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Guias e Dicas
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Avicultura, Notas de estudo de Cultura

Avicultura, Pronatec

Tipologia: Notas de estudo

2013
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Baixe Avicultura e outras Notas de estudo em PDF para Cultura, somente na Docsity! CAF UFPI Avicultura Jackelline Cristina Ost Lopes Técnico em Agropecuária 01_Capa_Avicult_A.indd 1 29/09/11 15:45 2011 Floriano CAF UFPI Avicultura Jackelline Cristina Ost Lopes e-Tec Brasil Indicação de ícones Os ícones são elementos gráfi cos utilizados para ampliar as formas de linguagem e facilitar a organização e a leitura hipertextual. Atenção: indica pontos de maior relevância no texto. Saiba mais: oferece novas informações que enriquecem o assunto ou “curiosidades” e notícias recentes relacionadas ao tema estudado. Glossário: indica a defi nição de um termo, palavra ou expressão utilizada no texto. Mídias integradas: remete o tema para outras fontes: livros, fi lmes, músicas, sites, programas de TV. Atividades de aprendizagem: apresenta atividades em diferentes níveis de aprendizagem para que o estudante possa realizá-las e conferir o seu domínio do tema estudado. e-Tec Brasil9 Palavra do professor-autor Ricos em nutrientes, a carne de frango e o ovo são alimentos comuns no prato de muitas famílias brasileiras. Obtidos através da exploração avícola, esses alimentos podem gerar fonte de renda ao produtor quando explorados corretamente. A prática da avicultura requer conhecimentos essenciais para sua implantação e exploração. Identifi car qual o produto a ser obtido é o primeiro passo, mas o correto manejo durante o período de criação é indispensável para bons resultados. A avicultura deve ser desenvolvida em ambiente agradável, livre de doenças, e a alimentação também deve ser adequada às aves para que alcancem seu potencial máximo de produção, ou seja, características desejáveis na exploração. Esse e outros assuntos serão abordados nesta disciplina com o objetivo de proporcionar conhecimentos sufi cientes aos alunos para atuarem na área da avicultura. Bom estudo a todos! e-Tec Brasil11 Apresentação da disciplina Na Aula 1, você irá estudar sobre a origem, história e classifi cação da ave doméstica. Identifi cará as principais espécies exploradas na avicultura e verá também as principais vantagens da atividade avícola, destacando-se a produção mundial de carne de frango e ovos e a posição do Brasil em relações a outros países. Na Aula 2, você vai ver as principais raças de aves de interesse na exploração de carne e ovos. Vai estudar as marcas comerciais criadas com o objetivo de unir características desejáveis e obter melhores resultados na avicultura. Explore as fi guras, pois elas irão auxiliá-lo na identifi cação das raças. Na Aula 3, você vai ver a anatomia e fi siologia da ave. Vai conhecer o esqueleto e órgãos internos da galinha. Explore as fi guras, elas são fundamentais para a identifi cação das partes do corpo das aves. Na Aula 4, você vai ver os sistemas de produção utilizados na avicultura e os modelos de produção de frangos de corte. Ainda nessa aula, iremos abordar as instalações e equipamentos avícolas. Na Aula 5, você vai estudar a criação e manejo de frangos de corte e de poedeiras comerciais através de técnicas de manejo específi cas para o bom desempenho da atividade. Também verá a produção de pintos de um dia, incluindo o período de incubação e suas etapas até os cuidados dados aos pintinhos de um dia. Na Aula 6, você irá identifi car os nutrientes presentes na alimentação das aves de produção. Defi nirá as etapas da formulação da ração e identifi cará os processos de fabricação, armazenamento e fornecimento da ração. Finalmente, na Aula 7, você irá entender a importância da biosseguridade na produção de aves. Conhecerá as doenças infecciosas nas aves de produção, seus sintomas e as medidas adotadas contra essas doenças. e-Tec BrasilAula 1 – Introdução à avicultura 15 Aula 1 – Introdução à avicultura Objetivos Conhecer a origem, história e classifi cação da ave doméstica. Conceituar avicultura. Identifi car os números da produção avícola brasileira e mundial. 1.1 Origem, histórico e classifi cação da ave doméstica Para melhor compreensão sobre a avicultura, iniciaremos nossa aula com um breve comentário sobre a origem, o histórico e a classifi cação das aves por pesquisadores conceituados na área de produção avícola. Origem As aves são animais que possuem penas e são, pela evolução dos vertebrados, descendentes dos répteis (ALBINO; TAVERNARI, 2010), devido à presença de escamas nas canelas e outras semelhanças de natureza anatômica (LANA, 2000). Andriguetto Pesquisador e autor de livros de nutrição animal Albino e Tavernari Zootecnistas pesquisadores na área de nutrição e produção de aves. Aviculturae-Tec Brasil 16 Histórico De acordo com Albino e Tavernari (2010), a domesticação da galinha teve origem na Índia e as atuais variedades foram originadas da espécie asiática selvagem Gallus gallus, conhecida também como Gallus bankiva e Gallus ferrugineus. Primeiramente, foi utilizada como animal de briga ou como objeto de ornamentação. No Brasil, segundo estudiosos, a produção de aves teve início em 1532, com a vinda das primeiras raças trazidas pelos colonizadores portugueses. Eram criadas soltas nos quintais ou arredores das casas, onde se alimentavam com resto de comida caseira, grãos e insetos. No ano de 1900, iniciou-se a criação das aves em sítios e fazendas, represen- tando fonte de renda, mas somente no ano de 1930 passou a ser vista como atividade lucrativa, ou seja, a produção de aves para venda de carne e ovos. Os avicultores, estimulados pelo aspecto econômico, começaram a tentar novos acasalamentos entre as raças diferentes, visando o aprimoramento da espécie. Classifi cação Antes de conhecer a classifi cação da ave, vamos defi nir o que é ser domesti- cado: animal que, possuindo utilidade econômica, reproduz-se livremente sob os cuidados do homem. Segundo Andriguetto et al (1983), as aves domésticas são usualmente classifi cadas em: Galiformes: galinha, peru, galinha-d´angola, pavão e faisão Anseriformes: pato, marreco, ganso e cisne Columbiformes: pombos em geral Passeriformes: pássaros em geral 30% EUA CHINA BRASIL UE-27 MÉXICO OUTROS 22% 4% 12% 15% 17% BRASIL EUA UE-27 TAILÂNDIA CHINA OUTROS37% 38% 8%3% 5% 9% Per capita é uma expressão latina que signifi ca “para cada cabeça”. e-Tec BrasilAula 1 – Introdução à avicultura 19 mundiais de carne de frango, juntamente com