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Guias e Dicas
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Técnicas verticais aplicadas à ambientes não urbanos: ancoragens, Provas de Engenharia Militar

Trabalho apresenta como item de avaliação para o curso de formação de oficiais - CFO/ Goías

Tipologia: Provas

2016

Compartilhado em 12/12/2016

marlucio-trajano-9
marlucio-trajano-9 🇧🇷

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Baixe Técnicas verticais aplicadas à ambientes não urbanos: ancoragens e outras Provas em PDF para Engenharia Militar, somente na Docsity! SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA E ADM. PENITENCIÁRIA CORPO DE BOMBEIROS MILITAR CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS Página 1 de 12 Curso de Formação de Oficiais Técnicas verticais aplicadas à ambientes não urbanos: a utilização de ancoragens como meio de fortuna em ocorrências de salvamento em altura. PROJETO DE PESQUISA PARA CONCLUSÃO DE CURSO TEMA Técnicas verticais aplicadas à ambientes não urbanos: a utilização de ancoragens como meio de fortuna em ocorrências de salvamento em altura. INTRODUÇÃO Como o aumento do processo de verticalização de prédios por causa do crescimento populacional se torna necessário o aprimoramento de técnicas verticais em salvamento em altura utilizadas pelos bombeiros militares para efetuar resgates de pessoas em situações de risco sendo essas pessoas, moradores de prédios, pessoas que sobem em arranha-céus para atentar contra a própria vida ou operários da construção civil que ficam presos em sistemas feitos com cordas mal executados (AGUIAR, 2016). Desta forma para Costa (2011) o salvamento em altura é uma atividade desenvolvida por bombeiros para localizar, acessar, estabilizar e transportar vítimas mediante o emprego de técnicas de salvamento em locais elevados, com base em normas de segurança e procedimentos de ancoragem e descida específica. Importante salientar que “[...] o atendimento a uma ocorrência de salvamento em altura usualmente se dá de forma isolada, uma vez que envolve um cenário em três dimensões, em que a vítima encontra-se suspensa em um local elevado de difícil acesso” (CORPO DE BOMBEIROS DA POLICIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2006, p.04). Entretanto, os profissionais bombeiros militares especializados em ocorrências em ambientes verticais, seja em construções com elementos Página 2 de 12 Curso de Formação de Oficiais Técnicas verticais aplicadas à ambientes não urbanos: a utilização de ancoragens como meio de fortuna em ocorrências de salvamento em altura. estruturais ou locais não urbanos, tais como: florestas, cânions e cachoeiras, ribanceiras e etc; necessitam fazer e executar a intervenção rápida, propriamente dita nesses locais e, deverão estar seguros de si, tendo domínio das técnicas e do manuseio de materiais e equipamentos, com o propósito de atenuar de forma rápida, precisa e segura o socorro a quem precisa (SOUZA, 2011). O Salvamento em Altura no âmbito do Corpo de Bombeiros de Goiás (CBMGO), tem como missão, diferenciada das outras formas de salvamentos, o resgate de vitimas em cenários elevados e de difícil acesso, onde é necessário o uso de habilidades especificas para executar a atividade de resgate (GUIA TÉCNICO DE SALVAMENTO EM ALTURA, 2014). Dentre as técnicas desenvolvidas no Salvamento em Altura estão a escolha dos pontos de ancoragens e qual o melhor tipo de ancoragem a ser executada para determinada ocorrência, no tocante, a essa vertente existem formas de fixação de sistemas com cordas, tais como expõe a apostila do curso de salvamento em altura do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (2011): ancoragens naturais, artificiais, emergenciais e humana. E, em relação aos tipos de ancoragens Gonçalves (2001) coloca que existem três modos de montagens de ancoragens que são as equalizadas, ponto bomba e Back up. Todavia, existem locais onde não oferecem meios para executar uma ancoragem, assim sendo, deve-se improvisar, porém de forma segura e confiável, isto é, utilizando meios de fortuna que podem ser confeccionados com utilização de estacas, tripé vertical e estaíado para ascensão e descensão de vitimas, ambas as técnicas produzidas com madeiras de diâmetros diferentes (DELGADO, 2004). Contudo, sobre o assunto exposto, no que tange técnicas verticais com ênfase em ancoragens improvisadas, nota-se