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Guias e Dicas
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Auditoria dos activos, Notas de estudo de Gestão Industrial

Autor: Sergio Alfredo Macore ou Helldriver Rapper

Tipologia: Notas de estudo

2016

Compartilhado em 06/05/2016

sergio-macore-9
sergio-macore-9 🇧🇷

4.5

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Baixe Auditoria dos activos e outras Notas de estudo em PDF para Gestão Industrial, somente na Docsity! Apostila de Auditoria Assunto: AUDITORIA DOS ATIVOS Autor: PROF: Sergio Alfredo Macore AUDITORIA DOS ATIVOS 1 - AUDITORIA DAS DISPONIBILIDADES 1.1- OBJETIVO. A auditoria do disponível tem a finalidade de: postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 a) – Determinar sua existência, que poderá estar na companhia, em bancos o com terceiros; b) – Determinar se é pertencente à Companhia; c) – Determinar se foram utilizados os princípios de contabilidade geralmente aceitos, em bases uniformes; d) – Determinar a existência de restrições de uso ou de vinculações em garantia; e e) – determinar se está corretamente classificado nas Demonstrações Financeiras e se as divulgações cabíveis foram expostas por notas explicativas. 1.1.1– ORIENTAÇÃO. O exame de auditoria efetuado na área do disponível tem por finalidade atingir objetivos previamente determinados. Definido isso, o programa de auditoria deve ser considerado para evitar trabalhos desnecessários ou enfoque incorreto. Entretanto, o auditor deve Ter a mente aberta para não se guiar cegamente pelo programa, e não deixar de observar fatos importantes não previstos no programa original inclusive valores e transações ora compatíveis com as operações da empresa. Caso isto ocorra, o programa deve ser modificado para atingir os itens não programados originalmente. A seleção e a data de aplicação dos procedimentos de auditoria devem estar definidas com base na eficiência dos controles e na materialidade envolvida. Quando os controles internos sobre o disponível forem considerados adequados, os exames de auditoria podem ser realizados em data anterior à do encerramento das Demonstrações Financeiras, executando procedimentos alternativos entre a data auditada e a de final de ano, para certificar-se da veracidade do saldo final. No caso de os controles internos serem considerados deficientes, é preferível que os exames de auditoria sejam realizados na data de encerramento das Demonstrações Financeiras. Os ativos são classificados por ordem decrescente de grau de liquidez. Caixa e Bancos são classificados na primeira linha do lado do Ativo no Balanço Patrimonial, ou seja, é o Ativo de maior liquidez. São registrados no grupo de caixa e bancos os recursos disponíveis para aplicação nas transações da empresa tais como: • Dinheiro em caixa; • Dinheiro em contas correntes Bancárias; • Recebimentos não depositados; • Dinheiro ou cheques em trânsito. Para um ativo ser classificado no grupo de caixa e bancos é importante que não haja restrições quanto ao seu uso imediato. Os cheques emitidos e ainda não entregues aos beneficiários não devem ser considerados como uma redução de caixa e bancos. Na auditoria do disponível, deve-se levar em conta a possibilidade de irregularidades, pois é mais vulnerável do que os outros ativos. Portanto, o auditor, ao realizar o trabalho do disponível, deve levar em consideração os seguintes aspectos: • Verificação das Disponibilidades; • Contagem Física de Caixa; • Dissimulação de pagamentos e recebimentos. 1.2) – VERIFICAÇÃO DAS DISPONIBILIDADES. postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 g) Inquérito Explicação para a Documentação examinada. Exame do razão analítico de bancos; Exame do diário auxiliar de bancos; h) Registros Auxiliares Exame do Registro de Recebimentos; Exame do Registro de pagamentos. Relacionamento de recebimentos com as Contas a Receber; Relacionamento dos pagamentos com as contas a pagar; Relacionamento dos juros pagos com a despesa. Classificação adequada das contas; j) Observação Observação dos princípios de Contabilidade; Manutenção de volume alto de contas não movimentadas. 1.6- Contagem de Caixa. Para a realização de contagem de caixa, o auditor deve tomar os cuidados necessários para que se tenha realmente validade. Entre os cuidados o auditor deve preocupar-se com os seguintes: a) Contagem Surpresa: para evitar possíveis manipulações ou artifícios que vislumbrem encobrir falta de numerário. b) Número de Caixas existentes: para evitar a manipulação e transferência de fundos entres estas. Neste caso, o auditor deve tomar os cuidados necessários para que esta tenha realmente validade. Entre os cuidados, o auditor deve preocupar-se com os seguintes: • Em conjunto com o responsável pela auditoria estabeleça os caixas que serão Contados. • Faça contagem simultânea em todos os caixas e valores mobiliários, caso haja possibilidade de substituições (encoberta de fraudes). • Para recebimentos não depositados (normalmente cheques) acompanhe-os até o depósito no banco (inspeção do recibo de depósito autenticado e crédito no extrato bancário). Recebimentos depositados, mas não incluídos na contagem, fica em aberto a possibilidade deles terem sido utilizados para encobrir caixa. • Quando cheques de funcionários fazem parte do saldo de caixa, verifique que não são pós-datados e que são depositados prontamente. • Inspecione os comprovantes incluídos no saldo de caixa, quanto à aprovação e autenticidade c) Presença do Responsável: a contagem do caixa deve ser realizada com a presença do responsável pelo numerário. Na entrega do numerário contado, deve ser obtido o recibo de entrega assinado pelo responsável para isentar o auditor de quaisquer diferenças porventura existentes ou reclamações posteriores. postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 • Conte na presença do responsável pelo caixa e não assuma responsabilidade por ele na sua ausência; • Esteja atento para situações anormais (cheques antigos, cheques pessoais do responsável pelo caixa, comprovante de desembolso de caixa com data antiga, etc.). d) Papel de Trabalho: ao realizar a contagem, o auditor deve preencher seu papel de trabalho a tinta, observando os seguintes aspectos: • Nome da empresa • Título do papel de trabalho (contagem de caixa). • Nome do fundo ou do caixa; - Nome do responsável pela composição do caixa; • Data e hora da realização da contagem; • Listagem de todos os itens constantes do caixa (notas, moedas, cheques, comprovantes, etc.) Para as moedas coloque apenas o total, para os outros itens individualize dando detalhes • Recibo de devolução de numerário contado. comparado com o saldo do boletim de caixa e o razão analítico da conta, estabelecendo as possíveis diferenças. • Inclua a seguinte declaração e peça ao responsável pelo caixa que assine: “Esse caixa foi contado na minha presença por um representante da auditoria e a mim devolvido intacto”. Se durante a contagem forem observados outros itens que não numerário, o auditor deve efetuar uma listagem dos itens observados, reunindo todos os possíveis subsídios de forma clara. Como exemplo, vales despesas etc. Para esses casos, o auditor deve obter as explicações de imediato e proceder ao acompanhamento subsequente da resolução desses itens, uma vez que podem envolver possíveis dissimulações de numerário, como: • Utilização de numerários de outros fundos; • Descontos de cheques de terceiros; • Empréstimos temporários; • Comprovantes falsificados; e • Cheques de realização duvidosa. 2 - CAIXA E BANCOS 2.1 – Aspectos Contábeis Assim como no exame de todas as fases de um negócio, os procedimentos na auditoria de Caixa e Bancos devem ser definidos em função dos objetivos do auditor, para aquele setor. Uma vez que o Caixa é considerado um bem que envolve grande risco e relativamente difícil de ser controlado, os procedimentos de auditoria a ele destinado tendem a ser mais extensos e mais detalhados que os de outras áreas. O valor de Caixa e Bancos normalmente apresentado no balanço de uma empresa é formado de dois componentes, encaixe (numerário em mãos) e depósitos em bancos. Cada componente possui características próprias e, por isto, consideram-se separadamente os procedimentos de auditoria para cada um. postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 Na data do Balanço, não deve haver fundo de caixa pequena, nenhum pagamento pendente, de modo que o limite esteja totalmente coberto, sem nenhum reembolso a ser feito. O Auditor precisa aplicar procedimentos que lhe assegurem que todos os cheques incluídos nesse montante estão depositados no Banco. Isso lhe possibilitaria certificar-se da validade desses itens, pois se forem fraudulentos ou sem valor, o banco os devolverá e, na revisão do extrato bancário seguinte o auditor poderá comprovar a devolução. Se os cheques não forem depositados enquanto o auditor controla o numerário, não poderá se certificar da validade dos mesmos, havendo o risco de eles serem colocados entre os numerários, para ocultar uma fraude. O Encaixe, normalmente, consiste do fundo fixo do caixa e de recebimentos de clientes, antes de serem depositados. Os principais procedimentos de auditoria usados para ambos os tipos de encaixe são: 1) – Contagem feita pelo auditor; 2) –Conferência posterior dos totais obtidos na contagem dos registros contábeis; 3) – Exame de itens tais como cheques de clientes e comprovantes de caixa pequena, para ver se são correntes e válidos; 4) –Verificação do depósito, dos recebimentos de clientes, nas contas bancárias. Depois de ter contado o numerário, os totais de caixa pequena devem ser confrontados com o razão geral, e os recebimentos não depositados conferidos com os registros de recebimentos de Caixa. Enquanto se processam as contagens, os detalhes de cheques, saques, comprovantes de desembolso ou outros itens que apresentaram dúvidas devem ser anotados nos papéis trabalho. Qualquer dúvida deste deve ser averiguada e solucionada. Nos Papéis de Trabalho, deve constar uma anotação sobre a evidência ou uma explicação usada para esclarecer essas dúvidas. Itens que podem suscitar dúvidas: - Cheques com datas antigas; • Cheques pessoais de indivíduos encarregados da custódia do caixa; • Comprovantes de desembolso de caixa pequena, sem data ou com data antiga; • Vales, cheques de empresas ligadas; • Cheques de Transferência e assim por diante. 2.1.1- Caixa Depositado Ao verificar o caixa depositado, o auditor lança mão de procedimentos totalmente diferentes dos usados na auditoria do dinheiro em mãos. Ele não trata com dinheiro propriamente dito, mas sim com documentos que comprovam a existência de dinheiro. 