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Eficiência do extracto de folhas de margosa no controlo da broca do milho Chilo partellus, Notas de estudo de Agronomia

Monografia cientifica para obtencao do grau academico de Licenciatura

Tipologia: Notas de estudo

2016
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Baixe Eficiência do extracto de folhas de margosa no controlo da broca do milho Chilo partellus e outras Notas de estudo em PDF para Agronomia, somente na Docsity! António Júlio Munguambe A eficiência do extracto de folhas de margosa no controlo da broca do colmo do milho Chilo partellus. Licenciatura em Ensino de Agro-Pecuária com Habilitação em Extensão Rural Universidade Pedagógica Xai-Xai 2016 António Júlio Munguambe A eficiência do extracto de folhas de margosa no controlo da broca do colmo do milho Chilo partellus. Monografia Científica apresentada ao Departamento de Ciências Agro-Pecuárias, Escola Superior Técnica, Universidade Pedagógica- Delegação de Gaza, para obtenção do grau académico de Licenciatura em Ensino de Agro- Pecuária com Habilitação em Extensão Rural. Supervisor: Eng. Jorge Sobrinho Dgedge. Universidade Pedagógica Xai-Xai 2016 Declaração de Honra Eu, António Júlio Munguambe, portador de Bilhete de Identidade nº090101589289J, emitido a 02 Setembro de 2014, pelo Arquivo de Identificação Civil de Xai-Xai, de nacionalidade Moçambicana, declaro por minha honra que esta monografia cientifica é resultado da minha pesquisa pessoal e das orientações do meu supervisor, feita segundo os critérios em vigor na Universidade Pedagógica. O seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente mencionadas no texto e na bibliografia. Xai-Xai, aos O7 de Junho de 2016 O Autor António Júlio Munguambe (Antônio Júlio Munguambe) Dedicatória À memória dos meus queridos pais Júlio António Munguambe e Alzira Júlio Nhapulo, com quem adoraria ter compartilhado mais esta aventura intelectual Dedico. vi Agradecimentos Em primeiro lugar agradeço a Deus que me iluminou e tem iluminado meu caminho dia após dia; Expresso imenso sentimento de gratidão ao meu supervisor Engenheiro Agrónomo Jorge Sobrinho Dgedge pela continua disponibilidade, acompanhamento incansável e encorajador na realização do trabalho; Ao dr. Ferrão Bernardo Bambo, pelo companheirismo e apoio incondicional sempre disponibilizado; Aos meus tios, Orlando Munguambe e Valentina Chemane, minha avó Rocina Mazive e à minha madrasta Alda Nhapulo pelo apoio moral e material, carinho e confiança facultados no decorrer de todo curso e principalmente durante a realização do trabalho; A minha namorada Crimilda Bulule ofereço um agradecimento mais do que especial, por ter vivenciado comigo, pelo companheirismo durante todo curso e pelo apoio nos momentos dificeis, todo carinho, respeito, por ter-me aturado nos momentos de stress, e por tornar minha vida cada dia mais feliz; Aos meus irmãos Virgílio, Alexandre, Narciso, Ercílio e Júlia que contribuíram para os êxitos do trabalho e do curso; Aos meus colegas-amigos Eusébio Chitlango, Dércio Machava,Vasco Chaúque, Odemiro Zeus, Emídio Mavie, Vakuva José, Emídio Da Cruz, por todos os momentos de amizade, 1isada e trabalho desenvolvidos ao longo do trabalho; A todos docentes e a todos colegas do curso em especial a Olga, Leila, Benjamin, Eulália, Maria, Elisa, enfim, pela constante disponibilidade e entreajuda, através das suas constantes presenças e apoios incondicionais. A todos que directa ou indirectamente, foram prestáveis para a realização do trabalho. Muito obrigado!!... Lista de figuras Figura 1: Preparação e montagem do ensaio: campo lavrado (A); Construção da bordadura principal do ensaio (B); montagem de blocos (C). 28 Figura 2: Processo de preparação de extracto de margosa: colecta de folhas (D); secagem (E); pilagem e seleção de raminhos acidentalmente presentes no pó (F)............i 29 Figura 3: As três doses de extracto de folhas de margosa..............iiisi 29 Figura 4: Actividades de pulverização: preparação da calda (G); pulverização das plantas (H). eneeeneeaee aeee cena aerea ceara 30 Figura 5: Queima de folhas nas plantas de milho: plantas com folhas secas (Le J)......... 34 Figura 6: Plantas devastadas pelo pássaro amarelo (Placeus velatus): espigas sem grãos (K e Dieta tea eta ta ar teria 35 Figura 7: Ataque às folhas: formigas pretas (Acromymex spp) (M), folhas com furos (N)35 Figura 8: Lagarta da espiga (Helicoverpa sea)... eita 35 Figura 9: Percentagem de infestação: planta menos infestada (O); planta severamente infestada (P)........ sete eeeeat aee aae aaa aes aeee aaa aeee ese anneseara renan 36 Figura 10: Densidades de larvas: larvas na espiga mal formada (Q); larva no colmo do milho (R); larva na ponta da espiga de milho (8)... eee eeeereeeeenn 37 Figura 11: Percentagem de infestação: folhas infestadas por Chilo partellus (T e U).....39 Lista de gráficos Gráfico 1: Densidade de larvas de Chilo partellus.. 38 Gráfico 2: Percentagens médias de infestação por Chilo partellus aos 46 DDS. Gráfico 3: Percentagens de infestação por Chilo partellus aos 74 DDS... 41 xi Lista de Anexos e Apêndices ANEXO I: Mapa geográfico da cidade de Xai-Xai ANEXO II: Estágios de desenvolvimento do milho, Broca ponteada do colmo do milho (Chilo partellus), Planta da margosa, Lagarta de soja morta por extracto de margosa. APÊNDICE I: Esquema do delineamento de blocos completamente casualizados APÊNDICE II: Cálculos (área total, Quantidade de sementes, Determinação da amostra, área útil, quantidade de cipermetrina, Quantidade de extractos secos de folhas de margosa, quantidade de esterco. APÊNDICE III: Calendário de tratamentos APÊNDICE IV: Médias, ANOVA e comparação de médias de Densidade de Larvas de Chilo partellus por planta. APÊNDICE V: Médias, ANOVA e Comparação de médias de Percentagem de infestação de Chilo partellus aos 46 DDS (%) APÊNDICE VI: Médias, ANOVA