a falta de um guia técnico que mostre a confecção de tais mecanismos que ajudem nas ocorrências de Salvamento em Atura em ambientes não urbanos e todos os locais aonde tenha uma altura maior que dois metros (BRASIL, 2012). Desta forma, será sugerida a produção de um guia técnico com o propósito de “[...] demonstração didática das técnicas e operações nas operações de salvamento em altura, além de elevar o nível de segurança e eficiência destas atividades” (GUIA TÉCNICO DE SALVAMENTO EM ALTURA, Página 5 de 12 Curso de Formação de Oficiais Técnicas verticais aplicadas à ambientes não urbanos: a utilização de ancoragens como meio de fortuna em ocorrências de salvamento em altura. b. Demonstrar a importância de um guia técnico através de uma pesquisa quantitativa para os militares do CBMGO no que tange a praticidade do material de consulta; c. Elaborar um questionário para ser aplicado com os militares do CBMGO; e d. Mostrar através de testes com o aparelho tensiômetro a carga de ruptura das ancoragens utilizando meios de fortuna. 5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 5.1 Salvamento em altura A atividade de salvamento em altura é uma das missões dos bombeiros militares que necessita de muito estudo e técnicas apuradas para socorrer vitimas em locais elevados, onde a segurança é primordial para uma ótima execução da ocorrência, desta forma: Para a utilização do salvamento em altura é de imprescindível necessidade a utilização da segurança na atividade. O Bombeiro Militar que realiza um salvamento em altura deve garantir sua própria segurança, não agravar as lesões da vítima e se necessário para que de maneira nenhuma corra o risco de agravar a situação, pode-se utilizar e duplicar ou ate triplicar os sistemas de segurança. (SOUZA, 2011, p.03) Com o decorrer dos anos as técnicas desenvolvidas para melhor execução das atividades de salvamento em altura estão se aprimorando, bem como os materiais e metodologias para melhor repassar conhecimento à tropa com isso “[...] a atividade de salvamento em altura sofreu mais uma importante evolução, a partir da introdução de novas técnicas, conceitos e equipamentos” (CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SÃO PAULO, 2006, p. 03). Desta forma, o salvamento em altura é uma das funções desenvolvida para melhor resgate de pessoas em locais onde dependa dos profissionais para o içamento da vitima, onde se encontra a localização, o acessar, o estabilizar e o transporte da vitima, segundo Corpo de Bombeiro Militar de Santa Catarina (2010, p.2): Página 6 de 12 Curso de Formação de Oficiais Técnicas verticais aplicadas à ambientes não urbanos: a utilização de ancoragens como meio de fortuna em ocorrências de salvamento em altura. Salvamento em altura é uma atividade desenvolvida por bombeiros para localizar, acessar, estabilizar e transportar vítimas mediante o emprego de técnicas de salvamento em locais elevados, com base em normas de segurança e procedimentos de ancoragem e descida específicos. Rigoni (2007) ressalta que devido ao nível de comprometimento que o profissional de Salvamento em Alturas possui, é imprescindível recordar que, apesar de todos os conhecimentos teóricos e técnicos, há de se ter experiência e bom senso, em virtude dos trabalhos serem realizados sob pressão psicológica onde qualquer erro pode ser fatal. Para Requião (2002), considera-se trabalho em altura aquele executado em níveis diferentes e no qual haja risco de queda capaz de causar lesão ao trabalhador. 5.2. Ancoragens O ponto de ancoragem se define como o ponto de fixação da corda. O ponto de ancoragem é a estrutura básica que ira suportar toda carga aplicada em um sistema vertical, pode ser composta por um ou mais pontos de fixação, estando este ou não agrupados em uma mesma estrutura. Deve-se sempre obedecer alguns critérios: resistência, localização e tipo de superfície. (CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO PARANA, 2001). Conhecer o conceito de salvamento em altura, ponto de ancoragem, nós e equipamentos seja individual ou coletivo é fundamental para chegar ao procedimento seguro para a prática de salvamento em altura (SOUZA, 2011). 