2.1.2- Procedimentos Preliminares: Os procedimentos para averiguação de caixa em depósito devem começar por ocasião da contagem de dinheiro em mãos, ou seja na data de verificação. Aí é que deve proceder à coleta de dados de Cutoff de Caixa necessários para verificação do Caixa depositado e que compreendem um registro de todos os recebimentos e desembolso de Caixa, imediatamente antes da data de verificação. EXERCÍCIOS: Questões de Revisão postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 RESPONSÁVEL PELO CAIXA INFORMAÇÕES SUPLEMENTARES • Os funcionários Orlando Ortiz e Marco de Lima já haviam prestado contas dos adiantamentos efetuados em 28/12/2000. • As tintas e mão-de-obra referiam-se a uma obra em construção. • O frete Pendente trata-se de: R$ 350,00 – entrega de um produto a cliente. R$ 85,000 – Compra de Materiais postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 2.5 - CONTAS BANCÁRIAS. Na verificação das contas bancárias, o auditor pode valer-se de vários procedimentos para atingir seus objetivos. Entretanto, quando da sua verificação, o auditor deve preocupar-se com os seguintes aspectos: a) Conciliações Bancárias: obter as conciliações bancárias e certificar-se de que as pendências são decorrentes de operações normais. As pendências, dependendo de sua materialidade, devem ser cuidadosamente examinadas para evitar possíveis, ativos, passivos ou despesas não contabilizadas em seu período de competência. b) Confirmação: obter confirmação independente sobre os saldos bancários e, dependendo da confiabilidade do controle interno, também o extrato bancário. c) Extrato bancário: Selecione um período para exame no extrato bancário, contendo um período imediatamente anterior e um período imediatamente subsequente à data-base examinada, para determinar que: • todos os débitos e créditos são normais e foram contabilizados em tempo hábil; • todos os débitos e créditos pendentes de conciliações são comprovados no período subsequente; e • as transferências de fundos são completadas em tempo hábil. Exemplo: Um cheque emitido, contabilizado pela empresa e entregue ao beneficiário em 30 de dezembro de 1999 pode Ter sido descontado do banco somente em 02 de janeiro de 2000, fato esse que ocasiona uma diferença entre os registros da empresa e os do Banco, tomando como base 31 de dezembro de 1999. Para realmente se certificar que o saldo informado pelo banco ser relaciona com os registros da empresa, o auditor externo deve auditar as reconciliações bancárias. As reconciliações bancárias representam uma conciliação entre o saldo da empresa e os saldo do banco, onde são demonstradas as transações que apenas foram contabilizadas em um desses registros. EXEMPLO DE PAPEL DE TRABALHO Preparado por: Pereira R evisado por: Marino Cia Comercial 31/12/1999 TESTE DAS PENDÊNCIAS BANCÁRIAS CHEQUES PENDENTES BANCO DATA NÚMERO VALOR Bradesco 10/11/99 00093 66.000,00 29/12/99 00324 100.000,00 29/12/99 00326 55.000,00 30/12/99 00328 20.000,00 30/12/99 00330 50.000,00 30/12/99 00331 10.100,00 301.100,00 postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 Banespa 29/1299 10.096 30.000,00 29/12/99 10.097 49.000,00 30/12/99 10.101 21.000,00 100.000,00 Brasil 30/12/99 4.103 120.300,00 30/12/99 4.105 83.000,00 30/12/99 4.108 17.00,00 30/12/99 4.109 30.000,00 250.300,00 Banestado 30/12/99 00012 100.000,00 30/12/99 00013 170.000,00 270.000,00 Real 30/12/99 41.730 50.000,00 30/12/99 41.733 31.000,00 81.000,00 Itau 29/12/99 100.898 86.400,00 29/12/99 100.197 44.000,00 29/12/99 100.901 7.000,00 137.400,00 CRÉDITOS BANCÁRIOS NÃO REGISTRADOS BANCO DESCRIÇÃO VALOR Bradesco Desconto de duplicatas efetuado Em 31/12/99 Duplicatas: no.338 700.000,00 No.337 400.000,00 1.100.000,00 Banespa Empréstimo Bancário 1.000.000,00 Dinheiro transferido através de ordem de pagamento, da agência de São Paulo 300.000,00 1.300.000,00 Brasil Duplicatas em cobrança simples e recebidas pelo banco: Duplicatas: No.340 No.347 No.349 150.000,00 80.000,00 170.000,00 400.000,00 DEPÓSITOS NÃO APARESENTADOS Bradesco Depósito efetuado em 30/12/99, referente ao recebimento de duplicatas 350 a 351 1.000.000,00 postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 As aplicações Financeiras são aplicações temporárias de numerário com prazo de resgate de curtíssimo prazo. Geralmente, a sobra de numerário é utilizada pela companhia para aplicação no mercado aberto como forma de obter retorno financeiro utilizando eficazmente todos os valores disponíveis. A verificação do Auditor para as aplicações é quase idêntica à do caixa, devendo prever os procedimentos de auditoria aplicáveis às circunstâncias que podem ser de contagem física ou de confirmação com os custodiantes, exame da documentação comprobatória das aplicações e regastes, diferenciando-se apenas quanto à apuração da receita pertinente ao exercício auditado, que deve ser contabilizada em seu período de competência. EXERCÍCIOS: 1) – Com base na informação abaixo, elaborar uma prova de caixa para janeiro de 2001, dando o saldo certo da Conta Bancos c/Movimento, para fins de preparação das Demonstrações Financeiras: PELO EXTRATO DO BANCO R$ SALDO EM 31/12/2000 76.489,00 Depósitos em janeiro/2000 84.363,00 Retiradas em janeiro/2000 56.762,00 CHEQUES EM CIRCULAÇÃO: EM 31/12/2000 3.694,00 EM 31/01/2001 8.328,00 DEPÓSITO EM TRÃNSITO: 31/01/2001 3.800,00 PELOS LIVROS CONTÁBEIS SALDO EM 31/12/2000 72.795,00 Recebimentos em janeiro 86.563,00 Saldo em 31/01/2001 98.361,00 Durante o mês de janeiro de 2001, foram devolvidos pelo Banco 4(quatro) cheques no total de R$ 382,00, por não terem fundos suficientes. Não havia sido feito lançamento algum para esses cheques em 31/12/2000. No dia 07 de janeiro de 2001, o Banco cobrou R$ 17,00 de despesas de serviço. A empresa só descobriu em fevereiro de 2001. A 12 de janeiro de 2001 o Banco cobrou um título de R$ 1.600,00, creditando a receita na conta da empresa esta, por sua vez, registrou a cobrança no dia 04/02/2001. 2) - EXERCÍCIO SALDO EXTRATO BANCÁRIO R$ 276.000,00 Valores não considerados pelo Banco Cheque no.403 de 27/12/2000 R$ 270.000,00 Cheque no. 404 de 31/12/2000 R$ 23.010,00 postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 Aviso de débito 743 – Despesas Bancárias R$ 5.100,00 Depósito R$ 45.000,00 Valores não considerados pela Cia Aviso de débito no.4606 R$ 1.200,00 Aviso de Débito no.3907 R$ 200,00 Aviso de Crédito R$ 12.400,00 Qual o saldo contábil e o saldo ajustado? 3) O cheque de no. 441333 no valor de R$ 100.000,00 foi emitido, contabilizado e entregue a seu beneficiário em 29 de dezembro de 2000, entretanto, esse cheque só foi apresentado no extrato bancário em 03/01/2001. Sendo esse cheque o único item pendente, a reconciliação bancária para 31 de dezembro de 2000, seria de que forma: DADOS: Saldo do Banco (Extrato) R$ 1.201.105,00 Saldo Razão Analítico R$ 1.101.105,00 4) Em 30 de dezembro de 2000 a empresa efetuou um depósito no valor de R$ 50.000,00(cheques de outras praças ou locais recebidos de clientes). Esse depósito apareceu no extrato em 02/01/2001. Considerando esse depósito como o único item pendente, a reconciliação bancária para 31/12/2000 seria apresentada de que forma: DADOS Saldo do Banco (Extrato) R$ 402.106,00 Razão Analítico(contabilidade) R$ 452.106,00 5) Em 30 de dezembro de 2000, o banco recebeu R$ 75.000,00 referentes a duplicatas de clientes que estavam em carteira e creditou essa quantia na conta da empresa, que registrou essa transação em 10 de janeiro de 2000., Considerando esses recebimentos o único pendente, a reconciliação bancária para 31 de dezembro de 2000, seria apresentada de que forma? DADOS: Saldo do Banco (Extrato) R$ 333.000,00 Saldo Razão Analítico R$ 258.000,00 6) - Em 29 de dezembro de 2000 o Banco Debitou R$ 7.500,00 na conta da empresa ref.juros s/ empréstimos. O Banco enviou o aviso bancário em 02/01/2001, e a empresa contabilizou essa transação em janeiro. Considerando esse juro o único valor pendente, a reconciliação bancária para 31 de dezembro de 2000, seria apresentada de que forma? DADOS: Saldo do Banco (Extrato) R$ 80.712,00 Saldo Razão Analítico R$ 88.212,00 7) – Em 31 de dezembro de 2000 a empresa assinou um contrato de empréstimo no valor de R$ 150.000,00, e o banco creditou essa quantia nessa mesma data na conta da empresa. Entretanto, a empresa somente contabilizou esse empréstimo em 02 de janeiro de 2001. Considerando esse empréstimo o único item pendente, a reconciliação bancária de 31 de dezembro de 2000, seria apresentada de que forma? DADOS: Saldo do Banco (Extrato) R$ 702.309,00 Saldo Razão Analítico R$ 852.309,00 postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 8) – Em dezembro de 2000 o Banco debitou R$ 28.000,00 na conta corrente bancária., ref. A duplicatas descontadas pela empresa mas, não pagas na data do vencimento pelos clientes. A empresa contabilizou esse valor em janeiro de 2001. Considerando essa operação o único item pendente, a reconciliação bancária para 31 de dezembro de 2001, seria apresentada de que forma? DADOS: Saldo do Banco (Extrato) R$ 332.454,00 Saldo Razão Analítico R$ 360.454,00 9) – Durante o exame dos documentos comprobatórios das transações com o Banco, para o qual a Cia Alfa, mantém conta corrente, você fez as seguintes notas referentes a diversos itens fora do comum: • Os cheques nos. 11708 e 11709, incluídos no extrato no mês de dezembro, foram por você examinados e localizados no razão analítico nos mês de novembro; • O cheque de no. 11715 foi emitido para adiantamento de salário a um funcionário; entretanto, a cia Alfa esqueceu-se de efetuar o registro no razão analítico; • O depósito de R$ 12.000,00 em 28/12/2000 foi creditado pelo banco indevidamente na conta corrente da Cia alfa, já que este pertencia a outra companhia; • Os cheques de nos 11717 e 11722 e o depósito de R$ 11.000,00 efetuados em 31/12/2000 foram apresentados no extrato em 02/01/2001. Pede-se: • Preparar a reconciliação bancária, com base em 31/12/2000; • Preparar lançamento(s) contábil necessário(s) para ajustar o razão analítico. postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 ( ) a) – aumento do saldo do razão analítico ( ) b) aumento do saldo do extrato ( ) c) – redução do saldo do razão analítico ( ) d) redução do saldo do extrato 3) – Um cheque emitido e contabilizado pela empresa, mas não apresentado no extrato bancário, seria demonstrado da seguinte forma na reconciliação bancária: ( ) a) – aumento do saldo do razão analítico ( ) b) aumento do saldo do extrato ( ) c) – redução do saldo do razão analítico ( ) d) redução do saldo do extrato 4) – Um cheque apresentado no extrato, mas que a empresa indevidamente não o contabilizou, seria demonstrado da seguinte forma na reconciliação bancária: ( ) a) – aumento do saldo do razão analítico ( ) b) aumento do saldo do extrato ( ) c) – redução do saldo do razão analítico ( ) d) redução do saldo do extrato 5) – Um depósito bancário apresentado no extrato, o qual a empresa indevidamente não contabilizou, seria demonstrado da seguinte forma na reconciliação bancária: ( ) a) – aumento do saldo do razão analítico ( ) b) aumento do saldo do extrato ( ) c) – redução do saldo do razão analítico ( ) d) redução do saldo do extrato 6) – Um depósito bancário contabilizado pela empresa, mas não apresentado no extrato, seria demonstrado da seguinte forma na reconciliação bancária: ( ) a) – aumento do saldo do razão analítico ( ) b) aumento do saldo do extrato ( ) c) – redução do saldo do razão analítico ( ) d) redução do saldo do extrato 7) – O crédito referente a um desconto de duplicata apresentado no extrato, mas não registrado pela empresa, seria demonstrado da seguinte forma na reconciliação bancária: ( ) a) – aumento do saldo do razão analítico ( ) b) aumento do saldo do extrato ( ) c) – redução do saldo do razão analítico ( ) d) redução do saldo do extrato 8) – Um cheque de outra companhia, debitado pelo banco indevidamente na conta corrente da empresa, seria apresentado da seguinte forma na reconciliação bancária: ( ) a) – aumento do saldo do razão analítico ( ) b) aumento do saldo do extrato ( ) c) – redução do saldo do razão analítico ( ) d) redução do saldo do extrato 3 - AUDITORIA DAS CONTAS A RECEBER. A auditoria das contas a receber tem a finalidade de: postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 a) - determinar sua existência e representatividade contra os devedores envolvidos; b) - determinar se é de propriedade da companhia; c) - determinar se foram utilizados os princípios de contabilidade geralmente aceitos, em bases uniformes; d) - determinar a existência de restrições de uso, de vinculações em garantia ou de contingências; e e) - determinar que está corretamente classificada nas Demonstrações financeiras e que as divulgações aplicáveis foram expostas por notas explicativas. 3.1- Revisão do Controle Interno. A revisão do controle interno tem a finalidade de determinar qual a confiabilidade depositada pelo auditor no controle interno, para que este possa determinar quais os procedimentos a serem utilizados, o momento propício de sua realização e em qual extensão. Entrementes, cada companhia, como uma entidade diferente, utiliza os controles internos que julga importante, dependendo da materialidade, número de pessoas disponíveis, bem como número de contas a receber. Muito emborca o controle interno seja variável de empresa para empresa, é desejável que a administração estabeleça o controle interno voltado para lhe dar a segurança necessária. Dessa foram, o fortalecimento do controle interno é necessário, desenvolvendo a administração a utilização de vários procedimentos que lhe conceda tranquilidade. 2.