e Comparação de médias de Percentagem de infestação de Chilo partellus aos 74 DDS (%) APÊNDICE VII: Médias gerais em cada tratamento e coeficiente de variação APÊNDICE VIII: Número de larvas de Chilo partellus por planta APÊNDICE IX: Percentagem de infestação de Chilo partellus aos 46 DDS (%) APÊNDICE X: Percentagem média de infestação por Chilo partellus aos 74 DDS (%) 14 30 a 100% (acima de 50% no sector familiar) se não houver controlo adequado, como sublinha SIDUMO na sua obra de 2000. Entretanto, os agricultores não ficam com mãos alheias perante essa situação pois, COLIAL (2000) reafirma que tentativas de controlar esta broca em Moçambique têm sido baseadas normalmente em uso de um pesticida químico (cipermetrina). Portanto, na tentativa de solucionar um problema surge um novo problema, pois, segundo vários estudos efectuados como o de CELESTINO (2000); de SOARES (2010); de BRALBANTE & ZAPPE (2012); entre outros, apontam que o uso de produtos químicos para o controlo de pragas além de serem caros, são tóxicos para o Homem e o meio ambiente e ainda para os inimigos naturais das pragas. A vida dos agricultores fica ainda complicada porque os custos dos pesticidas ultrapassam os meios financeiros do sector familiar característico em Moçambique. Entretanto, coloca-se a seguinte questão científica: *% Até que ponto, o extracto de folhas de margosa (Azadirachia indica) pode ser uma alternativa sustentável no controlo da broca de colmo do milho Chilo partellus? 1.2. Justificativa Actualmente, a preocupação pelas condições ambientais tem levado ao crescimento de pesquisas relacionadas a produtos naturais com potencial no controlo de pragas tanto na agricultura assim como na pecuária, proporcionando assim alternativas que minimizem os impactos negativos do uso dos produtos químicos ao meio ambiente. LONDRES (2001) diz que não é verdadeira a afirmação de que precisamos de produtos químicos na produção agrícola para alimentar uma população crescente e faminta, entretanto, essa mensagem é propagada pela indústria de produtos químicos, que visa promover seus lucros, e não a saúde e o bem-estar das pessoas. Neste sentido, têm-se procurado alternativas económicas visando reduzir o emprego de pesticidas químicos substituindo-os por pesticidas naturais, de baixo custo, localmente disponíveis, faceis de preparar, menos tóxicos e menos agressivos ao homem e ao meio ambiente MARTINEZ (2002) e FRAGOSO (2014). Desta forma surge a planta denominada margosa (Aczadirachta indica), cujas propriedades insecticidas são conhecidas pelos pesquisadores há várias décadas, como alvo do estudo neste trabalho. 15 Assim, dada a grande importância da cultura do milho e a necessidade de reduzir o risco que a saúde humana e o meio ambiente correm, objectivou-se com o presente trabalho, estudar a eficiência do uso do extracto de folhas da margosa para o controlo da broca de milho. 1.3.00bjectivos 1.3.1. Objectivo geral sH Estudar a eficiência de extracto de folhas de margosa “Azadirachta indica” no controlo da broca do colmo do milho “Chilo partellus”. 1.3.2.Objectivos específicos “e Testar as diferentes dosagens do extracto de folhas de margosa no controlo de Chilo partellus; “+ Identificar a dose de extracto de folhas de margosa mais eficiente no controlo do Chilo partellus no milho; se Verificar a eficiência do extracto de margosa, comparando com cipermetrina 20%EC Iml/l sobre a densidade de larvas de Chilo partellus; “E Comparar as doses do extracto de folhas de margosa com cipermetrina 20%EC Iml/l sobre a percentagem de infestação de Chilo partellus;, 1.4. Questões científicas e hipóteses sã Que efeitos têm as diferentes dosagens de extracto de folhas de margosa no controlo do Chilo partellus? HO: As diferentes dosagens de extracto de folhas de margosa reduzem significativamente a incidência do chilo partellus na cultura de milho H1: O extracto de folhas de margosa não tem nenhum efeito na incidência do Chilo partellus na cultura de milho. mi Qual é a dose de extracto de margosa mais eficiente para controlo de Chilo partelhus na cultura de milho? 16 HO: A dosagem mais alta de extracto de folhas de margosa é a mais eficiente para controlo de Chilo partellus no milho. H1: As três (3) doses de extracto não se diferem no controlo de Chilo partellus na cultura de milho. wi Será que existem diferenças significativas entre o extracto de folhas de margosa e cipermetrina sobre a percentagem de infestação de Chilo partellus? HO: Não existem diferenças significativas entre os dois pesticidas sobre a percentagem de infestação de Chilo partellus na cultura de milho. H1: Os dois pesticidas diferem-se significativamente sobre a percentagem de infestação de Chilo partellus na cultura de milho. sã Que diferenças existem entre o extracto de folha de margosa e cipermetrina sobre a densidade de larvas de Chilo partellus na cultura de milho? HO: As diferenças entre o extracto de folhas de margosa e cipermetrina não são significativas na redução da densidade de larvas. H1: Sobre a densidade de larvas, os dois pesticidas diferem-se significativamente. 19 2.2.1.1.0 Ciclo de vida do Chilo partellus De acordo com CAMBAZA (2000) & NUNGULU (2014), o Chilo partellus, nas condições favoráveis tem ciclo de vida que varia de 19-35 dias e multiplica-se com muita facilidade no verão aumentando assim a infestação nas culturas, contrariamente da época de inverno que apenas uma parte das larvas consegue sobreviver apresentando um desenvolvimento retardado. 