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RESISTÊNCIA
DOS MATERIAIS
3º Edição
Ferdinand P. Beer
Lehigh University
E. Russell Johnston, dr.
University of Connecticut
Com a colaboração de
John T. Dewoll
University of Connecticut
-a
Tradução e Revisão Técnica
Celso Pinto Morais Pereira
Professor de Engenharia Mecânica da LRNESP
Universidade Puulistr “Judia Mesquita Filho"
Camprs de Guaratingueiá
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São Paulo
Brasil Argentina Colômbia Costa Rica Chile Espanha
Guatemala México Pery Porto Rico Venezuela
Do original: Mechanics af Materials
1982, 1987 by MoGraw-Hi, inc.
(9 1896, Pearson Education do Brasil
(9 1989, 1982 Editora MoGrawHIl do Brasi Lira
Tocos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou
transrailida de qualquer modo ou por qualquer autro meia, elatrânico ou mecânico, inclulndo
fotocópia, gravação ou qualquer autra lipo de sistema de armazenamento e transmissão da
informação, sem prévia autorização, par escrito, cia Pasrson Education do Brasil.
Prodistora Edftorial; Mônica Franca Jecintho
Produtor Gráfica: José Rodrigues
Capa: layout: Douglas Lucas
Editoração o fatofitos em ae resolução: JAG
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Chiara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Beer, Ferdinand Pisme, 1815
Resistência dos materials / Ferdinand P. Beer, E. Russell Johnston,
vt. itradução 8 revisão técnica Celso Pinto Marais Pereira. - 32 99), -
São Paulo : Pearsan Makron Bonks, 1995.
1. Resistência dos materiais. Johnstan, Eluoad Russel, 1925+1 Tuta.
s52801 CDD420.112
Índices para catátogo sistamético:
1. Materials : Resistência : Engenhara 620.112
2. Resistência dos materiais : Engenharia 62,112
Biblioteca Central
Resistência dos materiais.
Ae. 248361 - R. 785751 Ex. 3
Campra- CA TM.
NÉ: 34919 R$91,90 - 23/01/2009
Engenharia Mecatrônica (Cantrole é
Junho 2008
Diraitos exclusivos para a Kngua portuguesa cedidos à
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Uma empresa do grupo Pearson Education
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Tel: (11) 21766686 Fax: (11) 2178-268
e-mail: vandastBpearsoned.com
/
Prefácio .........i serra
Capítulo 1 Introdução - Conceito de Tensão
1
11 Introdução... 1
12 Forçase Tensões . z
13 Forças Axinis; Tensões Normais . 6
14 Tensões do Cisalhamento ..... 10
15 Tensões de Esmagamento ............. 13
L6 Aplicações na Análise da Estruturas Simples .... 14
Problema Resolvido 1.1 .........e iii 18
a Problemas ........ciiiss 20
17 Tensões em um Plano Oblíquo ao Bixo ... ci... 28
18 Tensões Para um Caso de Carregamento Qualqu
Componente de Tensões . a
1.9 — Tensões Admissíveis e Tensões Últimas; Coeficiente
de Segurança . Eid
Probloma Resolvido 1.2 .. 4
Problema Resolvido 1.3 ........... 44
Problemas .. 46
Revisão e Sumário ........... iii se
Problemas do Revisão ...cececcciesessssicirrrreess 57
Capítulo? Tensão e Deformação - Carregamento Axial .. e
2.1 Introdução... e
2:2 Deformação Específica Normal Sob Carregamento Axial .... 65
v
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X Resistência dos Matoriais
Capitulo 7
Problema Resolvido 6.1.
Problemas .
Círculo de Mohr para o Estado Pleno de Tensães .
84
Problema Resolvido 6.2 sa
Problema Resolvido 6.3 e23
Problemas .....cccceiio a a2s
65 — Estado Mais Geral de Tensões . ese
66 Aplização do Círculo de Mohr à Análise
Tridimensional de Tensões .... 630
*6.7 Critérios de Ruptura para Materinis Dáteis em
Estado Plano de Tençães .
*6.8 Critérios de Ruptura para Materigis Frágeis em
Estado Plano de Tensões ......cmstereiirieris 6ag
Problema Resolvido 6,4 asa
Problemas... . 646
6.9 Tensões em Vasos de Pressão de Paredes Finas . 851
Problema Resolvido 6.5
Problemas .
76.10 Transformações no Estedo Plano de Deformações
Específicas ess
*8.11 Circulo de Mohr para Estado Plano de Deformações ... ces
*8.12 Análiso Tridimensional das Deformações Específicas ...... Bra
818 Medidas das Defermações Espunica, Rosstas de
Deformação ..
Problema Regolvido 6.6 .......iiiiiicttiioo 681
Problema Resolvido 6.7... ess
Problemas ....
Revisão e Sumário . eoz
Problemas de Revisão .......iiiiiesiceiiiiiis az
Projeto de Vigas e Eixos de Transmissão... 107
1 Introdução 709
72 Conisideragões Básicas para o Projeto de Vigas Peismáticas .. 708
7.3 Diagramas de Momento Fletor e Força Cortante . us
Problema Resolvido 7.1 716
Problema Resolvido 7.2 ae
Problemas .......iciiiiiiiiiii . FZ
Capítulo 8
Sumário x
74 Relações entre Carregamento, Força Cortantee
Momento Fletor ,.....
Problema Resolvido 7.3. ................
Problema Resolvido 7.8 .....ccicicisiiiiiiiiiii v33
Problema Resolvido 7.6 ......ccesisssssiiiiiio 85
Problema Resolvido 7.8 .......iiiiiiiiiie ss 737
Problemas... series 738
*7.5 Utilização das Funções Singulares para Determinar a
Forga Cortante e o Momento Fletor em uma Viga .......... 742
Problema Resolvido 7.7 .......cuetasecesesieeeeiios 751
Problema Resolvido 7.8 .......iiciceteesniir 758
Problemas 755
7.6 Tensões Principais em uma Viga .....cicrciiiiiis 758
7.7 Projeto de Vigas Prismáticas 762
Problema Resolvido 7.9 767
Problema Resolvido 7.10"... 70
Problema Resolvido 7.11 ..... E
Problemas ria
*TB Vigas de Igual Resistência ........iiciiiii irem . 82
*7.9 Dimensionamento de Eixos de Transmissão .............. 785
*7.10 Tensões sob Pontos de Aplicação de Carregamento ......... 788
Problema Resolvido 7.12.........iiiiiiiititreee 783
Problemas ...... 795
Revisão e Sumário . 804
Problemas de Revisão .......sisiiianianesisicesserieros Bro
Deflexão das Vigas por Integração ......icssiiiiiio at5
81 Introdução............
82 Deformação de uma Viga Sujeita a Carregamento
Trangversal.......
8.3 . “Equação da Linha Elástica...
*B4 Determinação da Linha Elástica Diretamente a
Partir do Carregamento Distribuído .......... 29
85" Vigas Estaticamente Indeterminadas ......... ass
Problema Resolvido 8.1........ciiis cistina 836
Problema Resolvido 82 ........ccciiiitiie rios ses
x Resistência dos Materiais
Capítulo $
Problema Resolvido 8.3 . sa
Problemas ......,. aaa
*86 Utilização das Funções Singulares 852
Problema Resolvido 8.4 .......... : - 857
Problema Resolvido B.5 ..... 859
Problema Resalvido 8.6
Problemas .....
BT Método de Superposição ....iiiiiiiiiriero E
85 Aplicação da Superposição às Vigas Estaticamente
Indeterminadas .....oicirrerecrreeerrirtitro ar4
Problema Resolvido 8.8 .... iii iiisiernaiiss 89
Problema Resolvido 8.9 . EA
Problemas ... E
Revisão e Sumário E
Problemas de Revisão ... E
Deflexão das Vigas pelo Método dos Momentos de Área ....... 800
*91 Introdução...
*9.2 Teoremas Relativos às Áreas do Diagrama de Momentos .... 901
*9,3 Aplicação a Vigas em Balanço oo Vigus com
Carregamento Simétrigo,.
“9.4 Superposição dos Diagramas de Momentos Rletores . 909
Problema Resolvido 9.1
Problema Resolvido 8.2
Problemas
"95
“96
Problema Resolvido 94... 938
Problemas
*9.7 Vigas Esteticamente Indetêrminadas sas
Problema Resolvido 9.5 E
Problema Resolvido 9.6 .. 953
Problema Resolvido 9.7... 255
Problemas
Capítulo 10
Sumário x
Revisão e Sumário .
Problemas de Revisão
Métodos da Energia
10.1 Introdução . .
10.2 Trabalho de Dofscenação,
10.3 Trabalho de Deformação Específico... 978
10.4 Trabalho de Deformação Elástica para Tensões Normais .... 981
10.5 Trabalho de Deformação Elástica para Tensões
de Cisalhamento age
*10.6 Trabalho de Deformação para o Caso Geral de Tensões ...... ss0
Problema Resolvido 10.1
Problema Resolvido 10.2
Problemas .......
10.7 Carregamento Produzido por Impacto .
10.8 Dimensionamento para Carregamento Provocedo
por Impacto ........ cereais 1015
10.9 Trabalho de Deformação Produzido por uma Única
Forga Aplicada... ires rereieereioo 1017
10.10 Determinação da Deformação D Devida a uma Única :
Carga Aplicada Usando Trabalho de Deformação ........... 1021
Problema Resolvido 10.8 .......iiiiiiiio 1025
Problema Resolvido 10.4... 1027
Problemas ...... sites 1928
*10.1L Trabalho de Deformação para o Caso de Grande
Número de Cargas Aplicadas .........isertisrroo 1037
*10,12 Teorema de Castigliano
- 1041
*10.13 Detarminação de Deflexões pelo Teorema de
Castigliano ... 1042
*10.14 Estruturas Estoticamente Indeterminadas ........... 1049
Problema Resolvido 10,8 ....,iicicc cisternas 1052
Problema Resolvido 10.6 ........icicsiiiiiiirii 1055
Problema Resolvido 10.7... 1057
Problemas .......i isca 1060
Revisão e Sumário ........iiireisissiiiriria 1067
Problemas de Revisão ..........iiiierriris 1073
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19000
XIV Resistência dos Materiais
Capítulo L1
Apêndice A
Apóndico E
Apêndice €
Flambagem de Colunas ............ . 1078
111 Introdução... . 1078
11.2 Estabilidade das Estruturas ....... . 1079
1.3 Fórmula de Enter para Colunas com Extremidades
Articuladas ....cccceccesceresecenecnias eee 1082
114 Fórmula de Euler Para Colunas com Outras
Condições da Extremidade ......... . 1088
Problema Resolvido 1L1........... . 1094
Problemas . . 1096
*11.5 Carga Excêntrica: a Fórmula da Secante ............ - 008
Problema Resolvido 11.2 ........... us
Problemas ............ . 1116
11.6 Projeto de Colunas Submetidas a Carregamento Centrado ... 1120
Problema Resolvido 11,3 - 1130
Problema Resolvido 11.4 - 1133
Problomas ........ - as
11.7 Projeto de Colunas Submetidas a Carregamento Excêntrico . Lldá
Problema Resolvido 11.5 . 1148
Problema Resolvido 11.6 .......... . 1149
Problema Resolvido 11.7 ..........ccic cistos tono - 1150
Problemas .......... . 1858
Revisão e Sumário . 1161
Problemas de Revisão ......icciiiiseseeeeeessos 1165
Centróides e Momentos de Inércia ..... < UM0
A. Momento Estático de uma Área; Centróide de uma Área .... 1170
A2 Determinação do Momento Estático e do Centróide de
uma área Composta ....cccccseseseseeeeeeeeseencaneroa 1175
AB Momento de Inércia de uma Área; Raio de Giração ......... 2180
A4 Teorema dos Eixos Pogalelos ...i.... ic iii iiisiiiiito 1185
AS — Determinação do Momento de Inércia de uma
Área Composta ..c..crecesrrericerrereeranariaieararro 186
Propriedades dos Materiais mais Usados em Engenharia ..... 1189
Propriedades dos Perfis de Aga Laminado ..........ceceeio 1191
Sumário xr
ApêndiceD Deformação das Vigas .......iiccciiiiissiiscsceteeeess 1198
Apêndice E Principais Unidades SI Usadas na Mecânica ................. 1200
ApêndiceF | Centróides de Figuras Planas e Linhas .... 1201
Apêndice G Momentos de Inércia de Figuras Planas . 1208
ApêndiceH | Unidades Usuais Inglesas e Equivalentes no :
Sistema Internacional (SD ......ccceseecesescercerrseeneee 1204
Respostas nos Principais Problemas ............iicccicsiiciseeetes 1206
Índice Analítico ............. eeciecenee nana raia ienanas ceara caneceneeraes 1245
XK Resistência dos Materiais
intenção de mostrar algumas aplicações da teoria, na solução dos problemas de
engenharia, e estes foram colocados da mesma forma como os alunos devem sistema.
tizar a solução dos problemas propostos. A maioria dos problemas são de natureza
prática é devera motivar os estudantes, Eles são formulados, principalmente, para
ilustrar 05 assuntos apresentados no texto e auxiliar os estudantes a um melhor
entendimento dos princípios usados na Mecânica dos Materiais. Os problemas foram
agrupados de acordo com o assunto que ilustram e colocados numa ordem crescente
de dificuldade. Os problemas que requerem aspecial atenção estão assinalados com
um asterisco.
Aintrodução, ho currículo de engenharia, do conhecimento sobre programação
computecional e a crescente disponibilidade de computadores pessoais ou terminais
de rede na maioria dos campus fazem com que seja possível atualmente os estudantes
de engenharia resolverem um grande número de desafiadores problemas. Nesta nova
edição de Resistência dos Materiais, um grupo de quatro ou mais problemas foram
projetados para seram resolvidos com o auxílio deum computador e foram adicionados
aos problemas de revisão propostos no final de cada capítulo. O desenvolvimento de
um programa necessário para resolver um dado problema levará os estudantes a dois
diferentes propósitos: (1) ajudará a terem um melhor entendimento dos princípios
mecânicos envalvidos; (2) fornecerá a eles uma oportunidade em aplicar, com habili-
dade, o seu curso de programação computacional na solução de problemas reais de
engenharia.
Finalmente, os antores desejam externar sua gratidão pelos comentários e
sugestões oferecidos pelos usuários da primeira edição deste livro. Especiais agrade-
cimentos são dados ao Professor Leon Y. Baar, da Drexel University e ao Professor
Paul C. Paris, da Washington University.
Ferdinand P. Beer
E. Russell Johnston Jr.
Capítulo 1
INTRODUÇÃO —
CONCEITO DE TENSÃO
1.1 INTRODUÇÃO
O principal objetivo do estudo da mecânica dos materiais é proporeionar ao Enge-
nheiro os meios que o habilitem para a análise e projeto de várias astruturas de
máquinas, sujeitas n diferentes carregamentos.
A análise e o projeto de uma dada estrutura implica a determinação das
tensões a deformações. Neste primeiro capítulo será desenvolvido o conceito de tensão.
Após uma pequena introdução (Sec. 1.2), enfatizando a diferença entre forças
e tensões, iremos considerar aucessivamente as tensões normais em membros sujeitos
A carregamento axial (Sec. 1.3), as tensões de cisalhamento causadas pela aplicação
de forças iguais e opostas (See. 1.4), e as tensões de esmagamento provocadas pelos
parsfusos, pinos e rebites, sobre as barras por estes conectadas (Sec. 1.5). Estes várias
conceitos são aplicados na Sec. 16, ng análise de uma estrutura simples, consistindo
em barras sujeitas a cargas axiais e ligadas por pinos.
Na Seo. 1.7, onde uma barra está submetida « uma carga axis), iremos
encontrar tensão normel é tensão de cisalhamento, ambas atuando sobre um plano
oblíquo, enquanto que, na See. 1.8, veremos que seis componentes de tensão são
necessárias para descrever 0 estado de tensão em um ponto em um corpo, sujeito a
condição mais geral de carregamento.
Finalmente, nés iremos discutir na Sec. 1.9 os procedimentos de feates para
a detarminação da tensão última para um dado material e o uso do fitor de segurança
no cálculo da cerga admissível, para um componente estrutural feito deste material.
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2 Resistência dos Materiais Cop. !
1.2 FORÇAS E TENSÕES
Considerando a estrutura da Fig. 1.1, que consiste em barras AB e BC, nos propomos
a verificar se essa estrutura pode suporiar com segurança a carga de 30 kN, aplicada
no ponto B.
[DD 211D"e—
30 kN Fu À 8 Fa
Fig Fig. 1.2
Do nosso conhecimento de estática, deduzimos que as barras AB e BC estão
sob a ação de duas forças iguais e de sentido contrário, atuando na direção do cixo da
barra, aplicadas em cada uma de suas extremidades: Ep é Psy de módulo Fay, é Fc
& Fo de módulo Fpç (Fig. 1.2). Desenhando o diagrama de corpo livre do pino B, é
compondo as forças atuantes no polígono de forças da Fig. 1.3, podemos escrever, da
semelhança de triângulos:
4m êm
Obtém-se então
Esp = 40 kN Fac = 50 kN
Fm q
“ok ai
4 4
8 A
Fe Fo
30kN
te) o
Fig. 1.3
Cap.! introdução - Conceito de tensão 3
Cortando a barra BC, por uma seção transversal, em um ponto arbitrário D,
obtemos duas partes BC e CD (Fig. 1.4). Para que estas duas partes permaneçam em
equilíbrio, é necessário aplicar a cada uma deles uma força de 50 KN no panto D.
Concluímos também que BC está sob efeito de tração. Da mesma maneira, podemos
ver que a força na barra AB é de 40 kN, e que essa barra está sob efeito de compressão.
Flg.14
Os resultados obtidos representam o primeiro passo na análise da estrutura,
mas não nos levam à conclusão de que « carga pode ser suportada com segurança. O
fato de a barra BC, por exemplo, suportar a força interna que lhe é aplicada, ou se
quebrar sob a ação dessa força, não depende só do valor encontrado para o esforço
interno, mas também da área da seção transversal da barra e do material com que ela
foi construída. Na verdade a força interna Fgo realmente representa a resultante de
forças elementares que se encontram distribuídas em toda a área da seção transversal
da barra BC (Fig. 1.5).
Foo guto
Fig. 15
A intensidade dessas forças distribuídas é igual à força por unidade de área
Fal, na seção transversal. O fato de a barra BC se quebrar ou não sob a ação da
força For depende, então, da capacidade do material resistir à intensidade das forças
distribuídas. Em suma, a ruptura da barra depende da força Fyp, da área da seção
transversal e das caracteristicas do material que a constitui.
4 Resistência dos Materiais Cop. 1
4 farça por unidade de área ou a intensidade das forças distri
A sas distribuídas numa
certa soção transversal é chamada tensão atuante, nessa seção, e é indieada pela letra
grega o (sigma). À tensão em uma barra de seção transversal À, sujeita a uma força
axial P (Fig. 1.6), é então obtida dividindo-se q módulo P da força pela área A:
(1
a,
ty
Fig. tea
-. Para indicar a tensão de tração (barras tracionadas) será usado o sinal
positivo. O sinal negativo indicará tensão de compressão (barras comprimidas).
No Sistema Internacional, P é expresca em newtons (N), 4 em metros qua-
drados (1m?). À tensão o será expressa em Nyim?, unidade que é denominada pascal
(Pa), Para no prático, no entanto, a pascal se revela uma medida muito pequena (as
grandezas expraas em patul iornamesa moro auuio grandes). Usam-so, então
múltiplos dessa unidade, que são o quilopascai (kPa), o megapascal (MPa) e é
Eigapascal (GPa). . Fepasa (MES) é 9
1 kPa = 10º Pa « 102 Nim?
1 MPa = 108 Pa = 108 Nim?
1 GPa = 10 Pa « 10º Njmi
Cap. 1 Introdução — Conceito de tensão 5
Quando se usam unidades inglesas, P é expressa em libras (lb) ou quilolibras
(hip), ea área da seção transversal se expressa em polegadas quadradas (in2). A tensão
q será expressa em libras por polegada quadrada (psi) ou quilolibras por polegada
quadrada (ksi)!,
Voltando ao estudo da barra BC, vamos imaginar que é constiluída de aço e
possui um diâmetro de 20 mm. Temos então:
Pon Fu = +50 kN = +50» 108N
Amando nf = m(10 x 10-2m)? = 814 x 10-Sra?
