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Glossario de Oceanografia, Notas de estudo de Oceanografia

Este Glossário "ilustrado" é muito bom

Tipologia: Notas de estudo

2012
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Baixe Glossario de Oceanografia e outras Notas de estudo em PDF para Oceanografia, somente na Docsity! ái) GLOSSÁRIO de OCEANOGRAFIA ABIÓTICA Universidade Federal do Ceará – UFC Reitor Jesualdo Pereira Farias Vice-Reitor Henry de Holanda Campos Pró-Reitor de Graduação Custódio Luís Silva de Andrade Instituto de Ciências do Mar LABOMAR Diretor Manuel Antônio de Andrade Furtado Neto Vice-Diretor e Coordenador Acadêmico Luis Parente Maia Núcleo de Audiovisual e Multimeios NAVE Coordenador Editorial Francisco de Assis Pereira da Costa (IBAMA–CE/UFC – LABOMAR) CNPQ-INCT-TMCOcean Conselho Nacional de Desenvolvimento Científi co e Tecnológico – Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Transferência de Materiais Continente- Oceano Coodenador Luiz Drude de Lacerda Vice-coordenadora e Coordenadora Institucional Rozane Valente Marins APRESENTAÇÃO ...................................................................................... 07 PREFÁCIO ................................................................................................. 09 Abreviaturas...............................................................................................11 Siglas ..........................................................................................................11 Unidades ....................................................................................................11 GLOSSÁRIO .............................................................................................. 13 ILUSTRAÇÕES (fotografi as e fi guras) ...................................................113 CRÉDITOS (fotografi as e fi guras) ......................................................... 133 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA .............................................................. 135 SUMÁRIO a c b Zona de arrebentação Rochas praiais ou grés de praia Berma Crista de berma Estudantes, professores e pesquisadores quando atuam efe- tivamente em suas tarefas no afã de elucidar com discernimento seus conceitos e transmitir com precisão seus ensinamentos, ou ao dis- cutir de forma objetiva e transparente suas idéias, devem procurar sempre uma linguagem simples, direta, objetiva, para o melhor ren- dimento desta interação e aprimoramento de resultados esperados. O Glossário de Oceanografi a Abiótica do Instituto de Ciên- cias do Mar (LABOMAR), expõe com objetividade as respostas às dú- vidas que surgem na prática das leituras sobre expressões usadas em artigos científi cos na área pertinente. A consulta ao glossário faci- litará certamente a elaboração e compreensão dos textos de disserta- ções, teses, monografi as, projetos de pesquisa, relatórios de atividades de campo ou de laboratório, seminários, tornando-os mais inteligíveis. O LABOMAR sempre teve interesse e disposição em transferir para os seus estagiários, pesquisadores, professores, enfi m, para a co- munidade em geral interessada em assuntos do mar, informações e eluci- dação de fatos ocorrentes e recorrentes na área costeira e de mar aber- to. Utiliza sempre nas suas reportagens, através dos diversos meios de comunicação, linguagem simples e direta para que as pessoas possam absorver melhor o signifi cado desse fascinante ambiente de estudo. Hoje, uma equipe de alunos, estagiários, jovens pesquisadores e professores do Instituto de Ciências do Mar, à frente do INCT-TMCOcean do CNPq, tomaram a oportuna iniciativa de elaborar este glossário de oceano- grafi a abiótica que, com certeza, servirá de fonte de consulta aos alunos des- ta área e de áreas afi ns. Contribui dessa forma para um melhor acerto, com confi ança e segurança nas discussões, afi rmações, proposições e relatos cotidianos e, principalmente, no resultado dos seus trabalhos acadêmicos. É uma ação que decorre, precipuamente, quando se é escolhi- do para gerenciar projetos de pesquisa, enxergar ao longo do seu de- senvolvimento outras alternativas que possam ajudar de forma direta a própria equipe, e outras tantas de áreas interdisciplinares, dando expli- cações com maior clareza e tornando-as de melhor apreensão. É exata- mente isto o que está posto neste glossário. Ao coligir defi nições, discu- APRESENTAÇÃO 7 10 1111 Abreviaturas i.e. – isto é. log – logaritmo. p. – página. p. ex. – por exemplo. pH – potencial hidrogeniônico. Siglas AP – Antes do Presente. CE – Ceará. E – leste. ENE – este-nordeste. ESE – este-sudeste. EUA – Estados Unidos da América do Norte. IBGE – Instituto Brasileiro de Geogra- fi a e Estatística. NE – nordeste. NNE – norte-nordeste. NNO – norte-noroeste. NO – noroeste. O – oeste. ONO – oeste-noroeste. OSO – oeste-sudoeste. PE – Pernambuco. RMPG – Rede Maregráfi ca Perma- nente para Geodésia. RS – Rio Grande do Sul. S – sul. SE – sudeste. SO – sudoeste. SP – São Paulo. SSE – este-sudeste. SSO – sul-sudoeste. W – oeste. Unidades Å – ângstron. at.-g . L-1 – átomo grama por litro. atm – atmosfera. B – bar. C – coulomb. oC – grau centígrado. cm – centímetro. g – grama. Gal – galileu. g . kg-1 – grama por quilograma. h – hora. K – kelvin. kg – quilograma. km – quilômetro. km . h-1 – quilômetro por hora. L – litro. m – metro. m3 – metro cúbico. mB – milibar. μg – micrograma. μL – microlitro. m . s-1 – metro por segundo. m . s-2 – metro por segundo ao quadrado. m2 – metro quadrado. min. – minuto. mm – milímetro. μm – micrometro. mm de Hg – milímetro de mercúrio. M – mol. mmol – milimol. nM – nanomol. nm – nanometro. N – newton. N . m-2 – newton por metro quadrado. ‰ – partes por mil. Pa – pi. π – pascal. V – volt. 12 15 ADSORVENTE – fase sólida na qual um elemento sofre adsorção através de um fenômeno de superfície. ADVECÇÃO – transporte de massa de um fl uido. Ex.: processos advectivos de ventos e correntes. AERODINÂMICA – estudo do ar e outros gases em movimento visando, prin- cipalmente, o estudo da resistência do ar ao movimento de corpos sólidos. AEROSFERA – o mesmo que atmosfera. AEROSSOL – partícula líquida ou sólida que pode persistir na atmosfera por longo período de tempo. Em geral, são partículas com 0,01 a 100 μm de diâmetro, incluindo partículas fi nas do solo, a salsugem e outros materiais tais como partículas geradas por processos de combustão. Ex.: nuvens, fumaça, spray marinho etc. AFÉLIO – ponto de afastamento máximo de um planeta em relação ao Sol. AFERIR – medir ou conferir pesos e medidas ajustadas a um padrão. AFLORAMENTO – exumação de substrato rochoso ou de camadas sedimen- tares acima da superfície da água (ver foto a, p. 114). AFLUENTE – curso d’água que se junta a outro principal, a um lago ou ao mar. AFOGAMENTO – resultado da inundação de uma área por elevação do nível d’água ou por rebaixamento de área continental. AGLUTINAÇÃO – fenômeno no qual ocorre a junção de fragmentos líticos, que são oriundos da precipitação em águas de mares, rios ou lagos. AGRADAÇÃO – fenômeno de formação de uma superfície por ação de de- posição. É antônimo de erosão. AGREGADO MARINHO – material litoclástico e bioclástico, geralmente ex- plotado da Plataforma Continental, utilizado na construção civil, indústria química e na reconstrução de praias. Ex.: cascalhos, areias etc. ÁGUA ANTÁRTICA DE FUNDO – massa d’água presente no fundo do Oceano Atlântico que possui temperatura de -0,5º a 0ºC e salinidade entre 34,6 a 34,7. ÁGUA ANTÁRTICA INTERMEDIÁRIA – massa d’água presente numa região da Antártica em profundidades de 600 a 800 m até 1.200 m. Possui tem- peratura de 3º a 4º C e salinidade entre 34,2 a 34,3. 16 ÁGUA CENTRAL DO ATLÂNTICO SUL (ACAS) – resultante de confl uência de massa d’água sub-tropical. É mais fria e menos salgada que a água tropical. Ver água tropical. ÁGUA DE COPENHAGUE – água preparada pelo Laboratório Hidrográfi co de Copenhague, utilizada como padrão na determinação da taxa de condutivi- dade de uma amostra de água do mar e como água de comparação durante titulações da água do mar para determinação de salinidade. Apresenta salinidade 35, temperatura de 25ºC e pH 8,1. ÁGUA DE CRISTALIZAÇÃO – água que de dentro do retículo cristalino de uma substância e que faz parte de sua composição química. ÁGUA DEIONIZADA – água isenta de íons, obtida após sua passagem por coluna que possui resina de troca iônica. ÁGUA DE ROLAMENTO – parte da água de precipitação pluviométrica que corre sobre a superfície, que desemboca em um corpo hídrico. ÁGUA DOCE – água com baixo teor de sais dissolvidos, formadora de rios, lagos etc. Termo usado em contraposição à água do mar, que é salgada. Segundo a resolução CONAMA nº 357, de 17 de março de 2005, é a água com salinidade igual ou inferior a 0,5. ÁGUA DO MAR – água que constitui os oceanos e mares. É caracterizada pelo seu conteúdo em sais, principalmente cloreto de sódio (NaCl). Possui temperaturas variáveis entre -2 até 30°C, salinidades geralmente maiores que 32 e inferiores a 39 e pequenas quantidades de gases dissolvidos. Es- ses fatores físico-químicos se relacionam e possuem uma interdependência entre si. P. ex.: a quantidade de gases que pode se dissolver na água do mar relaciona-se de uma maneira inversamente proporcional com a tem- peratura e a densidade da água. ÁGUA DO MAR ARTIFICIAL – soluções preparadas em laboratório que se aproximam da composição da água do mar. ÁGUA DO MAR PADRÃO – ver Água de Copenhague. ÁGUA DURA – água que apresenta cátions multivalentes, composta princi- palmente por sais de cálcio e magnésio. A dureza na água pode causar a formação de crostas dentro de tubulações e caldeiras, devido à precipita- ção do cálcio e do magnésio, e apresenta uma resistência à saponifi cação porque o cálcio e o magnésio reagem com os componentes desse produto, difi cultando a lavagem e impedindo a formação de espuma. 17 ÁGUA INTERSTICIAL – solução aquosa que ocupa os espaços porosos entre as partículas de solos, sedimentos e rochas. A água intersticial pode ser facilmente expulsa por aquecimento até o ponto de ebulição da água ou por variação de pressão. Acredita-se que seja essencial na formação de depósitos minerais economicamente exploráveis como: sulfetos de metais pesados, fosforilas e minérios de ferro e manganês. Embora seja pouco conhecida, seu papel na formação de depósitos de petróleo e gás é muito importante. ÁGUA MAIOR – maré alta. ÁGUA MENOR – maré baixa. ÁGUA MORTA – maré durante a quadratura, quando a altura da maré é menor. ÁGUA NORMAL – o mesmo que Água de Copenhague. ÁGUA OCEÂNICA – água com características físicas e químicas do oceano aberto, além dos limites da plataforma continental, com pouca infl uência do continente (ver foto b, p. 120, foto b, p. 125). ÁGUA OCEÂNICA PADRÃO – água coletada em regiões profundas do oceano para ser utilizada como referência na determinação de relações entre os isó- topos deutério e hidrogênio (D:H) e entre os isótopos de oxigênio (18O:16O). ÁGUA PEGADA – maré do quarto dia subsequente à fase lunar quarto cres- cente e minguante. ÁGUA PESADA – água quimicamente semelhante à Água Normal, sendo com- posta por átomos de deutério (isótopo do hidrogênio) ao invés de átomos de hidrogênio, combinados com um átomo de oxigênio. Apresenta como fórmula química: D2O. ÁGUA PROFUNDA DO ATLÂNTICO NORTE – massa de água presente em regiões profundas do Oceano Atlântico que possui temperatura de 2º a 4ºC e salinidade entre 34,9 a 35,0. ÁGUA RASA (onda de) – em geral, refere-se às condições de onda quando esta transita em um corpo aquoso com profundidade igual ou menor do que a metade do seu comprimento, sendo afetada pela topografi a de fundo. ÁGUA SALOBRA – água com salinidade intermediária entre as águas doce e salina. Segundo a resolução CONAMA nº 357, de 17 de março de 2005, é a água que apresenta salinidade superior a 0,5 e inferior a 30 (ver foto a, p. 120). 20 do lugar em relação ao nível do mar, a sua altitude pode ser positiva (se o lugar encontra-se acima do nível do mar), ou negativa (se o lugar encontra- se abaixo do nível do mar). ALTO-MAR – parte do mar que fi ca fora das águas territoriais de uma nação. ALTURA DE MARÉ – diferença de nível entre a preamar e baixa-mar. ALTURA DE ONDA – distância vertical entre a crista e a cava de uma onda (ver fi g., p. 92). ALUVIÕES – reservatórios detríticos depositados por ação fl uvial. Quando litifi cados, podem ser denominados de aluviões antigos ou paleoaluviões. AMBIENTE DE BAIXA ENERGIA – região de baixa hidrodinâmica que permite a acumulação de sedimentos de grãos muito fi nos. AMPLITUDE – magnitude do deslocamento de uma onda em relação ao valor médio. Para uma onda harmônica simples, é o máximo deslocamento da sua média. Para movimentos mais complexos, costuma-se tomar como amplitude a metade da distância média entre os máximos e mínimos. AMPLITUDE DE MARÉ – diferença entre a altura de uma preamar e uma baixa-mar. AMONIFICAÇÃO – produção de amônio pela decomposição da matéria orgânica. ANALITO – elemento ou substância investigada em uma análise química ou em determinação analítica. ÂNION – espécie química carregada negativamente, devido ao ganho de elétrons. ANFIPRÓTICA – substância que pode se comportar como ácido ou base. ANGLIANO – termo utilizado no Reino Unido para designar o estádio glacial do Éon pleistocênico referente à glaciação Mindel dos Alpes. ÂNODO – eletrodo onde ocorre oxidação numa célula eletroquímica. ANOMALIA DO VOLUME ESPECÍFICO – é a diferença entre volume específi co da água do mar em relação ao volume específi co da água do mar a uma temperatura de 0ºC e salinidade 35, sob pressão constante. ANOMALIA MAGNÉTICA – distorção no campo magnético. 