Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

12 - insights - sobre - sustentabilidade, Manuais, Projetos, Pesquisas de Relações Públicas

Coletânea de artigos produzidos por alunos do 3° e 4° período de Relações Públicas,voltados para o tema sustentabilidade

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2012

Compartilhado em 02/12/2012

joyce-grazielle-2
joyce-grazielle-2 🇧🇷

1 documento

Pré-visualização parcial do texto

Baixe 12 - insights - sobre - sustentabilidade e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Relações Públicas, somente na Docsity! 1 2 Coordenação Geral, Supervisão Editorial e Revisão Wilson Domingos Mingote Júnior Produção Editorial, Diagramação e Designer de Miolo Thiago Nicácio Projeto Gráfico Igor Botelho de Paula Apoio Institucional Anhanguera Educacional Participações S.A. Edição Especial Gratuita - 2012 Nota Esta é uma publicação independente e não tem vínculo financeiro- econômico com as organizações citadas nos estudos. A futura comercialização desta obra compete exclusivamente aos autores e ao coordenador geral do projeto, ou às pessoas e organizações autorizadas por estes. Belo Horizonte – MG - Brasil Esta edição, resultado da coletânea de diversos trabalhos técnicos – científico, não possui fins lucrativos e sua distribuição é gratuita, sendo vedada a sua venda. Fica autorizada a reprodução do texto, no todo ou em parte, desde que se não altere o sentido, bem como seja citada a fonte. O conteúdo de cada trabalho técnico – científico é de inteira responsabilidade dos seus autores e co-autores. 5 INSIGHT DE ABERTURA 12 INSIGHTS SOBRE SUSTENTABILIDADE: O PROJETO! 12 INSIGHTS ABOUT SUSTENTABILITY: THE PROJECT! A ambição humana por acúmulo de riqueza, o mau uso dos recursos naturais, o crescimento populacional e as infindáveis crises econômicas mundo afora são alguns dos fatores que tem comprometido a sustentabilidade seja ela social, cultural, financeira ou ambiental. Dentre os questionamentos, talvez o mais pertinente seja “onde ou quando foi que perdemos o controle?”. Será que essa problemática surgiu com o nascimento do capitalismo? Ou será que mesmo em épocas de escambo a humanidade já padecia deste mal? Indubitavelmente, o ano de 2012 pode ser considerado como o ano da sustentabilidade. Esse título, porém, não se deve à evolução e implementação de ações sustentáveis por parte das nações, mas ao fato de que tem sido um período de desenvolvimento nas discussões sobre a temática. É com extremo prazer que apresento esta obra coletiva chamada “12 Insights sobre Sustentabilidade”, nascida nos seios da academia e que agora toma forma e contribui com a democratização do acesso ao conhecimento, estando disponível para download sem qualquer custo para todos os interessados no assunto. Apesar de ser uma obra genuinamente acadêmica, o livro tem uma linguagem acessível e de fácil compreensão, onde indivíduos com diferentes níveis de instrução podem se deliciar e debruçar sobre um tema que é pertinente a qualquer pessoa que se interesse pelo futuro do planeta terra. 6 Importante ressaltar que todos os artigos encontrados no corpo principal desta obra são fruto de uma pesquisa feita pelos estudantes do curso de Relações Públicas, da Faculdade Anhanguera de Belo Horizonte, junto a empresas sediadas no estado de Minas Gerais. Os resultados das pesquisas foram analisados e compilados textualmente para facilitar a compreensão do leitor. Vale pontuar que os desafios encontrados no percurso deste projeto foram inúmeros, mas nada comparado à satisfação de presenciar o surgimento de uma obra prima, feita com esmero e dedicação por estudantes empenhados e preocupados com o futuro e com o desenvolvimento sustentável do mundo. Finalmente, na condição de mediador deste trabalho, parabenizo a todos os envolvidos nesse brilhante projeto, em especial aos meus alunos (autores), que não mediram esforços para cumprir com o cronograma apertado e, sobretudo, que não recuaram um só segundo, acreditando assim no projeto de um professor sonhador. Aos leitores deixo o meu apreço e a garantia de que vocês estão diante de uma excelente produção acadêmica, realizada com o propósito de contribuir, mesmo que minimamente, ao progresso responsável do nosso planeta. Ótima leitura a todos! Professor Wilson Mingote Idealizador e Orientador do Projeto “12 Insights sobre Sustentabilidade” INSIGHT %01 'ações sustentáveis praticadas pela empresa MRV engenharia! 10 SUSTENTABILIDADE Segundo GONÇALVES (2010, p.19) o conceito sustentabilidade foi abordado pela primeira vez em 1979 na (AGNU) Assembleia Geral das Nações Unidas, por Brundtland, primeira ministra norueguesa. A ministra elaborou um relatório que foi nomeado Nosso Futuro Comum, que abordava a relação do homem com a natureza com a finalidade de desenvolver o presente sem comprometer o futuro das próximas gerações. O tema sustentabilidade tornou-se muito abrangente e de grande importância para a sociedade mundial. De acordo com a tese do pesquisador e ambientalista, James Ephraim Lovelock (1969), o planeta é um ser vivo e possui a capacidade de auto-sustentação, ou seja, é capaz de gerar, manter e alterar suas condições ambientais. A sustentabilidade esta diretamente relacionada com o desenvolvimento econômico e material sem que o meio ambiente seja agredido, e utilizam recursos naturais de maneira inteligente para que ele seja mantido futuramente. O conceito de desenvolvimento sustentável é questão de puro bom senso, porém ao tentar aplicar no nosso dia a dia, se torna completamente complexo e controvertido. Para que possamos aplicar tal desenvolvimento é necessário que sejam feitas algumas mudanças fundamentais na forma de como pensar, como viver, produzir e consumir. SUSTENTABILIDADE X CONSTRUÇÃO CIVIL A competitividade no setor de construção civil é muito grande e isso faz com que as empresas descartem os materiais utilizados por elas de maneira mais rápida e econômica. Tal atitude faz com que aumente cada vez mais a preocupação com o meio ambiente, o que leva as empresas a buscarem uma reestruturação de técnicas mais viáveis de reaproveitamento desses materiais. 11 O setor de construção civil é reconhecido como uma das mais importantes atividades de desenvolvimento econômico e social, mas também é visto como grande gerador de impactos ambientais, seja pelo consumo de recursos naturais, pela modificação da paisagem ou pela geração de resíduos. O ambiente é modificado pelo homem em um curto período de tempo. No Brasil essas mudanças estão acontecendo com uma frequência muito grande devido à copa do mundo de 2014, onde prédios estão sendo construídos, estádios de futebol reformados, além de diversos imóveis que são erguidos diariamente. Em entrevista a revista Infra Facility Property (Ed. 140, março/2012), o diretor das empresas C&W, João Alves Pacheco, disse que a aderência dos estádios sustentáveis para a Copa do mundo são itens que irão contribuir para um avanço ainda maior nesta questão. “A sustentabilidade e os prédios verdes estão diretamente relacionados com a Operação e Manutenção de qualidade, indo ao encontro das novas legislações, das mudanças climáticas; a certificação vem para complementar. Os prédios são procurados por sua eficiência, pelo conforto, e os quesitos „verdes‟ contribuem para isso e para uma maior competitividade dos negócios e da imagem do imóvel e dos seus inquilinos”, completa Pacheco. A adesão às medidas sustentáveis nas empresas de construção civil pode trazer resultados positivos para a imagem da companhia e agregar valor a produtos e serviços. Segundo entrevista à Revista Premier Business (Ed. 4, dezembro/2010) Ricardo Guggisberg, organizador da Eco Business Show, uma das maiores feiras sobre sustentabilidade do Brasil, afirma que “sustentabilidade não é mais uma tendência, é a ideologia do século XXI. Fazer parte desta cadeia significa atrelar a marca a uma iniciativa social, investir no futuro, expandir os horizontes dentro do mercado corporativo, além da receita financeira que tem. É importante lembrarmos que a sustentabilidade passou a ser o quarto item de importância ao consumidor em relação à aquisição do produto ou contratação de um serviço. A sustentabilidade é um dos conceitos mais significativos da atualidade, porque 12 influencia a abordagem global de recursos energéticos, indústria, comunidade, economia e governo”. PRÉDIOS SUSTENTÁVEIS Com o conceito de que as gerações futuras poderão enfrentar grandes dificuldades devido aos claros sinais de degradação ambiental e os fortes indícios de que os recursos naturais estão ameaçados, os profissionais de construção civil começaram a projetar os chamados “prédios sustentáveis”. Esses prédios são planejados para reduzir os impactos no meio ambiente, agredindo de forma mínima o local onde estão sendo construídos. Além disso, os materiais utilizados para a construção dos prédios devem possuir a certificação e a garantia de produção sem nenhum tipo de degradação ao meio ambiente. O lixo que é produzido nos prédios sustentáveis também possui destino certo. A forma de descarte desse lixo é planejada para que o impacto ao meio ambiente seja mínimo e de acordo com a situação do local onde o prédio foi erguido. De acordo com o jornal Estadão de 12 de Julho de 2012 na sessão Opinião, o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking mundial de construções sustentáveis, tendo o primeiro prédio sustentável construído em 2004, com o uso de materiais e técnicas sustentáveis, mas foi apenas após três anos, que a indústria da construção conquistou a certificação no USGBC (U.S. Green Building Council). O ranking é liderado pelos Estados Unidos, com um total de 40.262 construções sustentáveis, seguido pela China, com 869, e os Emirados Árabes com 767. O Brasil aparece em quarto lugar com o total de 526 empreendimentos sustentáveis, sendo 52 certificados e 474 em processo de certificação no USGBC. Conforme matéria publicada no portal “Eu sou Famecos” da Universidade PUC de RS, a assessora do Instituto do Meio, Letícia Hotte, afirma que preocupação em possuir uma empresa com valores sustentáveis cresceu 15 CAMINHOS SUSTENTÁVEIS. Disponível em: <http://www.revistapremierbusiness.com.br/site/Post/Post.aspx?id=1643> Acesso em 01 out. 2012. COMPROMISSO PARA ONTEM... COM OLHOS NO AMANHÃ. Disponível em: <http://www.revistainfra.com.br/textos.asp?codigo=10313>. Acesso em 01 out. 2012. CONSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS. Disponível em: <http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,construcoes-sustentaveis- ,899177,0.htm>. Acesso em 11 out. 2012. EMPRESAS ADEREM À SUSTENTABILIDADE. Disponível em: <http://www.eusoufamecos.net/editorialj/sustentabilidade-em-alta/>. Acesso em 11 out. 2012. FALANDO DE SUSTENTABILIDADE- PRATICANDO OS 3 R’S. Disponível em: <http://blog.huberg.com.br/2011/09/falando-de- sustentabilidade.html>. Acesso em 30 set. 2012. GONÇALVES R. M. F. Conflito entre as determinações da convenção sobre a diversidade biológica e as regras do acordo trips. 