20 mm
Z
E 450 x MEN
=" Blá x ID-Omê + 159 x 108Pa = + 159 MPa
O valor de q, obtido acima, deve ser comparado com o máximo valor de tensão
que pode ser aplicado cam segurança ao aço. Dessa comparação se deduzirá se a barra
BC pode ser usada para suportar e carga de 30 KN. Através de tabelas de propriedades
de materiais, descobrimos que a tensão máxima admissível para o aço utilizado é
Guam = 185 MPs. Como o valor da tensão calculado é menor que Onám concluímos que
a barra BC pode suportar com segurança a carga aplicada. Para completar a análise
da estrutura, devem ser estudadas ainda a tensão de compressão na barra AB e as
tensões provocadas nos pinos e nos suportes da estrutura, o que será feito mais adiante
neste capítulo. Finalmente, devemos verificar se as deformações que ocorrem nas
barras, pela ação do carregamento, são aceitéveis. O estudo das deformações provo-
cadas por forças axiais é assunto do Capítulo 2.
As funções do engenheiro não se limitam à análise de estruturas ou máquinas
já existentes, que devem suportar determinados carregamentos; de maior importância
é o projeto de novas máquinas e estruturas, quer dizer, a escolha dos componentes
estruturais adequados para as solivitações que se prevéem. Vamos, por exemplo,
imaginar que na estrutura da Fig. 1.1, a barra BC devs ser de alumínio. Qual deve
ser o diâmetro da barra, para suportar com segurança a carga aplicada?
Primeiramente, voltando à tabela de propriedades dos materiais, encon-
tramos, para o alumínio a ser usado, o valor da tensão admissível igual a
Guam = 100 MPa. Sabemos que a força né barra é P = Fyç = + 5OEN, pois não houve
mudança de carregamento.
1 Asprincipais unidades do Sistema Internacional é da Sistema Ínglês encontrara-se no Apêndice H.
ES Co Cs €
3 E
E é
10400
Er
1090998
ão
—
DON9909T0
3a
29
99090
F
Do
Dc
15990
1 Resistência dos Materiais Cop. 1
Este tipo da carregamento é chamada de carga centrada e será adotado como
carregamento atuante em todas 45 barras de eixo reto das treliças e estruturas
reticuladas (estruturas cujas barras são conectadas por pinos), como aquela da Fig.
LI. No entanto, se uma barra é carregada axialmente, mas excentricamente, como
mostra a Fig. 1.1Ia, as condições de equilíbrio de uma parte da barra (Fig. 1.115) nos
levam a concluir que as forças internas em uma certa seção transversal devem ser
equivalentes à força P aplicada no centróide dessa seção, e um conjugado M, de intenai-
dade dada pelo momento M = Pd. A distribuição de tensões, então, não pode ser
uniforme, ou simétrica, como na Fig. 1.8, O Capítulo 4 discute esse casa com detalhes.
Fig. 111
1.4 TENSÕES DE CISALHAMENTO
As forças internas e correspondentes tensões, que foram discutidas nas seções 1.1 e
1.2, eram normais à seção transversal. Quando duas forças P e P' são aplicadas a uma
barra B, na direção transversal à barra, ocorre um tipo de tensão muito diferente
(Fig. 1.19). -
Cap. 1 Introdução - Conceito de tensão H
p
Fig. 1:12
Se passarmos uma seção transversal pelo ponto €, entre os pontos de aplicação
das forças (Fig. 1.130), podemos desenhar 0 diagrama da parte AC (Fig. 1.135), e
coneluirmos que devem existir forças internas na seção transversal, e que sua resul.
tante deve igualar a P. Essa resultante, de intensidade P, é chamada força cortante
na seção. Ao dividirmos a força constante P pela área da seção transversal À, obtemos
a tensão média de cisalhamento na seção, À tensão de cisalhamento é indicada com a
letra grega x (tau). Podemos escrever então:
méd = Ê (1,4)
p
A e 8
p
- ea
A e
|
«pr
%
Fig. 1.13
Devemos frisar bem que o valor obtido na Fórmuia 1.4 é um valor médio das
tensães de cisalhamento. E, contrariamente ao que dissemos para as tensões normais,
a distribuição de tensões de cisalhamento na seção transversal não pode ser assumida
12 Fesistência dos Materiais Cop. 1
como uniforme. Como se verá no Capítula 5, o valor real da tensão de cisalhamento
varia da superfície para o interior da peça, onde pode atingir valores hem superiores
A Tmég:
A tensão de cisalhamento acorre comumente em parafusos, rebites e pinos que
ligam as diversas partes das máquinas e estruturas. Consideremos (Fig. 1.14) as duas
shapas À e E, ligadas pelo rebite CD, Ao aplicarmos às chapas as forças de tração de
intensidade *, aparecerão tensões na seção do rebite que corresponde 20 plano EE.
Desenhando os diagramas do rebite e da parta deste que fica acima do pleno RE'(Eigs.
1.164 e b) concluímos que a força cortante P na seção é igual a E. A tensão de
cisalhamento média na seção é obtida dividindo-se P « F pela área da seção transver.
sal A, de acordo com Fórmula 1.4:
PF
toa EE (15)
c e e
LES.
dn Es" +—
F D
D
fa o
Fig. 114 Fig. 1.15
Nas condições descritas, dizemos que 0 rebite está-euieito a cisalhamento
simples Podem surgir outras situações de carregamento. Por exemplo, se as chapas
de ligação C e D são usadas para conectar as chapas A e B (Fig. 1.18), o rebite H
Poderá ser cortado nos planos KK' e LL" (do mesmo modo essa sihiação ocorre para o
rebito EG). Nesse caso, os rebites se dizem sujeitos a cisalhamento duplo.
E
e K [iTe
8 I
Téo
é
Fig. 1.16
Para determinarmos « tensão média da cisalhamento em cada plano, dese-
Rhamos os diagramas do rebite Hu e da porção entre os planos He LL' (Pig. 1.17) À
força cortante P em cada uma das seções é P = F/2, e a tansão média de cisalhamento
vale: :
Cap. 1 Introdução - Conceito de tensão 13
PF
mea EA (16)
. =p
F=-»[]
í —— p
to)
Fig. 1.17
1.5 TENSÕES DE ESMAGAMENTO
Os parafusos, pinos e rebites provocam tensões de esmagamento nas barras que estão
ligando, ao longo da superfície de contato. Tomemos como exemplo, novemente, as
chapas 4 e £ ligadas pelo rebite CD discutidas na seção anterior (Fig. 1.14). O rehita
exerce na placa À uma força P igual e de sentido contrário à força E, aplicada sobre o
rebite pela placa (Fig. 1.18). A força P representa a resultante das forças elementares
que se distribuem so longo da superífeie interna do semicilindro de diâmetro d e
comprimento igual à capeasura da chapa. A distribuição das tensões ao longa dessa
superfície cilindrica é de difícil obtenção e, na prática, se utiliza um valor nominal
médio para a tensão. A esse valor nominal dá-se o nome de tensão de esmegamento
ap Obtém-se o dividindo-se a força P pela área do retângulo que representa a
projeção do rebite sobre a seção da chapa (Fig. 1.19), Essa área é igual a £-d, onde é
é a espessura da chapa, e d é o diâmetro do rebite.
Fig. 148 Fig. 119
(5 €
o
DEC
GU
cm
3 4
Eeuene
TE
soga
E
a
€
a
TOO
E
>
20
II REFOAO
14 Resistência dos Materiais Cop. 1
Temos:
Pp? 7)
Aid
1.6 APLICAÇÕES NA ANÁLISE DE
ESTRUTURAS SIMPLES
Estamos agora em condições de determinar as tensães nos membros e ligações de
algumas estruturas simples bidimensionais.
«) Determinação das tensões normais nas barras com força axial: O
Primeiro passo consiste na determinação da força em cada uma das barras. No caso
da estrutura estudada na Ser. 1.1, isto pode ser feito pelas considerações de equilíbrio
le apenas um pano, ou nó. Em problemas mais complexos, é necessário considerar,
inicialmente, o diagrama de corpo livre da estrutura toda, determinando as reações
nos apoios através das três equações de equilíbrio para um corpo rígida,
2F,-0 28-00 2M,-0 (18)
onde À é um ponto qualquer de plano que contém: a estrutura, As forças atuantes nas
barras podem então ser determinadas, anelisendo-se as condições de equilíbrio de
seda néº. Em alguns casos, pode ser vantajoso desenhar o diagrama de corpo livre de
uma parte da estrutura, estudando as equações de equilíbrio (1.8) para essa partef,
Se as barras da estrutura estiverem sob ação de várias forças, as equações (1 8) podem
ser desenvolvidas para cada barras.
Como vimos na Sec. 1.1, pare uma barra sujeita à ação deuma força contrada,
à tensão normal q pode ser obtide de quociente entre a força P e a área da seção
iransversal da barra. Quando e seção transversal é variável aa longo da barra, a maior
tensão ocorre na seção transversal de menor área.
Tomando como exemplo a estrutura da Fig. 1.1, vamos especificar que a barra
tircular BC, de 20 mm de diâmetro, tem extremidades achatadas com seção transver.
sel retangular de 20 por 40 mm (Fiz. 1.20), Especifiquemos, também para a barra
AB, uma seção transversel retangular, constento ao longo da barre, de 80 tim por
4
3 Ver Beor e Johnston, Mecânica Vetorial mare. Engenheiros, cit, Secs, 4,1 a 44 e 8.4, ou Mecânico para
Engenheiros, cit, Secs, 3.120 3.1496.4. E
$ o finda, Beer 6 Johusion, Mecânica Vitorinl para Engenheiros, cit, Sec. 6.7, ou Mesônica para
Engenheiros, cit, Sec, 6.8.
PM. Ber é dobuston, Mecánica Vitorial para Engenheiros, ct, Sees, 69, a 6.11 ou Mecênica para
Engenheiros, cit, Seca. 6.10 06.12,
Cap. 1 Introdução - Conceito de tensão 15
emidade B, a barra AB divide-se em duas partes, permitindo o encaixe
de ara BC, a duas barras e gar em 5, por intarmGdto du pino de onda isa
suspensa « carga de 30 kN. No ponto À, tm pino liga a barra AB ao apoio, que consiste
em um encaixe entre duas chapas. No panto €, um pino liga a barra BC 8o apoio, que
consiste em uma placa única. Ôs pinos têm 25 mm de diâmetro (Fig. 1,20).
Como caleulamos na Sec. 1.1, a força atuante na barra BC é Fyç = 50kN, ca
área de sua seção transversal € A « 814 x 10-8mê; a tensão normal média corres-
pondente é ogç = + 159 MPa.
No entanto, as extramidades achatadas da barra também estão sob tensão.
Se tomarmos a menor seção transversal, no ponto onde a barra é furada para à
passagem do pino, temos:
A = (20 mm)(40 mm — 25mm) = 300 x 10-8m?
O valor médio da tensão nesse ponto é:
PP. 50x MEN
Sac = q = 300 x 10fmê
- 187MPa
: sm ==
E a [vista auxiuaa DA pasaa ss
d-25mm
Fig. 1.20
20 Resistência dos Materiais Cap
Fac
Al
TOCA “Tax x 10-9mp * L2MPa
5) Tensão de cisalhamento no pino €: O pino está sujeito a cisalhamento
duplo, Podemos escrever:
VêFsc 1628N x 10-5 “4
WA - Var x 10dmp * 57,6MPa
£) Tensão normal máxima na baste ABC: No ponto À, a haste tera menor
área de seção transversal, devido ao furo para passagem do pino de 9 mm. Nesse ponto
temos a haste com altura de (82 - 9) = 23 mm, e:
a, = FS 3256N x 106 “4
TA es nras iam
A "(9% 10-Im2s x 102m " 187MPa
4) Tensão de cisalhamento média no ponto B: As duas faces da parte
superior da haste estão coladas à parte inferior. Assim, à força de corte em cada face
$F4= 325 N/2. = 1628N. A tensão de cisalhamento média em cada face 6:
F 1628N x 10-8 4
"BOA" 102mas x 10dm) * hISMPa
£) Tensão de esmagamento da haste no ponto C: Para cada parte da
haste, Fi = 1628N, e a área nominal para esmagamento é (6 mam) (6 mm) = 36 mê,
F, 1628N x 10-5 4
Tc as 36 x 10-0mE — 45,28 MPa
PROBLEMAS
11e 3 Duas barras cilíndricas maciças são soldadas no ponto E como indicado.
Determine a tensão normal no ponto médio de cada barra. :
3256N x 10-8 “
Cop. 1 Introdução - Conceito de tensão Br;
P=180kN q a
Fig. Fig.P1.2
. . o es;
18 NoProb. 1.2, determine a intensidade da força P para que a tensão norma! seja
a mesma em ambas as barras.
1.4 No Prob. 1.1, determine a intensidade da força P, para que a tensão de trução
na barra AB tenha a mesma intensidade que a tensão de compressão na
j iga de madeira mostrada, é de
axial na coluna, que sustenta a viga E e
Too Desen comprimento éda placa de apoio para que a tensão do esmaga
mento média na madeira seja de 2,8 MPa.
fas kN
Flg.PIS Fig.P16
j do
1.6. Teêa pranchas de modeira são unidos por uma cério de parafusos, formando
uma coluna. O diâmetro de cada parafuso é de 12 mm, e o diâmetro in cn de cada
arruela é de 15 mm, que é ligeiramente maior que os furos das pranchas, Sabendo se
quão diâmetro externo de cada arruela é d = 80 mam, o que a tonção de semegamento
média entre as arruelas e as pranchas não deve exceder a 5 MPa, detei
tensão normal admissível em cada parafuso.
a
RG6€EC€E
EE
3
e
Es
So
+
+ Ê
FCrtittrE
FR:
“
E OC:
à
9099993
So
A
3
990:
£
0
E Hesistênnia dos Materiois Cop. 1
17 Para estrutura do Prob. 1.6, determine o diâmetro externo d necessário para
as arruelas, sabendo-se que a tensão normal axial em cada parafuso é de 20 MPa e
que a tensão normal de esmagamento média entre as arruelas e as pranchas não deve
exceder a 5 MPa
18 ma cerga axial P é suportada por uma pequena coluna W250x 80, de seção
transversal igual a.4 - 10.200 mm? o é tramomitida a uma fandação de conereto por uma
Placa quadrada de 459 mm, como mostrado. Sabendo-se que a tensão normal média na
coluna não poderá exceder 248 MPa, é que à tensão de esmagamento média sobre «
fundação de concreto não poderá exceder 13,8 MPa, determine a máxima carga P
admissível.
Fig.P1.8
19'e 1.10 Sabendo-se que a haste de li
uniforme, de área igual a 800 mmê, determi
tensão normal na haste BD seja 50 MPa
igação BD tem uma seção transversal
ne 6 intensidade da carga P para que a
135mm 240 mm
450 ram
120mm,
Flg.P1.9 : Fig.P1,10
Cop.! Introdução — Conceito de tensão 23
i à tangular uniforme de
ligação AC tem uma seção transversal reta d
Ein do sra e DS A mm de largura. Determine a tensão normal na porção
central da haste, quando qu 0".
250mm 200mm
Fig Pit
1.12 Resolva o Prob, 1.11, assumindo que a «90º.
1.18 Cadauma des quatro hastes verticais, ligadas às duas bairas horisentao em
uma seção transversal retangular uniforme de 10x inda o do
Determine o máximo valor de tensão norm ms '
dá, nos hastes conectadas pelés (0) pontos B e 8; (5) pontos Ge F.
Fig. P1.13
2.14 Resolver o Prob. 1.13, assumindo que a carga de 24 kN é orientada para cima.
2 Resistência dos Materiaia Cop 1
Lis Cadauma des hastes do ligação AB CD tem uma seção transversal retangular
pniforme de 6,3 x 25,4 mm é está ligada à barra horizontal BCE por pinos de diâmetro
igual a 264+mm. Considerando eque a tensão normal média de ambas as hastes não
exceda a 170 MPa, determine a mátima carga que pode ser aplicada no ponto E, se esta
carga é dirigida (a) verticalmente para baixo; (6) verticalmente para cima.
13 ve
Last
Fig. P115
116 Duas caígas verticais são aplicadas ao pino B da montagem indicada. Saben-
do-se que o diâmetro do pino usado em cada ligação é de 15,2 rum, determine o valor
máximo da tensão normal média na (a) haste AB; (b) haste BC.
Flg. P1.16
Cop.i Introdução - Conceito de tensão 25
i É a
1.17 Para a treliça e carregamento mostrado, determine à censão mormal na barr
BD. Sabe-se que a área da seção transversal da barra é de 1:290 mm?.
ã E da
1.18 Determino a menor área admissível para a seção tramovereal da barra DE da
treliça mostrada, se para a carregamento dado, a tensão normal
ultrapassar 138 MPa
Fig. PLIZe PLA
o transversal da barra DE da
1.19 Determine a menor área admissível para a seçãt ve
á ão de
treliça mostrada ae para o carregamento dado, a tensão normal nesta barra não i
ultrapassar 200 MPa.
j á 1 na barra
1.20 Para a treiça e carregamento mostrado, determino & tensão, normal na
AD, Sabe-se que a área da seção transversal da barra é de 1. ,
aa
a
Fig. Plil9 e P1.20
ty
€
16 CG 6
SOC
€ E € 6 EC
A
E €
>
J060€
10006
À
4 Es
3 O E
RG
GETS INIT TE ET
FER
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HEEREERE.
so Resistência dos Materiais Cap. 1
.Posê co Psen6
Açioos 6 Apicosô
cm
P P
- 5 cs6 E
= a es “= à Senôcosó
Podemos abservar, através da 1º equação, que a máxima tensão normal o
Scorre para 8-0, ou seja, quando a seção transversal é perpendicular ao eixo,
tendendo & zero quando 8 se aproxima de 90". Assim, pera 6 -.0, achamos:
o - £ (112)
é)
= o
=
(9
Fig. 1.26
como Toi visto na Bec. 1.2. À segunda das Equações 4.11 mostra, também, que a tensão
de cisalhamento o nula para 8=0 e 9= 90º e que para Om 45º ela atinge seu valor
máximo
= É sen 45º cos 45º = E (1.13)
L
, A primeira das Equações 1.11 mostra que para Om 45º a ti !
também iguala PDA; MA HOR + 4 tensão normal o'é
ga arcos 45º o E (Ig
Cap. 1 Introdução - Conceito de tensão 8
p p cn =P/A,
«— 4
(a) Carga axial (tb) Tensões para 9= O
o= Pa, te PIA,
=P/2A, si PIPA,
(c) Tensões para 6 = 45º (d) Tensões para 8 =—45º
Fig. 1.27
Osresultados obtidos são evidenciados na Fig. 1.27. Vemos então que o mesmo
carregamento pode produzir tensão normal q, = P/Ão sem nenhuma tensão de cisa- .
lhamento, cu tensões normel e de cisslhamento de mesmo valor 0' = Tg - P/ZAy,
dependendo da orientação da seção estudade.
1.8 TENSÕES PARA UM CASO DE ,
CARREGAMENTO, QUALQUER;
COMPONENTE DE TENSÕES
Os exemplos já vistos se limitaram a analisar barras sujeitas à carregamento axial e
conectores sujeitos a cargas transversais. No entanto, a maior parte das peças de
estruturas e componentes de máquinas se encontra sob a ação de carregamento mais
complexa.
Consideremos um corpo onde estão aplicadas várias forças P,, Py etc, (Fig.
1.8). Vamos estudar as condições de tensões em um certo ponto Q do interior do corpo,
causadas pelo carregamento. Para isso, passamos ums seção pelo ponto Q, por
intermédio de um plano paralela ao plano yz. À porção do corpo que fica à esquerda
da seção está sujeita à ação de algumas das forças aplicadas inicialmente e das forças
normais e cortantes distribuídas na seção.
a Resiatência dos Materiais Ep. 1
Fig. 1,28
Tomemos um elemento de área AA, que contém o ponto i;
As é AV3, respectivamente, as forças nqrinal o cortante quo agora a da nar POr
1.290). O Índice superior x indica que as forças 4F= e AV* agem em uma superticão
perpendicular no eixo À força normel AF* tem sua direção bem definida, mas a força
cortante AV= pode ter qualquer direção no plano da seção, Vamos então decomprr
AV= nes suas componentes AV; e AVE, nos direções paralelas nos eixos y e e, respec-
tivemente, como mostra a Fig, 1.29%: Se divigirmos agora a intensidade de cada força
ela área dÁ, fa: ; ; : T
E a Fe Ta ça tender a zero, definivemos as três componentes das tensões
tim AP=
4-0 AA
(1.15)
avz avE
ty = lim É mn 7
Po amo DA O ao dA
Cop. 1 Introdução « Conceito de tensão 3a
AU
Vau
z
(a
z
Fig. 1.29 Fla, 1.30
Usamos o primeiro índica ema q,, t,, é %,, Dara indicar que as tensões conside-
radas agem em uma superfície perpendicular ao eixo x. O segundo índice serve para
indicar a direção da componente. À tensão normal q, é positiva se o sentido de vetor
que à representa coincide com o sentido do eixo x. Assim o, será positiva quando o
corpo estiver senda tracionado e negativa em caso contrário. Do mesmo modo, as
componentes da tensão de cisslhamento, ts € te Serão consideradas positivas quando
seus correspondentes vetores tiverem sentido coincidente com o sentido positivo do
eixoyouz,
Amesma análise pode ser feita'se tomarmos a porção direita do corpo dividido
pelo plano vertical (Fig. 1.81). As tensões obtidas serão de mesma intensidade, mas
de sentidos contrários, em relação ao caso estudado acima. A seção transversal está
voltada para o lado negativo do eixo x, de modo que a, terá sinal positivo quando seu
vetor tiver sentido contrário ao do eixo x. Do mesmo mado, ,, € 1, Serão positivas
quando seus correspondentes vetores tiverem sentida contrário ao sentida positivo do
eixo y ou z (Fig. 1.81).