- Procedimentos de Auditoria Os procedimentos de auditoria a serem utilizados para a obtenção dos objetivos determinados são dependentes da avaliação do controle interno e da materialidade envolvida. Alguns dos procedimentos: Contagem das duplicatas a receber; a) Exame Físico Contagem dos títulos a receber. Confirmação das duplicatas a receber b) Confirmação Confirmação dos títulos a receber; Confirmação dos adiantamentos concedidos; Confirmação dos adiantamentos a funcionários. Exame Documental das Vendas realizadas c) Documentos Originais Exame Documental dos Recebimentos das Contas a Receber; Exame Documental de Atas de Assembléias ou de Reunião; Exame de Contratos. Exame alternativo das respostas não obtidas. postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 Soma das Duplicatas a Receber; d) Cálculos Cálculo dos juros a Receber; Soma dos Adiantamentos concedidos Exame de conta de razão de duplicatas a Receber; Exame de conta razão de adiantamentos a empregados; Exame de Conta de razão de títulos a receber; Exame da contabilização no período de competência Exame detalhado da documentação de venda; e) Investigação Exame detalhado dos contratos de venda; Exame detalhado das aprovações de baixas de duplicatas incobráveis; Variação do saldo de contas a receber; g) Inquérito Explicação para as duplicatas incobráveis ou em atraso. Exame do razão analítico de Contas a Receber h) Registros Auxiliares Exame do diário auxiliar das Contas a Receber; Exame do Registro de Recebimentos; Relacionamento das Contas a Receber com as Vendas; i) Correlação Relacionamento dos Recebimentos com o disponível; Relacionamento das provisões constituídas para devedores duvidosos com o resultado. Relacionamento dos juros a receber com o resultado Classificação adequada das contas; j) Observação Observação dos princípios de Contabilidade; Observação do volume de contas a receber atrasadas. 3.3- Procedimento de Confirmação. O procedimento de confirmação é um dos mais utilizados para a determinação de que o Ativo decorrente de contas a receber é real e pertencente à companhia. Uma vez determinada à utilização do procedimento de confirmação para as contas a receber, deve-se levar em consideração: a) Data-base de confirmação; b) Amplitude do teste de confirmação; e c) Tipo de confirmação a ser empregado. As considerações referentes à data-base e à amplitude do teste de confirmação são dependentes da avaliação e efetividade dos controles internos. O tipo de confirmação a ser empregado é algo pertinente aos desejos de evidências do auditor para subsidiar sua conclusão acerca das contas a receber. 3.3.1 - Tipos de Confirmação: postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 c) os créditos com pessoas jurídicas coligadas, interligadas, controladoras e controladas ou associadas por qualquer forma; d) os créditos com administrador, sócio ou acionista, titular ou com seu cônjuge ou parente até o terceiro grau, inclusive os afins; e) parcela dos créditos correspondente às receitas que não tenham transitado por conta de resultado; f) o valor de créditos adquiridos com coobrigação; g) o valor dos créditos cedidos sem coobrigação; h) o valor correspondente ao bem arrendado, no caso de pessoas jurídicas que operam com arrendamento mercantil; i) o valor dos créditos e direitos junto a instituições financeiras, demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil e a sociedade de fundos de investimentos. 3.4.2- Percentual a ser aplicado sobre a Base de Cálculo. O percentual a ser aplicado corresponderá á relação entre a soma das perdas efetivamente ocorridas nos três últimos anos-calendário, relativas a créditos decorrentes do exercício da atividade econômica, e a soma dos créditos da mesma espécie existentes no início dos anos-calendário correspondentes. postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 3.4.3- Além da percentagem acima, a provisão poderá ser acrescida: a) da diferença entre o montante do crédito habilitado e a proposta de liquidação pelo concordatário, nos casos de concordata, desde o momento em que esta for requerida; b) de até 50% do crédito habilitado, nos casos de falência do devedor, desde o momento de sua decretação. Com relação aos créditos habilitados em processos de falência e concordata, a Receita Federal, informou que os respectivos valores deverão ser excluídos da base de cálculo da provisão geral(onde se aplica o percentual médio), caso contrário implicariam no cálculo em duplicidade da provisão sobres os créditos correspondentes. No ano-calendário em que a empresa iniciar suas atividades é vedada a dedução da provisão. A provisão poderá, entretanto, ser calculada com base nas perdas decorrentes de operações realizadas nos períodos anteriores, quando a empresa tenha iniciado suas operações em prazo inferior a 3 anos-calendário. Exemplo: 1- Dados: Valores (R$) Créditos oriundos da atividade econômica da pessoa jurídica 6.050.000,00 Compondo o saldo acima temos: Créditos com garantia real 200.000,00 Créditos com pessoa jurídica de direito público 400.000,00 Créditos com sócios, Acionistas e Pessoa Jurídicas ligadas 1.300.000,00 Créditos adquiridos com coobrigação 150.000,00 Créditos habilitados em : Falência Concordata (proposta de 90%) 50.000,00 40.000,00 II – Cálculo do percentual médio: Data Duplicatas a Receber Ano Perdas 31/12/1996 10.000,00 1997 400,00 31/12/1997 6.000,00 1998 250,00 31/12/1998 4.000,00 1999 150,00 Totais 20.000,00 800.00 % médio = 800,00 . X 100 = 4% 20.000,00 III – Cálculo da Provisão Créditos (R$) % Valor da Provisão(R$) 1O ) Créditos da Atividade Econômica 6.050.000,00 2O) ( - ) Créditos com Garantia Real 200.000,00 3o ( - ) Créditos c/ PJ de Direito Público 400.000,00 4O ( - ) Créditos c/ sócios, Acionistas e PJ ligadas 1.300.000,00 postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 5o ( - ) Créditos com Coobrigação 150.000,00 6o ( - ) Créditos habilitados em: Falência Concordata 50.000,00 40.000,00 (=) Base de Cálculo Geral 3.910.000,00 4% 156.400,00 ( + ) Créditos habilitados em: Falência Concordata (100%-90%)=10% 50.000,00 40.000,00 50% 10% 25.000,00 4.000,00 ( = ) Valor da Provisão dedutível 185.400,00 Contabilização Constituição da Provisão em 31/12/99: Despesas com Créditos de Liquidação Duvidosa - DRE A Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa - AC Valor da provisão constituída em 31/12/99 (Obs: valor adicionado no LALUR parte B) Reversão do valor Provisionado em 2000 Provisão p/Créditos de Liquidação Duvidosa – AC A Reversão de Provisões - DRE Baixa do valor correspondente a provisão de 31/12/97 (Excluído do LALUR parte B) Perdas Ocorridas a partir de 01/01/97 A legislação vigente admite que as pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real deduzam, a cada período de apuração do imposto de renda – IRPJ e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL, as perdas no recebimento de créditos decorrentes de suas atividades, desde que observadas as regras fixadas na legislação em vigor. Com a vigência da Lei 9.430 de 27/12/96, poderão ser registrados como perda dedutível na determinação do Lucro Real, a cada período de apuração, os seguintes créditos decorrentes das atividades da pessoa jurídica: I Devedores Insolventes II Créditos SEM Garantia(*) III Créditos COM Garantia IV Devedores Falidos ou em Concordata De qualquer valor Créditos em relação aos quais tenha havido a Até R$ 5.000,00 Por operação, vencidos há mais de 6 meses, ainda que os procedimentos judiciais para o recebimento não tenham sido iniciados Acima de R$ 5.000,00 até R$ 30.000,00 Por operação, vencidos há mais de 1 ano, ainda que os procedimentos judiciais para o recebimento não De qualquer Valor Provenientes de: -Vendas com Reserva de Domínio; -alienação fiduciária em garantia; -operações com Contra devedor declarado falido ou pessoa jurídica declarada concordatária, relativamente à parcela que exceder o valor que esta tenha se comprometido a pagar. A dedução da perda será administrada a partir da data da decretação da falência ou da concessão de concordata, desde que postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 Exemplo prático Admitamos que determinada empresa tributada pelo lucro real levante, no balanço anual de 31/12/2002, as seguintes perdas no recebimento de créditos: Especificação dos Créditos Duplicata No. Vencimento Valor Original R$ Créditos Sem Garantia Até R$ 5.000,00 -Vencidos há mais de 6 meses Acima de R$ 5.000,00 até R$ 30.000,00 -Vencidos há mais de 1 ano (mantida a cobrança administrativa) Acima de R$ 30.000,00 - Vencido há mais de 1 ano (com procedimento judicial) 1011/02 1022/02 1033/02 788/01 775/01 699/01 801/01 807/01 11/03/2002 28/03/2002 28/03/2002 20/05/2001 16/05/2001 07/07/2001 10/09/2001 18/09/2001 3.080,00 1.430,00 1.650,00 6.380,00 7.172,00 7.810,00 36.850,00 46.750,00 Créditos com Garantia -Vencido há mais de 2 anos (iniciados e mantidos procedimentos judiciais para o recebimento) 455/00 460/00 25/07/2000 10/08/2000 5.500,00 11.000,00 Devedor Falido - Falência decreta em 26/09/02 738/01 13/06/2001 6.600,00 Devedor em Concordata Concessão em 20/11/02 Parcela prometida em pagamento para 7/01/03 Parcela excedente 757/01 25/06/2001 10.450,00 (6.800,00) 3.650,00 No encerramento do ano-calendário a empresa procederá do seguinte modo: Pelo registro contábil das perdas: PERDAS NO RECEBIMENTO DE CRÉDITOS(DRE) a DUPLICATAS A RECEBER(Ativo Circulante) Valor das duplicatas baixadas nesta data por estarem Vencidas há mais de seis meses sem recebimento: Duplicata no. 1011/02 3.080,00 Duplicata no. 1022/02 1.430,00 Duplicata no. 1033/02 1.650,00 6.160,00 postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 PERDAS NO RECEBIMENTO DE CRÉDITOS(DRE) A DUPLICATAS A RECEBER – (Ativo Circulante) Valores baixados nesta data conforme relatório Duplicata no. 788/01 6.380,00 Duplicata no. 775/01 7.172,00 Duplicata no. 699/01 7.810,00 Duplicata no. 801/01 36.850,00 Duplicata no. 807/01 46.750,00 Duplicata no. 455/01 5.500,00 Duplicata no. 460/00 11.000,00 Duplicata no. 738/01 6.600,00 Duplicata no. 757/01(parcela excedente) 3.650,00 131.712,00 EXERCÍCIOS 1) Com base nas informações abaixo relacionadas, calcule a rotação das contas a receber de clientes. • Valor das Vendas a prazo realizadas durante o exercício social encerrado em 31/12/2000: R$ 1.800.000,00. • Saldo das contas a Receber de clientes no final de cada mês. JANEIRO 2000 R$ 300.000,00 FEVEREIRO 2000 R$ 350.000,00 MARÇO 2000 R$ 400.000.00 ABRIL 20000 R$ 550.000,00 MAIO 2000 R$ 450.000.00 JUNHO 2000 R$ 600.000,00 JULHO 2000 R$ 500.000,00 AGOSTO2000 R$ 430.000.00 SETEMBRO 2000 R$ 480.000.00 OUTUBRO 2000 R$ 520.000.00 NOVEMBRO 2000 R$ 540.000.00 DEZEMBRO 2000 R$ 580.000,00 2) Marque com “X” a resposta correta. 2.1 Indique qual das transações é classificada no grupo de contas a receber: ( ) a) adiantamentos a fornecedores para compra de matérias-primas. ( ) b) Adiantamentos a empregados para viagens. ( ) c) Adiantamentos a fornecedores para compra de bens do Ativo Imobilizado. ( ) d) Títulos de liquidez imediata. 2.2- As contas a receber são contabilizadas: ( ) a) quando o cliente faz a cotação de preços ( ) b) quando o cliente emite o instrumento formalizador da compra(ordem de compra) ( ) c) por ocasião da passagem de propriedade do bem vendido e emissão de nota fiscal de vendas. 2.3 – As contas a Receber podem ser classificadas nos seguintes grupos de conta do Balanço Patrimonial: postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 ( ) a) Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo. ( ) b) Ativo Circulante e Investimentos ( ) c) Ativo Circulante e Passivo Circulante ( ) d) Ativo Circulante e Imobilizado. 