2.2.1.2. Características morfológicas do Chilo partellus As características morfológicas do chilo partellus são descritas por MOISES (2002) em quatro estágios: 1º Ovo: numa primeira fase, os ovos são de cor branca e mudam para amarelo alaranjado à medida que o respectivo embrião vai se desenvolvendo e finalmente preto cinzento, chegam até 0.8m de diâmetro; 2º Larvas: possuem cerca de Imm de comprimento na fase de emergência, atingindo 25mm quando completamente desenvolvidas, são de cor amarela esbranquiçada, apresentam quatro listras de pintas pretas ao longo do corpo que se tornam bastante visíveis à medida que se vão desenvolvendo, não mudam de cor durante o crescimento e possuem Cabeça castanha; 3º Pupas: apresentam uma cor acastanhada e tornam-se vermelho acastanhado quando o adulto está quase a emergir; 4º Adultos: são mariposas de tamanho médio, com algumas marcas escuras nas asas frontais e possuem 20 a 30 mm de comprimento. Segundo MOISÉS (2002) e NUNGULU (2014), o Chilo partellus tem ciclo de vida activa a noite ou de manhã cedo e em repouso durante o dia. O número de gerações varia de dois a cinco por ano onde a fêmea pode colocar mais de 300 ovos que são visíveis nos órgãos da planta principalmente na nervura principal da folha. Esta praga compreende três gerações a saber: de A primeira é a fase que ocorre normalmente no último trimestre, frequentemente em Novembro onde os adultos emergem das pupas e colocam mais de 300 ovos; 20 de Na segunda, a emergência acontece no primeiro quarto do ano, normalmente em Fevereiro, em que as larvas formam pupas no caule antes do inverno e começam a emergir depois de cerca de três semanas. Por não resistirem à temperaturas baixas, a maioria das larvas passa o inverno na base do colmo e só forma pupas na época seguinte. sk Na terceira, algumas larvas que formam pupas e emergem antes do inverno, depositam os ovos no milho que se produz fora da época. Nos estágios iniciais, as larvas alimentam-se das folhas ainda enroladas ou tecidos internos dos entrenós e através das teias, migram para plantas vizinhas. Quando a infestação é severa pode levar á morte da planta hospedeira. Essas larvas concluem seu desenvolvimento à custa das espigas (maçaroca) criando galerias ascendentes. As larvas da segunda e terceira geração podem permanecer no campo dentro dos restolhos secos, e só no início das chuvas pupam (NUNGULU, 2014). 2.2.1.3. Sintomas/danos do Chilo partellus De acordo com MOISES (2002), as larvas de Chilo partellus sobem a planta até chegar ao ponto mais alto da folha, descem e começam a comer a folha, provocando pequenas galerias alongados até furos (janelinhas) principalmente na nervura central e bainhas (figura 11), passado alguns dias, penetram no funil e, mais tarde no caule, provocando o sintoma do coração morto em plantas de duas a três semanas. NUNGULU (2014) referencia que as plantas novas com menos de quatro semanas, quando gravemente atacadas, mostram algumas semanas depois a parte central morta e formam rebentos não-produtivos. As larvas da segunda geração também andam para baixo e penetram no caule, enquanto as da terceira geração penetram nas inflorescências e nas maçarocas. 2.2.1.4. Distribuição sazonal do Chilo partellus Os diferentes ensaios realizados por SEREGEN et al., citado por (MOISÉS, 2002) na Estacão Agrária de Chókwé concluíram que o Chilo partellus ocorre durante a primeira fase de estabelecimento das plantas de milho (três a quatro semana depois da emergência). As brocas aparecem mais frequentemente na época quente do que na época fresca, assim os campos semeados em Maio nunca não sofrem ataques sérios do Chilo partellus enquanto os campos semeados de Janeiro a Marco e Dezembro a Fevereiro são severamente atacados. Por isso o 21 mesmo autor defende que a época mais recomendada para a sementeira do milho é nos meses de Maio a Junho para evitar infestação com Chilo partellus. 2.2.1.5. Importância económica do Chilo partellus Segundo IIAM (2012), o insecto mais problemático na cultura de milho é a broca do milho e nalgumas zonas, a invasora é o gafanhoto. O rendimento pode ser completamente perdido quando a infestação desta praga ocorrer na fase inicial de crescimento da planta pois, o ponto de crescimento pode ser destruido, resultando na morte da planta. Nos cereais, o Chilo partellus, faz parte das mais destrutivas brocas da cultura e pode reduzir grandemente o rendimento do milho entre outros cereais. Os agricultores podem sofrer perdas de 30 a 100% se não houver controlo adequado. 2.3.Pesticidas químicos Para o controlo de pragas tem-se recorrido ao uso dos produtos químicos. Na cultura de milho não se foge da regra pois, segundo MOISES (2002), para o controlo do Chilo partellus aplica- se o insecticida químico “cipermetrina”. Actualmente, vários estudos tem mostrado que esse método de controlo de pragas causa vários problemas ambientais, sociais e de saúde humana tais como: intoxicação, poluição, resistência de pragas, desequilíbrio biológico causado pela destruição dos inimigos naturais, são caros e exigem mais recursos o que torna dificil especialmente no sector familiar onde há poucos meios. Por sua vez, NUNGULU (2014) diz que o uso de insecticidas químicos no controlo de diversas espécies de brocas na cultura de milho pode aumentar os custos de produção sem aumentos significativos da produção, eliminar os inimigos naturais e seleccionar populações da praga com resistência a diversos insecticidas com diferentes princípios activos. 2.4.0 Pesticidas naturais (botânicos) Em geral, pesticidas naturais são produtos de origem vegetal com capacidade de combater doenças ou controlar pragas que afectam várias culturas. As plantas com propriedades insecticidas são baseadas principalmente na produção de substâncias químicas que afectam ou matam os organismos nocivos (NHACHOLE, 2003). 