; CC
DE é
É
q
a
o
SG
GOO O
LOcCeces
=
=
=
EEEE
E Resistência dos Materiais Cap. 1
Fig. 1,31
Se passarmos pelo ponta Q uma seção parslela no plano xz, definiremos es
componentes Gy, ty é Za ÃO passarmos pelo ponta uma seção parelela ao plano 2y
obteramos as componentes 0, té Ty
Para facilitar a visualização do estado de tensões no ponto &), vamos conside-
rar tm pequena cubo de lado a, com centro no ponto À), juntamente com as tensões
que atuam em cada uma das seis faces de cubo (Fig, 1.32). As componentes que
sperecem na figura são as tensões normais 0, 0, é 6, que atuam nas faces perpendi.
sularos aos eixos x, y e z respectivamente, e às seis componentes das tensões de
cisalhamento t,,, ty etc. Lembramos, da definição de componentes das tensões de
Sisalhamento, que 1. representa segomponente y da tensão de cisalhamento que atua
na faco perpendicular eo eixa x, do mesmo modo que +, representa a componente z da
tensão de cisalhamento que etua na face perpendicular ao eixo y. Nas três faces do
subo que não são visíveis, ocorrem tensões iguais e de sentidos opostos, As tensões
atuantes nes faces do cubo diferem pouco daquelas que agem no ponto Q, e o erro
cometida é pequeno, desaparecendo quando a lado a do cubo tende à zero.
Fig. 1.32
Cop. 1 Introdução - Conceito de tensão 35
i tes das
Vamos agora deduzir algumas relações importantes entre as componen
tensões de cisalhamento. Considerando o diagrama de corpo livre do cubo centrado
em & (Fig. 1.33), podemos obter as forças normeis e cortantes nas várias faces,
multiplicando as componentes das tensões pela áree de cada face. Considerando um
sistema de eixos coordenado com origem no ponta Q, podemos escrever as seisequações
de equilíbrio:
z7 =0 2 -0 zF, «0 1.18)
z y z (16)
- AT
24, -=0 EM, = 0 EM, » O am
Fig. 1.33
istvai ig. 1.33 agem forças iguais e
Sabemos qua nas facas não visíveis do cubo na Fig. 1.3 f
de sentido contrário às indicadas, o que satisfaz às Equaçães 1.16. Analisando as Pe
1.17, vamos considerar em primeiro lugar a terceira das equações, ZM, - 0. Ui o
projeçã i ta as forças cortantes
uma projeção no plano ay (Fig. 1.34), podemos ver que somen rças co
têm morvento diferente de sexo, em relação aa eixo z, Elas formam dois conjugados,
um deles com moraento positiva, contrária ao giro dos ponteiros de um relógio, de velor
(r Ada, é 0 outro negativo, no sentido dos ponteiros do relógio, de valor (ta AdJa.
hoy AA)0,
Escrevemos então:
+JZM, = O (x 44)a - (tu bA)a = 0
40 Resistência dos Materiais Cap. 1
1. Modificações que acorrem nas propriedades do material. 4 com.
Posição, resistência e dimensões dos materiais estão dujoi
durante a fabricação das peças. Além disso, as propriedades do ristarial podem ficar
temperatura a que o material se sujeita no transporte, armazenamento ou na própria
execução da estrutura.
2. O número de vezes em que a carga é aplicada durante a vida da
estrutura ou má:
scasião do projeto, Cargas dinâmicas, efelieas é instantánea:
valores de coeficientes de segurança.
4. O modo de ruptura que pode ocorrer. Materiais frágeis apresentam
ruptura repentina, sem nenhuma indicação de que 0 colapso é iminente Já os
materiais dúbeis, como o aço estrutural, apresentam grande deformação, chamada
escoamento, antes de atingir e ruptura, c esse comportamento do material fornece um
de estabilidade da estrutura é geralmente repentina, seja o material frágil ou não.
Quando existe a possibilidade de ruptura repontina, o valor à se adoir para q
coeficiente de segurança deve ser maior do que no caso de rhptura com ais,
“BMétodos aproximados & análise. Os métodos de cálculo e análise são
baseados em certas simplificações que levam a diferenças entre as tensões calculadas
8 aquelas realmente atuantes na estrutura.
6. Meterioração que poderá ocorrer no futuro devido à falta de manu.
tenção ou por causas naturais imprevisíveis, Em locais em que à composição do
matezial ou a ferrugem são difíceis de controler ou de prever, deve ser adotado cu,
coeficiente de segurança de valor alto.
7. A importância de um certo membro para a integridade de toda a
estrutira, Para as peças secundárias e contraventamentos da estrutura pode ser
usado um coeficiente de segurariça menor do que aquele das peças principais.
Sompletando os comentários acimi, existe a consideração adicional relativa
Se risco de vida e danos materisis que um colapso pode trazer Nos casos eis que o
solapso não traz risca de vida, e a perda de valores materiais é mínima, pode ser
considerado a uso de um coeficiente de segurança mais baixo,
Cap. 1 Introdução - Conceito de tensão “4
Finalmente existe a consideração de ordem prética que EA veres poi um
H a relativamente baixo (com um projeto muito ber .
o cltos Ciciodes do segurança podem traxeroléios inaceitáveis no peso de
exe ,
um avião.
Na mejoria das aplicações em estruturas e máquinas, os coeficientes de
segurança são especificados por especificações de projeto e gégigos do cone rução
itos por comitês de engenheiros experientes, trabalhan imenk
dades profisionis,indiiis, agências foras, cetaduis e municipais. xeraplo
desses códigos de especificações e construção são:
1. Aço- Instituto Americano de Construção Metálica, Especificações para o
projeto e a execução de estruturas metálicas para edifícios.
2. Conereto- Instituto Americano do Concreto, Código de Edificações, requi-
sitos para Concreto Armado.
3. Madeira — Associação Nacional de Produtos Florestais, Especificação
Nacional para projeto em madeira estrutural e suas ligações.
4. Pontesrodoviárias - Associação Americana dos funcionários de rodovias
estaduais, Especificação-padrão para pontes rodoviárias.
PROBLEMA RESOLVIDO 1.2
de controle
licadas go suporte da figura. a) Sabendo-se que a barra
BS RE de ago voo tensão última de 600 MPa, determinar a diet da barra para
jue o coeficiente de segurança seja de 3,3;b) O pino no ponto é NE E o pa
Eonsão última a cisalhamento de 350 MPa. Determinar 0 diâmetro e pla eua
um coficiento de segurança ao cisalhamento de valor 3,0) Deferminar à cspem
Gura necessária das chapas de apoio em C, sabendo-se que a tenção admissível p
esmagamenta do aço utilizado é de 300 MPa.
7 NT: No Brasil, as especificações pi ie os Z teriais e para
ara coeficientes de segurança dos diversos mat
carregamentos em vários tipos de estruturas são dados pelas Normas Técnicas da Associação Brasileiva
de Normas Tócnicus. Assim, para os materiais e estruturas especificados acima, temos:
1 Aço NE-J4
2 Concreto NB-1
8. Madeiro NB-t1
d. Pontes rodoviários NE
POCSCUCUCES
"
&
8
&
42 Resistência dos Materieis Cap. 1
poa
+
E aê
d6m BORN 15HN
tear ul =
dd man.
Cap. 1 Introdução - Conceito de tensão “a
Corpo livre: Todo o suporte. A reação em C est
compondo livre ção em ( está representada por suas
+) Ro = 0 P(A) - (60 KNKO,3m) - (16 kNNO, Em) = 0 P = 40RN
EF, = 0 C- 40:N
C=VCE+TF = 768kN
2, = 0 C=65kN
D
Sana has ad
admissto) Barra de controle AB. Como 9 coeficiente de segurança é 3,9 a tensão
“6 OU BOOMPa
Grão = q = CURE. 181,8MPa
Para Po 40 kN a área necessária da seção transversal é
P 40&N
- -4 - -8 mê
Aee * Tas = TOLOMPa O 220 x 108 m
Moça = Edi x 200 x 10-6mê das = 16,74mm <
&) Cisalhamento no pino C. Para o coeficiente de segurança 3,3 temos
Ty | 350 MPa
Tod * OS 3,3
= 106,1MPa
Como o pins está sujeito a corte duplo, temos
cr (6SkNJZ
RS 2
nes Toa 106, IMPa — 360 mir
>
'
x
gde - 360mm?
d, = 21 4mm
Adota-sed, » 22mm 4
A bitola comercial mais próxima do valor encontrado é 22 mm.
a
nel
F A=fas 20
c) Esmagamento das chapas em C Para da 22mm, a área nominal de
esmagamento de cada chapa é 22$. À força distribuída em cada chapa é C/2. Com a
tensão admissível de 300 MPa, escrevemos
cr Ca8kNYê
[LL e-D——— = 2
Taio” B00MPa — 1272mm
ne
Como 22 é « 127,2, temos t = 5,78mm.
Adota-se é = Gmm «
“4 Resistência dos Materiais Cop. 1
PROBLEMA RESOLVIDO 1.3
à viga rígida BCD está ligada por parafusos à barra de controle em A, ao cilindro
hidráulico em C é so suporte fixo em D. Os diâmetros dos parafusos usados são
“a = dp = 8mm, dç = 12 mm. Cada parafuso está sujeito a corte duplo, e é constituído
de aço com tensão de cisalhamento última t,; = $00 MPa. A barra de controle AB, com
8 mm de diâmetro, é feita de aço com tensão última de tração a, = 450 MPa. Determi-
nar a maior força que o cilindro hidráulico pode aplicar, de baixo para cima, no ponto
€ adotando para toda a estrutura o coeficiente de segurança 3,0.
S*=— 8 mm diâmoto
Solução: O coeficiente de segurança deve ser muior ou igual a 3,0 para cada um dos
três parafusos, como também para & barra de controle. Vamos considerar separada-
mente cada um dos quatro casos.
Cop. 1 Introdução - Conceito de tensão 4
+) EM - B(350mm)- C(200mm) = 0 C = 17508 ay
+JeMo = O: —D(850mm)+C(l50mm) = 0 C=2,33D e
e
see
150 mm” "200 mm
Barra de controle, Para o coeficiente de segurança 8,0 vamos ter
Su | 450MPa
im GE" ao
- 150 MPa
A força admissível na barra de controle é
B - Oganil4) = (150 MPe) 1/4n (9 mm)? » 9,54kN
Usando a Equação 1 encontramos o maior valor passível em C
C = 17508 « 1,750/9,54:N) C = 16,70EN “4
Parafuso no ponto B.
Tuim = “2/08 = (800MPajl3 = 100 MPa
Como o parafuso está sujeito a corte duplo, a força admissível em E é
B = tanl2á) e aoompa BE (a mmjt Be 10,05kN
Da Equação 1C'=1,750B = 1,750B (10,05 kN) C=17,59kN E]
Parafuso no ponto D. Este parafuso é igual ao do ponto B e a força
admissível é 'D = B = 10,05EN, Usando a Equação 2:
C = 2,88D = 2,38(10,05EN) C = 23,44N «4
Parafuso no ponto C. Novamente temos tam = 100 MPa e escrevemos
€
EVECCÓCUCEES
E ULO
SE
ECo
;
5
a€
&
9999999909
IUTOE
FRETE
í
EEE
a
EE
50 Revistência dos Meteriois Cop. 1
1.47 Para à emenda e carregamento do Prob. 1.36, determine 9 coeficiente de
segurança, sabendo-se que a resistência última da cola é de 1035kPa na tração é
1476 kPa no cisalhamento.
1.48 - Quatro parafusos de aço são usados para prender a placa mostrada à viga de *
madeira. Admitindo que e tensão de cisalhamento última para o aço utilizado é de
345 MPa, e desejando um coeficiente de segurança de 3,3, determine v menor diâmetro
admissível para os parafusos a serem usados.
A8SkN
Fig. Pt.4s
149 Ahaste AC'6 feita de um aço com tensão normal última de 410 MPa e tem uma
seção transversal retangular uniforme de 6 x 12-mm. Está ligada ao apoio 4 e ao
membro BCD em €, por zinos de 8,5 mm de diâmetro; enquanto que a barra BOD está
“Nigada no apoio B, por pino de 8 mm de diâmetro. “fados os pinos são de aço com tensão
de cisalhamento última igual à 170 MPa e estão sujeitos a cisalhamento simples.
Desejando-se um coeficiente de segurança de 3,25, determine & maior carga P qua
pade ser aplicada em D. Notar que a haste AC não está reforçada em torno dosfuros
dos pinos.
Fig. P1.49
Cap. ! Introdução - Conceito de tensão a
160 Na estrutura de aço mostrada, um pino de 6 mm de diâmetro é usado em €,
enquanta que em B e D usem-se pinos de 10 mm de diâmetro. À tensão da cisalhamento
última para todas as ligações é de 150 MPa, e a tensão normal última é de 400 MPa ne
viga BD. Desgjando.se um coeficiente de segurança igual a 3, determine a maior carga
P que pode ser aplicada em A. Notar que a viga BD não é reforçada em torno dos furos
dos pinos.
Vista frontal
18mm Emm
A e s
E Vista laleral
—— BOmm 120mm
p
a B E
Vista superior
Fig. R1.50
151 Resolver o Prob, 1.50, assumindo que a estrutura deve ser reprojetada para
utilizar pinos de 12 mm de diâmetro em E e D, e que nenhuma outra modificação deve
ser feita,
152 Resolver o Prob. 1.49, assumindo que a estrutura deve ser reprojetada para
utilizar pinos de B mm de diâmetroem Ae €, assim como também em B, a que nenhuma
outra modificação deve ser feita.
1.58 Resolver o Prob. 150, assumindo que a estrutura deve ser reprojetada para
utilizar pinos de 11,5mm de diâmetro em B e D, e que nenhuma outra modificação
deve ser feita.
s2 Hesistência dos Moteriuis Cap, 1
REVISÃO E SUMÁRIO
Este capitulo está voltado ao conceito de tensão é à introdução dos métodos usados
para análise a projeto de máquinas e estruturas de sustentação.
- Inicialmente nós consideramos uma barra reta submetida a duns forças
axiais (Sec, 1.2), A tensão normal o nessa barra foi obtida pola relação entre a
intensidade da carga P e a área da seção transversal da barra (Fig. 1.64). Nós
escrevemos, .
o)
q (Li)
Carregamento axial Tensão normai
Pp
p
Fig. 1.64
- Como visto na Sec. 1.3, o velor de a abtido desta forma represente a tensão
médio sobre a seção, so contrário do que a tensão num ponto específico Q da seção.
Considerando uma pequena área 44 aa redor de Q e senda AF, a intensidade da força
sobre AA, nós definimos a tensão no ponto Q como,
o= lim 4 «2
AL>0 AS
“o... Bm geral, 0 valor obtido da tensão is no ponto Q) varia ao longo da seção e 6
diferente da tensão média dado pela fórmula (1.1). Entretanto, esta variação é
pequena em qualquer seção afastada dos pontos de aplicação das cergas. Na prática,
Cap. 1 Introdução - Conceito de tensão sa
no entanto, a distribuição de tensões normais numa barra com carregamento axial é
assumida como sendo uniforins, exceto nas vizinhanças dos pontos de aplicação das
cargas. Mesmo assim, para que a distribuição de tensões seja uniforme em uma dada seção,
é necessário que a linha de ação das cargas P e Pº passe pelo centróide C da
seção. Tal carregamento é dito axial centrado No caso de um csrregamento axial
excêntrico a distribuição de tensões não é uniforme, No Capítulo 4, serão discutidas
as tensões em barras sujeitas a um carregamento axial excêntrico.
Quando es forçastransversais P e P”, iguais e opostas, de intensidade P, são
aplicadas em uma barra AB (Fig. 1.130), teasões de cisalhaimento x surgem sobre a
seção localizada entre os pontos de aplicação das duas forças (Sec. 1.4). Estas tensões
variam bastante através da seção e a distribuição delas não pode ser assumida como
uniforme. Portanto, a relação entre « intensidade P, que é a força cortente na seção,
ea área da seção transversal À, nós definimos como tensão de cisalhamento média ao
longa da seção, então:
P
tua = (14)
Forças transversals Tensão de cisalhamento
Pp
e
Fig. 1.134
As tensões de cisalhamento são encontradas em parafusos, pinos e rebites,
ligando dois membros estruturais ou componantes de máquinas. Por exemplo, no caso
do rebite CD (Fig. 1.14), que está sujeita a cisalhamento simples, nós escrevemos,
PF
"md ga (1.6)
Ex
ud
É
E
“+
263
246
;JOCE
COCEGUCOGTOS TO
e
re SS
700996
ESB nda
TI
TS
JO
L
FE
=
En
h
el
u
54 Resistência dos Materiais Cap. 1
D
Fig. 1.14
enquanto que, no caso dos rebites EG e HJ (Fig. 1,16),
- em ici
cisalhamento duplo, nós teremos, que ambos estão sujeitos a
tag e E E
mede Ze 2 (1.6)
Fig. 1,16
Os parafusos, pinos e rebites também geram tensões no
cdr A si dé pu ta sobem quo
1 ) O ebie 'Dda Be Lia, por exemplo, gera tensões no superfície semicilíndrica
sua » Com a qual está em contato (Fig. 1.18). Coma a distribuição destas tensões
astante coraplicada, alguns usam na prática um valor de tensão nominal médi:
S ameada tensão de esmagamento, obtida pela divisão de carga P, pela área do
retângulo representando a projeção do rebite sol & D
é espessura da placa e por a a diâmetro do rebio, erro canas Pica: Denaiando por
PP
4º am
4
Cap. 1 Introdução - Conceito de tensão 55
AE
o
Fig. 1.18
Na Sec. L.6, nós aplicamos os conceitos introduzidos nas seções iniciais para
a análise de uma estrutura simples, consistindo de duas barras, conectadas por pinos
e que suportam uma dada carga. Determinamos sucessivamente as tensões normais
nos dois membros, danda especial atenção para suas reduzidas seções, assim como as
tensões de cisalhamento nos vários pinos e a tensão de esmagamento em cada furo.
Na Sec. 1.7, nós consideramos as tensões que surgem sobre uma seção oblíqua
de uma barra sujeita a um par de cargas axiais. Nós vemos que ambs as tensões
normate de cisalhamento ocorrem em tal situação. Denotanda por 90 ângulo formado
entre a seção com um plano normal (Fig. 1.280) e por Ay & área de uma seção
perpendicular ao eixo da barra, nós desenvolvemos as seguintes expressões para a
tensão normal o e para & tensão de cisalhamento 7, sobre & seção ablíqua:
o - E wogb senô cosá dam
q. P
Ag Ay
Nós observamos destas fórmulas que a tensão normal e máxima é igual
a 0, =P/A, para 8=0, enquanto que a tensão de cisalhamento é máxima e igual a
ta=PIZA, para 60-45. Nós também notamos que 7» 0 quando 9» 0, enquanto
a Pf24, quando 6 = 45º.
Tensões sobre uma seção oblíqua
Fig. 1.268
Em seguida, nós discutimos o estado de tensão em um ponto Q de um corpo,
submetido à condição mais geral de carregamento (See. 1.8). Considersúdo um pe-
pps ventre
so Resistência dos Materinis Cop. 1
162 Um pino de diâmetro igual a 5 mm está aujoito a um cisalhamento duplo, na
conexão C do pedal mostrado. Sabendo-se que P = 600N, determine: (a) a tensão
de ciselhamento média no pino; (6) a tensão de esmagamento no pedal €; (e) a tensão de
esmagamento em cada uma das chapas de apoio, em C.