2.4- As contas a Receber que serão recebidas até o fim do exercício social seguinte são classificadas no seguinte grupo de contas do Balanço Patrimonial. ( ) a) Ativo circulante ( ) b) Ativo Realizável a Longo Prazo ( )c) Investimentos ( ) d) Ativo imobilizado 2.5 – As contas a receber que serão recebidas após o término do exercício social seguinte são classificadas no seguinte grupo de contas do Balanço Patrimonial: ( ) a) Ativo Circulante ( ) b) Ativo Realizável a Longo Prazo ( ) c) Investimentos ( ) d) Ativo Imobilizado 2.6 – As contas a receber, derivadas de empréstimos a sociedades controladas, não constituindo esse tipo de operação social da empresa controladora, independente do prazo de vencimento, são classificadas no seguinte grupo de contas do Balanço Patrimonial: ( ) a) Investimentos ( ) b) Ativo Circulante ( ) c) Ativo Realizável a Longo Prazo ( ) d) Passivo Circulante 2.7 – A provisão para devedores duvidosos é classificada da seguinte forma no balanço patrimonial: ( ) a) Passivo circulante ( ) b) Patrimônio Líquido ( ) c) Deduzindo contas a receber ( ) d) Passivo Exigível a Longo Prazo 2.8 – a despesas de devedores duvidosos é classificada no seguinte grupo de contas da Demonstração do Resultado do Exercício: ( ) a) Despesas com Vendas ( ) b) Despesas não operacionais ( ) c) despesas financeiras ( ) d) despesas gerais e administrativas 2.9 – O valor das duplicatas descontadas é classificado da seguinte forma no Balanço Patrimonial: ( ) a ) Patrimônio Líquido ( ) b) Passivo Circulante ( ) c) Passivo Exígivel a longo Prazo ( ) d) deduzindo contas a receber 2.10 – O valor dos encargos financeiros, cobrado pelo banco no ato do desconto da duplicatas, deve ter o seguinte tratamento contábil: ( ) a) Despesa do ano ( ) b) despesas antecipada e amortizada pelo prazo de desconto da duplicata ( ) c) Ativo Diferido ( )d) Investimentos 2.11 – Uma duplicata paga pelo cliente ao banco, descontada anteriormente, deve ser creditada na seguinte conta: ( ) a) Contas a Receber ( ) b) Duplicatas Descontadas ( ) c) Conta Corrente Bancária ( ) d) provisão para Devedores Duvidosos 2.12 – Uma duplicata descontada, não paga pelo cliente ao banco na data do vencimento deve ser creditada na seguinte forma: ( ) a) contas a receber ( ) b) duplicatas descontadas postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 h)– Verificar se as despesas de importação de mercadorias em estoques tais como: seguro, frete, despesas alfandegárias e outras, estão devidamente incorporadas no custo dos itens importados. i)– No caso de adoção do custo padrão ou “standard” se as variações de custo dos produtos não vendidos estão alocados no estoque e não lançadas diretamente em despesas. j)– Se há uma adequada cobertura de seguros sobre os estoques no tocante a roubo e incêndio. k)– Se os estoques não incluem o custo dos impostos de ICMS e IPI. l)– Se as vendas ou compras de produtos de afiliadas estão corretamente destacadas nos livros para fins de determinação dos lucros no caso de consolidação de balanços 4.3- PAPEL DE TRABALHO - INVENTÁRIO INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MÁQUINAS FORTALEZA S/A 31/12/2000 ` C Preparado Data Revisado SALDO 31/12/99 SALDO 31/122000 AJUSTES RECLAS. FINAL 31/12/2000 INVENTÁRIOS Matérias-primas 4.570.812,00 7.497.450,00 7.497.450,50 Material de Embalagem 1.260.000,00 1.636.001,00 1.636.001,00 Produtos Processo 2.551.307,00 2.239.770,00 C7 2.239.770,00 Produtos Acabados 23.607.071,00 10.169.830,00 C5 10.169.830,00 Produtos adquiridos de Terceiros 6.110.000,00 10.012.159,00 C6 10.012.159,00 Mercadorias em Trânsito - 684.900,0 C4 684.900,00 38.099.190,00 32.240.110,00 32.240.110,00 B/G INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MÁQUINAS FORTALEZA S/A 31/12/2000` C 1 Preparado Data Revisado postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 OPINIÃO: 1) Os saldos estão corretamente demonstrados; os procedimentos são satisfatórios e foram aplicados de forma consistentemente com o ano anterior; a contabilização é adequada e o estado dos livros, bom. 2) Nota Explicativa: Os estoques estão avaliados ao custo ou mercado dos dois o menor. O critério de baixa é na base do primeiro que entra primeiro que sai (PEPS). O procedimento é consistente com o ano anterior. O custo da produção é por absorção, isto é, engloba todas as despesas de fabricação. O procedimento também é consistente com o ano anterior. 3) Flutuação: Normal. 4) Controles Internos: De um modo geral, bastante satisfatório na área. Algumas diferenças entre registros e controles por nós não são de natureza considerável e foram comentadas com o responsável da área. C5 estoques produtos fabricados DIF. 66.830,00 C6 produtos adquiridos 3o DIF. 49.159,00 C9 custo produção do ano (39.000,00) 4.4- Procedimentos de Auditoria: Os procedimentos de auditoria a serem utilizados são dependentes da efetividade do controle interno e de materialidade envolvida. Procedimentos que podem ser utilizados: Contagem de estoques de matérias primas em a) Exame Físico processo, acabados e materiais em consignação ou com terceiros. Confirmação de Estoques com terceiros; b) Confirmação Confirmação de estoques de terceiros;. Confirmação de estoques em Consignação Exame documental das notas fiscais por compra e pagamentos; c) Documentos Exame de Contratos de Compra e Venda; Exame documental das apropriações de matérias- primas e mão-de-obra. Exame da contagem dos Estoques; d) Cálculos Exame das quantidades pelo preço unitário; Cálculos dos impostos; Apropriação dos gastos gerais de Fabricação. postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 Exame da conta razão de produtos Acabados; e)Escrituração Exame da conta de razão de importações em trânsito; Exame das ordens de fabricação. Exame detalhado da documentação de compra; f) investigação Exame minucioso das ordens de fabricação em aberto. Exame minucioso do registro permanente. Variação dos saldos de estoque; g)inquérito Inquéritos sobre a existência de produtos obsoletos. Relacionamento das vendas com as baixas de estoques; h) Correlação Relacionamento das compras com os fornecedores. Classificação adequada das contas; i) Observação Observação dos princípios de Contabilidade; Observação de estoques morosos ou obsoletos. 4.5- Compras: Roteiro e Controle Comprar é uma arte e saber manter bem abastecidoS os almoxarifados representam dois aspectos importantes para uma boa administração. Dessa maneira, quando os controles internos são fracos ou inexistentes na área de compra, dão margem à ocorrência de fraudes com muita freqüência. A área de compra a exemplo de caixa, requer maiores cuidados, pois é notória a prática de compradores receberem comissões por fora (beneficiando apenas os seus interesses e não os da empresa). Leva-se em conta que, nestas circunstâncias, o profissional envolvido em tais práticas tomará todo o cuidado necessário para não deixar o menor vestígio da irregularidade. Tipos de práticas irregulares mais freqüentes: • Recebimento de presentes por parte dos compradores; • O fornecedor dá um desconto por fora; • Preços fictícios incluídos nos pedidos de compra; • Substituições na qualidade da mercadoria pedida; • Falta de cotações de preços nos arquivos; • Freqüência de volume maior de compras com certos fornecedores; • Eliminação de alguns fornecedores antigos e tradicionais por outros (os que oferecem propina por fora); • Preços de compras inflacionados de comum acordo com fornecedores etc. Para que se tenha um bom sistema de controle interno seria conveniente considerar os seguintes procedimentos básicos quanto à rotina de compras: postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 Mais: Mão-de-obra direta 10,00 Custo Indireto de Fabricação 4,00 34,00 O relatório de produção informa: Uma unidade acabada – custo 20,00 Uma unidade em Processo 14,00 Estoque Final 1 X14,00 PRODUTOS ACABADOS 1 unidade acabada 20,00 mais: margem de lucro, impostos e custos de distribuição 10,00 maior preço de venda dos produtos existentes 30,00 Estoque final 1 X 20,00 b) MATÉRIA-PRIMA Estoque: 1 unidade(utilizando-se o PEPS, permanece o preço das unidades das últimas compras) Estoque Final: 1 X 10,00 PRODUTOS EM PROCESSO Estoque: 1 unidade/ A avaliação deverá ser: 1,5 vezes o maior custo das matérias-primas adquiridas no período-base, no caso 10,00. Estoque Final: 1 X 16,80 PRODUTOS ACABADOS 70% de R$ 30,00 Estoque Final: 1 X 21,00 COMPARAÇÃO: Avaliação de Estoque Hipótese: a) matéria-prima R$ 10,00 Produtos em processo R$ 14,00 Produtos Acabados R$ 20,00 Hipótese: b) Matéria-prima R$ 10,00 Produtos em processo Na base de 1,5 vezes o valor da MP R$ 15,00 Ou Na base de 80% de 70%(maior preço De venda, o que equivale a 56%) R$ 16,80 Produtos Acabados 70% do maior preço de venda R$ 21,00 postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 OBS: No exemplo dado a variação é insignificante tomando-se por base apenas uma unidade. Todavia,o valor poderá ser expressivo, se considerar um volume muito grande de estoques e a empresa, por falta de um sistema de custo não interado nos livros, acaba sendo penalizada pela fiscalização do Imposto de Renda que exige que a avaliação seja feita na base da referência b. Dessa forma, a empresa apresentará um lucro maior e, como tal, pagará mais imposto de renda. 4.11- Preço de Mercado Considera-se preço de mercado o preço corrente de reposição. Quando se tratar de mercadoria destinada à revenda, entender-se-á por preço de mercado o preço líquido realizável, que é o preço pelo qual artigo idêntico é vendido no mercado respectivo, já deduzidas, porém, a importância dos impostos incidentes sobre a venda e parcela razoável correspondente às despesas e lucro operacional. Exemplo: Admitindo-se que a empresa tenha adquirido de terceiros produtos para revenda. Comprou e tem ainda em estoque 50 unidades à razão de R$ 200,00 cada. O preço de venda desse produto no mercado na data do balanço é de R$ 320,00 cada. Há uma margem de R$ 120,00 para cobrir custos de distribuição e margem de lucro, equivalente a 60%. Pergunta: haverá necessidade de se efetuar qualquer ajuste nos inventários considerando-se custo ,ou mercado dos dois o menor: Verificando: (seguindo o conceito de preço de mercado) Preço de venda de 1 unidade R$ 320,00 ( - ) ICMS sobre venda 17% dentro do estado) R$ 54,40 ( - ) Custo para vender e margem de lucro (comprovado p/contabilidade)na base de 25% do Preço de Venda R$ 80,00 Preço Líquido realizável R$ 185,60 Custo de Aquisição R$ 200,00 Perda por unidade R$ 14,40 50 unidades X R$ 14,40 = R$ 720,00 Demonstração no Balanço: Estoque: Produtos de 3o para Revenda 50 unidades a R$ 200,00 R$ 10.000,00 ( - ) provisão desvalorização estoque 50 unidades a R$ 14,40 R$ 720,00 Valor do estoque no balanço 31/12/00 R$ 99.278,00 4.12- Custos – Noções postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 Na atual conjuntura dos negócios, o problema da determinação do custo efetivo de cada produto se reveste de vital importância para o administrador. Não será possível a obtenção de um custo para competição se a empresa não possuir controles permanentes sobre os elementos que concorrem para sua formação, segundo a sua natureza e destinação.Por outro lado, um custo apurado de forma correta coloca a empresa em condições de informações necessárias que permitirão eventuais medidas visando a educação de custos ou o abandono de fabricação de produtos em margem de lucro, etc. O custo de um produto é formado basicamente por vários elementos: • o preço de compra da matéria-prima; • os gastos com salários; • as despesas que ocorrem durante a transformação dessa matéria-prima em produto acabado para venda; • a depreciação do equipamento usado na fabricação e outros. Se a produção é para mais de um produto simultaneamente, as despesas poderão ocorrer em mais de uma seção de fabricação. Desse modo, torna-se necessário atribuir os custos certos às produções certas. Esse fenômeno é chamado de apropriação. Em geral, a apropriação e controle dos elementos de custo se processam da seguinte forma: Ordem de Serviço: (documento de controle e autorização para acompanhamento da produção). É aberta e codificada mediante uma autorização da seção competente, que autorizou a fabricação do produto. A emissão dessa ordem de serviço poderá ser feita pelo setor de planejamento ou setor industrial. Uma das vias será encaminhada ao setor industrial (fabricação) e outra para a contabilidade de custos. Apropriação diária de Mão-de-obra(através de boletins) Emitidos diariamente pela seção de apontadoria da fábrica. Para cada operário é emitido um boletim onde são anotados a data, início e término de cada operação, número de horas e a ordem de serviço correspondente. Diariamente é feito um confronto entre as horas apropriadas conforme boletins e os cartões de ponto. 