24 Foram testados os extractos aquosos de folhas e sementes da margosa (Azadirachta indica) em Nampula na estacão de Namialo, controlo de pragas de feijão nhemba (Vigna unguiculata), tendo-se registado diferenças significativas de infestação entre os talhões tratados com o controlo e extractos de folhas, mas não se tendo observado diferenças significativas entre cipermetrina e extractos de sementes, portanto, esses resultados, mostram um potencial na margosa com princípio insecticida a ser explorado (CELESTINO, 2000). Em suma, MARTINEZ (2002) descreve as vantagens de utilização de extractos de margosa no controlo de pragas: 1) por ser barato e fácil de preparar, ser uma planta perene onde as folhas e os frutos poderem ser colhidos sem destruir a planta; ii) por apresentar largo espectro de acção, permitindo controlar grande número de pragas; 11i) por ser compatível com outros pesticidas; iv) por ser pouco tóxico onde a sua acção é maior por ingestão do que por contacto; v) por ser inócuo para os vertebrados; vi) por ser biodegradável, decompondo-se em cerca de 20 dias sem deixar resíduos tóxicos no ambiente; vii) por ser uma planta de fácil adaptação a diversas condições edafo-climáticas. 25 HI CAPITULO 3.0MATERIAIS E MÉTODOS 3.1. Localização e caracterização de área de estudo O ensaio foi realizado na Escola Superior Técnica (ESTEC), localizada no bairro de Chinunguine a sete quilómetros da cidade de Xai-Xai” em Gaza. O local do experimento pertence à região Agro-ecológica 2, cujos solos são arenosos, de textura média a fina, dos aluviões do rio intercalados com os solos hidromórficos orgânicos também conhecidos como (machongos) onde o clima predominante é do tipo sub-húmido seco. A distribuição irregular das precipitações ao longo do ano resulta em deficiências hídricas no período Maio- Dezembro. As informações obtidas no manual de Rede de Sistemas de Aviso Prévio Contra Fome (2014) e no relatório de INE (2012), indicam que a precipitação nesta zona atinge médias de cerca de 750-1.250 mm por ano, de Outubro a Março. A época seca é normalmente de Abril a Setembro. A temperatura média varia entre máximas de 30-35º Celsius de Outubro a Fevereiro até mínimas de 20-25ºC de Março a Setembro. IIAM (2012), diz que as principais culturas agricolas deste distrito são a mandioca e o milho. As cidades de Maputo e Xai-Xai exercem grande influência sobre a economia local desta zona. Esta área é densamente povoada. Nos anos recentes tornou-se mais cosmopolita devido à influência da cidade de Maputo. 3.2.Materiais Para a concretização dos objectivos traçados foram usados os seguintes materiais: uma (1) enxada; um (1) ancinho; dois (2) regadores, uma (1) fita métrica; 648g de sementes de milho de variedade Matuba; um (1) par de botas de borracha; 120 etiquetas de campo; um (1) par de equipamento fato-macaco; pilão; pau-de-pilar; lkg de produto natural (extracto seco de folhas de margosa); 21.6ml insecticida químico (cipermetrina 20%EC Iml/l); 10 ml aderente (sabão); um (1) pulverizador de dorso; dois (2) papéis de filtro; um (1) par de Luvas e uma (1) máscara; um (1) caderno, duas (2) canetas; quatro (4) garafas de 1 litro, uma (1) seringa; dois (2) bacias; uma (1) máquina fotográfica; um (1) computador. $ Mapa de localização da zona de estudo no apêndice II “Https://www. google.co.mz/?gws rd=cr&ei=LjiM VÍS6HqPHmwWds6j ADQHg=regiões+agro+ecológicas+de+ moçambique 26 3.3.Objecto experimental O objecto experimental deste trabalho foi o milho da variedade Matuba OPV por ser uma variedade de ciclo curto (90 — 100 dias) e (menos riscos de perda da cultura) e apresenta bons rendimentos (CAMBAZA, 2007). Sabendo que o peso de mil sementes de milho é de 225g”, usou-se uma quantidade de 648g porque cada covacho recebeu 3 sementes * 3.4. Delineamento experimental O delineamento experimental usado foi o de Blocos Completamente Casualizados (DBCC)º num arranjo em parcelas subdivididas e agrupadas em blocos (MOITA (2012). O ensaio foi constituido por quatro (4) repetições envolvendo cinco (5) tratamentos dos quais três (3) para o extracto de folhas de margosa comparados com um químico frequentemente usado (Cipermetrina), todos comparados com a testemunha (controlo) a seguir destacados: sH TA = Tratamento controlo sã TB = Tratamento de 130 g/l do extracto de folhas da margosa HE TC= Tratamento de 150 g/1 do extracto de folhas da margosa Sã TD = Tratamento del 70 gl do extracto de folhas da margosa sã TE = Tratamento de cipermetrina 20%EC Imlà A área total do ensaio foi de 323 m” (comprimento = 19m e largura = 17m), o número total de plantas foi de 960, a área foi subdividida em 20 parcelas agrupadas em quatro (4) blocos. O espaçamento entre blocos foi de Im e entre parcelas foi de 0.5m. A bordadura do ensaio teve Im de extensão"? As plantas da bordadura são, geralmente, evitadas na observação/avaliação por serem plantas que podem ter sido influenciadas por aquelas da parcela vizinha, caracterizando uma competição interparcelar, o que pode aumentar a heterogeneidade entre as unidades experimentais (parcelas) e, com isso, maior erro experimental e menor precisão experimental (FILHO, et al, 2003). Entretanto, a área útil por parcela correspondeu a 3,75m? que conteve 20 plantas, desprezando as 4 linhas das extremidades da parcela que contém 28 plantas. A * Http://www.seednews. inf br/portugues/seed71/consultas71.shtml * Cálculos de quantidade de sementes no apêndice II º Esquema de DBCC no apêndice I !º Espaçamentos no esquema do DBCC no apêndice I “ Cálculos da área útil e o número de plantas correspondentes no apêndice II 29 milho. A quantidade de extracto seco de folhas de margosa necessária neste ensaio foi de Ikg!