1.68 - Sabendo-se que uma força de 800 N está aplicada no pedal indicado, determi.
ne: (0) o diâmetro do pino em C, tal que a tensão de cisalhamento média no pino seja
de 25 MPa; (b) a correspondente tensão de esmagamento em cada uma das chapas de
apoio, em C,
5 mm
mm
A ahB E
1 p
tes mm
o ts
e õ
Ni
Ag
Flg. 1,626 P1.63
164 Uma placa de aço de espessura 6,35mm está engastada numa parade de
concreto, ancorando um cabo de alte resistência, como indicado. O diâmetro do furo
da placa é de 19 mm, & tensão última de tração para 0 aço é de 250 MPa, e a tensão
última de aderência entre a placa e o concreto é de 2,07 MPa. Se um coeficiente de
segurança de 3,6 é desejado, quando P « 10 kN, determine: (a) à largura q necessária
da placas (b) o mínima comprimento b que a placa poderia ser embutida na parede.
(Desprezar as tensões normais entré o concreto c a extremidade da placa.)
Fig. P1.64
165 Determine o coeficiente de segurança para o cabo ancorado do Prob, 164,
quando P6- 18,5 kN, adotando-se para a = 50 mm e b= 210 mm.
Cop. 1 Introdução - Conceito de tensão o
Os problemas que se seguem são para ser resolvidos com auxílio de um
computador.
'ma barra. maciça consiste em n elementos cilfndricos, soldados entre si e
abatidos go carregamento indicado, O difimetro do elemento 1 é denotado por die
a carga aplicada em sua cxtremidnde ireite por E, Estas cargas são asouidas
positivas quando P, é orientada como mostrado e negáliva em coso con! À rio. Pei dese:
(o) Escrever um progeema do computador que nossa ser usado, em qualquer sistema
de unidades, para determinar a tensão normal média em enda clemento da barra;
(5) Aplicar esse programa para resolver os Probs. 1.1, 1.2 6.1.55.
Elementor Elemento 1
Pa
Fig. P1.C1
.C2 Cada uma das quatro hastes de ligação verticais, conectadas às duas barras
Rocisontado tem uma seção transversal retangular uniforme de 10 x 40 jam 2 são
feitas de aço com uma tensão de tração última E MPa, enquanto quo ida um dos
pinos Ce Pé feito de aço com uma tensão de cisalhamento última de E] à Pedese:
(a) Escrever um programa de computador tal que, dados os valores de a, b o Peg
valores paca os dibimeiros d dos pinos, que varia de 4 om at6 3 rr, cm intervalos
de 2 mm, permita calcular: (1) o máximo valor da tensão normal m o ne honte CH,
(2) a tensão de cisalhamento média dos ines, em C'o E, 3) o cosficionte de segurança
para a haste CG; (4) o coeficiente de segurança dos pinos, em C e (6) o coficionte
de segurança global para as hastes e os pinos; (6) Aplicar essa programa pargresolver
os Probs. 1.136 e 1.30a; (o) Determinar para os valores de a, b e P, usados ness:
* problemas, qual diâmebro d do pino produzirá o maior coeficiente de segurança global,
e o correspondente valor deste cosficiente.
Fig. PI.G2
DETAIL
no
A
sf
Ho
FE
EUA
FE
E
FEU
eee
FER A
3:
JUNO
e Resistência dos Materiais Cap. 1
103 | Duss peças de madeira de seção transversal retangular uniforme, de lados a
& 5, são unidas por uma junta simplesmente colada, e sujeitas a uma carga axial de
intensidade P, como indicado. Pede-se: (x) Denotando por Gi é tp respecLivamente,
as tensões últimas de tração « de cisalhamento, escrever um programa de coraputador
que, dades os valores a, 6, P, a & Ty, expressos em qualquer sistema enerente de
unidades, e para valores de « variando de 5º até 85º, em intervalos de 5º, permita
calcular: (1) a tensão normal ne junta, (2) a tensão de cisalhamento na junta, (3) o
eeeficiente de segurança relativo a falha por tração, (4) o cueficiante de segurança
relativo a falha par cisalhamento, (5) o coeficiente de segurança global para a junta
soldada; (b) Aplicar esse programa, usando dimensões, carregamento e propriedades
específicas do material, para a solução dos Prabs. 1.36, 1.47 e 1.56; (c) Em cada um
destes dois casos, verificar que a tensão de cisalhamento é máxima pera = 45º
9 valor definida pela Equação (1.13), também observar, em amhos os
propriedades indicadas no item & do Prob. 1.57.
etem
casos, as
Pp
P
AB
ça
1C4 A haste BD é feita de aço com uma tensão última a tração de 400 MPa, e os
Pinos B, C e D de um aço com uma tensão última de cisalhamento de 150 MPa Note
que os pinos B e D estão sujeitos a um cisalhamento simples, enquanto que o pino C,
a um cisalhamento duplo. Também note que a haste 87 não é reforçada em torno do
furos dos pinos. Pede-se; (a) Escrever um prograrea de computador que, uma vez dados
os valores das dimensõesa, é, 1, £, do diâmebro d dos pinos B e D, eo diâmetro do do pino
O, e para um dado coeficiente de segurança, permita caleuler a máxima carga P
admissível, assira como também indicar qual tensão, entre a tensão de tração ne haste
BD, a tensão de cisalhamento nos pinos B e) e a tensão de cisalhamento no pino Cé a
mais crítica; (b) Usar esse programa para a solução dos Probs. 1.50, 1.51 e 1.53.
Cop. 1
Introdução - Concoito de tensão as
Vista frontal
Vista auxiliar da barra ABC
Fig. PICA
8
Vista aupéliar
da haste BO
Capítulo 2
TENSÃO E DEFORMAÇÃO —
CARREGAMENTO AXIAL
2.1 INTRODUÇÃO
No Capítulo | analisamos as tensões que surgem pela aplicação de carregamentes em
vários membros é conexões, de uma máquina ou estrutura. Aprendemos a prejetar
membros e conexões de maneira para que eles não viessem a falhar sob especificadas
condições de carregamento. Outro importante aspecto da análise e projeto de estru-
turas sa relaciona com as deformações causadas pela aplicação das cargas & uma
estrutura. É importante evitar que as deformações se tornem tão grandes à ponto de
impedir que a estrutura venha a cumprir os fins aos quais estava destinada. Através
da análise das deformações pode-se também determinar as tensões.
Na verdade, nem sempre é possível determinar as forças sas barras de uma
estrutura pela simples aplicação dos princípios da Estática, isto porque ela se baseia
na hipótese de sistemas rígidos é indefarmáveis. Considerando, na prática, as estmt-
turas como deformáveis, e analisando suas deformações, é possível calcular forças que
são estativamente indeterminadas, isto é, indeterminadas dentro dos recursos da
análise da Estática. Também, como está indicado na Sec. 1.8, e distribuição do tensões
em um dado membro é estaticamente indeterminada, mesmo quando a força que atue.
no membro é conhecida; neste caso, para determinar a distribuição real das tensões
dentro de um membro, torna-se necessário analisar as deformações que nela ocorrem.
Neste capitulo, vamos discutir as deformações de um membro estrutural, seja
ele uma barra, viga ou placa submetida a um carregamento axial.
Inicialmente, vamos definir deformação específica normal num membro, como
a deformação de um membro por unidade de comprimento. Plotando a tensão versus à
deformação específica normal, enquanto: cresce a carga aplicada a um membro,
Sbteremos um diograma tensão-deformação para o material em estudo, Desta diagra.
ma, seremos capazes de determinar algumas importentes propriedades do material,
tais como o módulo de elasticidade, se o material é ditil ou frágil (Secs. 2.2 a 92.5),
E
PUCPR - Bibhatera Lentral
Cap.2 Tensão e deformação - carregamento axial es
Da diagrama tansão-deformação, também seremos capazes de determinar se”
as deformações na amostra do material irão desaparecer depois de o carregamento ter
sido removido (neste caso, o material é dito ter comportamento elástico), ou se
resultará numa deformação plástica au permanente (Sec. 2.6).
Na Sec. 2.7, Iremos discutir o fenômeno da fadiga, o qual faz com que os
componentes estruturais ou da máquina venham a falhar depois de um grande
número de carregamentos repetidos, mesmo qué as tensões permaneçam numa faixa
elástica.
À primeira parte do copítulo finaliza com a Sec. 2.8, que é voltada para a
determinação da deformação de vários tipos de membros sob várias condições de
carregamento axial.
Nas Secs. 2.9 e 2.10, iremos considerar problemas estaticamente indetermina-
des, isto é, problemas cujas reações de apoio e as forças internas não podem ser
determinadas apenas pela Estático. As equações de equilíbrio provenientes do diagra-
ma de corpo livre do membro considerado serão complementadas por relações
envolvendo deformações c obtidas da geometria do problema.
Nas Sees. 2.11 a 2.15, constantes características adicionais do material serão
infroduzidas. Elas incluem o cosficiente de Poisson, que relaciona a deformação
específica axial e a transversal, o mórtuio de elasticidade de volume, que caracteriza
a variação do volume da um material sob pressão hidrostática e o médulo de elastici-
dade transversal, que relaciona as componentes de tensão de cisalhamento com a
deformação específica de cisalhamento.
No texto adiante, as tensões são consideradas uniformemente distribuídas em
qualquer seção transversal dada, e que tambéra não ultrapassem a faixa elástica. Na
Sec, 2.17 iremos considerer as barras chatas, e nas Secs. 2.18 e 2.19 discutiromos ss
tensões e deformações em membros feitos de material dútil, cujo ponto de escoamento
do material é excedido. Também veremos que deformações plásticas e tensões resi-
duais resultam de tais condições de carregamento.
2.2 DEFORMAÇÃO ESPECÍFICA NORMAL SOB
CARREGAMENTO AXIAL
Vamos considerar uma barra BC, de comprimento L e seção transversal de área A,
que é suspensa do ponto À (Fig. 2.1a). Se aplicarmos uma carga P ne extremidade C,
a barra se alonga (Fig. 2.1b). Marcando-sa os valores da intensidade da força P e os
correspondentes valores de deformação à (letra grega delta), nós certamente abtere-
mos um diagrama carga-deformação (Fig. 2.2). Todavis, este diagrama contém infor-
mações úteis para 0 estudo da barra considerada, mas não pode ser usado diretamente
para prever deformações de outras barras de mesmo material e que tenham outras.
dimensões.
pLOCGEOGES
Cor
“a
ó
Ea
EE
SU
SGUGEÊS
o
5 Oy &
:T
E
E
5099999299909998
T
J
TO Resistência dos Materiais Cop. 2
Fig.2:7 Máguina de testes Universal. (Cortesia
de Detroit Tosting Machine Co.)
Fig.28
O diagrama tensão-deformação varia muito de material i
um mesmo material, podem ocorrer resultados diferentes em vários anoial depem
dando da temperatura do corpo de prova cu da velocidade de crescimento da carga
Entro os diagramas tensão deformação de vários grupos de materisis é possivel, no
entanto, distinguir slgumas características comuns; elas nos levam à dividi ve
materiais em duas importantes categoriga, que são os materiais cliteis é as matonieis
frágeis. - Í
Os materiais dúteis, que coinpreendem o aço estruturel e outros metais se
Saracterizam por apresentarem escoamento a temperaturas normais. O corpo de provo
é submetido a carregamento crescente, é seu comprimento aumenta, de inicio. feno”
mente, sempro proporcional no carregamento. Desce modo, a parte inicial do dingrama
tensão-deformação é uma linha reta com grande coeficiente angular (Fig, 2.9) Erro
tanto, quando é atingido um valor crítico de tensão 0,, 0 corpo de prova sofra usa
Cap.2 Tensão e deformação - earregamenta axial 71
longa deformação, com pouco aumento da carga aplicada. Essa deformação é causada
por deslizamento relativo de camadas do material de superfícies oblíquas, o que
mostra que esse fato se dá principalmente por tensões de cisalhamento. Na Fig. 2.9
os diagramas tensão-deformação de dois materiais dúteis nos mostram que o alonga-
mento da material após o início do escoamento pode ser até 200 vozes maior do que o
alongamento ocorrido antes do escoamento se iniciar.
Quando o carregamento atinge um certo valor máximo, o diâmetro do corpo
começa a diminuir, devido à perda de resistência local (Fig. 2.10). Esse fenômeno é
conhecido como estricção. Após ter começado a estrieção, um carregamento mais baixo
é suficiente para manter o corpo de prova se deformando, até que sua ruplura se dê
(Fig. 2.10b). Podemos ver que a ruptura se dá segundo uma superfície em forma de
cone, que forma um ângulo aproximado de 46º com a superfície inicial do corpa de
prova. Isso mostra que a ruptura das materiais dúcteia ocorre sob tensão de cisalha-
mento, e confirma o fato de que, com carga axial, às maiores tensões de cisalhamento
ocorrem em planos que formam 45º cam a direção da carga (conforme Sec. 1.6), A tensão
q, correspondente ao início do escoamento é chamada tensão de esconmento do
material; a tensão o, correspondente à máxima carga aplicada ao material é conhecida
como tensão última, e a Lensão cp correspondente ao ponto de ruptura é chamada
tensão de ruptura.
0,02
frog 02 025
00012
(8) Ago com baixo teor ds carbono () Liga de alumínio
Fig 2.9 Diagrama tensão-dafarmação de dois materiais dúteis.
|
” Resistência dos Materinis Cap. 2
tm
“ Fig.2.10
Materiais frágeis, como ferro fundido, vidro e podra, são caracterizados por
ama rapêura que ocorre sem nenhuma mudança sensível no modo de deformação do
material (Fig, 2,11), Então, para os materiais frágeis não existo diferença entre tensão
última e tensão de ruptura. Além disso, & deformação até é ruptura é muito menor
nos materiais frágeis do que nos materiais dúteis. A Fig, 2.12 mostra que não acontece
a estrieção em materiais frágeis, e que a ruptura ce dá em uma superfície perpendi.
colar ao carregamento, Pode-se concluir daí que a ruptura dos materisis frágeis so
dave principalmente a tensões normais!.
1 Os tentos de tração referidos nestu Seção são efeiuados com os materiais à temperatura ambiente.
Entretanto, um material que é dátil à temperatura ambiente pode apresentar caracteríaticas
de material frágil a temperaturas muita buixas, enquanto um material frágil pode apresentar-se como
material dútil a altas temperaturas. Para temperaturas diferentes do ambiente, devemos, ontão, nos
Teferiz a um material em esteulo cf] ou um material em estadio frágil, no invês de dizermos umateristo
dúbeis ou frágein. j
Cop. 2 Tensão e defurmação - carregamento axial 7
Fig.24 Fig.2.12
Os diagramas tensão-deformação da Fig. 2.9 mostram que 6 aço estrutural é
o alumínio, ambos materiais dúteis, apresentam diferenças de comportamento no
esconmento. Para o aço estrutural (Fig. 2.90), as tensões permanecem constantes para
uma grande variação das deformações, após o início do escoamento. Depois o valor da
tensão deve crescer para que o material continue a alongar, até atingir o valor ow Tsta
se dá devido a uma propriedade do material conhecida. como recuperação. A tensão de
escormento do ago estrutural é obtida por ebsezvação, durante o teste a tração, des
valores da carga. Após um período de crescimento constante, observa-se que a carga
cai subitamente para um valar ligeiramente menor, qua so torna invariável durante
a ocorrência do escoamento, Quando o teste é realizado cuidadosamente, é possível
distinguir entre o valor superior de escoamento, correspondente à força que atua
imediatamente antes do escoamento, + o valor inferior de escoomento, correspondente
à força necessária para manter o esconmento. Como o valor superior 6 momentâneo,
adata-se o valor inferior para a determinação da tensão de escoamento da material.
inio (Fig. 2.9b) e de muitos outros materiais dúcteis, o início
do escondo ni Ando pelo trecho horizontal do diagrama (trecho este
conhecido como putemar de escoamento); ao invés disso, as tensões continuam aumen-
tando — embora não mais de maneira linear — até que a tensão última é alcançada.
Começa então a estricção que pode levar à ruptura. Para esses materiais se define o
valor convencional para a tensão 0,. A tensão convencional de escoamento é obtida
tomando-se no eixo das ebscissas a deformação específica E =0,2% (ou é = 0,007), é por
esse ponto traçaride-se uma reta paralela ao trecho linear inicial do diagrama (e.
2.13). A tensão 9, corresponde ao ponto de interseção dessa reta com o diagrama;
definida. como tensão convencional a 0,2%.
am
E
€& é
Cl
€:
Cr
à EE
POCO E
[E
Es
Eta
E:
3
4
(3 €
CErua
+
DOES ECGE
30999€
e
o
ê
o
e
O
E)
o
n Resistência dos Materinis Cop. 2
Rupiura
= b-0,2% convencional
Fig. 2.13 Determinação da tensão de escoamento convencional,
Uma medida usual da dutibilidade de um material é
percentual que é definido como ORAL É o ae alongemento
Led
Alongamento percentual = 100
Ly
onde Lg & Lp são, zespertivamente, o comprimento inicial do corpo de prova é sem
comprimento final no instante da rupiura.
Outra medi no o )
área, definido coeso da dutibilidade que é usada às vezes é a redução percentual da
Redução percentual da área = ioodo Te
o
onde Ap 6 Ap são, respectivamente, à área da seção transversal do corpo do prova e à
frea mínima da ruptura. Para o aço estrutural, uma redução na área de 60 a 70% é
um.
Até agora nos referimos apenas a testes de tração. Se a co i
de rsaterial dá] recebesse uma vga de compressão, a Hegrama ineo donos
obtido seria o mesmo do caso anterior, desde o trecho reto inicial, passando pelo tresho
de eseoamento e pelo de reruperação do material. Digno de nota é o fato de que, para
9 aço, a tensão de escoamento é à mesma para a tração e a compressão. Para valores
altos de deformação específica, o comportamento nos dois casos passa a ser diferente
devendo-sa lembrar que a estricção não pode ocorrer na compressão. o
Para a maior parte dos materiais frágeis, veri ão últi
a aior pa geis, verifica-se que a tensão última de
compressão é muito maior que a tensão última na tração. Isso se deve a imperfeições
do material, como fendas c cavidades, que debilit ial, diminui
Cesta à qu É , que debilitam o material, diminuindo sua
Cop. Tensão e deformação - corregamento axinl 7%
24 TENSÕES E DEFORMAÇÕES ESPECÍFICAS
VERDADEIRAS
Sabemos que as tensões marcadas nos diagramas das Figs. 2.9 e 2.11 foram obtidas
pela divisão da carga P pela área de seção transversal Ay, medida antes que qualquer
deformação atuasse no corpo de prova. Como a área da seção transversal diminui com
o aumento da carga P, as tensões marcadas nos diagramas não correspondem aos
valores reais de tensão no material. A diferença entre a tensão de uso prático
cu P/Ay que caleulamos e a tensão verdadeira 9, = P/A, que se obtém com a divisão
da carga P pela área da seção transversal deformada, torna-se visível nos materiais
dúteis em escoamento. A tensão de uso prático o é diretamente proporcional a P, e seu.
valor diminui com P durante a estricção. À tensão verdadeira que é proporcional a P
é também inversamente proporcional & 4, e seu valor aumenta até a ruptura do corpo
de prova.
Muitos cientistas usam uma definição diferente de deformação específica, na
lugar do valor de uso prético = = 8/Lo. Em vez de usar o alongamento total à e 0
comprimenta inicial Lo, usam todos os valores sucessivos de L que foram anotados.
Dividindo cada incremento e = L/L. Definem então a deformação específica verda-
deira como o somatório dos valores Ar: i
= Ed e F(AL/E)
Substituindo o somatório por uma integração, eles podem ainda definir a
deformação espeifica verdadeira como o somatório dos valores Ae:
e
- f nt
+h.E E (2.3)
O dingrama obtido quando se marcam no gráfico os valores da tensão verda-
deira e da deformação específica verdadeiro (Fig. 2.14) reflete de maneira mais
acurada o comportamento do material. Como já vimos, não ocorre queda no valor da
tensão verdadeira durante a estricção. Além disso, quando se usam tensões e defor-
moções específicas verdadeiras, os resultados obtidos em ensuics de tração e
compressão levam ao mesmo diagrama tensão-deformação. Esse fato não ocorre no
easo de altos valores da defarmação específica, quando sc usam tensões e deformações
de uso prático.