4.12.1- MATERIAIS A apropriação dos materiais é feita através da requisição do material. Exata representa o documento hábil de entrega do material para a fabricação. O material a ser aplicado na fabricação se divide em direto e indireto. Direto: é aquele que se incorpora totalmente ao produto a ser fabricado, isto é que pode ser exatamente determinado. Indireto: é aquele cuja incorporação ao produto não pode ser determinado com toda a exatidão por ser aplicado a diversas produções, á manutenção das máquinas usadas na fabricação etc. Exemplo: combustíveis, lubrificantes e outros que por sua natureza dificultam uma perfeita determinação, exigindo estudos para estabelecer um critério para serem apropriados. postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 180 180 ( 1) Valores a custo “standard” para produto acabado; ( 2) Valores a custo “standard” para produto em processo nos respectivos estágios de fabricação. Posição nos livros ref. À produção: Estoques: Produtos Acabados – 10unidades 120 Produtos Acabados:variação custo 10 unidades 30 Produtos em Processo- 3 unidades 25 3 unidades 5 Total 180 No mês seguinte, ocorrendo a venda de uma unidade de produto acabado, o Custo de mercadoria vendida será: Custo padrão 12,00 Mais variação custo 3,00 Total 15,00 Processa-se no mês seguinte a transferência dos valores a débito no estoque para as contas de custeio como segue: Lançamento: Débito: Contas de custeio 30 Crédito: Contas Es.Processo 30 Custeio Direto: Este sistema não incorpora as despesas fixas.As despesas fixas são lançadas diretamente em Resultado de Exercício. Assim, o procedimento em referência não é aceito pela fiscalização do imposto de Renda. Todavia, esse sistema é de grande valia para a Administração para a tomada de decisões, pois permite estabelecer a lucrabilidade por linha de produto e o conseqüente ponto de equilíbrio. Se esse sistema for integrado nos livros, no final do ano o contador deverá efetuar um levantamento e determinar quais as parcelas do custo indireto de fabricação que foi transferido para Resultado do Exercício e que se refiram às unidades não vendidas. Conhecido esse valor, deverá estornar de despesas e incorporar no custo dos estoques. Se isto, não for feito, será objeto de glosa por parte da fiscalização. Muitas empresas têm por norma aplicar esse sistema fora dos livros à guisa de controle e nos livros utiliza o custo real. Exemplo: Efeito nos resultados se for adotado nos livros o custo direto: R$ Preço de venda de um liquidificador 200,00 Preço de venda de um ventilador 100,00 Custo de 1 ventilador: direto 30 Custo fabril indireto 40 (desp.fixas) Custo por absorção 70 Custo de 1 liquidificador: direto 50 Custo fabril indireto 70 (desp.fixas) Custo por absorção 120 postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 Admitindo-se que apenas foi vendida uma unidade de liquidificador Posição nos livros: Custo por absorção: Estoques Custo das Vendas Vendas Liquid 120 Ventil 70 120 120 200 Custeio Direto Estoques Custo das Vendas Vendas Liquid 50 Ventil 30 50 50 (1)70 (1)40 Liquid Liquid venti (1) Gasto fabril indireto lançado diretamente LP (Lucro R$ 40,00) 4.14- Auditoria dos Inventários O auditor deverá revisar os procedimentos a serem adotados na tomada dos inventários físicos para lhe permitir avaliar se esses procedimentos se enquadram dentro da melhor prática. No decorrer das suas observações na tomada física dos estoques, o auditor deverá investigar o zelo e a exatidão com que a empresa está procedendo o levantamento físico dos seus estoques, quais os métodos e base seguidos para a sua avaliação e a adequação dos cálculos aritméticos. Deverá observar, também, se os estoques refletem corretamente a posição dos livros já excluídos de itens obsoletos, invendáveis ou inservíveis e se de outro modo foram constituídas provisões adequadas de desvalorização dos estoques. Deverá também considerar, de conformidade com preceitos em vigor e em consonância com o que determina a legislação fiscal, se os estoques estão a preços de custos inferiores aos do mercado. 4.15- Realização de Estoques. O trabalho do auditor na área de estoques deve envolver procedimentos voltados para a determinação de quaisquer problemas com a realização de estoques, quer sejam com perdas em relação ao mercado, quer com prazos além do normalmente realizável. 4.16- Verificação da Contabilização Visa identificar a correta contabilização das transações e seu período de competência. Podem ocorrer casos em que mercadorias tenham sido incluídas no estoque físico sem que tenha havido a consequente contabilização, ou então de vendas realizadas em períodos inadequados. Muito embora com tempo esses efeitos se compensem, o exercício social auditado terá sido influenciado pelos erros cometidos pela contabilização em exercícios indevidos, postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 Exemplo: a) Compras recebidas em um exercício e contabilizadas em outro: Estoque físico (inclui as compras recebidas e não contabilizadas) R$ 30.000,00 Estoque contábil (não inclui a compras recebidas) R$ 29.000,00 Diferença R$ 1.000,00 Como o estoque contábil deve ser ajustado ao estoque físico, a companhia efetua o lançamento contábil: Estoques a Custo das Vendas R$ 1.000,00 No exercício subsequente, ocorrerá o inverso da situação b) Vendas realizadas em um exercício e contabilizadas em outro. Vendas R$ 20.000,00 Custo dos produtos Vendidos R$ 18.000,00 Efeito no Lucro Bruto R$ 2.000,00 c) Vendas e custos das vendas realizadas em um exercício e contabilizadas em exercícios diferentes: Exercício (1) Exercício(2) Vendas 20.000,00 - Custo das Vendas -- . 18.000,00 Efeito no Lucro Bruto 20.000,00 18.000,00 Atenção especial deve ser dada às transações de compras e vendas realizadas ao final de um exercício e ao início do exercício seguinte. Essa é a época propícia em que erros de contabilização ou considerações indevidas podem ser notadas e cabe ao auditor assegurar-se de que essas falhas podem ser eliminadas com a observância dos seguintes aspectos: • anotar as últimas entradas e saídas do período auditado e as primeiras entradas e saídas do exercício subsequente, identificando a correta aplicação contábil nos períodos de competência; e • observação da área de expedição e da área da recepção de materiais no momento do inventário físico, identificando a existência de materiais recebidos ou a expedir e o tratamento contábil dispensado a esses itens. Se o inventário for realizado em data anterior à do encerramento do exercício social, idêntico procedimento dever ser realizado na data de encerramento do exercício social. 4.17- Avaliação dos Inventários: Quebra de Consistência Exemplos: PEPS: Primeiro Que Entra, Primeiro Que Sai; MÉDIO: Apurado a cada nova entrada resultando num novo custo médio; UEPS: Último que entra, primeiro que sai. A avaliação a PEPS e a custo médio é aceita pela Fiscalização do Imposto de Renda mas o UEPS não. Todavia, convém considerar que tanto os contadores como os auditores aceitam os 3 sistemas de avaliação além de ser um princípio contábil aceito. Assim, os estoques podem ser avaliados a custo médio, a PEPS ou a UEPS. O que não pode acontecer é a cada mês mudar o critério. Todavia, se de um ano para outro houver mudança de sistema(quebra de procedimento ou de consistência), o postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 Exercício de 1999: Data Histórico Quantidade Preço unitário 02/01/1999 Estoque inicial 280 4.30 05/02/1999 Compra 100 5.00 15/03/1999 Venda 130 20.00 20/05/1999 Compra 200 7,00 30/08/1999 Venda 240 30,00 30/09/1999 Compra 100 10,00 30/11/1999 Compra 120 12,00 20/12/1999 venda 150 40,00 Saldo 280 Observação: em 1999 a empresa mudou o sistema de PEPS para UEPS. Pede-se: Calcule e Indique a parcela que deverá ser adicionada ao lucro para fins de tributação uma vez que o Imposto de Renda não aceita o Sistema UEPS. 4.18- PONTO DE EQUILÍBRIO Noções e Vantagens. A elaboração do ponto de equilíbrio representa um ferramental decisório e de muito interesse para a administração. O ponto de equilíbrio é a situação em que não há lucro ou prejuízo. As vendas poderão em determinados períodos não atingir a parcela necessária para cobrir as despesas, ocorrendo consequentemente um prejuízo. Para se calcular o ponto de equilíbrio é preciso que a Contabilidade tenha condições de informar separadamente : Custos Fixos e Custos Variáveis. Exemplo: “Um garoto quer vender no Pacaembu, num dia de grande jogo, bandeiras de um clube de futebol. Cada bandeira lhe custa R$ 5,00. A Taxa municipal do posto de venda, as despesas de transportes e lanches totalizam R$ 200,00. Representando as despesas fixas. O preço de venda de cada bandeira é de R$ 9,00. Pergunta-se: quantas bandeiras será necessário vender para atingir o ponto de equilíbrio? Isto é: empatar com os gastos de R$ 200,00(nem ganhar e nem perder). A partir de que número de bandeiras vendidas, o garoto terá lucro? “. Procedimento: custo fixo . = 200,00 = 200,00 . Vendas(menos)Custo variável 9,00 - 5,00 4,00 É igual a 50 bandeiras. Comprovação: Venda de 50 bandeiras a R$ 9,00 450,00 Custo Variável 50 a 5,00 - 250,00 Margem de Contribuição 200,00 Despesas Fixas 200,00 postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 • 0– Exemplo com uma unidade: - Venda de 1 unidade ao preço de R$ 1,50 - Custo variável de 1 unidade R$ 0,50 - Despesas fixas da fábrica R$ 100,00 Teremos: PE = Custo Fixo . R$ 100,00 . R$ 100,00 . = 100 un P.V.(-) CV 1,50 (-) 0,50 R$ 1,00 PE = CF . R$ 100,00 . R$ 100,00 . 1 - CV 1 – 0,50 1 – 33,33% PV 1,50 = R$ 100,00 . = R$ 150,00 0,6667 ( R$ 150,00 DIVIDIDO POR R$ 1,50 É IGUAL A 100 UNIDADES) VENDA 100 UNIDADES A R$ 1,50 150,00 CUSTO VARIÁVEL 100 UNIDADES A 0,50 50,00 Margem de Contribuição 100,00 CUSTO FIXO 100,00 LUCRO OU PREJUÍZO - o – OBSERVAÇÃO: Quando aumenta ou diminui o volume de vendas, o custo variável aumenta e diminui na mesma proporção. Regra: - Custo variável é fixo em termos unitários e - Custo Fixo é variável em termos unitários. (Quanto mais se produzir menor será os encargos das despesas fixas por unidade). Exercícios 1– Os estoques são classificados no seguinte grupo de contas do Balanço Patrimonial: ( ) a) Investimentos ( ) b) Ativo imobilizado ( ) c) Ativo Circulante ( ) d) Ativo diferido 2-Em um regime inflacionário, o método de valorizar estoques que daria maior lucro para a empresa é o seguinte: ( ) a)- UEPS ( )b)- PEPS ( )c)- Custo médio 3-Em um regime inflacionário, o método de valorizar estoques que daria menor lucro para a empresa é o seguinte: ( ) a)- UEPS ( )b)- PEPS ( )c)- Custo médio 4-Em um regime deflacionário, o método de valorizar estoques que daria maior lucro para a empresa é o seguinte: ( ) a)- UEPS ( )b)- PEPS ( )c)- Custo médio postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 5-Em um regime deflacionário, o método de valorizar estoques que daria menor lucro para a empresa é o seguinte: ( ) a)- UEPS ( )b)- PEPS ( )c)- Custo médio 5) – A empresa desde o início de sua constituição vinha adotando os Sistema PEPS e no exercício corrente passou a adotar o Sistema UEPS. Informações constantes dos livros no corrente exercício: Inventário Inicial 100 unidades a R$ 500,00 Compras – Fev 200 unidades a R$ 700,00 Vendas – Nov 150 unidades a R$ 1.000,00 Compras – dez 50 unidades a R$ 800,00 Pergunta-se: Houve quebra de consistência? Se houve qual a parcela a ser adicionada para apuração do Imposto de Renda e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido? 6)- Posição no Estoque com base no PEPS: Ref. Compras Custo Aquisi Vendas Preço Mercado Total Bicicletas S/câmbio 20 100,00 8 140,00 3 marchas 10 150,00 6 185,00 5 marchas 1a compra 30 170,00 20 220,00 2a compra 60 190,00 30 260,00 Complete na coluna Total o valor final do inventário considerando custos ou mercado, dos dois o menor. 7-A empresa ao encerrar o seu balanço no fim do ano, verificou que a conta estoque no razão era zero. Todavia o inventário físico apresentava uma existência de R$ 200.000,00. Efetuando-se o respectivo ajuste qual seria o lucro bruto da empresa? 8- A Indústria Parafina “Ás de Ouro” S/A apresenta as seguintes transações: Durante o mês de setembro: 1 – Compra de matéria-prima a prazo(dentro do Estado) “A” compra de 1.000kg a R$ 10,00 o quilo “B” compra de 2.000kg a R$ 8,00 o quilo A nota fiscal menciona: + total do IPI R$ 1.800,00 e destacado no corpo da nota R$ 4.420,00., ref, ao ICMS pago pelo fornecedor de 17%. 