é. Pois, o extracto foi administrado 10 vezes durante o ciclo produtivo do milho. Figura 2: Processo de preparação de extracto de margosa: colecta de folhas (D); secagem (E); pilagem e selecção de raminhos acidentalmente presentes no pó (F). “E Dosagens e quantidade de calda de extracto de folhas de margosa Os cinco (5) tratamentos iniciaram quatro (4) semanas depois da emergência da cultura, isto é, na fase V7 (com 7 folhas desenvolvidas) do crescimento vegetativo do milho. O INIA (1994) defende que a quantidade de calda de extracto de folhas de margosa por hectare na cultura de milho é de 300 litros. Sabendo que cada tratamento teve uma área de 36m? (9m? x 4) e pulverizou-se 10 vezes, a quantidade total de calda foi de 32.4 litros, onde cada tratamento tinha uma quantidade de 1 litro de calda em cada pulverização. O intervalo de aplicação de extracto de folhas de margosa foi de sete (7) dias pois, segundo MARTINEZ (2002), o efeito residual da substância activa da margosa (Azadiractina) dura três (3) a sete (7) dias por isso, em todo ciclo produtivo, foi pulverizado 10 vezes com as três (3) dosagens de extracto de folhas de margosa (figura 3). Figura 3: As três doses de extracto de folhas de margosa 3.6.2.2. Dosagem e quantidade de calda de cipermetrina 16 Cálculos de quantidade de extracto no apêndice II 30 A informação sobre as dosagens de cipermetrina foi obtida no rótulo do produto. Os dados obtidos no rótulo do produto são os seguintes: Y Dosagem — Imlà Y Intervalo de segurança - 15 dias Y Quantidade de calda necessária - 12001/ha A partir desses dados deduziu-se que a quantidade de cipermetrina e a da calda fora de 21.6ml e 21.6 litros, respectivamente pois, a área tratada foi de 36 m? (9m? x 4 repetições) e foi pulverizado cinco (5) vezes durante todo o ciclo de produção do milho.” 3.6.3.Início de tratamentos Os cinco (5) tratamentos iniciaram quatro (4) semanas depois da emergência da cultura! pois, o uso de pesticidas para o controlo de pragas resulta numa redução significativa de infestação das brocas no milho e num aumento de rendimento quando os insecticidas forem aplicados 3 a 4 semanas após a emergência da cultura (BERGER, apud COLIAL, 2000). As pulverizações (Figura 4) foram todas realizadas no período da tarde, a partir das 16:30 horas com vista a diminuir a acção negativa dos raios solares sobre o produto a ser aplicado. As pulverizações respeitaram intervalos de uma semana e duas semanas para os extractos e cipermetrina, respectivamente (MARTINEZ, 2002). De modo a aumentar a aderência do extracto nas plantas de milho, adicionou-se algumas gotas de sabão liquido na calda. Figura 4: Actividades de pulverização: preparação da calda (G), pulverização das plantas (H). ” Cálculos de quantidade de cipermetrina no apêndice II * Calendário de pulverizações no apêndice III 31 3.6.4.Práticas culturais “E As actividades iniciaram no mês de Julho de 2015, onde preparou-se o local de experimento e de seguida as medições; a Realizou-se uma e única adubação no experimento baseando-se no esterco bovino localmente disponível e seguiu-se com a rega; sd A rega foi localizada em pequenos sulcos criados nas fileiras de milho e o controlo de ervas foi permanente; se O desbaste foi efectuado duas semanas depois da germinação (PAIVA, 2011). 3.6.5.Sementeira A época de sementeira dependeu muito da época de ocorrência ou eclosão da broca do colmo do milho, portanto, a sementeira foi realizada na primeira semana do mês de Setembro de 2015, pois, na zona sul de Moçambique, o Chilos partellus ocorre em todo ano e aumenta a sua infestação na época quente e ataca severamente nos meses de Outubro a Fevereiro (MOISÉS, 2002) e (CAMBAZA, 2007). 3.6.6.Quantidade de esterco bovino A cultura do milho responde bem à adubação orgânica, sendo aumentada a sua produtividade quando o solo é adubado com estercos de animais, compostos orgânicos, húmus de minhoca e biofertilizantes (SANTOS, apud PAIVA, etal., 2011). O milho foi adubado com 270 kg de esterco bovino curtido pois, esta quantidade promove uma boa produção desta cultura (BRITO et al., apud PEREIRA, et al., 2013). A adubação foi feita uma semana antes da sementeira, incorporando-se o esterco bovino nas linhas de sementeira. 3.7.0 Levantamento de dados A forma de abordagem desta pesquisa caracterizou-se como quantitativa. De acordo com CONAGIN & AMBRÓSIO (2011) “Pesquisa quantitativa é uma pesquisa considerada tudo quantificável, o que significa tradicir os mimeros em opiniões e informações para classificá- las e analisá-las“ entretanto, quantificou-se o número de larvas de broca”, número de folhas afectadas e total de folhas por planta de amostra para todos os tratamentos. !º Cálculos de quantidade de esterco bovino no apêndice II 2 Densidade de larvas de Chilo partellus por planta no apêndice VII 34 IV CAPITULO 4.0 RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1.Observações gerais do ensaio Ao longo do ensaio verificou-se a queima de folhas (figura 5) em algumas plantas em quase todas parcelas incluindo as do controlo, esse fenómeno foi registado no mês de Outubro, provavelmente foi causado pela elevada temperatura que se registou no mesmo mês, principalmente na terceira semana, o que supostamente contribuiu para a redução de número de folhas por planta pois, além da queima das folhas antigas, houve também a queima do ápice da planta o que impossibilitou a geração de novas folhas. Figura 5: Queima de folhas nas plantas de milho: plantas com folhas secas (1 e J) Além da praga que era controlada, foram registadas incidências de outras espécies de pragas no campo de cultivo tais como: a incidência do tecelão de máscara, mais conhecido por pássaro-amarelo - Placeus velatus” (figura 6); a incidência da formiga cortadeira preta - Acromymex spp (figura 7) e a incidência da lagarta da espiga - Helicoverpa =ea (figura 8). As incidências dessas pragas, principalmente as do pássaro amarelo levaram com que os últimos resultados fossem colhidos uma semana antes do dia marcado pois, o ensaio corria o risco de perder plantas que estavam em observação (amostra). ? Placeus velatus no anexo II Figura 6: Plantas devastadas pelo pássaro amarelo (Placeus velatus): espigas sem grãos (K e L) Figura 8: Lagarta da espiga (Helicoverpa zea) 35 36 4.2. Resultados e Discussão 4.2.1 Generalidades A análise estatística das densidades de larvas e percentagem de infestação do Chilo partellus, mostrou coeficientes de variação ligeiramente elevados”, sendo 46% para a densidade de larvas, 23% para percentagem de infestação aos 46 DDS e 