2010. SILVA, Christian Luiz. Desenvolvimento sustentável – Um modelo analítico, integrado e adaptativo. Vozes: Petrópolis, 2006. VAHAN, AGOPYAN, VANDERLEY M. JOHN, Coordenador JOSÉ GOLDEMBERG. O desafio da sustentabilidade na construção civil. Blucher: São Paulo. INSIGHT 702 'coleta seletiva: a distância entre a ideia e a prática” 17 INSIGHT #2 COLETA SELETIVA: A DISTÂNCIA ENTRE A IDEIA E A PRÁTICA SELECTIVE COLLECTION: THE DISTANCE BETWEEN THE IDEA AND THE PRACTICE Andréia Cristina* Ghleyka Oliveira* Janaina Sinara* Joberth Heslander* Wilson Domingos Mingote Junior** Resumo Um dos assuntos mais explanados hoje em dia pela sociedade é a sustentabilidade, uma palavra com um significado muito amplo. Atualmente esse assunto é abordado, pois está cada vez mais evidente o desgaste dos recursos naturais. Uma maneira de diminuir esse impacto de consumo exagerado dos recursos pela sociedade, é a pratica da coleta seletiva, que tem como objetivo a separação dos resíduos e a reutilização dos mesmos. Essa prática colabora para a recuperação dos recursos naturais e também gera emprego e renda. O objetivo desse estudo é pesquisar o nível de conscientização dos moradores do bairro Nova Cintra em relação à coleta seletiva. Palavras-Chave: Sustentabilidade. Coleta Seletiva. População. Pesquisa. *Acadêmicos do curso de Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2 ** Orientador: Professor da disciplina Pesquisa de Mercado da Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2 20 sete) por meio de invasões dos terrenos, ação feita por famílias pobres, e com o tempo a região foi se urbanizando. Houve uma percepção, por parte dos pesquisadores, sobre a deficiência do nível de conscientização dos moradores do bairro em relação à prática da coleta seletiva. Segundo José Carlos 2002 pg 12: A implantação da coleta seletiva começa com uma experiência-piloto, que vai sendo ampliada aos poucos. O primeiro passo é a realização de uma campanha informativa junto à população, convencendo-a para que separe o lixo em recipientes para cada tipo de material. É aconselhável distribuir à população, ao menos inicialmente, recipientes adequados à separação e ao armazenamento dos resíduos recicláveis nas residências (normalmente sacos de papel ou plástico). A instalação de postos de entrega voluntária em locais estratégicos possibilita a realização da coleta seletiva em locais públicos. A mobilização da sociedade, a partir das campanhas, pode estimular iniciativas em conjuntos habitacionais, shopping centers e edifícios comerciais e públicos. Pretende-se com a elaboração dessa pesquisa, identificar a relevância do tema abordado para a população. METODOLOGIA A técnica do grupo focal consiste em uma entrevista, onde há a presença de seis a doze pessoas, as mesmas não podem ser familiares umas das outras, e é necessário que tenham características comuns ao tema da pesquisa. A essência do grupo focal está na interação entre os participantes e o pesquisador, que tem por objetivo colher dados concernentes à discussão do tema da pesquisa. O moderador do grupo focal levanta assuntos identificados num roteiro de discussão e usa técnicas de investigação para buscar opiniões e experiências dos entrevistados. Nesta pesquisa, foi utilizada a metodologia do grupo focal por ela proporcionar uma grande riqueza de informações qualitativas. Foram 21 entrevistadas seis pessoas, duas do sexo masculino e quatro do sexo feminino. Para a realização da pesquisa, foi empregado um roteiro de pesquisa com quatro tópicos, onde cada entrevistado pôde expor seu ponto de vista sobre cada um deles. Foram feitas perguntas objetivas e de fácil compreensão. O grupo entrevistado concordou com a gravação da entrevista e esteve ciente da preservação de sua imagem. PLANO DE TRABALHO Para essa pesquisa sobre coleta seletiva e elaboração deste artigo optou-se pelo método de pesquisa qualitativo e quantitativo. Utilizou-se a técnica do grupo focal. A primeira parte da pesquisa foi feito um pré-teste onde entrou-se em contato com alguns moradores do bairro Nova Cintra para saber a opinião dos mesmos a respeito do tema da pesquisa. Após as informações colhidas no pré-teste, deu-se início à etapa final desta pesquisa que consiste na coleta de dados, em entrevista, em um grupo focal no total de 6 (seis) pessoas moradores do bairro Nova Cintra na região oeste de Belo Horizonte. Informações sobre a composição deste grupo de entrevistados: Tabela – Composição do Grupo de Entrevistados Categoria Quantidade De 17 á 20 anos 2 De 21 á 26 anos 3 De 40 anos 1 Total: 6 pessoas 22 MENSURAÇÃO DOS RESULTADOS Os dados estatísticos e qualitativos da pesquisa, coletados por meio dos questionários de pré-teste e de aplicação final de acordo com os entrevistados, apontam que a coleta seletiva é importante. Os entrevistados foram surpreendidos com o tema sustentabilidade, pois, demonstraram não conhecer o conceito da palavra. Apesar da falta de conhecimento sobre o tema, os mesmos conseguiram corresponder à proposta da pesquisa. Afirmaram que deveria existir uma maior conscientização por parte dos habitantes. Um total de 60% (sessenta por cento) dos entrevistados praticam algum tipo de ação sustentável em suas residências, como por exemplo, o reaproveitamento de pneus para confecção de puffs, e também o reaproveitamento do óleo de cozinha para fabricação de sabão caseiro. Um total de 40% (quarenta por cento) não pratica nenhuma ação sustentável em casa. 100% (cem por cento) das pessoas entrevistadas reconhecem a importância da coleta seletiva e apóiam à implantação desse sistema em seu bairro. REFERÊNCIAS ELABORAÇÃO DE TÉCNICAS DE PROJETO. Disponível em: <http://www.tecnologiadeprojetos.com.br/banco_objetos/%7B9FEA090E-98E9- 49D2-A638- 6D3922787D19%7D_Tecnica%20de%20Grupos%20Focais%20pdf.pdf>. Acessado em: 22 de Outubro de 2012. ELABORAÇÃO DE TÉCNICAS DE PROJETO. Disponível em: <http://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/ies/article/download/330/252>. Acessado em: 22 de Outubro de 2012. GRIMBERG, Elisabeth; BLAUTH, Patrícia. COLETA SELETIVA: RECICLANDO MATERIAIS, RECICLANDO VALORES. São Paulo: Pólis, 1998. 25 INSIGHT #3 AÇÕES SUSTENTÁVEIS DA FÁBRICA MATE COURO SUSTAINABLE ACTIONS OF MATE COURO FACTORY Claudinéa Elias* Daniela Michelle* Jacó Mota* Rúbia Rodrigues* Wilson Domingos Mingote Junior** Resumo Este Artigo se propõe a apresentar as ações de sustentabilidade da Fábrica Mate Couro, no reaproveitamento de resíduos e ou garrafas Pet, sendo uma empresa genuinamente Brasileira que utiliza matéria prima natural, Guaraná e Chapéu de Couro. O objetivo é investigar como é feito o reaproveitamento de resíduos da Fábrica, desde a visão da empresa sobre a sustentabilidade, até o destino final dos produtos reutilizáveis. A pesquisa se caracteriza como descritiva e qualitativa. Utilizou-se da análise de questionários enviados ao setor de gestão de qualidade. Palavras-Chave: Sustentabilidade. Fábrica. Garrafas. Qualidade. *Acadêmicos do curso de Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2 ** Orientador: Professor da disciplina Pesquisa de Mercado da Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2 26 Abstract This article aims to present the sustainability actions Matte Leather Factory, and the reuse of waste or pet bottles, being a genuinely Brazilian company that uses natural raw material, Guarana and Leather Hat. The objective is to investigate how is the reuse of waste from factory, since the company's vision on sustainability, to the final destination of reusable products. The research is characterized as descriptive and qualitative. We used analysis of questionnaires sent to industry quality manangement. Keywords: Sustainability. Factory. Bottles. Quality. INTRODUÇÃO Com o desenvolvimento das tecnologias e das formas de extração e de consumo, visando a preservação dos ecossistemas e do meio ambiente, a necessidade de readaptar os modelos empresariais, a fim de atender a demanda do mercado consumidor e de preservar o meio, faz com que as empresas sejam forçadas a buscar formas de reduzir os impactos ambientais. Diante deste novo panorama, o desenvolvimento deve estar associado com a sustentabilidade, que segundo o site Sua Pesquisa quer dizer: Sustentabilidade é um termo usado para definir ações e atividades humanas que visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas gerações. Ou seja, a sustentabilidade está diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico e material sem agredir o meio ambiente, usando os recursos naturais de forma inteligente para que eles se mantenham no futuro. Seguindo estes parâmetros, a humanidade pode garantir o desenvolvimento sustentável. 27 O QUE É SUSTENTABILIDADE? Sustentabilidade hoje é uma palavra muito comum, se tornou algo acessível por meio de divulgações de grandes empresas tanto na TV, no rádio, jornais e revistas. É algo muito familiar no nosso dia-a-dia, ”mas o que é sustentabilidade?”