Estados Unidos e China (Figura 1.2). Desse total, cerca de 65% permanece no mercado interno, o que comprova a força dessa indústria para o país, pois a carne de frango é muito apreciada na culinária brasileira. Figura 1.3: Maiores exportadores de carne de frango Fonte: USDA, 2009 Disponível em <http://www.brazilianchicken.com.br/industria-avicola/o-frango-pelo-mundo.php>. Acesso em: 18 abr. 2011. Figura 1.2: Maiores produtores mundiais de carne de frango Fonte: USDA, 2009. Disponível em <http://www.brazilianchicken.com.br/industria-avicola/o-frango-pelo-mundo.php>. Acesso em: 18 abr. 2011. O consumo per capita de carne de aves no Brasil está em aproximadamente 39 quilos por ano. Nas exportações, o Brasil mantém, desde 2004, a posição de maior exporta- dor mundial (Figura 1.3), tendo terminado 2009 com a marca de 3,6 milhões de toneladas embarcadas para mais de 150 países. Com esse desempenho, a carne de frango brasileira aumentou ainda mais sua presença na mesa dos consumidores no Brasil e no mundo (UBABEF). 10 maiores 1998 307.760 89.327 79.896 42.117 29.898 41.269 13.636 5.986 102.276 712.165 381.340 85.768 84.420 42.041 35.155 42.709 14.796 6.597 107.625 800.451 395.200 89.000 87.240 41.900 36.935 44.100 15.377 6.780 103.289 819.821 387.500 88.981 85.812 42.100 36.034 43.500 15.075 6.700 109.199 814.901 365.300 88.457 82.943 41.975 32.428 41.740 14.768 6.151 113.680 777.442 1999 2000 2001(p) 2002(f) China União Europeia Estados Unidos Japão México Federação Russa Brasil Canadá Milhões/Unidades Outros Países Produção mundial Aviculturae-Tec Brasil 20 Em relação à produção de ovos, o Brasil se destaca entre os maiores produ- tores no mundo (Figura 1.4). Entre 1970 e 2005, a produção mundial de ovos teve um aumento de 203,2%, segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação). Figura 1.4: Produção mundial de ovos Fonte: APA Disponível em: <http://www.apa.com.br/estatisticas/prodmundovos.htm>. Acesso em: 18 abr. 2011. Como podemos ver, a avicultura representa forte papel na economia, já que o Brasil está sempre entre os primeiros no ranking. Contudo, a atividade avícola só gera renda se implantada corretamente e se certos cuidados, que serão vistos ainda nesta disciplina, forem tomados. Fonte: <http://br.groups.yahoo.com/group/confraria-de-oeiras/message/5282>. Acesso em: 8 jun. 2011. 1. Defi na com suas palavras avicultura. 2. Cite os cinco maiores produtores mundiais de carne de frango. e-Tec BrasilAula 1 – Introdução à avicultura 21 Visite a página do link a seguir e conheça a produção avícola no Nordeste brasileiro. <http://www.sober.org.br/palestra/9/434.pdf> Resumo Nesta aula, você conheceu a origem, história e classifi cação da ave doméstica, bem como dados estatísticos sobre a produção brasileira e mundial de carne de frango e ovos. Atividades de aprendizagem 1. Pela evolução dos vertebrados as aves são descendentes dos répteis. Que características presentes nas aves comprovam isso? 2. Descreva o histórico da produção de aves no Brasil. 3. A galinha é classifi cada no grupo dos galiformes. Qual o grupo do peru, pombo, pássaros e marreco? 4. Escreva a classifi cação biológica da galinha doméstica. 5. Cite o nome científi co do cisne, avestruz, marreco, pato e codorna. 6. Cite duas vantagens da implantação da avicultura. 7. O que é avicultura? 8. Cite os três maiores países exportadores e produtores mundiais de carne de frango. Aviculturae-Tec Brasil 24 Figura 2.1: Raça New Hampshire Fonte: FeatherSite.com. Disponível em: <http://leonoreasletras.blogspot.com/2010/04/galinhas.html>. Acesso em: 19 abr. 2011. 2.1.2 Rhode Island Red Essa raça foi desenvolvida a partir do cruzamento de várias raças (Leghorn marron, Cornish e Wyandote) nos estados de Massachussetts e Nova Ingla- terra nos Estados Unidos (LANA, 2000). É considerada boa produtora de ovos e carne. Quanto às suas características, possui corpo largo, profundo e comprido, crista serra, de tamanho médio, bico córneo avermelhado, plumagem ver- melho brilhante e cauda preta. Figura 2.2: Raça Rhode Island Red Fonte: <http://leonoreasletras.blogspot.com/2010/04/galinhas.html>. Acesso em: 19 abr. 2011. e-Tec BrasilAula 2 – Raças e linhagens em avicultura 25 2.1.3 Plymouth Trata-se da raça mais antiga. Apresenta diversas variedades, sendo que no Brasil a variedade mais difundida é a Barrada (Figura 2.3). É utilizada nos cruzamentos para produção de pintos de corte. Apresenta como características físicas corpo delgado, crista simples, reta e bem assentada na cabeça, de tamanho mediano nos machos e pequeno nas fêmeas. Suas orelhas e barbela medianas têm cor vermelho vivo e pele de cor amarela. Figura 2.3: Raça Plymouth Fonte: <http://www.agrov.com/animais/aves/plymouth.htm>. Acesso em: 19 abr. 2011. 2.1.4 Wyandotte As aves da raça Wyandotte têm corpo ligeiramente arredondado, dando impressão de dorso curto, em virtude do tipo de plumagem que possuem. Apresentam dupla fi nalidade, porém, devido ao pequeno tamanho do seu ovo e da baixa eclodibilidade, ou seja, baixo nascimento, não foram utiliza- das para a formação das atuais linhagens produtivas. Figura 2.4: Raça Wyandotte Fonte: <http://leonoreasletras.blogspot.com/2010/04/galinhas.html>. Acesso em: 19 abr. 2011. Aviculturae-Tec Brasil 26 2.1.5 Gigante negro Desenvolvida em New Jersey, é a mais pesada de todas as raças america- nas. Apresenta dupla aptidão, mas a postura é um pouco inferior. Devido à localização do pigmento de cor escura das penas nas partes comestíveis da carcaça, ocorreu uma depreciação dessa raça. Possui plumagem preta, bico preto, mudando para amarelo na ponta, pele amarela, tarsos e dedos pretos. Figura 2.5: Raça gigante negro Fonte: <http://santoandre.olx.com.br/pictures/galos-e-pintinhos-de-raca-pura-iid-77627797>. Acesso em: 19 abr. 2011. 2.1.6 Australorp Essa raça é de origem australiana e foi selecionada para produção de ovos, apesar de ser considerada de dupla utilidade. Caracteriza-se pela plumagem completamente preta, crista serra, brincos vermelhos, pele branca, tarsos e dedos pretos. Existe também o Australorp de cor branca. Figura 2.6: Raça Australorp Fonte: <http://www.australorps.com/4.html>. Acesso em: 19 abr. 2011. e-Tec BrasilAula 2 – Raças e linhagens em avicultura 29 1. Descreva as características físicas das raças: a) Sussex b) Orfi ngton c) Cornish d) Australorp e) Gigante negro f) Wyandotte g) Plymouth h) Rhode Island Red i) New Hampshire j) Leghorn 2. Cite duas raças de aptidão para postura e duas de corte. 