é contagioso. C) Saúde e inteligência, eis duas recompensas da vida. D) A História glorifica os heróis, a vida santifica os mártires. 18. Assinale a alternativa com apenas um erro de acentuação: A) tênis, núcleo, lápis, perua B) éter, fôlego, côres, álbum C) vírgula, tôda, tonico, capítulo D) fêmea, íbero, faróis, anéizinhos 19. Assinale a alternativa em que os vocábulos estão errados, quanto à acentuação gráfica: A) saída, tórax, avô, vezes. B) filatélia, ventoínha, lagôa. C) carência, amigável, única, super D) abençoo, austero, ímã, abdômem 20. Assinale onde houver erro: A) Este plano de pagamento não nos convêm. B) Poucas pessoas, nesta cidade, detêm o poder. C) Esta caixa contém alguns doces. D) Os professores reveem as provas. 21. Assinale a única alternativa em que o verbo não está grafado corretamente: A) Ela vem à reunião. B) Eles releem a obra. C) Seu depoimento convém a todos. D) Esta festa provem do folclore. 22. Em qual das alternativas todas as palavras devem ser acentuadas: A) hifen, cafezinho, acrobata, siri B) voo, corvo, America, chapeu C) mantem, compos, caiste, reporter D) torax, bufalo, portuguesa, moça 23. Assinale a alternativa em que todos os vocábulos são acentuados por serem oxítonos: A) paletó, avô, pajé, café, jiló B) parabéns, vêm, hífen, saí, oásis. C) vovô, capilé, Paraná, lápis, caí D) amém, amável, filó, porém, além 24. Assinale a alternativa que preenche corretamente os espaços: 1. Nem todos _______ isto com bondade. 2. Prêmios para os que _______ bem. 3. Os que _______ na justiça. 4. Quero que me ________ motivos claros. A) veem, leem, creem deem B) vêm, lêem, creem, dêem C) veem, leem, crem, dem D) vêm, lêm, creem, deem 25. Acentuadas por serem paroxítonas: A) psicólogo, indício, ingênuo, ímã. B) espécie, básico, Esaú, equilíbrio. C) variável, otário, órgão, ímã. D) sótão, ímpar, adotável, período. 26. Há acentuação incorreta em: A) fôrma. B) hífen. C) ítem. D) pôr. 27. Nenhuma oxítona deve ser acentuada em: A) Bauru, juriti, tatu, Jundiai. B) aqui, chuchu, Embu, Jau. C) caju, Iguaçu,, caqui, saci. D) Itu, Tramandai, colibri, angu. 28. Todas estão corretamente acentuadas: A) máximo, álbum, vôlei, biquíni. B) niquel, revólver elétron, vírus C) vintém, cipó, freguês, enjôo. D) água, ingênuo, medium, hífens. 29. Há erro de acentuação gráfica em: A) O delegado mantém o preso incomunicável. B) Eles mantêm os reféns amarrados. C) Os que detém o poder, responderão por seus atos. D) Os reféns, transidos de medo, veem os soldados como verdugos. 30. São acentuados pela mesma regra: A) equino, álbum, ideia, glória B) também, chaminé, temíveis, rádio C) uísque, cafeína, saúde, balaústre D) lágrima, remói, inajá, faróis 31. A regra de acentuação usada em responsável também aparece em: A) presidência, inúmeras, chalé. B) revolucionário, presidência, inúmeras. C) câncer, paixão, pancreático. D) inúmeras, pancreático, fígado. E) revolucionário, câncer, pâncreas. 32. As palavras arrogância, exigência e ingênua são acentuadas: A) por serem proparoxítonas. B) por serem paroxítonas que terminam em ditongo. C) por serem oxítonas terminadas em a. D) por causa do digrafo nasal (an-en) nelas contido. E) por serem iniciadas e terminadas por vogal aberta. EXERCÍCIOS – BLOCO 04 Para as perguntas de 01 a 17, assinale a alternativa em que todos os vocábulos estejam grafados corretamente: 01. X ou CH: A) xingar, xisto, enxaqueca Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!070 B) mochila, flexa, mexilhão C) cachumba, mecha, enchurrada D) encharcado, echertado, enxotado 02. E ou I: A) femenino, sequer, periquito B) impecilho, mimeógrafo, digladiar C) intimorato, discrição privilégio D) penico, despêndio , selvícola 03. S ou Z: A) ananás, logaz, vorás, lilaz B) maciez, altivez, pequenez, tez C) clareza, duqueza, princesa, rez D) guizo, granizo siso, rizo 04. G ou J: A) sarjeta, argila C) tigela lage B) pajem, monje D) gesto, geito 05. SS, C, Ç: A) massiço, sucinto C) procissão, pretencioso B) à beça, craço D) assessoria, possessão 06. O ou U: A) muela, bulir, taboada B) borbulhar, mágoa, regurgitar C) cortume, goela, tabuleta D) entupir, tussir, polir 07. S ou Z: A) rês, extaziar C) bazar, azia B) ourivez, cutizar D) induzir, tranzir 08. X ou CH: A) michórdia, ancho C) tocha, coxilo B) archote, faxada D) xenofobia, chilique 09. SS ou Ç: A) endosso, alvíssaras, grassar B) lassidão, palissada, massapê C) chalassa, escasso, massarico D) arruassa, obsessão, sossobrar 10. X ou CH: A) chafariz, pixe pecha B) xeque, salsixa, esquixo C) xuxu, puxar, coxixar D) muxoxo, chispa, xangô 11. G ou J: A) agiota, beringela, canjica B) jeito, algibeira, tigela C) estranjeiro, gorjeito, jibóia D) enjeitar, magestade, gíria 12. X ou CH: A) flexa, bexiga, enxarcar B) mexerico, bruxelear, chilique C) faixa, xalé, chaminé D) charque, chachim, caximbo 13. S ou Z: A) aridez, pesquizar, catalizar B) abalizado, escassez, clareza C) esperteza, hipnotisar, deslise D) atroz, obuz, paralização 14. G ou J: A) monje tijela lojista ultraje B) anjinho, rijidez, angina jia C) herege, frege, pajé, jerimum D) rabujento, rigeza, goló, jesto 15. Indique o item correto quanto à ortografia. A) ascensão, expontâneo, privilégio B) encher, enxame, froucho richa C) berinjela, traje, vagem, azia D) cincoenta, catorze, aziago, asa 16. S, SS, Ç, C, SC: A) assédio, discente, suscinto B) oscilar, mesce, néscio, lascivo C) víscera, fascinar, discernir D) ascenção, ressuscitar, suscitar 17. S ou Z: A) atrazo, paralizar, reprezália B) balisa, bazar, aprazível, frizo C) apoteoze, briza, gaze, griz D) espezinhar, cerzir, proeza, paz 18. Dadas as palavras: 1. reaver, 2. inabilitado, 3. habilidade, constatamos que está (estão) devidamente grafada(s): A) apenas a palavra nº 1 D) todas as palavras B) apenas a palavra nº 2 E) nenhuma das palavras C) apenas a palavra nº 3 19. Assinale a alternativa cujas palavras estão todas corretamente grafadas: A) pajé, xadrês, flecha, misto, aconchego B) abolição, tribo, pretensão, obsecado, cansaço C) gorjeta, sargeta, picina, florescer, consiliar D) xadrez, ficha, mexerico, enxame, enxurrada E) pajé, xadrês, flexa, mecherico, enxame 20. Indique o item que apresenta uma palavra grafada incorretamente. A) alteza - duqueza - baroneza; B) riqueza - dureza - fineza; C) princesa - baixeza - burguesa; D) freguesa - beleza - dureza; E) certeza - camponesa - japonesa. 21. Assinale a alternativa que contém o período cujas palavras estão grafadas corretamente: A) Ele quiz analisar a pesquisa que eu realizei. B) Ele quiz analizar a pesquisa que eu realizei. C) Ele quis analisar a pesquisa que eu realizei. D) Ele quis analizar a pesquiza que eu realisei. E) Ele quis analisar a pesquiza que eu realizei. Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!071 05. Aproximei-me .............................todos queriam me ouvir. 06.Você está assustado, ..............................? 07. Eis o motivo..................................errei. 08. Creio que vou melhorar...............estudei muito. 09. O................................ é difícil de ser estudado. 10. ............................... os índios estão revoltados? 11. O caminho ........................viemos era tortuoso. 12. Ela não quer saber .............................. eu faltei. 13. Maria, .............................. você está triste? 14. Qual é o .................................. de sua tristeza? 15. Eu já falei dos problemas ...................... passei? 16. Maria vai estudar, ................................. precisa. 17. ......................... vocês estão com tanto sono? 18. Vocês tem muito sono ............................... ? 19. Ela deve ter passado no Cotec, até ................ já está estudando lá. 20. Não há ................................ se desesperar. A vida é boa. 21. Você vai ter de me dar alguns ....................... ! 22. Vocês vão passar ............................ estudaram. 23. Ela faltou, ................. choveu muito (visto que) 24. Eu não vejo ............. correr. (motivo pelo qual). B. Considere o texto: — Maria, .......................... você chorou ontem? Seria .................... seu namorado sumiu, ou ...................... sua mãe ficou doente? — Eu não tenho .................................. responder! — Mas ..............................., Maria, ...........….............. ? EXERCÍCIOS – BLOCO 07 Nos exercícios de 01 a 10, preencha as lacunas, usando o seguinte código: A) por que B) por quê C) porquê D) porque 01. ( ) Quer dizer que você não vai mesmo conosco, ___________? 