. De acordo com o relatório Brundland, (1987) da ONU (Organização das Nações Unidas): “desenvolvimento sustentável é aquele que atende as necessidades das gerações atuais sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atenderem as suas necessidades e aspirações”. O conceito de desenvolvimento sustentável surgiu a partir do reconhecimento que os recursos naturais são finitos: “Antes disso, vivíamos ainda na confortável ilusão de dispor uma natureza sempre generosa e fértil, a possibilitar um progresso infinito”. (Da Veiga, Zatz, 2008, p.10) É necessária que a geração atual repense sua visão sobre a produção e consumo de forma consciente de recursos ou produtos acessíveis a ela, de forma a minimizar os impactos no meio ambiente, para que as próximas gerações possam usufruir dos recursos hoje disponíveis. O Tema sustentabilidade trouxe às empresas a necessidade de repensarem seu comportamento, hoje traz para as empresas uma imagem de desenvolvimento de se importar com o planeta e até mesmo de estarem atualizadas. Uma empresa bem resolvida não deixa de ser bem antenada, isso ela geralmente transmite não só em seus comerciais ou no relacionamento com cliente, mas também no tema sustentabilidade, que acabou virando uma forma de marketing sustentável. Alguns dos países começaram a se importar com a sustentabilidade a mais de 2 séculos atrás, mas só começaram a agir nos anos 90. Uma das reuniões internacionais que ficaram marcadas nos anos 90 foi a ECO-92, que reuniu o maior número de chefes de estados, personalidades e autoridades do mundo todo e foi um dos maiores públicos já reunidos pela ONU. A Rio+20 aconteceu este ano, o grande evento a favor da sustentabilidade aconteceu durante uma semana 30 refrigerante Mate Couro e engarrafando a linha completa da Antarctica.O refrigerante Mate Couro conquistou o gosto dos mineiros e cada vez mais vem ganhando força no mercado. Segundo o jornal o Florense o guaraná foi distribuído em Nova York, Miami e Boston entre 2001 e 2006 e teve uma boa aceitação. Mesmo com a forte concorrência das multinacionais, as indústrias regionais sobrevivem. Abrangendo e satisfazendo seu público, seja por recordações de infância ou pelo apelo de regionalidade. As pessoas que experimentam o refrigerante mate couro adoram e continuam consumindo, pois este tem um sabor suave que agrada a todos. De acordo com o DOM (Diário Oficial do Município de Belo Horizonte) há previsão de lançamentos para 2012. Ainda de acordo com o jornal, o presidente Arthur Eduardo Savassi Biagioni, afirma que “procurou empregar o melhor dos seus esforços para sustentar uma situação a quanto equilibrada, trazendo em dia os nossos compromissos comerciais, fiscais e trabalhistas”. Buscando incentivar as vendas e fazer o melhor para que houvesse um razoável equilíbrio, zelando também pela manutenção do Patrimônio, bem como a qualidade dos produtos. Tiveram ainda que atender as reivindicações dos funcionários. Visto que muito colaboraram para as atividades. “Contando também com a compreensão e colaboração dos Acionistas, fornecedores e outras pessoas e amigos, que sempre ajudaram”. HISTÓRIA DO SETOR No ano de 1904, iniciou-se a trajetória do setor de refrigerante no Brasil. Neste mesmo ano, foi fundada a 1ª indústria na região, a comercialização o produto. O sucesso com a fabricação do produto foi tanta que um ano depois, no dia 26 de outubro fundou-se a ABIR 9 associação Brasileira Das Industrias De Refrigerantes) na cidade do Rio De Janeiro ( RJ), na época capital federal do 31 Brasil. A associação também é responsável por aprimorar e garantir a prosperidade do setor de bebidas alcoólicas, assim como empresas que produzem chás, sucos, mates, isotônicos, energéticos, água mineral e água de coco. Todas essas empresas representam juntas 75% da produção nacional do setor de acordo com a pesquisa. Além disso, a ABIR preocupa- se com o meio ambiente e qualidade de vida, promovendo esporadicamente ações em parceria com prefeituras municipais. Entre pequenas e grandes empresas s concorrência é acirrada, e mesmo assim as pequenas empresas sobrevivem. Neste caso o que fala mais alto é a tradição da empresa e a sua imagem com a marca do produto representado, que vem desde os pais, passando para os filhos, netos e todas as demais gerações. Em determinadas regiões do PIS as bebidas nacionalmente conhecidas perdem o espaço para s criações locais. Segundo Rafael Stefanon economista da AFEBRAS (Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil), os refrigerantes regionais correspondem cerca de 20% do mercado, quando este é medido em quantidade/volume. Atualmente existem aproximadamente 240 pequenas empresas regionais fabricantes de bebidas no país. Segundo Stefanon, as empresas que atuam com bebidas regionais, acabam se limitando ao mercado, por não possuírem investimentos o suficiente para expandirem o seu negócio, ficando assim limitada aos setores industriais de bebidas. Mas, contudo criam uma grande e forte parceria com os consumidores regionais, “gerando emprego e renda local”. São este tipo de estratégia que as pequenas empresas no setor, lidam com a concorrência, criando bons laços com a regiões onde atuam, mesmo sabendo que são pequenas, sabem brigar pelo seu espaço no mercado, seja ele qual for. Neste termo as empresas que atuam em regiões, criam este laço de mercado, por adaptarem sabores da região, onde empresas de grande porte não vêem lucratividade neste meio, assim acabam gerando uma conformidade maior 32 de mercado e marca do produto, produzindo sabores diversificados e típicos da região. Os refrigerantes Mate-Couro, por sua vez é um dos mais conhecidos em todo o estado de Minas Gerais. O Mate-Couro Tradicional possui em seus ingredientes extrato vegetal de erva mate e chapéu - de- couro além do extrato vegetal de guaraná. O chapéu-de-couro (Echinodorus macrophyllus) nome cientificamente usado, é um dos ingredientes mais tradicionais na linha dos refrigerantes Mate Couro, cujo sua origem é de planta comum a beira dos rios brasileiros, chamado também de chá- mineiro, chá-de-campanha, erva-do- pântano e erva-do-brejo, onde sua dimensão é de 1m podendo chegar até 1,5m com flores hermafroditas bastante numerosas. Estudo realizado no Instituto Oswaldo Cruz (IOC) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) comprovou, por meio de testes in vitro e em animais, o efeito vasodilatador do extrato da planta brasileira Echinodorus Grandiflorus, popularmente conhecida como chapéu-de-couro. Se confirmado o mesmo efeito em humanos, o composto poderá ser usado no tratamento crônico da hipertensão arterial. O chapéu-de-couro, planta encontrada em todo o Brasil, principalmente na região Sudeste, já era usado popularmente no tratamento da hipertensão arterial. METODOLOGIA COLETA Baseado no tema e nas informações que o grupo necessita, ficou definido que a pesquisa terá como base a Metodologia Descritiva, pois novos dados serão buscados, o método que será utilizado é da Pesquisa Qualitativa. O grupo tem como objetivo saber a visão da Fábrica Mate Couro, funcionários e seu público de relacionamento sobre a importância e a necessidade da Sustentabilidade. MENSURAÇÃO DOS RESULTADOS 35 TUBAÍNAS E AFINS. Disponível em: <http://www.tubainaseafins.com.br/noticias.asp?id=83 > Acesso em 20 de Nov. de 2012. INSIGHT $04 “sustentabilidade e imagem corporativa: uma relação de lucro?' 37 INSIGHT #4 SUSTENTABILIDADE E IMAGEM CORPORATIVA: UMA RELAÇÃO DE LUCRO? SUSTAINABILITY AND CORPORATE IMAGE: A RELATIONSHIP OF PROFIT? Adrielly Juliana Honorato Fernandes* Alan Duarte da Silva* Shayene Simone de Sousa * Wilson Domingos Mingote Junior ** Resumo Na atualidade, um dos temas em maior evidência e causador de um debate utópico é “sustentabilidade”. Abordada por diversos teóricos e nos mais amplos conceitos da interdisciplinaridade, o termo a cada ano vem ganhando novas dimensões e conceituações. Este trabalho aborda o tema em um de seus contextos mais polêmicos: a relação da sustentabilidade e o possível lucro obtido através da associação com a imagem das organizações. No texto que se segue foi traçado um paralelo que teve como objetivo explicitar essa relação. Palavras-Chave: Sustentabilidade, lucro, imagem corporativa * Alunos do curso de Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2 ** Orientador: Professor da disciplina Pesquisa de Mercado da Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2 40 Na definição de Dowling (1986, p. 112) imagem é “o conjunto de significados pelo qual um objeto é conhecido e através do qual o individuo utiliza para descrevê-lo, relembrá-lo e se relacionar. É o resultado da interação com as crenças, ideias, sentimentos e impressões sobre o objeto, sendo que o objeto pode ser substituído por uma marca ou uma organização”. Deste modo, temos a imagem como sendo um fator diretamente ligado a percepção, o que possibilita diferentes visões de acordo com cada indivíduo ou grupo de indivíduos. A imagem, segundo Boulding (1956, p. 5-6) é considerada como “estrutura flexível e dinâmica, que pode ser alterada na medida em que o indivíduo recebe novos estímulos ou informações”. Assim as ações de comunicação das organizações contribuem para atenuar a percepção da marca e moldar perante os públicos de relacionamento a imagem desta organização, por meio de atribuições de informações sobre o objeto. Com estes dois conceitos sobre imagem organizacional mais a contribuição de Reis (1991, p. 6) onde “imagem é um processo cognitivo que soma a razão e sensação, universo real e fenomênico-simbólico podendo, desta forma, ser entendida como visão subjetiva da realidade objetiva”, pode-se perceber que a imagem parece ser algo abstrato e inacabado, formado a partir da visão de mundo individual que filtra o que é percebido e transforma em um conjunto de atribuições a cerca de um objeto. Percebe-se então que a imagem organizacional é derivada de um processo que envolve o pensamento e a experiência individual, atenuada pelas informações produzidas e absorvidas acerca do objeto pelo indivíduo e acrescida pela percepção do indivíduo fundamentada nas experiências pessoais e na visão de mundo. CAPITALISMO E LUCRO Ao se analisar a relação entre práticas sustentáveis e lucro nas corporações torna-se imprescindível o alinhamento de conceitos intrusivos ao tema, como por exemplo, os conceitos de capitalismo e de lucro. Por definição, temos que o capitalismo é “um sistema econômico em que os meios de produção e distribuição são 41 de propriedade privada e com fins lucrativos. Decisões sobre oferta, demanda, preço, distribuição e investimentos não são feitos pelo governo e os lucros são distribuídos para os proprietários que investem em empresas; salários são pagos aos trabalhadores pelas empresas” (Site http://www.significados.com.br/capitalismo/). Este sistema, dominante até hoje em todo o mundo, surgiu como uma expansão do sistema feudal, nos primeiros séculos da Idade Média, com a implementação do arrendamento de terras e a remuneração da mão de obra. Até então, o poder de lucro era concentrado nos senhores feudais, donos da maior parte das terras cultiváveis, e o trabalho era feito por servos, em troca da subsistência. Juntamente a essas mudanças, houve o surgimento de uma nova classe social, formada principalmente por comerciantes e artesãos que se instalavam nos arredores dos feudos, inicialmente chamada de “burgo”. Esta classe, posteriormente conhecida por burguesia, implantou na Idade Média uma nova forma de relação com o lucro, destacando-se aí a comercialização de bens em diferentes regiões, a valorização e monetarização das mercadorias, e a crescente busca por novos mercados em potencial, o que levou ao período das grandes navegações e à descoberta de novas terras. A história da expansão do capitalismo é marcada por diversos conflitos e revoluções que questionavam a má distribuição de renda provocada por seus princípios econômicos, mas a partir da Revolução Industrial inglesa o sistema passa a se consolidar no mundo todo. Karl Marx, em sua obra O Capital (1867), critica fundamentalmente o