2– Matéria-prima utilizada na produção do mês: “A” 800 kg(calcular preço de custo por quilo) “B” 1.500 kg(calcular preço de custo por quilo) 3 – outros Custos de produção no mês: Mão-de-obra direta R$ 11.000,00 postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 A operação de desconto de duplicatas consiste basicamente na compra à vista, pelo banco, de tais títulos, mediante cobrança de despesas bancárias e dos juros correspondentes, geralmente os de mercado para esse tipo de operação. Mediante entrega das duplicatas, o Banco em troca, adianta a empresa o dinheiro correspondente ao valor das duplicatas. Desconto: é um recebimento realizado antecipadamente, mediante a transferência da propriedade do título para uma instituição financeira; nessa hipótese, o direito de recebimento do título não mais pertence à sociedade que o emitiu, mas sim a quem o descontou (instituição financeira). Entretanto, caso o devedor não honre o pagamento do mesmo, cabe à instituição financeira o direito do regresso contra a empresa que o descontou, ou seja, esta deverá pagar ao banco o valor do título não quitado pelo devedor. Classificação: a conta Duplicatas Descontadas deve ser classificada como redutora da conta Duplicatas a Receber no Ativo Circulante ou no Ativo Realizável a Longo Prazo. Encargos Financeiros: os encargos financeiros cobrados pelo banco representam despesas antecipadas e devem ser classificados no AC ou no ARLP, sendo apropriados(contabilizados) em conta de resultado à medida que forem sendo incorridos(proporcionalmente ao prazo do desconto. Exemplo Prático: A Cia Comercial SOS, descontou em 01/02/2000, junto ao Banco Norte Sul, uma duplicata no valor de R$ 20.000,00, cujo vencimento ocorrerá em 31/03/2001. O Banco descontou, antecipadamente, despesas financeiras na ordem de R$ 8.000,00 e despesas bancárias fixas, necessárias à cobrança do título, no valor de R$ 500,00 e creditou na conta corrente da empresa o valor líquido de R$ 11.500,00. O saldo da conta Duplicatas a Receber 01/12/2000, era de R$ 800.000,00. Contabilize a referida operação, sabendo que a duplicata foi paga integralmente pelo cliente em 31/03/2001. Contabilização: 1) Pelo Desconto em 01/02/2000: DIVERSOS A DUPLICATAS DESCONTADAS - AC BANCO C/MOVTO (NORTE SUL S/A) - AC 11.500,00 DESPESAS FINANCEIRAS A APROPRIAR - AC 8.000,00 DESPESAS BANCÁRIAS - DRE 500,00 20.000,00 2) Pela apropriação proporcional dos encargos em 2000. Número de dias correspondente aos juros 01/02/2000 a 31/03/2001 fev/2000 = 29 dias = 545,90 março/2000= 31 dias = 583,54 abril/2000= 30 dias = 564,72 maio/2000= 31 dias = 583,54 junho/2000= 30 dias = 564,72 julho/2000= 31 dias = 583,54 agosto/2000= 31 dias = 583,54 setembro/200= 30 dias = 564,72 outubro/2000= 31 dias = 583,54 novembro/2000= 30 dias = 564,72 dezembro/2000= 31 dias = 583,54 postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 janeiro/2001= 31 dias = 583,54 fevereiro/2001= 28 dias = 527,07 março/2001= 31 dias = 583,54 Total de dias 425 dias Juros diários = 8.000,00 = R$ 18,824(diário) 425 Contabilização DESPESAS FINANCEIRAS - DRE a DESPESAS A APROPRIAR -AC 545,90 1.. - BAIXA PELA LIQUIDAÇÃO DAS DUPLICATAS DESCONTADAS Ocorrendo a liquidação das duplicatas, através do pagamento ao Banco pelo devedor., o Banco emite um aviso a empresa informando o fato, e esta efetua o lançamento de baixa na conta de Duplicatas a Receber e na conta de Duplicatas Descontadas. Registro da Baixa das Duplicatas pela liquidação. DUPLICATAS DESCONTADAS - AC a CLIENTES - DUPLICATAS A RECEBER 20.000,00 Caso a duplicata não seja liquidada pelo sacado, o Banco devolverá o referido título à empresa(cedente), debitando em sua conta corrente o valor correspondente ao desconto, bem como os eventuais encargos de mora sobre a sua liquidação. Consideremos que a duplicata não seja liquidada no vencimento, e que o Banco proceda a sua devolução à empresa. Considerando ainda, que naquela ocasião os encargos pelo atraso no pagamento da referida duplicata somassem a importância de R 375,00. DIVERSOS. a DUPLICATAS DESCONTADAS - AC 20.000,00 JUROS E COMISSÕES BANCÁRIAS 375,00 Demonstrar como ficariam os valores no Balanço patrimonial de dezembro/ 2000. EXERCÍCIO: A Companhia Topa Tudo descontou em um banco, no dia 01/12/1999, uma duplicata no valor de R$ 4.000,0 cujo vencimento é de 28/02/2000,pagando antecipadamente, juros simples de 10% ao mês e 5% de despesas bancárias fixas pela cobrança da duplicata. Assinale a alternativa correta em relação ao lançamento contábil efetuado em 01/12/1999, pela empresa, e demais lançamentos efetuados, considerando que o pagamento foi efetuado normalmente no vencimento, sabendo que a empresa encerra seu período-base em 31/12/1999. 5.4.2- SEGUROS A VENCER OU A APROPRIAR Dados colhidos pelo auditor no levantamento da Conta Despesas Antecipadas: Ref: apólice de Seguro Espécie de Seguro: Contra incêndio. Bens Segurados: Instalações da loja e do escritório Seguradora: Cia Tranquila - Apólice no.103 postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 Valor Segurado R$ 1.000.000,00 Prêmio Total Pago: R$ 12.000,00 Vigência da Apólice: 01/11/99 a 31/10/2000. Forma de Pagamento: 3 parcelas fixas de R$ 4.000,00 (1 entrada + 2 de igual valor) O Auditor verificou a seguinte situação em 31/12/99. Saldo das Contas Seguros a Apropriar - AC R$ 4.000,00 Seguros a Pagar R$ 4.000,00 Seguros - Despesas Administrativas R$ 8.000,00 Não havia menção nas notas explicativas e sequer registro contábil. Você como Auditor como orientaria a Fazer o Registro Contábil da operação e o controle desta operação? Controle de Prêmios de Seguro a Apropriar Espécie de Seguro: Contra incêndio. Bens Segurados: Instalações da loja e do escritório1.000,00 Seguradora: Cia Tranquila - Apólice no.103 Valor Segurado R$ 1.000.000,001.000,001.000,00 Prêmio Total Pago: R$ 12.000,00 Vigência da Apólice: 01/11/99 a 31/10/2000. Forma de Pagamento: 3 parcelas fixas de R$ 4.000,00 (1 entrada + parcelas 2 de igual valor)1.000,00 Valor da quota Saldo a apropriar Nov/1999 1.000,00 11.000,00 Dez/1999 1.000,00 10.000,00 Jan/2000 1.000,00 9.000,00 Fev/2000 1.000,00 8.000,00 Mar/2000 1.000,00 7.000,00 Abril/2000 1.000,00 6.000,00 Mai/2000 1.000,00 5.000,00 Jun/2000 1.000,00 4.000,00 Jul/2000 1.000,00 3.000,00 Ag/2000 1.000,00 2.000,00 Set/2000 1.000,00 1.000,00 Out/2000 1.000,00 0,00 Lançamentos Contábeis Pela Contratação: SEGUROS CONTRATADOS (COMPENSAÇÃO ATIVA) a CONTRATOS DE SEGUROS (COMPENSAÇÃO PASSIVA) 1.000.000,00 Pela Contratação de seguro contra incêndio nas instalações Da loja e do escritório, cf. apólice no.0012 da Cia Tranquila Pela Constituição da Obrigação PRÊMIOS DE SEGUROS A APROPRIAR - AC postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 4- Pela Apropriação do Encargo(janeiro/2000) Encargos Financeiros – Dre a Encargos Financeiros Antecipados- AC 3.100,00 5- Pela Apropriação do Encargo(fevereiro/2000) Encargos Financeiros – Dre a Encargos Financeiros Antecipados- AC 400,00 postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 5.4.4 -ALUGUEL PAGO ANTECIPADAMENTE Exemplo: Contrato De Aluguel Data da Assinatura: 23/03/1999 Período de Vigência: 01/04/1999 a 31/03/2001. Prazo: 24 meses Forma de Pagamento: antecipado Valor Total: R$ 240.000,00 Objetivo: Expandir a filial de Curitiba Resolução: Valor do Aluguel = 240.000,00 = 10.000,00 24 Despesas do ano Ano Parcela Valor R$ Classificação 1999 9 X 1.000,00 90.000,00 Despesas do ano 2000 12 X 1.000,00 120.000,00 Circulante 2001 3X 1.000,00 30.000,00 Realiz.longo Prazo 240.000,00 6- ATIVO PERMANENTE 6.1 - Introdução Ao se efetuar uma auditoria nesta área, deve-se considerar os princípios contábeis e respectivas política de avaliação de investimentos, políticas de capitalização, manutenção e reparos e critérios e métodos de depreciações e amortizações. A seleção dos procedimentos de auditoria a aplicar é feita após a avaliação da eficiência dos controles internos e grau de confiança que o auditor dispensa aos mesmos. No contexto da linguagem contábil, é fundamental esclarecer a importância das expressões Imobilizado, Depreciação e Amortização e o significado da base de depreciação(custo histórico, métodos de depreciação) etc. 6.2- Ativo imobilizado, É composto de bens adquiridos para uso permanente e não se destinam à venda a não ser em caso de reposição ou desgaste dos bens. Esses bens usados durante vários anos no processo operacional integram o chamado grupo imobilizado. Os bens de caráter fixo ou permanente não se destinam à realização no giro normal dos negócios. Essas postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 imobilizações, também chamadas de bens tangíveis, sofrem influências pelo uso, a desgastes físicos, ação da natureza ou obsolescência. 6.3- Depreciação. Representa o registro da parcela correspondente ao desgaste do bem durante o período de vida útil que lhe foi atribuído. É também conceituada como processo de retorno do capital investido, no período de sua vida útil. Em sua essência, a depreciação é um método de distribuição do custo de um ativo entre diversos períodos de atividade. A determinação do que vem a ser vida útil do bem imobilizado deve levar em conta a dissociação da perda gradual da capacidade operacional do bem e também a recuperação do que chamamos investimento realizável. Por sua vez, a depreciação difere de amortização, pois, enquanto a primeira representa a perda do bem em uso, a Segunda representa a perda do capital aplicado em direitos ou bens intangíveis. 6.4- OBJETIVO: 6.4.1 - INVESTIMENTOS. • Certificar-se da razoabilidade de contabilização dos investimentos; • Certificar-se de que os valores representam investimentos reais e que pertencem à empresa; • Certificar-se da adequação de provisões de desvalorização dos Investimentos; • Certificar-se da adequação dos Controles Internos e se oferecem segurança e dão pleno retorno dos direitos quanto a juros, bonificações, dividendos ou outros benefícios; • Certificar-se da consistência dos procedimentos em relação ao período anterior (de conformidade com os princípios contábeis); 6.4.2 - ATIVO IMOBILIZADO. • Certificar-se da eficiência dos controles internos em relação à área; • Certificar-se de que os dados do razão e dos registros patrimoniais estão suportados por existência física dos bens; • Se as depreciações são feitas corretamente e se a contabilização e distribuição dos gastos é satisfatória; • Se é mantida a consistência nos métodos de depreciação em uso em relação ao período anterior; • Verificar se há bens hipotecados não refletidos nas demonstrações contábeis(isso é possível através da obtenção da certidão negativa dos imóveis que devem ser sempre solicitada pela auditoria); • Se os bens e propriedades pertencem realmente à empresa; - Se a contabilização das aquisições, baixas e transferências é adequada; • Se as taxas de depreciação em vigor estão de conformidade com os turnos de trabalho; • Se os ativos estão segurados e se apresentam cobertura satisfatória contra os riscos de incêndio e roubo; 6.4.3 - DESPESAS DIFERIDAS. • Certificar-se de que os controles internos em vigor, relacionados com os critérios de amortização das despesas diferidas, é satisfatório; postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 Esses Investimentos dividem-se em : a) –Investimentos Temporários; b) – Investimentos Permanentes; a)Investimentos Temporários: Adquiridos geralmente com a intenção de revenda e tendo caráter especulativo. As participações temporárias, quer por especulação quer por outras razões que levem a empresa investidora a não ter interesse na sua manutenção, devem ser classificadas no Ativo Circulante (eventualmente no Realizável a Longo Prazo) registrados pelo custo de aquisição sujeitas a avaliação de Mercador, se este for inferior àquele(não dedutível do imposto de Renda) Provisão para ajuste ao custo. As participações em Sociedades por quotas de responsabilidade limitada são automaticamente consideradas, pelo fisco com Ativo Permanente desde sua aquisição. b)- Investimentos Permanentes: Adquiridos com a intenção de continuidade, representando, portanto, uma extensão da atividade econômica da investidora, devem ser classificadas no Ativo Permanente(AP). São os tradicionais investimentos em outras empresas na forma de ações ou quotas. Devem ter a característica de permanente. Incluem-se somente os Investimentos em outras Sociedades que tenham características de aplicação de capital, não de forma especulativa, existindo efetiva intenção de usufruir dos rendimentos proporcionados por esses investimentos. 6.6.3- Formas de Avaliação As empresas tributadas pelo Lucro Real com Investimentos decorrentes de participação permanente no Capital de Outras empresas devem avalia-los pelo custo de aquisição ou método de custo, se inexistir relevância ou influência na participação. Os investimentos Temporários devem ser avaliados pelo Custo de Aquisição e os Investimentos Permanentes podem ser avaliados pelo Custo de Aquisição ou pelo Método de Equivalência Patrimonial. 