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Guias e Dicas
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Biologia e Ecologia de Ninhos de Megachile benigna em Ninhos-Armadilha, Trabalhos de Ecologia

O estudo sobre a biologia, ecologia e arquitetura de ninhos de megachile (moureapis) benigna mitchell em ninhos-armadilha. O trabalho analisa a abundância, sazonalidade e características dos ninhos, além de descrever os métodos utilizados para atrair abelhas solitárias fêmeas em nidificação. O estudo foi realizado em fragmentos de mata atlântica e os resultados foram correlacionados com os parâmetros climáticos.

Tipologia: Trabalhos

2012

Compartilhado em 26/10/2012

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Baixe Biologia e Ecologia de Ninhos de Megachile benigna em Ninhos-Armadilha e outras Trabalhos em PDF para Ecologia, somente na Docsity! ISSN 1983-0572 Publicação do Projeto Entomologistas do Brasil www.ebras.bio.br www.periodico.ebras.bio.br Biologia da Nidificação de Megachile (Moureapis) benigna Mitchell Frederico Machado Teixeira, Thaís Araújo Cordeiro Schwartz & Maria Cristina Gaglianone 1. Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro - UENF, e-mail: teixeira_fm@yahoo.com.br (Autor para correspondência). thataschwartz@hotmail.com, mcrisgag@uenf.br _____________________________________ EntomoBrasilis 4 (3): 92-99 (2011) B I o N o M I a E C o M P o r t a M E N t o Resumo. Este trabalho descreve aspectos da biologia, ecologia e arquitetura de ninhos de Megachile (Moureapis) benigna Mitchell em ninhos- armadilha (NA). Os NA foram instalados em cinco fragmentos florestais de 2,1 a 920ha, e duas áreas antrópicas (pasto e plantação). Foram utilizados gomos de bambu (NB) e tubos de cartolina preta inseridos em placas de madeira (NC) para atrair fêmeas em nidificação. As abelhas ocuparam 17 NA (12 NB - 9 a 21mm de diâmetro - e 5 NC - 8 a 10mm) em quatro fragmentos florestais, construindo 26 ninhos (um a seis por NB). Nenhum ninho foi fundado nas áreas antrópicas. Não houve diferença entre o tamanho dos ninhos construídos em NB e NC (t= 0,31; p= 0,763; gl= 25). O número de células variou de 1 a 13 por ninho, sendo mais largas em NB do que em NC (t= 2,26; p= 0,033; gl= 25). A atividade de construção ocorreu durante o período chuvoso (outubro a março), sem correlação com parâmetros climáticos. A emergência (1 a 12 por ninho) foi correlacionada com a umidade (t= 3,013; p= 0,006). O tempo de emergência variou de 1 a 141 dias a partir da coleta do ninho. A proporção sexual foi de 1,8:1 macho/fêmea, diferindo de 1:1 (Χ2= 9,39; p<0,002). Ninhos foram parasitados por Coelioxys otomita Cresson e outras duas espécies de Coelioxys. A espécie demonstra plasticidade na utilização do substrato, com preferência por cavidades com diâmetros maiores que 9mm. Existe uma possível dependência da espécie a ambientes florestais, uma vez que a maior ocorrência de nidificação se deu em áreas de floresta em estágio avançado de regeneração. Palavras-chave: Brasil; Mata Atlântica; Megachilidae; Ninho-armadilha. Nesting Biology of Megachile (Moureapis) benigna Mitchell Abstract. This paper describes the biology, ecology and nest architecture of Megachile (Moureapis) benigna Mitchell in trap nests (NA). The NA were installed in five forest fragments of 2.1 to 920ha, and two disturbed areas (pasture and plantation). We used bamboo canes (NB) and black cardboard tubes placed on wooden boards (NC) to attract nesting females. Bees occupied 17 NA (12 NB - 9 to 21mm in diameter - and 5 NC - 8 to 10mm) in four forest fragments forming 26 nests (one to six nests per NB). No nest was founded in disturbed areas. There was no difference between NB and NC related to the size of formed nests (t= 0.31, p= 0.763, df= 25). The number of cells ranged from 1 to 13 per nest, being larger in NB than in NC (t= 2.26, p= 0.033, df= 25). The