capitalismo, chegando até mesmo a lamentar a situação das regiões que ainda não o adotaram, justamente por sustentarem uma situação econômica de total desigualdade e pobreza, em comparação aos locais onde o sistema já havia se consolidado: “No nosso país, nos lugares em que a produção capitalista se implantou, por exemplo, nas fábricas propriamente ditas, o estado de coisas é muito pior que na Inglaterra, porque falta o contrapeso das leis de fábricas inglesas. Em todas as outras esferas, aflige-nos, como em todo o ocidente da Europa continental, não só o desenvolvimento da produção capitalista, como também a falta deste desenvolvimento. Além dos males próprios da época atual, temos de suportar uma longa série de males herdados, resultantes da sobrevivência de modos de produção antigos, ultrapassados, 42 com o seu cortejo de relações sociais e políticas extemporâneas” (Prefácio da obra de Marx, 1867). Atrelado ao conceito de capitalismo, está a definição de lucro - apesar de o termo já ser utilizado muito antes do surgimento deste sistema. O termo lucro já obteve diversas definições ao longo da história, sendo mutável por estar intrinsecamente ligado ao contexto do sistema financeiro representado. Bulhões (1969, p. 26), define lucro como sendo “o retorno positivo de um investimento feito por uma pessoa ou grupo de pessoas em um determinado negócio, sendo ele o objetivo deste negócio”; em economia, Bulhões (1969, p. 26-27) define o conceito de lucro em duas partes: O lucro normal, que representa o custo de oportunidades total (explícitos e implícitos) da empresa de um empreendedor ou investidor; e o lucro econômico, calcado na teoria neoclássica que domina a economia moderna, definido pela diferença entre a receita total da empresa e todos os seus custos, inclusive o lucro normal. Bulhões (1969, p. 27) afirma ainda que lucro “nada mais é do que o resultado, sendo ele positivo, do mais puro cálculo de subtração em relação a receita e despesa”. Esse cálculo compõe a base do sistema capitalista, anteriormente analisado. Todas as atividades financeiras do planeta - desde a mais simples troca de valores até a mais complexa transação corporativa – visam o lucro, enquanto retorno de valor. O lucro pode então ser entendido também como um valor agregado a determinado produto, bem, serviço etc., que gera ainda mais a possibilidade de produção deste, criando assim uma equação de positividade infinita: quanto mais se lucra, mais se pode investir em seu valor para que se possa lucrar mais. Essa busca foi além do seu âmbito econômico, tornando-se importante também na política e na sociedade em geral. O indivíduo que coexiste com o sistema capitalista e seus preceitos de obtenção de lucro é educado sobre o ideal de, um dia, formar seu próprio patrimônio, arrecadando seu próprio capital. 45 lidar com a sociedade e com as atividades exercidas por ela. As ações praticadas por ela também são de suma importância, principalmente no que concerne aos temas considerados intrusivos por seus públicos-alvo. Pode-se concluir, portanto, que as organizações que dão atenção especial ao modo como deseja ser vista em sua área de atuação, cria uma espécie de vantagem mercadológica em relação a organizações que concentram seus investimentos na linha de produção. SUSTENTABILIDADE E IMAGEM CORPORATIVA: TRAÇANDO UM PARALELO Trabalhar a imagem corporativa tem se tornado cada vez mais um tópico importante na gestão e planejamento das empresas em todo mundo, independente de sua grandeza. Desde as pequenas empresas de atuação local até as grandes corporações conhecidas no mundo todo – todas entendem a importância de se manterem fidedignas á princípios que passem a seus públicos confiabilidade, segurança e, mais recentemente, preocupação com a sociedade ao seu redor e suas questões de maior importância. Neste cenário, práticas de sustentabilidade e promoção do bem estar social vem ganhando um espaço cada vez maior entre suas atividades. É sabido que grande parte dos danos causados ao equilíbrio sócio-ambiental do planeta tem sua raiz nas atividades econômicas desenvolvidas pelo homem, desde que este iniciou a expansão de seus sistemas agrícola e industrial. Na busca pelo desenvolvimento, o homem se utilizou dos recursos disponíveis na natureza, e só muito recentemente tem se perguntado de que forma repô-los ou minimizar os danos causados pela possibilidade da falta deles. O petróleo, por exemplo, é um recurso natural não-renovável que é diariamente gasto á casa dos milhares de barris, em meio à fabricação de centenas de produtos que utilizamos com grande freqüência, além da sua importância energética no mundo todo. Essas e outras questões têm levado cada vez mais as nações a se preocupar e tomar medidas de ação sustentável, tendo em vista um desenvolvimento econômico que impacte menos na natureza e na sociedade em geral. Esta preocupação não se limitou ás esferas de governo, e alcançou o grande público, através dos meios de 46 comunicação cada vez mais desenvolvidos e democráticos – somos, hoje, capazes de entender que não podemos prosseguir priorizando o individual; o bem coletivo e a proteção aos recursos disponíveis para as gerações futuras são de nosso interesse, por mais que ainda haja muito que se fazer a respeito. Neste cenário, as empresas e grandes corporações são, sob certo aspecto, responsabilizadas pela maioria destes problemas. A poluição produzida pelas atividades industriais, o desmatamento para aproveitando de madeira e expansão de atividades agrícolas, a exploração de recursos não-renováveis e as políticas de convivência com a população em suas áreas de atuação – tudo é constantemente observado, divulgado e criticado pelas mídias e, conseqüentemente, pelo público. Em contrapartida, empresas que possuem dentre suas atividades principais a prática de sustentabilidade, tendem a perceber uma resposta, se não positiva, ao menos mais aberta da população frente a sua atuação no mercado. Atualmente, é possível verificar que as empresas não só estão buscando intensificar essas práticas, mas também agregá-las ao conjunto de princípios que normalmente compõe seus objetivos corporativos. A partir daí, tem se observado a existência de um “investimento” em torno dessas atividades: empresas do mundo inteiro divulgam, através das mesmas mídias, seu entendimento sobre as questões que tangem ao bem estar do planeta e da sociedade, e o que têm feito em termos de contribuição neste aspecto. Segundo Cremonine (2005, p. 1): As empresas passam a dar maior atenção a essa nova configuração e assumem a necessidade de comunicar-se com os públicos com os quais elas se relacionam: funcionários, clientes, fornecedores, imprensa, comunidade, governo etc. Assim, a Comunicação adquire função eminentemente estratégica, uma vez que as instituições passam a ter consciência da importância da imagem institucional no mundo dos negócios. Deste modo, empresas de diversos setores da economia têm trabalhado suas políticas institucionais de preservação e sustentabilidade junto aos seus públicos-alvo. A percepção de qual seria o retorno pretendido, e qual seria o de fato obtido, não deixa de ser analisável. Partindo da perspectiva de que vivemos em sua sociedade 47 capitalista, regida pelo lucro, onde empresas se modificam e se aprimoram em busca de se manterem atualizadas ás tendências do mercado, a prática da sustentabilidade por parte de corporações pode ser analisada sob a suposição de uma atividade cujo objetivo seja lucro; entendendo-se aí o lucro não só como o retorno monetário já previsto, mas uma forma mais atual e positiva de patrimônio: a imagem. Esta, tida como corporativa e institucional, deve-se manter alinhada e fiel aos conceitos da própria empresa, mas levando sempre em consideração aquilo que é de importância para seus stakeholders, e pela população em geral. Falar em prática de duplo interesse, ou de interesse torpe, é sem dúvida prejulgar algo que, independentemente de seu objetivo, pode ser benéfico a consumidores, trabalhadores, comunidades, e ao planeta em si. Mas abrir o questionamento quanto a forma como essas práticas são trabalhadas junto aos públicos, sobre a tendenciosidade dessa divulgação, e até mesmo sobre os possíveis benefícios percebidos pelas empresas que mantêm tais políticas, pode ser considerado válido no aspecto de se observar, ainda mais profundamente, a movimentação da sociedade atual rumo a construção de novos conceitos. A OPINIÃO DO CONSUMIDOR: GRUPO FOCAL O método de Grupo Focal foi identificado como o mais adequado a esta pesquisa, uma vez que segundo Samara (2007, PLT cap. 4) o método fornece dados em profundidade obtidos através de um debate mediado, onde os entrevistados podem expor de forma mais clara e concisa seu ponto de vista e sua opinião sobre o tema explorado. Segundo Dias (2000, p.3) “o método constituindo-se em uma ferramenta comum usada em pesquisas de marketing para determinar as reações dos consumidores a novos produtos, serviços ou mensagens promocionais”. O objetivo da pesquisa define-se em "investigar qual é a opinião dos consumidores da Faculdade Anhanguera de Belo Horizonte - campus Antônio Carlos, quanto às empresas sustentáveis." A metodologia utilizada foi fundamental para a coleta dos dados, uma vez que por meio de questionários quantitativos as respostas não alcançariam o nível de profundidade esperado; sendo assim, a metodologia de grupo 50 Na terceira categoria, o objetivo foi identificar o que os participantes sentem em relação a ideia da sustentabilidade e quais sentimentos tinham ao ver comerciais divulgando ações sustentáveis das organizações na TV. A maioria das respostas convergiu para a ideia de sustentabilidade ser uma preocupação global que cada vez mais tem feito parte do cotidiano das pessoas. Os participantes atribuíram ao tema o conceito de "integração mundial para o bem estar do planeta e de seus habitantes". Quanto às propagandas sobre sustentabilidade, quando percebidas como "verdadeiras" segundo os participantes do grupo focal, trazem sentimentos bons; estes são atribuídos ás marcas que fazem esse tipo de divulgação e cria-se uma relação de referência quanto a estas marcas. Entrevistado 3: “Me dá esperança, me faz pensar que o mundo ainda tem jeito”. Entrevistado 3: “Acho maravilhoso, me encanta, eu vejo que o ser humano está evoluindo para algo melhor. No meu interior eu fico até emocionada, só de saber que alguém dá a devida importância a isso”. No caso das petrolíferas, ainda há controvérsias quanto a relação destas organizações com a sustentabilidade: alguns participantes levantaram essa questão, que foi debatida amplamente pelo grupo. Segue abaixo trecho da discussão: Entrevistado 2: “Dependendo da empresa, eu vejo como uma jogada de marketing, um exemplo são as empresas de petróleo que pregam a sustentabilidade. O produto que elas vendem não é renovável, então como podem dizer isso. Vejo que elas querem é estar dentro da onda verde, para mim é irônico. Ela pode até praticar, mas você sabe que o produto principal agride o meio ambiente”. Entrevistado 3: “Mas e se ela estiver colocando alguma outra coisa no lugar”? Entrevistado 1: “É justamente isso que é sustentabilidade”. 