2.2 Marcas de aves de corte e postura Na nossa primeira aula (Introdução à avicultura) vimos a classifi cação da galinha doméstica. No entanto, a classifi cação Galus domesticus da Ameri- can Poultry Association Standard Perfection, feita em 1870, reuniu aves do- mésticas em 15 classes, 86 linhagens e 235 variedades (LANA, p.13, 2000). Para melhor compreensão, vamos defi nir classe, variedade e linhagem. Aviculturae-Tec Brasil 30 • Classe: grupos de raças padronizadas que tenham sido desenvolvidas em determinada região. • Variedade: são diferenciadas pelos tipos de crista e pela coloração da plumagem. • Linhagem: plantel de aves que possuem algum parentesco. As linhagens são produtos de reprodução de uma empresa genética. Com o objetivo de aumentar a produção, seja de ovos ou carne, e baixar os custos, busca-se melhorar as características de cada linhagem eliminando certas características indesejáveis e hereditárias do genótipo e desenvolvendo aquelas que são benéfi cas. A seguir, você vai ver algumas características que se espera estar presente nas aves de produção, segundo Albino e Tavernari (2010). Características desejáveis nas aves para produção de carne: • boa conversão alimentar; • rápido ganho de peso; • crescimento uniforme; • empenamento precoce; • peito largo; • pernas curtas; • resistir a doenças; • boa pigmentação de pele. Características desejáveis nas aves para produção de ovos: • boa produtividade; • boa conversão alimentar; e-Tec BrasilAula 2 – Raças e linhagens em avicultura 31 • resistir a doenças; • apresentar ovos com casca resistente e uniforme; • baixa mortalidade. Em busca de melhores índices zootécnicos, foram criadas, a partir de cruza- mentos entre as melhores raças, marcas comercias ou linhagens de aves para produção de carne e de ovos. Marcas de frango de corte: Hubbard-Isa, Cobb, Ross, Arbor, Acres, Shaver. Figura 2.11: Frango de corte Cobb Fonte: <http://ligaonline.blogspot.com/2007/08/aves-de-corte-x-aves-de-postura.html>. Acesso em: 2 jun. 2011. Marcas de poedeiras comerciais: Hubbard-Isa, Dekalb, Hyline, Babcock, Shaver. Figura 2.12: Poedeira Dekalb White Fonte: <http://www.aviguia.com.br/fi guracao/fi guracao.asp?codemp=972>. Acesso em: 2 jun. 2011. Aviculturae-Tec Brasil 34 Figura 3.1: Esqueleto da galinha Fonte: Lana (2000). Ao estudar a anatomia e fi siologia das aves, deve-se ter em mente que o corpo da galinha é composto de nove sistemas inter-relacionados (LANA, 2000, p. 21). Figura 3.2: Órgãos internos da galinha Fonte: Lana (2000). Cloaca estrutura dilatada em forma de bolsa. e-Tec BrasilAula 3 – Anatomia e fi siologia das aves 35 Agora, após identifi car a estrutura interna da galinha, vamos estudar os apa- relhos vitais e entender a importância de cada um. 3.1.2. Aparelho digestivo O trato gastrintestinal das aves é um tubo oco e fi bromuscular, ou seja, for- mado de tecido fi broso e tecido muscular, que vai da boca à cloaca, sendo o mesmo recoberto por um epitélio que em algumas partes está especializado para secreção, digestão e absorção (ALBINO; TAVERNARI, 2010, p. 21). Figura 3.3: Trato gastrointestinal da galinha Fonte: Albino e Tavernari (2010). Vamos agora identifi car cada estrutura do trato gastrointestinal da galinha. • Boca: função de apreensão, escolha e ingestão do alimento. A cavidade bucal compreende o bico, língua, glândulas salivares e faringe. • Esôfago: é um tubo relativamente longo por onde passa o alimento. Possui glândulas mucosas para lubrifi car o alimento. • Papo: o divertículo ou papo separa o esôfago em porções superior e in- ferior. O papo é considerado na ave um reservatório de alimento. Quimo Quimo é o nome dado ao alimento quando chega ao intestino, depois de passar no estômago. Aviculturae-Tec Brasil 36 • Proventrículo: está localizado entre o esôfago inferior e a moela. Possui a função de secretar enzimas e ácido clorídrico. • Moela: é o estômago muscular responsável pela trituração e maceração do alimento. • Intestino delgado: composto por duodeno, jejuno e íleo, o intestino delgado é a porção mais longa do sistema digestivo. Tem a função de realizar a digestão fi nal do alimento e absorção dos nutrientes. • Pâncreas: glândula com função endócrina e exócrina ligada ao sistema digestivo. O pâncreas lança no duodeno um fl uido alcalino rico em enzi- mas proteolíticas, aminolíticas e lipolíticas, importantes para a neutraliza- ção do quimo ácido que penetra no duodeno. • Fígado: órgão que possui funções vitais no processo de digestão e absor- ção. A bile é sintetizada no fígado, armazenada na vesícula biliar chegan- do ao duodeno pelo ducto biliar. A bile facilita a absorção das gorduras e a digestão dos carboidratos. • Intestino grosso: é um tubo curto presente na última seção do trato digestivo e é dividido em cecos, cólon e reto ou cloaca. • Cloaca: estrutura dilatada em forma de bolsa comum aos aparelhos di- gestivo, urinário e reprodutor. 3.1.3 Aparelho respiratório O aparelho respiratório das aves é composto por boca, orifícios nasais, farin- ge, traqueia, pulmões e sacos aéreos. A parte superior do sistema respiratório é especializada em fi ltrar, aquecer e umidifi car o gás inalado, o qual pode passar tanto pelas narinas como pela boca (LANA, 2000, p. 27). Ovário Massa esponjosa contendo óvulos em vários estágios de maturação. Quando o óvulo está maduro ele se rompe e inicia a formação do ovo Oviduto Canal que se inicia por um funil (infundíbulo) que capta o óvulo maduro ou gema até a cloaca e-Tec BrasilAula 3 – Anatomia e fi siologia das aves 39 • Canal deferente: funciona como depósito de espermatozoide e termina em uma pequena papila na cloaca. • Órgão copulador rudimentar: também conhecido como falo é pequeno e não funciona como órgão penetrante. Uma curiosidade do aparelho reprodutor da galinha é que a maior parte do desenvolvimento embrionário se dá fora do organismo materno. O aparelho reprodutor da galinha é formado por uma glândula secretora de gema (ovário) e um órgão excretor (oviduto). • Magno: secreta o albúmen denso também conhecido como clara do ovo. • Istmo: ocorre a formação da casca do ovo. • Útero: secreta o albúmen fl uido, casca e pigmentos da casca. • Vagina: o ovo recebe a cutícula para proteção contra bactérias. Figura 3.6: Aparelho reprodutor da galinha Fonte: Albino e Tavernari (2010). Aproximadamente 26 horas decorrem entre a ovulação e a postura do ovo. A galinha começa a botar ovos entre a 17ª e 18ª semana de idade. Caso a galinha tenha recebido a cópula a fertilização do ovo ocorre no infun- díbulo. Os espermatozoides depositados na extremidade posterior do ovidu- to podem chegar ao infundíbulo em 26 minutos. 