02. ( ) Não entendo o ____________ de suas atitudes. 03. ( ) Você sabe ___________ ela não passou no concurso. 04. ( ) Não fuja, ___________ toda fuga é fraqueza. 05. ( ) Os maus momentos _________ passaste serão inesquecíveis. 06. ( ) Os amigos, não sei _________, foram sumindo um a um. 07. ( ) Agora entendo ______votaste no “homem”... 08. ( ) Menina apaixonada chora sem saber _________. 09. ( ) _______não tinha sono, fiquei na sala assistindo ao jogo 10. ( ) Qual seria a razão _________ concordaram tão facilmente? 11. Assinale a alternativa incorreta. A) Não quero mais saber por que motivo não me amas B) Se não me amas, quero saber porquê C) Se não me amas, quero saber o porquê D) Não me amas porque não te amo? 12. Indique a alternativa incorreta. A) Quero saber o porquê desta briga. B) Ainda saberás porque saí do país C) Estudamos sem saber por quê D) Rápida foi a crise por que passou 13. Assinale a alternativa correta. A) A criança sempre indaga o porquê das coisas B) Conheço o livro porque te orientaste C) Sei porquê você faltou às aulas D) Chegaste só agora, por que? 14. Há uma alternativa incorreta, assinale-a: A) Aquela foi a razão por que tive o pesadelo B) Faça os exercícios, porque só assim se aprende C) Não sei porque não ficas mais um pouquinho. D) Porque você fez tudo errado, não o considero eficiente 15. Escolha a alternativa que complete corretamente as lacunas: Descobri o motivo ________ ele não veio. Não veio ______teve problemas lá. A) porquê – por quê C) por que – por quê B) porque – porque D) por que - porque 16. Escolha a alternativa que complete corretamente as lacunas: Se você me disser o __________ disso, entenderei,_________ não sou tolo. A) porquê- porque C) por quê – por quê B) por que – porque D) porque – por que 17. Indique a alternativa correta: A) Vim por que quero lutar B) Diga-me o por que da sua luta C) Afinal, por que você luta? D) Eu sei porque você quer lutar 18. Assinale o item incorreto: A) Trabalho muito porque preciso B) Trabalhas tanto, por quê? C) Você precisa saber o porque disso D) Falei dele porque o conheço 19. Assinale a alternativa correta: A) Os caminhos por que vim são estes B) O estudo é o caminho porque se deve trilhar C) Alguns vencem por que lutam mais D) Não sei porque você está nervoso 20. Indique o item incorreto: A) Nunca lhes revelarei as razões por que tudo começou B) Diga-me: por que você faltou? C) Alguns chateiam por que gostam D) Porque é estudioso e dedicado, o menino se destaca no colégio 21. Assinale a alternativa incorreta: A) Ela ri e sabe por quê B) Cada um ri porque gosta de rir C) Você sabe por que ela ri? D) Os motivos porque ela ri são mesmo estranhos Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!074 22. Assinale a alternativa correta: A) Essas são as dificuldades porque passei B) No momento, porque assuntos você se interessa? C) Estava preocupado com o porquê da questão D) Todos reclamam sem saber porquê 23. Assinale a alternativa que apresenta erro: A) Leio revistas e jornais, porque desejo estar sempre informado B) Gostaria de rever os lugares por que andei ultimamente C) Não sei por que desistes com tanta facilidade D) você não apresentou o resultado, por que? 24. Assinale a alternativa onde a palavra “QUE” está grafada incorretamente: A) Quê! Você ainda não tomou banho? B) Depois do banho ficou com um quê irresistível C) Quê beleza! Acertei tudo D) Você vive de quê? De brisa? 25. Preenchendo as lacunas com “QUE”, em qual alternativa esse “QUE” levaria acento circunflexo por ser monossílabo tônico? A) Mas __________ lindo carro você comprou! B) O novo diretor tem um _______ estranho. C) Eis a aula de _________ mais gosto. D) Por _____ você saiu? 26. Complete a lacuna usando a palavra correta. Depois assinale-a. "Um dia espero poder contar ___________ tudo acabou." A) por que C) porquê B) porque D) por quê 27. Nas orações a seguir, uma das palavras em destaque foi empregada de forma incorreta. Assinale a única alternativa que contém o erro. A) Por que vamos hoje? B) Ora, não pergunte por quê! C) Ah, querido, mas deve haver um porquê! D) Porquê, porquê, isso sempre há! E) Mas já disse que não quero falar porque vamos hoje. EXERCÍCIOS – BLOCO 08 01. Na oração: “Aos onze anos, em 1942, seu pai mandou-o para um colégio interno, o Padre Antônio Vieira, em Aracaju.”, as vírgulas foram usadas nas expressões destacadas com a seguinte finalidade: A) realçar duas expressões de mesma função sintática. B) enfatizar dois elementos de valor explicativo. C) isolar adjunto adverbial e aposto respectivamente. D) reforçar a melodia da frase. E) separar aposto e vocativo 02. Na frase: “Ana, dá um banho rápido nesse menino e vamos embora...” Aplica-se com maior acerto a esse texto o seguinte con- ceito sobre a pontuação (uso da vírgula): A) isola o sujeito da oração. B) põe em realce o substantivo. C) valoriza o ritmo da frase. D) indica a pausa de chamamento. E) separa o aposto do termo modificado. 03. Quais são as frases corretamente pontuadas? A) Os alunos angustiados esperam o resultado dos exa- mes. B) Os alunos, angustiados, esperam o resultado dos exa- mes. C) Os alunos, esperam angustiados, o resultado dos exa- mes. D) Angustiados, os alunos esperam o resultado dos exa- mes. E) Os alunos, esperam, angustiados, o resultado dos exa- mes. E) Os alunos esperam angustiados, o resultado dos exa- mes. 04. Assinale a opção em que a vírgula está empregada para separar dois termos que possuem a mesma função na frase: A) “Minhas senhoras, seu Mendonça pintou o diabo enquanto viveu.” B) “Respeitei o engenho do Dr. Magalhães, juiz.” C) “E fui mostrar ao ilustre hóspede a serraria, o desca- roçador e o estábulo.” D) “Depois da morte do Mendonça, derrubei a cerca...” E) “Não obstante essa propaganda, as dificuldades surgi- ram.” 05. Marque a alternativa que corresponde ao uso cor- reto da vírgula neste texto: “Marta queria comprar bis- coitos mas não encontrou nenhum no mercado. Resol- veu levar chocolates balas e sorvetes para saciar sua vontade de doces mas também não os encontrou.” A) Marta queria comprar biscoitos, mas não encontrou nenhum no mercado. Resolveu levar chocolates balas e sorvetes para saciar sua vontade de doces, mas também não encontrou. B) Marta queria comprar biscoitos, mas não encontrou nenhum no mercado. Resolveu levar chocolates balas e sorvetes, para saciar sua vontade de doces, mas também não encontrou. C) Marta queria comprar biscoitos, mas não encontrou nenhum no mercado. Resolveu levar chocolates, balas e sorvetes, para saciar sua vontade de doces, mas também não encontrou. D) Nenhuma das alternativas. O exemplo está correto. 06. “Ontem vesti duas blusas, duas calças, uma meia grossa, cachecol e gorro”. Nesta frase, utilizamos a vír- gula porque: A) Na oração existem termos com a mesma função sin- tática (na frase, substantivos). B) Porque é necessário uma pausa para respirar. C) Separamos por vírgula os elementos que possuem número (na frase, “duas” blusas, “duas” calças, “uma” meia). D) Todos os termos são apostos, pedindo vírgula obriga- tória. Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!075 07. “Senhora, não pode entrar naquela sala, é só para funcionários”. A vírgula aqui é empregada para eviden- ciar dois casos. Assinale a alternativa que corresponde a estes casos: A) As duas vírgulas vem para introduzir uma frase de valor explicativo. B) A primeira vírgula vem para evidenciar o aposto e a segunda vem para chamar atenção para uma explicação, nenhuma sendo obrigatória. C) A primeira vírgula vem para dar uma pausa necessá- ria no início da frase e a segunda vem para introduzir uma frase que evidencia o motivo de não poder entrar na sala. D) A primeira vírgula vem para isolar o vocativo e a segunda vem para introduzir uma frase que evidencia o motivo de não poder entrar na sala. 08. Quanto às orações coordenadas, é correto afirmar que: A) Sempre pedirão vírgula para separá-las. B) Sempre pedirão vírgula para separá-las, exceto quando estiverem ligadas pela conjunção “e”. C) Não devem ser separadas nem por vírgulas, exceto quando estiverem ligadas pela conjunção “e”. D) Não devem ser separadas por vírgulas, mas somente pelas conjunções. 