21 ANOVA – acrônimo para análise de variância. Método estatístico que permite múltiplas comparações de médias de populações de dados. ANÓXIA – condição que indica ausência de oxigênio. Antônimo de óxia. ANÓXICO – que indica ausência total de oxigênio. ANSA – ver enseada (ver foto b, p. 119). ANTÁRTICA – região, tanto continental como marítima, que se estende ao redor do pólo antártico ou pólo sul. Ver círculo polar antártico. ANTEDUNA – duna pouco desenvolvida que se localiza na região anterior a praia, e que possui pequenas dimensões (ver foto c, p. 121, fi g. a, p. 130). ANTEPRAIA – região da praia que se inicia no nível médio da maré baixa e estende-se mar adentro, além da zona de arrebentação, representando uma zona de máxima movimentação de sedimentos (ver foto c, p. 127). ANTIANO – termo utilizado no Reino Unido para designar o intervalo intergla- cial do Pleistoceno correlacionado ao interglacial Tigliano da Escandinávia. ANTICICLONE – movimento circular de um fl uido formado a partir de uma zona de alta pressão. No hemisfério sul esse movimento é para esquerda e no hemisfério norte é para a direita. No Equador, o sentido é indefi nido. ANTICICLONE ANTÁRTICO – centro de alta pressão sobre o continente Antártico. ANTICICLONE ÁRTICO – centro de alta pressão que aparece na região ártica. ANTICICLONE DA SIBÉRIA – área de alta pressão que se forma sobre a Sibéria durante o inverno. No verão, torna-se uma área de baixa pressão. ANTICICLONE DO PACÍFICO – ou alta do Pacífi co, é um centro de alta pressão subtropical quase permanente no Oceano Pacífi co. ANTICLINAL – termo aplicado na tectônica para designar dobras convexas, no sentido dos produtos geológicos mais recentes. ANTIPRÓTON – partícula de massa, spin e carga igual à do próton, porém de sinal contrário e não faz parte do núcleo. Também é conhecida como próton negativo. ANTONIANO – estádio interglacial do Éon pleistocênico que ocorreu entre as glaciações Nebraskaniana e Kansaniana na região que era ocupada pela 22 Calota Laurentiana. ANTROPOCENO – período mais recente da história da Terra que marca a infl uência das atividades humanas sobre o clima e o funcionamento dos ecossistemas terrestres. APERIÓDICO – que não está sujeito a períodos. APOCENTRO – ponto das órbitas dos astros mais distante do ponto de atração. APOGEU – o ponto da órbita em que a Lua, ou qualquer outro satélite, acha- se mais distante da Terra. AQUECIMENTO GLOBAL – fenômeno climático de larga extensão referente a um aumento da temperatura média superfi cial global que vem acontecendo nos últimos 150 anos. AQUÍFERO – rochas ou estruturas sedimentares costeiras capazes de arma- zenar água subterrânea. Ex.: dunas fi xas e móveis. AR ANTÁRTICO – ar cujas características são adquiridas na região antártica. O ar antártico é mais frio que o ar ártico. AR ÁRTICO – ar cujas características são adquiridas principalmente no inverno, sobre a superfície ártica de gelo e neve. AR CONTINENTAL – ar cujas características são adquiridas sobre a terra. AR POLAR – ar com características adquiridas em altas latitudes. AR TROPICAL – ar cujas características são adquiridas sobre baixas latitudes. O ar tropical marítimo desenvolve-se sobre os mares tropicais e sub- tropicais, sendo muito quente e úmido. O ar tropical continental é também muito quente, porém seco. ARCO INSULAR – cadeia de ilha vulcânica originada a partir de uma zona de subducção de duas placas oceânicas, margeada por uma fossa submarina, com alto fl uxo de calor e alta sismicidade. AREIA – sedimento clástico inconsolidado composto por partículas no intervalo granulométrico de 0,062 a 2 mm. AREIA CALCÁRIA – sedimentos inconsolidados compostos predominante- mente por carbonato de cálcio, com intervalo granulométrico de 0,062 a 25 BACIA MARGINAL – bacia com o substrato constituído por massa conti- nental submersa. BACIA OCEÂNICA – área de depressão na Terra que está preenchida por águas que constituem os oceanos. É relativamente plana e ocupam uma grande porção do fundo oceânico. BACIA RETROARCO – também denominada de bacia marginal. É delimitada por um continente e um arco insular. Pode ter mais de 2.000 km de largura. BACIA SEDIMENTAR – depressão decorrente da subsidência do terreno pela deposição de sedimentos e consequente diagênese de rochas ao longo de um tempo geológico. P. ex.: Bacia Potiguar. BAÍA – feição geomorfológica de dimensões situadas entre um golfo e uma enseada, com formato circular. Tem águas tranquilas, por ser abrigada da ação das correntes. BAÍA ABERTA – ver enseada (ver foto b, p. 119). BAIXADA – planície extensa, geralmente situada na zona litorânea pouco acima da zona das marés. P. ex.: Baixada Santista (SP). BAIXA-MAR – nível mais baixo do mar durante um ciclo completo de maré (ver foto b, p. 121, fi gs. a, b, c, p. 130). BAIXIO – áreas rasas que normalmente fi cam emersas durante as baixa-mares de sizígia. É constituido de material inconsolidado: arenoso, argiloso ou conchífero. BALANÇO DE MASSA – consiste na aplicação do princípio de conservação da massa para a análise de sistemas. Fluxos de massa podem ser identi- fi cados através do saldo de entradas e saídas de material em um sistema,. BALANÇO GEOQUÍMICO – saldo de entradas e saídas de elementos químicos em sistemas ambientais. BALANÇO GLACIAL – diferença entre acumulação e ablação. Quando igual a zero, para um longo período de tempo, caracteriza que o tamanho de uma geleira fi cou inalterado. BALANÇO SEDIMENTAR – aferição das partículas erodidas e sedimentadas, em uma determinada porção da costa. BALIZA – estaca ou boia que se coloca sobre um banco de areia ou rochedo 26 na água para auxiliar na navegação. BALIZA PARA MEDIR CORRENTE – também chamado de derivador,é a mar- cação de superfície usada para se obter a velocidade e direção de uma corrente de superfície. BÁLTICA – continente originado na transição do Pré-Cambriano ao Cambriano, que deu origem ao norte da Europa. BANCO – elevação do fundo marinho até próximo à superfície da água, resul- tando em área de baixa profundidade para permitir a navegação. BANCO DE BRUMA – formação de nuvens muito densas próximo à superfície do mar. BANQUISA – bloco de gelo formado pelo congelamento da água do mar que, ao se congelar, acarreta certa dessalinização. BARICENTRO – centro de gravidade. BARISFERA – termo utilizado para designar a porção interior da Terra, mais densa, pesada e de temperatura mais elevada. Tem como sinônimo nife, que corresponde à junção de níquel com ferro, elementos químicos pre- dominantes da barisfera. BAROCLÍNICO – estado de estratifi cação em um fl uido no qual as superfícies de pressão constante (isobáricas) interceptam superfícies de densidade constante (isopicnais). Condição produzida pela variação horizontal da densidade. BAROMETRIA – estudo da medida de pressão atmosférica. BAROTRÓPICO – estado de um fl uido em que as superfícies de densidade constante (isopicnais) são coincidentes com as superfícies de pressão constante (isobáricas). Condição produzida quando não há variação hori- zontal da densidade. BARRA – língua de areia, cascalho ou outro sedimento inconsolidado, total ou parcialmente submersa, depositada por ação de forças hidrodinâmicas. Nor- malmente não está unida a porções emersas (ver foto b, p. 117, foto c, p. 118). BARREIRA ESTUARINA – estuário que possui um estreito canal entre a praia e a barreira resultante das ondas e da sedimentação (ver foto a, p. 121). BARREIRAS COSTEIRAS – línguas de areia paralelas à costa que não fi cam 27 submersas nem na preamar de sizígia. Essas feições têm como sinônimos restingas e fl echas litorâneas. BASALTO – rocha ígnea extrusiva, composta de plagioclásio, piroxênio e olivina, característica do assoalho oceânico ou crosta oceânica. Tem como minerais acessórios óxidos de ferro e titânio, e possui coloração escura acentuada. BASE (de ARRHENIUS) – substância que produz íons hidroxila (OH-) em meio aquoso. BASE (de BRONSTED-LOWRY) – espécie química receptora de prótons. BASE (de LEWIS) – substância doadora de pares de elétrons. BATIGRAMA – registro gráfi co obtido da perfi lagem contínua do fundo sub- marino através de ecossondas. BATIMETRIA – aferição de medidas de profundidade da água com o auxílio de equipamentos como: cabo de sondagem (prumos) e eco-sondas, dentre outros. BATISCAFO – submersível inventado pelo suíço Auguste Piccard, com o ob- jetivo de realizar estudos científi cos em grandes profundidades do oceano. No Brasil há apenas um batiscafo, o Batiusp (ver foto b, p. 127). BATÓLITO – massa de centenas de km² de rocha gerada por uma intrusão ígnea de granulometria grossa. BAYOU – drenagem estuarina desenvolvida em áreas pantanosas que pode ter regime tributário ou de ligação entre massas de água. BEESTONIANO – termo utilizado no Reino Unido para o intervalo glacial da Época Pleistocênica referente à Glaciação Gunz dos Alpes. BERMA – terraço formado na região de praia ou pós-praia que se localiza fora do alcance das ondas e marés normais, e somente é alcançado pela água quando da ocorrência de marés muito altas ou tempestades. É o mesmo que terraço de maré (ver foto c, p. 6, fi g. a, p. 130). BÍBER – estádio glacial pleistocênico mais arcaico que foi descoberto no sul da Alemanha (Norte dos Alpes), anterior ao estádio glacial Danúbio. BIOESTRATIGRAFIA – ramo da estratigrafi a voltado para analisar as evi- dências de organismos presentes nos diversos estratos e as respectivas organizações desses organismos. 30 BURACO DE OZÔNIO – região onde há destruição na camada de ozônio (O3), encontrado principalmente na Antártida e, em menor grau, acima do Ártico. É um resultado de reações heterogêneas de cloro com ozônio em nuvens polares na estratosfera de vórtices polares, que ocorrem durante determinados períodos do ano. BURGALHÃO – aglomerado de conchas e seixos presentes no fundo de algu- mas regiões de mar ou rios, predominante na plataforma externa, onde a sedimentação biogênica prevalece sobre a de materiais de origem continental. BÚSSOLA – recipiente que possui uma agulha de aço magnetizada suspensa em um ponto de apoio, ao redor do qual pode girar livremente. As extremi- dades dessa agulha direcionam-se para os pólos magnéticos da Terra. BÚSSOLA DE DECLINAÇÃO – bússola responsável pela indicação da declinação do meridiano magnético (ângulo entre os meridianos terrestre e magnético). BÚSSOLA DE GEÓLOGO – bússola utilizada para medir o mergulho e a direção das camadas de estratos. Para facilitar a leitura dos dados, as direções leste e oeste são invertidas. BÚSSOLA GIROSCÓPICA – bússola de fundamentação baseada em um giroscópio mantido em rotação por ação da eletricidade. Não tem relação com o magnetismo terrestre. BÚSSOLA MARÍTMA – bússola que se vale da declinação magnética para indicar a derrota dos navios, ou seja, o caminho a ser seguido. C CABECEIRA – porção superior dos cursos d’água (nascentes); porção superior dos estuários, até onde se observa a variação da maré. CABEÇO – feição submersa de formato arredondado presente no assoalho oceânico, entretanto, é menos proeminente que um monte submarino (ver foto a, p. 125). CABEÇO ALCÁLICO – feição calcária isolada de dimensões reduzidas (centi ou decimétricas), originária da atividade metabólica de algas sobre planí- cies de marés ou em lagos. CABO DE SONDAGEM – cabo acoplado a um peso de chumbo em uma de suas extremidades. É utilizado na realização de sondagens batimétricas. 31 CADEIA MESO-ATLÂNTICA – cadeia meso-oceânica que se estende do setor norte ao setor sul do Oceano Atlântico. CADEIA MESO-ÍNDICA – cadeia meso-oceânica no Oceano Pacífi co Sul, que percorre o Oceano Índico, chegando ao Golfo de Aden. CADEIA MESO-OCEÂNICA – cadeia de grandes feições originada a partir da divergência de placas tectônicas, já que essa movimentação permite o extravasamento de magma, pelo princípio da isostasia. Estende-se por todos os oceanos e, nessa região, ocorre a expansão da crosta oceânica. Apresenta duas feições distintas: crista (ou eixo) e fl anco. CALIBRAÇÃO – procedimento realizado em equipamentos para averiguar a exatidão da relação entre a resposta analítica e a concentração do analito de interesse, utilizando padrões químicos para determinação de valores aceitos como verdadeiros. Poucos métodos de análise química não neces- sitam de calibração com padrões. CALMARIA – espaço de tempo que dura uma condição de ausência de ventos e agitação de ondas na superfície do mar. Usualmente ocorre em zonas de baixa pressão atmosférica e precede tempestades. CALOR – forma de energia que pode ser transferida entre sistemas devido à diferença de temperatura entre eles. O calor é transmitido por condução, convecção e radiação. De acordo com a primeira lei da termodinâmica, o calor absorvido por um sistema pode ser usado para produzir trabalho ou para aumentar sua energia interna e, consequentemente, a sua temperatura. CALOR DE DISSOCIAÇÃO – energia envolvida na dissociação de uma molécula em íons. CALOR DE EVAPORAÇÃO – ver calor latente. CALOR DE FORMAÇÃO – energia envolvida na formação de um mol de uma substância a partir de seus elementos constituintes. CALOR DE FORMAÇÃO DE UM CRISTAL – energia envolvida na formação de um cristal, quando uma partícula (molécula, íons ou átomos) forma ligações químicas com as partículas vizinhas, constituindo uma estrutura tridimensional (cristal). CALOR DE FUSÃO – ver calor latente. 