3.1.5 Aparelho urinário O aparelho urinário é formado por dois rins trilobados, localizados na região pélvica e dois ureteres (ver Figura 3.2.). Uma particularidade das aves é que elas não possuem bexiga. Os produtos fi nais do metabolismo são armazenados nos rins. Passa pelos ureteres dire- tamente para a cloaca. A urina é pastosa e eliminada junto com as fezes. 3.1.6 Sistema circulatório O sistema circulatório é constituído de sistema vascular e sistema linfático (LANA, 2000, p. 38). O sistema vascular é formado por coração, artérias, veias, capilares e sangue. O coração bombeia o sangue com pressão para os pulmões e o dióxido de carbono dos glóbulos vermelhos é trocado por oxigênio. Região pélvica Onde estão localizados os ossos ílio, ísquio e púbis (ver Figura 3.1) Ureteres São tubos que nas avas ligam os rins à cloaca Aviculturae-Tec Brasil 40 O sistema linfático, formado de linfa e canais linfáticos, apresenta importan- te papel na defesa do corpo com a produção de leucócitos. 1. De que é formado o aparelho reprodutor da galinha e do galo? Descreva cada um deles. 2. Por que as fezes das aves são sempre de aspecto pastoso? 3. O sistema vascular e o sistema linfático compõem o sistema circulatório da ave. Descreva cada um. 3.1.7 Sistema nervoso A galinha possui o sistema nervoso bastante desenvolvido, apresentando excelente visão, audição e tato, porém com pouco olfato e capacidade gus- tativa (LANA, 2000). O sistema nervoso tem a função de coordenar o funcionamento de todos os órgãos e se subdivide em sistema nervoso central e sistema neurovegetativo. Sistema nervoso central: constitui o cérebro e medula espinhal com ramifi - cações. Sistema neurovegetativo: subdividido em simpático e parassimpático responsáveis, respectivamente, por ativar e acelerar o organismo e por retar- dar e frear o organismo. 3.1.8 Sistema endócrino Constituído por glândulas de secreção interna, o sistema endócrino é impor- tante regulador do corpo da ave. A pituitária, timo, tireoide, paratireoide, suprarrenais, ovário e testículos fazem parte desse sistema. Veja a seguir alguns signifi cados dos órgãos que citamos. • Pituitária: localizada na base do cérebro tem a função de segregar o hor- mônio de crescimento da ave e hormônio do crescimento e ruptura do folículo durante a ovulação. • Timo: localizada junto à coluna vertebral do pescoço apresenta diminui- ção de tamanho à medida que a ave cresce. • Tireoide: segrega hormônio responsável pelo crescimento e cor das pe- nas. Está localizada na base do pescoço. e-Tec BrasilAula 3 – Anatomia e fi siologia das aves 41 e-Tec BrasilAula 4 – Sistemas de produção, instalações e equipamentos 45 Aula 4 – Sistemas de produção, instalações e equipamentos Objetivos Identifi car os sistemas de produção utilizados na avicultura. Identifi car os modelos de produção de frangos de corte. Estabelecer instalações avícolas. Conhecer os principais equipamentos de uma atividade avícola. 4.1 Sistemas de produção na avicultura A avicultura não se diferencia dos outros tipos de exploração no que diz respei- to aos sistemas de produção. São eles: extensivo, semi-intensivo e intensivo. a) Sistema extensivo Quando os frangos são criados em liberdade e podem debicar e esgravatar em volta da casa à procura de comida, fala-se de avicultura extensiva. Figura 4.1: Galinha criada em sistema extensivo Fonte: <http://pequeninosdojockey.blogspot.com/2009/10/hospedes-muito-ilustres.html>. Acesso em: 20 abr. 2011 b) Sistema semi-intensivo No sistema de produção avícola semi-intensivo, também conhecido como produção de pátio/quintal, o número de aves por bando varia entre 50 a 200. É uma criação em pequena escala. Nos sistemas semi-intensivos, as galinhas encontram-se confi nadas a um espaço aberto vedado com arame. Existe um pequeno galinheiro onde as galinhas podem permanecer à noite. O criador das galinhas fornece pratica- mente toda a comida, a água e outras necessidades. Figura 4.2: Aves criadas em sistema semi-intensivo Fonte: <http://www.indea.mt.gov.br/html/verfoto.php?codigoFoto=359>. Acesso em: 20 abr. 2011. c) Sistema intensivo As explorações que se dedicam à avicultura intensiva requerem maiores in- vestimentos, tanto de capital como de mão de obra. O tamanho dos bandos de aves no sistema de produção intensiva normalmente situa-se nos milha- res. Tal foi alcançado através dos avanços na investigação sobre incubação artifi cial, necessidades nutricionais e controle das doenças. Aviculturae-Tec Brasil 46 Figura 4.5: Galpão de frango de corte Fonte: autoria própria. 4.4 Equipamentos A atividade avícola requer além de área e estrutura fi xa, alguns equipamen- tos básicos para a criação das aves. Vejamos alguns desses equipamentos. a) Bebedouros: onde é disponibilizada água limpa e de em temperatura agradável. Muitas vezes é o meio de diluição e oferta de vacinas. Devem ser de fácil limpeza, resistentes e propiciar fácil acesso das aves. Os mais utilizados são do tipo pendular, tipo pressão e nipple. Figura 4.6: Bebedouros: pendular, tipo pressão e nipple Fonte: <http://www.avesui.ind.br/2010/produtos_detalhes.php?qual_produto=82&qual_grupo=1>; <http://cidadesa- opaulo.olx.com.br/pictures/comedouro-e-bebedouro-para-frangos-e-aves-11-99438000-iid-56391392>; <http://www. opresenterural.com.br/caderno.php?c=1&e=11&m=70>. Acesso em: 13 maio 2011. b) Comedouros: utilizados para fornecimento de ração às aves e podem variar de acordo com a idade e sistema de criação. Os mais utilizados são manual tipo tubular, automático de corrente e automático tipo helicoidal. e-Tec BrasilAula 4 – Sistemas de produção, instalações e equipamentos 49 Figura 4.7: Comedouros: helicoidal, tubular e de corrente Fonte: <http://www.aveworld.com.br/aveworld/noticias/post/casp-apresenta-lancamentos-e-movimenta-evento-em-sao- paulo_6861>; <http://www.quebarato.com.br/comedouros-e-bebedouros__2C42E7.html>; <http://www.avisite.com.br/ clipping/default.asp?codnoticia=16443>. Acesso em: 13 maio 2011. c) Ventiladores: importantes na renovação do ar e controle da tempera- tura. Devem estar posicionados sempre na mesma direção e respeitando a potência da marca comercial. O uso de exaustores também se obtém uma maior qualidade do ar e uma melhor temperatura, eles são utiliza- dos em modernas instalações avícolas. Figura 4.8: Ventilador e exaustor Fonte: <http://www.tritec.com.br/avicultura.html>. Acesso em: 13 maio 2011. d) Silos: local de armazenamento da ração na granja. Geralmente localizados ao lado da cada galpão, podem ser de madeira, metal, fi bras ou alvenaria. Figura 4.9: Silo para armazenagem