O engenheiro; no entanto, que tem a responsabilidade de determinar se uma
dada carga leva a tensões e deformações aceitáveis, deve usar dados fáceis de avaliar,
que são à área Age 0 comprimento Lo, do corpo de prova indeformado. Usará então o
diagrama tensãa-deformação obtido pelos valores o = P/A, e € » 8/Lo.
so Resistência dos Materinis Cop. 2
qualquer eviso, depois de slgumas repetições (ruptura brusca). Isso indica que as
deformações plásticas encessivas a que a material foi submetido levaram a mudanças
radicais na sua estrutura interna. Por isso, carregamentos alternados em regime de
deformações plásticas raramente são permitidos na prática, e somente em condições
rigorosas de controle. Em algumas situações isto pode ser fácil de ser observado, como
ao desentortar e endireitar peças danificadas ou no alinhamento de peças estruturais.
2.7 CARGAS REPETIDAS; FADIGA
Nas seções precedentes, examinamos o comportamento de um corpo de prova sujeito
à carga axial. Vimos que, se a tensão aplicada não ultrapassa o limite de elasticidade
do material, este volta às condições iniciais quando é retirado o carregamento.
Poderíamos então coneluir agora que uma certa carga podeser repetida muitas vezes,
desde que as tensões permaneçam dentro de valores do regime elástico. Essa tonchisão
& correta para um número de repetições da ordem de dezena ou centena, Para um
número de repetições do carregamento da ordam de milhares vu milhões de vezes, ela
doixa de ser válida. Nesses casos, a ruptura se dá a uma tensão bem abaixo da tensão
de ruptura obtida com carregamento estático; a este fenmeno se dá o nome de fadiga.
Aruptura por fadiga é sempre uma ruptura frágil, mesmo para materiais dúteis.
4 fadiga devo ser considerada no projeto de estruturas é componentes de
máquinas que possam cstar sujeitas a carregamentos repetidos ou alternados. O
nêmero de ciclos de carregamento que pode ocorrer durante a vida útil de uma peça
muito variável. Por exemplo, uma ponte rolante de uma indústria pode ser carregada
até dois milhões de vezes em 25 anos (cerca de 300 carregamentos per dis), um
virabrequim da automóvel será solicitado corea de um bilhão do vezes se o automóvel
rodar 800.000 km e uma hélice de turbina pode ser carregada centenas de bilhões de
vezes durante a sua vida útil.
Alguns carregamentos são de natureza variável. Assim, a passagem de tráfego
sobre uma ponte provoca alterações nos valores das tensões que existem somente por
causa do peso da ponte. A condição mais severe ocorre quando se dá uma alternância
completa de carga durante um ciclo de carregamento, As tensões no eixo de um vagão
de estrada de ferro se alternam completamente a cada meia volts da roda,
O número de ciclos de carregamentos repetidos ou alternados pode ser deter-
minado experimentalmente para qualquer nível de tensão máxima. Quando uma série
de testes é feita para vários níveis de tensão máxima, podemos desenhar uma curva
= n. Para cada teste, abtemos a ordenada o e a abscissa n, que são a tensão másima
e um determinado número da ciclos. Como n é um número muito grande, as abscissas
são marcadas em escela logarímica.
A Fig. 2.19 mostra uma curva típica o-n para o aço. O mimero de ciclas
necessário para causar a ruptura é relativamente baixo para valores altos da tensão
aplicada. À medida que e intensidade das tensões vai baixando, o númera de ciclos de
Cop.2 Tensão e deformação - carregamento axio) a
carregamento necessário para causar à ruptura aumenta, até que se atinge wa valor
das tensões conhecido como o limite de duração, para o qual à ruptura não soors,
mesmo para um número muito grande da ciclos. Para o aço de baixo teor de carbono,
o limite de redução é aproximadamente metade da tensão de ruptura do aço.
aso .
3 280 :
É Aço (1020H8) -
E moh
â
Sm
” Alumínio (2024)
”
10! 10! 10º 10º 40" 10º 10
Número da cicios com alternância completa
Fig. 2.19
tais nã ini -n (Big
Para os metais não-ferrasos, como o cobra e 9 alumínio, a erva o
2.18) mostra que à tensão de ruptura continua decrescendo de valor com o aumento
do número de ciclos. Para tais metais o limite de duração é fixado arbitrariamente
coma a tensão de ruptura após 500 milhões de ciclos de carregamento.
itos em corpos de provas, eixos e molas, que romperam por efeito
de fadiga a a miptura se iniciou em uma fissura microscópica ou uma
falha similar do material, A cada novo carregamento a falha aumentava um pouco sua
dimgngão. Devido aos sucessivas ciclos de carregamento, à fissura tomGu uma grande
porção dn material, e a parte que não foi danificada tornou-se insuficiente pera resistir
à tensão, rompendo bruscamente. O estado da superfície do material de testa su do
corpo de prova tem influência no valor da tensão no limite de duração, pois qual quer
falha ou fissura pode dar início ao processa de fadiga. O limite de duração é nato no
corpos de prova com superfície preparada e polida do que naquelas peças simpl Esmon.
te usinadas, ou que sofreram alguma oxidação. Para aplicações de materiais janto ao
mar, ou em ambientes agressivos ou corrosivos, pode acorrer uma redução de 50% ni
limite de duração.
28 DEFORMAÇÕES DE BARRAS SUJEITAS A
CARGAS AXIAIS
ê i ã | uniforme
s uma barra homogênea BC de comprimento L e seção transversal
dogreaá sujeita à força asial centrado P (Fig. 2.20) Se a tensão atuante o = P/A não
exceder o limite de proporcionalidade do material, podemos aplicar a Lei de Haoke é
escrever:
CM CElt
é
2
ECECOCUCLUCÊEGCE
E)
2
E
y
e
o
õ
q
2
ê
je,
=
8 Resistência dos Materiais Cap.2
5 8
e
7
Á c
p
Fig. 2.20
q = Es 2.4
segue-se então que
s.P
“7º; 2
"ECA (25)
Na See. 2.2 foi definida a defurmação específica normal - 8/£, portanto
d=:L (26)
e, substituindo (2.5) em (2.6) temos:
PL
7] (2.7)
A Equação 2.7 só pode ser usada se a barra for homogênea (módulo de
elasticidade É constante), tiver seção transversal uniforme de área constante À e à
sarga for aplicada nas extremidades da barra. Se as forças forem aplicadas em outros
pontos, ou se a barra consiste de várias partes com diferentes seções transversais ou
Sompostas de diferentes materigis, devemos dividila em segmentos que, indi,
viduslmente satisfaçam as condições de aplicação da Fórmula 2.7. Chamando de Pr
Ly 4; é E, respectivamente, à força, 46 comprimento, à área e o módulo de elastici.
dade correspondentes ao elemento i, vamos expressar & deformação total da basra
como: ” .
Pig
(2.8)
Cap. 2 Tensão e deformação - carregamento axial 83
Vimes na See. 2.2 que, no caso de barras com seção transversal veriável (Fig.
2.5), a deformação específica « depende, da posição do ponto (), onde ela é definida e
calculada como e = J5/dx, Retirando dessa expressão o valor dê e levando à Fórmula
2.5, podemos exprimir a deformação do elemento de comprimento «lx como:
- Pd
dede
A deformação total da berra, ô, é obtida por integração estendida ao compri-
mento L.
do
del e (2.9)
A Fórmula 2.9 deve ser usada no lugar da Fórmula 2.7 quando a área da ceção
transversal varia como função de x e também quando a forma interna P depende de
x, como é o caso da barra sujeita ao próprio peso.
EXEMPLO 2.1
Determine a deformação da barra de aço da figura sob a ação das cargas
indicadas (E = 200 GPs).
A=topmeia, A=200 mn?
Fig. ex.2.21
Í
|
|
!
|
|
|
|
es Resistência dos Moteriois Cop 2
Dividimos a barra nos três segmentos indicados na Fig. 2.21b e escrevemos:
Ly = Lo = 0,800 m L; = 0,400m
Ay = 4 = 600x 10-Sm? A, = 200 x 10-Smê
Para determinar as forças internas Pj, Pp e Ps, precisamos passar seções
transversais pelos três partes da peça, é desenher o diagrama de corpo livre da porte
fla barra que fica à direita de cada seção (Pig. 2.216). Estudando a equilíbrio de cada
uma das partes, obtemos:
Py = 400kN - 400 x 109N
Pa = —100kN = -100 » 108N
Py = 200kN « 200 x 108N
Levamos os valores obtidas à Equação 2.8 a calculamos:
Pl; 1/Ph
"Sancal Àr
E 400 x 103)/(0,300)
“môixip 600 x 10-8
4 — 100. x 10%(0,300) + (200 x 103%0,400)
600 x 10-8 200 x 10-68 *
à 2,75 x 10-m = 2,75mm
Aharra BC da Fig. 2.20, que foi usada para deduzir a Fórmula 2.7, é a barra
AD da Fig. 2.21, que foi estudada no Exemplo 2.1, possuíam ambas uma extremidade
fixada em suportes indeslocáveis. No
s dois casos, então, a deformação 5 da barra foi
igual ao deslocamento de sua extremidade, Quando as duas pontas de uma barra são
livres, a deformação da barra é medida pelo deslocamento relativo de suas cxtremida.
des, Tomando como exemplo a estrutura da Fig. 2.22, que consiste da três barras
elásticas de comprimento L ligadas em À por um pino rígido. Quando a força P é
aplicada em £, as três barras se deformam (Fig. 2.220), A deformação das harras AC
& AC! é medida pelo deslocamento do ponto À, 84, pois essas harras são fixas nos
anpories G e C”. Por outra lado, a barra AB tem extremidades livres e sua deformação
é medida pela diferença de deslocamentos à, e &y dos pontos À é B, isto é, pelo
deslocamento relativo de B em relação a À. Chamando esse deslocamento relativo de
ôp/4, escrevemos .
isa = dy dy = dE 230)
Cop. 2 Tensão e deformação - carregamento axial as
sendo A c E, respectivamente, a área da seção transversal e o módulo de clasticidade-
da barra AB.
Fig.2.22
PROBLEMA RESOLVIDO 2.1
j . À haste AB é de elumíio
rígida BDE é suspensa por duas hastes AB e CD. À
(Entao) com área de seção transversal de 500 mn?; a haste CD é de ago (E = 200 GPa)
com área da seção transversal de GOD mm. Para a força de 30 kN determine: a) desloca-
mento de 3; b) deslocamento de D; c) deslocamento de E.
UE GO Ut
PS GEC
S
“
= E)
t
GÓES COD O
é
.
BECCOSCEL
109999 €
Ê
O
É
ê
ICI Co
LI
SEIT CDS
E
b
so Resistência dos Materiais Cop. 2
28 Um fio de nylon está sujeito a uma tração de 10N, Sabendo-se
É = 3,45 GPs, que a máxima tensão normal admissível é de 40 MPs, e que o
menta do fio não poderá aumentar mais do que 1%,
do fio. .
que
e Pa compri-
determinar o diâmetro necessário
2.9 Duas barras cilíndricas maciças são ligadas em B e carrt
egedas como mostrado.
Abarra AB é de aço (E = 200 GPa) e a barra BC é da latão (E=105GPa). Detonando,
(9) a deformação total da barra composta ABC; (5) a deflexão do ponto B.
Fig. P2.9
2.10 Dussbarrascilíndricas maciças são Ii
igadas em B e carregadas como mastrado.
Abarra AB é de aço (E = 200 GPa) e a barra BC é da latão (E = 105 GPa). Determinar
(a) a deformação total da barra composta ABC; (b) a deflexão do ponto À.
Fig. P2.10
Cap. 2 Tensão e defurmação - carregamento axial 91
211 Persa barra composta do Prob. 2,10, determinar: (a) a carga P, para que à
deformação total da bapra seja -0,8 mm; (b) a correspondente deflexão do ponto B.
2.12 Para a barra composta do Prob. 2.9, determinar: (a) a carga, para a qual a
deformação total da barra resulta nula; (b) a correspandente deflexão do ponto B.
2.13 Duas barras cilíndricas maciças AC e CD, ambas de mesma liga de alumínio
(E » 70 GPa), são soldadas juntas em C e submetidas ao carregamento indicado.
Determinar: (0) a deformação total da barra tomposta ACD); (b) a deflexão da ponto C.
60 mm de diâmetro as mm do diâmero
TI0KN SEN
40kN
A Bj Cjesm 2]
300 mm 200mm 380 mm
Fig. pais
2.14 Uma amostra para ensaio de 5 mm de espessura deve ser cortada de uma placa
de vinil (E = 2,10 GPs) e submetida a uma carga de tração de 1,5kN. Determinar; (0)
a deformação total da amostra; (b) a deformação da mesma, na porção central.
Dimonsõos em mm
A ste a
PA sn ERA [P=15kN
bt fes]
25
f
H-40-+fe 50—+[e- 40-+]
Fig. Pata
2.15 Uma barra maciça de latão de 150 mm de comprimento e 10 mm de diâmetro
sa ajusta perfaitamente, dentro de um tubo de mesmo comprimento, com 15 mm de
diâmetro externo e 10 mm de diâmetro interno. Uma porção de 50 mm da barra está
colada ao tubo e sobre esta é aplicada uma carga de 27 kN, como mostrado. Sabendo-se
que E = 105 mm, determinar: (a) a deflexão do ponto A; (b) o máximo valor da tensão
normal nessa conjunto.
DE Resistência dos Materiais Cop.2
Fig. P215
2.16 Um tubo de alumínio de 250 mm de comprimento (E = 70 (Pa), e com diâmetro
externo de 36 mm € interna de 28 mm, pode ser fachado cm ambas as extremidades
por meio de tampas com roscas simples, de 1,5 mm de-passo. Após uma das tampas
ser totalmente apertada, coloca-se uma barra maciça de latão (E = 105 GPa) do
25mm de diâmetro dentro deste tuba e em seguida a aubra tampa é totalmente
rosqueada. Como a barra é sensivelmente maior do que o tubo, observa-se que a tampa
somprime a barra durante uma rotação de um quarto de volta, antes de comple-
taimênte fechada. Determinar: (2) a tensão normal no tubo e ne bazra; (5) a deformação
no tubo e na barra.
semm ” “bamm
)
!
E aom—]
Fig. P2.16
247 Resolver o Prob, 2.16, considerando que o tubo é de latão (E « 105 GPa) e a
barra de alumínio (E e 70 GPs).
2.18 Um tubo cilinárico de poliestireno de parede fina (E = 3,1 GPa), com 3,2mm de
espessura, e uma placa rígida circular (6 mostrada apenas parte dels), são usadas
para suportar uma barra de aço AB (E - 200 GPa), com 280 mm de comprimento é
gmm de diâmetro. Se ums carga P de 8500N é aplicada em B, determinar: (a) o
alongamento da barra AB; (b) a deflexão do ponto B; (c) a tensão normal na barra AB.
Cap? Tenstoe deformação - carregamento axial 5
E
Fig. Pata
i P admissível,
2419 Para a barra composta do Prob. 2.9, determinar a major carga
se a deformação total da barra não deve exceder a 1 mm e a tensão normal ser no
máximo iguala 180 MPa.
i E P admissível,
220 Para a barra composta do Prob. 2.10, determinar a maior carga X O
se em valores absolutos a deformação total da barra e sua máxima tensão normal não
podem exceder a 0,2 mm e 75 MPa, respectivamente.
i i P admissível, se a
21 Pera a amostra do Prob. 2.14, determinar a maior carga ,
eitemação na porção AB e a deformação total da amostra não devem exceder a
0,2mme 1 mm, respectivamente.
i E P admissível,
222 Paraabarra eo suporte do Prob. 2.18, determinar a maior carga ,
se a deflexão nos pontos 4 e B não devem exceder 8 0,108 mm e 0,305 mm, respectiva-
mente.
i to mostrado, determinar as
2.28 Para a treliça de aço (E - 200 GPs) e carregamento mostrado, nor à
deformações nos membros BD e DE, sabendo-se que suas seções transversais têm
1300 mm? e 1950 mun?,
tu
2
PRESSE CCSOL
sa Resistência dos Materiais Cap. 3
Fig. P2,23
224 Os membros AB e BE de treliça mostrada são de barras de aço (E = 300 GPa)
com 25 mm de diâmetro, Para o carregamento mostrado, determinar o alongamento
da (e) barra 48; (b) barra BE.
Fig. Pa.24
2.26 Cada uma das quatro hastes de ligação verticais,
horizontais, são de alumínio (E = 70 GPa) e tein uma se
10x 40 mm. Para o carre;
ponto Fi (c) ponto G.
conectadas às duas vigas
ção transversal retangular de
'gamento mestrado, determinar a deflexão no: (9) ponto E; (5)
4
Cop.2 Tensão e deformação - carregamento axial 95
Fig. P2.25
2.26 Cada uma das hastes de ligação AB e CD; sãa de aço (E = 200 GPa) e tem seção
transversal uniforme de 6,4x25,4mm. Determinar a maior carga que pode ser
aplicada ao ponto E, sendo que & deflexão nesse ponto não pode exceder a 0,25 mm.
E
TETESEETO
|
É e
Lo J. q
Fig. P2.26
227 Um cabo homogêneo de comprimento L e seção transversal uniforme é preso
por uma de suas extremidades. (a) Expressando por p a densidade (massa por volume)
do cabo e por E o módulo de elasticidade, determinar o alongamento do cabo, devido
ao seu próprio peso; (b) Mostra que o mesmo alongamento poderá ser obtido se o cabo
fosse horizontal 6 se uma força igual à metade do seu peso fosse aplicada na extremi-
dede do esho.
228 — Determinar a deflexão do cume A de um paraboláide de revolução homogô-
neo, de altura k, densidade p e módulo de elasticidade E, devido ao seu próprio peso.
100 Resistência dos Materiais Cop.3
Resolvendo simultaneamente (2.14) e (2.16) obtemos para as reaçãos:
Ra = Pol e Ry = PL.
Podemos agora calcular as tensões nas partes AC e BC dividindo P, = Ry e
Pp = Ry, respectivamente, pela área da seção transversal da barra.
Método da superposição. Uma estrutura é estaticamente indeterminada
Ende vez que estiver ligada a mais suportes do que o necessário para manter o seu
equilíbrio. O número de reações a calcular é maior que o número de possíveis equações
de equilíbrio. É comum chamar um dos suportes da estrutura de superabundante e
eliminá-lo para proceder à resolução do problema. Não é possível modificar as condi-
góes iniciais do problema de modo arbitrário, então a reação proporcionada pela
ligação superabundante deve ser mantida na resolução. Essa reação superebundante
será tratada como uma força desconhecida, que, juntamente com as demais forças
aplicadas, deve levar à estrutura velores de defurmações compatíveis com as ligações
originais.
A solução do problema é conduzida considerando-se separadamente as defor-
mações causadas pelas cargas aplicadas e aquelas provenientes da ação da reação
superabundante. Essas deformações, an final da resolução, são somadas - ou super.
postas — para a obtenção do resultado final.
EXEMPLO 2.4
Abarra de aço da figura 2.26 6 presa a dois apoios fixos A e B. Determinar as reações
desses apoios quando se aplica o carregamento indicado. “a
A=250 mm? 150 mm
200 kN] 450mm
et +
A=400mmê..| 150mm
SID kN 150 mm
Fig. ex2,.26
Na Sec. 2.12 discute-se a utilização deste método pars o caso de efeito combinado de vários earre.
gamentos.
Cop. 2 Tensão e deformação - carregamento axial 401
Vamos considerar « reação em B como superabundante e ratirar o apoio B -
deixando a barra livre nessa extremidade. A reação Rg será considerada como ums.
força desconhecida (Fig. 2.274), cujo valor será determinado pelas considerações de
deformação & da barra igual a zero.
A resolução do problema é lavada a efeito, estudando-se separadamente a
deformação dp devida à reação Rg (Fig. 2.270).
s-0p Carla
Ia ln,
ar el te
Flg.ex.2.27
A barra é dividida em quatro parieo (Fig. 2.28), e a Equação 2.8 fornece a
deformação dp. Seguindo o mesmo procedimento do Ex. 2.1, pode-se escrever
Pre O Pa P;=600x108N P;=900x 108N
Ay Ay = 400 x 10-6m? A, = A, = 250 x 10-8m2
Le Ly = Ly = Ly = 0,150m
Fig. ex.2.28
Cito
GEES
GEE E
“>
ts
E
ES
as
PO CSCE
102 Resistência dos Materiois Cop.2
Substituindo esses valores na Equação 2.8, tem-se
4
dp =
É
Pl 0 4 800 x 10N
4 AB 400 x 10? mê
+ 800 x 10ºN 900 x 102N 10,150m
250 x 10m? 250 x 108m? E
1,125 x 10º
po (2.17)
Para a determinação de 3, devido a Rs, divide-se a barra em duas partes (Fig.