24% para percentagem de infestação aos 74 DDS. Estes resultados devem-se provavelmente pelo facto de a distribuição de Chilo partellus não ter sido uniforme dentro das parcelas. Dentro de uma parcela, algumas plantas mostravam elevadas percentagens de infestação enquanto outras não (figura 9). Figura 9: Percentagem de infestação: planta menos infestada (O), planta severamente infestada (P). Duma maneira geral, os extractos influenciaram negativamente à evolução do Chilo partellus o que possibilitou uma redução considerável de infestação do Chilo prtellus. Desta forma, concorda-se com as influências do mesmo extracto testado por MAZZONETTO et al., (2013) quando controlava Diatraea saccharalis em condições laboratoriais. Pelos resultados obtidos da densidade de larvas e percentagem de infestação do Chilo partellus, nota-se que a testemunha e a primeira dosagem do extracto de folhas de margosa (130g/1) diferem sigmificativamente entre si, o que sustenta ainda a capacidade insecticida da margosa defendida por vários autores como MARTINEZ (2002) e (2008), VIANA & PRATES (2006), CAMPOS (2012), MCAGNAN et al., (2012) e NUNGULU (2014), entre outros mas, entre as dosagens de 150g1, 170g1 e cipermetrina não se diferem significativamente. Esses resultados mostram o poderio deste produto natural de competir com um produto cientificamente eficaz (produto químico) no controlo desta praga. Importa 2 Coeficientes de variação no apêndice VII 39 4.2.3.0 Percentagem de infestação por Chilo partellus Refere-se aos danos físicos nas folhas ou em outra parte da planta causados pelo Chilo partellus em cada planta observada (figura 11). Para obter os dados foi contado todas as folhas que apresentavam-se infestadas por esta praga. Figura 11: Percentagem de infestação: folhas infestadas por Chilo partelhus (T eU) 4.2.3.1. Percentagem de infestação por Chilo partellus aos 46 DDS A infestação desta praga mostrou tolerância à aplicação dos pesticidas usados, atingindo uma percentagem máxima de 17.7% na dosagem mínima de extracto de margosa usada (130g/1). Dado que no tratamento controlo foi registada a infestação máxima em relação a todos outros tratamentos tendo atingido uma percentagem de infestação de 39.9% (gráfico 2). Quanto à dosagem de 150g/1, a tendência era de estar no centro da variação dos resultados de todos tratamentos, esta não foi a melhor dose de extracto mas, conseguiu reduzir a infestação em 9.40%. O produto químico (cipermetrina) conseguiu controlar esta praga em 3.7 % de infestação, e não causou nenhum dano nas parcelas onde era aplicado. Por outro lado, a dosagem de 170g1 de folhas de margosa mostrou-se ser a mais potente reduzindo a infestação até 8.3% (gráfico 2), isto significa que esta dose reduziu a infestação por Chilo partellus em 31.6% em relação ao tratamento controlo. 40 40,00% TA =Controlo =130g1 35,00% TC=150g1 eo TD=17091 & 30,00% =cipermetrina o E 25,00% 8 E 20,00% 47,70% & E Médias do & 15,00% E õ E 10,00% a 5,00% 0,00% TA TB TC TD TE Tratamentos Gráfico 2: Percentagens médias de infestação por Chilo partellus aos 46 DDS Estatisticamente, esses resultados mostram diferenças não significativas (p<0.05) entre as diferentes dosagens aplicadas de extracto de margosa e a cipermetrina, exceptuando a dose de 130g de folhas de margosa que difere significativamente com todos outros tratamentos.” Os resultados de extracto de folhas de margosa mostram-se promissores em relação aos obtidos por COLIAL (2000) no controlo da mesma praga no distrito de Chókwé onde, dos extractos de seringueira testados, houve diferenças significativas com a cipermetrina constatando-se baixa capacidade de controlar o Chilo partelhus por parte desses extractos. 4.2.3.2. Percentagem de infestação aos 74 DDS Tal como se destacou nos itens anteriores, duma forma geral, a broca do colmo do milho esteve presente em todas as parcelas independentemente dos tratamentos aí aplicados. Contudo, as parcelas tratadas com cipermeirina voltaram a registar percentagens de infestação baixas. Comparando com os resultados obtidos aos 46 DDT, estes mostram um aumento ligeiro da infestação por Chilo partellus nos tratamentos com extracto e cipermetrina, contrariamente a 2º ANOVA e comparação de médias de Percentagem de infestação aos 46 DDS no Apêndice v 41 para o tratamento controlo que registou um aumento pouco severo de 39.9% para 48.1% justificado pela ausência de aplicação de qualquer pesticida. O tratamento controlo foi o tratamento que mais se distanciou estaticamente dos outros, registando uma percentagem de infestação mais alta referenciada acima, sendo esta, menor do que a percentagem registada por COLIAL (2000) num estudo sobre o maneio do habitat para o controlo de brocas de cereais em Chókwé, tendo sido de 56.7% no tratamento controlo. Esses resultados devem-se provavelmente, por esses dias pertencerem à primeira metade do período onde se regista o pico de infestação do Chilo partellus em Moçambique, reportados por CAMBAZA (2007) em que a infestação ainda não era severa. O facto do tratamento com cipermetrina ter registado uma menor percentagem de infestação por Chilo partelhus de 9.2% quando comparado com os outros tratamentos, pode ser explicado pela eficiência do produto usado no controlo desta broca, tendo reduzido de forma evidente a evolução da infestação da broca. (gráfico 3). Quanto à análise de variância, os resultados não se diferem dos obtidos aos 46 DDS, isto é, não houve diferenças significativas (p<0.05) entre as percentagens de infestação nas parcelas tratadas com 150g; 170g e cipermetrina, diferenciando se significativamente com o tratamento de 130g/1 de extracto e de controlo.” 