da ração na granja Fonte: autoria própria. Aviculturae-Tec Brasil 50 e) Gerador de energia: como medida preventiva na falta de energia elétri- ca, a granja deve possuir gerador de energia para manter os sistemas de climatização em funcionamento evitando a mortalidade das aves. Figura 4.10: Gerador de energia Fonte: autoria própria. Vimos que existem três tipos de sistemas de produção na avicultura. Qual tipo predomina na sua cidade? Diferencie os sistemas de produção. f) Cortinas: podem ser de cor amarela ou azul. Geralmente o material uti- lizado é a ráfi a. No inverno, além do uso e manejo das cortinas externas, deve ser instalado cortinas internas para melhor controle da temperatura. Figura 4.11: Cortinas fi xas e móveis Fonte: autoria própria. g) Caixa d´água: importantes para garantir o fornecimento ininterrupto de água para as aves. Deve possuir capacidade adequada ao número de aves e ser armazenada em local fresco. e-Tec BrasilAula 4 – Sistemas de produção, instalações e equipamentos 51 Figura 4.17: Ninhos manual e automático para poedeiras Fonte: <http://www.genus.ind.br/avicultura/ninhos.html> Acesso em 13.05.2011 <http://www.avisite.com.br/ clipping/maisnot.asp?CodCategoria=&CodNoticia=16443&Mes=3&Ano=2011&utm_source=informativo&utm_ medium=semanal&utm_campaign=email>. Acesso em: 13 maio 2011. Cite a função de cada equipamento utilizado na exploração avícola. a) Nebulizador b) Cortinas c) Bebedouro d) Comedouro e) Caixa d´agua f) Aquecedor g) Balança h) Ninho i) Gerador j) Silo k) Termo-higrômetro l) Ventilador Resumo Nesta aula, você conheceu os sistemas de produção e os modelos de pro- dução de frangos de corte. Pode identifi car como devem ser realizadas as instalações avícolas e os principais equipamentos utilizados. Aviculturae-Tec Brasil 54 Atividades de aprendizagem 1. Descreva sobre os sistemas de produção utilizados na avicultura. 2. Quais são os modelos de exploração da avicultura de corte brasileira? Comente. 3. Como deve ser as instalações para atividade avícola? 4. Descreva um galpão de aves de postura. 5. Descreva um galpão de aves de corte. 6. Quais os tipos e funções dos bebedouros utilizados na avicultura? 7. Qual o objetivo do uso de ventiladores e exaustores na avicultura? 8. Fale sobre a papel da caixa d´água, nebulizador e aquecedor para a avi- cultura. 9. Quais os tipos e para que servem os ninhos avícolas? 10. Na sua região existe alguma atividade avícola? Descreva o sistema em- pregado e os equipamentos utilizados. e-Tec BrasilAula 4 – Sistemas de produção, instalações e equipamentos 55 e-Tec BrasilAula 5 – Frangos de corte, poedeiras comerciais e pintos de um dia 59 5.1.3 Escolha dos pintinhos É importante a escolha de pintinhos saudáveis e de boa qualidade, ou seja, devem ter boa procedência. Eles devem ser ativos, apresentar olhos brilhan- tes, umbigo bem cicatrizado, tamanho e cor uniformes (LANA, 2000). Figura 5.2: Pintinhos de um dia Fonte: autoria própria. Fonte: <http://escolaclasse03.blogspot.com/2009/07/projeto-valoresmes-de-maio-limpeza-e.html>. Acesso em: 5 jul. 2011. 1. Descreva com suas palavras a limpeza e desinfecção das instalações e equipamentos utilizados na avicultura. 5.1.4 Recepção dos pintinhos no aviário Antes da chegada dos pintinhos, recomenda-se preparar todo o galpão. Dis- tribuir a cama no aviário, fazer um círculo de proteção, distribuir água em bebedouros e ração nos comedouros e, para melhor controle térmico do ambiente, utilizar campânulas e cortinas internas. Figura 5.3: Círculo de proteção com capacidade para 500 pintos. Fonte: Albino e Tavernari (2010). O círculo de proteção, também chamado de pinteiro, geralmente feito de material de madeira compensada, tem o objetivo de proteger os pintos de correntes de ar e mantê-los próximos à fonte de calor, água e ração. Figura 5.4: Comportamento dos pintos no pinteiro Fonte: Lana (2000). A abertura do círculo de proteção deve ser realizada gradativamente a partir do terceiro dia. Compensada Compensado é um tipo de madeira feito de fi nas placas de madeira Bebedouro tipo pressão (capacidade para 80 a 100 pintos) Comedouro tipo bandeja (capacidade para 80 a 100 pintos) Campânula Muita corrente de ar Frio demais Tudo certoQuente demais Aviculturae-Tec Brasil 60 e-Tec BrasilAula 5 – Frangos de corte, poedeiras comerciais e pintos de um dia 61 5.1.5 Alimentação Agora que você viu o manejo quanto à limpeza do local, vamos ver um pou- co da alimentação. Segundo Andriguetto (1983), a alimentação é a maior parcela do custo de produção de aves. Toda água e ração devem ser forne- cidas à vontade e não devem conter impurezas. Para isso, é importante a limpeza diária dos bebedouros e comedouros. Os frangos recebem diferentes rações de acordo com a idade ou programa de alimentação adotado. Esse programa é composto geralmente de quatro tipos de ração: pré-inicial (1 a 7 dias), inicial (8 a 21 dias), crescimento (22 a 35 dias) e terminação ou fi nal (36 ao abate, em torno dos 42 dias de vida). É necessário que as rações atendam as exigências nutricionais em cada fase de criação. A exigência nutricional varia de acordo com a linhagem, região e instalações. 5.1.6 Manejo sanitário e registros Além da alimentação, limpeza e desinfecção, o avicultor deve ter também alguns cuidados com as aves do ponto de vista sanitário. Assim, o manejo sanitário é fundamental para a prevenção de doenças. Além de limpeza antes e durante o alojamento das aves, o uso de vacinas ajuda no não aparecimento de doenças no lote. Remover do aviário as aves descartadas ou mortas pode evitar a multiplica- ção de microrganismos patogênicos e contaminação das aves saudáveis. Registros de dados são indispensáveis para o acompanhamento e avaliação do lote. Devem ser anotados dados sobre número inicial de pintinhos, data, origem e qualidade dos pintos; mortalidade diária, semanal e acumulada; ganho de peso semanal; quantidade de ração e consumo diário; temperatu- ras dentro dos aviários, extremidade e centro. 5.1.7 Apanha ou retirada dos frangos Conhecida como apanha ou captura, a retirada dos frangos no aviário deve ser planejada e supervisionada por equipe especializada a fi m de evitar arra- nhões, hematomas e machucados nas aves. Algumas horas antes da saída do lote, toda a ração deve ser retirada, favo- recendo o esvaziamento do trato gastrointestinal da ave. As aves são trans- portadas em gaiolas e caminhão apropriados. A transferência das aves deve ser realizada com total cuidado na 15ª semana de idade. As aves devem ser alojadas em gaiolas ou ninhos, preferencialmen- te em grupos de tamanho uniforme. 