32 CALOR DE HIDRATAÇÃO – energia envolvida na hidratação de íons, quando moléculas de água se separam uma das outras e são atraídas pelos íons do soluto que estão solubilizando na água. Essa energia compreende a interação solvente-solvente (a energia necessária para afastar as moléculas de água) e a interação solvente-soluto. CALOR DE IONIZAÇÃO – energia envolvida na dissociação de uma molécula em íons. CALOR DE SOLUÇÃO – mudança da energia produzida quando uma substância dissolve-se em um solvente. CALOR DE SUBLIMAÇÃO – ver calor latente. CALOR ESPECÍFICO – relação entre o calor absorvido ou liberado por unidade de massa e a consequente elevação ou diminuição da temperatura. A água apresenta um alto calor específi co. Ver capacidade calorífera. CALOR LATENTE – calor liberado ou absorvido por um grama de substância que apresenta mudança de fase reversível, isobárica e isotérmica. Me- canismo de transferência de calor dos oceanos para a atmosfera através da evaporação. CALOR RADIANTE – radiação eletromagnética no comprimento de onda do infra-vermelho. CALOR SENSÍVEL – porção da energia transferida entre o oceano e a atmos- fera, utilizada na mudança de temperatura do meio, sendo proporcional à diferença de temperatura entre ambos. O mesmo que condução térmica. CALORIA – unidade empregada para medir a quantidade absoluta de calor. CALORIMETRIA – conjunto de métodos de medição da quantidade de calor recebida ou desprendida por um sistema quando este sofre uma transfor- mação física ou química. CALORÍMETRO – aparelho utilizado para medir a quantidade de calor. Pode ser usado também para medir a radiação solar. CALOTA ALPINA – calota polar localizada nas regiões alpinas. CALOTA FENOSCANDIANA – calota polar no norte da Europa. CALOTA GLACIAL – geleira com 2 a 3 km de espessura, associada à glaciação 35 damente 16 mm de diâmetro. CÁTION – espécie química carregada positivamente, devido à perda de elétrons. CÁTODO – eletrodo onde ocorre redução numa célula eletroquímica. CAVA – depressão entre duas cristas de ondas consecutivas. CAVADO – ver cava. CÉLULA DE CONDUTÂNCIA – célula de vidro ou de plástico utilizada na medição da condutividade de uma solução. CÉLULA DE FERREL – modelo de circulação fechada da atmosfera terrestre que estende-se desde 30º de latitude até aproximadamente 60º, em ambos os hemisférios. CÉLULA DE HADLEY – modelo de circulação fechada da atmosfera terrestre predominante nas latitudes equatoriais e tropicais. Estende-se desde o Equador até latitudes de aproximadamente 30º, em ambos os hemisférios. A circulação de Hadley origina-se pelo transporte de calor desde zonas equatoriais até latitudes médias. Este calor é transportado em um movimento celular, com o ar em ascenção por convecção nas regiões equatoriais e deslocando-se até as latitudes superiores, pelas camadas atmosféricas mais altas. Esta circulação está intimamente relacionada aos ventos alísios, às zonas tropicais úmidas e aos desertos subtropicais. CÉLULA ELETROQUÍMICA – arranjo no qual ocorre reação de oxirredução onde os reagentes não estão em contato direto uns com os outros. As soluções contendo os reagentes, denominadas soluções eletrolíticas, estão, separada- mente, em contato com dois eletrodos: o cátodo e o ânodo. A passagem de elétrons é feita através de um dispositivo elétrico denominado ponte salina. CÉLULA POLAR – modelo de circulação fechada da atmosfera terrestre que estende-se desde 60º de latitude até aproximadamente 90º, em ambos os hemisférios. CENTRÍFUGO – que se afasta ou tende a se afastar do centro. CENTRÍPETO – que se dirige ou tende a se dirigir ao centro. CENTRO DE GRAVIDADE – ponto onde localiza-se a resultante de todas as ações da gravidade sobre um corpo, no qual pode-se supor que o seu peso está aplicado. 36 CENTROS SEMI-PERMANENTES DE ALTA PRESSÃO – centros de alta pres- são atmosférica localizados no meio dos oceanos intertropicais. Infl uenciam a formação dos giros oceânicos. CFCs (CLOROFLUORCARBONETOS) – substâncias utilizadas principalmente na expansão de espumas e como gás de refrigeração. Possuem tempo de residência elevado na atmosfera e podem penetrar na estratosfera, onde são discriminadas fotoquimicamente a produzir cloro (Cl), que pode reagir com o ozônio (O3). Os CFCs também podem atuar como gases de efeito estufa. CHALK – falésia calcária, remanescente de sedimentos marinhos soerguidos. CHÊNIER – cordões de sedimentos arenosos ou cascalhosos paralelos ao lito- ral. Situam-se sobre sedimentos argilosos, podem estar isolados ou unidos entre si, e formam-se em momentos de instabilidade, como tempestades. CHUVA ÁCIDA – precipitação de nuvens (vapor d’água atmosférico) que reagiram com óxidos de nitrogênio (NOx) e enxofre (SOx) liberados para a atmosfera pela queima de combustíveis fósseis. Esse fenômeno pode gerar ácidos que podem precipitar-se como chuvas de pH ácido (inferiores a sete). CHUVA EQUINOCIAL – chuva sazonal que ocorre regularmente durante, ou logo depois, dos equinócios. Acontece em muitos lugares próximos ao Equador. CICLO DE CARNOT – ciclo do trabalho defi nido para qualquer sistema, porém limitado ao chamado gás perfeito ou ideal. O ciclo consiste de: ex- pansão isotérmica do gás, expansão adiabática, compressão isotérmica e uma compressão adiabática desse gás, que volta ao estado de origem e completa o ciclo. CICLO DE WILSON – representa todo o processo de existência das bacias oceâni- cas, desde a formação até a destruição, incluindo o desenvolvimento. CICLO HIDROLÓGICO – ciclo da água. Transferência de água entre os reservatórios ambientais devido à ação do Sol e da força de gravidade da Terra. A hidrosfera terrestre consiste em diversos reservatórios como os oceanos, geleiras, rios, lagos, vapor de água atmosférica, água subter- rânea e água retida nos seres vivos. A água presente em estado líquido no Planeta evapora devido ao aquecimento pela energia solar, e o vapor de água é transportado através da circulação atmosférica, até condensar-se em gotículas de água e precipitar sob a forma de chuva, neve ou granizo. A água precipitada pode fi xar-se nas geleiras, infi ltrar-se no solo e formar um aquífero ou lençol freático que pode atingir algum corpo d’água, ou pode 37 precipitar diretamente sobre rios e oceanos. O ciclo hidrológico condiciona, direta ou indiretamente, toda a vida na Terra e atua como um agente modelador da crosta terrestre devido à erosão e ao transporte e deposição de sedimentos por via hidráulica. CICLO SEDIMENTAR – corresponde às etapas de formação de uma rocha sedimentar, constituído pelas etapas de decomposição, transporte, de- posição e diagênese. CICLONE – massa de ar que se movimenta em torno de um centro de baixa pressão atmosférica. CICLONE TROPICAL – tempestade que se origina sobre os oceanos tropicais. No norte, os ciclones são mais comuns de julho a setembro, e no sul, de janeiro a março. CIMENTAÇÃO – fenômeno químico de precipitação de substâncias nos inters- tícios de estruturas geológicas, durante a litifi cação das mesmas. CIMENTO – todo elemento capaz de fazer uma junção entre grãos de sedimen- tos que, devido às suas granulometrias, não se encaixam perfeitamente. Esses grãos podem ter composição diversa. Ex.: sílica, carbonato. CINEMÁTICA – parte da mecânica em que se estuda os movimentos sem a preocupação com as suas causas. CINTURÃO DE CALMAS – faixa de latitude onde os ventos são, geralmente, fracos e podem variar bastante. CINTURÕES DE ROCHAS VERDES – representam porções da crosta oceâni- ca preservadas nos continentes que foram originadas no Éon Arqueano. CIRCULAÇÃO ATMOSFÉRICA – sistema de ventos presentes na atmosfera formados pelos gradientes de pressão. Nos pólos e em regiões tropicais ocorrem centros de alta pressão, e em regiões tropicais e temperadas ocor- rem centros de baixa pressão. Esses gradientes geram três sistemas de vento na atmosfera: ventos alísios, que ocorrem entre 0º e 30º de latitude, soprando de leste para oeste; ventos do oeste, entre 30º e 60º de latitude e que sopram de oeste para leste; e ventos de leste nas regiões polares, com direção leste para oeste. CIRCULAÇÃO HIDROTERMAL – circulação próxima às cordilheiras meso- oceânicas responsáveis pelo transporte de temperatura das zonas de criação de crosta para a superfície e pelo transporte de minerais e gases. 40 contra-íon entre uma fase aquosa e uma fase orgânica. COLÓIDE – agregado de numerosos átomos ou moléculas pequenas que se dispersam em solução e possuem uma carga elétrica de superfície não neutralizada. A maioria passa por um fi ltro com poro de 0,45 μm, mas não está realmente dissolvido e só pode ser separado da solução verdadeira por métodos específi cos. Colóides orgânicos e hidrofílicos servem como efi cientes protetores de materiais inorgânicos, tais como hidróxido de ferro e dióxido de manganês, tornando esses colóides mais estáveis e, além disso, melhores transportadores de outros elementos ou substâncias, insclusive contaminantes. COMBUSTÍVEL FÓSSIL – qualquer depósito de compostos orgânicos naturais que podem ser usados como combustível. Ex.: petróleo, carvão e gás natural. COMPACTAÇÃO – redução volumétrica dos sedimentos em virtude de tensões compressivas, geralmente devido à superposição de sedimentos em uma bacia sedimentar. COMPLEXO QUÍMICO – formação de espécies a partir da interação de um íon metálico com um ou mais ligantes, geralmente pela formação de ligações covalentes. O ligante pode ser uma substância qualquer que possua um grupo doador de elétrons. Ou seja, o complexo químico é o produto de uma reação entre um ácido de Lewis (substância capaz de receber pares de elétrons livres) e uma base de Lewis (substância capaz de doar pares de elétrons livres). COMPLEXO VULCÂNICO BASÁLTICO – ocorrência de rochas e estruturas associadas à extrusão vulcânica de basalto. COMPONENTES PRINCIPAIS – principais solutos da água do mar cujas concentrações variam de 0,05 a 750 mM. Em ordem decrescente de concentração, temos: cloreto, sódio, magnésio, enxofre, cálcio, potássio, carbono, brometo, boro, silício, estrôncio, fl úor, nitrogênio, lítio, fósforo e outros. Os teores de sódio e cloro compõem 86% do total de sais dissolvi- dos na água do mar. COMPONENTES SECUNDÁRIOS – componentes da água do mar que apresen- tam concentrações de 0,05 a 50 μM. O mesmo que elementos secundários. COMPRESSIBILIDADE – mudança de volume de um material causada pela aplicação de pressão. COMPRESSIBILIDADE MOLAR PARCIAL – efeito da pressão no volume que um soluto ocupa em uma solução. 41 COMPRIMENTO DE ONDA – distância horizontal entre duas cristas consecutivas de uma onda (ver fi g. p. 92). CONCENTRAÇÃO – quantidade de uma substância (soluto) em determinado volume de solvente. CONCENTRAÇÃO ANALÍTICA – ou concentração molar analítica de uma solução, é o número total de mols de um soluto em 1 L de solução. CONCENTRAÇÃO EM PARTES – ver PPM. CONCENTRAÇÃO LIMIAR – concentração abaixo da qual substâncias quími- cas podem ser consideradas seguras, em relação a efeitos tóxicos. CONCENTRAÇÃO PORCENTUAL – relação porcentual do soluto em uma solução. Pode ser expressa pela relação massa do soluto/massa da solu- ção (m/m), quando é denominado de porcentual em massa, massa/volume (m/V), ou volume do soluto/volume da solução (V/V), quando é denominado de porcentual em volume. CONCREÇÃO – agregação de minerais autigênicos ao redor de um broto de cristalização. A concreção pode ter várias composições: calcária, silicosa etc. CONDUÇÃO – transferência de energia onde o calor é transferido de átomo a átomo sucessivamente. Não envolve transporte de matéria. Ver calor sensível. CONDUTIVIDADE ELÉTRICA – propriedade de uma solução que exprime sua capacidade em conduzir eletricidade. Esta propriedade varia com a temperatura, salinidade e pressão. CONDUTIVIDADE SALINA – salinidade da água do mar determinada a partir da medição de sua condutividade em relação a um padrão. CONDUTIVIDADE TÉRMICA – propriedade de uma substância ou material que exprime sua facilidade em conduzir calor. Esta propriedade aumenta com a temperatura, tanto para o ar como para a água. CONFIGURAÇÃO ELETRÔNICA – lista dos orbitais ocupados pelos elétrons de um átomo. CONSERVAÇÃO DA ENERGIA – princípio que afi rma que a energia total de um sistema conservativo permanece constante. 