09. Marque a alternativa onde a vírgula está incorreta- mente aplicada: A) Recebeu o troco e voltou para casa, mas descobriu que o bolso estava furado. B) O vento estava tão forte, que arrancou as telhas. C) Estava escrevendo o livro, o qual já tinha muitas pági- nas. D) Depois daquele dia, nunca mais voltou àquela loja. 10. Indique a alternativa em que, ao retirarmos as vírgu- las, o sentido da frase não se altera: A) Marta caminhava pela rua, calma. B) Aquele garoto, revoltado, não parava de reclamar com a secretária. C) Maria, Gabriela e Joana foram ao shopping. D) Os técnicos virão amanhã, e o problema será solucio- nado. 11. Se pegarmos a frase “Aquele garoto, revoltado, não parava de reclamar com a secretária” e tirarmos a vír- gula, ficaremos com “Aquele garoto revoltado não parava de reclamar com a secretária”. Qual é a mudança de sentido que ocorre quando retiramos a vírgula? A) A mudança ocorre através da falta de pausa que nos faz entender que o garoto está revoltado. B) A mudança ocorre através do novo sentido que a frase ganha: com vírgula, entendemos que é um garoto que está revoltado; sem vírgula, pensamos que o garoto é uma pessoa revoltada. C) Não há mudança de sentido. A frase continua a mesma. D) A mudança traz uma frase que não atende às regras gramaticais, pois precisamos ter, pelo menos, uma vír- gula nas frases. 12. Em qual alternativa a vírgula é empregada correta- mente? A) Vamos usar o computador, assim que você formatá- lo. B) A chuva estava tão forte, que inundou a rua. C) Quando era menino, ouvia muitas histórias. D) Estava lá naquela terra, isto é no país dele. 13. Em frases como “Senhora, pode entrar” e “Zé, o gar- çom daquele bar da esquina, se demitiu”, temos dois ter- mos: o vocativo e o aposto. Em relação ao aposto e voca- tivo: A) A vírgula não deve ser utilizada. B) O emprego da vírgula é feito para isolar e dar uma pausa no texto escrito, mas seu emprego não é obrigató- rio. C) O emprego da vírgula é obrigatório para separar a explicação que o aposto traz e para separar os nomes introduzidos pelo vocativo. D) O emprego da vírgula é opcional, mas quando é usada, vem para separar a explicação que o aposto traz e para separar os nomes introduzidos pelo vocativo. 14. Termo que modifica adjetivo, verbos e advérbios, o adjunto adverbial vem para indicar uma circunstância. Em alguns casos a vírgula vem para isolar esse termo. Marque a alternativa em que ocorre esse isolamento. A) Hoje de manhã, encontrei alguns amigos na acade- mia. B) Encontrei alguns amigos na academia, hoje de manhã. C) A maioria dos meus amigos viajam, durante as férias. D) Encontrei alguns amigos hoje de manhã, na acade- mia. 15. Em algumas das frases abaixo as vírgulas foram reti- radas; em outras, a vírgula não pode ser empregada. Identifique a alternativa que corresponde aos casos onde a vírgula NÃO deve ser empregada. A) “Aquelas pessoas que devem ao banco não podem mais pedir empréstimos” e “Ontem à noite ela me disse que seríamos demitidos”. B) “Zé garçom há vinte anos naquele bar quer um aumento” e “O Maracanã que é o estádio mais famoso foi reformado” C) “Nós comunicamos a decisão do chefe” e “A chuva estava tão forte que inundou a rua” D) “Aquelas pessoas que devem ao banco não podem mais pedir empréstimos” e “A chuva estava tão forte que inundou a rua”. 16. Qual destas frases está correta? A) Ela me disse hoje de manhã que o professor não viria. B) Minha empregada foi para a Cidade Maravilhosa, isto é, o Rio de Janeiro. C) Aquele homem reclamou tanto, que precisaram cha- mar a polícia para acalmá-lo. D) Da próxima vez, começarei mais cedo, e pedirei ajuda, pois é difícil, fazer sozinho. Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!076 Apesar de _______ em mecânica de automóveis, ele foi _________ de __________, pois não conseguiu diagnosticar o problema no motor do carro do diretor. A) esperto - tachado - incipiente. B) experto - tachado - insipiente. C) experto - taxado - insipiente. D) esperto - taxado - incipiente. E) esperto - taxado - incipiente. 10. Assinale a letra que preenche corretamente as lacunas das frases apresentadas. O ladrão foi pego em _________, quando tentava levar _______ quantia, devido a uma _______ de caminhões bem em frente ao banco. A) flagrante - vultosa - coalizão. B) fragrante - vultuosa - colisão. C) flagrante - vultosa - colisão. D) fragrante - vultuosa - coalizão. E) flagrante - vultuosa - coalizão. 11. Assinale a letra que preenche corretamente as lacunas das frases apresentadas. O rapaz que se sentiu ____________ pela diretora do colégio fez uma _______ até Brasília para tentar _________ uma pena a ela. A) descriminado - viajem - inflingir. B) discriminado - viagem - infligir. C) discriminado - viajem - infringir. D) descriminado - viagem - infligir. E) discrimando - viagem - infringir. 12. Assinale a letra que preenche corretamente as lacunas das frases apresentadas. __________, a verdade _______, e, apesar de todos os protestos dos deputados, o ________ governador ______ os direitos do secretário. A) De repente - emergiu - iminente - cassou. B) Derrepente - imergiu - iminente - caçou. C) De repente - emergiu - eminente - cassou. D) De repente - imergiu - eminente - caçou. E) Derrepente - emergiu - iminente – cassou. EXERCÍCIOS – BLOCO 02 01. Assinale a única opção em que aparece uma palavra que não é sinônima das demais. A) títere, fantoche, palhaço; B) vendaval, temporal, ventania; C) íntegro, intemerato, puro D) venenoso, venéfico, tóxico; E) abatido, definhado, enfraquecido. 02. Assinale a única opção em que aparece uma palavra que não é antônima das demais, considerando-se o primeiro termo da série. A) sossego: agitação, preocupação; B) notório: desconhecido, ignoto; C) negligente: aplicado, diligente; D) livre: preso, medroso; E) meritório: indigno, desprezível. 03. Assinale a opção em que os dois enunciados não têm basicamente o mesmo significado: A) “o oceano do povo se encapela / encapela-se o oceano do povo; B) “ruge o clarim tremendo da batalha” / ruge o tremendo clarim da batalha; C) “águia - talvez as asas te espedacem” / talvez as asas da águia te espedacem; D) “que a mão dos séculos no futuro talha...” / que no futuro a mão dos séculos talha; E) “levanta a Deus do cativeiro o grito!” / levanta a Deus o grito do cativeiro. 04. Assinale a frase em que se completa com o primeiro dos parônimos entre parênteses: A) casou-se com um juiz _________ ; (eminente,iminente); B) seu gesto não passou __________ ; (desapercebido, despercebido); C) tal comportamento _________ o país; (degrega,degrada); D) em vista dos pulmões estarem em péssimo estado, o médico ___________ o uso de cigarros;(prescreveu, proscreveu); E) no momento da cena, o artista não pode ___________ o riso. (sustar, suster) 05. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase abaixo: Da mesma forma que os italianos e japoneses _________ para o Brasil no século passado, hoje os brasileiros_________ para a Europa e para o Japão, à busca de uma vida melhor; internamente, os para o Sul, pelo mesmo motivo. A) imigraram - emigram - migram B) migraram - imigram - emigram C) emigraram - migram - imigram. D) emigraram - imigram - migram. E) imigraram - migram - emigram. 06. os sinônimos de exilado, assustado, sustentar e expulsão são, respectivamente: A) degredado, espavorido, suster e proscrição. B) degradado, esbaforido, sustar e prescrição. C) degredado, espavorido, sustar e proscrição. D) degradado, esbaforido, sustar e proscrição. E) degradado, espavorido, suster e prescrição. 07. No _________ do violoncelista _______ havia muitas pessoas, pois era uma ___________ beneficente. A) conserto - eminente - sessão B) concerto - iminente - seção C) conserto - iminente - seção D) concerto - eminente - sessão 08. Assinale o item em que a palavra destacada está incorretamente aplicada: A) Trouxeram-me um ramalhete de flores fragrantes. B) A justiça infligiu pena merecida aos desordeiros. C) Promoveram uma festa beneficiente para a creche. D) Devemos ser fiéis aos cumprimentos do dever. E) A cessão de terras compete ao Estado. Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!079 09. Leia as frases abaixo: I. Assisti ao ________ do balé Bolshoi; II. Daqui ______ pouco vão dizer que ______ vida em Marte. III. As _________ da câmara são verdadeiros programas de humor. IV. ___________ dias que não falo com Alfredo. Escolha a alternativa que oferece a sequência correta de vocábulos para as lacunas existentes: A) concerto – há – a – cessões – há; B) conserto – a – há – sessões – há; C) concerto – a – há – seções – a; D) concerto – a – há – sessões – há; E) conserto – há – a – sessões – a . 