Baixe precipitação do trimestre PB e outras Notas de estudo em PDF para Meteorologia, somente na Docsity! A PRECIPITAÇÃO DO TRIMESTRE MAIS CHUVOSO NA PARAÍBA EM 2012 Rafaella de Araújo Aires Vilar 1 , Manoel F. Gomes Filho 2 , Leydson Galvincio Dantas 1 , Raimundo Mainar de Medeiros 3 . 1 – Estudante de Meteorologia, UFCG – Campina Grande, rafaella.vilar@hotmail.com leydsongalvincio@hotmail.com 2 – Professor doutor UACA, UFCG – Campina Grande, mano@dca.ufcg.edu.br 3 – Doutorando Meteorologia, UFCG – Campina Grande, mainarmedeiros@gmail.com RESUMO: Estudou-se a precipitação observada nos meses de fevereiro a abril, o trimestre mais chuvoso no Estado da Paraíba, na tentativa de se estabelecer uma comparação com os valores esperados (média de longo período) nesses meses, considerando-se as várias subregiões do estado, verifica-se o núcleo central que compõe o Sertão, Cariri e Curimataú, foram os que apresentaram os maiores desvios negativos especialmente no mês de março. Isto se deveu basicamente ao fato de a tsm do Atlântico se apresentar mais fria que a média, isto manteve a ZCIT (responsável pelas chuvas do período chuvoso do trimestre) ao norte do equador nesse período, inibindo as chuvas. Palavras chave: Chuva, ZCIT, Climatologia, Nordeste do Brasil. ABSTRACT: : We studied the observed precipitation in the months February to April, the wettest quarter in the State of Paraíba, in an attempt to stablish a comparison with the expected values (average over long period) during these months, considering the various subregions of the state, there is the core that makes up the Sertão, Cariri and Curimataú, were those with the largest negative deviations especially in the month of March. This was basically due to the fact it’sthat the present Atlantic tsm being colder than average, it kept the ITCZ (it is responsible for the rainy period of the quarter) north of the equator during this period, inhibiting rainfall. Keywords: Rainfall, ITCZ, Climatology, Northeast Brazil. 1 – INTRODUÇÃO: O Estado da Paraíba, devido a sua localização geográfica, apresenta basicamente dois regimes principais de precipitação, um iniciando em fevereiro e estendo-se até abril e outro com início no mês de maio e estendendo-se até julho. O primeiro regime, é o responsável pela estação chuvosa das regiões do sertão, cariri e curimataú. O segundo regime, responde pelas chuvas das regiões do litoral, agreste e brejo. Essa configuração as vezes apresenta alguma vantagem, uma vez que raramente, as chuvas são uniformes sobre todas as regiões e daí que se um regime não está bem configurado com abundancia de chuvas, o outro pode ajudar como numa ção cooperativa. O objetivo desse trabalho é verificar as contribuiçoes desses regimes para a precipitação na Paraíba no ano 2012 e quantizar os desvios com relação à média histórica. 2 – DADOS E METODOLOGIA: Os dados utilizados nesse trabalho são valores da precipitação total mensal para os meses de fevereiro a abril cedidos pela AESA/PB, os dados climatológicos, médias mensais para o mesmo período publicados na página web da Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas – www.dca.ufcg.edu.br/clima, da UFCG. Utilizou-se de métodos estatísticos simples para determinar os desvios com relação à média e o aplicativo gráfico SURF7 para a vizualisação dos resultados e posterior análise. 3 - RESULTADOS E DISCUSSÃO: Observa-se através da figura 1, os mapas de climatologia mensal e os valores observados para os meses de fevereiro, março e abril de 2012. No mês de fevereiro (figuras 1- A e 1- B), verificou-se que a precipitação manteve-se de acordo com o esperado para este mês; isto foi devido à ocorrência das manifestações de eventos convectivos locais e episódios da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) que no entanto, atuou ao norte de sua posição climatológica. Em março (figuras 1- C e 1- D), notou-se que entre o final de fevereiro e início de março a Oscilação Madden-Julian (OMJ) explicou parte do déficit pluviométrico observado no setor norte da Região Nordeste. Em abril (figuras 1-E e 1-F), a ZCIT continuou oscilando preferencialmente mais ao norte de sua posição climatológica. O padrão de águas superficiais frias que é o normal na região equatorial do Atlântico foi o principal fator responsável por esta atuação mais ao norte da ZCIT, e com o auxilío das circulações ciclônicas anômalas e persistentes nos níveis mais altos da atmosfera.