42 CONSERVAÇÃO DA MASSA – princípio físico que diz que a massa não pode ser criada nem destruída, somente transferida. CONSERVAÇÃO DO MOVIMENTO – princípio estabelecido pelas três leis do movimento de Newton: 1) Lei da Inércia, afi rma que um corpo tende a preservar seu movimento até que sofra uma força igual e de sentido contrário; 2) F = m . a, ou o movimento de um corpo é proporcional à força (ou forças) que atuam sobre ele, e inversamente proporcional à sua massa; 3) Lei da Ação e Reação, estabelece que para toda ação há uma reação igual e em sentido contrário. CONSOLIDAÇÃO – termo que designa o processo no qual o sedimento é compactado por diferentes processos, reduzindo os espaços entre os seus grãos e, consequentemente, reduzindo o seu volume e aumentando a sua densidade. CONSTÂNCIA DO CONCEITO DE COMPOSIÇÃO – ver Lei de Dittmar. CONSTANTE DE ASSOCIAÇÃO – constante termodinâmica para a formação de um par de íons ou complexos. K= [Reagentes] . [Produtos]-1, onde: [Reagentes] e [Produtos] é a concentração dos reagentes e dos produtos, respectivamente. CONSTANTE DE BOLTZMANN – relaciona a temperatura e a energia cinética de um gás ideal, sendo calculada pela relação entre a constante universal dos gases e o número de Avogadro. K = R . L-1, onde: K = constante de Boltzmann; R = constante universal dos gases; L = cons- tante de Avogadro. CONSTANTE DE ESTABILIDADE – constante termodinâmica de formação de par de íons ou complexos. K = π [P] . (π [R])-1, onde: π [P] e π [R] corresponde à multiplicação das atividades e concen- trações de produtos e reagentes. CONSTANTE DE PARTIÇÃO – ver coefi ciente de partição. CONSTANTE DOS GASES – constante que relaciona a quantidade de um gás com a pressão e a temperatura. É representada pela letra R, e os valores mais comuns são: 8,314472 J . K-1 . M-1, ou 0,08205 L . atm . K-1. M-1. CONSTANTE ESTEQUIOMÉTRICA – constante K* de equilíbrio expressa em termos do total de concentração das espécies. CONSTANTE SOLAR – quantidade de radiação solar que incide na atmosfera 45 sas d’água oceânicas. Flui de oeste para leste em todos os oceanos ao redor do continente antártico. É a corrente de maior velocidade e maior transporte de volume. CORRENTE COSTEIRA – corrente paralela à costa que ocorre em águas adjacentes à zona de arrebentação. As corrente costeiras podem sofrer infl uência de marés, ventos, ondas e/ou das características geológicas da área. Ex.: corrente de deriva litorânea, corrente de retorno etc. CORRENTE DAS MALVINAS – ou Corrente das Falklands, é uma corrente oceânica do tipo fria proveniente das Malvinas, que banha a costa da Ar- gentina, Uruguai e a parte sul/sudeste do Brasil. CORRENTE DE BENGUELA – fl uxo de água superfi cial ao longo da costa oeste da África que fl ui em direção ao norte e representa uma das áreas oceânicas mais produtivas do mundo. CORRENTE DE CONVECÇÃO MANTÉLICA – movimentos convectivos do manto, gerados pela troca de calor das porções superior e inferior. Provocam a ascensão de materiais de elevadas temperaturas à superfície. CORRENTE DE DENSIDADE – movimento de uma massa d’água mais densa sob uma menos densa. CORRENTE DE DERIVA LITORÂNEA – corrente formada pela energia dis- sipada quando as ondas incidem na zona de arrebentação e surge quando elas não atingem perpendicularmente o litoral. O ângulo de incidência das ondas propicia a movimentação de água e de material em suspensão em uma trajetória cuja resultante é um transporte deste material paralelo à costa. CORRENTE DE MARÉ – movimentação horizontal alternante da água em função da subida ou da descida das marés. A periodicidade, bem como a orientação dessa corrente, depende dos regimes das marés (diurno ou semi-diurno, micro, meso ou macromaré). Em regiões costeiras, tanto a velocidade quanto a orientação da maré são afetadas pela geomorfologia da costa e do assoalho oceânico, assim como pelo Efeito de Coriolis. CORRENTE DE RETORNO – corrente superfi cial que fl ui do litoral para o mar aberto, correspondendo ao movimento de retorno das águas acumuladas na zona costeira pelas ondas. CORRENTE DE TURBIDEZ – corrente de alta turbulência e de densidade relativamente alta, contendo materiais bastante grossos, como areia grossa e seixos. Move-se no fundo de um corpo aquoso estacionário (oceano ou 46 lago). As correntes de turbidez marinhas são responsáveis por mais de 95% dos depósitos conhecidos no mundo. CORRENTE DO BRASIL – corrente oceânica quente com fl uxo para o sul, que se desloca ao longo da costa leste do Brasil. Origina-se da Corrente Sul Equatorial. CORRENTE GEOSTRÓFICA – corrente marinha que possui a intensidade e orientação indicada pela topografi a dinâmica da superfície do oceano, à medida que esta se ajusta ao balanço entre a força gradiente de pressão e a força de Coriolis. CORRENTE INERCIAL – movimento de massa d’água onde a única força atuante é a força de Coriolis. São correntes forçadas inicialmente pelos ventos e, quando estes cessam, o movimento persiste respondendo à 1a Lei de Newton, até que a fricção dissipe totalmente a energia. Essa corrente pode durar alguns dias e apresenta movimento circular com raio dependente da latitude. CORRENTE MARINHA DE CONTORNO – corrente de fundo que fl ui parale- lamente ao talude e sopé continental. É responsável pelas formações dos depósitos de contornitos. CORRENTE NORTE EQUATORIAL – corrente impulsionada pelos ventos de sudeste que sopram nos oceanos tropicais do hemisfério norte. CORRENTE OCEÂNICA – movimento de massa d’água oceânica, que apre- senta duas componentes: uma superfi cial (ver circulação superfi cial), que afeta as primeiras centenas de metros, e outra profunda, que percorre as bacias oceânicas (ver circulação termohalina). A corrente oceânica é origi- nada principalmente devido a fatores como: energia solar, vento e densidade da água. No entanto, a rotação da Terra, a fi sionomia dos continentes e o próprio fundo marinho infl uenciam seu sentido. CORRENTE ORBITAL – fl uxo de água que acompanha o movimento orbital das partículas de água em uma onda. CORRENTE PERMANENTE – ou fl uxo contínuo, é uma corrente com pouca variação na velocidade e na direção em função de fatores meteorológicos e da maré. CORRENTE RESULTANTE – média vetorial de todas as correntes em uma determinada área em um dado período do tempo. CORRENTE ROTATÓRIA – corrente de maré que vai mudando de direção, 47 de 0° a 360°, ao longo de um ciclo de maré. CORRENTE SUBMARINA – corrente submersa que se desloca sob correntes de superfície. CORRENTE SUL EQUATORIAL – corrente impulsionada pelos ventos de sudeste que sopram nos oceanos tropicais do hemisfério sul. CORRENTE SUPERFICIAL – ver circulação superfi cial. CORRENTE TERMOHALINA – ver circulação termohalina. CORRENTÓGRAFO – ver correntômetro. CORRENTÔMETRO – aparelho utilizado para medir a velocidade e a direção do escoamento da água através de observação pontual (para uma coorde- nada horizontal e uma profundidade). ADCPs (ver ADCP) também medem correntes, porém não são chamados de correntômetros. Antigamente, distinguia-se correntômetro de correntógrafo, sendo o primeiro considerado de leitura direta e o segundo como tendo capacidade interna de armaze- namento de dados (ver foto a, p. 124). CORROSÃO – deterioração de um material pela sua interação química ou eletroquímica com o meio. A deterioração pode ser por oxidação, por ação de ácidos ou por amalgamação. COSTA – região onde ocorre a transição mar-continente. Pode ter sua mor- fologia como praia (costa rasa) ou como falésia, costão (costa abrupta). É um ambiente de dinâmica bastante acentuada e mutável. CO2 TOTAL – concentração total de dióxido de carbono inorgânico em um sistema ou amostra, obtida pela soma das concentrações de gás carbônico (CO2), bicarbonato (HCO3 -) e carbonato (CO3 2-). COULOMETRIA – determinação da quantidade de um eletrólito liberado durante a eletrólise, através da medição do número de coulombs (C) usados. É um método baseado na medida da quantidade de eletricidade requerida para oxidar ou reduzir a substância a ser determinada. CRÉ – massa calcária constituída de carapaças de foraminíferos radiolários, corais e outros restos de organismos marinhos. Está sempre miscigenada com sedimentos fi nos, como argila. CRETÁCEO – período da Era Mesozóica situado entre 145,5 e 65,5 milhões 50 CURVA DE NÍVEL – em cartas topográfi cas, são assim denominadas as linhas que formam uma dada curva que une pontos de mesmo nível. CURVA T-S – o mesmo que diagrama T-S. D DADOS PETROLÓGICOS – informações colhidas que informam a origem, a ocorrência, a estrutura e a história das rochas. DECAIMENTO RADIOGÊNICO DE ISÓTOPOS – o decaimento de isótopos forma as correntes de convecção mantélicas devido ao calor originado. As principais séries de decaimento são: Série do Urânio (U), do Tório (Th) e do Potássio (K). DECLÍNIO – estágio de desenvolvimento da bacia oceânica, onde surgem zo- nas de subducção nas margens dos oceanos. A crosta oceânica envelhecida e coberta por sedimentos mergulha devido a sua densidade. Surgem arcos de ilhas e/ou dobramentos modernos no continente. Ex.: Oceano Pacífi co. DECLIVE DE NERNST – declive teórico do potencial do eletrodo (E), dado pela equação de Nernst: E = Eº ± K . logC, onde: K= R . T . F-1 = 0,0591 V a 25ºC; Eº = potencial do eletrodo em condições padrão de temperatura e pressão; n = número de elétrons trocados na reação. DEFLAÇÃO – espécie de erosão causada pelo vento, na qual ocorre a remo- ção de fragmentos de rochas do solo, geralmente tem pouco efeito sobre substratos mais rígidos e varia de acordo com a região da Terra (ver foto b, p. 115). DELIQUESCÊNCIA – propriedade característica de materiais extremamente higroscópicos, que apresentam grau de absorção de água elevado e que têm facilidade de se liquefazer. DELTA – espécie de foz formada por vários canais fl uviais. Tem forma de leque ou triângulo, por isso a denominação delta. É comum em rios de planícies com pequena capacidade de descarga, favorecendo o acúmulo de sedi- mentos. Ex.: delta do Rio Nilo. DENITRIFICAÇÃO – fenômeno de transformação de nitratos e outras substân- cias em gás nitrogênio (N2). Ocorre geralmente em ambientes com baixos teores de oxigênio. É um processo intermediado por micro-organismos. É o mesmo que desnitrifi cação. 51 DENSIDADE – grandeza que indica a relação entre a massa de uma substância e o volume ocupado por ela. DENUDAÇÃO MARINHA – ação erosiva do mar sobre as áreas emersas ou sobre o assoalho oceânico. DEPOSIÇÃO ATMOSFÉRICA – introdução de elementos da atmosfera para os oceanos e continentes. Pode ocorrer por via seca ou úmida. DEPÓSITO DE TRANSBORDAMENTO – depósito de sedimentos geralmente formados em depressões. Esses sedimentos acumulam-se verticalmente após serem transportados pelas enchentes dos rios. DEPÓSITO EÓLICO – depósito constituído de sedimentos de arenosos, de maior granulometria transportados pelo vento, são bastante arredondados em consequência desse transporte. São pobres em sedimentos de menor granulometria (argila e silte). DEPÓSITO HEMIPELÁGICO – conjunto de sedimentos que se espalham sobre o talude continental ou em zonas próximas às porções emersas. Sua principal constituição é terrígena e envolve ações de redeposição por correntes de turbidez. DESABRIGADA – termo relacionado à costa ou porto que não possui nenhum tipo de feição que possa abrigá-lo das condições climáticas severas, como ventos fortes ou marés. DESASSOREAR – ato de reverter o quadro de assoreamento pela remoção dos sedimentos que foram carreados para dado local. DESCARGA FLUVIAL – volume de água que passa em um canal fl uvial em uma unidade de tempo. DESCONTINUIDADE DE GUTENBERG – interface entre o manto inferior e o núcleo superior, localizada a cerca de 2.900 km de profundidade. DESCONTINUIDADE DE LEHMANN – zona que delimita o núcleo interno (sólido) e o núcleo externo (líquido) da Terra. DESCONTINUIDADE DE MOHOROVICIC – zona onde ocorre uma mudança na composição do meio entre a crosta e o manto litosférico. Localiza-se de 30 a 80 km abaixo dos continentes e de 5 a 10 km abaixo das áreas oceânicas. 52 DESIDRATAÇÃO – remoção de moléculas de água a partir de um soluto hidratado. DESSALINIZAÇÃO – processo físico-químico de remoção de sais e outros min- erais da água do mar, a fi m de torná-la potável para o consumo. Pode ser realizado, p. ex.: através de destilação, congelamento ou osmose reversa. DESSORÇÃO – transferência de átomos, moléculas ou agregados de uma fase sólida para outra fase gasosa ou líquida. DESVIO PADRÃO – é a medida da precisão de uma série de n resultados obtidos na determinação de uma variável. Quando aplicado a resultados de análises químicas, em geral, n é um valor pequeno. DETRÍTICO – depósito formado por fragmentos de rochas e de organismos. DEUTÉRIO – nome dado ao isótopo estável do hidrogênio, sendo também denominado de hidrogênio pesado. Apresenta peso atômico igual a 2, devido à presença de um nêutron em seu núcleo atômico, maior do que o peso atômico do hidrogênio. DEVENSIANO – termo utilizado na Grã-Bretanha para o último intervalo glacial da Era Pleistocênica e está ligado à Glaciação Wurm dos Alpes. DEVONIANO – período da Era Paleozóica situado entre 416 e 359 milhões de anos atrás. Subdivide-se nas Épocas Superior, Média e Inferior. Durante esse período houve intensa formação de depósitos de gás natural (ver escala de tempo geológico, p. 128). DIÁCLASE – termo empregado em tectônica para descrever uma fratura na qual não há associação de fenômenos sísmicos, sendo estável ao longo do tempo geológico. DIAGÊNENSE – refere-se a variações que o depósito sedimentar alóctone sofre no ambiente de deposição, devido a alterações de pressão, temperatura, pH, entre outras, que dão origem a novos minerais. DIAGRAMA DE BJERRUM – parcelas da especiação de uma substância em função do pH. DIAGRAMA T-S – gráfi co cartesiano onde a abcissa é a salinidade e a ordenada é a temperatura. É utilizado para identifi car e analisar o grau de mistura entre massas d’água. 55 DUNA – feição geralmente constituída por areias silicosas, que se acumula por ação do transporte eólico. Costuma estar associada a praias onde há vento constante soprando do mar em direção ao continente (ver foto c, p. 114, foto c, p. 117, foto a, p. 122). DUNITO – rocha que compõe o complexo ultramáfi co e é constituída somente de olivina. DUREZA DA ÁGUA – propriedade relacionada com a concentração de íons de determinados minerais dissolvidos na água. Essa dureza é causada principalmente pelos sais de íons cálcio e magnésio, sendo levados em consideração também os elementos ferro, alumínio, zinco e estrôncio. A dureza da água pode ser temporária ou permanente. É temporária quando causada pela presença de carbonatos e bicarbonatos, podendo ser eliminada ao se ferver a água ou através da adição de cal (hidróxido de cálcio). É permantente quando há presença de cloretos, sulfatos e nitratos. A dureza geral é a soma da dureza temporária e da permanente. E ECO-BATÍMETRO – equipamento utilizado para medir a profundidade dos oceanos a partir da emissão de sinais acústicos. Possui um relógio que con- tabiliza o intervalo entre a emissão e o retorno dos sinais (ver foto c, p. 124). ECOGRAMA – gráfi co obtido por medições contínuas de profundidades de água por meio de um ecobatímetro. Registra o fundo oceânico. EFEITO DE CORIOLIS – efeito causado pela força de Coriolis que atua sobre os ventos e correntes oceânicas, desviando para direita (sentido anti-horário) no hemisfério norte, e para a esquerda (sentido horário) no hemisfério sul. Esse desvio é originado devido ao movimento giratório da Terra de oeste para leste, em torno de seu eixo. EFEITO ESTUFA – processo fundamental à vida na Terra, que resulta no au- mento da temperatura da atmosfera devido à absorção de energia radiativa por certos gases. Os principais gases que causam o efeito estufa são: vapor d’água, dióxido de carbono (CO2) e metano (CH4). EFEITO MATRIZ – interferência dos constituintes da amostra (matriz) na determinação do analito de interesse. O efeito matriz pode subestimar ou superestimar o resultado. P. ex.: a matriz de água oceânica apresenta vários efeitos matrizes na determinação de alguns metais tóxicos devido à sua salinidade. 