10. Assinale a alternativa correta, considerando que à direita de cada palavra há um sinônimo. A) emergir = vir à tona; imergir = mergulhar B) emigrar = entrar (no país); imigrar = sair (do país) C) delatar = expandir; dilatar = denunciar D) deferir = diferenciar; diferir = conceder E) dispensa = cômodo; despensa = desobrigação 11. Complete as lacunas, com a expressão necessária, que consta nos parênteses: É necessário ________ (cegar - segar) os galhos salientes do _______ (bucho - buxo), de modo a que se possa fazer _____ (xá - chá) com as folhas mais novas.” A) segar – buxo – chá; B) segar – bucho – xá; C) cegar – buxo – xá; D) cegar – bucha – chá; E) segar – bucha – xá. 12. Empregue os parônimos e homônimos de acordo com a forma culta: A) A nuvem de gafanhotos _______________________ a plantação. (Infestou / Enfestou) B) Quando Joana toca o piano, é mais um ____________ que um ______________. (Conserto / Concerto) C) Todos eles _____________ o prazer de bela melodia. (Fruem / Fluem) D) Todos queriam ______________ para _____________ quanto custava aquele aparelho. (Apreçar / Apressar) E) Nas festas de São João, é comum _________________ balões e vê-los ________________. (Ascender / Acender) F) Os presos foram recolhidos a suas _______________. (Celas / Selas) G) Segui a _________ médica, mas não obtive resultados. (Proscrição / Prescrição). 13. Indique a única sequência em que todas as palavras estão grafadas corretamente: A) Fanatizar – analisar – frizar. B) Fanatisar – paralisar – frisar. C) Banalizar – analisar – paralisar. D) Realisar – analisar – paralizar. E) Utilizar – canalisar – vasamento. 14. Assinale o único exemplo cuja lacuna deve ser preenchida com a primeira alternativa da série dada nos parênteses: A) estou aqui _______ de ajudar os flagelados das enchentes; (afim - a fim). B) a bandeira está ________ ; (arreada - arriada). C) serão punidos os que ________ o regulamento. (inflingirem - infringirem). D) são sempre valiosos os ________ dos mais velhos; (concelhos - conselhos). E) moro ________ cem metros da praça principal. (a cerca de - acerca de). 15. A frase que se completa com a primeira forma colocada entre parênteses é: A) até hoje não se abriu nenhum _________ quanto ao assunto; (procedente - precedente). B) se enganos houve, que sejam prontamente __________ ; (ratificados - retificados). C) os bombeiros andavam às voltas com o __________ perigo; (eminente - iminente). D) as rosas deixaram uma suave __________ no ar; (flagrância - fragrância). E) a atitude do aluno ________ o regulamento. (infringiu – inflingiu). 16. Relacione os sinônimos nas duas colunas abaixo, e assinale a reposta correta. 1. translúcido ( ) contraveneno. 2. antídoto ( ) metamorfose. 3. transforma ( ) diáfano. 4. adversário ( ) antítese. 5. oposição ( ) antagonista. A) 1, 3, 4, 2, 5; D) 1, 4, 5, 2, 3; B) 2, 3, 4, 5, 1; E) 4, 3, 1, 5, 2. C) 2, 3, 1, 5, 4; 17. Em “a vida é cheia de vicissitudes”, o termo grifado é sinônimo de: A) tristezas; D) artimanhas; B) transformações; E) traições. C) revezes; 18. Assinale a letra em que aparecem sinônimos das palavras sublinhadas na seguinte frase: Na entrevista, o empresário ratificou as incongruências do depoimento. A) retificou – coerências; B) confirmou – impropriedades; C) rateou – congriedades; D) reatou – inconveniências; E) reabilitou – desproporções. 19. As ideias liberais saíram incólumes, ainda que se pensasse que seriam dilapidadas, completamente. Os termos grifados são antônimos, respectivamente de: A) arrasadas - dilaceradas; B) intactas - arrasadas; C) intactas - dilaceradas; D) depauperadas - prestigiadas; E) NDA. Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!080 MÓDULO 04: ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS ESTRUTURA DAS PALAVRAS Estudar a estrutura das palavras é estudar os ele- mentos que formam a palavra, denominados de morfe- mas. São os seguintes os morfemas das palavras da Lín- gua Portuguesa. Radical: é o que contém o sentido básico do vocábulo. Aquilo que permanecer intacto, quando a palavra for modificada. Exemplos: falar, comer, dormir, casa, carro, apaixonada. Observação: Em se tratando de verbos, descobre-se o radical, retirando-se a terminação AR, ER ou IR. Vogal Temática: nos verbos, são as vogais A, E e I, pre- sentes à terminação verbal. Elas indicam a que conjuga- ção o verbo pertence. Ou seja: • 1ª conjugação = Verbos terminados em AR. • 2ª conjugação = Verbos terminados em ER. • 3ª conjugação = Verbos terminados em IR. Observação: O verbo pôr pertence à 2ª conjugação, já que proveio do antigo verbo poer. Nos substantivos e adjetivos, são as vogais A, E, I, O e U, no final da palavra, evitando que ela termine em conso- ante. Exemplos: meia, pente, táxi, couro, urubu Fique Atento! Tenha cuidado para não confundir vogal temática de substantivo e adjetivo com desinência nomi- nal de gênero, que estudaremos mais à frente. Tema: é a junção do radical com a vogal temática. Se não existir a vogal temática, o tema e o radical serão o mesmo elemento; o mesmo acontecerá, quando o radical for terminado em vogal. Em se tratando de verbo, o tema sempre será a soma do radical com a vogal temática. Exemplos: estuda, come, parti; Já em substantivos e adjetivos, nem sempre isso aconte- cerá. Exemplos: • No substantivo pasta, past é o radical, a, a vogal temática, e pasta o tema; • no adjetivo leal, o radical e o tema são o mesmo ele- mento - leal, pois não há vogal temática; • o mesmo também ocorre na palavra tatu, mas agora, porque o radical é terminado pela vogal temática. Desinências: são as terminações das palavras, flexiona- das ou variáveis, posposta ao radical, com o intuito de modificá-las. No geral, modificamos os verbos, conju- gando-os e modificamos os substantivos e os adjetivos em gênero e número. Por isso existem dois tipos de desi- nências: as desinências verbais e as desinências nomi- nais. As Desinências verbais podem ser subdivididas em: Modo-temporais: indicam o tempo e o modo. São quatro as desinências modo-temporais: -va- e -ia-, para o Pretérito Imperfeito do Indicativo. Exemplos: estudava, vendia, partia, chegava. -ra-, para o Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo . Exemplos: estudara, vendera, partira. -ria-, para o Futuro do Pretérito do Indicativo Exemplos: estudaria, venderia, partiria. -sse-, para o Pretérito Imperfeito do Subjuntivo . Exemplos: estudasse, vendesse, partisse. Número pessoais: indicam a pessoa e o número. São três os grupos das desinências número-pessoais. Grupo I: i, ste, u, mos, stes, ram, para o Pretérito Per- feito do Indicativo. Exemplos: eu cantei, tu cantaste, ele cantou, nós canta- mos, vós cantastes, eles cantaram. Grupo II: -, es, -, mos, des, em, para o Infinitivo Pessoal e para o Futuro do Subjuntivo. Exemplos: Era para eu cantar, tu cantares, ele cantar, nós cantarmos, vós cantardes, eles cantarem. Quando eu puser, tu puseres, ele puser, nós pusermos, vós puser- des, eles puserem. Grupo III: -, s, -, mos, is, m, para todos os outros tem- pos. Exemplos: eu canto, tu cantas, ele canta, nós cantamos, vós cantais, eles cantam. As Desinências Nominais podem ser: de gênero: quando indicam o gênero da palavra. Neste caso, a palavra terá desinência nominal de gênero, quando houver a oposição entre masculino e feminino. Exemplos: cabeleireiro / cabeleireira – rico / rica A vogal a será desinência nominal de gênero sempre que indicar o feminino de uma palavra, mesmo que o mascu- lino não seja terminado em o. Exemplos: crua, ela, traidora. de número: indica o plural da palavra. É a letra s, somente quando indicar o plural da palavra. Exemplos: cadeiras, pedras, águas. Afixos: São elementos que se juntam aos radicais para formar novas palavras. Podem ser classificados em: Prefixo: é o afixo que aparece antes do radical. Exemplos: destampar, incapaz, amoral. Sufixo: é o afixo que aparece depois do radical, do tema ou do infinitivo. Exemplos: pensamento, acusação, felizmente. Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!081 adeus de nunca mais. / A ambição de olhar verde, junto ao cais, / me disse: vai que eu fico à tua espera." (Cassiano Ricardo). 