50,00% o TA = Controlo g TB = 13091 g 40,00% TC=150g1 2 AS% TD=17081 E ão, TE = cipermetrina “= 30,00% lo E 000% m Médias g , 13,05% 12,65% 8 10,00% o a 0,00% TA TB TC TD TE Tratamentos Gráfico 3: Percentagens de infestação por Chilo partellus aos 74 DDS Duma maneira geral, nos dois levantamentos, a infestação do Chilo partellus ocorreu em quase todo período do ensaio a partir dos 30 dias depois da sementeira. Em todas as parcelas ” ANOVA e comparação de médias de Percentagem de infestação aos 74 DDS no Apêndice VI 44 sã Aos pesquisadores de Agro-Pecuária: A realização de um estudo sobre o comportamento (variação das concentrações) da substância activa da margosa (Azadiractina) face às condições climáticas de Moçambique no sentido de se apurar a melhor época para exploração e produção de extractos de margosa. A realização do mesmo estudo do presente trabalho, mas em condições laboratoriais para se conhecer detalhadamente os distúrbios vitais causados por extracto de folhas de margosa no ciclo de vida do chilo partellus. 45 6.0 Bibliografia + + + + ARAUJO, Alice Maria Nascimento, Bioactividade de espécies vegetais em relação a Zabrotes subfasciatus em feijão, Universidade Federal de Alagoas, 2010; BERNARDI, Daniel, et al., Eficiencia e efeitos subletais de nim sobre Bonagota salubricola, Brasil, Junho de 2011; BRALBANTE, Mara Elisa Fortes & ZAPPE, Janessa Aline, A Química dos agrotóxicos, Vol. 34, Nº 1, Fevereiro, 2012; BRASIL, Roseane Barros, Estudo Fitoguímico e actividade fungicida do extracto matanólico das folhas de Azadirachia indica, Belém-Pará, 2010; CAMBAZA, Cesário Manuel, Estudo de datas de sementeira para reduzir o risco de falha da cultura de milho (Zea mays L.) em agricultura de sequeiro no Distrito de Chókwe, Universidade Eduardo Mondlane Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal, Maputo, Março de 2007; CAMPOS, Aniele Pianoscki; Efeito do óleo de Nim ( Azadirachia indica) sobre Spodoptera frugiperda, Universidade Estadual Paulista, Brasil, 2012; CELESTINO, Frederico Belém, os exiractos aquosos de folhas e sementes do margoso (Azadirachia indica) controlo de pragas de feijão nhemba (vigna unguiculata, Universidade Eduardo Mondlane, Maputo, 2000; CHIBEBA, Amaral Machaculeha, Presença e distribuição dos inimigos naturais das brocas do milho na zona sul de Moçambique, Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal- UEM, Maputo, 1997; COLIAL, Herinques Victor, maneio do habitat para o conirolo das brocas dos cereais no Chokwe (Gaza), UEM- Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal, Maputo, Abril, 2000; CONAGIN, Armando & AMBRÓSIO, Luis Alberto, Metodologia científica, Campinas: Instituto Agronômico, 2011. 44p, ISSN: 1809-7693 Versão on-line. CRUZ, José Carlos, Manejo da cultura do Milho, Sete Lagoas, MG Dezembro, 2006. DARONCO, Maicon Vinícius, Óleos essenciais no tratamento de sementes de soja, Universidade Regional do Noroeste, Rio Grande do Sul, 2013; DOS SANTOS, Ana Paula Manuel, 4 incidência da broca na cultura do milho em diferentes épocas de sementeira, UEM- Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal, Maputo, Outubro, 1990; FARAH etal., Paulo José; Controlo Químico á base de Azadirachta indica em Bemissa spp. Na cultura de Abobrinha, Universidade Moura, 2009; 46 de FILHO, Alberto Cargnelutti, 4 precisão experimental relacionada ao uso de bordaduras nas extremidades das fileiras em ensaios de milho, vol.33 no.4 Santa Maria July/Aug, 2003; dE FRAGOSO, Débora Ferreira Melo, Opções de manejo de Neoleucinoides elegantalis com bases biloecologicas e controlo mecânico, bilogico e extractos de plantas, Universidade Federal Espírito Santo- Alegre, 2014; “ FREITAS, Ernani Cesar & PRODANOV, Cleber Cristiano, Métodos e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Académico, 2º edição, Novo Hamburgo - Rio Grande do Sul — Brasil, 2013; d. IIAM, Estabelecimento de Prioridades para a Investigação Agraria no Sector Publico em Moçambique Baseados nos Dados do Trabalho de Inquerito Agricola (TIA); Moçambique, Agosto de 2006. de IIAM, Rentabilidade de cultura de milho na Zona Sul de Moçambique, Maputo, 2012 de INE, Estatísticas do Distrito de Cidade De Xai-Xai, Av. 24 de Julho, nº 1989; Caixa Postal 493, 2012; de INIA, Pragas, Doenças e Ervas Daninhas nas culturas alimentares em Moçambique; Ministério da Agricultura; Moçambique, 1994. d. LONDRES, Flávia, Agrotóxicos no Brasil - Um Guia para acção em Defesa da vida, 1º edição. Rio de Janeiro, 2011; dE MANZAN, José Ricardo Gonçalves, Roteiro de Aula, Estatistica Experimental, Instituto Federal Triangulo Mineiro, campus Uberaba, 2009; ds. MARTINEZ, Sueli Souza., O nim Azadirachta indca: natureza, usos multiplos, produção. Instituto Agronómico de Paraná, 2002; e MARTINEZ, Sueli Souza., O nim Azadirachta indca- um insecticida natural. Instituto Agronómico de Paraná, 2008; ds MATARUCA, Manuel Jerónimo Zacarias, Avaliação do efeito da aplicação de produtos naturais no controlo da mosca-branca no coqueiro, Universidade Eduardo Mondlane, Maouto, 2014; a» MAZZONETTO, Fábio et al., Efeito de extractos aquosos de Azadirachta indica na sobrevivência de Diatraea saccharalis e na eclosão do parasitoide Cotesia flavipes, Revisa Agroambiental, Pouso Alegre, Agosto, 2013; dE MCAGNAN, Rafaela, et al., Eficácia de extractos vegetais no controlo de Spodoptera frugiperda em Milho, Universidade do Contestado, 2012; sd. MINAG, Manual de normas e Técnicas, 2º edição, Maputo-Moçambique, 2006 Anexos e Apêndices ANEXO I: Mapa geográfico da cidade de Xai-Xai Identificação Geográfica Provincia : Gaza Distrito: Cidado Xai- Geocod : 09H Legenda: 1 EM à EsG2 £ Escola Técnica 2rol. é Univorcidade = Rios > Legoas 1] citado: Xai- xai Pee Mt Gaga la ee sm ue one itstnaa j Vip mm vestes Fonte: (INE, 2012) ANEXO II: Estágios de desenvolvimento do milho, Broca ponteada do colmo do milho (Chilo partellus), Planta da margosa, Lagarta de soja morta por extracto de margosa. mcg AA Sao pt o io Pipe nda sv rm co Perareio Credo ERRO E Estágios de desenvolvimento do milho Pássaro amarelo (Placeus velatus) (IAM, FANCELLI citado por WEISMANN (2007). 