56 EFEITO TYNDALL – efeito ótico originado quando a luz incide e é refratada pelas micelas de um sistema coloidal. Ou seja, é o espalhamento de luz em um meio que contém partículas em suspensão. EJETÓLITO – corpo rochoso projetado de um vulcão, juntamente com gases tóxicos, durante uma erupção. Sua composição pode ser a mesma da lava ou completamente diversa. ELEMENTO CONSERVATIVO – elemento ou espécie química cujas con- centrações mostram pouca ou nenhuma variação para as condições ter- modinâmicas do oceano, pois são praticamente não-reativos. As suas pro- porções não são alteradas biologicamente, uma vez que podem participar do metabolismo dos organismos, mas não sofrem mudanças signifi cativas em suas concentrações. ELEMENTO NÃO-CONSERVATIVO – elemento ou espécie química cujas concentrações variam de local para local nos oceanos, devido à variação na entrada ou à reatividade. Elemento metabolizado por organismos, que sofre alterações moleculares, como os elementos nutrientes e gases dis- solvidos na água. ELEMENTO SECUNDÁRIO – o mesmo que componente secundário. ELEMENTO-TRAÇO – componente presentes em pequenas quantidades na água do mar, apresentando concentrações menores que 50 nmol . L-1. ELETRODO – terminal condutor que transfere elétrons a partir de ou para uma solução. ELETRODO DE REFERÊNCIA – eletrodo utilizado juntamente com o eletrodo de medição, que apresenta potencial conhecido em relação ao potencial padrão de hidrogênio e que não sofre interferência da concentração do analito. No caso da medição de pH é usado, em geral, o eletrodo de prata- cloreto de prata. ELETRODO DE VIDRO PARA pH – pode ser usado para determinar a ativi- dade ou concentração de íons de hidrogênio em uma solução. Contém uma solução de concentração fi xa de ácido clorídrico (0,1 ou 1 M) ou uma solução tamponada de cloreto em contato com o eletrodo de referência interno, normalmente revestido de cloreto de prata, que assegura um potencial constante na interface da superfície interna do sensor com o eletrólito. ELETRÓLISE – processo físico-químico não-espontâneo de separação dos elementos químicos de um composto mediante o uso de eletricidade. De 57 forma resumida, ocorre primeiro a ionização ou dissociação do composto em íons, com posterior passagem de uma corrente elétrica através deles, a fi m de obter os elementos quimicos. ELETRÓLITO – composto que se dissocia em íons quando é dissolvido em um líquido, tornando a solução condutora de eletricidade. ELÉTRON – partícula subatômica que circunda o núcleo dos átomos. Apresenta carga negativa de 1,6021 . 10-19 C. EL NIÑO – fenômeno que ocorre devido à uma anomalia na circulação de ven- tos no Oceano Pacifi co tropical, gerando um enfraquecimento dos ventos alísios e a intensifi cação da Contra-Corrente Equatorial Sul. Isto resulta no abaixamento da termoclina na costa oeste do Peru, acarretando em um aumento na temperatura da superfície do mar nesta área. É sabido que o El Niño é um fenômeno oceânico-atmosférico que afeta o clima regional e global, mas ainda não se conhece o que o causa. ELSTERIANO – estádio glacial do Pleistoceno Médio ocorrido no norte da Alemanha e sul da Escandinávia. Foi concomitante à parte fi nal do estádio glacial Mindel dos Alpes. ELUIÇÃO – separação ou fracionamento de uma substância adsorvida, através da sua dissolução em um líquido de natureza semelhante e valor eluotrópico próximo. EMBASAMENTO OCEÂNICO – camada que constitui a crosta oceânica superior, formada por lava de composição basáltica. Tem espessura de 2 a 3 km. EMBRIONÁRIO – estágio de desenvolvimento da bacia oceânica onde ocorre o rifteamento da crosta continental, a partir de um hot spot (ponto quente), fazendo a crosta assumir um formato abaulado pela distensão crustal e, posteriormente, formando um rift. P. ex.: Rift Valley da África Oriental. EMULSÃO – sistema coloidal onde o disperso e o dispergente apresentam -se na fase líquida. P. ex.: mistura de água (fase contínua) e óleo (fase dispersa). EMULSÓIDE – colóide que apresenta a fase dispersa no estado líquido. ENDOTÉRMICA – reação onde ocorre absorção de calor. É o antônimo de exotérmica. ENERGIA – em termodinâmica, é a capacidade do sistema de promover trabalho sobre a sua vizinhança, ou vice-versa. A energia pode adotar diversas formas, 60 elétrico ou do potencial elétrico da solução devido à presença de íons. EQUAÇÃO DE ESTADO – equação empírica que permite determinar a densi- dade da água do mar em função da salinidade, temperatura e pressão. EQUADOR – círculo geográfi co a 0º de latitude na superfície da Terra. É uma linha imaginária, perpendicular ao eixo terrestre, que divide o Planeta em hemisfério norte e hemisfério sul. EQUILÍBRIO – estado no qual as reações direta e inversa são iguais. A taxa de produtos a serem formados é igual à taxa de reagentes a serem utilizados. EQUILÍBRIO QUÍMICO – estado no qual as reações direta e inversa são iguais. A razão entre as concentrações de produtos e reagentes é constante. Nos sistemas ambientais que são predominantemente sistemas abertos, e que recebem materiais e energia da vizinhança, não é possível o esta- belecimento de um equilíbrio químico estável. Neste caso, o equilíbrio é dinâmico. Mesmo o oceano, que era considerado um sistema bastante estável, atualmente mostra sinais de estar sendo modifi cado pelo aumento de gás carbônico (CO2) na atmosfera. EQUINÓCIO –refere-se ao momento do ano em que a duração do dia é igual à da noite sobre toda a Terra. Isto ocorre quando a Terra atinge uma posição em sua órbita onde o Sol atravessa o Equador Celestial. O Equinócio Vernal (21/03) assinala a entrada da primavera no hemisfério norte e do outono no hemisfério sul. O Equinócio Outonal (23/09) marca a entrada do outono no hemisfério norte e da primavera no hemisfério sul. ERA – subdivisão de um Éon no tempo geológico. Inclui vários períodos e é caracterizada pelas formas com que oceanos e continentes se distribuíam (ver escala de tempo geológico, p. 128). ERA CENOZÓICA – Era do Éon Fanerozóico compreendida entre 65,5 mi- lhões de anos atrás e os dias atuais. Tem como subdivisões o Paleogeno, Neogeno e Quaternário. A sua denominação vem do grego e signifi ca vida recente (ver escala de tempo geológico, p. 128). EROSÃO – faz referência à destruição do solo, com o seu desgaste por ação de diferentes fatores como: rios (erosão fl uvial), gelo (erosão glacial), mar (erosão marinha) e vento (erosão eólica) (ver foto a, p. 117). EROSÃO GLACIAL – erosão provocada por ação do gelo deslizante sobre o substrato, levando a uma abrasão intensa sob o bloco de gelo. Estrias são observadas em locais que sofreram erosão glacial. 61 ERRO – é a diferença encontrada entre o valor medido e o valor verdadeiro ou aceito como verdadeiro. Aponta a incerteza da medida realizada. Pode ser do tipo: aleatório ou indeterminado; sistemático ou determinado; e grosseiro. ERRO ALEATÓRIO – ou erro indeterminado, é o erro casual de pequena vari- abilidade no entorno do valor aceito como verdadeiro, que afeta a precisão dos dados. ERRO DE PARALAXE – erro sistemático ocasionado na leitura de marcações de valores em equipamentos com ponteiros e frascos volumétricos devido ao posicionamento da leitura do observador não ser paralela e na mesma altura da marcação que deve ser lida. ERRO GROSSEIRO – erro que distancia o valor medido do valor aceito como verdadeiro de forma signifi cativa, gerando valores diferenciados, anômalos. Em geral, apontam para a necessidade de treinamento do analista, calibra- ção de equipamentos, revisão de métodos ou técnicas analíticas. ERRO SISTEMÁTICO – ou erro determinado, é o erro frequente de pequeno valor em relação ao valor aceito como verdadeiro, que afeta a exatidão dos dados. Pode ocorrer por contaminação da amostra original ou por perda do analito durante os procedimentos de análise. ESCALA BEAUFORT – sistema para se estimar as velocidades do vento, desenvolvido pelo almirante Beaufort, em 1806 (ver fi g., p. 129). ESCALA PRÁTICA DE SALINIDADE – salinidade calculada a partir da condu- tividade da água do mar em relação a uma determinada massa de cloreto de potássio (KCl), estabelecida pela UNESCO, conhecida como PSS-78. ESCARPA PRAIAL – superfície sub-vertical, semelhante a um pequeno talude, formada pela ação de ondas. ESPALHAMENTO – defl exão da radiação devido a sua interação com a matéria. ESPECIAÇÃO – processo que fornece evidências das formas atômicas ou moleculares de um analito. Abrange substâncias orgânicas e inorgânicas e serve para determinar combinações moleculares específi cas de um ele- mento em determinado estado de oxidação. ESPECIAÇÃO QUÍMICA – determinação de quais íons e, se possível, as suas concentrações em uma determinada amostra. 62 ESPÉCIE QUÍMICA – íon ou molécula defi nido por um processo de especiação que inclui técnicas analíticas avançadas, incluída a fase de separação por técnica efetiva, precisa, e exata, que altere o mínimo possível a distribuição original do elemento na matriz. ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO – resultado da decomposição das radia- ções eletromagnéticas em seus constituintes. Ex.: o arco-íris representa o espectro da luz visível, que é a decomposição da luz branca em violeta, azul, ciano, verde, amarelo, laranja e vermelho. ESPECTROSCOPIA – é o uso de propriedades físico-químicas, tais como a absorção, emissão, fl uorescência ou espalhamento da radiação eletromag- nética de átomos, moléculas, íons atômicos ou moleculares contidos em líquidos, gases e sólidos, que determinam qualitativamente ou quantitati- vamente a natureza da matéria. A espectroscopia também pode ser usada para a determinação da natureza da matéria que esta mesmo a longas distâncias do detector espectroscópico, p. ex.: avaliação da composição química das estrelas. ESPIRAL DE EKMAN – representação teórica do modo como as correntes oceânicas provocadas pelo vento na camada superfi cial variam com a profundidade. Considerando-se um oceano homogêneo, sem limites e pos- suindo uma viscosidade constante, sobre o qual sopra um vento estável e uniforme, Ekman calculou que a corrente induzida pelo vento na camada superfi cial move-se com um ângulo de 45° à esquerda da direção do vento para o hemisfério sul, e à direita para o hemisfério norte. A camada superfi cial de moléculas de água, que é arrastada pelo vento, arrasta as camadas inferiores, sucessivamente, desviando-as em função da força de Coriolis e gera-se um movimento espiralado. A profundidade onde ocorre a reversão depende da latitude e do coefi ciente de viscosidade da água. O transporte resultante está a 90° à esquerda ou à direita da direção do vento (dependendo do hemisfério). ESPRAIAMENTO – movimento horizontal de infl uxo e refl uxo da massa d’água, após a arrebentação das ondas sobre a face de praia ou estirâncio. ESTAÇÃO DE COLETA (ou ESTAÇÃO OCEANOGRÁFICA) – local onde amostras de água ou parâmetros físico-químicos são coletados para pos- terior análise. ESTÁDIO INTERGLACIAL – intervalo de tempo entre dois estádios glaciais, onde predominam temperaturas brandas como as atuais. Isso caracteriza a atualidade como um estádio interglacial, cujas condições climáticas tornaram-se favoráveis há 10 mil anos A.P. (Antes do Presente). 