construction activity occurred during the rainy season (October to March), with no correlation to climate parameters. Emergence (1 to 12 per nest) was correlated with humidity (t= 3.013, p= 0.006). Time to adult emergence varied from 1 to 141 days. The sex ratio was 1.8:1 male/female, differing from 1:1 (Χ2= 9.39, p<0.002). The parasites were Coelioxys otomita Cresson and two other species of Coelioxys. The species demonstrates plasticity in nesting substrate, and preference for cavities with diameters larger than 9mm. There is a possible dependence of the species to forest environments, since the higher occurrence of nesting was in forest areas in advanced stages of regeneration. Keywords: Atlantic Forest; Brazil; Megachilidae; Trap-nest. _____________________________________ O déficit de polinização na agricultura (Thomson 2001; Vaissière et al. 2010) e o recente desaparecimento de colônias de Apis mellifera Linnaeus em vários países (Genersch et al. 2010) alertaram para a necessidade de conhecimento sobre polinizadores nativos que possam ser manejados em áreas agrícolas. Assim, a atenção se voltou para as espécies de abelhas nativas com potencial para a polinização de diversas culturas (imperaTriz-Fonseca 2004). Dentre estas, as abelhas que nidificam em cavidades são de grande interesse devido à possibilidade de obtenção de seus ninhos através da técnica de ninhos-armadilha e à praticidade no seu manejo. Uma espécie de grande sucesso no manejo em ninhos-armadilha, em países como Canadá e EUA, é Megachile (Eutricharaea) rotundata (Fabricius), importante polinizador da alfafa (mader et al. 2010). No Brasil, os gêneros Centris, Euglossa e Megachile apresentam o maior número de espécies de abelhas amostrado em ninhos-armadilha em diferentes ecossistemas (GaróFalo et al. 2004), mas ainda carecem de estudos básicos sobre a sua biologia da nidificação para que possam ser utilizados como polinizadores em larga escala. As abelhas do gênero Megachile Latreille (Megachilidae) são cosmopolitas e têm comportamento solitário. São conhecidas como abelhas cortadoras de folhas, por utilizarem este material ou pétalas na confecção dos seus ninhos, construídos no solo ou em cavidades existentes em troncos, galhos ou outros substratos (raw 2004a). Para a região Neotropical são conhecidas 392 espécies e, destas, 160 têm distribuição no Brasil (raw 2004b). De acordo com González (2008), são reconhecidos 24 subgêneros com distribuição neotropical, sendo que nove deles ocorrem exclusivamente nesta região biogeográfica. O subgênero Moureapis Raw, de distribuição principalmente neotropical, alcançando o Chile e regiões sul e oeste da Argentina, possui 31 espécies descritas (González 2008), 11 delas com ocorrência no Brasil (moure et al. 2008). Dados sobre a nidificação das espécies de Megachile no Brasil são escassos, podendo-se destacar os trabalhos sobre descrição de ninho natural de Megachile (Austromegachile) habilis Michener em Mata de Araucária no Paraná (laroca et al. 1987), e estudos com ninho-armadilha de Megachile (Austromegachile) orbiculata Mitchell na Amazônia Central Biologia da nidificação de Megachile (Moureapis) benigna Mitchell... Teixeira et al. 93 (moraTo 2003), Megachile (Chrysosarus) guaranitica Schrottky, Megachile (Moureapis) anthidioides Radoszkowsky, Megachile (Moureapis) sp.02 e Megachile (Melanosarus) nigripennis Spinola em área de transição de Mata Atlântica e Cerrado em Minas Gerais (cardoso & silVeira 2003), Megachile (Chrysosarus) pseudanthidioides Moure em Mata Atlântica secundária em Santa Catarina (zillikens & sTeiner 2004), Megachile (Moureapis) anthidioides em Mata Atlântica pluvial baixo-montanta no estado de Minas Gerais (sabino & anTonini 2009) e M. (Moureapis) sp. em campos rupestres, várzea e Mata de Araucária no Paraná (GonçalVes & buschini 2009). As fontes de material vegetal para a construção dos ninhos, assim