2.29) e escreve-se: ,
P=P,--Rp
Ay = 400 x 10-8m? Ay 250 4 10-Smê
Ly = Ly = 0,300m
Fig. ex.2.29
Substituindo esses valores na Equação 2.8 obtém-se:
dx o PEL, Palo (108 x 109Rg
AE o
AE" z (2.18)
Como a deformação total da barra deve ser zero,
d=dp+8p=0 (2.19)
Cap.2 Tensão é deformação - corregamento axial 103
Levando os valores ôp e 8p obtidos em (2.17) e (2.18) na Equação 2.19
escreve-se:
à - Li26x 10º “(195 x 10)Ry
= bad —
Dessa última expressão calcula-se o valor de R;
Rg = 577 x LON - 57kN
A reação R4 no apoio superior é obtida do diagrama de corpo livre da barra
(Fig. 2.30), Tem-se então:
sr, = 0: Ry- B00kN - 600:N + R$ = 0
Ra = 900kN - Rj = 900kN - 577EN = 323EN
Pu
A
300 kN
Cc 4
a
600 kN
B
Rs
Fig. ex.2.30
Uma vez determinadas es reações, os valores de tensões e deformações
específicas são calculados facilmente. Convém lembrar que a deformação total da
barra é zero, mas que as várias partes componentes da barra sofrem deformações sob
o efeito dos carregamentos e das restrições dos apoios.
EXEMPLO 2.5
Calcular as reações em A e E, na barra do Ex, 2.4, supondo que existe uma distância
de 4,5mm entre a barra e o apoio B, quando o carregamento é aplicado. Adotar
E = 200 GPa (Rig. 2.31).
104 Resistência dos Materiais Cap.2
Fig. ex.2.91
Vamos seguir à mesma segiência do Ex. 2.4, Considerando como superabun-
dante a reação em 8, caleulamos as defarmações Sie à, devidas, respectivamente, às
cargas aplicadas e à reação Ry. Neste caso, entretanto, a barra pade ser alongada,
sua deformação total 8 não é nule, mas 6 = 4,5 mm. Escrevemos, '
de dr+ p= 45x 10m (2.20)
Os valores 8p e ôp, que foram calculados em (2.17) e (2.18), são agora levados
a (2.20). Lembrando que E = 200 GPa = 200 x 10º Pe, temos
= 1,125 x 108 (LDO 10)Rp
200x 10 —omox ig — fãx 10%
5
Essa expressão nos leva ao valor de Rg,
Ro = 115,4 x 108N - 115 4kN
4 reação no apoio A é obtida do diagrama de corpa livre da barra (Fig, 2.30):
EF, = O: Ra - BOOKkN - 600kN + Ap = 0
Ry = 900kN - Rg = 900kN - 115,4kN = 7854N
Cop.2 Tensão e deformação - carregamento axial 105
2.10 PROBLEMAS ENVOLVENDO VARIAÇÃO DE
TEMPERATURA
Nas estruturas estudadas até este ponto, consideramos que a temperatura permane-
cia constante durante o tempo de carregamento. Vamos agora considerar situações em
que acorrem variações de temperatura. a
. f -
Tomemos primeiramente a barra AB, homogênea e de seção transversal
uniforme, apoiada em uma superficie lisa horizontal (Fig. 2.324). Be aumentarmos a
temperatura da barra de um valor AT, notamos que ela se alonga de um valor 5, que
é proporcional tanto à variação de temperatura quanto au comprimento da barra L
(Fig. 2.225). Temos então:
&r = (ATL (2.21)
a é constante característica do material, chamada de coeficiente de dilatação
térmica. Como L e ôp são expressos em unidades de comprimento, q representa uma
quantidade por grau C ou por grau F, dependendo de como expressamos a tempe-
ratura, so em graus Celsius ou em graus Fahrenheit.
À deformação total 5 está relacionada uma deformação específica tp = dp/L.
Reescrevendo a Equação 2.21, concluímos que:
Ep car (2.22)
epé chamada deformação térmica específica, uma vez que é causada por variação
de temperatura na barra, No caso que estamos considerando, não existem tensões
relacionadas com a deformação cp.
Fig. 2.32
GESCS
cs
Cc
Er
No
1
3 €
Ç
BG cCCsS
939906
“a
o
a:
pas
õ
3
DO OD O
390990999
"o Resistência dos Materiois Cop. 2
Somando es parcelas de deformação específica em AC, vamos abter:
exc = Er + Fl = -800p 4 12004 = + 5004
Um cálculo análogo leva à determinação da doformação especifica na parte
cs
0;
fon = tr + = - 8004 + 600 = —300u
As deformações toteis 8sc é cg des partes da harra são, respectivamente,
Bo = cAc(4C) = (+3004),08m) = +90 gm
Bea = Eca(CB) = (- 3004)/0,8m) = 90 um
Verificamos, então, que a soma 5 = b4c + bop das duas deformações é zero,
embora nenhum dos dois valores seja nulo.
PROBLEMA RESOLVIDO 2,3
A haste CE de 10 mm de diâmetro e a haste DF de 15 mm de diâmetro são ligadas à
barra rígida ABCD como ná figura. Sabenda-se que as hastes são de alumínio e
usando-se E = 70 GPa, determinar: a) a força provocada em cada haste pelo carre-
gamento indicada; 5) o deslocamento do ponto 4.
450 mm 300 mm 200 mm
sl cl'l»
244 ssomm
* [E
Cap.2 Tensão e deformação - carregamento axial mm
ilibri i ivre a berra ABCD,
ães de equilíbrio, Considerando como corpo livre a bar
notamos ano Re Be nas hastes são estaticamente indeterminadas. No
entanto, da estática podemos escrever:
+1Zg = 0 (82ENX0,45m) - Fos(0,3m) - For(0,6m) = O
U,8Fce + 0,6Fpp = 14,4 x 108 m
içô icação de força de 38 kN, a barra
Condições da Geometria. Após a aplicação rça de , &
assume a posição A'BC'D', Da semelhança de triângulos BAA!, BCC” é BDD, temos:
de dp (2)
- = 0,65
dam dam dm 06
de bs 0,9%, 6
vim Gm da = Op ,
Deformações. Usando a Equação 2.8, temos:
Fog — FprLpr
CT AE DO App
Substituindo em (2), escrevemos:
FesLos Forloe
do = 0,68pa AcrE - 6 Apr E
us Resistência dos Materiais Cop 3
Lophce 0.%6m)| im(0,10ro) -
Foge Tas Apr Fop= os( oem | 17(0,015mê For For= 0,883Fpp
Força em cada haste. Substituindo em (1) temos:
0,3(0,838Fpr) + 0,5Ppp = 14,4 x 103 For = 24AN «
Fog = 0,889Fpr = 0,38%24kN) Foz = SEN “
da ff fot 4
[a mm É
0,75m
ell as |
E mm
|
Deslocamentos, O deslocamento do ponto D é
do = Torlor (4kNYO,7Em)
do" CAmeê “ EnfO016mPo Gra o = 1455mm
Usendo (3), escrevemos:
84 = 0,8 - 0,X1,456mm) 8 = L3l0mm 4
PROBLEMA RESOLVIDO 2.4
Abarra rígida CDE é presa to apoio E por uín pino, e se apóia no cilindro de latão BD
fe 30 mm de diâmetro, Um parafuso de 22 mm de diâmetro passa por um furo na
barra em C, é é fixo por uma porca simplesmente ajustada. A montagem, feite à
temperatura de 20ºC, não leve nenhuma tensão à estrutura. A temperatura docilindro
de latão é aumentada para 50'C, enquanto o parsfuso tem eua temperatura mantida
constante. Pede-se determinar para essas condições as tensões no cilindro,
Cop 2 Tensão e deformação - carregamento axial “a
e p-oss mepos n
fE=1 TI
Barra AC: aço Cilindro BD: latão
E - 200GPa E = 105GPa
a =12x 108/C a = 188 x 108/70
045m 03m
Condições de equilíbrio. Considerando todo o conjunto como corpo livre,
temos:
EM = O RA(O6m) - R(08m) 0 Ry m0/Ry e
> €
EC
I0UGE
EC
>
(é
3
E)
3
q
(E)
ê
a
599 ê
909090999
29
X
290
3
3909
SIDODI O
ua Resistência dos Moteriais Cop 2
Deformações. Utilizando o mátodo da superposição, vamos considerar R
comorenção superabundante. Removeiido-so Ry e aumentando a temperature, o ponta
B se deeloca para baixo de um valo: ôp. A reação Rg deve causar então uma deformação
y de mesmo velor, para que o deslocamento de B seja sero (Fig. 9).
Deslocamento ôr. Devido à elevação da temperetura de Ay = 50"- 20 =
= 30'€, o comprimento do cilindro de cobre aumenta de Bp
By = (ATO = (0,8mY30CKLE,8 x 10-60) = 169,2 x 10-6m
Deslocamento d,. Da Fig. 2 temos que à) = 0,48ç e que b; - 6p + dg;p
Pal Rg(0,9 my
don = Inimigos gia * 1184 x 10884 t
êp = OA0ç = 0,4(6,37 x 10984) = 4,735 x 10-98, 1
ooo = Bai — Bo(08m) ,
B/D "AE " Ix(0,08mp(os Ga) * 4042 x 10-9Rg |
Sabemos de (1) que R, = 0,40R, e escrevemos:
d =p + Ban = [A TBS(0ARg) + 4,04285]10-? = 5,986 x 10-9 Rg +
ôr=dr 1682x10m= 595» 109R, Ro = 285kN
Cap, 2 Tensão e deformação - carregamento axial E
Tensões no cilindro
Ro 285kN
= = TA Gg » 40,8MPa «
PROBLEMAS
2.33 Uma coluna de concreto de 1,2m de altura é reforçada por quatro barras de
ago, cada uma com 20 mm de diâmetro. Sabendo-se que os módulos de elasticidade
para à concreta e para o aça valem 25 MPa e 200 MPa, respectivamente, Determinar
as tensões normais no aço e no concreto, quando uma força centrada de 670kN é
aplicada na coluna.
Fig. P2.38
2.34 Uma barra de 250 mm de comprimento, com seção transversal retangular de
15x 80 mom, consiste de duas lâminas de alumínio (E = 70 GPa), de 5 mm de espessura,
eno centro de uma lâmina de latão (E = 105 GPa), com a mesma espessura. Se ela está
sujeita a uma força centrada, P = 30 kN, determinar a tensão normal (a) nas lâminas
de alumínio; (5) na lâmina de latão.
120 Resistência dos Meteriais Cap. 2
2.47 Resolver o Prob. 2.46; considerando ii
. 2.46; consi que os arames amarrados aos pinos A é D
são de ago (E = 200 GPa) e têm diâmetro de 2,5 mm, enquanto que os demais são de
alumínio (E = 70 GPs) c têm diâmetro de 2mm.
248 As hastes de ligação BC e DE são ambas de
de aço (E - 200 GP) e sã
de 1,25mm de largura por 6,35imm de espessura. Determinar: (2) a força o cada
haste, quando uma força P de 2670 N é aplicada à barra rígida AF, como indicado: (5)
a correspondente deflexão no ponto 4.
Fig. P248
2.49 Cade um dos parafusos de aço AD e CE (E «- 200 GP; já
a = a) tem um dii
8 mme tom us extremidades cuperioresrosqueadas, com rasca simples e do penacie aa
a2 mm. Sabendo-se que a porca cm, depais de scr perfeitamente ajustada, é apertada
de duas voltas completas, determinar: (a) a traçã ;
ponto À da barra Made SEO (a) a tração em cada barra; (b) a deflexão no
2Oomm . SOrim,
Flg. P2.49
2.50 Resolver o Prob. 2.49, assumindo que depoi j
: 2.49, que depois de ser levemente ajustad
em €, e nãe à porca em 4, ela é apertada de duaa voltas completas, "cu A Porca
Cop.2 Tensão e deformação - carregamento axial 11
2.51 A barra rígida ABCD é suspensa por três cabos idênticos, como indicado.
Sabendo-se que a =5, determinar e tração em cada cabo, causada pela carga P
aplicada em 6.
2.52 A barra rígida ABCD é suspensa por três cabos idênticos, como indicado.
Sabendo-se que a = 2b, determinar a tração em cada cabo, causada pela carga P
aplicada em O
Fig. P2.61 e P2,52
2.63 Um trilho de aço (E = 200 GPa; o = 11,7x 10-8"C) de uma estrada de ferro foi
estendido a uma temperatura de — 2'C. Determinar a tensão normal no trilho quando
a temperature atingir 50'C, considerando que os trilhos: (a) são soldados formando
um trilho contínuo; (b) são de comprimento igual a 12m, com uma fenda de 6,35 nim
entre eles.
264 A montagem mostrada consiste em um tubo de alumínio (E = 70 GPa;
q. = 23,6x 10-58") preenchido com núcleo de aço (E = 200 GPa; a = 11,7x 10-80) e,
com ausência de tensão a uma temperatura de 20"C. Considerando somente deforma-
ções axiais, determine a tensão no tubo de alumínio quando a temperatura atingir
180º€.
=
êoomm 2o0mm
Alumínio:
Fig. Pa.s4
.
8
E
GY
Cc é
CGE
Ge
€
No
ESEC
ET E
eso
3 O
Ge
EG
BROS CSCS
9099099998 4
es
t
9999509098
Doo
tu
É
>
DD QUIDS
122 Resistência dos Materiais Cap.2
265 Resolver o Prob. 2.54, considerando que o núcleo é feito de latão
(E = 105 GPa; a = 20,9x 10-80), ao invés de ago.
2.56 Uma coluna de concreto de L,2 1a é reforçada por quatro barras de aço, cada
uma de 20 mm de diâmetro, como indicado. Sabendo-se que para 6 aço E « 200 GPa é
0=11,7x 10-4C e para o concreto E-25GPa e «=9,9%10-5C, determinar as
tensões normais induzidas no aço e no concreto, devidas a um aumento de temperatura
de sTC.
Fig. P2.56
257 Uma barra composta de duas porções cilíndricas AB e BC é engastada em
ambas as extremidades. A porção AB é de latão (E « 105 GPu; q = 20,9x L0-6/C) e a
porção BC é de aço (E = 200 GP; 2 = 11,7x 10-60), Sabendo-se que & barra está
inicialmente sem tensão, determinar: (a) as tensões normais induzidas na porção AB
e BC, por uma temperatura aumentada de 30*C; (b) a correspondente deflexão no
ponto B.
Fig. P257
2.58 Uma barra composta de duas porções cilíndricas AB e BC é engastada em
ambas as extremidades, A porção AB é de aço (E = 200 GPa; a = 11,7x 10-80) e a
Cap. 2 Tensão é deformação - carregamento axial 18
porção BC é de latão (E = 105 GPa; a = 20,9x 10-66). Satendo-se que a barra está
inicialmente sem tensão, determinar: (o) as tensões normais induzidas nas porções
AB e BC, por uma temperatura de 50ºC; (b) a correspondente deflexão no ponto B.
esdmm | |,-—30mmaiâmero
8
a00mm 50 mm diâmetro
Fig. P2.58
2.59 Resolver o Prob, 2.58, considerando que a porção AB da barra composta é de
latão e a porção BC ds aço. .
260 Resolver o Prob. 2.57, considerando que a porção AB da barra composta é de
aço e « porção BG de latão. .
261 Uma barra de alumínio (E = 70 GPs; a = 23,6 x 10-8ºC) é uma haste de aço
(E = 200 GPa; qm 11,7 x 10-80) tem as dimensões mostradas, a uma temperatura de
20ºC. A haste de aço é aquecida eté que a barra de alumínio possa ser ajustada
livremente nela. A temperatura de toda « montagem é então elevada para 150ºC.
Determinar a tensão final: (a) na barra; (b) na haste.
Dimensões em mm
ais
Oseçtoa-a
Fig. P2.61
124 Resistêncio dos Materinis Cap. 2
263 A temperatura da barra composta do Prob. 2.43 é aumentada para 80'C.
Sabendo-se que, para o aço E = 200 GPae a = 11,7x 10-5PC, pare o latão E = 105 CPae
q =20,9x 10-8"C, e que nenhuma força é aplicada em B ou D), determinar: (9) as
tensões normais nas porções AC e CE; (b) a deformação na porção AC.
2.63 Abarra AB é de latão (E = 105 GPa; o = 20,9 x 10-8"C)e a barra CD de alumínio
(Ea 70 GPa; q =23,6x 10-60). Sahendo-se que a 16ºC a fenda existente entre as
extremidades das barras é de 0,5 mm, determinar: (a) a tensãonyrmal em cada barra,
depois que a temperatura for aumentada para 80"C; (b) a deformação da barra AB
nesse instante.
9,5 mm
[mm [5 omm +]
75 mm diâmetro 75 mm diâmetro
Fig. P2.63
2.64 Para as barras do Prob. 2.68, determinar: (a) a temperatura à qual a tensão
na barra AB deve ser de -138 MPa; (b) a correspondente deformação na barra AB.
2.85 Para as barras do Prob. 2.49, vamos considerar que depois de ser per. .
feitamenta ajustada cada uma das porcas 4 e € é afrouzada de meia volta. A
temperatura de ambas as berras é:então diminuída de .60ºC. Sabendo-se que
E=200GPae a=11,7x 10-S"C, determinar a tensão final: (0) na barra AD; (b) na
barra CE.
2.11 COEFICIENTE DE POISSON
Vimos, na parte inicial deste Capítulo, que para uma barra delgada e homogênea,
carregada sidalmente, as tensões e deformações satisfazem a lei de Hooke, enquanto
não for excedido o limite de elasticidade do material. Adotando que a força P tem a
diração do eixo x (Fig. 2.874), temos 9, = P/A, onde À é a área de seção transversal da
barra. Da lei de Hooke temos
E - ae (2.24)
onde E é o módulo de elasticidade do material,
Cup. 2 Tensão edeformação -corregamentoexial 185
Fig. 237
A Fig. 2.37 mostra que nas faces respectivamente perpendiculares aos eixos
y e z temos 0,=0,-0, Esse fato pode levar-nos a imaginar que as deformações
específicas e, e e, são tembém iguais a zero. Isto entretanto não ocorre. Em todos os
materiais, o alongamento produzido por uma força P na direção dessa força é acompe-
mhado por uma contração em qualquer direção transversal (Fig. 2.38)3. Assumimos
que o material em estudo é homogêneo, isto é, consideramos que suas várias proprie-
dades mecânicas são independentes do ponto considerado. Vamos agora assumir que
o material é isotrópico, isto é, consideramos que suas várias propriedades mecânicas
são também independentes da direção considerada, Com esta suposição adicional, R
deformação específica deve ser a mesma para qualquer direção transversal: £, e €,.
Essa valor é chamado deformação específica transversal. O valor absoluto da
relação entre a deformação específica transversal e a deformação específica longita-
dinal é chamado coeficiente de Poisson (Siméon Denis Poisson, matemático
francês, 1781-1840). É normalmente expresso pela letra grega v (ni). Tegaos então:
deformação específica sversal
* = ldeformação especifica longitudinal (2.25)
ou
sabe (2.26)
para es condições de carregamento da Fig. 2.87. Das Equações 2.24 e 2.26, escrevemos
as relações seguintes, que descrevem totalmente as condições de deformações especí-
* ficas sob carga axial paralela ao eixo x:
8 — Poderíamos também supor, do modo errado, que 6 volume de barra vai permanecer constante, como
resultado dos efeitos simultâneos de slongameno axinl e da contração transvorsal
CU
GS
&
5606 G
COUT
UCG
:€:
Ge
RES
29996
9009999
298
OO
399990006
34
EFE
130 Resistência dos Materiais Cop. 2
EXEMPLO 2.8
A Fig. 2.42 mosira um bloco de aço submetido à ação de pressão uniforme em todas
as faces Mediu-so a variação do comprimento AB, que foi de - 24 um, Determinar: (e)
a variação de comprimento das outras duas arestas; (b) ã ie
do bloco. Adotar E = 200 GPa e v «0,29. Si prstedo p aplicada da facos
Fig. ex242
a) Alteração no comprimento das outras arestas. Substituindo
9,=0,=5,=- p nas Equações 2.28 verificamos que as três componentes de deforma-
ção específica tâm um valor comum
4-E-&e -s4 o) (2.29)
Como E, = 8,/AB = - 24 um/80 mm - — 300 4 vamos ter
&=E26-- 800p
donde segue que
à, = 8 (BC) = (-800u)(40 mm) = — 13 um
à = (BD) = (-3004X60 mm) = - 18 um
b) Pressão. Da Equação 2.29 escrevemos
* Ee (200GPaX-2004)
Proto rogo - 1429MPa
Cop.2 Tensão e deformação - carregamento axial 181
*2.13 DILATAÇÃO VOLUMÉTRICA; MÓDULO DE
ELASTICIDADE DE VOLUME *
Nesta Seção estudaremos os efeitos causados pelas tensões normais 6, a, é 0, no
volume de um clemento de certo material. Consideremos para o estudo o cubo
elementar de Fig. 2.41. Enquanto se encontra livre de tensões o elemento tem volume
unitário. As tensões G, 0,8 0, 0 levam à forma de um paralelepípedo-retângulo de
volume
v=(lreM+e +)
As deformações específicas são muito menores que a unidade, e os produtos
entre elas que aparecem no desenvolvimento da expressão acima podem ser despre-
zadas. Temos, então:
v=l+6+5,+E
A mudança de volume do elemento será, chamada e, que tem valor
eav-l=l+e +68, +6-1
ou
eoutmra "- (2.39)
Como o elemento tinha inicialmente volume unitário, o valor e representa a variação
de volume por unidade de valume; e é chamado então de dilatação volumétrica
específica: ou dilatação cúbica específica do material. Substituindo (2.28) em (2.80)
escrevemos:
qa, Pia, + 6, +6)
e E - E
+89,
(2.31)
1-2 )
er E (++)
4 Como a dilatação e representa uma variação de volume, ela deve ser independente da orientação do
elomenta considerado. Segue-se dus Equações 2.30 e 2,81 que as quantidades (:, + E, + 6.) 8(0, 40,4
no são também independentes dessa orientação. Essa propriedade será verificada no Copítulo 6
132 Resistência dos Materiais Cap. 2
Um caso que apresenta interesse especial é o de um corpo submetido à pressão
uniforme hidrostática p. corr E]
iniforme hidrostática p. Cada componente de pressão é então igusl à —p é a Equação
1-2
ico, (2.82)
Adotando a notação
be E
(1 = Bv) (2.43)
a Equação 2.82 se expressa na forma
-P
“ck (2.84)
A constante : é chamada mádulo de elasticidade de volume do material,
Ela é expressa nas mesmas unidades do módulo de elasticidade E, em pascal.