65 EXATIDÃO – quando os resultados das análises estão próximos do valor verda- deiro. Como na prática é difícil conhecer o valor verdadeiro, em geral, é a medida da concordância entre o valor medido e o valor aceito como verdadeiro. EXCITAÇÃO – processo no qual um átomo ou molécula ganha energia da radia- ção eletromagnética ou por colisão, elevando-a para um estado excitado. EXOTÉRMICA – reações onde ocorre liberação de calor. É o antônimo de reação endotérmica. EXPANSÃO TÉRMICA – alteração no volume (V) como resultado de uma mudança na temperatura (T). EXTRAÇÃO – método de transferência do analito de interesse entre uma fase e outra, a fi m de isolar, concentrar ou separar para facilitar a identifi cação ou quantifi cação. É aplicado para substâncias orgânicas e inorgânicas solúveis em solventes orgânicos. EXTRAIR – processo de transferência de um soluto de interesse de uma fase (líquida ou sólida) para outra fase (líquida ou sólida). F FÁCIE SEDIMENTAR – depósito sedimentar com características específi cas oriundas dos processos de transporte, deposição e diagênese em um de- terminado tempo geológico. FAIXA DINÂMICA LINEAR – ver curva analítica. FALÉSIA – feição morfológica caracterizada por escarpas verticais abruptas no contato dos depósitos e/ou rochas continentais com o mar. É denominada de falésia viva quando encontra-se permanentemente sob a ação erosiva das ondas (ver foto a, p. 115). FALHA – deslocamento entre dois ou mais blocos de rocha paralelo à fratura. As falhas transcorrentes e transformantes predominam no assoalho oceânico. FALHA TRANSFORMANTE – feição associada a fossas meso-oceânicas. Acredita–se que estejam relacionadas à expansão do assoalho oceânico. P. ex.: falha de Santo André (Califórnia, EUA). FANEROZÓICO – termo que vem do grego phaneros = visível e oikos = vida. É o Éon atual. Iniciou-se há 542 milhões de anos e estende-se até hoje. 66 FASE – estado de agregação físico da matéria como: sólido, líquido e vapor d’água. Em termodinâmicam, é a porção fi sicamente homogênea de um sistema com vizinhanças defi nidas. Ex.: calcário em presença de água límpida, em que duas fases estão presentes. FATOR DE CLOROSIDADE – relação entre a concentração de uma substância encontrada na água do mar e a clorosidade. FIA – sigla para Flow Injection Analysis, usada para denominar método de processamento de amostras. Ver fl uxo contínuo. FIXAÇÃO – processo pelo qual algum elemento é captado da atmosfera. FLOCULAÇÃO – aglutinação de partículas formando fl ocos de um precipitado ou de um sistema coloidal, podendo ser causada pela alteração do pH do sistema, aumento de temperatura, adição de eletrólitos, mudança do estado de oxidação do meio, entre outros. Processo de aglutinação de sedimentos fi nos (argilo-minerais) quando estes encontram-se em suspensão, e ocorre o aumento da presença de eletrólitos na água (salinidade). FLOTAÇÃO – método de separação de misturas, através da formação de uma espuma que arrasta as partículas de uma determinada espécie. FLUIDO – característica física da matéria. Pode ser defi nido como substância que se deforma quando submetida a uma tensão de cisalhamento, isto porque suas camadas podem deslizar umas sobre as outras. Os líquidos, os gases, os plasmas são visivelmente caracterizados como fl uidos, pois as distâncias intermoleculares neles são geralmente maiores que nos sóli- dos. Desse modo, as forças intermoleculares, que dependem da distância, tendem a ser mais fracas nos líquidos, nos gases e nos plasmas do que nos sólidos, permitindo-lhes tomar a forma de seus recipientes em curto intervalo de tempo. FLUIDO NEWTONIANO – fl uido que apresenta viscosidade constante. FLUIDO PERFEITO – ver gás ideal. FLUXO CONTÍNUO – método laboratorial para processamento de amostras, a qual é introduzida em um fl uído transportador onde ocorrerão todas as etapas necessárias de extração e separação até a detecção fi nal do analito de interesse. O método de determinação de um analito em fl uxo contínuo pode ser realizado em fl uxo segmentado, quando a amostra é dividida em segmentos separados pela presença de bolhas de gás, ou por injeção em fl uxo (FIA – onde a amostra é introduzida no fl uxo contendo um ou mais 67 reagentes que favorecerão a determinação do analito). FLUXO DE BELTRAMI – movimento de um fl uido no qual o vetor vorticidade é paralelo ao vetor velocidade em todos os pontos do fl uido. FONTE DIFUSA DE CONTAMINAÇÃO – é caracterizada por uma alta dinâmica em intervalos randômicos intermitentes de tempo. A variabilidade das emissões de uma fonte difusa compreende várias ordens de grandeza, sendo a magnitude da poluição fortemente dependente das variáveis me- teorológicas, tais como precipitação pluviométrica. Frequentemente, este tipo de fonte não pode ser identifi cada ou defi nida geografi camente. FONTE PONTUAL DE CONTAMINAÇÃO – é caracterizada por emissões de grande estabilidade e qualidade de fl uxo, onde a variabilidade é inferior a uma ordem de grandeza. É uma fonte com magnitude de poluição indepen- dente ou pouco dependente de fatores meteorológicos, com localização geográfi ca identifi cável. FORÇA – toda causa capaz de modifi car o estado de repouso ou movimento de um corpo. FORÇA CENTRÍFUGA – força que ocorre em um sistema de rotação, onde as massas são defl etidas no sentido do centro ou do eixo de rotação para a curva. Esta força é oposta à aceleração centrípeta. FORÇA DE CORIOLIS – componente defl exiva aparente da força centrífuga, produzida pela rotação da Terra, que foi descrita por Gaspard-Gustave Coriolis (1792-1843). Ver Efeito de Coriolis. FORÇA GRADIENTE DE PRESSÃO – força que ocorre quando há uma diferença de pressão em função de uma distância. Ou seja, sempre que houver um gradiente de pressão ao longo de um plano no mar, deverá haver movimento na direção do plano e com sentido contrário ao do gradiente (da maior para a menor pressão). FÓRMULA EMPÍRICA – razão mais simples entre elementos químicos con- stituintes de uma substância. A fórmula empírica de diferentes substâncias químicas pode ser a mesma, pois a relação mais simples pode ser igual, mas o número de átomos totais e de ligações químicas envolvidas pode caracterizar diferentes substâncias. FÓRMULA MOLECULAR – é a especifi cação do número de elementos quími- cos contidos numa molécula. Algumas classes de argilo-minerais, por terem grande número de diferentes substituições, não apresentam fórmula 70 GEOQUÍMICA – área das ciências geológicas que surgiu como um instru- mento para obtenção de respostas mais genéricas, mais quantitativas e de maior aplicação a um número crescente de processos naturais. Cresceu rapidamente na década de 1990, incorporando novos conceitos como os da geoquímica ambiental ou biogeoquímica, que avalia os processos de ciclagem mineral onde o vetor principal é atividade biológica, incluída a atividade do homem. GEOSORVENTE – material com um alto conteúdo de carbono elementar, com estrutura porosa bastante desenvolvida e superfície específi ca. Devido a estas propriedades, é capaz de adsorver elementos e substâncias. P. ex.: constituintes do material particulado suspenso e dissolvido. GIRO OCEÂNICO – sistema de correntes que ocupam todos os oceanos in- tertropicais, diretamente relacionados com os centros semi-permanentes de pressão atmosférico-oceânicos de médias latitudes. Caracterizam-se por movimento no sentido horário no hemisfério norte e anti-horário no hemisfério sul. Do lado ocidental dos oceanos as correntes afastam-se do Equador, levando águas quentes, enquanto que do lado oriental as cor- rentes aproximam-se do Equador trazendo águas mais frias. GIRO SUBTROPICAL – é o mesmo que giro oceânico. GLACIAÇÃO – fenômeno climático explicado, em grande parte, por ciclos as- tronômicos, no qual é observado a redução da temperatura média da Terra e consequente aumento das geleiras nos pólos e nas áreas montanhosas. À medida que a superfície terrestre aqueceu ou esfriou, com diminuição ou aumento das geleiras terrestres, houve variação no nível do mar. Ocorreram vários intervalos de glaciação durante a evolução da Terra. GLÁCIO-EUSTASIA – mudanças de nível do mar ocorridas em estádios glaciais e interglaciais que foram frequentes na Época Pleistoceno, em virtude do aumento ou diminuição das calotas glaciais. GOLFO – reentrância de médias proporções na costa com profundidades que suportam a atracação de navios de grande calado. Geralmente é maior, mais fechado e mais profundamente recortado que uma baía. GONDWANA – super-continente do Paleozóico Superior do hemisfério sul. Formou-se durante o Período Jurássico Superior (200 milhões de anos atrás) e incluía: Antártida, América do Sul, África, Madagáscar, Seychelles, Índia, Austrália, Nova Guiné, Nova Zelândia e Nova Caledônia. GRABEN – depressão originada pelo movimento tectônico de falhas em sincronia. São vales com fundo aplainado, cuja estrutura é evidenciada 71 pela presença de escarpas de falhas em ambos os lados da mesma. Essa palavra tem origem alemã e signifi ca vala. P. ex.: vale do Reno na Suíça. GRADIENTE DE PRESSÃO BAROCLÍNICO – ocorre quando há uma variação horizontal da densidade em uma mesma profundidade. GRADIENTE DE PRESSÃO BAROTRÓPICO – ocorre quando há um declive da superfície livre de um fl uido. GRADIENTE HORIZONTAL DE PRESSÃO – taxa de variação da pressão atmosférica entre duas áreas. Causa o movimento os ventos. A direção dos ventos sempre se dá de regiões de alta pressão (também chamadas anticlones) para as de baixa pressão (ciclones), e sua velocidade está rela- cionada com a magnitude do gradiente de pressão. Centros de alta pressão ocorrem quando o ar se esfria, torna-se mais denso e desce, enquanto os de baixa pressão, ao contrário, ocorrem quando o ar se aquece, torna-se mais leve e sobe. GRANULOMETRIA – estudo das dimensões e características texturais dos sedimentos e dos solos. GRAVIDADE – força de atração que cada partícula do universo exerce sobre as outras. Possui a direção da reta que passa de uma partícula a outra. A força de atração gravitacional entre duas partículas é diretamente proporcional ao produto de suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre elas. Para se determinar a força gravitacional entre corpos extensos (um determinado conjunto de partículas), considera-se como se toda a massa do corpo extenso estivesse contida no seu centro de massa e usa-se, no cálculo, a distância entre os seus centros de massas. GRAVIMETRIA – aferição do campo gravitacional terrestre com o auxílio de gravímetros. A sua unidade é o metro por segundo quadrado (m . s-2), mas também é utilizado o Galileu (Gal). É utilizada para avaliar os efeitos das propriedades dos materiais que infl uenciam no campo. GRAVIMETRIA (Química) – técnica de análise quantitativa utilizada para deter- minar a massa do analito de interesse. Na análise gravimétrica, o constituinte a ser determinado é separado dos demais presentes no material em estudo na forma de uma fase pura, que é, então, pesada. A partir do peso da fase pura, acha-se o peso do constituinte desejado. GRÉS DE PRAIA – ver rocha praial (ver foto b, p. 114). GUNZ – intervalo glacial do Pleistoceno compreendido entre os estádios in- terglaciais Danúbio/Gunz e Gunz/Mindel da Calota Alpina. Teve duração 72 de aproximadamente 100 mil anos. GUNZ/MINDEL – primeiro intervalo interglacial do Pleistoceno ratifi cado na Europa, compreendido entre os estádios interglaciais Gunz e Mindel. Foi concomitante aos estádios glaciais Cromeriano e Mindel. GUYOT – elevação submarina originada a partir de um monte marinho que sofreu um processo de subsidência, ao mesmo tempo em que ocorreu um aplainamento do seu topo por ação das ondas. Localizam-se, em média, a 2 km da superfície. H HADEANO – Éon mais antigo, começou há 4,57 bilhões de anos, com a acresção planetária e diferenciação da Terra, até 3,85 bilhões de anos, quando surgiram as primeiras evidências de rochas. HALMIROGÊNICO – referente a um acúmulo por precipitação química oriunda da água do mar, p. ex.: fosforita, manganês, pirita. HALOCLINA – variação brusca da salinidade na coluna de água. HARZBURGITOS – periodotito dotado de menos de 5% de clinopiroxênio. For- mam a parte inferior da litosfera e fazem parte do complexo ultramáfi co. HIDRATAÇÃO – resulta da atração eletrostática entre um soluto e uma molécula de água. HIDRODINÂMICA – estudo dos fl uidos em movimento. HIDROFONE – sensor piezo-elétrico utilizado em método de sísmica, sendo responsável por transformar ondas mecânicas em sinais elétricos, possi- bilitando a coleta dos dados acústicos. HIDROSFERA – totalidade da água que se distribui na atmosfera e na parte superfi cial da crosta terrestre até uma profundidade de aproximadamente 10 km abaixo da interface atmosfera e crosta. Consiste em diversos reser- vatórios como: oceanos, geleiras, rios, lagos, cursos d’água, vapor de água atmosférica e água subterrânea. Os oceanos representam o maior reservatório contendo, aproximadamente, 98% da água total, enquanto as calotas e o gelo polar representam 1,64%, a água subterrânea 0,36%, os rios e lagos 0,04% e a atmosfera 0,001%. HIDROSSOL – sistema coloidal onde a substância dispergente é a água. 75 INÉRCIA TÉRMICA – nos oceanos, é o estado de um corpo que acontece quando uma massa d’água muda sua temperatura gradualmente e pode atingir uma temperatura diferente daquela esperada para a latitude em que se encontra. Isto ocorre devido à velocidade das correntes ser maior do que o tempo necessário para que a massa d’água atinja a temperatura esperada, através do balanço radiativo a uma determinada latitude. IN SITU – expressão do latim que signifi ca no lugar, estando relacionada ao estudo de um fenômeno no local onde ele acontece. INSOLAÇÃO – radiação solar incidente sobre qualquer ponto da superfície da Terra ou acima dela. INTEMPERISMO – conjunto de transformações que se processam nas rochas ao longo do tempo. Pode ser de origem química (oxidação, dissolução, hidrólise) e/ou física (variação de temperatura, cristalização de sais). INTERAÇÕES ÍON-ÁGUA – interações eletrostáticas entre íons e moléculas da água. INTERAÇÕES ÍON-ÍON – interações eletrostáticas entre íons. INTERAÇÕES QUÍMICAS – interações fracas entre elementos químicos de caráter eletrostático, podendo ser do tipo íon-íon ou íon-molécula, como as interações dos íons com as molecuas d’água. INTERFACE – transição entre dois sistemas ambientais. P. ex.: a termoclina é uma interface entre dois tipos de massas d’água; os estuários estão na interface continente-oceano etc. INTERFERENTE – espécie ou substância que produz um sinal indistinguível do analito de interesse, ou que atenua este sinal, atrapalhando a análise. INTERGLACIAL – referente aos intervalos de tempo geológico onde ocorreram retrações de montes de gelos continentais e aumento do nível do mar. INTERSTÍCIO – pequeno intervalo, espaço ou fenda existente em uma estrutura geológica. A água normalmente se armazena nos interstícios das feições ge- ológicas. Pode ocorrer também entre grão do solo ou dos sedimentos e, em geral, são ocupados por águas intersticiais ou gases. INTERTIDAL – refere-se a zona que sofre emersão e submersão periódica devido à variação da maré. Também denominada de zona intermareal, 76 mesolitoral ou entremaré (ver foto a, p. 119). INTRUSÃO ÍGNEA – é uma rocha ígnea mais recente que a rocha encaixante, que pode estar paralela a esta (intrusão concordante) ou pode cortá-la (intrusão discordante). ÍON – espécie química eletricamente carregada, originada de uma substância que perdeu ou ganhou elétrons. ÍON COMPLEXO – espécie química que apresenta um íon