como as fontes de pólen para alimentação das larvas, podem ser específicas e sua distribuição pode determinar a localização dos ninhos (GaThmann & TscharnTke 2002). De acordo com michener (2007), a existência de cerdas por toda a face, principalmente no clípeo, em algumas espécies de Megachile é uma adaptação que favoreceria a coleta de pólen, principalmente das famílias Lamiaceae e Scrophulariaceae. Relações oligoléticas de Megachile foram observadas com plantas das famílias Lamiaceae (müller 1996) e Asteraceae (GaróFalo et al. 2004; schlindwein 2004). Nos inventários da melissofauna e flora associada realizados no Brasil (segundo compilação de pinheiro- machado et al. 2002), 50% dos Megachilidae amostrados ocorreram em flores de Asteraceae. Megachile (Moureapis) não havia sido registrado em ninhos-armadilha na compilação realizada por GaróFalo et al. (2004). Mais recentemente, M. (Moureapis) anthidioides foi observada por sabino & anTonini (2009) como a única espécie de abelha a ocupar ninhos de cartolina no seu estudo em Minas Gerais. Espécies deste subgênero foram registradas coletando pólen de flores de Asteraceae, Balsaminaceae, Convolvulaceae, Solanaceae e Onagraceae: M. (M). sp. (buschini et al. 2009; sTeiner et al. 2010) e M. (M). anthidioides (mouGa & kruG 2010). Megachile (Moureapis) benigna Mitchell foi registrado em Mato Grosso, São Paulo (raw 2004b; moure et al. 2008) e no Paraná (woiski 2009) e nenhuma referência a estudos da sua biologia foi encontrada. No estado do Rio de Janeiro, foi amostrada em fragmentos florestais da região noroeste e pode ser um importante polinizador de plantas nativas e com potencial para polinização de plantas cultivadas na região. Este trabalho tem como objetivo descrever aspectos da biologia, ecologia e arquitetura de ninhos de Megachile (Moureapis) benigna Mitchell em ninhos-armadilha (NA) em fragmentos de Mata Atlântica, analisando sua abundância, sazonalidade, e características dos ninhos. Este estudo está inserido no componente Monitoramento da Biodiversidade do projeto “Gerenciamento integrado de agroecossistemas em microbacias hidrográficas do norte-noroeste fluminense”, o RIO RURAL-GEF, vinculado à Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento do Rio de Janeiro (SEAPPA-RJ), que visa à recuperação da biodiversidade de microbacias do norte- noroeste fluminense. MATERIAL E MÉTODOS O estudo foi desenvolvido em fragmentos de floresta estacional semidecidual submontana (segundo classificação de Veloso et al. 1991), domínio de Mata Atlântica, na Microbacia Valão de Santa Maria, em São José de Ubá – RJ (21º21’ a 21º24’S; 41°55’ a 42°2’O). O clima na região é do tipo Aw (sensu köppen 1948), tropical quente e úmido, com a estação seca (inverno) e chuvosa (verão) bem definidas, e temperatura média anual em torno de 23°C, máxima de 40°C e mínima de 15°C. Possui regime de pluviosidade de 1200 mm anuais, com 82% desta ocorrência entre os meses de outubro e março (GonçalVes et al. 2006). Os conjuntos de ninhos-armadilha foram instalados em cinco fragmentos de tamanhos entre 2,1 e 920ha – ZT (2,1ha); JF (4,1ha); HB (6,6ha); JM (7,6ha) e Prosperidade (920ha), este último com dois pontos de coleta (PRO1 e PRO2) –, além de duas áreas antrópicas (pasto e plantação). Os fragmentos apresentam subbosque fechado e árvores com altura entre 10 e 15m, sendo comuns vestígios de caça, pastoreio de gado e corte seletivo de árvores. As principais atividades econômicas no entorno são agropecuária, olericultura e tomaticultura (rio-rural 2007; SEAPPA-RJ 2007; dan 2009). Os pontos amostrais em fragmentos foram alocados no interior da mata, evitando assim o efeito de borda. Para a atração de abelhas solitárias fêmeas em nidificação, foram utilizados dois tipos de conjuntos de ninhos- armadilha (NA): (1) feixes de gomos de bambu de diferentes diâmetros (5-30mm), com 15 a 17cm de comprimento, com