É lógico concluir que um material estável sujeito à hidrostática só pode
contrair seu volume a a dilatação cúbica específica e na Equação 2.34 é negativa. Daí
Segue-se que q módulo de elasticidade de volume é um valor positivo. Na Equação 2.33
vemos que 1-2>0, ou v<1. O coeficiênte de Poisson é positivo, e para materiais
usuais
1
O<v<i
(2.35)
. Podemos imaginar um material ideal com vslor de v igual
ratórial poderia ser dilatado em qualquer direção sem sofrer contrações Jatereis Boo
autro lado, um mataria] ideal que tivesse v = 4, e portanto k = co, seria perfeitamente
compressível (e » 0). A Equação 2.81 nos mostra que, para materiais usuais no regime
elástico (w < 7), aplicação de um alongamento em uma direção, por exemplo a direção
do eixo (0,5 0,0, =, = 0), leva a um aumento do volume (e > 0%.
8 Noxegime plástico, entretanto, o volumo do material permanscs praticamente constante,
Cop. 2 Tensão e deformação - carregamento azin) 138
EXEMPLO 2.9
Determinar, para a bloco de ago da Fig. 2.42, a variação de volume AV quando se aplica
a ele uma pressão hidrostática p = 180 MPa. Adotar E = 200 GPa 6 v = 0,29.
A Equação 2.33 nos fornece o módulo de elasticidade de volume do aço,
E 200 GPa
R= 3d 2) “3d - 0,58 *
168,7GPa
e da Equação 2,34 calculemos à dilatação cúbica específica,
P AS0MPa À a
er coTaaiGos o blStx 10
O volume do blaco no estado indeformado &
V = (80 mm)(40 mm)(60 mm) = 192 x 102 mm?
Como e representa a variação de volume por unidade de volume, e = AV/V,
teremos então
AV = ev = (1194 x 10-H(192 x 102 mm?)
AV = —-218mmê
2.14 DEFORMAÇÃO DE CISALHAMENTO
As Equações 2.28 da Sec, 2.12, relacionando as tensões normais e deformações
especificas, foram deduzidas assumindo-se que não havia tensões de cisalhamento
envolvidas, A Fig. 2.43 mostra um caso de estado de tensões mais geral, onde estão
presentes as tensões de cisalhamento 4, %, & T (DEM como as tensões corres
pondentes ta Ts é 1). Essas tonsães não fôm nenhum efeito direto nas deformações
específicas, » enquanto as deformações permanecerem pequenas, não vão influenciar
a dedução nem a validade das Equações 2.28. As deformações de cisalhamento
tenderão a deformar o cubo elementer cm um paralelepípedo oblíquo.
: E
fo
SOC
É
So
2
3
BEL TOCUSOCOCT
5 €
GC
€
cui
sad
ad
BSCECCUC
3009099994
&
o
9900096
8)
2900:
e
-,
—
o
O
134 Resistência dos Materiais Cop. 2
Fig. 2,43
Tomemos inicialmente um cubo elementar de lado unitário, sujei
tensões de cisalhamento x, e 1, aplicadas às faces do cubo, perpendisslaçao eia
tivamente, aos eixos x e y (Fig. 2.44), (Sabemos da Ses, 1.7 que t, = t,). O elemento
ss defsrma eosumindo a forma de um rombéide de lada unitário (ig 5.45). Dois dis
ângulos formados pelas quatro faces do cubo que estão sob tensão se reduzem para o
valor &- ty enquanto os outros dois aumentam do velor 4 para o valor 3 +,
4
Fig.244
O pequeno ângulo 4,, (expresso em radianos) define a distorção do cubo e é
chamado deformação de cisalhamento correspondente às direções x e 3. Quando a
Cap. 2 Tensão e deformação - carregamento axial 185
deformação provoca uma redução no ângulo formado pelas faces orientadas segundo
os eixos 1 ey, respectivamente (Fig. 2.45), a deformação de cisalhamento 4,,é positiva;
de modo contrário cla é negativa.
Fig.2.45
Devemos notar que, como resultado das deformações de elementos vizinhos
do material, o cubo elsmentar pode também estar sujeito a uma rotação. Todavia, como
no caso já visto das deformações normais, estamos agora interessados cora a estado
real de deformação do elemento, e não com qualquer rotação que lhe seja imposta como
corpo rígidos.
Marcando em um gráfico os valores To é às valores correspondentes de tar
obtemos o diagrama tensão-deformação de cisalhamento, para o material em estudo.
Issa pode ser conseguido realizanda-se um teste de torção, como veremos no Capítulo
3. O diagrama é semelhante âquele das tensões normais obtido para o mesmo material
por um teste de tração, já descrito anteriormente. Todavia, valores tais como tensão
da escoamento, tensão última ete., para um certo material, dão em torno da metade
dos valores obtidos no ensaio de tração desse material. Como no caso das tensões e
deformações específicas normais, a parte inicial do diagrama tensão deformação no
cisalhamento é uma linha reta, Para os valores de tensão que não excedam o limite
de proporcionalidade no cisalhamento, escrevemos então (nos materiais homogêneos
e isotrópicos),
5 Na definição da detorméção de cisalhamento 4,, alguns gutores adotam de modo arbitrário que n
deformação real do elemento é acompanhada por uma rotação, de moda que as faces horizontais do cubo
elementar não rodero. O ângulo 4, é então representado pelo ângulo segundo o qual redaram as outras
duas faces (Fig. 2.46). Outros ainda adatam uma rotação de tal maneira que as faces horizontais girem
no sentido anti-horário de um Angulo 1/2y,, é &s faces verticais girem no mesmo valor 1/2, no sentido
korário (Fig. 2.49) As duas suposições são desnecessários e podem levar a confusõos. Assim, preferimos
neste texta associar a deformação de cisalhamento y,, com uma muslanga no ângulo formedo por duas
faces, ao invés de considerá-la como a rotação de uma certa face sob condições restritivas.
o Resistência dos Materiais Cop 2
£
>
Lg
É 3-r
[0]
Fig. 2,51
Não deve causar surpresa o fato de um carregamento axial causar deforma-
gões de cisalhamento junto com a deformação específica axial, uma vez que a Sec. 17
mostrou que uma força axial P causa tensões normais e de cisalhamento de mesmo
valor nas quetro faces de um elemento orientado a 45º em relação ao eixo da barra.
Isso foi mostrado na Fig. 1.86, que é repetida aqui por conveniência. Na
Sec. 1.6 também se mostrou que a tensão de cisalhamento máxima ocorre em um
Plano que forma ângulo de 45º com o eixo da força. Segue-se de Lei de Hooke,
aplicada a tensões e deformações de cisalhamento, que à deformação de cisalha.
mento y' referente ao elemento da Fig. 2.51b também é máxima: y = 17.
Fig. 1.36 (repetida)
Um estudo mais detalhado da variação das tensões de acordo com « seção
considerada será deixado para o Capítulo 6. Por ora, vamos deduzir uma relação entre
a méxima deformação de cisalhamento y' = y, referente po elemento da Fig. 2.515, e
à deformação específica normal e, na direção do carragamento. Para essa propósito,
vamos considerar o elemento prismático obtido quando se intercepta o tubo elementar
da Fig. 2.51a por um plano diagonal (Pigs. 2.590.5). Esse nova elemento, inicialmente
com a forma apresentada na Fig. 2.520, se deforma até se transformar no elemento
da Fig. 2.52e, que tem lados horizontal e vertical, respectivamente, 1 ++, € L-ve, O
Cap: Tensão e deformação - carregamento axiol 141
êngulo formado. pela (ace oblíqua e pela face horizontel do elemento da Fig. 2.52b 6 -
exatamente metade do ngulo reto do cubo elementar da Fig. 2.51%. O ângulo f no
qual este ângulo se transforma deve ser então metade de 1/2 - tm. Escrevemos então:
Em
P-402
1 1 t-va
1 1 1+5
fa) tb) (o)
Fig. 252
Da expressão trigonométrica da diferença de dois ângulos temos, para tan-
gente:
Im
1-tg 2
1+ tarte
Ym
ico
teb= a (2.39)
1
2
Da Fig. 2.52% podemos ver que:
igbel (2.40)
l+e,
Igualando (2,39) e (2.40) e isolando 4, escrevemos:
(+ ve
Tm ="
GEC
o
o)
o
S
as
5
sy
Be Cc
299996
3999
aos
O
o
G
SO
o
9909909990
O)
E)
É
300
12 Resistência dos Materiais Con. Z
Como 6, << 1, o denominador da expressão acima pode ser adotado igual a 1;
teremos então:
me (14 ve (2.41)
que é a relação procurada entre a deformação de cisalhamento máxima 4, é a
deformação específica axial e,.
Para obter uma relação entre as constantes E, ve 6, lembramos que, pela Lei
de Hooke, yy = Tn/G, & que, para carga axial, e, = 0,/B. A Equação 2.41 será escrita
como:
Em Ra
E U+F
Resolvendo para G, temos
G- Em (2.42)
leva,
Da Fig. 1.36 vemos que q, = P/A e que x « P/ZÁ, onde A é a área da seção
transversal da barra. Dessa maneira temos t,,/0, » 1/2.
ca
E (2.43)
S- me
que exprime o módulo de elasticidade transversal G em função do módulo de elastici-
dade E e do coeficiente de Poisson v.
PROBLEMA RESOLVIDO 25
Um efreulo de diâmetro d - 230 mm é desenhado em uma placa de alumínio sem
tensões, de espessura é = 20 mm. Aplicam-se então forças que afitam no plano da placa,
causando as tensões normais 0, = 84MPa e q, = 140 MPa. Adotando-se v.= 1/3 €
E » 70 GPs, determinar as variações que ocorrem: (a) no comprimento do diêmetra
AB; (b) no comprimento do diâmetro CD; (c) na espassura da placa; (d) no volume da
placa.
Cap. 2 Tensão e deformação - carregamento axiol 143
Lei de Hooke. Notamos que c, = 0. Utilizando as Equações 2.28, determi-
namos 4 deformsção específica na direção de cada eixo coordenado:
de Ny Vê 1 1140) - +0,533x 10-2m/
TEST (8-0-[140)-+0,588% im
aee
vo vo, 1 .
peca 1 —3 84 + 0 - 7140) - - 1,087x 19: mim
q 1 1
EI - 103
E "ox gd (-7 8440 + 140) = + 1,800 x 10-S zm
a) Diâmetro AB. A variação no comprimento é 8,4=, É
ôpa = Ed a (0,583 x 10-3)/(230)
daam + 1226x 10mm
b) Diâmetro CD
dep = ed = (1,60 x 10-3(280)
dep - + 368 x 10?mm
c) Espessura. Temos t = 20 mm, à
8 = 8 É = (1,067 x 10-3) (20)
& =-21,3x10%mm +
144 Resistência dos Materiais Cap. 2
d) Volume, Utilizando a Equação 2.30 escrevemos:
CE +6 +68 = (+0,5589 - 1,067 + 1,600104 = 1,067 x 105
4V = cV = + 1,067 x 10-2(380)(380)(20))
AV=-+308m?
PROBLEMAS
2.68 Em um teste de tração, uma barra de alumínio de 20mm de diã
E a le diâmetro é
submetida a uma força P de 80 kN. Sahendo-se que E = 80 GPae v - 0,35, determinar:
ta) o alongamento da barra, em um tracho central de 150 ; iaçã
diâmetro da barra. º cos (+ variação do
i 20mnceiâmetro
180mm|
Fig. P2.66 e Fig. P2,67
2.67 Em um teste de tração, uma barra de 20 m de diâmetra, feita de um plástico
que acaba de ser desenvolvido, € submetida a uma força P de intensidade 6 kN,
Sabendo-se que um alongamento de 14 mm e um decréscimo de 0,85 mm ho diâmetro
são observados, em um trecho central de 160 mm da comprimento, determinar: q
módulo de elastiridade longitudinal (E), o módulo de elasticidade transversal (G) e o
coeliciente de Poisson (v) do material. .
Cop.2 Tensão e deformoção carregamento axial 145
2.68 Uma linha de inclinação 4:10 é desenhada sobre uma place de latão-amarelo
de 150 mm de largura e 6,85 mm de espessura. Usando a tabela do Apêndice B, para
esse material, determinar a inclinação da linha quando a placa é submetida a uma
carga axial centrada de 200 kN, como indicado.
15 |
baonmml
Fig. P2.68
2.69 Um tubo de aço de 1,8m de comprimento, 300 mm da diâmetro externo e
13mm de espessura é usado como uma pequena coluna e suporta uma carga axial
centrada de 1335 kN. Usando a tabela do Apêndice B, para aço estrutural, determinar:
(a) a variação de comprimento do tube; (b) a variação do diâmetro externo da tubo; (e)
a variação da espessura da parede do tubo.
18m
Fig. P269
2.70 Um quadrado de 20 mm de lado é dessanhado na parede de um vaso de pressão
de aço de grandes dimensões. Depois de pressurizado o estado biaxial de tensões no
quadrado é como o mostrado. Usando a tabela do Apêndice B, para o aço estrutural,
determinar a variação do comprimento: (a) do lado AB; (b) do lado BC; (e) da diagonal
AB.
(4 €
CCUGUU
E
o
5
&)
BOGTUCCÊCo
999094
2290999959
“3
30900
É
m
t
É
to
200050989
309)
é.
2
150 Resistência dos Moterivis Cop. 2
Simansões emmm
so
df
n
Fig. 2.84
2.85 Qual carga P poderia ser aplicada à placa do Prob. 2.84, ;
deflexão vertical de 1,5mm? Ê vob did, para producis tama
2.86 Dois blocos de borracha com um médulo de elasticidade transversal
G» 12 MPa são coladas aos suportes rígidos e à placa AB. Sebendo-se que
c=100mm e P= 46N, determinar as menores dimensões para e b dos blocos, se a
tensão de cisalhamento para a borracha não deve exceder a 1,45 MPa e a deflexão da
plsca deve ser pelo menos de 4,7mm.
. Fig. P2.66 e Fig. P2.87
2.87 Dois blocos de borracha com um médulo de elasticidade transversal
(= 10,3MPa' são colados nos suportes rígidos é à placa AB, Sabendo-se que
Cop. 3 Tensão e deformação - carregamento axial 151
b = 200 mam e c = 126 mun, determinar a maior carga P admissível para os blocos, se a
tensão de cisalhamento na borracha não deve exceder 1,45 MPa é a deflexão du placa
deve ser pelo menos da 6,4 mm.
+288 Um suporte isolador de vibração consiste em uma barra 4 de raio
R= 10 mm e um tubo B de raio interno R; = 25 mm, fixados a um tubo de borracha
central de B80mm de comprimento e com módulo de elasticidade transversal
G= 12 MPa Determinar a meior força P admissível que pode ser aplicada à barra 4,
sendo que a deflexão não pode exceder a 2,50 mm.
Fig. P2.88 a Flg. P2.89
*2.89 Um suporte isolador de vibração consiste em uma barra A de raio Rj e um
tubo B de raio interno Rs, fixados a um tuba de borracha central de 80 mm de
comprimento e com módula de elasticidade transversal G = 10,93 MPa. Determinar o
valor necessário da relação R$/R,, se uma força P de 10 kN causa uma deflexão de
2mmns barra 4.
*2.90 Mostre que, para qualquer material dado, a relação G/E, mádulo de elastici-
dade transversal pelo módulo de elasticidade longitudinal, é sempre menor do que 1/2,
porém maior do que 1/3. (Sugestão: Consulte a Equação (2.43) e a Sec. 2.13.)
“292 As constantes dos meteriais E, G, k e v são relacionadas pelas Equações,
(2.83) e (2.43). Mostre que qualquer uma destas constantes pode ser expressa em
tarmos de qualquer cutra duas constantes. Por exemplo, mostre que:(a)
k = GEXDG - 3E) e (b) v = (8k - 26)6L + 26).
152 Resistência dos Materiais Cop. 2
2.16 DISTRIBUIÇÃO DAS TENSÕES E
DEFORMAÇÕES ESPECÍFICAS
CAUSADAS POR CARREGAMENTO AXIAL;
PRINCÍPIO DE SAINT-VENANT
Adotamos até este ponta que as tensões normais são uniformemente distribuídas em
qualquer seção transversal perpendicular ao eixo de uma barra, no caso de força axial.
Coma vimos ne Sec. 1.2, essa suposição não se verifica ne vizinhança do ponto de
aplicação da força, e a determinação da tensão real em qualquer seção é um problema
estaticamente indeterminado.
4 Sec. 2.9 mostrou como resolver um problems estaticamente indeterminado,
envolvendo a determinação dc forças, por meio de considerações sobre as deforma.
Sães causadas por essas forças. É razoável concluir então que na determinação de
tensões em uma barre devemos analisar as deformações específicas produzidas
na barra. por essas tensões. Esse é o enfoque enconirado am textos meis avançados,
onde a teoria matemática da clasticidade é usada na determinação da distribuição de
tensões correspondente à vários casos de aplicação das forças nas extremidades de
barras. Neste texto, empregando os métodos matemáticos que supomos ao aleance de
vim curso básico, determinaremos apenas a distribuição de tensões para o caso em que
são utilizadas duas placas rígidas para a transmissão das forças à barra (Fig. 2.53).
. t.
Fig.2,53
Cop. 2 Tensão e defarmação - carregamento axial! 152
Se as forças são aplicadas na centro das placas$, estas deverão se mover uma
em direção a outra sem rotação, provocando um encurtamento da barra e um aumento
na largura e na espessura. É lógico assumir que o eixo da barra se mantém retilíneo,
que as seções planas se mantêm planas e que todos os elementos sa defarmam de
mesme maneira, Essa suposição é compatível com as condições das extremidades da
barra.
O que foi dito está ilustrado na Pig. 2.54, que mostra ujá modelo de borracha
antes e depois do carregamento!O, Desde que todos os elementos se deforimam da
mesma maneira, a distribuição de deformações específicas ao longo do material deve
ser uniforme, A deformação aspecífica axial +, e a deformação específica transvarsal
& = - v6, são constantes. A Lei de Hooks pode ser aplicada se o muterial não ficar
sujeito 8 tensões que excedam o limite de proporcionalidade. Podemos escrever
q, = Ee, donde se deduz que a tensão q, também é constante. Então, a distribuição de
tênsães é uniforme ao longo da modelo, e em qualquer ponto,
P
"ua" 4
p
Fig. 2.54
8 — De modo maia preciso, podermos dizer qua a linha de ação das Forças passa pelo centróide da seção
transveraal (of. See. 1.9).
10 Para barras longas e delgndas ocorre outra configuração de deformação s» a força é euficiontemente
grande; ocorre a Hambagem da barra, que assume uma forma curva. Este assunto será visto no
Capítulo 11.