51 CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir dos conceitos e ideias apresentados, e dos dados extraídos por meio de pesquisa, foi possível estabelecer um paralelo entre sustentabilidade e imagem corporativa, e entre imagem corporativa e lucro. Nota-se que as práticas sustentáveis tem impacto sobre a imagem das corporações, associando a organização com uma causa global em prol do planeta e das pessoas, o que por si só é perceptível nas respostas citadas pelos participantes da entrevista de grupo focal, que em suas respostas confirmam a afirmativa. Uma vez a sustentabilidade tendo impactado na imagem corporativa, empresas podem fazer usufruto desta associação para promover suas ações sustentáveis e com elas o nome da organização, deste modo, o marketing causado por essa divulgação impactaria diretamente nos lucros devido a boa imagem gerada perante o mercado e seus consumidores. É possível afirmar ainda que o estudo acerca da complexa relação existente entre a prática de sustentabilidade e o possível lucro gerado a partir dela merece uma atenção especial por parte da comunidade científica. Por tratar-se de um tema atual, e em expansão, ainda existem em aberto inúmeras possibilidades de aprofundamento. Deste modo, este estudo científico cumpriu seu objetivo de traçar um cenário inicial de debate e abrir o tema para novas conversações e âmbitos. Na medida em que o cenário organizacional e econômico, juntamente com as práticas de sustentabilidade, prosseguir em crescimento, será possível se discutir mais o tema. REFERÊNCIAS BALDO, Roberta. MANZANETE, Celeste Marinho. Responsabilidade Social Corporativa. INTERCOM – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da 52 Comunicação XXVI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – BH/MG – 2 a 6 Set 2003. BARBOSA, Paulo Roberto. Arcoverde. Índice de sustentabilidade empresarial da Bolsa de valores de São Paulo (ISE-BOVESPA): exame da adequação como referência para aperfeiçoamento da gestão sustentável das empresas e para formação de carteiras de investimento orientadas por princípios de sustentabilidade corporativa. 2007. Dissertação (Mestrado em (Administração) –(Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Instituto COPPEAD de Administração, 2007). BOULDING, K.E. The image. Ann Arbor: University of Michigan Press, 1956. Apud TREADWELL, D.F.; HARRISON, T. M. Conceptualizing and assessing organizational image: model images, commitment, and communication. Annandale: Communication Monographs, 1994. (extraído do artigo “Imagem organizacional: um estudo de caso sobre a PUC Minas. Alexandre de Pádua Carrieri, Ana Luisa de Castro Almeida, Eugênio Fonseca). BRUNDTLAND, Gro. Nosso futuro comum. Comissão Mundial sobre Desenvolvimento e Meio Ambiente, 1987. BULHÕES, Octávio Gouveia: Dois conceitos de lucro. Rio de Janeiro, Apec Editora – 1969. CREMONINE, Izolda. Imagem institucional forte, empresa satisfeita. Disponível em < http://www.rpalternativo.ufma.br/artigos/Imagem_institucional_forte_empresa_%20sa tisfeita.pdf. SP, 2005. Acessado em 25/10/12. DIAS, Cláudia Augusto: GRUPO FOCAL: técnica de coleta de dados em pesquisas qualitativas. Informação e Sociedade: estudos, 2000. 55 INSIGHT #5 PROPOSTAS DE GOVERNO DOS CANDIDATOS A VEREADORES DA CIDADE DE SANTA LUZIA SOBRE SUSTENTABILIDADE GOVERNMENT PROPOSALS FOR CANDIDATE ALDERMEN OF THE CITY OF SANTA LUZIA ON SUSTAINABILITY Elisângela Ferreira Marque Aiala* Érika Gabriela Martins* Tamara Gabriela Silva de Queiroz* Wilson Domingos Mingote Júnior** Resumo Trabalho apresentado fez uma análise sobre as propostas de governo dos candidatos a vereadores da cidade de Santa Luzia, Minas Gerais, sobre o tema sustentabilidade. Foi pesquisado o que esses candidatos sabem sobre o tema e qual o grau de importância para que eles possam aplicar propostas para a melhor gestão sustentável, da cidade. Palavras-chave: Propostas de governo. Vereador. Cidade Sustentável e Sustentabilidade. *Acadêmicos do curso de Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2 ** Orientador: Professor da disciplina Pesquisa de Mercado da Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2 56 Abstract Paper presented did an analysis on government proposals of candidates for city council of Santa Luzia, Minas Gerais, on the topic of sustainability. We seek to know what these candidates know about the topic and what degree of importance that they can apply to proposals for better management of sustainable city. Keywords: Proposed government. Councilman. Sustainable City and Sustainability. INTRODUÇÃO O trabalho aqui apresentado faz parte das propostas de governo de candidatos a vereadores do município de Santa Luzia no que tange o tema “Sustentabilidade”. Foram coletadas informações dos candidatos sobre propostas do tema, se eles sabem realmente o que é sustentabilidade e como eles veem a importância de levar a sério esse processo. Foi pesquisado também o que um vereador faz de verdade, qual sua função e importância perante o município e sociedade e por último se a prefeitura de Santa Luzia trabalha ou não com sustentabilidade. CIDADE DE SANTA LUZIA/MG Santa Luzia é um município brasileiro do estado de Minas Gerais, pertencente à Região Metropolitana de Belo Horizonte. Sua população de acordo com o Censo 2010 pelo IBGE é de 203.184 habitantes, com a maior concentração populacional e atividade comercial no Distrito São Benedito, situado a oito quilômetros do centro da cidade de Santa Luzia. Situada à 27 quilômetro de Belo Horizonte, Santa Luzia está localizada de forma estratégica na Região Metropolitana, próxima aos aeroportos de Confins e da Pampulha. A cidade é banhada pelo Rio das Velhas; dispõe de linha férrea e gasoduto subterrâneo. Santa Luzia é o Terceiro Polo Industrial da Grande BH, e segundo o site 57 oficial da cidade, ocupa o décimo terceiro lugar entre as cidades mais populosas de Minas Gerais. O município possui três vias de acesso com portais: via MG-020 ou Avenida das Indústrias; via MG-010 e MG-433 via São Benedito e via BR-381, através da Avenida Beira Rio AMG-145. Os portais marcam o limite da cidade com Belo Horizonte e Sabará e dão identidade ao município, além de fazerem parte do sistema de segurança da cidade. O QUE É UMA CIDADE SUSTENTÁVEL Desenvolvimento sustentável é um conceito aparentemente indispensável nas discussões sobre a política do desenvolvimento neste novo milênio. Entender seu conceito é a base para que se possa aplicá-lo e divulgá-lo com eficiência como explica o autor BARBIERI (2000). Considerando que o conceito de desenvolvimento sustentável sugere um legado permanente de uma geração a outra, para que todas as pessoas possam prover suas necessidades, a sustentabilidade, ou seja, a qualidade daquilo que é sustentável, passa a incorporar o significado de manutenção e conservação ab aeterno dos recursos naturais. Isso exige avanços científicos e tecnológicos que ampliem permanentemente a capacidade de utilizar, recuperar e conservar esses recursos, bem como novos conceitos de necessidades humanas para aliviar as pressões da sociedade sobre eles”. Cidades sustentáveis são cidades que possuem uma política de desenvolvimento para promover o meio ambiente natural e construído, de forma que não atrapalhe a natureza. A Carta Rio+20 para construção de cidades sustentáveis, propõe para os governos uma gestão estratégica do uso do terrítorio de forma sustentável, do uso de recursos naturais reconhecendo os diferentes modos de vida existentes no território. Procurar criar políticas para valorizar essa diversidade. Atuar fortemente na adaptação às mudanças climáticas com foco na diminuição de vulnerabilidade e danos e na 60 possíveis animais nativos da região que estejam em cativeiro. Trabalha com palestras em escolas do município e empresas quando lhe é solicitado, visando esclarecimentos sobre as inadequações ambientais, licenciamento ambiental, percepção da mobilidade urbana e organização do espaço urbano. Legislação Municipal nas leis 2.340 e 2.341, que buscam organizar e controlar as atividades potencialmente poluidoras no município se preocupa com os aspectos do município como a flora e a fauna. Existe o Conselho Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (COMDES), o município tem autonomia de licenciamento ambiental para qualquer empresa que possa gerar impacto ambiental. A prefeitura trabalha para fiscalizar qualquer interferência de impacto ambiental segundo os preceitos da Agenda 21, Lei de Crimes Ambientais e a Lei do Estado 14.309. Juntamente com as empresas da cidade, a prefeitura realiza projetos de preservação ao longo do Rio das Velhas, com plantio de mudas em parceria com o IEF e a Agência Avançada do IEF. Existe um projeto piloto de coleta seletiva que atende 14 bairros da cidade, esses são doados a uma associação de catadores da própria cidade, a ASCOPA. ASPECTOS METODOLÓGICOS Em 2012, segundo o site Eleições 2012 do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em Santa Luzia, 365 candidatos concorreram as 17 vagas para o cargo de vereador da cidade. Foi feito o uso dos Estudos Exploratórios, onde foi realizada uma entrevista fechada com 8 questões com 40 candidatos durante os meses de setembro e outubro de 2012. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS Utilizou-se do Estudo Descritivo Estatístico para quantificar e analisar o estudo como segue informações abaixo: 61 Os dados acima, mostram que a maioria dos candidatos a verador são casados tendo um baixo índice de divorciados e viúvos. A pesquisa também confirma um dado fornecido pelo site Cidade Santa Luzia, que informa um aumento no número de candidatos a vereador em 2012. Dos 40 candidatos pesquisados, 55% deles estavam concorrendo ao cargo pela primeira vez. 22,50% 70,00% 5,00% 2,50% 0,00% 20,00% 40,00% 60,00% 80,00% Solteio Casado Divorciado Viúvo P e rc e n tu a is Quesitos 3- Estado Civil 55,00% 45,00% 0,00% 20,00% 40,00% 60,00% Sim Não P e rc e n tu a is Quesitos 4 - É sua primeira candidatura? 62 O grau de instrução dos candidatos é maior nos níveis de ensino médio completo e superior completo. O foco de campanha dos candidatos estão na saúde em primeiro lugar, seguido de emprego e educação. 