uma extremidade fechada pelo nó e a outra extremidade aberta, arranjados dentro de secções transversais de garrafas PET, em disposição horizontal, na altura de 1 a 1,7m sobre estacas de madeira; (2) tubos de cartolina preta com comprimento de 9 a 10cm, vedados em uma das extremidades pela própria cartolina e inseridos em orifícios de diferentes diâmetros (4, 6, 8, 10 e 15mm) em uma placa de madeira de medidas: 26x15x6cm, a 1,7m do solo, sob cobertura de uma folha de PVC e presos por cordas e fios de náilon a galhos de árvores ou arbustos (Figura 1). Os NA (45 de bambu e 49 de cartolina por ponto amostral) foram inspecionados mensalmente durante o período de julho de 2007 a agosto de 2009. Quando ocupados, foram removidos e substituídos por outro de mesmo diâmetro. Os ninhos recolhidos foram mantidos em temperatura ambiente dentro de mangueira plástica transparente, com as extremidades vedadas com algodão, até a emergência dos adultos. Figura 1. Modelos de ninhos-armadilha: (A) feixe de gomos de bambu e (B) tubos de cartolina de diferentes diâmetros inseridos em placa de madeira com cobertura de PVC. Setembro - Dezembro 2011 - www.periodico.ebras.bio.br EntomoBrasilis 4(3) 96 atmosférica (t= -2,189; p= 0,039). Tanto machos como fêmeas ocorreram em ninhos com diâmetro de 0,8 a 2cm. O tempo de emergência dos ninhos variou de 1 a 141 dias após sua coleta em campo, com média de 22 dias para bambu e 42 para cartolina (Figura 6). Dos 26 ninhos construídos, emergiram 48 machos e 23 fêmeas; de 53,8% dos ninhos (n= 14) emergiram apenas machos, e de 30,8% (n= 8) somente fêmeas. A razão sexual foi de 1,8 macho: 1 fêmea, sendo significativamente distinta de 1:1 (χ2= 9,39; p<0,002; gl= 1). Espécies associadas. Cinco ninhos de M. (M.) benigna foram parasitados por Coelioxys (Acrocoelioxys) otomita Cresson e duas outras espécies não identificadas deste gênero (Coelioxys sp5 e Coelioxys sp7, segundo referência da coleção UENF). Dos ninhos construídos em bambu emergiram C. otomita (n= 3; 12 indivíduos) e C. sp5 (n= 1; 1 indivíduo) enquanto que C. sp7 (n= 1; 2 indivíduos) ocorreu apenas em cartolina. DISCUSSÃO Uso das cavidades. Ninhos de abelhas do gênero Megachile são comumente amostrados em ninhos-armadilha, tornando viável a sua coleta e estudo. Entretanto, apesar da aparente facilidade, diversas limitações podem estar contribuindo para o pequeno número de espécies estudadas em detalhes no Brasil. Além da dificuldade na identificação taxonômica das espécies (raw 2004a), o número insuficiente de ninhos amostrados em cavidades pode impossibilitar a determinação de padrões ecológicos e comportamentais. Neste estudo, a abundância dos ninhos de Megachile benigna foi baixa (n= 26 ninhos em 17 NA em 2 anos), correspondendo a uma taxa de ocupação de 0,75% relativa a todas as cavidades disponíveis ao longo do trabalho. Apesar da alta frequência de ocupação observada para algumas espécies do subgênero em regiões de clima tropical (sabino & anTonini 2009), Megachile (Moureapis) parece ser mais diverso em regiões de temperatura mais amena (silVeira et al. 2002), onde pode apresentar alta abundância de ninhos (GonçalVes & buschini 2009). Dados relativos à distribuição geográfica de M. benigna são incompletos, com registros para os estados do MT e SP (raw 2004b), PR (woiski 2009) e no RJ (este trabalho). Portanto, os dados disponíveis não nos permitem avaliar se as populações destas abelhas nos fragmentos estudados são raras ou encontram-se ameaçadas, levando à baixa frequência de nidificações, ou se a região seria uma área marginal na distribuição geográfica da espécie. O estudo em outras regiões geográficas pode contribuir para esta discussão. A espécie teve preferência, ainda que não significativa, pelo uso dos ninhos-armadilha de bambu comparativamente ao uso da cartolina, ocupando principalmente cavidades com diâmetros maiores que 0,9cm, assim como