17. Marque a opção em que todas as palavras possuem um mesmo radical. A) batista - batismo - batistério - batisfera - batiscafo; B) triforme - triângulo - tricologia - tricípite - triglota; C) poligamia - poliglota - polígono - política - polinésio; D) operário - opereta - opúsculo - obra - operação; E) gineceu - ginecologia - ginecofobia - ginostênio - gim- nosperma. 18. Com relação ao seguinte poema, é CORRETO afirmar que: Neologismo "Beijo pouco, falo menos ainda. Mas invento palavras Que traduzem a ternura mais funda E mais cotidiana. Inventei, por exemplo, o verbo teadorar. Intransitivo: Teadoro, Teodora." (Manuel Bandeira) A) o verbo “teadorar” e o substantivo próprio “Teodora” são palavras cognatas, pois possuem o mesmo radical; B) as classes das palavras que compõem a estrutura do vocábulo "teadorar" são pronome e verbo; C) o verbo "teadorar", por se tratar de um neologismo, não possui morfemas; D) a vogal temática dos verbos "beijo", "falo", "invento" e "teadoro" é a mesma, ou seja, "o". 19. Está incorreto afirmar que: A) malcheiroso é formada por prefixação e sufixação; B) televisão é formada por prefixação que significa ao longe; C) folhagem é formada por derivação sufixal que signi- fica noção coletiva; D) em amado e malcheiroso, ambos os sufixos significam provido ou cheio de. 20. FAREJANDO apresenta em sua estrutura: A) radical FAREJ - vogal temática A - tema fareja - desi- nência NDO; B) radical FAR - tema FAREJ - vogal temática E - desinên- cia NDO; C) radical FAREJA - vogal temática A - sufixo NDO; D) tema FAREJ - radical FAREJA - sufixo NDO. 21. Em que alternativa a palavra sublinhada resulta de derivação imprópria? A) Não chegaram a trocar um isto de prosa, e se enten- deram. B) Às sete horas da manhã começou o trabalho principal: a votação. C) Pereirinha estava mesmo com a razão. Sigilo... voto secreto... bobagens, bobagens! D) Dr. Osmírio andaria desorientado, senão bufando de raiva. E) Sem a radical reforma da lei eleitoral, as eleições con- tinuariam sendo uma farsa! 22. Considerando os sufixos formadores de verbos, soci- alizada está para: I. capitalizada II. Racionalizada III. atrasada IV. Risada A) apenas I D) II e III B) I e II E) todas estão corretas. C) apenas II 23. Marque a alternativa que não apresenta uma palavra formada por um processo de composição por aglutina- ção. A) agrícola C) pontiagudo E) girassol B) planalto D)pernalta 24. "Coisa é tudo: mistério e objeto, é invisível e visível, é lugar comum, e devora." A palavra sublinhada é for- mada pelo mesmo processo existente em: A) “Coisa é palavra-ônibus, de omnibus, em latim, demo- cracia total: cabe tudo.” B) “São tantas coisinhas miúdas.” C) “É, tipo assim, a coisa se metamorfoseia em todas as coisas.” D) “A coisa funciona assim: a coisa aparece diante de nós, anônima, feia, bela” E) “...Se for impossível dizer coisa com coisa, não pense duas vezes.” 25. Na oração: “Ao entardecer, refizeram suas malas e vagarosos voltaram à capital”, há palavras formadas, respectivamente, por derivação: A) Prefixal – parassintética – sufixal. B) Sufixal – prefixal e sufixal – parassintética. C) Parassintética – sufixal – prefixal. D) Prefixal e sufixal – prefixal – sufixal. E) Parassintética – prefixal – sufixal. 26. [...] Esses monstros atuais, não os cativa [Orfeu a vagar, taciturno, entre o talvez e o se. [...]Carlos Drum- mond de Andrade No trecho, as palavras talvez e se são formadas por: A) Composição. B) Derivação imprópria. C) Derivação prefixal. D) Derivação parassintética. E) Derivação sufixal. 27. O item em que a palavra não está corretamente classificada quanto ao seu processo de formação é: A) ataque – derivação regressiva. B) Fornalha – derivação por sufixação. C) Acorrentar – derivação parassintética. D) Antebraço – derivação prefixal. E) Casebre – derivação imprópria. Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!084 EXERCÍCIOS – BLOCO 02 01. Correlacione: 1. Composição por Justaposição 2. Composição por Aglutinação 01. ( ) pau-de-arara 02. ( ) planalto 03. ( ) arco-íris 04. ( ) vaivém 05. ( ) mestre-sala 06. ( ) vinagre 07. ( ) couve-flor 08. ( ) passatempo 09. ( ) auriverde 10. ( ) pernalta 11. ( ) guarda-marinha 12. ( ) pernilongo 13. ( ) pontapé 14. ( ) caneta-tinteiro 15. ( ) agrícola 02. Correlacione as derivações, sendo: 1. Prefixal 2. Sufixal 3. Prefixal e Sufixal 4. Parassintética 01. ( ) transpor 02. ( ) sufixal 03. ( ) endurecer 04. ( ) malandragem 05. ( ) bilabial 06. ( ) entardecer 07. ( ) estupidez 08. ( ) abster 09. ( ) adjunto 10. ( ) tristeza 11. ( ) fervoroso 12. ( ) enforcar 13. ( ) deslealdade 14. ( ) romano 15. ( ) desigualdade 03. Correlacione: 1. Regressão ou Derivação Regressiva 2. Conversão ou Derivação Imprópria 3. Reduplicação 4. Abreviação 5. Hibridismo 01. ( ) grito 02. ( ) pneu 03. ( ) sociologia 04. ( ) o não 05. ( ) dança 06. ( ) goiabeira 07. ( ) combate 08. ( ) Vavá 09. ( ) bicicleta 10. ( ) canto 11. ( ) o como 12. ( ) tico-tico 13. ( ) foto 14. ( ) Flu 15. ( ) automóvel EXERCÍCIOS – BLOCO 03 01. O sufixo destacado em “organizador” tem o mesmo valor semântico que o presente em: A) confidência; D) refeitório; B) outonal; E) brasileiro C) pedinte; 02. A alternativa em que todos os sufixos têm, funda- mentalmente, o mesmo valor que o sufixo presente no substantivo percursionista é: A) barbeiro, bancário, cantor; B) estudante, formigueiro, vestiário; C) jogador, noticiário, pedinte. D) cinzeiro, poetastro, colaborador; E) operário, fazendeiro, budismo; 03. Assinale a série de vocábulos em que todos os sufi- xos exprimem noção de qualidade: A) sensibilidade – delicadeza – docemente B) decoração – bronzeado – selvagem C) franqueza – doçura – ferocidade D) sentimento – rapidamente – majestosa E) dourado – vegetação – beleza 04. Assinale o vocábulo cujo prefixo é semanticamente diferente do de “intocável”: A) afônico D) anônimo B) ilegal E) imigrante C) desconfortável 05. Aponte a opção em que aparece o mesmo prefixo existente na palavra “impunidade”, tendo ele o mesmo significado: A) inevitável D) inicialmente B) invadindo E) incluindo C) influência 06. Numero a coluna da direita, relacionando-a com a da esquerda, pelo significado do prefixo. A seguir, assi- nale a resposta correta: 1) desesperança ( ) repetição 2) contramarcha ( ) oposição 3) redobra ( ) privação, negação 4) influir ( ) passar além de 5) translúcido ( ) movimento para dentro A) 3-5-2-1-4 D) 4-3-2-1-5 B) 2-3-4-5-1 E) 5-4-3-1-2 C) 3-2-1-5-4 07. Assinale a opção em que os prefixos têm o mesmo significado: a) contradizer – antídoto d) supercílio – acéfalo b) desfolhar – epiderme e) semimorto – perianto. c) decapitar – homicídio 8. Assinale o par de vocábulos cujos sufixos apresentam valor semântico idêntico ao dos sufixos de “empreende- dor” e “riqueza”, respectivamente. A) estudante / ancoradouro D) professor / artista B) dormitório / inabilidade E) faxineiro / doçura C) brasileiro / folhagem 09. Considerando o valor dos sufixos, assinale o par de vocábulos que guardam entre si a mesma relação se- mântica existente entre “elaborar” / “elaboração”. A) criar / criativo. D) cobrar / cobrança B) navegar / navegante E) quebrar / quebradiço C) lavar/ lavatório 10. Assinalar a alternativa em que a primeira palavra apresenta sufixo formador de advérbio e, a segunda, su- fixo formador de substantivo: A) Perfeitamente – varrendo B) Provavelmente – erro C) Lentamente – explicação D) Atrevimento – ignorância E) Proveniente – furtado Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!085 MÓDULO 05: AS CLASSES GRAMATICAIS SUBSTANTIVO Chamamos de substantivo a qualquer palavra que nomeia as “coisas” em geral. As “coisas” que cha- mamos de substantivo são tudo o que pode ser visto, to- cado ou sentido. Também transforma-se em substantivo qualquer palavra que aparece precedida de artigo. Classificação e Formação Substantivo Comum: é aquele que designa os seres de uma espécie de forma genérica. Exemplos: pedra, computador, cachorro, caderno, peso, homem. Substantivo Próprio: é aquele que designa um ser espe- cífico, determinado, individualizando-o. Exemplos: Maxi, Londrina, Dílson, Ester, Deus. Atenção: O substantivo próprio sempre deve ser escrito com letra maiúscula. Substantivo Concreto: aquele que designa seres que existem por si só ou apresentam-se em nossa imagina- ção como se existissem por si. Exemplos: ar, som, Deus, computador, pedra, Ester. Substantivo Abstrato: aquele que designa prática de ações verbais, existência de qualidades ou sentimentos humanos. Exemplos: saída (prática de sair), beleza (existência do belo), saudade. Formação dos substantivos Quanto