Cr
Ç
Ç
GUCOSCCOUCSUCO
o
Gere
n
BeOCEcCeEScUccCE
Sa
a
q
O
&
&
G
Q
€
r
5999009
í
a
200)
3
IDE
9200
14 Resistência dos Materiois Cop. 3
Se as cargas são concentradas, como mostra a Fig, 2.55, os clementos da
visinhança dos pontos de aplicação das forçes ficam submetidos a grandes tensões,
enquanto outros elementos próximos às faces do modelo não são afetados pelo carre-
gamento. Grandes valores de tensões e deformações específicas são observados nas
vizinhanças do ponto de aplicação das forças, enquanto não ocorre deformação alguma
nos vértices do modelo. À medida que analisamos elementos mais e mais afastados
das extremidades da barra, notamos uma progressiva equalização das deformações,
conduzindo a uma distriburição mais uniforme de tensões e deformações específicas aa
longo da seção transversal. Esse fato fica bem caracterizado na Fig. 2.56, que mostra
es resultados obtidos no estudo da distribuição da tensões em uma placa retangular
fina, sujeita à carga concentrada, resultados esses obtidos por meio de métodos
matemáticos avançados. Notamos que a uma distância b de qualquer borda da placa,
sendo b a largura desta, a distribuição de tensões so longo da seção transversal é
praticamente uniforme, Pademos então assumir o valor da tensão normal em qualquer
ponto daquela seção transversal como senda a tensão média q, = P/A. Assim, para as
seções transversais situadas a uma distância igualou maior que 6 da extremidade da
barra, a distribuição de tensões na seção transversal é a mesma, quer a barra tenha
sida carregada como indicado na Fig. 2.65 ou na Fig. 2.54, Em outras palavras, com
exceção dos pontos na vizinhança do ponto de aplicação da força, a distribuição de
tensões pode ser adotada independentemente do modo como se aplica o carregamento.
Este resultado, que não se aplica somente a carregamento axial, mas a qualquer tipo
de carregamento, é conhecido como princípio de Saint-Venant (Adhémar Barré de
Saint-Venant, matamático é engenheiro francês, 1797-1886).
Fig. 2.55
Cap.2 Tensão e deformação — carregamento axial 155
E po! :
t TA Som
=] 5 |
1 .
L
iii Dur
rá
in = 0,973 mãos Gin = 0.6680,não Ort = 0.1980mãa
Omi L027Onga Cmte = 1387Orãa Omi = 25750çã
-
Fig. 2.56
O princípio de Saint-Venant torna possível substituir um certo carregamento
por eutro mais simples, por ocasião de calcular as tensões em uma pega estruturel.
Devemos ter em mente, no entanto, dois pontos importantes para aplicação da
princípio:
1. Gesrregamento real eo carregamento usado na determinação das tensões
devem ser estaticamante equivalentes. :
2. Nas proximidades dos pontos de aplicação das forças a determinação das
tensões se faz por meio de métodos matemáticos avançados ou métodos
experimentais, não podendo ser usada a simplificação acima.
Devemos observar que as placas utilizados para distribuir as tensões de
maneira uniforme (Fig. 2.54) devem permitir a livre deformação da barra na direção
lateral. Assim, as placas não devem ser coladas à barra, mas devem apenas ser
colocadas em contato com ela; devem também ser suficientemente lisas para não
impedir a expansão lateral. Tais condições podem ser obedecidas para barras sujeitas
a forças da compressão, mas não podem ser cumpridas para materiais sujeitos à
tração. Mas mesmo que não se possa fazer ou usar ligações reais que levem a uma
distribuição uniforme das tensões, é importante podermos idealizar um modelo que
permita a distribuição das tensões de maneira uniforme, Tendo em mente esse modelo
” ideal, podemos então compará-lo com as condições reais de carregamento encontradas
na prática. .
10 Resistência dos Materiais Cap.2
EXEMPLO 2.12
Uma barra de comprimento L - 500 ram é área da seção transversal À = 60 mm? é feita
de msteriel elastoplástico, com módulo de elasticidade.Z = 200 GPa na zona elástica
é tensão de escoamento 0, = 300 MPs. A barra está submetida à carga axial até que
seu alongamento atinja o valor de 7 rum, quando 6 carregamento é ramovido. Qual é
a deformação permsnente resultante?
Voltando ao diagrame da Fig. 2.60, vemos que a máxima deformação espeef.
fica, representada pela abscissa do ponto C, é
%e Imm Ss
ce TS Todas" é x 10
Por outro lado, a deformação específica no escoamento representada pela
abscissa do ponto Y, é
Se 300 x 108Pa 3
“E “200 x loPa * 15x 10
4 deformação específica após o descerregamento é representada pela absciasa
£p do ponto D. Vemos, pela Fig. 2.60, que
p-ADo YO=t-s
= 14x 103 1,5x 1030 12,6.x 1003
À deformação permanente é ôp, correspondente à deformação específica sp.
Temos
dp = ep L = (12,5 x 10-%500mm) = 6,25mm
EXEMPLO 2.13
Uma barra circular de 800mm de comprimento e área de seção transversal
Ap = 45 min? é colocada dentra de um tubo de mesmo comprimento à área de seção
transversal 4, » 60 mm?, As extremidades do tubo e da barra são presas a um apoia
fio e a uma placa rígida como mostra a seção longitudinal da Fig. 2.61. À barra e o
tubo são de material elastoplástico, com módulos de elasticidade E, = 200 GPs e
E,» 1D0 GPa, e tensões de escoamento (05), = 200 MPa e (0,), = 250 MPa. Desenhãr o
disgrama força-deformação do conjunto barra-tubo, quando uma força P é aplicada à
placa,
Cop. 2 Tensão e deformação = carregamento axial 161
Inicialmente determinamos o esforço interno e o alongamento da barra
quando começa o escoamento:
(Pode = (os)oAb = (200 MPat45 mom?) = 9 kN
(op) 200 MPa
oo = (ok = DEL = SopMbo (800 mm) « 0,8 mm
Tubo
é Plata
|
Barra q
-800 no
Flg.ex.2.61
Como o material é elastoplástico, o diagrama força-deformação da barra
consiste em uma reta inclinada e uma reta horizontal, como mostra a Fig. 2.620.
Adotando a mesma sequência para o tubo, temos ,
(Pe = (oiee = (250 MPaX60 mm?) = 154N
(de, . 260MPa .
Ci = (dl = “GEL - oo gpa (800 mm) - 2mm
CÍ
:€
Ç
SIGOCCODESCO
3
2065 E 656
&
PEIES E
CC GSEC
3
a
39908€
39909099
r
99909999
2309
m
O)
E]
a
:9:9
JEI LS
162 Resistência dos Materiais Cap.2
0 08 5 mm)
ta)
P(A)
24]
0 08 20 E (mm
to
Fig. ex.2.62
O diagrama carga-deslocamento apenas do tubo é mostrado na Fig 2.62b.
É fácil ver que a carregamento e o alongamento do conjunto barra-tubo são, respecti-
vamente,
P-B+P, 3=3=5
Desenhamos então o diagrama força-deslocamento desejado somando as coor-
denadas dos diagramas para a barra é para c tubo separadamente (Fig, 2.630). Os
pontos e, e e, correspondem ao iníeio do escoamento na barra e no tubo, respectiva-
mente. "
EXEMPLO 2,14
Se a carga P aplicada ao conjunto berra-tubo do Ex. 2.13 aumenta de zero até
19,5kN e decresce novamente até zero, determinar: (a) o máximo alongemento do
conjunto; (b) a deformação permanente após a remoção do carregamento.
Cop. Tensão e deformação = carregamento exial 163
a) Alongamento máximo. Recorrendo à Fig. 2.62, observamos que a
carga Préx = 19,6 kN corresponde a um ponto localizado no segmento Y,Y, do diagrama
carga-deformação do conjunto. Assim, a barra atingiu a zona plástica, com
P, = (Pi) = 9 kN e (cs,)y = 200 MPa, enquanta a tubo ainda está em regime elástico com
P=P-P,=195kN-9kNc= 10,5kN
q = Pt MEN
tC A" 60mmê
= 175 MPa
L 175 MPa
E - “Too GPa (800 mm) = 1,40mm
&-aL=
O máximo alongamenta do conjunto é, então,
disc = B = 1,40mm
b) Deformação permanente. Fazendo agora a farça P desrascer da
19,5kN até zero, os esforços internos P, e P,-decrescem segundo uma linha reta,
mostrada nas Figs. 2.64a e b, respectivamente. A força P, decresce segundo a linha
CD paralela à porção inicial da curva de carregamento, enquanto a força P, decresce
ao longo da curva de carregamento briginal, uma vez que o ponto de escoamento não
fot atingido para o tubo. Sua soma P, então, irá decrescer ao longo da linha CE,
paralela à linha 0%; da curva força-deformação do conjunto (Fig, 2.64). Da Fig. 2.62
podersos calcular a declividade de 0%, e de CE, que é m = 15/0,8 = 18,75. Na Fig. 2,64c,0
segmento FE representa a deformação ô' do conjunto durante o descarregariento,
e o segmento OE representa a deformação permanente 3, após a retirada da carga P.
Do triêngulo CEF, temos
0 Pinéx 19,60
dorm 018,76" hOtmm
A deformação permanente é então
do = mix + 5º = 1,40 - 1,04 - 0,38mm
154 Resistência dos Materiais Cop, 2
PN)
Fig. ex.2,63
., A discussão sobre concentrações de tensões da Sog. 2,17 foi conduzida assu-
minda-se pera o material uma relação tensão-deformação linear. As distribuições de
tensõesmostradas nas Figs. 2,57 e 2.68, bem como os coefíciei
e ntes de concentração detensões
de Fig. 2.58, não podem ser usados quando ecorrem deformações plásticas, isto
é qu : S á
sm sendo o valor de Og, Obtido dessas figuras ultrapassa a tensão de ascoa,
Considerando novamente a placa da Fig. 2.57 « i
: ig. 2.57 com um furo circular, va
adotar que o material que a constitui é clustoplástico, ou seja, que o dizgrama
tensão deformação específica é aquele da Fig. 2.60. Enquanto não acontecem defor-
mações plásticas, a distribuição de tensões segue o modelo da See. 2.17 (Fig. 2.64),
A área limitada pela curva de distribuição das tensões, de valor foda, é igual à
intensidade da força P. Assim, a área e o valor máximo O,.6, da tensão devem crescer
com o aumento da força P.
Enquanto rs, £ O, às distribuições de ô ivas, obti À
ma a gi tensões suces:
e sivas, obtidas com q
vão apresentar sempre a mesma forme mostrada na Fi
7 o emp ig 2.576
repetida na Pig. 2.644. Tina vez atingido o valor P,, ou ultrapassado esse valor, a
ea
Cap. 2 Tensão e deformação - carregamento axial 165
distribuição de tensões começa à se alterar na vizinhança do furo. 4 maior tensão que
pode ocorrer no material é Qmis = Gps € 08 pontos rãs proximidades do furo passam a
apresentar esse valor para a tensão (Figs. 2.64 ec). Isso significa que o material está
se escoando na vizinhança da descontinuidade da placa, Se a carga P continuar
aumentando, a região atingida pelas tensões de escoamento sc expande até atingir as
bordas da placa (Fig. 2.64d), Nesse ponto, a distribuição de tensões torna-se constante
ao longo da seção da placa, & = 9, € o correspondente valor de P é o maior valor que
pode ser utilizado sem causar a ruptura da chapa (P =Py).
É interessante comparar o valor méxifho P, da força que pode ser aplicada
quando não se desejam deformações permanentes, cori o valor P, que causa a ruptura
da barra. Tomendo a expressão da tensão média, Oéa = PIA, senda À a área da seção
transversal, e lembrando a definição de coeficiente de concentração de tensões,
K - Orts/Orotás EStrEVemOS
(2.45)
pera qualquer valor de Gogx
P,e da Equação 2.45 -
que não exceda q, Quando Cnge= 0, (Fig, 2.646), temos
Pp, (2.48)
Por outro lado, quando P = Pr; (Fig. 2.645), temos Gg = G., & então
Pyeoà (247)
Comparando as Equações 2.46 e 2.47, concluímos que
(2.48)
*2.19 TENSÕES RESIDUAIS
No Exemplo 2.12 da Seção anterior, consideramos uma barra que sofreu alongamento
além da deformação-correspondente ao início do escoamento. Ao retirarmos o carre-
gamento, a barra não recuperou o seu comprimento inicial, permanecendo deformada
permanentemente. No entanto, ao retirarmos o carregamento, todas as tensões desa-
pareceram. Esse caso não deve ger encarado como um fata geral.
Cote Cod
Co (3 6
Ee tes
ECO
65 €
€
“ay
3 € E E
E
3 E
BE ECE
E
Os
o
o
c
o
O
e
o
99009
290
3
e
395990
17” Resistência dos Materinis Cap. 2
Se, . | S00MPa
da tbm FE * (MODGPs) (em) - âmm
Como Pçg = Pap = 120 kN, a deflexão correspondente no ponto C ocorre quando
Po 120kN
A" EOommé * 240 MPa
240 MP:
2006Pa
a
do, = eb Fu (5m) = êmm
flémm O Em
Barra AD Bara CE
Diagramas forga-deformação
co ponte
0
(8) Deflexão final
Cop.2 Tensão e deformação - cerregamento azia! 171
A deformeção correspondente em B é
dg, = 164, + do) = H8mm + 6mm) = 45mm
a
Como devemos ter 3, = 10 mm, concluímos que devem ocorrer deformações
plásticas.
Deformações plásticas, Deformações plásticas ocorrem na barra AD para
Q = 240KN, sendo a4p = 300 MPa. Como a tensão na barra CE está na regime elástico,
ôp permanece em 6 mma. 4 deflexão à, necessária pare levar 8g 2o valor de 10 mm é
dp, = 10mm = i(ôy + 6mm) d4 - 14mm
Descarregamento. Enquanto a força Q é gradualmente removida, a força
Pap decresce ao longo da linha Hd paralela à porção inicial do diagrama força-defor-
mação da berra AD. À deflexão final do ponto 4 é
da, = 1mm - mm - llmm
Como a tensão na barra GE se manténi no regime elástico, vemos que a
deflexão final no ponta C é zero.
PROBLEMAS
2.92 Sabendo-se que a tensão normal admissível para o aça da barra mostrada vale
150 MPa, determinar a máxima força P admissível, axial e centrada, que pode ser
aplicada à barra.
2.98 Uma força axial e centrada, de intensidade P = 40 kN, é aplicada à barra de
aço mostrada. Determinar o máximo valor da tensão normal: («) em A; (b) em B.
Fig. P2.92 6 Fig. P2.93
1" Resistência dos Materigis Cap. 2
2:94 Uma força axis] e centrada, de intensidade P = 270kN é aplicada: à barra de
aço mastrada. Determine o máximo valar da tensão normal na barra, sabendo-se que:
(a)d=120mmer=15mm;(b) d = 100mmer-25mm; (dd=TGmmer=40mm.
2.95 A tensão normal admissível para o aço da barra mostrada vale 125 MPa
Determinar a máxima força P admissível, exiel e centrada, que pode ser aplicada à
barra, sabendo-se que d = 100 mm e: (a) r = 15 mio; (b) = 25 mm.
Flg. 2.946 Fig. 2.95
286 O corpo de prova de alumínio mostrado é submetido a duas forças centradas
e axiais iguais e opostas, de intensidade P. Pede-se: (a) Sabendo-se que E = 70 GPae
Oaim = 200 MPe, determinar o máximo valor admissível de P e o correspondente
alongamento para & &mostra total; (6) resolver o item a, considerando que o corpo de
prova fai substituído por uma barra de alumínio de mesmo comprimento, mas de seção
transversal retangular uniforme de 60 x 15 mm.
Dimensões em mm
Fig. 2.96
2.97 Para o corpo de prova da Prob. 2.96, determinar 0 máximo valor da tensão
normal correspondente ao alongamento tokal de 0,75 tam.
Cap. 2 Tensão e deformação - carregamento axial 173
2.98 Uma força axial e centrada P é aplicada à barra de aço mostrada. Sabendo-se
que Ogam = 165 MPae b = 75 mia, determinar: (a) o maior valor admissível para P; (b)
o menor valor permissível de rp para que no arredondamento e tensão normal
admissível não seja excedida com a aplicação da carga P encontrada no item a.
2.99 Uma força axial centrada P, de intensidade P = 90 kN, é aplicada à barra de
aço mostrada. Sabendo-se que à - 90 mm, determine: (a) a máxima tensão normal no
furo; (b) o menor valor permissível de rg se a méxitna tensão normal no arredonda-
mento não deve exceder a máxima tensão normal-no furo.
ismm
Fig. P2.88 é Fig. P2.98
2.100 Uma barra cilíndrica AB tem um comprimento L de 1,83m e um diâmetro de
32 mm. Ela é feita de um aço dose, que é assumido ser elastoplástico com
E = 200GPa e 0, = 250 MPa. Uma força P é aplicada na barra até a sua extremidade
A descer de um valor ô,. Determinar o máximo valor da força P e deformação
permanente da barra, depois que a força for removida, sabendo-se que: (a)
- e dm = 8,2 mm; (6) do = 6,85 mm.
2,101 Uma barra cilíndrica AB tem um comprimento L de 1,50 m e um diâmetro de
20mm. Ela é feita de um aço doce, que é assumido ser elastoplástico com
E = 200 GPae q, - 250 MPa Uma força P é aplicada à barra e depois removida, dando
a ela uma deformação permanente 8,. Determinar o máximo velor da força P e da
deformação d,, para que a barra seja alongada, produzindo um valor ô, desejado de:
(a) 2,5 mm; (b) 5,0 mm.
“A
ts
5 €3
Ec
&
9
GGCsS
vSS
E Ge
y
=
CCOCECCESUS
PGEGE
9963996
S9999099999999095
G
174 Resistência dos Materiais Cap. 2
Fig. P2.100 e Fig. P2.101
2.102 Aburra ABC consiste em duas porções cilíndricas AB e BC; ela é feita de
um aço doce, que é assumido ser elastoplástico com E = 200 GPae q = 250MPa Uma.
força P é aplicada à barra e depois removida, dando a ela uma deformação perma-
nente 5, » 2mm. Determinar o máximo valor da força P e o máximo valor ô,, para
que a barra seja alongada, produzindo a deformação permanente desejada.
2.108 Abarra ABC consiste em duas porções cilíndricas AD e BC. Ela é feita de um
ago doce que é assumido se elastoplástico com E = 200 GPa.e q, = 250 MPa. Uma força
Pé aplicada à barra até que sua extremidade À se mova para baixo, de um valor igual
a ô, = 5 mm. Determinar o máximo valor da força P e a deformação permanente na
barra depois da força ser removida.
40 mm
diâmeiro
somm
diâmetro
Fig. P2.102 e Fig. P2.103
2.104 A barra AB consiste em duas porções, AC e CB, cada uma com 200mm de
comprimento c 1986 mm? de área da seção transversal. A porção AC é feita de um aço
doce com E = 200GPa E o, -250MPs, a porção CB, de um àço rápido com
E =200GPae a, = 350 MPa Uma carga P é aplicada em €, como indicado. Pede-se:
(x) Assumindo que ambas os aços são elastoplásticos, desenhe o dingrama carge-de-
flexão para q ponto C; (6) Se P cresce gradualmente desde zero, determinar a máxima
deflexão em C, a máxima tensão em cada porção da barra e a deflexão permanente do
ponto C.
Cap.2 Tensão e deformação - carregamento axial 175
Fig. P2.104
2.105 Para a barra composta do Prob. 2.104, se P cresce gradualmente desde zero
até a deflexão do ponto O atingir um valor máximo , e, depois, retorna a zera, pede-se
determinar o máximo valor de P, a máxima tensão em cada porção da barra, e a
deflexão permanente em €, quando: (2) à, = 0,28 mm; (b) 8, = 0,38 mm.
2.108 Uma barra de 300mm de comprimento e seção transversal retangular de
20 x 50 mm consiste em duas lâminas de aço doce, cada uma com 6 mun de espessura
coladas a uma lâmina central de 8 mm de espessura, de aço temperado. Esta barra
composta é submetida a uma carga axial central de intensidade P. Assume-se que
ambos os aços são elastoplásticos com E = 200 GPa e com tensão de escoamento de
250MPa e 680MPa, respectivaménte para o aço doce e para o aço temperado.
Desenhe o diagrama carga-deflexão pers a barra composta. Usando este diagrama,
determinar o máximo valor de P, à máxima tensão em cada lâmina, e a deformação
permanente na barra quando P cresce gradualmente desde zero até a deformação
da barra atingir um valor máximo à, & então retornar a zero, considerando: (a)
Bm = 0,621mm; (6) 8, = 1,242mm. --
s00mm
Flg. P2.106