6.6.4-Avaliação pelo Método de Custo de Aquisição As pessoas Jurídicas que tenham Investimentos permanentes em outras empresas mas que não se enquadrem na obrigatoriedade da Equivalência patrimonial devem avaliar esses investimentos pelo custo de aquisição, sendo-lhes proibido faze-lo pelo valor do Patrimônio Líquido. A avaliação por esse método deve obedecer aos critérios da determinação da obrigatoriedade. Os investimentos avaliados pelo custo de aquisição são registrados no Ativo Permanente, subgrupo Investimentos, pelo respectivo valor de aquisição. No caso de participações adquiridas até 31/12/95, o custo de aquisição será considerado corrigido monetariamente até aquela data. A partir do ano-calendário de 1996, foi extinta a correção monetária das Demonstrações Financeiras, inclusive para fins societários. 6.6.5- Avaliação pelo Método da Equivalência Patrimonial postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 Consiste na avaliação dos Investimentos ou participações societárias mediante a aplicação do percentual de participação da investidora no capital social da investida sobre o patrimônio líquido da investida e compara-lo ao valor registrado no AP que será complementada ou reduzido a fim de representar a efetiva participação. Obrigatoriedade Serão avaliados pelo método da equivalência patrimonial, no balanço patrimonial da investida, os investimentos relevantes em: a) – sociedades controladas; b) – sociedades coligadas sobre cuja administração a investidora tenha influência, ou de que participe com 20% ou mais do capital social da investida. Controlada: Quando a investidora detiver a título de participação investimentos maior que 50% do capital votante da investida. Coligadas: Quando a investidora detiver a título de participação maior que 10% e menor que 50% do Capital total da investida. Outras: Quando a investidora detiver a título de participação menor que 10% do capital total da investida. postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 Determinação de Coligação e controle Determinação de Coligação e Controle Cia “B” Cia “C” Cia “D” Cia “E” I – Capital II – Participação da Cia “A” Participação da Cia “C” 150.000,00 18.000,00 50.000,00 30.000,00 40.000,00 18.000,00 3.400 100.000,00 5.000,00 IIX 100 = % de participação direta I ou participação indireta 12% -o- 60% -o- 45% 8,5% 5% -o- Soma % 12% 60% 53,5% 5% A cia “A” participa nas seguintes Cias B, C, D e E. Por outro lado, a Cia C participa na Cia D. Segundo os percentuais constantes da última linha do quadro, têm-se que: a) A Cia A é coligada da Cia B; b) A Cia A é controladora da Cia C; c) A Cia A é coligada da Cia D e mantém um controle indireto; d) Entre a empresa A e E não existe coligação, nem a Cia A controla a Cia E. 6.6.6- Investimentos Relevantes. Existem dois critérios para se determinar a relevância dos investimentos em participações societárias: a) o primeiro critério aplica-se a cada investimento isoladamente, sendo relevante o investimento em sociedade coligada ou controlada, quando o seu valor contábil for igual ou superior a 10% do patrimônio líquido da investidora; b) o segundo critério é aplicado quando existir investimento que, isoladamente, não possa ser considerado relevante por representar menos de 10% do patrimônio líquido da investidora. Neste caso, estes investimentos são considerados como relevantes se, no conjunto das sociedades controladas e coligadas, o seu valor contábil foi igual ou superior a 15% do patrimônio líquido da investidora. Determinação da Relevância do Investimento Cia “B” Cia “C” Cia “D” I – Patrimônio Líquido de “A igual a R$ 200.000,00 II – Participações da cia A 18.000,00 30.000,00 18.000,00 II X 100 = % individual I conjunto = a 33% 9% 15% 9% No exemplo dado têm-se que: postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 realidade porque, quanto mais o bem se desgastar, mais manutenção necessitará. Portanto, quando decresce a depreciação aumenta a manutenção. Exemplo Método da soma dos dígitos dos anos. Admitindo-se que foi adquirido um veículo por R$ 100.000,00. A depreciação é de 20% ao ano (limite permitido pela fiscalização). Desse modo, a vida útil é da ordem de 5 anos. Procedimento: Soma-se os dígitos dos anos: 1o ano, 2o ano, 3o ano, 4o ano, 5o ano = a 15. No primeiro ano, a depreciação será: . 5 de R$ 100.000,00 R$ 33.333,33 15 no 2o ano a depreciação será:: 4 , de R$ 100.000,00 R$ 26.666,68 15 no 3o ano a depreciação será:: 3 , de R$ 100.000,00 R$ 20.000,01 15 no 4o ano a depreciação será:: 2 , de R$ 100.000,00 R$ 13.333,34 15 no 5o ano a depreciação será:: 1 , de R$ 100.000,00 R$ 6.666,67 15 Total no fim de 5 anos a depreciação será:: R$ 100.000,00 Para fins de tributação, nos anos em que houver excesso de depreciação em comparação ao método linear(vida útil do veículo 5 anos a uma taxa constante de 20%), a empresa deverá adicionar esse excesso ao lucro. No 1o ano a depreciação seria de 20% de R$ 100.000,00 igual a R$ 20.000,00 e a empresa debitou em despesas a parcela de R$ 33.333,33 originando um excesso de R$ 13.333,33. Unidades Produzidas Consiste na apropriação dos custos em função da estimativa das unidades a serem produzidas. O método a ser determinado deve estar estritamente relacionado com o benefício recebido. No que tange ao Imposto de Renda, é aceita pela fiscalização, como redutível para fins de tributação, a depreciação de uma máquina com base na taxa de 10% ao ano, ou seja, 10 anos de vida útil, utilizando-se um turno normal de oito horas de trabalho por dia. Outros métodos adotados pela empresa devem ser considerados de natureza puramente gerencial e não se relacionam com o permitido pela fiscalização. postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 Para fins de análise de negócio, o ponto de vista do contador, do administrador, do auditor ou do técnico de contabilidade deve ser separado do ponto de vista fiscal. Exemplo de Método com base nas Unidades produzidas; Admitindo-se que o custo de aquisição da máquina ou de fabricação pela própria empresa de um ferramental ou estampo, que tem como capacidade estimada 20.000 peças, é de R$ 200.000,00. O procedimento a seguir é o seguinte: R$ 200.000,00 = R$ 10,00 p/peça 20.000 peças Admitindo-se que no 1o ano foram produzidas 4.000 peças, no segundo 3.000, no terceiro 1.500 peças, no quarto 2.500 peças etc. Depreciação: R$ 40.000,00 , R$ 30.000,00 , R$ 15.000,00 , R$ 25.000,00 , etc. Período 1o ano 2o ano 3o ano 4o ano Até esgotar a produção de 20.000 peças. 6.7.3 - Critério para Decidir se o bem deve ou não ser capitalizado. Deve-se levar em consideração os seguintes fatores: 1) duração do bem; 2) possibilidade de controle; e 3) materialidade(valor). No exercício de 2003, a fiscalização permite que se lance diretamente em despesas bens que não ultrapassem a cifra de R$ 326,61, desde que atinjam a utilidade funcional, individualmente (não empregados em conjunto), ainda que o prazo de vida útil seja superior a um ano. 6.7.4- .Capitalização de Gastos. Todo gasto que adiciona ou dá nova condição ao bem, diferente da condição original, deve ser capitalizado. Um gasto com pintura em imóvel alugado deve ser amortizado no prazo de vigência do contrato de aluguel. 6.7.5- Manutenção e Reparo. Gastos dessa natureza devem ser lançados diretamente em Resultado do Exercício. 6.7.6- Encargos de Natureza Financeira durante o Período Pré-operacional. Se uma empresa durante a fase pré-operacional obtiver empréstimos para construção de sua fábrica, exemplo: pagável em cinco anos e após 3 anos de sua constituição entrar em operação deverá contabilizar dos encargos financeiros da seguinte maneira: 1) Durante os 3(três) anos incluir no custo da construção os encargos financeiros; 2) Após o início de operação normal, os encargos financeiros deverão ser contabilizados como despesas. postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 6.7.7- Depreciação Normal. Depreciação é a perda do valor do capital aplicado em direitos que têm por objetivo bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência. Portanto, podem ser objetos de depreciação todos os bens físicos sujeitos a desgaste pelo uso por causas naturais ou obsolescência normal, inclusive edifícios em construções e projetos florestais destinados à exploração dos respectivos frutos. 6.7.7.1 Taxa Anual da depreciação. A taxa anual de depreciação será fixada em função do prazo durante o qual se possa esperar a utilização econômica do bem pelo contribuinte, na produção de seus rendimentos. A lei determina que a Secretaria da Receita Federal publicará periodicamente o prazo de vida útil., ficando assim assegurado ao contribuinte o direito de computar a quota efetivamente adequada às condições de depreciação de seus bens, desde que se faça prova dessa adequação, quando adotar taxa diferente. A Receita Federal, através da IN no.162, de 31/12/98, e IN no.130 de 10/11/99, fixou o prazo de vida útil e a taxa de depreciação da maioria dos bens utilizados pelas pessoas jurídicas em seu ativo imobilizado. A Taxa anual de depreciação vai de 4% para edificações até 50% para correias transportadoras ou de transmissão. As máquinas que trabalham com corrosivos tem depreciação mais intensa, o mesmo ocorrendo com veículos que trabalham nas pedreiras, empresas de terraplanagem, serrarias, cerâmicas etc. O desgaste provocado pelo uso intensivo ou anormal dos bens, poderá determinar a adoção de taxas especiais de depreciação, devendo o contribuinte comprovar a adequação das taxas que utilizar, ou, em caso de dúvida, justificá-las com base em laudo técnico expedido por órgão oficial competente.(Instituto Nacional de Tecnologia ou outra entidade científica ou tecnológica). 6.7.7.2- Prazo de vida útil inferior ao estimado. Quando o bem integrante do Ativo Imobilizado se tornar imprestável antes do prazo estimado para a sua vida útil, em virtude de fatores não previsíveis, como obsolescência excepcional ou ocorrência de caso fortuito de força maior, as perdas extraordinárias decorrentes desse fato podem ser computadas como despesas operacionais, com exceção daquelas que sejam recuperáveis através de seguro ou indenização de terceiros. Enquanto não ocorrida a baixa física, o bem deve continuar registrado pelo seu valor contábil, ainda que o mesmo esteja totalmente depreciado. A baixa do bem deve ser provada por documentação hábil de idoneidade indiscutível, admitida pelas legislações comercial e fiscal. 6.7.7.3- Bens Adquiridos Usados Um critério razoável e objetivo de depreciar os bens adquiridos depois de usados foi adotado pela IN no.103 de 17/10/1984. Segundo essa IN, quando se tratar de bem adquirido usado, o prazo de vida útil admissível para fins de depreciação desse bem será o maior dentre os seguintes: a) metade do prazo da vida útil admissível para o bem adquirido novo; ou b) restante da vida útil do bem, considerada esta em relação à primeira instalação para utilização. postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 Caixa ou Bancos 60.000,00 Parcela dos gastos com reparos a ser computada No resultado do exercício. 6.7.8- Contabilização. A conta de Depreciação Acumulada é uma conta retificadora do valor do bem. O montante acumulado de depreciação não poderá ultrapassar o custo de aquisição do bem. Custos ou Despesas a Depreciação Acumulada – AC 6.7.9- Lançamento dos Encargos de Depreciação Os encargos de depreciação poderão ser lançados na escrituração mensal , trimestral ou anualmente, à opção da pessoa jurídica. Se for lançada mensalmente, deverá a taxa ser dividida por doze. Exemplo: . - Depreciação mensal da conta MÁQUINAS - Taxa anual permitida: 10% (1 turno) - Taxa mensal: 10% : 12 = 0,8333333% Se o encargo for lançado: a) Trimestralmente, a taxa corresponderá a 3/12 da taxa anual; b) anualmente, caso a empresa tenha adquirido o bem durante o exercício, ela deve ajustar a taxa pelo período em que o bem foi utilizado. Exemplo: - Máquina adquirida em março e colocada em funcionamento em abril: Será depreciada por 9 meses no exercício. Taxa anual = 10% Taxa anual ajustada = 10% X 9 meses = 7,5% 12 meses 6.7.10- Correção Monetária. Até 31/12/95, a conta DEPRECIAÇÃO ACUMULADA estava sujeita à sistemática de Correção Monetária das Demonstrações Financeiras. 