metálico central que interage covalentemente com ligantes (moléculas ou íons circundantes). Ver complexo químico. ÍON LIVRE – íon em solução que só é hidratado por moléculas de água (sem interação com outros íons). IONOSFERA – camada da atmosfera que se localiza entre 60 e 1.000 km de altitude. Nela, as moléculas de gás tornam-se ionizadas, refl etindo para a Terra as ondas de rádio. Nessa camada, verifi ca-se um aumento da tem- peratura, por causa da absorção da radiação solar pelas partículas sólidas, pelos resíduos cósmicos, entre outros. IOWANIANO – penúltima glaciação do Período Quaternário da América do Norte. IPSWICHIANO – termo utilizado no Reino Unido para designar o intervalo interglacial do Pleistoceno concomitante ao estádio interglacial Riss/Wurm dos Alpes. ISÓBAROS – átomos de elementos químicos distintos que apresentam o mesmo número de massa e diferentes números atômicos. ISOBASE – designa a linha que realiza a junção de áreas que sofreram igual levantamento ou subsidência ao longo do tempo geológico. Esse termo é muito empregado pela Geologia do Quaternário, devido aos movimentos de levantamento crustal que ocorreram em virtude do derretimento de calotas de gelo, aliviando as pressões sobre os continentes. ISÓBATA – linha imaginária que delimita pontos de mesma profundidade, geralmente aferida em braças, sob o nível do mar. ISÓCRONA – linha que delimita regiões com matérias de mesma idade geológica. ISOELETRÔNICOS – átomos ou íons que possuem o mesmo número de elétrons. ISOPICNAL – linha de densidade constante, mesmo que com variações da 77 salinidade e temperatura, havendo compensação mútua para manter a densidade constante. ISOSSISTA – linha curva e fechada que une todos os pontos de mesma in- tensidade sísmica. ISOSTASIA – conceito baseado no princípio de equilíbrio hidrostático de Arquimedes, no qual um corpo de densidade menor fl utua em um fl uido de densidade maior, sendo que a massa do fl uido deslocado equivale à sua própria massa. De acordo com este princípio, a camada superfi cial da Terra, relativamente rígida (litosfera), fl utua sobre um substrato mais denso (astenosfera). Existem duas teorias para explicar o fenômeno da isostasia: A) Teoria de Pratt, que admite densidades diferentes para a crosta terrestre, sendo maiores sob as montanhas do que sob os oceanos; e B) Teoria de Airy, segundo a qual admite-se a densidade crustal como constante, de modo que as áreas montanhosas seriam compensadas por “raízes”, semelhante às extensões subaquáticas de icebergs que fl utuam nos oceanos. p1 depressão (bacia) p2 elevação (montanha) elevação (montanha) depressão (bacia) p1p3 raizA B p1<p2<p3 Modelos de compensação isostática segundo Airy (A) e Pratt (B). ISOTERMA DE DISTRIBUIÇÃO – relação (algébrica ou gráfi ca) entre a con- centração de um soluto no extrato e as concentrações correspondentes do mesmo soluto na outra fase em equilíbrio, a uma temperatura específi ca. ISÓTONOS – átomos de elementos químicos distintos que apresentam dife- rentes números atômicos e números de massa, e possuem mesmo número de nêutrons. ISÓTOPOS – átomos de um mesmo elemento químico que apresentam o mesmo número atômico e diferentes números de massa. ISTMO – porção emersa de terras que liga uma ilha a outra ilha, ou uma ilha a um continente. 80 sul). O contrário acontece no hemisfério norte. LEI DE CHARLES – à pressão constante, o volume de uma determinada massa de gás é diretamente proporcional à temperatura absoluta. LEI DE DALTON – a pressão total de uma mistura de gases é igual à soma da pressão parcial dos componentes gasosos presentes na mistura. LEI DE DITTMAR – afi rma que existe uma constância relativa na composição da água do mar, ou seja, a proporção entre os constituintes é a mesma para todos os oceanos. Muitos dos métodos para medir a salinidade, densidade e propriedades físico-químicas da água do mar baseiam-se nesse conceito. LEI DE HENRY – a pressão parcial de um gás é diretamente proporcional à concentração. LEI DE LAMBERT – ver Lei de Beer. LEI DE RAOULTSÍS – a pressão parcial de um gás em uma mistura ideal é igual à pressão parcial do gás puro multiplicada pela fração molar. P = Pi . Xi, onde: P = pressão parcial do componente; Pi = pressão de vapor do componente puro; Xi = fração molar do componente em solução. LEI DE STEFAN – estabelece que a energia emitida por um corpo é propor- cional a uma constante vezes a temperatura elevada à quarta potência. LEQUE SUBMARINO – feição em forma de leque onde ocorre a acumulação de sedimentos. Com destaque para o leque Amazônico, que é a formação conspícua do setor equatorial da margem continental brasileira. LHERZOLHITOS – periodotito que tem em sua composição olivina, or- topiroxênio, clinopiroxênio e espinélio. Fazem parte do complexo ultramá- fi co. É a rocha dominante no manto. LIDO – termo italiano utilizado para designar a barreira arenosa que delimita uma laguna em relação ao mar. P. ex.: lido de Fortaleza na Praia de Iracema (Brasil). LIMITE CONSERVATIVO DE PLACAS – região de deslocamento lateral de placas, uma em relação à outra, ao longo de uma falha transformante. LIMITE CONVERGENTE DE PLACAS – região de colisão de placas que gera uma zona de subducção, ocorrendo a fusão parcial da crosta subductada. 81 LIMITE DIVERGENTE DE PLACAS – região de afastamento de placas, sendo representados pelas dorsais, onde ocorre a formação de crosta oceânica. LIMNOLOGIA – ciência que surgiu no início do século XX com estudos sobre lagos. Atualmente, seu foco principal é a quantifi cação dos processos en- volvidos nas interações entre as comunidades biológicas (incluído o homem) e o meio aquático natural (águas continentais). LINHA DE ANDESITO – linha que une os pontos onde estão presentes rochas andesíticas nas proximidades do Oceano Pacífi co. LINHA DE DETRITOS – refere-se à delimitação onde estão os detritos car- reados através das ondas de tempestade pela praia. É diferente da linha de espraiamento. LINHA DE LAMA – denominação dada à linha que faz a junção dos pontos de profundidades rasas onde há sedimentos lamosos. A sua profundidade é variável, sendo mais profunda no oceano aberto e mais rasa em baías e golfos. LINHA ISOCLÍNICA – linha que faz a junção de pontos que apresentam a mesma inclinação magnética. LINHA ISOGÔNICA – linha que faz a junção de pontos que apresentam a mesma declinação magnética. LINHA PRAIAL NEGATIVA – linha referente à emersão das terras continen- tais, ou seja, desenvolvimento positivo do continente ou desenvolvimento negativo do nível marinho. LINHA PRAIAL POSITIVA – linha referente à submersão das terras continen- tais, ou seja, desenvolvimento negativo do continente ou desenvolvimento positivo do nível do mar. LINHA PRAIAL PROGRADANTE – linha de praia em constante avanço em decorrência da deposição de sedimentos, oriundos de rios ou do mar. LINHA PRAIAL RETROGRADANTE – linha de praia que está recuando constantemente, em direção ao continente, em virtude da ação da erosão ocasionada pelo ataque das ondas. LÍQUIDO – estado da matéria no qual a distância entre suas moléculas é su- fi ciente para que ele possa assumir a forma daquilo que o contém. LISÓCLINA – profundidade em que a taxa de dissolução do carbonato de 82 cálcio (CaCO3) sólido aumenta bastante. LITIFICAÇÃO – processos físicos, químicos e biológicos que atuam na solidi- fi cação das rochas sedimentares. LITOFÁCIES – características físicas e orgânicas presentes nas rochas sedi- mentares que revelam o ambiente no qual essas rochas se depositaram. LITORAL – ver zona litorânea (ver foto b, p. 122). LITOSFERA OCEÂNICA – leito frio e rúptil formado pela crosta oceânica (com densidade de cerca de 3.000 kg . m-3) e parte superior do manto. LONGITUDE – medida angular, em graus, entre o plano de um meridiano de referência e o plano meridiano que passa por um ponto qualquer sobre uma superfície elipsoidal de referência. É com frequência representada grafi camente por linhas perpendiculares ao Equador, que circundam o Planeta, passando pelos pólos norte e sul. A distância entre estas linhas é maior no Equador e menor em latitudes mais elevadas. As Zonas de Tempo encontram-se relacionadas à longitude. LUDHAMIANO – termo utilizado no Reino Unido para o intervalo interglacial do Pleistoceno que precedeu à glaciação Thurniana. LUTITO – rocha argilosa, formada a partir da litifi cação de lamas. É composta principalmente de argilas e siltes. Os principais lutitos são os folhelhos e argilitos. Tem como sinônimo pelito. M MAGMA – rocha fundida originada em profundidade elevada da crosta ou do manto superior. MAGMA HÍBRIDO – magma originário da mistura de magmas diferentes den- tro de câmaras magmáticas. Este magma tem propriedades diversas, pois resulta de plumas mantélicas diversas (diferentes minerais). MANGUE – termo relativo às árvores presentes nos manguezais, sendo, portanto, resistentes ao estresse salino. As espécies vegetais característi- cas são: Rhizophora mangle (mangue-vermelho), Laguncularia racemosa (mangue-branco), Avicennia sp. e Conocarpus erectus (mangue-de-botão). (ver foto a, p. 119). MANGUEZAL – ecossistema de transição entre o ambiente marinho e o ter- restre, associado às margens de baías, enseadas, barras, desembocaduras 85 maré local. Ocorre a cada duas semanas quando a Lua está em quadratura com o Sol, isto é, durante os quartos crescentes e minguantes. Ver maré e amplitude de maré. MARÉ DE SIZÍGIA – maré com grande amplitude. Possui as maiores e meno- res alturas em relação ao nível médio do mar local, que são produzidas, respectivamente, durante a Lua cheia e a Lua nova. MARÉ DIURNA – regime de maré caracterizado por uma preamar e uma baixa-mar em um período de 24 h e 50 min. MARÉ ENCHENTE – fase de subida do nível marinho e de outros corpos d’água ligados ao oceano (estuários, lagunas etc.) pelo efeito da maré. Nessa fase, estabelecem-se correntes de maré dirigidas do oceano aberto para o continente (ver foto c, p. 121). MARÉ EÓLICA – elevação exagerada do nível do mar causada por força tangencial do vento sobre a superfície marinha. MARÉ EQUATORIAL – maré que ocorre duas vezes ao mês quando a Lua encontra-se próxima ao Equador da Terra. Caracteriza-se por uma diferença mínima entre a preamar e a baixa-mar. MARÉ EQUINOCIAL – maré que ocorre quando o Sol está próximo ao Equinó- cio, sendo caracterizada por variações de marés de sizígia maiores do que a média. MARÉGRAFO – instrumento que registra automaticamente os níveis de maré em função do tempo. O marégrafo é instalado em zona litorânea, na chamada estação de maré. MAREGRAMA – registro gráfi co de subidas e descidas das maré, também conhecido como curva de maré. MARÉ INTERNA – oscilações verticais subaquáticas que se propagam nos oceanos ao longo da picnoclina. MARÉ METEOROLÓGICA – maré causada principalmente pelo vento e por efeito da pressão atmosférica. MARÉ MISTA – regime de maré caracterizado pela ocorrência de duas pre- amares e duas baixa-mares, ambas com diferentes amplitudes em cada ciclo de maré de 24 h e 50 min. São marés intermédias entre os tipos diurno e semidiurno. 86 MAREMOTO – onda marinha, por vezes gigantesca, produzida por terremotos ou erupção vulcânica submarina. O maremoto é conhecido também como tsunami, ou como onda marinha sísmica. MARÉ SEMIDIURNA – regime de maré caracterizado por duas preamares e duas baixa-mares em um ciclo de 24 h e 50 min., com diferenças pequenas de altura e duração entre as sucessivas preamares e baixa-mares. MARÉ VAZANTE – fase de descida do nível marinho e de outros corpos d’água ligados ao oceano por efeito da maré. Nesta fase, estabelecem-se correntes de maré dirigidas do continente para o oceano (ver foto a, p. 126). MAR FECHADO – todo mar que não possui nenhuma conexão com os oceanos, sendo, na verdade, um grande lago salgado. MARGEM CONTINENTAL ATIVA – margem onde há subducção de uma placa oceânica sob outra continental. P. ex.: Placa de Nazca, Placa Sul-Americana. MARGEM CONTINENTAL PASSIVA – margem distante do limite de placas que apresenta grande extensão. P. ex.: Placa Africana. MARULHO – ver ondulação. MASSA – é a quantidade de matéria de um corpo, ou a grandeza física que representa a inércia de um corpo. MASSA ATÔMICA – massa do elemento químico relativa ao isótopo de carbono (12C) ao qual foi atribuído o valor de unidade de massa atômica igual a 12. Ver também massa molar. MASSA MOLAR – é a massa em gramas de um mol da substância. A massa molar do 12C é 12 g. MASSAS D’ÁGUA – grandes quantidade de água que se estabelecem em uma faixa específi ca para valores de temperatura e salinidade. Adquirem suas características de temperatura e salinidade na superfície e, se sub- mergirem, tendem a manter suas características físico-químicas originais podendo, no entanto, ter suas propriedades alteradas por misturas com águas adjacentes. MATERIAL DISSOLVIDO – material que passa por uma membrana com poros de 0,45 μm. Pode ser orgânico, com composição biológica como proteí- nas, aminoácidos, lipídeos, ácidos húmicos, uréia; ou inorgânico, como 87 nutrientes e sais. MATERIAL PARTICULADO – terminologia técnica empírica para material sólido, orgânico ou inorgânico, que fi ca retido por uma membrana com poros de 0,45 μm. MATÉRIA ORGÂNICA NATURAL – substância constituída primariamente de carbono (C), nitrogênio (N), oxigênio (O), fósforo (P) e enxofre (S), produ- zida durante as reações metabólicas ou pela decomposição de plantas. MATRIZ (da amostra) – é o meio do qual o analito de interesse foi extraído. MATUPÁ – ver camalote. MATURO – estágio de desenvolvimento das bacias oceânicas no qual as correntes de convecção continuam a atuar, causando espalhamento do assoalho oceânico. O calor concentra-se na dorsal Meso-Oceânica. Ex.: Oceano Atlântico. MECÂNICA DOS FLUIDOS – parte da física que estuda o efeito de forças nos fluidos. A mecânica dos fluidos pode ser dividida em hidrostática e hidrodinâmica. MÉDIA – ou média aritmética, é obtida pela divisão da soma das n réplicas de medidas de uma variável pelo número n de medidas realizadas. MEDIOLITORAL – ver estirâncio (ver fi g. a, p. 130). MENAPIANO – estádio glacial do Pleistoceno da Escandinávia, compreen- dido entre os estádios interglaciais Waaliano e Cromeriano da Calota Fenoscandiana. MENISCO – curvatura da superfície de um líquido que é produzida em resposta à superfície de um recipiente. Esta curvatura pode ser côncava, caso as molécu- las do líquido e as do recipiente se atraem, ou convexa, caso as moléculas do líquido e as do recipiente se repelem (ver foto b, p. 131). MÉTODO DE WINKLER – método utilizado na determinação das concentra- ções de oxigênio dissolvido na água do mar. Na etapa de amostragem o oxigênio dissolvido é fi xado na forma de Mn(OH)3, o qual posteriormente é dissolvido e determinado por titulação iodométrica. MICELA – composto que possui características polares e apolares simultanea- mente, dispersos em um líquido constituindo um das fases de um colóide. 