outras espécies do subgênero (GonçalVes & buschini 2009; sabino & anTonini 2009). Dentre os substratos avaliados, a cartolina apresenta vantagens na maior facilidade de manuseio, característica desejável quando se visa o manejo racional de ninhos, mas exige maiores cuidados, por exemplo, em ambientes mais úmidos. O uso de cavidades de diâmetros semelhantes aos ocupados por outras espécies com hábitos comportamentais semelhantes pode ser vantajoso pela possibilidade de maior atração de polinizadores, que possam ser usados conjuntamente em programas de polinização. A construção de mais de um ninho (ou cartucho) em um mesmo ninho-armadilha de bambu demonstra que a espécie tem a capacidade de moldar seu comportamento de acordo com o substrato utilizado. Entretanto, não se pode afirmar que os ninhos construídos em um mesmo ninho-armadilha são provenientes de uma mesma fêmea, por não terem sido realizados acompanhamento direto no campo ou análises genéticas dos emergentes. Estudos indicam que uma fêmea pode reconhecer o seu próprio ninho, distinguindo-o de ninhos de outras fêmeas (raw 1992). O acompanhamento das atividades de fêmeas marcadas no campo é necessário para entender estes aspectos. Arquitetura dos ninhos. O ninho de M. (M.) benigna, de Figura 4. Umidade relativa no período de estudo e número de ninhos construídos em ninho-armadilha por Megachile (Moureapis) benigna Mitchell em fragmentos de floresta estacional semidecidual submontana na Microbacia Valão de Santa Maria, São José de Ubá – RJ. Áreas do estudo: ZT (2,1ha); JF (4,1ha); HB (6,6ha); JM (7,6ha) e Prosperidade (920ha com dois pontos de coleta, PRO1 e PRO2). 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 0 5 10 15 20 25 30 35 40 J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A 2007 2008 2009 U m id ad e re la tiv a do a r (% ) N úm er o de e m er ge nt es Mês/ Ano PRO1 PRO2 JM JF Figura 5. Umidade relativa no período de estudo e número de emergentes de Megachile (Moureapis) benigna Mitchell (n=64) obtidos em ninhos- armadilha entre julho/2007 a agosto/2009 em fragmentos de mata estacional semidecidual submontana na Microbacia Valão de Santa Maria, em São José de Ubá – RJ. Áreas de estudo: ZT (2,1ha); JF (4,1ha); HB (6,6ha); JM (7,6ha) e Prosperidade (920ha com dois pontos de coleta, PRO1 e PRO2). Figura 6. Período de emergência por ninho de Megachile (Moureapis) benigna Mitchell, entre julho/2007 e agosto/2009 em ninhos-armadilha coletados em fragmentos de floresta estacional semidecidual submontana na Microbacia Valão de Santa Maria, São José de Ubá - RJ. (●) coleta do ninho- armadilha; (=) tempo decorrido da coleta até a emergência, (◦) emergências; (─) tempo decorrido entre emergências; (?) adulto encontrado morto quando da abertura do ninho. Códigos de ninhos iniciados em NC correspondem a ninhos em cartolina e NB a ninhos construídos em bambu, (*) emergência apenas de fêmeas; (#) emergência de machos e fêmeas. Os meses em negrito correspondem à estação chuvosa. NCP1-13* NCP1-14 NCP1-15 NCP1-16* NB21-02_1 NB21-02_2 NB21-02_3 NB21-02_4 NB21-02_5 NB21-02_6 NB21-06# NB19-27* NB21-24* NB22-09_1* ●○ NB22-09_2* ●○ NB23-14* ●○ NB04-08_1* NB04-08_2* NB04-11 NB04-13 NB06-26 NCJF-20 NB07-04 NB07-10_1# NB07-10_2# HB (2ha) NB12-11 ● ? Área Ninho PRO1 (730ha) ●═══════○ ●══○ ●══○ ●═══════○ ●○▬○ ●○▬○ ●○▬○ ●○▬○ ●════○ ●○ ●○ PRO2 (730ha) JM (6ha) ●══○ ●══○ ●══○ ●══○ ●════════○ JF (2,5ha) ●○ ●════════○ ●══○ ●══○ Jl Ag S O N D Ja F Mr A M F Mr A MJn Jl Ag S O N ●○▬○ ●○▬○ Jn Jl Ag 2007 2008 2009 D Ja Biologia da nidificação de Megachile (Moureapis) benigna Mitchell... Teixeira et al. 97 maneira geral, é semelhante aos descritos para outras espécies de Megachile, constituindo-se de tubo de folhas ou pétalas formando um cilindro com células dispostas linearmente. O número médio de células construídas por ninho está dentro do intervalo (4 a 7) já conhecido para outras