6.7.11- Depreciação Acelerada. A Legislação do Imposto de Renda prevê dois tipos de depreciação acelerada: a depreciação acelerada em função do número de horas diárias de operações de bens móveis, inclusive máquinas e veículos, e a depreciação acelerada concedida como incentivo fiscal. A depreciação acelerada, em função do número de horas trabalhadas, tem os seguintes coeficientes: postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 1) Coeficiente 1,0 para um turno de 8 horas de operação; 2) Coeficiente 1,5 para dois turnos de 8 horas de operação 3) Coeficiente 2,0 para três turnos de 8 horas de operação. Exemplo: Bem: Máquina Taxa Normal: 10% ao ano. Taxa para uso em: 2 turnos - 1,5 X 10% = 15% ao ano. turnos - 2,0 X 10% = 20% ao ano. A depreciação acelerada com a finalidade de incentivar a implantação, renovação ou modernização de instalações e equipamentos é concedida para determinadas indústrias ou atividades. As taxas de depreciação usualmente admitidas poderão ser multiplicadas por um coeficiente fixado em lei, sem prejuízo da depreciação normal. A quota de depreciação acelerada por incentivo fiscal, não é escriturada no livro comercial e constitui exclusão do lucro líquido mediante lançamento no livro de Apuração do Lucro Real. Exemplo: Se a empresa tem o benefício da depreciação acelerada para m´quina depreciável à taxa normal de 10% ao ano que operar em um turno de 8 horas, além de escriturar no livro Diário a depreciação normal de 10%, poderá lançar no LALUR, como exclusão na determinação do Lucro Real, a quota da depreciação incentivada. Os coeficientes da depreciação acelerada em função do número de horas diárias de operação e em função de incentivos fiscais, de acordo com PN no.95/75, são cumulativos, facultada a utilização de ambos ao mesmo tempo, não podendo, em qualquer hipótese, o montante total da depreciação ultrapassar o custo de aquisição do bem. Exemplo: Se uma empresa trabalha 16 horas por dia, no livro Diário será escriturada a quota de depreciação de máquina de 15% ano e no LALUR a quota de 15% se a depreciação incentivada for de 100% da depreciação normal, considerando a depreciação normal da máquina de 10% ao ano, ou seja 15% em dois turnos de trabalho. 6.7.12- Valor ou custo Contábil do Bem Considera-se custo ou valor contábil do bem o seu valor, diminuído da depreciação acumulada correspondente: Exemplo: Máquinas R$ 5.700.000,00 (-) Depreciação Acumulada (R$ 700.000,00) (=)Custo do Valor Contábil do Bem R$ 5.000.000,00 Se a empresa alienar o bem por valor superior ao seu custo contábil, a contabilidade registrará um lucro não-operacional, caso contrário (venda por valor inferior ao custo) registrará um prejuízo não-operacional. Tais operações são consideradas, também Ganhos ou Perdas de Capital 13..- Vedações à Depreciação pela Legislação do Imposto de Renda. Não podem ser depreciados: postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 a) Terrenos, salvo em relação a benfeitorias e construções; b) Bens que aumentam de valor com o tempo, como as antiguidades e obras de arte; c) Bens para os quais sejam registradas as quotas de amortização ou exaustão; d) Bens móveis ou imóveis que não estejam intrinsecamente relacionados produção ou comercialização de bens e serviços. 6.7.14 – Baixa de Bem do Ativo Imobilizado Se a empresa não tiver condições de comprovar através dos controles(fichas de bens patrimoniais)ou documentos hábeis, a data da compra do bem, o fisco penaliza o contribuinte exigindo que a baixa seja feito com base no bem mais antigo, ou seja: data de constituição da empresa. 6.8- AMORTIZAÇÃO. Consiste na "recuperação contábil" do capital aplicado na aquisição de direitos cuja existência ou exercício tenha duração limitada, ou de bens cuja utilização pelo contribuinte tenha o prazo limitado por lei ou contrato. A quota anual de amortização será fixada com base no custo de aquisição do bem ou direito e tendo em vista o número de anos restantes de existência do direito ou bem, o do prazo em que a legislação admita a amortização das despesas diferidas A quota de amortização dedutível em cada período-base será determinada pela aplicação da taxa anual de amortização sobre o valor original do capital aplicado ou despesas registradas no Ativo diferido. 6.8.1- Bens ou direitos objeto de amortização. Os direitos ou bens imateriais ou com prazo legal ou contratualmente limitado: a) Patentes de invenção, fórmulas e processo de fabricação, direitos autorais, licenças, autorizações ou concessões; b) Investimento em bens que, nos termos da lei ou contrato que regule a concessão de serviço público, devem reverter ao poder concedente, ao fim do prazo da concessão, sem indenização; c) Custo de aquisição, prorrogação ou modificação de contratos e direitos de qualquer natureza, inclusive de exploração de fundos de comércio; d) Custo das construções ou benfeitorias em bens locados ou arrendados, ou em bens de terceiros, quando não houver direito ao recebimento do seu valor; e) O valor dos direitos contratuais de exploração de florestas por prazo determinado. 6.8.2- Custos e Despesas objetos de amortização. Os custos, encargos ou despesas registrados no ativo diferido que contribuirão para a formação do resultado de mais de um exercício social, tais como: a) despesas de organização pré-operacionais ou pré-industriais, a partir do início das operações; b) O custo de pesquisas científicas ou tecnológicas para a criação ou aperfeiçoamento de produtos, processos, fórmulas e técnicas de produção, administração ou venda ou com prospecção e cubagem de jazidas ou depósitos, realizadas ou lavra de minérios, sob a orientação técnica de engenheiro de minas, se o contribuinte optar pela sua capitalização; postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 2) Qual o objetivo da auditoria na área do Ativo Imobilizado? 3) Quais os Bens que não são Depreciáveis? 4) No que consiste a Depreciação dos Bens do Ativo Imobilizado? 5) Quais os Bens ou Direitos objeto de Amortização? 6) Ocorrendo a venda de um item do Ativo Imobilizado depreciado normalmente, quais os valores que deverão ser eliminados para encerramento das contas em função da baixa? 7) Quais os elementos que contribuem para a capitalização de um gasto ou de um bem? 8) O que é uma depreciação pelo Sistema de linha reta? 9) O que representa uma depreciação? 10) Quais os itens você considera como objetivos principais da auditoria do Ativo Imobilizado e Respectivas depreciações? 11) Quais são os Bens não Depreciáveis segundo a legislação do imposto de Renda? 12) Quais os Bens e Direitos objeto de amortização? 13) Um bem totalmente depreciado deve ser eliminado da Contabilidade? Justifique sua resposta. 14) No que consiste a diferença básica entre a depreciação e amortização? Dê em seu entendimento uma descrição sucinta. 15)- Um bem totalmente depreciado deve ser eliminado dos livros? Justifique a sua resposta. 6- A companhia Asa Branca, com patrimônio líquido de R$ 3.000.000,00, possui três participações societárias nas empresas coligadas ou controladas a saber: Investida A, valor contábil: R$ 420.000,00 Investida B, valor contábil: R$ 280.000,00 Investida C, valor contábil: R$ 230.000,00 Verificar a relevância desses investimentos. 8– A Metalúrgica Amora S/A, com patrimônio líquido de R$ 3.000.000,00, possui participações em Sociedades coligadas ou Controladas: Investida A, valor contábil: R$ 60.000,00 Investida B, valor contábil: R$ 310.000,00 Investida C, valor contábil: R$ 50.000,00 Analisar a Relevância desses Investimentos. Marque a alternativa correta. 1) – Os Investimentos em sociedades controladas são considerados: ( ) a)- temporários ou permanentes, dependendo da intenção dos administradores. ( ) b)- aplicações de recursos com prazo determinado postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 ( ) c)- permanentes ( ) d)-temporários 2)- Uma empresa participa com 5%(cinco por cento) no capital social realizado de outra empresa, com intenção de permanecer com as ações em seu patrimônio. Este investimento é considerado: ( ) a) – Influente ( )b)- temporário ( ) c)- irrelevante ( )d)- permanente 3)- Se, na questão anterior, houvesse intenção de revenda das ações, o investimento seria considerado. ( ) a) rentável ( ) b) permanente ( ) c) influente ( )d) temporário 4)- Na contabilização do ganho com equivalência patrimonial, debita-se conta representativa deste investimento e credita-se uma conta de receita. Na demonstração do resultado do exercício, esta receita será classificada: ( ) a) outras receitas operacionais ( ) b) variações monetárias ativas ( ) c) receitas não-operacionais ( ) d) outras receitas financeiras 5- Assinale a alternativa falsa: ( ) a)- o conjunto de investimentos em sociedades coligadas e controladas será relevante quando representar 15% ou mais do patrimônio líquida investidora. ( ) b) - isoladamente, um investimento, em sociedade coligada ou controlada, é jmrelevante quando representa 10% ou mais do patrimônio líquida da investida. ( ) c)– isoladamente, um investimento em sociedade coligada ou controlada é relevante quando representa 10% ou mais do patrimônio líquida da investidora. ( ) d) – um investimento que represente isoladamente 10% ou mais do patrimônio líquido da investidora somente é relevante se for realizado em empresa coligada ou controlada. 7)– Não pode ser avaliado pela Equivalência Patrimonial: ( ) a)- o investimento em sociedade coligada, que represente 12% do capital social da investida, na qual o investidor não exercer influência na sua administração. ( ) b)_o investimento em sociedade coligada, na qual o investidor exerce influência na sua administração. ( ) c) o investimento relevante em sociedade coligada. ( ) d)- o investimento relevante em sociedade controlada 8)- Quais os elementos que contribuem para a capitalização de um gasto de um bem? ( )a) – duração do bem, materialidade e possibilidade de controle; ( )b) – quando o gasto ocorrido dá nova condição ao bem, diferente da condição original. ( ) c) – quando o bem é recebido em termos de consignação. ( ) d)- pintura feita em máquina. 9)- O que é uma depreciação pelo sistema de linha reta? ( ) a)- é constante até o fim da vida útil; ( ) b)- é variável até o fim da vida útil. ( ) c) aumenta à medida que aumenta a vida útil; ( ) d) diminui à medida que aumenta a vida útil. postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84 j) – Quais os itens que você considera com objetivos principais da auditoria do ativo imobilizado e respectivas depreciações? ( )a)- verificar a adequação dos controles internos; ( ) b)- averiguar a base pela qual as contas do ativo imobilizado estão indicadas e determinar que tal base seja aceitável; ( )C)- determinar, tanto quanto possível, se todos os bens abandonados ou retirados de uso foram devidamente baixados; ( )d)- determinar se itens capitalizáveis foram lançados em despesas; ( )e)- se para as aquisições do ativo foram feitas concorrências em pelo menos 3 fornecedores; ( )f)- verificar se taxas e métodos de depreciação foram aplicados de maneira consistente em relação ao período anterior. 12)- O papel de trabalho de movimentação de contas deve ser preparado para o seguinte período: ( )a)- para o período que está sendo auditado ( )b)- para o último mês da auditoria ( )c)- para os dois últimos exercícios sociais ( )d)-para o primeiro mês subsequente ao período que está sendo auditado. 13)- Com base nas seguintes informações, elabore o cálculo global de auditoria das depreciações. • Máquinas e Equipamentos: Saldo em 01/01/1999 R$ 1.500,000,00 Aquisições em: Janeiro/2000 R$ 150.000,00 Fevereiro/2000 R$ 200.000,00 Julho/2000 R$ 300.000,00 Agosto R$ 250.000,00 A taxa de depreciação é de 10% a. a. Indique a depreciação total acumulada em cada mês do ano-base de 2000. Bibliografia ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti, Auditoria- volume I – São Paulo, Saraiva, 1990 FRANCO, Hilário/MARRA, Ernesto, Auditoria Contábil, São Paulo, Atlas, 1989 ATTIE, Wilian, Auditoria Interna, São Paulo, Atlas 1988 COOK, John W./WKLW, Gary M. Auditoria, Filosofia e Técnica, Saraiva, 1989 ATTIE, Wilian, Auditoria Conceitos e Aplicações, São Paulo, Atlas, 1998 TPD/IOB- - Módulos 3 e 4. NEVES, Silvério das/VICECONTI, Paulo E.V. Contabilidade Avançada, São Paulo, Ed Frase, 1999. HIGUCHI,Hiromi/Celso Hiroyuki, Imposto de Renda das Empresas-Interpretação Prática, São Paulo, Atlas 3a Ed 2003. NÃO TE ESQUEÇA DE AGRADECER postila: Auditoria dos Ativos – por Prof Sergio Alfredo Macore PAGE 84
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