5.2.2 Poedeiras Tomando grande cuidado na criação de pintinhas, espera-se um lote de po- edeiras produtivas. Vejamos algumas características de uma boa poedeira: • Crista: grande, vermelha, macia, brilhante. • Tarsos: úmidos e túrgidos. • Bico: despigmentado. • Cloaca: grande, unida, macia e despigmentada. • Pele: lisa e macia. • Brincos: despigmentados. • Penas: abundante e sem brilho. • Cabeça: fi na, delicada e magra. • Olhos: brilhantes e vivos. • Ossos pélvicos: fl exíveis, fi nos e abertos. • Abdômen: volumoso e macio. A postura pode ser realizada em gaiolas ou em ninhos, pois ambos apresen- tam vantagens e desvantagens. Gaiolas de aves de postura: • Vantagens: ovos limpos, menor consumo de ração, menos problemas com doenças e menor mortalidade por amontoamento. Aviculturae-Tec Brasil 64 • Desvantagens: maior custo inicial, maior canibalismo, problemas com moscas, difi culdade no tratamento de doenças. Figura 5.7: Aves em gaiolas de postura Fonte: <http://www.bigdutchman.com.br/index.php/produtos/postura-comercial/univent>. Acesso em: 14 maio 2011. Ninhos de aves de postura: • Vantagens: maior conforto e tranquilidade à ave. • Desvantagens: ovos sujos e de menor qualidade. Figura 5.8: Ninhos manuais para matrizes poedeiras Fonte: Lana (2000). 5.2.3 Manejo dos ovos O objetivo de se criar uma boa poedeira é para que ela produza ovos de qualidade. Para tanto, é necessário o manejo adequado desses ovos. A coleta dos ovos pode ser manual ou mecânica, depende da tecnologia da granja. A coleta manual dos ovos deve ser feita várias vezes ao dia e a coleta mecânica ocorre de forma automática, porém, a quebra dos ovos pode che- gar a 4% quando existem falhas nas máquinas. e-Tec BrasilAula 5 – Frangos de corte, poedeiras comerciais e pintos de um dia 65 Figura 5.9: Ovo com rachadura e ovo com mancha. Avaliação do ovo visto através de ovoscópio Fonte: Embrapa (2007). Quando se deseja a produção de ovos férteis para incubação, é necessária a presença do galo para que haja a fertilização. Caso os ovos sejam comercia- lizados como alimento, é dispensável a presença do galo na granja. 1. Uma galinha é dita poedeira por ter a fi nalidade de por ovos. Quais as características físicas de uma boa poedeira? Fonte: <http://animaisnainternet.blogspot.com/p/so-para-os-pequenos.html>. Acesso em: 5 jul. 2011. 5.3 Produção de pintos de um dia A produção de pintos de um dia inicia-se antes da postura, aproximadamen- te 3 horas após a fertilização. O armazenamento dos ovos para posterior incubação deve ser em ambiente com temperatura inferior a zero, não per- mitindo o desenvolvimento embrionário até o início da incubação. O período de incubação do ovo da galinha é de 21 dias e 6 horas (LANA, 2000). O tempo de incubação varia entre as espécies, sendo o peru=28 dias, o pato=30 dias, o ganso=32 dias, o avestruz=42 dias, a codorna=17 dias. No incubatório, os ovos passam por diferentes setores até alcançar a produ- Aviculturae-Tec Brasil 66 e-Tec BrasilAula 5 – Frangos de corte, poedeiras comerciais e pintos de um dia 69 Figura 5.13: Pintinho fêmea (à esquerda) e macho (à direita) Fonte: Lana (2000). 1. Acompanhado do seu tutor presencial, visite uma criação que tenha pin- tinhos e identifi que machos e fêmeas. Resumo Nesta aula, você conheceu o manejo de criação de frangos de corte e de poedeiras. Viu também como ocorre a produção de pintos de um dia em incubatórios. Atividades de aprendizagem 1. Descreva a limpeza e desinfecção do aviário. 2. Quais os desinfetantes mais utilizados? 3. Que materiais podem servir de cama para o aviário? 4. O que compõe um círculo de proteção e qual o seu objetivo? 5. Os frangos recebem diferentes rações de acordo com a idade. Cite qua- tro tipos de ração para frangos de corte. 6. Quais são as fases do período de criação de poedeiras? 7. Descreva a debicagem em poedeiras. 8. Qual o objetivo do controle de luz para poedeiras? 9. Cite características de uma boa poedeira. 10. Quais as vantagens e desvantagens do uso de gaiolas para poedeiras? 11. Descreva a incubação de ovos para produção de pintos de um dia. Aviculturae-Tec Brasil 70 e-Tec BrasilAula 6 – Alimentação e nutrição das aves 71 Aula 6 – Alimentação e nutrição das aves Objetivos Conceituar os nutrientes para alimentação de aves de produção. Defi nir etapas para formulação de ração. Identifi car a fabricação, armazenamento e fornecimento da ração. 6.1 Alimentação Bem, vamos iniciar a nossa aula falando um pouco sobre a alimentação das aves, revendo conceitos e conhecendo quais nutrientes devem ser oferecidos às aves de produção. O objetivo econômico da alimentação das aves produtoras de carne e de ovos é a conversão de alimentos para animais em alimentos para uso huma- no, valorizados pela transformação fi siológica que sofrem (ANDRIGUETTO et al, 1983, p. 47). Fonte: <http://naruadopinheiro.blogspot.com/2011/04/os-ovos-da-dona-rita.html>; http://www.guiasjc.com.br/tangua>. Acesso em: 20 maio 2011. Para melhor compreensão, vamos relembrar a defi nição de alimento, nu- triente, alimentação e conversão alimentar. 6.2 Formulação de ração No Brasil, as formulações de rações para aves são feitas à base de milho e soja processada. O milho representa a fonte de energia e a soja, a fonte de proteína. Figura 6.1: Soja e milho Fonte: <http://www.focuscorretora.com/documents/noticias.php?entry_id=1259007888&title=fechamento-soja-e-milho- cbot>. Acesso em: 19 maio 2011. O primeiro passo da formulação da ração é estabelecer os fatores que afe- tam as exigências nutricionais (ROSTAGNO, 2005). São eles: • raça ou linhagem do animal; • sexo; • estágio de desenvolvimento do animal; • consumo de ração; • nível de energia da ração; • disponibilidade de nutrientes; • temperatura ambiente e umidade do ar; • estado sanitário do plantel. Aviculturae-Tec Brasil 74 O segundo passo é defi nir as etapas para formular a ração. São elas: 1. Identifi car a espécie animal, seu estágio de desenvolvimento, o ambiente (instalações, manejo, temperatura, umidade do ar, nível de tecnologia da granja, estado sanitário do plantel). 2. Retirar, em tabelas apropriadas, as exigências nutricionais da fase em que se vai balancear a dieta. 3. Selecionar, com base em critérios técnicos, os ingredientes que irão com- por a dieta. 4. Prefi xar os suplementos minerais/vitamínicos e os aditivos de acordo com as recomendações dos fabricantes. 5. Utilizar-se de métodos práticos (sistemas de algébricos, quadrado de Pe- arson, planilha do excel, software), calcular os percentuais de cada ingre- diente na dieta. 