12,50% 10,00% 5,00% 27,50% 5,00% 40,00% 0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% E n s in o F u n d a m e n t a l In c o m p le to F u n d a m e n t a l C o m p le to E n s in o M é d io Im c o m p le to E n s in o M é d io C o m p le to S u p e ri o r In c o m p le to S u p e ri o r C o m p le to P e rc e n tu a is Quesitos 5 - Qual seu nivel de escolaridade? 22,50% 40,00% 12,50% 25,00% 0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% Educação Saúde Transporte Emprego P e rc e n tu a is Quesitos 6 - Dentre suas propostas de governo quais são as prioridades? 65 Apesar de poucos candidatos entrevistados terem em suas propostas bons projetos é necessário que eles tenham consciência como diz o autor, de que sustentabilidade não é só um atributo de desenvolvimento e sim um conceito fundamental de sobrevivência. Os candidatos não devem se prender somente na essência de sua função na Câmara, mas antes de tudo pensar como cidadão morador da cidade e que almeja sempre o melhor. Vivendo em um local em harmonia com o meio ambiente e com o progresso, pois ele também é necessário, com certeza é um caminho para uma cidade modelo. REFERÊNCIAS BARBIERI, JOSÉ CARLOS. DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE: AS ESTRATÉGIAS DE MUDANÇAS DA AGENDA 21. 3. Ed. Petrópolis: Vozes, 2000. BLOG NATURA EKOS, Disponível em: <http://blog.naturaekos.com.br/cidades- sustentaveis-que-nao-pode-faltar/>. Acesso em 14/10/2012. CAVALCANTI, C. (ORG.) (2002). MEIO AMBIENTE, DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E POLÍTICAS PÚBLICAS. 4 ª ed. Recife, Editora Cortez e Fundação Joaquim Nabuco, 436p. SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE, AGRICULTURA E ABASTECIMENTO DE SANTA LUZIA. Secretário: Valdoveu Vitor dos Santos. SITE CIDADE SANTA LUZIA, disponível em: <http://www.cidadesantaluzia.com.br/2012/07/cadeiras-da-camara-sao-mais- disputadas.html> Acesso em 24/10/2012. SITE CIDADES SUSTENTÁVEIS, disponível em: <http://www.cidadessustentaveis.org.br/downloads/carta-Rio+20.pdf> Acesso em 24/10/2012. 66 SITE DA CÂMARA MUNICIPAL DE RAUL SOARES, disponível em: <http://www.cmraulsoares.mg.gov.br/index.php/utilidade-publica/63-funcao-do- vereador > Acesso em 24/10/2012. SITE DA CÂMARA MUNICIPAL DE SANTA LUZIA, disponível em: <http://www.cmsantaluzia.mg.gov.br/mat_vis.aspx?cd=5998> Acesso em 24/10/2012. SITE ELEIÇÕES 2012, disponível em: <http://www.eleicoes2012.info/candidatos- vereador-santa-luzia-mg/> Acesso em 24/10/2012. SITE OFICIAL DA CIDADE DE SANTA LUZIA, disponível em: < http://www.santaluzia.mg.gov.br/cidade/apresentacao/> Acesso em 24/10/2012. INSIGHT $06 'Mc Donald's e Sustentabilidade! 70 Na Europa o surgimento ocorreu no mesmo período, em especial na França com os bistrôs, que apesar de ser diferente do modelo norte-americano, esse tipo de restaurante simples mudou bastante os hábitos dos europeus. No Brasil, o surgimento do fast food ocorreu também na década de 50, quando o americano Robert Falkenburg, ex-campeão de Tênis no torneio de Wimbledon (1948 e 1949) abriu a Falkenburg Sorvetes Ltda. O americano vendia sorvetes apenas de baunilha com receitas originais de seu país, feitas em máquinas americanas. Obtendo bons resultados neste empreendimento, Robert Falkenburg abriu a primeira loja Bob´s em Copacabana no ano de 1952, sendo pioneiro na venda de cachorro quente (hot- dog), o hambúrguer, o Milk-shake e o sundae. No ano de 1979, entra o McDonald‟s no Brasil, com a abertura da primeira loja também no Rio de Janeiro. Com isso, o ramo deste tipo de empresa foi se alastrando no país. Em 1937 os irmãos Richard (Dick) e Maurice (Mac) McDonald‟s, tiveram a ideia de abrir uma pequena barraca onde o produto principal era o cachorro-quente, com o nome de Airdome a mesma se estabelecia na cidade de Arcádia, localizada no estado da Califórnia. Três anos depois, os irmãos mudaram a barraca para San Bernardino, também na Califórnia e surge então o restaurante McDonald's, neste restaurante os clientes ficavam dentro de seus carros aguardando os atendimentos que eram realizados por garçons equipados com patins, este tipo de serviço tornou-se popular e trouxe bastante lucro à empresa, foi um conceito inovador no modo de atendimento com muita criatividade e entretenimento com seu público. No cardápio, grande parte dos itens oferecidos eram churrascos, porém, ao perceber que os lucros decorriam da grande demanda de vendas de hambúrgueres, os irmãos McDonald‟s começaram a investir tanto na infraestrutura, quanto na elaboração do novo cardápio, reduzindo os itens antes existentes, mas inovando nos produtos alimentícios. 71 Com o alto retorno financeiro, os irmãos Richard (Dick) e Maurice (Mac) começaram a erguer novas franquias no estado do Arizona e Califórnia. Como uma jogada de marketing, o M maiúsculo na cor fortemente amarela simulando dois arcos, tem como objetivo chamar a atenção dos clientes, fazendo com que a logomarca seja vista de forma chamativa independente da distância entre a rede e o seu cliente. No Arizona, por exemplo, a franquia ficou conhecida como “Arcos Dourados”. Em 1954 Ray Kroc propôs uma parceria aos irmãos, no qual ele seria o dono da primeira franquia localizada fora da região de origem, a franquia seria aberta no estado de Chicago. As exigências estabelecidas foram: todos os estabelecimentos franqueados deveriam seguir o mesmo padrão do original, e as batatas fritas deveria ser preparadas com a receita já existente; e assim o contrato receberia as devidas assinaturas. A partir deste ponto, várias outras franquias surgiram pelo mundo. Ao todo são 31 mil restaurantes distribuídos em 118 países, sendo 80% franqueados. Hoje a McDonald‟s fatura anualmente cerca de US$ 45 bilhões. Já são 50 anos de tradição inabalável. Mesmo com críticas abusivas em relação aos seus produtos, partidas da oposição, a rede McDonald‟s foi premiada 11 vezes com o Selo de Excelência em Franchising (ABF). Além disso, em 2007 recebeu pela revista “Pequenas Empresas Grandes Negócios” o prêmio de melhor franquia de alimentação. Segundo pesquisa realizada pela Interbrand em 2007, a McDonald‟s está em oitavo lugar na lista de empresas que possuem um valor de marca reconhecido, além disso, é uma empresa de tradição no mercado de fast food e hoje aposta na sustentabilidade. “Sustentabilidade não é modismo nem marketing. É visão sistêmica e comprometimento de longo prazo.” ALMEIDA (2009) Ou seja, dessa forma a empresa tende a criar novos vínculos com pessoas e órgãos interessados no assunto assim como obter um diferencial no mercado quando se tratar de Sustentabilidade. 72 O site institucional da empresa oferece para as pessoas interessadas informações sobre as ações que a McDonald‟s pratica. Que são: McDia Feliz – em todos os últimos sábados do mês de Agosto todo o valor arrecadado na venda do Big Mac (isoladamente ou na McOferta nº 1) é utilizado para a campanha de combate ao câncer infanto-juvenil coordenada pelo Instituto Ronald Mcdonald‟s. Energias renováveis – desde Maio de 2008 a unidade de Fortaleza utiliza uma turbina que gera energia eólica, outras unidades usam painéis solares para aquecer a água. Patrulha da limpeza – os próprios funcionários reúnem-se para recolherem em um raio de dois quarteirões lixos jogados pelos clientes. Programa de Coleta Seletiva – lixeiras para a separação dos lixos gerados nas unidades, uma lixeira é para embalagens e a outra é para líquido que os clientes não consomem completamente. Projeto refazendo – política baseada na teoria dos 3R‟s (Reduzir, Reaproveitar e Reciclar), no qual peças de divulgação publicitárias feitas de materiais não recicláveis ganham uma segunda vida, ou seja, através destes materiais são feitos produtos como estojos, bolsinhas e aventais que serão distribuídos futuramente como brindes para pessoas diretamente ligadas a McDonld‟s. Estes produtos são fabricados por ONG‟s que dão espaço a população carente e marginalizada. Projeto Biodiesel – em algumas franquias, o óleo de cozinha que é utilizado para as frituras de batatas fritas e de empanados é destinado para a transformação de biodiesel para frotas de caminhões da McDonald‟s. JUSTIFICATIVA De acordo com Fernando Almeida, autor do livro Responsabilidade Social e Meio Ambiente, o tema Sustentabilidade começou a ser mais comentado por volta de 1987, quando a expressão desenvolvimento sustentável foi conceituada e divulgada pelo chamado Relatório Brundtlan – documento produzido sobre encomenda da ONU por uma comissão presidida pela ex-primeira ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtlan. A idéia de elaborar um projeto envolvendo a sustentabilidade em uma pesquisa de mercado surgiu a partir da necessidade de difundir ainda mais o assunto e saber se o público freqüentador das empresas de fast food de Belo Horizonte conhece e acredita 75 cada vez mais aceleradas, devido o mau uso dos recursos naturais que o meio ambiente oferece. Optou-se como assunto principal da pesquisa a SUSTENTABILIDADE, uma vez que o meio ambiente se encontra ameaçado pelos danos provocados pelo homem. Segundo o livro Gestão Ambiental na Empresa, de Denis Donaire, no relatório da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (ONU), denominado “Nosso Futuro Comum”, ficou muito clara a importância da preservação ambiental para que consigamos o Desenvolvimento Sustentado. Logo após, foi escolhido o objeto de pesquisa, no qual o grupo iria aprofundar suas buscas de informações em relação ao tema. Foram encontrados pontos interessantes e que iriam contribuir para o conhecimento mais aprofundado sobre o tema nas pessoas entrevistadas, o objeto de pesquisa foi a empresa de fast food McDonald‟s. Tendo isso em mãos, foram elaborados o problema e os objetivos da pesquisa. O problema era de identificar até que ponto as ações da Empresa McDonald‟s eram conhecidas pelo público de Belo Horizonte e qual a importância dessas ações para a sociedade. O objetivo geral foi destacar as ações praticadas pela McDonald‟s, a fim de usá-la como exemplo para as demais empresas. Já os objetivos específicos foram aprofundar na pesquisa de ações da McDonald‟s e comparar as ações entre as empresa do ramo. Em seguida, criou-se a justificativa para o problema, na mesma apresenta-se o motivo pela qual se tornou importante a idealização da pesquisa. Surgiram questionamentos sobre o tema que deram origem a um roteiro com uma série de tópicos, que foram aplicados a uma pequena quantidade de pessoas, foi o pré-teste. Analisando o resultado satisfatório, o mesmo roteiro da pesquisa (pesquisa qualitativa) foi então aplicado para um número maior de pessoas, foram 40 entrevistados. 