à sua formação, um substantivo pode ser: Substantivo Primitivo: quando não se origina de outra palavra existente na língua portuguesa. Exemplos: pedra, jornal, gato, homem. Substantivo Derivado: quando provém de outra pala- vra da língua portuguesa. Exemplos: pedreiro, jornalista, gatarrão, homúnculo. Substantivo Simples: quando é formado por um único radical. Exemplos: pedra, pedreiro, jornal, jornalista. Substantivo Composto: quando é formado por dois ou mais radicais. Por exemplo pedra-sabão, homem-rã, pas- satempo. Substantivo Coletivo: diz-se coletivo o substantivo, no singular, que indica diversos elementos de uma mesma espécie. Abaixo uma lista de substantivos coletivos. Substantivos Coletivos de Pessoas Assembleia: grupo de pessoas. Banca: grupo de examinadores. Banda: grupo de instrumentistas. Bando: grupo de desordeiros. Batalhão: grupo de soldados. Caravana: grupo de viajantes. Comunidade: grupo de cidadãos. Corja ou Choldra: grupo de malandros. Chusma: grupo de gente. Concílio: grupo de bispos. Conclave: grupo de cardeais reunidos para eleger o papa. Congresso: grupo de Parlamentares. Corpo docente: grupo de professores. Elenco: grupo de atores, artistas. Exército: grupo de soldados. Falange: grupo de soldados ou anjos. Família: grupo dos parentes. Farândola: grupo de mendigos. Horda: grupo de bandidos invasores. Junta: grupo de médicos, credores, examinadores. Júri: grupo de jurados. Legião: grupo de soldados, anjos ou demônios. Malta: grupo de malfeitores. Multidão: grupo grande de pessoas. Orquestra: grupo de instrumentistas. Plateia: grupo de espectadores. Plêiade: grupo de artistas correlacionados. População ou Povo: grupo de pessoas de uma determi- nada região. Prelatura: grupo de bispos. Prole: grupo de filhos. Quadrilha: grupo de bandidos ou grupo de dança coleti- va das festas juninas. Tertúlia: grupo de parentes ou amigos. Time: grupo de jogadores. Tripulação: grupo de marinheiros ou aviadores. Tropa: grupo de soldados. Turma: grupo de alunos de uma mesma classe. Substantivos Coletivos de Animais Alcateia: grupo de lobos. Bando: grupo de pássaros. Boiada: grupo de bois. Burricada: grupo de burros. Cáfila: grupo de camelos e dromedários. Capela: grupo de macacos. Cardume: grupo de peixes. Cavalgada: grupo de cavalheiros. Colmeia ou Enxame: grupo de abelhas. Escola: grupo de cetáceos. Fato: grupo de cabras. Fauna: grupo de animais de uma região. Fio: grupo de atum. Gataria: grupo de gatos. Manada: Grupo de bois, búfalos e elefantes. Matilha: grupo de cães. Miríade: grupo de insetos ou estrelas. Ninhada: grupo de filhotes. Nuvem: grupo de gafanhotos. Panapaná: grupo de borboletas. Pelotão: grupo de cavalos. Plantel: grupo de animais de raça, bovinos ou equinos. Praga: grupo de insetos nocivos. Rebanho: grupo de ovelhas. Revoada: grupo de aves em voo. Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!086 Fique Atento! Todas as paroxítonas terminadas em ão admitem mais de uma forma para o plural: • bênção → bênçãos, bençãs. • sótãos sotãos, sotãs.→ • órgãos órgãos, órgãs.→ • aldeão aldeões, aldeães, aldeãos;→ • ancião anciões, anciães, anciãos;→ • ermitão ermitões, ermitães, ermitãos;→ • pião piões, piães, piãos;→ • vilão vilões, vilães, vilãos;→ • alcorão alcorões, alcorães;→ • charlatão charlatões, charlatães→ • cirurgião cirurgiões, cirurgiães→ • faisão faisões, faisães→ • guardião guardiões, guardiães→ • peão peões, peães→ • anão anões, anãos→ • corrimão corrimões, corrimãos→ • verão verões, verãos→ • vulcão vulcões, vulcãos.→ Substantivos terminados em L Os terminados em -al, -el, -ol ou -ul: troca-se o L por IS. Exemplos: • vogal vogais→ • animal animais→ • papel papéis→ • anel anéis→ • paiol paióis→ • álcool álcoois→ • azul azuis→ • lençol lençóis→ • carretel carretéis→ • hotel hotéis.→ Fique atento a estes casos: • mal males→ • cal cais ou cales→ • aval avais ou avales→ • mel méis ou meles→ • real (moeda antiga) réis→ • cônsul cônsules→ Os terminados em -il, quando forem oxítonas: troca-se o L por S. Exemplos: • cantil cantis→ • barril barris→ • canil canis→ • funil funis.→ Os terminados em -il, quando forem paroxítonas ou pro- paroxítonas: troca-se a terminação IL por EIS Exemplos: • fóssil fósseis→ • têxtil têxteis→ Fique atento a estes casos: • projetil (oxítona) projetis→ • projétil (paroxítona) projéteis→ • reptil (oxítona) reptis→ • réptil (paroxítona) répteis→ Substantivos terminados em M: troca-se o M por NS. Exemplos: • item itens→ • nuvem nuvens→ • álbum álbuns→ • jerimum jerimuns→ Substantivos terminados em N: acrescenta-se S ou ES. Exemplos: • hífen hifens ou hífenes→ • pólen polens ou pólenes→ • espécimen espécimens ou especímenes→ • abdômen abdômens ou abdômenes→ • líquen líquens ou líquenes→ Substantivos terminados em R ou Z: Acrescenta-se ES. Exemplos: • carácter caracteres→ • sênior seniores→ • caráter carácteres→ • júnior juniores→ Substantivos terminados em X: ficam invariáveis. Exemplos: • o tórax os tórax→ • a fênix as fênix→ Substantivos terminados em S, quando forem palavras monossílabas ou oxítonas: acrescenta-se ES. Exemplos: • ás ases→ • deus deuses→ • ananás ananases→ • mês meses→ Substantivos terminados em S, quando forem palavras paroxítonas ou proparoxítonas: ficam invariáveis. Exemplos: • os lápis. • os tênis • os atlas Fique atento! Cais é invariável. Alguns Substantivos são usados apenas no plural. Exemplos: • as calças • as olheiras • os óculos • os parabéns • as férias • as costas • as hemorroidas • as núpcias • as trevas • os arredores Substantivos terminados em ZINHO: ignora-se a termi- nação -zinho, coloca-se no plural o substantivo no grau normal, ignora-se o s do plural, devolve-se o -zinho ao local original e, finalmente, acrescenta-se o s no final. Por exemplo: pãozinho: ignora-se o -zinho (pão); coloca- se no plural o substantivo no grau normal (pães); ignora- se o s (pãe); devolve-se o -zinho (pãezinho); acrescenta- se o s (pãezinhos). Mais Exemplos: • mulherzinha mulher mulheres mulhere → → → → mulherezinha - mulherezinhas.→ • alemãozinho alemão alemães alemãe → → → → alemãezinho alemãezinhos.→ → • barzinho bar bares bare barezinho → → → → → barezinhos.→ Substantivos terminados em INHO, sem Z: Acrescenta- se S. Exemplos: • lapisinho lapisinhos→ • patinho patinhos→ • chinesinho chinesinhos→ Plural com deslocamento da sílaba tônica • carácter caracteres→ • júnior juniores→ • espécimen especímenes→ • sênior seniores→ Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!089 Plural dos substantivos compostos Para se pluralizar um substantivo composto, os elemen- tos que o formam devem ser analisados individualmen- te. Por exemplo, o substantivo composto couve-flor é composto por dois substantivos pluralizáveis, portan- to seu plural será couves-flores; já o substantivo com- posto beija-flor é composto por um verbo, que é invariá- vel, quanto à pluralização, e um substantivo pluralizá- vel, portanto seu plural será beija-flores. Estudemos, então, os elementos que formam um substantivo composto e sua respectiva pluralização. Substantivo / Adjetivo / Numeral Se uma das palavras formando o substantivo composto é Substantivo ou Adjetivo ou Numeral, que são elementos pluralizáveis, normalmente irá para o plural. Exemplos: • aluno-mestre alunos-mestres→ • erva-doce ervas-doces→ • alto-relevo altos-relevos→ • gentil-homem gentis-homens→ • segunda-feira segundas-feiras→ • cachorro-quente cachorros-quentes→ Pronome Alguns pronomes admitem plural; outros, não. Por exemplo, os pronomes possessivos são pluralizáveis (meu → meus; nosso → nossos), mas os pronomes inde- finidos(ninguém, tudo), não são. Na formação de um substantivo composto o mesmo ocorre. Exemplos: • padre-nosso padres-nossos→ • Zé-ninguém Zés-ninguém→ Verbo / Advérbio / Interjeição / Preposição Estas palavras são elementos invariáveis, em relação à pluralização, portanto, quando formarem um substanti- vo composto, normalmente ficarão invariáveis. Exemplos: • pica-pau pica-paus→ • beija-flor beija-flores→ • alto-falante alto-falantes→ • abaixo-assinado abaixo-assinados→ • salve-rainha salve-rainhas→ • ave-maria ave-marias→ • pé de moleque pés de moleques→ Casos especiais Substantivo + Substantivo Como vimos anteriormente, ambos irão para o plural, porém, quando o último elemento estiver indicando tipo ou finalidade do primeiro, somente este irá para o plu- ral. Exemplos: • banana-maçã bananas-maçã→ • navio-escola navios-escola→ • salário desemprego salários desemprego→ Fique Atento! Em laranjas baianas e salários-mínimos, temos a soma de substantivo com adjetivo. Substantivos formados por três ou mais palavras A) Se o segundo elemento for uma preposição, só o pri- meiro irá para o plural. Exemplos: • pé de moleque pés de moleque→ • pimenta-do-reino pimentas-do-reino→ • mula sem cabeça mulas sem cabeça→ Fique Atento! Se o primeiro elemento for invariável, o substantivo todo ficará invariável. Exemplos: • o fora da lei os fora da lei;→ • o fora de série → os fora de série. B) Se o segundo elemento não for uma preposição, só o último irá para o plural. Exemplos: • bem-te-vi bem-te-vis→ • bem-me-quer bem-me-queres→ Verbo + Verbo A) Se os verbos forem iguais, alguns gramáticos admitem ambos no plural, outros, somente o último. Exemplos: • corre-corre corres-corres ou corre-corres.