2012) Broca ponteada do colmo do milho (VIANA & PRATES, 2006) Planta de margosa (VIANA & PRATES, 2006) É. Lagarta morta por extracto de margosa MARTINEZ (2008) 270 kg ------—...... 180m? 2 kg ===... 0... 9m? x=*00. 13.5kg 180 Cálculo da área útil da parcela e de todo o experimento, respectivamente: Y 48plantas — 28plantas descartadas = 20 plantas úteis 2 48 Plantas -------—————— gm 20 Plantas ---------.. 9m? x2º2 375m 48 Portanto, o ensaio teve uma área útil total de: 3,75m7-... on 1 parcela 92? --20 parcela 3.75x20 2 -sm x: Cálculo de quantidade de cipermetrina No rótulo do produto vem quantidade de calda - 12001/ha. A área que recebeu este tratamento correspondeu a 36m? (9m? x 4 repetições). Portanto, para esta área foi de: 12001 --=-===-........ 0.0 10.000 m? E 36 m? = 1200 x 36 =4321 10000 Entretanto, a quantidade total foi de: 4.321x5 pulverizações = 21.61 Quantidade de extractos secos de folhas de margosa Y Dosagens (130g/11 + 150g/1 + 170g1 = 450g/3 1) Y Calda (31 de extracto + 12 litros de água (41 cada dose) = 151 de calda) Y” Calda (300/h) Se 450 g de extracto ------==......... nn. 151 de calda X g nana ninnnnnnonnnnn neon 3001 x =X. 9000g = 9kg/ha 3001-------..... ooo 10000m? 450g ------—=...... 151 calda DR 108m? X-ceecnoenno omni o 32.41 X=3,24 litros de calda x 10 pulverizações = 32.41 x=972g -1kg 3.24 Litros de calda : 3 doses = 1.08 I/dose = Calda da dose de 130g/1: 130g x 1.08/5] = 28.08g —28g de extracto/11 de água; = Calda da dose de 150g/1: 150 x 1.08/51 = 32.5g — 33g de extracto/11 de água; = Calda da dose de 170g/1: 170 x 1.08/51 = 36.72g -37g de extracto/1 1 de água. Determinação da amostra Percentagem de amostras sugeridas para cada população População Y%Sugerida Nr. de respondentes 20 100 20 30 80 24 50 64 32 50 64 32 200 32 64 500 20 100 1000 14 140 10.000 45 450 100.000 2 2.000 200.000 1 2.000 A população em estudo (960 plantas) está no intervalo de 500 — 1000 individuos correspondendo a 20 e 14 % da percentagem de amostra sugerida, respectivamente. Portanto, a amostra requerida será: 1º passo: ver o intervalo na tabela onde se enquadra ” om 960 (500-1000); 2º passo: Indicar o 1º valor do intervalo e o valor que se segue imediatamente; 3º passo: ver a % sugerida dentro do intervalo *” 500-20% e 1000-14%; 4º passo: fazer a diferença do intervalo e da % sugerida ” 1000-500= 500 ” 20%-14%= 6% 5º passo: A diferença do tamanho real da população (total de famílias) com o valor do limite menor que é 500. ” 960-500=460; 6º passo: A proporção do limite inferior e superior com a diferença do valor da população e o limite inferior da tabela ” 500- 460-. -6% -X X=5.52 —-6% 7º passo: Faz-se a diferença entre o limite superior da % sugerida em relação á 460. ” 20%-6%= 14% Resposta: Significa que o tamanho da amostra corresponde a 14%. 8º passo: Multiplica-se o valor da população real pela % para se obter o número de plantas a ser estudadas. 960 x 0,14=134.4- 134 (número de plantas a ser estudadas); Logo: 134 plantas/20 parcelas= 6.72 — 6 (número de plantas a ser estudadas por parcela), APÊNDICE III: Calendário de tratamentos BLOCO 3a 4a la /2a |3a [4a |la 2a 3a | 4a 1 TA TB x x x |x x |x x X x x TC x x x |x x |x x X x x TD x x x |x x |x x X x x TE x x x x x O O O O BLOCO | TA 2 TB x x x |x x |x x X x x TC x x x |x x |x x X x x TD x x x |x x |x x X x x TE x x x x x HE O O O O O O BLOCO | TA 3 TB x x x |x |x |x x X x |x TC x x x |x x |x x X x x TD x x x |x x |x x X x x TE x x x x x Hs O O O BLOCO | TA 4 TB x x x |jx |x |x x X x |x TC x x x |x x |x x X x x TD x x x |X |x |x x X x x TE x x x x x si Legenda: TA = Tratamento controlo; TB = Tratamento de 130g/1 do extracto de folhas da margosa, TC = Tratamento de 150g/1 do extracto de folhas da margosa, TD = Tratamento de 170g1 do extracto de folhas da margosa, TE = Tratamento de cipermetrina 20%EC ImlÃ. APENDICE VI: Médias, ANOVA e Comparação de médias de Percentagem de infestação de Chilo partellus aos 74 DDS (%) Percentagens médias de infestação de Chilo partellus por planta aos 74 DDS (%) Tratamentos Bloco 1 Bloco 2 Bloco 3 Bloco 4 A 60.1 50.5 42.6 39.2 B 48.0 29.3 23.3 211 c 15.6 15.2 9.0 12.4 D 18.2 11.0 8.4 13.0 E 9.6 77 9.5 10.1 mi Legenda: TA = Tratamento controlo; TB = Tratamento de 130g/1 do extracto de folhas da margosa, TC = Tratamento de 150g/1 do extracto de folhas da margosa, TD = Tratamento de 170g/1 do extracto de folhas da margosa, TE = Tratamento de cipermetrina 20%EC Iml. ANOVA DPI DIDO DM E OCOS CASUAL IZADOS QUADRO DE ANALIST Ev SL so om F Blocos > 157.16200 145.72067 A.9s52 = Tratamentos a n322. 11300 1080.53575 36.7132 == Resíduo az 352. 89500 29.10775 Total as s112. 19500 .. nificativo ao nivel de IX de probabilidade (Cp < .e1) - nificativo ao nível de 5% de probabilidade (.01 -< p < .05) significarivo (p >— as) rP emas < Beei Ponto médio - 33.90000 As médias seguidas pela mesma letra não diterem estatisticamente entre si. Foi aplicado o Teste de Duncan av nível de 5% de probabilidade APENDICE VII: Médias gerais em cada tratamento e coeficiente de variação Densidades médias de larvas de Chilo partellus por planta por tratamento Tratamentos Média TA 1.66 TB 0.75 TC 0.25 TD 0.21 TE 0.17 CV =46.3% Percentagens médias de infestação de Chilo partellus por planta por tratamento aos 46 DDS Tratamentos Médias TA 39.85 TB 17.70 TC 9.40 TD 8.28 TE 3.65 CV=23.2% Percentagens médias de infestação de Chilo partellus por planta por tratamento aos 74 DDS Tratamentos Média TA 48.10 TB 30.43 TC 13.05 TD 12.65 TE 9.23 CV=23.9% wi Legenda: TA = Tratamento controlo; TB = Tratamento de 130g/1 do extracto de folhas da margosa, TC = Tratamento de 150g/1 do extracto de folhas da margosa, TD = Tratamento de 170g/1 do extracto de folhas da margosa, TE = Tratamento de cipermetrina 20%EC Iml/l. APENDICE VIII: Número de larvas de Chilo partellus por planta Número de larvas/planta Planta de amostra LEGENDA nºL= PA =
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