76 Para a aplicação dos roteiros não foi definido um grupo focal, as entrevistas foram feitas em lugares públicos e privados, para pessoas de ambos os sexos e com idades diversificadas. Com base nessas entrevistas foi realizada a tabulação e os resultados foram mensurados e analisados possibilitando assim a construção e desenvolvimento final do artigo. MENSURAÇÃO DE RESULTADOS O roteiro foi aplicado aleatoriamente sem seguir padrões pré-determinados pelo grupo anteriormente, justamente para conseguir informações bem distintas de pessoas que frequentam não somente o McDonald‟s, mas também outras empresas do ramo. No roteiro qualitativo da pesquisa foram apresentados aos entrevistados primeiramente as ações praticadas pela McDonald‟s, a empresa de fast food focal da pesquisa, dentre elas:  Adoção da política dos Três R‟s Reduzir Reaproveitar e Reciclar em todas as cadeias produtivas inclusive restaurantes;  Conta com um código de conduta para fornecedores que inclui o respeito ao meio ambiente e às florestas tropicais e o cuidado com o bem estar dos animais;  Assumiu publicamente o compromisso de não comprar soja cuja procedência fosse de áreas desmatadas;  Coleta seletiva em várias franquias;  Em 15 restaurantes painéis captam a energia solar para aquecer a água;  A patrulha da limpeza é uma ação periódica dos restaurantes McDonald‟s, são rondas nas quais os funcionários da rede recolhem as embalagens jogadas em volta dos restaurantes no raio de dois quarteirões; 77  Reaproveitamento de algumas peças utilizadas em campanhas de promoção, banners, displays, faixas entre outros. Juntamente com a organização Arcos dourados, os produtos que não são reciclados são transformados em bolsas, sacolas, aventais, nécessaires e diversos outros objetos que podem ser produzidos a partir de peças que a princípio seriam simplesmente descartadas. Em seguida foram levantadas as questões:  O ponto de vista sobre a sustentabilidade nas empresas de fast food;  Empresas de fast food mais frequentadas;  Ações praticadas por outras empresas do ramo;  Quais ações os entrevistados acham viáveis para este tipo de empresa;  Conhecimento de outras ações praticadas pela McDonald‟s. Foi identificado que as empresas mais frequentadas pelos entrevistados foram: McDonald‟s, Subway, Bobs, Burger King, Habibs, Bang Bang e Giraffas. Ao serem levantadas no início da apresentação do roteiro aos entrevistados as ações praticadas pela McDonald‟s, muitos desconheceram as práticas apresentadas e ao mesmo tempo mostraram-se surpresos pela existência de tais ações. Sendo assim, foi percebido também que o público não tem conhecimento nem ao menos básicos de ações de sustentabilidade praticadas por essas empresas de fast food. São assuntos que não chegam ao público com notoriedade, não são apresentados por campanhas publicitárias e praticamente não há divulgação pública mais ampla. A divulgação é feita somente na comunicação interna das empresas, como por exemplo, nos sites institucionais e alguns cartazes nos restaurantes de algumas franquias. Entre as ações sustentáveis mais viáveis para esse tipo de empresa as que deveriam ser implantadas, segundo o público foram:  Reciclagem; 80 ALMEIDA, FERNANDO. Responsabilidade Social e Meio Ambiente – “Os Desafios da Sustentabilidade”. Editora Elsevier 2008. COMBO EM FAST FOOD. Disponível em: http://www.gazetadopovo.com.br/bomgourmet/conteudo.phtml?id=1117649&tit=A- origem-do-fast-food/. Acesso em 15 de Outubro 2012. DE OLIVEIRA, J. A. PUPPIM. Empresas na Sociedade – Sustentabilidade e Responsabilidade Social. Editora Elsevier 2008. DIAS, REINALDO. Gestão Ambiental – Responsabilidade Social e Sustentabilidade. Editora Atlas 2010. DONAIRE, DENIS. Gestão Ambiental na Empresa. Editora Atlas 2010. ESTUDO DESCRITIVO DE CASO (QUALITATIVO). Disponível em: http://leticiacapelao.com/Webquest_Pesquisa_Mercado/fontesdescritivoqualitativo.ht m. Acesso em 05 de Outubro. 2012. FAST-FOOD. Disponível em: http://www.infoescola.com/curiosidades/fast-food/. Acesso em 13 de Agosto 2012. FAST-FOOD NO BRASIL. Disponível em: http://www.marketingtradeshowbrasil.com.br/index.php/fast-food-no-brasil.html/. Acesso em 25 de Setembro 2012. HISTÓRIA MCDONALD’S. Disponível em: http://www.colunasdehercules.com.br/2009/04/mac-donalds-historia-e- curiosidades.html/. Acesso em 15 de Outubro 2012. Disponível em: http://www.mcdonalds.com/us/en/home.html/. Acesso em 15 de Outubro 2012. 81 MCDIA FELIZ. Disponível em: http://www.mcdonalds.com.br/#/NPC%253AInstitutional%25232List3. Acesso em 10 de Setembro 2012. NÚMERO DE FRANQUIAS PELO MUNDO. Disponível em: http://www.mcdonalds.com.br/#/NPC%253AInstitutional%25236. Acesso em 29 de Outubro 2012. ORIGEM DO MCDONALD’S NO BRASIL. Disponível em: http://mundodasmarcas.blogspot.com.br/2006/05/mcdonalds-inveno-do-fast- food.html. Acesso em 15 de Outubro. 2012. ORIGEM FAST FOOD TIPO DRIVE-IN. Disponível em: http://lazer.hsw.uol.com.br/fast-food.htm/. Acesso em 15 de Outubro 2012. SIGNIFICADO DE FAST FOOD. Disponível em: http://www.significados.com.br/fast-food/. Acesso em 10 de Setembro 2012. SLOW FOOD. Disponível em: http://www.slowfoodbrasil.com/. Acesso em 10 de Setembro 2012. SURGIMENTO DO BOB’S NO RIO DE JANEIRO. Disponível em: http://www.bobs.com.br/o-bobs/. Acesso em 15 de Outubro 2012. SUSTENTABILIDADE. Disponível em: http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/53459_AS+50+EMPRESAS+DO+BEM. Acesso em 12 de Agosto 2012. INSIGHT 0/7 “caminhar para sustentabilidade? só colocando pilha nessa ideia, mas sem perder a bateria! 85 Trabalhar o conceito de comunicação dentro deste projeto é foco da pesquisa acadêmica, todas as críticas citadas possuem sugestões de melhorias com a proposta de centralizar em meios mais eficazes para alcançar um público maior, manter já existente e divulgar esta ação sustentável a favor da marca. Junto a proposta de conscientizar as pessoas quanto à reciclagem de pilhas baterias, encontramos na Organização do Banco Santander SA. O projeto que recebe o nome de Papa-Pilhas, de acordo com site institucional que separa um link para comentar sobre o projeto, o mesmo possui nas agências do banco Santander pontos de coleta para reciclagem do material tratado. O projeto Papa-pilhas foi criado no ano de 2006, pelo Banco Santander que instalou dentro de suas agências uma estrutura capaz de coletar pilhas e baterias inutilizadas, atualmente uma média de 2,8 mil postos instalados no Brasil. Uma reportagem de Janaína de Menegaz sobre o destino das pilhas e baterias relata que a reciclagem só pode ser realizada por uma organização brasileira que é licenciada para realizar o processo de reciclagem do material proposto, a mesma é a instituição Suanquim e quem financia o custo do projeto Papa-Pilhas é o Banco Santander. Este custo é alto e o processo é demorado, mas parte de deste material que poderia estar sendo descartado no meio ambiente é tratado por este projeto, mas ainda existe um percentual alto de pilhas e baterias inutilizadas sendo descartadas de forma incorreta, pois na mesma reportagem relata que a reciclagem de pilhas e baterias na Suzanquim acontece uma vez no mês e o motivo é que o volume de material coletado é cinco vezes menor que a capacidade de reciclagem do local. A busca por informações específicas sobre o projeto do banco e a percepção dos clientes quanto ao mesmo, trouxeram ao trabalho duas pesquisas; A primeira foi aplicada ao gestor do projeto papa pilhas e a segunda aos clientes do banco de algumas agências de Belo Horizonte. A comunicação estratégica transforma a visão de seus públicos quanto a imagem que deve ser passada. Os meios trabalhados na comunicação como a divulgação, direcionamento de informação para um determinado público, desenvoltura aos meios de comunicação de massa, definição de imagem que deve ser passada, 86 trabalhar para novos públicos e manter o existente, definir padrões para comunicação em massa e especifica, inovar continuamente as formas de passar informações desejadas, contribuir e relacionar continuamente para que os parceiros e clientes aumentem, são as formas que podem ser tratadas neste projeto, métodos viabilizando o tratamento dos gargalos de comunicação serão sugeridos e podem ser aplicadas para obtenção de retorno sustentável e financeiro. A pretensão final deste trabalho é trazer propostas que não identificadas no projeto referente à comunicação. O Papa-pilhas é inovador e tem prática sustentável, mas pode ser melhor apresentado em sua rede de stakeholders. É preciso ter uma meta para retroceder o percentual do problema quanto a falta de reciclagem de pilhas e baterias, conquistar meios de novos patrocínios para expansão de um projeto que trabalha algo que envolve o futuro das gerações, ou seja, algo sustentável. SUSTENTABILIDADE Então surge o questionamento o que é sustentabilidade? Aonde a mesma influência ou muda no meu dia-a-dia? O que pode ser feito para que “eu” possa ser associado à prática sustentável? De acordo com o portal sustentável, a definição de sustentabilidade é: “Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana”. Ou seja, as práticas relacionadas a reciclagem ou reutilização, culturas e sua liberdade de expressão, preservação ou cultivo de plantas, ajudar ao próximo com intuito de prática social e viabilizar a economia para que as pessoas tenham qualidade de vida, são formas de ter um planeta onde as pessoas convivem bem sem agredir tanto a natureza em geral. A sustentabilidade está ligada a vida diária dos brasileiros, pois relacionando isso a revista Guia Exame de novembro de 2010 com tema sustentabilidade traz uma reportagem de José Eli Veiga, que faz uma correlação entre a política e um futuro menos insustentável; Percebesse que o governo precisa ter atenção, pois além da 87 preservação da floresta Amazônica precisam investir na educação, tecnologias e saúde. Afinal quem deveria ser o maior participante das práticas sustentáveis são os políticos de modo geral, existe uma grande parte da população brasileira sofre com falta de saneamento básico, saúde pública, educação básica, etc. Portanto este tema está presente cada vez mais dentro da rotina das pessoas. As pessoas podem começar a terem a práticas sustentáveis para ajudar o meio- ambiente e o convívio social, reutilizar materiais que poderiam ser descartados, separar lixos reciclagem e encaminhar isso para alguém que é catador de material reciclado, dar as pessoas de baixa renda roupas e sapatos, são algumas atitudes que podem mudar o destino de pessoas e de resíduos que poderiam estar em lixões ou aterros. JUSTIFICATIVA Com a proposta de realizar um artigo sobre sustentabilidade, a ideia foi buscar algo que fosse importante, mas pouco discutido ou de baixa relevância