→ • pisca-pisca piscas-piscas ou pisca-piscas→ • lambe-lambe lambes-lambes ou lambe-lambes→ B) Se os verbos possuírem significação oposta, ficam in- variáveis. Exemplos: • o leva-e-traz os leva-e-traz→ • o ganha-perde os ganha-perde→ Palavras Repetidas ou Onomatopeia Quando o substantivo for formado por palavras repeti- das ou for uma onomatopeia, somente o último irá para o plural. Exemplos: • tico-tico tico-ticos→ • tique-taque tique-taques→ • lero-lero lero-leros→ • pingue-pongue pingue-pongues→ Substantivo composto iniciado por Guarda A) Formando uma pessoa: ambos irão para o plural. Exemplos: • guarda urbano guardas urbanos→ • guarda-noturno guardas-noturnos→ • guarda-florestal guardas-florestais→ • guarda mirim guardas mirins→ B) Formando um objeto: Somente o último irá para o plural. Exemplos: • guarda-pó guarda-pós→ • guarda-chuva guarda-chuvas→ • guarda-roupa guarda-roupas→ • guarda-sol guarda-sóis→ C) Sendo o segundo elemento invariável ou já surgindo no plural: ficam invariáveis. O mesmo acontece com os substantivos iniciados por porta. Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!090 Exemplos: • o guarda-costas os guarda-costas→ • o guarda-volumes os guarda-volumes→ • o porta-joias os porta-joias→ • o porta-malas os porta-malas→ Substantivos que admitem mais de um plural • fruta-pão frutas-pães, fruta-pães, frutas-pão,→ • guarda-marinha guardas-marinhas, guarda-mari→ - nhas • padre-nosso padres-nossos, padre-nossos→ • terra-nova terras-novas, terra-novas→ • salvo-conduto salvos-condutos, salvo-condutos→ • xeque-mate xeques-mates, xeque-mates.→ • chá-mate chás-mates, chás-mate→ Atenção: Quanto ao uso do hífen em substantivos com- postos, seguem as seguintes observações: 1. PALAVRAS COMUNS Usa-se hífen nas palavras compostas comuns, sem pre- posições, quando o primeiro elemento for substantivo, adjetivo, verbo ou numeral. Exemplos: Amor-perfeito, boa-fé, guarda-noturno, guarda-chuva, criado-mudo, decreto-lei. Fique Atento! A) Formas adjetivas como afro, luso, anglo, latino não se ligam por hífen, exceto se acompanhadas por adjetivos pátrios. Exemplos: Afrodescendente, eurocêntrico, lusofobia, eurocomunis- ta; afro-americano, latino-americano, indo-europeu, ítalo-brasileira, anglo-saxão. B) Caso a noção de composição tenha desaparecido com o tempo, deve-se unir o composto sem hífen: Exemplos: pontapé, madressilva, girassol, paraquedas, paraquedis- mo (perdeu-se a noção do verbo parar); mandachuva (perdeu-se a noção do verbo mandar). C) Os demais casos com “para” e “manda” têm hífen: Exemplos: manda-tudo, manda-lua, para-brisa, para-choque. D) Compostos com elementos repetidos também rece- bem hífen: Exemplos: tico-tico, tique-taque, pingue-pongue, blá-blá-blá. E) Compostos com apóstrofo também levam hífen: Exemplos: cobra-d'água, mãe-d'água, mestre-d'armas. 2. NOMES GEOGRÁFICOS ANTECEDIDOS DE GRÃO, GRà OU VERBOS Usa-se o hífen em nomes geográficos compostos com grã e grão ou verbos de qualquer tipo. Exemplos: Grã-Bretanha, Grão-Pará, Passa-Quatro. Fique Atento! Os demais nomes geográficos compostos não recebem hífen: Exemplos: América do Norte, Belo Horizonte, Cabo Verde. Exceção: Guiné-Bissau 3. NOME DE ESPÉCIES VEGETAIS E ANIMAIS Usa-se o hífen nos compostos que designam espécies ve- getais e animais. Exemplos: bem-te-vi, bem-me-quer, erva-de-cheiro, couve-flor, erva-doce, feijão-verde, coco-da-baía, joão-de-barro, não-me-toques (planta). Fique Atento! Se a palavra for usada em sentido figurado, não leva hí- fen: Exemplo: Ela está cheia de não me toques (melindres). 4. EXPRESSÕES INICIADAS PELA PALAVRA MAL Usa-se hífen expressões iniciadas pela palavra mal, ape- nas antes de vogais, h ou l. Os demais casos não recebem hífen. Exemplos: mal-afamado, mal-estar, mal-acabado, mal-humorada, mal-limpo, má-língua, más-línguas; malcriado, malvisto, malnascido, malquerer, malpassado. 5. EXPRESSÕES INICIADAS POR ALÉM, AQUÉM, RE- CÉM, BEM, SEM Usa-se hífen com além, aquém, recém, bem e sem. Exemplos: além-mar, aquém-oceano, recém-casado, recém-nascido, bem-estar, bem-vindo, sem-vergonha. Fique Atento! Quando a palavra bem se aglutina com o segundo elemento, não se usa hífen: Exemplos: Benfeitor, benfeitoria, benquerer, benquisto. 6. LOCUÇÕES SUBSTANTIVAS, ADJETIVAS E OUTRAS Não se usa hífen nas locuções dos vários tipos (substanti- vas, adjetivas etc). Exemplos: à vontade, cão de guarda, café com leite, cor de vinho, fim de semana, fim de século, quem quer que seja, corte de carne, um disse me disse, bumba meu boi, tomara que caia, arco e flecha, tão somente, ponto e vírgula, à toa (adjetivo ou advérbio), dia a dia (substantivo e advérbio), arco e flecha. Fique Atento! A) Algumas grafias consagradas são exceções à regra. Exemplos: água-de-colônia, arco-da-velha, pé-de-meia, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, à queima-roupa, ao deus-dará. 7. ENCADEAMENTOS DE PALAVRAS Os encadeamentos vocabulares levam hífen. Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!091 devemos usar o tratamento formal: Reverendíssima Bis- pa... D) ( ) “A jornalista fotografou detalhadamente a anta”, pode-se dizer que nessa frase todos os substantivos são uniformes. 27. Julgue como verdadeiras (V) ou falsas (F) os itens abaixo no que se refere ao uso dos substantivos. A) ( ) o herpes, o libido, o eczema e o champanha. B) ( ) a mascote, a gênese, a usucapião e a lança-perfu- me. C) ( ) os aldeães, os ermitães, os anciães e os vilães. D) ( ) “Petrúcio esqueceu o óculos e, portanto, não po- dia disfarçar a profunda olheira, sinal de noites inso- nes.” 28. Assinale a opção com flexão incorreta. A) cirurgiões-dentistas – pedras-imãs – porcos-espinhos. B) vacas-pretas – carros-fortes – cartas-brancas. C) puros-sangues – belas-artes – altos-fornos. D) laranjas-peras – cobra-cipós – cidade-satélites. 29. Assinale a opção com flexões feitas corretamente. A) duplo-cliques – quinta-colunas – primeiras-damas B) joão-de-barros – paus-d'águas – telefones-sem-fios C) piscas-piscas – empurras-empurras – tremes-tremes D) beijas-flor – pega-rapazes – chupa-meles 30. Assinale a opção em que só há uma flexão incorreta. A) os pingues-pongues – os vai-volta – os pseudos-márti- res; B) os bota-foras – os louva-a-deuses – as levas-e-traz; C) os cirurgiões-dentistas – as couves-flores – os puros- sangues; D) os guardas-marinha – os xeques-mates – as ave-mari- as. 31. Assinale a opção em que todos os plurais sofrem me- tafonia. A) moços – garotos – fofos B) bobos – lobos – tolos C) novos – ovos – tortos D) estojo – repolho – rosto 32. Assinale a opção em que a flexão em gênero não al- tera o significado da palavra. a) Em Brasília, morávamos num apartamento voltado para o nascente. b) Seus problemas estavam estreitamente relacionados ao cura. c) A capital havia modificado radicalmente seu compor- tamento. d) Saiu do teatro para interpretar um personagem já consagrado na televisão. 33. Assinale a opção em que a flexão em número não al- tera o significado da palavra. a) Filantropo é o indivíduo preocupado com o bem da humanidade. B) Aquilo era um problema grave para a nossa costa. C) O dia passava pachorrento e, com ele, a vida passava. D) Com capricho poderás melhorar a letra para que nin- guém mais reclame do que escreves. NUMERAL É a palavra que indica a quantidade de elementos ou sua ordem de sucessão. Dependendo do que o numeral indi- ca, ele pode ser: Cardinal: é o numeral que indica a quantidade de seres. Exemplos: quinze, dez, setecentos, quatro mil. Ordinal: é o numeral que indica a ordem de sucessão, a posição ocupada por um ser numa determinada série. Exemplos: primeiro, oitavo, septuagésimo. Multiplicativo: é o numeral que indica a multiplicação de seres. Exemplos: dobro, triplo, quádruplo, décuplo. Fracionário: é o numeral que indica divisão, fração. Exemplos: um meio, metade, um terço, três quintos. Emprego dos Numerais 01. Intercala-se a conjunção “e” entre as centenas e as dezenas, e entre as dezenas e as unidades, mas entre os números que formam centena-dezena-unidade, nada se coloca; nem vírgula, nem e, a não ser que seja centena ou dezena inteira. Exemplos: 562.983.665 = Quinhentos e sessenta e dois milhões nove- centos e oitenta e três mil seiscentos e sessenta e cinco. 