6. Verifi car os valores dos nutrientes fornecidos na dieta e os das exigências nutricionais. e-Tec BrasilAula 6 – Alimentação e nutrição das aves 75 Tabela 6.3: Sugestão de fórmula de 100 Kg de ração para frango de corte. Ingrediente Ração inicial Ração crescimento Ração fi nal Milho grão 54,381 63,051 65,2125 Farelo de soja 45% PB 30,796 27,216 21,372 Farelo de trigo 10,000 4,303 12,00 Calcáreo calcítico 1,299 1,373 1,450 Fosfato bicálcico 1,738 1,670 1,3285 Sal comum 0,403 0,411 0,4058 DI-metionina 0,117 0,107 0,1211 Caulium ou areia lavada 1,115 1,740 - Premix mineral 0,050 0,050 0,050 Premix vitamínico 0,100 0,080 0,060 Premix vitamínico 100,000 100,000 100,000 Fonte: <http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Ave/SistemaProducaoFrangosCorteColoniais/ali- menta.htm>. Acesso em: 3 jun. 2011. 6.3 Fabricação, armazenamento e fornecimento da ração A ração deve ser feita em local apropriado, geralmente em sala ou galpão de fabricação de ração, que deve estar distante dos galpões de criação, e ter acesso restrito de pessoas e animais para evitar contaminações. Os ingre- dientes, máquinas trituradoras ou forrageiras e misturadores compõem uma sala de fabricação de ração. Figura 6.2: Máquina forrageira e misturador de ração Fonte: <http://www.taqi.com.br/product.aspx?idproduct=2949&idDept=16630>; <http://www.solostocks.com.br/venda- produtos/agricultura-pecuaria/maquinas-agricolas/misturador-de-racao-vertical-para-silagem-de-grao-umido-128139>. Acesso em: 3 jun. 2011. O armazenamento da ração após seu preparo deve ser em silos ou em sacos apropriados. Toda ração e matéria-prima ensacada devem estar armazena- das sobre estrados de madeira ou outros materiais, favorecendo a ventilação e evitando umidade. Figura 6.3: Sacos de farelo de soja armazenados na fábrica de ração Fonte: autoria própria. Aviculturae-Tec Brasil 76 Objetivos Defi nir biosseguridade. Identifi car as principais doenças nas aves de produção. 7.1 Biosseguridade Vamos começar nossa aula falando sobre um assunto muito importante que vem ganhando destaque mundial quando se fala em produção animal. A biosseguridade na produção avícola não poderia faltar na nossa disciplina. As tecnologias empregadas na avicultura moderna facilitam a criação de maior número de aves e em menor área o que leva ao estabelecimento de condições capazes de predispor a ave a diferentes patologias de etiologia infecciosa e não infecciosa (SANTOS; MOREIRA; DIAS, 2009). Como visto na Aula 1 - Introdução à avicultura, o Brasil se destaca como o maior exportador de carne de frango, por trás disso existe um controle de qualidade de produção que abrange todo ciclo de produção, ou seja, desde a seleção do ovo a ser incubado até a ave abatida e embalada. O comércio internacional exige uma adequação com regras para a produção animal na área de segurança e qualidade do alimento. Para o controle de doenças nas aves há dois grupos de medidas: as sanitárias e as médicas. A primeira descreve uma série de ações que visam eliminar o agente causador da doença e evitar a contaminação das aves sadias. A se- gunda medida consiste na terapia ou profi laxia relacionada à doença. Ao iniciar a atividade da avicultura é importante preestabelecer a biossegu- ridade do plantel. e-Tec BrasilAula 7 – Doenças das aves 79 Aula 7 – Doenças das aves Aviculturae-Tec Brasil 80 Biosseguridade? Como assim? O conjunto de práticas ligadas ao isolamento, higiene e vacinação com o objeti- vo de manter criatórios avícolas livres de doenças defi ne a biosseguridade. Isolamento: toda criação avícola deve ter acesso restrito de pessoas, ani- mais e outras aves, evitando que agentes infecciosos penetrem no criatório. Higiene: é uma prática capaz de reduzir a quantidade de microrganismos no ambiente da ave. A limpeza e desinfecção do aviário efetuada logo após a remoção do lote, com as instalações vazias por duas semanas, muitas vezes são sufi cientes para reduzir a frequência de problemas sanitários (SANTOS; MOREIRA; DIAS, 2009). Vacinação: seu foco é impedir a multiplicação do agente infeccioso, prote- gendo a ave de desenvolver a doença ao ser contaminada. O programa de va- cinação pode variar de acordo com as necessidades e com a região da granja. As vias de administração de vacinas nas aves podem ser: água de bebida, ocular, aerossol, membrana da asa, intramuscular, subcutânea, vacinação via embrião também conhecida como in ovo. Por exemplo, o tipo de vacinação mais comum na produção de frangos de corte é a via água de bebida. Geralmente se utiliza produto inibidor do cloro presente na água, pois este poderia inativar a vacina. Logo em seguida, a vacina é diluída em recipiente apropriado junto à água de bebida. Figura 7.1: Recipiente para diluição da vacina Fonte: autoria própria. Figura 7.2: Oferta da vacina aos frangos nos bebedouros Fonte: autoria própria. A vacinação dos frangos deve ser programada. Na vacinação via água de be- bida é importante a não oferta de água minutos que antecedem a vacinação para que a se estimule a sede e o tempo de exposição da vacina seja mínimo. Fonte: <http://www.tecsulninhos.com.br/wp-content/uploads/2011/05/Bioseguran%C3%A7a-011.bmp>. Acesso em: 5 jul. 2011 1. A biosseguridade na avicultura tem o objetivo de manter criatórios aví- colas livres de doenças. O que faz parte dessa biosseguridade? Descreva com suas palavras. e-Tec BrasilAula 7 – Doenças das aves 81 7.2.4 Doença de Gumboro Também chamada de doença infecciosa da bursal, o Gumboro é comum em aves jovens de 3 a 10 semanas. A doença afeta galinhas e perus. A ave elimina o vírus para o ambiente com as fezes e o vírus pode chegar pela contaminação da água, ração, equipamentos, insetos e outros animais. O período de incubação é curto variando de 2 a 3 dias. As aves fi cam pálidas, desidratadas e com hemorragia no tecido subcutâneo. Figura 7.6: Frangas tristes e apáticas. Musculatura da coxa e sobrecoxa com hemorragia Fonte: Santos, Moreira e Dias (2009). Higiene e o uso de vacinas em pintos jovens e em matrizes são algumas me- didas de prevenção dessa doença. 