espécies do subgênero (GonçalVes & buschini 2009; sabino & anTonini 2009). A utilização de diferentes tipos de cortes do material vegetal para a construção dos ninhos já havia sido relatada (ver o’Toole & raw 1999). As características de nidificação principalmente quanto ao comportamento, e a utilização de folhas ou pétalas e outras substâncias para a construção dos ninhos é um caráter utilizado em análises filogenéticas, tendo um papel importante na indicação dos subgêneros de Megachile (González 2008). Entretanto a utilização de barro em revestimento de células não é descrita para o subgênero, este aspecto comportamental merece atenção, devendo ser melhor investigado. González (2008) ressalta ainda que os subgêneros Acentron, Leptorachis, Melanosarus, Moureapis e Pseudocentron pertencem a uma mesma linhagem filogenética. Ninhos de M. (Pseudocentron) inscita Mitchell obtidos em ninhos-armadilha na mesma região deste estudo apresentaram características semelhantes aos de M. (M.) benigna quanto à utilização de folhas, pétalas e areia para a construção dos ninhos (Schwartz 2009). Contudo, a utilização de barro como revestimento de células de cria havia sido descrito para o subgênero Chrysosarus (eg. Megachile (Chrysosarus) pseudanthidioides Moure: pérez-maluF 1993; zillikens & sTeiner 2004), que pertence a uma linhagem filogenética distinta dos subgêneros mencionados acima (ver González 2008). O estudo de maior número de espécies é necessário para uma reavaliação sobre a utilização de diferentes materiais de construção pelo gênero. Quanto ao aspecto prático de um possível manejo desta espécie em ninhos-armadilha, deve-se atentar para a existência destes materiais nas proximidades do ninho. A existência de um tampão inicial de barro (Figura 3C) pode ser explicada devido à espécie ser oportunista na utilização de cavidades, utilizando até mesmo ninhos de outras espécies de Hymenoptera como Trypoxylon lactitarse Saussure (Crabronidae) ou Pachodinerus grandis Willink & Roig-Alsina (Vespidae), espécies também ocorrentes em ninhos-armadilha no local do estudo. Estas vespas utilizam os mesmos substratos (bambu e cartolina) para a nidificação, construindo partições e tampões de barro. Devemos ressaltar ainda que a ocupação de ninhos em conjunto (ninhos mistos) com vespas foi observada no presente estudo. Abundância e sazonalidade. Apesar de não haver correlação significativa entre as atividades de nidificação de M. (M.) benigna com a maioria dos parâmetros ambientais testados, a nidificação e emergência desta espécie ocorreram exclusivamente na estação chuvosa, sendo que a emergência ocorreu em meses de maior umidade relativa. Na região sul do Brasil o período de nidificação de Megachile (Moureapis) sp. é relacionado ao pico de florescimento de algumas plantas como Ludwigia peruviana (Linnaeus) H. Hara e Ludwigia sericea (Cambess.) H. Hara havendo sincronismo entre estas espécies (buschini et al. 2009). Este fator, porém, não foi analisado neste estudo. A razão sexual desviada para a maior produção de machos foi também verificada para outras espécies dentro do subgênero (GonçalVes & buschini 2009; sabino & anTonini 2009). O desequilíbrio na produção de machos e fêmeas é observado em diversas espécies e normalmente pode ser atribuído principalmente a três fatores: (1) às altas taxas de parasitismo (aGuiar & marTins 2002), fato não observado neste estudo, que apresentou baixa taxa de parasitismo; (2) o tamanho dos diâmetros disponíveis, onde machos seriam provenientes de diâmetros menores (pérez-maluF 1993); esta tendência também não se observa no presente estudo onde machos e fêmeas foram frequentes em todos os diâmetros ocupados, sem diferença significativa; (3) preferência de microhabitat no ambiente, onde as fêmeas estariam sendo produzidas em locais mais propícios a seu desenvolvimento em áreas próximas aos ninhos destes machos (GonçalVes & buschini 2009), situação esta não abordada neste estudo. O período de desenvolvimento, avaliado da retirada do ninho fechado no campo até a emergência dos adultos, variou muito para M. (M.) benigna (1 a 141 dias), quando comparado a outras espécies do subgênero. Entretanto, as médias (22 a 42 dias) encontram-se dentro dos padrões encontrados para estas espécies (32 dias para machos e 34 para fêmeas de uma espécie não identificada (GonçalVes & buschini 2009) e 21 a 56 dias para M. (M.) anthidioides (sabino & anTonini 2009). Espécies associadas. Neste trabalho, foi verificado o parasitismo de ninhos de M. (M.) benigna por abelhas do gênero Coelioxys. Estas abelhas parasitas estão associadas a ninhos de abelhas Megachile, onde ovipositam sobre a massa de aprovisionamento de uma célula aberta enquanto a fêmea de Megachile forrageia (michener 2007). Na literatura, além de Coelioxys, Bombylidae (Diptera), Chrysididae (Hymenoptera) e outras vespas não identificadas foram descritas como parasitas de outras espécies de M. (Moureapis) (GonçalVes & buschini 2009; sabino & anTonini 2009). A frequência de parasitismo (5 de 26 ninhos parasitados = 19,23%) foi mais alta do que a registrada para outras espécies do subgênero como M. (Moureapis) sp. (4,66%) (GonçalVes & buschini 2009) e M. (M.) anthidioides (15,38%) (sabino & anTonini 2009). Potencialidade para manejo e indicador ambiental. As modificações do uso da terra e a expansão urbana têm alterado rapidamente a composição, a estrutura e as funções ecológicas dentro dos ecossistemas, sendo estas as principais causas do declínio da diversidade de polinizadores (Ghazoul 2005; kremen 2005; Vamosi et al. 2006). O manejo alternativo de espécies silvestres de abelhas tornou-se de extrema importância para a manutenção da flora nativa e de culturas agrícolas devido principalmente ao fato de que abelhas sociais do gênero Apis, extensamente manejadas, não são eficientes polinizadores de muitas espécies vegetais. Estudos feitos no Brasil indicam que espécies de Megachile são potenciais polinizadores de diferentes espécies vegetais (GaróFalo et al. 2004; imperaTriz-Fonseca & dias 2004; aGuiar & GaGlianone 2008). Assim, os dados apresentados neste trabalho são importantes para agregar conhecimento sobre as espécies com ocorrência em ecossistemas da Mata Atlântica visando a obtenção de um manejo efetivo dos polinizadores em áreas agrícolas. Neste estudo, todos os ninhos obtidos foram provenientes de área de floresta e nenhum foi fundado em área urbana ou antropizada, indicando assim, uma possível dependência da espécie a ambientes florestais. Esta sugestão é corroborada pelo fato de que a maior ocorrência de nidificação se deu em áreas de floresta em estágio mais avançado de regeneração, com a área basal média superior a 28 m2.ha-1 (dan et al. 2010). Com atividade na estação chuvosa, esta espécie é potencial polinizador de plantas em florescimento neste período, e dados sobre suas fontes preferenciais de recursos ainda são necessários para orientar programas de manejo e conservação da fauna e flora. AGRADECIMENTOS Ao Dr. Gabriel Augusto Rodrigues de Melo (UFPR) pela identificação dos espécimes, ao Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) pelos dados climáticos da região do estudo, aos proprietários rurais que permitiram o estudo em suas áreas, ao Projeto RIO RURAL-GEF/SEAPPA-RJ e ao PROCAD/CAPES (158/07) pela logística e fomento e Faperj pela bolsa concedida ao primeiro autor e fomento para a pesquisa. REFERÊNCIAS Ayres, M., M. Ayres Jr, D.L. Ayres & A.S. Santos, 2005. BioEstat: aplicações estatísticas nas áreas das ciências bio-médicas. 1º ed., Belém, PA. 324p. Disponível em: <http://www. Setembro - Dezembro 2011 - www.periodico.ebras.bio.br EntomoBrasilis 4(3) 98 mamiraua.org.br/download>. Aguiar, A.J.C. & C.F. Martins, 2002. 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