90 caracteriza cada elemento químico, uma vez que não existem átomos de elementos químicos diferentes com o mesmo número atômico. Se o átomo apresentar carga neutra, o número de elétrons também pode representar o número atômico. NÚMERO DE BEAUFORT – um número que denota a velocidade do vento ou sua “força” de acordo com uma escala (Escala de Beaufort) (ver Escala de Beaufort, p. 129). NUTRICLINA – camada onde ocorre uma variação máxima na concentração de nutrientes com a profundidade. NUTRIENTES – são elementos-traço que o fi toplâncton marinho exige para o seu crescimento (nitrogênio, fósforo e sílicio). Nos oceanos, os nutrientes retirados da água marinha pelo fi toplâncton estão na zona eufótica, camada na qual ocorre a fotossíntese. Grande parte dos nutrientes é removida da zona eufótica e transferida para as camadas mais profundas dos oceanos através de organismos mortos (detritos) que sedimentam. Nas camadas mais profundas, a matéria orgânica é remineralizada, ou seja, os nutrientes voltam à solução. A concentração dos nutrientes geralmente aumenta com a profundidade, devido à diminuição da comunidade fi toplanctônica com a profundidade. O OBDUCÇÃO – termo que designa a sobreposição de uma placa oceânica sobre uma placa continental. OCEÂNICO – ambiente relativo ao oceano aberto além da borda da plataforma continental. OCEANO – corpo de água salgada de grandes dimensões. Os oceanos repre- sentam o principal reservatório de água da hidrosfera terrestre, abrangendo cerca de 33% da superfície terrestre e contendo cerca de 97% de toda a água existente na Terra. Possuem profundidades superiores a 2.000 m. OCEANO ABERTO – região oceânica além da plataforma continental, car- acterizada por águas de salinidades constantes, diferente das águas de plataformas continentais, que apresentam salinidades muito variáveis. OCEANOGRAFIA – ciência que estuda os oceanos e suas particularidades: 1) físicas, como a hidrodinâmica dos oceanos, temperatura e densidade das águas; 2) químicas, como a caracterização dos componentes e reações químicas que ocorrem na água do mar; 3) biológicas, como a característica dos organismos marinhos e sua distribuição no ambiente; e 4) geológicas, 91 como a cartografi a dos fundos oceânicos e o estudo das rochas e dos sedimentos nestes fundos. Estuda também as interações entre as car- acterísticas oceânicas, seus efeitos sob as demais áreas e sob sistemas ambientais, e vice-versa. OCEANOGRAFIA FÍSICA – ciência que estuda os aspectos físicos dos oce- anos, relacionando-os com as demais áreas do estudo oceanográfi co. Abrange o estudo sobre os movimentos das águas (correntes, ondas e ma- rés) e suas características físicas, como temperatura e densidade. Estuda, também, as interações entre os oceanos e outros reservatórios de água como, p. ex.: a interação entre o oceano e a atmosfera e entre o rio e o mar. OCEANOGRAFIA GEOLÓGICA – parte das ciências oceanográfi cas que estuda as rochas e sedimentos do fundo oceânico para compreensão da evolução dos oceanos, descrição do substrato oceânico, incluindo aspectos profundos da crosta. OCEANOGRAFIA QUÍMICA – parte das ciências oceanográfi cas que estuda as transformações químicas que ocorrem na água de maré nos sedimen- tos marinhos. No sistema aberto oceânico, estas transformações, muitas vezes, interagem com processos físicos, biológicos e geológicos e estão interconectados à atmosfera e aos fl uxos continentais de materiais. ODP (Ocean Drilling Program) – programa de pesquisa que realizou estudos nos primeiros 400 m da crosta oceânica através de testemunhos de sonda- gem. Estes estudos são a base para o conhecimento da composição da crosta oceânica. OFIOLITO – rocha oriunda da crosta oceânica depositada sobre a crosta con- tinental, constituindo o principal meio de estudo da composição da crosta oceânica. Divide-se em quatro camadas, e, com base nelas, presume-se que a crosta oceânica também é constituída pelas mesmas camadas. São elas: complexo ultramáfi co, complexo gabróide, complexo de diques máfi cos e complexo vulcânico basáltico. OLIGOTRÓFICO – ambiente aquoso em que há pouca quantidade de nutrientes disponíveis à atividade fi toplanctônica. ONDA CONSTRUTIVA – tipo de onda que auxilia na criação de uma praia, transportando material rumo ao continente. ONDA DE AREIA – são manifestações no fundo marinho, em consequência da força de arrasto das correntes, produzindo ondas de areia, que atingem mais de 5 cm de amplitude. Também ressuspendem a matéria orgânica 92 presente no fundo (ver foto c, p. 115). ONDA DE CORPO – onda sísmica que se propaga em direção ao interior da terra. Divide-se em: ondas S (Secundária ou Transversal) e ondas P (Primária ou Longitudinal). ONDA DE MARÉ – ver maré. ONDA DE TEMPESTADE – onda de grandes dimensões originadas fundamen- talmente por ventos fortes ligados a tempestades, que provoca inundação de costas baixas normalmente não atingidas pelo mar. ONDA DE TRANSLAÇÃO – onda na qual cada partícula de água desloca-se para frente à medida que a onda se propaga. ONDA ESTACIONÁRIA – ver onda fi xa. ONDA FIXA – tipo de onda em que a superfície da água oscila verticalmente entre pontos fi xos. Esta onda pode resultar do encontro de dois trens de ondas progressivas iguais que viajam em sentidos opostos. ONDA IDEAL – onda teórica introduzida no estudo da geometria das ondas através de relações matemáticas, chegando-se a equações elementares de movimento das ondas. Embora constitua um instrumento útil de trabalho, a onda ideal possui aplicação limitada não podendo ser utilizada em todas as fases das ondas oceânicas. ONDA INTERNA – onda que se desenvolve no interior de fl uidos com diferenças de densidade causadas, por exemplo, por estratifi cação térmica. Nesses limites desenvolvem-se ondas internas cujos períodos não coincidem com as ondas superfi ciais. Esse tipo de onda pode ocorrer em mar profundo, na plataforma continental, em águas costeiras e em estuários. Há indícios de que essa onda pode causar, se não a erosão, pelo menos a não deposição em áreas amplas do fundo oceânico. ONDA LIMÍTROFE – onda sísmica que se propaga ao longo de superfí- cies livres ou interfaces acústicas e que depende da estratificação para sua existência. ONDA MARINHA SÍSMICA – ver maremoto. ONDA OCEÂNICA – perturbação que se propaga através da água. É causada pelos ventos que transferem energia para a superfície da água. A energia das ondas é proporcional ao quadrado da sua altura, assim, quanto maior 95 de soluções de diferentes pH e outros. PALEODUNA – duna formada no período quaternário cujos processos de mu- dança do solo fi zeram surgir uma camada vegetal mais espessa. É consti- tuída de areia de granulometria variando de fi na a média (ver foto b, p. 118). PALEOSSALINIDADE – refere-se ao estudo da salinidade ao longo do tempo geológico em mares e oceanos, em função de certos elementos, como o boro, e em função de determinados organismos que possuem faixa de tolerância à salinidade estreita e conhecida. PANGEA – megacontinente formado pela junção de todos os continentes atuais existente durante a Era Mesozóica, até 200 milhões de anos atrás (quando fragmentou-se em Laurásia e Gondwana). PANÓCIA – continente originário da colisão das duas porções da Rodínia e Cratão do Congo, evidenciado pela orogênese Pan-africana. PARALAXE – ver erro de paralaxe. PARÁLICO – palavra originada do grego paralia, que signifi ca costa marinha. Designa ambientes próximos ao litoral onde ocorre sedimentação, e relaciona-se a áreas paludiais onde os sedimentos apresentam concomi- tantemente características marinhas e continentais. PARTES POR MIL – antiga unidade usada para salinidade. Em inglês, a sigla é ppt, onde T representa thousands (milhar), o que pode gerar erros de interpretação de dados. Neste caso, em português, o símbolo mais comu- mente utilizado é o g . kg-1 ou ‰. PARTIÇÃO – fenômeno que ocorre quando uma substância encontra-se em contato com duas fases diferentes e, então, esta terá uma afi nidade dife- rente para cada fase. Esse termo é frequentemente usado como sinônimo de distribuição e de extração. PARTICULADO ATMOSFÉRICO – partículas muito fi nas de sólidos ou líquidos suspensos num gás, que variam de tamanho entre 100 μm a 10 nm. PASTONIANO – termo utilizado no Reino Unido para designar o intervalo interglacial do Pleistoceno concomitante ao Danúbio/Gunz dos Alpes. pE – ou pEh; representa o inverso do logaritmo do potencial de oxidação e potencial de uma meia-pilha. 96 PENÍNSULA – porção de terra semelhante a uma ilha, circundada pelo mar, porém com conexão (canal arenoso) com o continente denominado istmo. PERIANTA – ver camalote. PERFIL TÍPICO DE NUTRIENTE – perfi l de concentração de um elemento com a profundidade que é semelhante à de um nutriente (baixa nas águas de superfície, aumentando com a profundidade). PERÍODO – subdivisão de uma Era referente à escala de tempo geológico. É denominado, em geral, de acordo com a localidade geográfi ca onde foi descrito pela primeira vez. Também é subdividido em Épocas (ver escala de tempo geológico, p. 128). PERÍODO DE MARÉ – intervalo de tempo entre duas fases homólogas e consecutivas de maré. PERÍODO DE ONDA – intervalo de tempo entre a passagem de duas cristas sucessivas de onda por um ponto fi xo. PERMIANO – período da Era Paleozóica situado entre 299 e 245 milhões de anos atrás. Subdivide-se nas Épocas Cisuraliana, Guadalupiana e Lopin- giana. Esse nome vem da região de Perm, na Rússia. P. ex.: Formação Irati, no Brasil (ver escala de tempo geológico, p. 128). PESO – força de atração entre um corpo e a Terra. PESO ATÔMICO – é o número de vezes que um átomo daquele elemento é mais pesado que um átomo de hidrogênio. PESO MOLECULAR – indica a soma dos pesos atômicos de um composto. PETRÓLEO – substância infl amável, oleosa, de origem fóssil, menos densa que a água, formada através da combinação complexa de hidrocarbonetos, principalmente aromáticos, alicíclicos e alifáticos. É um recurso mineral abundante, mundialmente utilizado como principal fonte de energia não- renovável e na produção de diversos produtos como: parafi na, gasolina, solventes, óleos lubrifi cantes etc. pH (potencial hidrogeniônico) – índice que indica a acidez, alcalinidade ou neutralidade de uma solução, através da medida da concentração de íons H+. Logaritmo negativo da concentração de íons H+. PICNOCLINA – zona onde ocorre um aumento brusco de densidade. 97 PIPETA AUTOMÁTICA – aparato volumétrico útil para a realização de rotinas laboratoriais intensamente repetitivas, com ponteira de plástico descartável e que afere volumes até o centésimo do μL. Adequadamente utilizadas, fa- vorecem a diminuição dos erros de leitura e por contaminação das amostras. PLÁCER PRAIAL – feição originada do acúmulo de minerais pesados, concentra- dos por ação de forças hidrodinâmicas. Geralmente tem alto valor agregado. PLANÍCIE – área de sedimentação com pouca variação de altitude. PLANÍCIE COSTEIRA ESTUARINA – estuário que resulta de afundamentos da superfície ou elevação do nível do mar. PLANÍCIE FLUVIAL – ambiente resultante da deposição de sedimentos decorrente de ação fl uvial. PLANÍCIE FLUVIOMARINHA – área infl uenciada pela ação marinha e fl u- vial que proporciona a fl oculação de argilas e a deposição de material lamacento de acordo com o regime de marés. É um ambiente propício ao surgimento de manguezais (ver foto c, p. 118, foto c, p. 119, foto a, p. 123). PLANÍCIE LITORÂNEA – ambiente constituído por feições morfológicas, tais como: praia, pós-praia, campo de dunas e planície fl uviomarinha. PLATAFORMA CONTINENTAL – é a continuidade submersa dos continentes, com uma declividade suave de 1:1.000. Possui uma profundidade média de 180 m. Pode apresentar terraços resultantes da regressão marinha. Divide-se em plataforma interna e externa. PLATAFORMA EXTERNA – porção da plataforma continental com profundidade variável de 30 a 200 m, onde predomina a sedimentação bioclástica. PLATAFORMA INTERNA – porção da plataforma continental com profundidade variável de 0 a 30 m, onde predomina a sedimentação siliciclástica. PLEISTOCENO – época mais arcaica do Período Quaternário, entre 1,8 milhão de anos e 10 mil anos A.P. (Antes do Presente), onde ocorreram vários estádios glaciais e interglaciais. Seu nome é derivado da palavra grega pleistos= muito e kainos= recente. PLUMA DO MANTO – fração de material quente originada em diversas profundidades mantélicas. É relativamente estacionária sob as placas litosféricas.
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