7.2.5 Doença de Marek A doença de Marek é de natureza neoplásica, ou seja, alterações celulares que acarretam um crescimento exagerado das células. Atinge aves jovens e é de transmissão horizontal, por contato direto e indireto. O vírus causa efeito imunodepressor e, consequentemente, os lotes afetados pela doença se tornam mais susceptiveis a outras enfermidades. A doença apresenta-se na forma cutânea, visceral e neural. Figura 7.7: Pé com lesões tumorais na pele e úlceras. Fígado com vários nódulos brancacentos de dimensões variadas. Franga com paralisia espástica das pernas, asas e pescoço Fonte: Santos, Moreira e Dias (2009). Aviculturae-Tec Brasil 84 Vacinação e higiene durante a postura, incubação e manejo são me- didas adotadas de prevenção e controle dessa doença. A vacinação é obrigatória em pintos de um dia. 7.2.6 Bouba aviária Também denominada de varíola aviária, caroço ou pipocas, caracteriza-se por ser uma doença viral contagiosa com erupções na pele. Afeta aves, em geral, de qualquer idade. Apresenta período de incubação de 4 a 10 dias. A transmissão ocorre por contato direto ou através de vetores biológicos ou mecânicos. Há registros de maior incidência da doença no verão devido à proliferação de moscas e mosquitos. Lesões nodulares de tamanhos diferentes e de coloração variando de cor-de- rosa ao cinza-escuro são comuns na bouba aviária. Dependendo da lesão a ave pode morrer por asfi xia ou inanição. Figura 7.8: Pele de regiões desprovidas de penas com lesões nodulares Fonte: http://www.backyardchickens.com/images/diseases/Pox-1.jpg. A vacinação é indicada em pintos de um dia e em aves adultas. As aves que tiverem em produção de ovos não devem ser vacinadas. 7.2.7 Síndrome da cabeça inchada De origem infecciosa a síndrome da cabeça inchada afeta o sistema respira- tório superior causando edema de cabeça e face em aves jovens e adultas e torcicolo com perda de equilíbrio em aves adultas. A transmissão ocorre pelo ar, equipamentos e trânsito de pessoas em locais contaminados. O vírus associa-se com infecções bacterianas secundárias, causadas princi- palmente por Escherichia coli, causando o processo infeccioso. e-Tec BrasilAula 7 – Doenças das aves 85 Os principais sinais clínicos são espirros, conjuntivite, aumento de volume nas regiões periorbitárias, superior da cabeça e inferior da mandíbula. As aves fi cam pelos cantos, apáticas e nas reprodutoras observa-se torcicolo. Figura 7.9: Frango de corte com aumento de volume da parte superior da cabeça. Galinha com torcicolo Fonte: Santos, Moreira e Dias (2009). Como prevenção, deve-se melhorar as condições do ar do interior do gal- pão, higiene das instalações e minimizar as condições de estresse nas aves. 7.2.8 Salmoneloses Salmoneloses aviárias são doenças agudas ou crônicas causadas por bacté- rias do gênero Salmonella. São microrganismos patogênicos para o homem e outros animais, causando doença clínica e intoxicações alimentares. O pe- ríodo de incubação é de 3 a 10 dias. As aves podem contrair salmonelose via ovo, através do ovário ou penetra- ção da bactéria na casca do ovo, ou via aparelho digestório ou respiratório quando aves infectadas eliminam bactérias junto às fezes que contaminam o alimento, água e ar. Nos sinais clínicos, observa-se difi culdade respiratória, diarreia branca, arti- culações aumentadas de volume, torcicolo e paralisia. Aviculturae-Tec Brasil 86 7.2.11 Ectoparasitoses Em criatórios avícolas com manejo sanitário precário é comum a presença de parasitas externos ou ectoparasitas. Os mais comuns das aves são provoca- dos por ácaros, piolhos e argas ou carrapato de galinha. Esses parasitas afetam a produção de ovos e tornam as aves susceptíveis a outras doenças. Os sinais clínicos dependem do tipo de parasita envolvido, podendo ocorrer anemia, queda na produção de ovos e de peso, descamação e depenamento na região afetada, inquietude e até a morte da ave. Figura 7.13: Pele com piolhos-de-galinha Fonte: Santos, Moreira e Dias (2009). A higiene das instalações e arredores e o uso de inseticidas são medida de controle e prevenção desses parasitas. 7.2.12 Coccidiose Doença parasitária que causa moléstias nos intestinos das aves. Causada por um protozoário do gênero Eimeria, as aves adquirem a doença ao ingerir oocistos que podem estar na ração, água e cama. É uma doença comum em criações soltas em lugares úmidos ou quando alojadas em alta densidade. As aves fi cam pálidas com queda na produção, diarreia aquosa ou sanguinolenta e penas eriçadas. e-Tec BrasilAula 7 – Doenças das aves 89 Figura 7.14: Frango de corte com diarreia e desidratação. Reto com conteúdo de sangue e desprendimento da mucosa Fonte: Santos, Moreira e Dias (2009). No controle da coccidiose são utilizadas medidas de biossegurança a fi m de evitar a entrada de oocistos no galpão, uso de drogas anticoccidianas junto às rações e vacinas. 7.2.13 Raquitismo O raquitismo é uma doença metabólica generalizada caracterizada por me- nor mineralização da matriz óssea com redução de cálcio e fósforo. Pode ocorrer devido à pouca ingestão desses minerais ou por problemas metabó- licos, desequilíbrio nutricional, endócrino ou fi siológico. Atinge as aves nas duas primeiras semanas de vida ocorrendo retardo no crescimento, ossos e bicos moles e fl exíveis, difi culdade locomotora, articu- lações aumentadas de volume. Figura 7.15: Aves jovens com bico mole e fl exível Fonte: Santos, Moreira e Dias (2009). Aviculturae-Tec Brasil 90 A suplementação de minerais pode evitar o aparecimento do raquitismo em aves. A falta de manejo sanitário implica no aparecimento de várias doenças entre elas as causadas por parasitas. Quais os parasitas mais comuns na avicultura e quais os danos causados por eles? Resumo Nesta aula, você conheceu o conceito de biosseguridade e identifi cou as principais doenças das aves com seus sintomas e medidas de controle. Atividades de aprendizagem 2. O que são medidas sanitárias e médicas? 3. Defi na biosseguridade. 4. Descreva a higiene, isolamento e vacina das aves. 5. Quais as vias de administração de vacinas nas aves? 6. Cite e descreva sobre duas doenças das aves causadas por vírus. 7. Qual a doença cuja vacinação é obrigatória em pintos de um dia? 8. Qual doença das aves pode transmitir microrganismos patogênicos para o homem? 9. Fale sobre a doença causada pelo protozoário do gênero Eimeria. 10. Quais os parasitas externos mais comuns das aves? 11. Descreva o raquitismo nas aves. e-Tec BrasilAula 7 – Doenças das aves 91 e-Tec Brasil 94 Jackelline Ost, Médica Veterinária formada pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), especialista em Vigilância Sanitária. Professora Pesquisadora e Conteudista do Programa e-Tec Brasil CAF/UFPI desde 2010. Experiência profi ssional na área de Produção Animal, com ênfase em Avicultura e Suinocultura, e Patologia Clínica Veterinária, com publicações na área. Currículo do professor-autor CAF UFPI Avicultura Jackelline Cristina Ost Lopes Técnico em Agropecuária 01_Capa_Avicult_A.indd 1 29/09/11 15:45
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