perante as pessoas. O assunto abordado é a reciclagem de pilhas e baterias inutilizadas, pois é o que se enquadra dentro dos quesitos acima abordados pelos autores. O material proposto (pilha e bateria) quando descartados de maneira inadequada, causam danos ao meio ambiente. Uma pilha pode levar séculos para se decompor e os metais pesados, porém, nunca se degradam, os mesmos em contato com a umidade, água e calor fazem com que substâncias químicas vazem e os seus componentes tóxicos contaminam o solo, água, plantas e os animais. De acordo com o gráfico retirado do site de notícias UOL que mostra quais são os materiais mais reciclados de 1993 – 2008 no Brasil, é possível analisar que o alumínio, pet, vidro são os três mais reciclados no país neste período; Pilhas e baterias não estão citadas no gráfico, mas de acordo com site de pesquisa Info Escola relata que no Brasil existe um volume considerável de reciclagem de papel, vidro, plástico, alumínio e outros materiais. Enquanto a maioria das pilhas e baterias é descartada no lixo comum sem tratamento específico, os dados de 2008 mostram que a reciclagem de 90 equilibrar, o econômico financeiro social e sustentável, mas a principal dificuldade é o financeiro, encontrar parcerias com retorno financeiro; A resposta sobre estrutura e organização dos pontos de coleta foi que o principal foco são nas agências Santander, algumas faculdades e universidade além de parceiros como TIM por exemplo; a resposta quanto ao questionamento sobre os pontos de maior e menor coleta foi atualmente estamos em 25 estados do país e São Paulo é responsável por 60% das coletas e Rondônia é o de menor coleta; A resposta acerca das metas de crescimento foi que existem várias metas, porém o custo de reciclagem é muito alto, por isso a triagem auxiliou para encaminhar para as organizações fabricantes responsáveis e dividir no impacto ambiental e custo. Após análise das respostas conclui-se que o Papa-pilhas tem logística de sua rede que é boa, entende da Imagem Corporativa do projeto, vem crescendo a cada ano com sua experiência de mercado, mas possui dificuldade de aumentar sua rede de investidores e aliados para pontos de coleta; A essência do fazer sustentabilidade é causar um impacto positivo de grande número no tema escolhido para ser trabalho, utilizando a comunicação direcionada podemos auxiliar de diversas formas estratégicas, focando em fidelizar o público que não é participativo e manter o já existente, consegui patrocínio de marcas que buscam trabalhar sua o tema sustentável apoiando o projeto. Na pesquisa realizada nas agências do banco Santander, o questionário foi quantitativo estruturado com perguntas fechadas, pesquisamos os clientes de quatro agências diferentes, situadas em belo horizonte. Na análise dados, a primeira pergunta que media quantas pessoas tinham conhecimento de que as pilhas e baterias poderiam ser recicladas 76% do entrevistado sabiam e 24% não sabiam; A segunda pergunta teve o intuito de medir quantos entrevistados possuíam pilhas e baterias inutilizadas guardadas na sua casa e 64% respondeu que não e 36% que sim; A terceira pergunta mediu o que os entrevistados faziam com as pilhas e baterias inutilizadas 37% envia para reciclagem, 18% guarda e 45% joga no lixo; A quarta pergunta o intuito foi identificar quantos dos entrevistados conheciam o projeto Papa- pilhas do banco Santander e 37% conheciam 63% não conheciam. 91 Analisando os percentuais das respostas dos entrevistados percebesse que os clientes do Banco Santander têm consciência que atualmente as matérias citadas no artigo podem ser recicladas, mas não tem conhecimento do projeto Papa-pilhas. Um percentual grande das pilhas e baterias inutilizadas é descartado ainda de forma incorreta. Um ponto interessante é que todos que conhecem o projeto do banco contribuem para reciclagem; Com estes resultados coletados é visível o quão será importante para o projeto investir mais sobre a na comunicação e divulgação do Papa Pilha, criar aliados para aumentar os postos de coletas fora das agências do Santander, uma sugestão disto é instalar um posto de coleta na faculdade Anhanguera Belo Horizonte unidade II. É notável que reciclar pilhas e baterias ainda não é uma prática comum entre a população, descarta-las de forma incorreta é extremamente perigoso, pois os metais pesados existentes em seu interior não se degradam e são nocivos à saúde e ao meio ambiente. PROPOSTAS DE COMUNICAÇÃO AO PAPA-PILHAS Definir o padrão da Imagem Corporativa do projeto é o primeiro passo que deve ser realizado, afinal para algo ser repassado as pessoas precisa ter uma estrutura de quem sou, qual minha missão, o meu valor e minha visão bem definida para que não ocorra dupla interpretação. Quando se trata de reconhecimento do público e divulgação, os meios de comunicação em massa são a base do trabalho, mas precisam ser bem utilizados; As rede sociais são meios de baixo custo e de muito efeito, facebook, twitter e blogs podem ser montados, mas com foco na interatividade, pois as pessoas compartilham coisas que são do cotidiano e que acham engraçados e divertidos. Otimizar o projeto aumentando o número de patrocinadores, visando as grandes organizações que contribuem continuamente com descarte do material proposto no meio ambiente. 92 Buscar alguns programas televisionados, revistas e jornais que tenham interesse no tema e divulgar o projeto a favor da Imagem Corporativa das marcas que contribuem para o projeto. CONCLUSÕES FINAIS A partir dos dados coletados durante a realização da pesquisa, o principal fator que prejudica a expansão de projetos como o papa-pilhas é o alto custo desse tipo de reciclagem. Segundo Genival Gomes Santos, Coordenador da Gestão do Projeto, o desafio é equilibrar, o econômico financeiro social e sustentável, tendo dificuldade principalmente no setor financeiro, o ideal seria encontrar parcerias com retorno financeiro. Várias metas existem, porém o custo de reciclagem é muito alto. Recentemente passou por um projeto de mudança, mas não foi quanto à divulgação, e sim quanto à triagem do material para que algumas organizações que fabricam as pilhas pudessem receber as de sua marca, com objetivo de reduzir os custos. O único meio de comunicação utilizado pelo projeto para a divulgação do trabalho é o site do Santander, onde as informações não estão visivelmente acessíveis, só encontra informação sobre o projeto quem procura pela mesma. Uma boa solução para esse problema seria que na página inicial existisse um link visível a todos, chamado a atenção de quem entra no site para buscar qualquer outro tipo de informação. Em pesquisa realizada com os clientes do banco Santander, foi contatado que 76% dos entrevistados sabem que pilhas e baterias podem ser recicladas, porem apenas 37% conhece o programa Papa-pilhas e descartam de maneira adequada suas pilhas e baterias, enviando para a reciclagem, 18% dos entrevistados informaram que guardam esse tipo de material em suas casas e o mais preocupante, 45% descartam esses materiais no lixo comum. Atualmente o projeto esta presente em 25 estados brasileiros, tendo em São Paulo a maior adesão, o estado é responsável por 60% da coleta, o estado com menor índice INSIGHT %08 'cemig e sustentabilidade energética em Belo Horizonte: O elo entre as alternativas sustentáveis e conscientização da população! 96 INSIGHT #8 CEMIG E SUSTENTABILIDADE ENERGÉTICA EM BELO HORIZONTE: O ELO ENTRE AS ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS E CONSCIENTIZAÇÃO DA POPULAÇÃO CEMIG ENERGY AND SUSTAINABILITY IN BELO HORIZONTE: THE LINK BETWEEN THE ALTERNATIVES AND AWARENESS OF SUSTAINABLE POPULATION Jessica Caroline Silva de Freitas* Kelly Graciano da Silva Bento* Sabrina Gonçalves Barbosa* Simone Cristina Lopes* Wilson Domingos Mingote Junior** Resumo A escassez dos recursos naturais, as mudanças climáticas e os transtornos para a biodiversidade, originaram uma preocupação e uma demanda para o setor público e concessionárias de energia elétrica, pois, os recursos hídricos são finitos, sendo necessário pensar e desenvolver técnicas e instrumentos para a captação de energia limpa e renovável. Portanto, o objetivo deste artigo é investigar as práticas de energia sustentável realizadas pela CEMIG (Companhia Energética de Minas Gerais) em Belo Horizonte, com o intuito de pesquisar as práticas adotadas, analisar os resultados obtidos e identificar o elo entre a conscientização da população e as alternativas energéticas sustentáveis. Palavras chave: Sustentabilidade. Energia. CEMIG. Belo Horizonte. *Acadêmicos do curso de Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2 ** Orientador: Professor da disciplina Pesquisa de Mercado da Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2 97 Abstract The scarcity of natural resources, the weather changes, and the biodiversity‟s inconveniences, originated concerns and a higher demand for the public sector and for the electric energy companies, for the hydric resources are finite, leading to the need of thinking of and developing new techniques and instruments for the captivation of clean and renewable energy. Therefore, this article‟s purpose is to investigate the sustainable energy practices done by CEMIG (Companhia Energética de Minas Gerais – Energy Company of Minas Gerais) in Belo Horizonte, aiming to research the adopted practices, analyze their acquired results, and identify the connection between the population‟s awareness of the matter and the sustainable energy‟s alternatives. Keywords: Sustainability. Energy. CEMIG. Belo Horizonte. INTRODUÇÃO Observando as constantes mudanças climáticas ocasionadas pela degradação ambiental e a realidade da escassez de recursos naturais, a ONU (organização das nações unidas) elegeu 2012 como o ano internacional da energia sustentável para todos, desta forma, os países que integram as nações unidas devem esforçar-se para o desenvolvimento energético sustentável, de forma que a produção de energia supra à demandada população mundial e que todos, sem distinção, tenham acesso à energia elétrica. Na revista Imprensa de Maio de 2008(p. 234), há uma reportagem sobre as 50 empresas mais sustentável segundo a mídia. A mesma cita um momento na vida do pensador norteamericano Charles Sanders Peirce que no final do século XIX, escreveu uma carta à amiga Victória Welby onde Peirce fazia uma análise do último livro de sua amiga Lady Welby, “O Que é a Significação?”, e afirmava que “ninguém pode saber o poder que uma palavra ou frase tem para mudar a face do mundo".
Docsity logo



Copyright © 2024 Ladybird Srl - Via Leonardo da Vinci 16, 10126, Torino, Italy - VAT 10816460017 - All rights reserved