5.3 Ancoragens construtivas As ancoragens construtivas são aquelas da própria estrutura (edificação ou estrutura metálica) e que permanecem definitivamente, exemplo: estruturas metálicas de diversa arquitetura, vigas metálicas, suportes permanentes, dentre outros (ADAD, 2011). A decisão de utilizar alguns desses elementos para ancorar os cabos deve ser tomada por pessoa habilitada para tal fim, com conhecimentos em resistência dos materiais no caso de se tratar de trabalhos com projetos e memória Página 7 de 12 Curso de Formação de Oficiais Técnicas verticais aplicadas à ambientes não urbanos: a utilização de ancoragens como meio de fortuna em ocorrências de salvamento em altura. (REDONDO, 2001). Para os casos de trabalhos de curta duração ou trabalhos que não necessitam de projeto de determinação da capacidade de resistência das ancoragens, pode ser realizado por pessoa com amplos conhecimentos e autorizada pela empresa. Além disso, deve ser realizada, sempre, uma inspeção visual para comprovar que não estão comprometidos ou enfraquecidos pela ação do tempo ou outros fatores. No caso de dúvidas, devem ser realizados testes de carga, ao nível do solo, devendo garantir uma carga três vezes superior ao peso que deverá suportar durante a realização da atividade, incluindo a possibilidade da força de um choque produzido por eventual queda. (ARAUJO, 2010, p.87) Na avaliação do Rescue Tecnology (1999) os cabos, uma vez passados pelo elemento construtivo correspondente, conectam-se aos outros cabos por meio de um mosquetão. Deve-se considerar que segundo o ângulo formado pelos ramais (pernas) do cabo de união com a ancoragem, aumentará a carga sobre os pontos da ancoragem. Se no ponto de ancoragem o cabo forma um ângulo de 90°, ao aplicar uma carga de 100 kg, transmite-se uma força de carga de 70 kg para cada um dos ramais (pernas), ou seja, um total de 140 kg. Se o ângulo é de 120° e a carga de 100 kg, a força transmitida a cada ramal (perna) do cabo será de 100 kg, somando, nesse caso, 200 kg (BROWN, 2000). 5.4 Ancoragens instaladas As ancoragens instaladas são montadas pelos trabalhadores em elementos construtivos ou naturais, introduzindo e fixando um elemento metálico que permita conectar mosquetões ou cabos pelo seu lado exterior (UERE, 2001). É aconselhável que sejam de aço inox se eles ficarão permanentes nos locais adequados e expostos ao tempo. As ancoragens mecânicas são afixadas ao local por pressão que exerce o mecanismo de expansão sobre as paredes do furo realizado e termina numa porca hexagonal à qual deve ser anexada uma placa ou chapa desenhada para fazer a união com o mosquetão. A plaqueta ou chapa tem dois orifícios, um para fixá-la à Página 10 de 12 Curso de Formação de Oficiais Técnicas verticais aplicadas à ambientes não urbanos: a utilização de ancoragens como meio de fortuna em ocorrências de salvamento em altura. 7. CRONOGRAMA Ação/Mês Dezembro Janeiro Fevereiro Aceite do orientador X Elaboração do projeto X Levantamento bibliográfico X X Verificação de necessidades X X Estudo de campo X X Aplicação dos questionários X X Elaboração do TCC X X X Correção da redação final X Entrega do TCC X REFERÊNCIAS ADAD, BRUNO C. BILBAO. Segurança do Trabalho em Atividade em Diferença de Nível. SENAI, 2011. AGUIAR, Eduardo José Slomp. Resgate Vertical. 2ª ed. , Curitiba: Associação da Vila Militar – Departamento cultural, 2016. ARAUJO, Francisco. Manual de instruções técnico-profissional para Bombeiros. Apostilas Didáticas. CBMDF/Centro de Treinamento Operacional, Brasília, 2010. BRASIL. Ministério do Trabalho em Emprego. NR 35: Trabalho em Altura. Brasilia, DF: 2012. BROWN, Michael G. Engineering Practical Rope Rescue Systems. 1ª ed., E.U.A.,2000. CARNEIRO, Sandro Alves Lima. Técnicas Verticais em Escaladas. São Paulo: LTC, 2008. CORPO DE BOMBEIROS DA POLICIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO. 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Acesso em: 22 de nov. 2016. Página 12 de 12 Curso de Formação de Oficiais Técnicas verticais aplicadas à ambientes não urbanos: a utilização de ancoragens como meio de fortuna em ocorrências de salvamento em altura. OLIVEIRA, Salomão Cintra de. Sistemas de Ancoragens em Trabalhos Verticais Curitiba: Atlas, 2012. UNIDADE ESPECIAL DE RESGATE E EMERGÊNCIAS (UERE). Apostila de Técnicas Verticais. 2ª ed., Belo Horizonte, 2001. USTCH, Marcelo Henrique. Escalada Esportiva. 1ª ed., Belo Horizonte, 1999. Goiânia, 12 de dezembro de 2016. Marlúcio Anderson da Conceição TRAJANO – Cad QP/Esp CFO 3 – 25ª Turma Amazonia SANCLER Ramos – 1º Ten QOC Orientador
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