42.002 = Quarenta e dois mil e dois. 42.020 = Quarenta e dois mil e vinte. 42.200 = Quarenta e dois mil e duzentos. 42.220 = Quarenta e dois mil duzentos e vinte. 02. Na designação de séculos, reis, papas, príncipes, im- peradores, capítulos, festas, feiras, etc., utilizam-se alga- rismos romanos. A leitura será por ordinal até X; a partir daí (XI, XII, ...), por cardinal. Se o numeral preceder o substantivo, sempre será lido como ordinal. Exemplos: XX Feira Agropecuária = Vigésima Feira Agropecuária. II Bienal Cultural = Segunda Bienal Cultural. Papa João Paulo II = Papa João Paulo segundo. Papa João XXIII = Papa João vinte e três. Fique Atento! Artigo 8 (Lê-se: artigo oito); Capítulo VIII (Lê-se: capítulo oitavo). 03. Os numerais ordinais acima de 1.999º têm duas leitu- ras possíveis: 2.000º = O dois milésimos ou O segundo milésimo. 89.428º = O oitenta e nove milésimos quadringentésimo vigésimo oitavo ou O octogésimo nono milésimo qua- dringentésimo vigésimo oitavo. 04. Zero, ambos e ambas também são numerais. A seguir, veja uma tabela dos tipos de numerais. Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!094 Tabela dos Numerais Algarismos Arábicos Algarismos Romanos Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários Coletivos 1 I um primeiro - - - - - - - - - 2 II dois segundo duplo ou dobro meio ou metade duo, dueto 3 III três terceiro triplo ou tríplice terço trio 4 IV quatro quarto quádruplo quarto quarteto 5 V cinco quinto quíntuplo quinto quinteto 6 VI seis sexto sêxtuplo sexto sexteto 7 VII sete sétimo sétuplo sétimo - - - 8 VIII oito oitavo óctuplo oitavo - - - 9 IX nove nono nônuplo nono novena 10 X dez décimo décuplo décimo dezena, década 11 XI onze décimo primeiro ou undécimo undécuplo onze avos - - - 12 XII doze décimo segundo ou duodécimo duodécuplo doze avos dúzia 13 XIII treze décimo terceiro - - - treze avos - - - 14 XIV quatorze ou catorze décimo quarto - - - quatorze avos - - - 15 XV quinze décimo quinto - - - quinze avos - - - 16 XVI dezesseis décimo sexto - - - dezesseis avos - - - 17 XVII dezessete décimo sétimo - - - dezessete avos - - - 18 XVIII dezoito décimo oitavo - - - dezoito avos - - - 19 XIX dezenove décimo nono - - - dezenove avos - - - 20 XX vinte vigésimo - - - vinte avos - - - 21 XXI vinte e um vigésimo primeiro - - - vinte e um avos - - - 30 XXX trinta trigésimo - - - trinta avos - - - 40 XL quarenta quadragésimo - - - quarenta avos - - - 50 L cinquenta quinquagésimo - - - cinqüenta avos - - - 60 LX sessenta sexagésimo - - - Sessenta avos - - - 70 LXX setenta septuagésimo - - - setenta avos - - - 80 LXXX oitenta octogésimo - - - oitenta avos - - - 90 XC noventa nonagésimo - - - noventa avos - - - 100 C cem centésimo cêntuplo cem avos centena, cento 200 CC duzentos ducentésimo - - - duzentos avos - - - 300 CCC trezentos tricentésimo ou trecentésimo - - - trezentos avos - - - 400 CD quatrocen- tos quadringentésimo - - - quatrocentos avos - - - 500 D quinhentos quingentésimo - - - quinhentos avos - - - 600 DC seiscentos seiscentésimo ou sexcentésimo - - - seiscentos avos - - - 700 DCC setecentos Setingentésimo ou septingentésimo - - - setecentos avos - - - 800 DCCC oitocentos octingentésimo - - - oitocentos avos - - - 900 CM novecentos nongentésimo ou noningentésimo - - - novecentos avos - - - 1000 M mil milésimo - - - mil avos milhar 10 000 X dez mil dez milésimos - - - dez mil avos - - - 100 000 C cem mil cem milésimos - - - cem mil avos - - - 1 000 000 M um milhão milionésimo - - - milionésimo - - - Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!095 EXERCÍCIOS – BLOCO 02 01. Assinale a alternativa em que meio não funciona como numeral. A) Só quero meio quilo. B) Achei-o meio triste. C) Assisti a meio tempo do jogo de ontem. D) Parou no meio da rua. E) Comprou um metro e meio de fita. 02. Assinale o que estiver correto. A) O Iluminismo foi um movimento intelectual do século XVIII. B) O algarismo romano da frase anterior se lê “dezoito.”. C) Duodécuplo significa doze vezes; décimo, dez vezes. D) Ambos os homens forem ignorados. E) Quadragésimo, quarentena, quadragésima, quaresma são palavras que se referem a um mesmo numeral. 03. Assinale a alternativa incorreta. A) 874º - octingentésimo septuagésimo quarto. B) 398º - trecentésimo nonagésimo oitavo. C) 486º - quadringentésimo octogésimo sexto. D) 2015º – dois milésimos décimo quinto. E) 3008º – terceiro milésimo e oito. 04. Ele obteve o ... (123º) lugar. A) centésimo vigésimo terceiro. B) centésimo trigésimo terceiro. C) cento e vinte trigésimo. D) cento e vigésimo terceiro. 05. Assinale o caso em que não haja expressão numérica de sentido indefinido. A) Ele é o duodécimo colocado. B) Quer que veja este filme pela milésima vez? C) “Na guerra os meus dedos disparam mil mortes.” D) “A vida tem uma só entrada; a saída é por cem por- tas.” 06. Associe o sentido ao respectivo numeral coletivo. 1. período de seis anos ( ) dístico 2. período de cinco anos ( ) decúria 3. estrofe de dois versos ( ) sexênio 4. período de cem anos ( ) centúria 5. agrupamento de dez coisas ( ) lustro 07. Triplo e tríplice são numerais: A) ordinal o primeiro e multiplicativo o segundo. B) ambos ordinais. C) ambos cardinais. D) ambos multiplicativos. E) multiplicativo o primeiro e ordinal o segundo 08. Sabendo-se que os numerais podem ser cardinais, ordinais, multiplicativos e fracionários, podemos dar os seguintes exemplos: A) uma (cardinal), primeiro (ordinal), leão onze (multi- plicativo) e meio (fracionário). B) um (cardinal), milésimo (ordinal), undécuplo (multi- plicativo) e meio (fracionário). C) um (ordinal), primeiro (cardinal), leão onze (multipli- cativo) e meio (fracionário). D) um (ordinal), primeiro (cardinal), cêntuplo (multipli- cativo) e centésimo (fracionário), E) um (cardinal), primeiro (ordinal), duplo (multiplicati- vo), não existindo numeral denominado fracionário. 09. Assinale o item em que não é correto ler o numeral como vem indicado entre parênteses. A) Pode-se dizer que no século IX (nono) o português já existia como língua falada. ( ) B) Pigmalião reside na casa 22 (vinte e duas) do antigo Beco do Saco do Alferes, em Aparecida. ( ) C) Abram o livro, por favor, na página 201 (duzentos e um). ( ) D) O que procuras está no art. 10 (dez) do código que tens aí à mão.( ) E) O Papa Pio X (décimo), cuja morte teria sido apressada com o advento da Primeira Guerra Mundial, foi canonizado em 1954. Leia o texto abaixo para responder as questões de 10 a 12. Número de Pecados Três homens chegam às Portas do Ceú, e São Pedro pergunta ao primeiro: — Quantos pecados você cometeu? — Seis. — Então, dê seis voltas no céu, sendo metade delas de joelho. Pergunta ao segundo: — E você? Quantos pecados cometeu? — O dobro — Dê doze voltas no céu, sendo metade delas de joelho. O terceiro homem começa a se afastar e São Pedro pergunta: — Aonde que pensa que vai? — Vou à Terra buscar a minha bicicleta e uma joelheira. 10. O texto é: A) um conto. C) uma história. B) uma crônica. D) uma piada. 11. De acordo com esse texto, os numerais que representam os pecados cometidos são: A) Três e primeiro. D) terceiro e doze. B) Seis e dobro. E) primeiro e terceiro. C) Doze e metade. 12. Quais numerais representam o castigo do primeiro homem? A) seis e dobro. D) Seis e metade. B) doze e metade. E) seis e doze. C) doze e dobro. 13. Neste mês, todos os produtos da loja em promoção: “leve o dobro pela metade do preço”. Nesta frase, os numerais destacados são: A) Cardinal e ordinal. B) Ordinal e multiplicativo. C) Multiplicativo e fracionário. D) Fracionário e ordinal. Material Poia Cursos Língua Portuguesa Preparação IFAL 2017/2018 Acesse o nosso site: http://www.poia.com.br Poia Cursos: Conhecimento pra você mudar o mundo!096
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