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Visão integral O corpo humano integra as dimensões.da materialidade, Notas de estudo de Engenharia Elétrica

HUMANIDADES

Tipologia: Notas de estudo

2012

Compartilhado em 08/09/2012

emanoel-moraes-ferreira-2
emanoel-moraes-ferreira-2 🇧🇷

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Baixe Visão integral O corpo humano integra as dimensões.da materialidade e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Elétrica, somente na Docsity! O corpo Visão integral O corpo humano integra as dimensões ...da materialidade - ossos, músculos, hormônios, fezes, sangue, etc. ...da imaterialidade - emoções, criatividade, loucura, ludicidade... Historicamente a cultura e a educação desprezaram, por ignorância, preconceito ou crueldade, essa unicidade corporal. Trataram predominantemente o corpo como um abrigo da nobre mente, ou como uma máquina, um objeto a ser educado e treinado para ser mais forte, mais alto, mais veloz, mais belo, mais jovem, mais saudável e até mesmo mais lúdico e feliz. O corpo como máquina voltada ao trabalho Análise do corpo Antropologia a) A dimensão cultural da corporeidade. b) Conceitos e imagens do corpo: – Crenças sobre o tamanho e formas ideais do corpo, incluindo o vestuário e o embelezamento do seu exterior. – Crenças sobre a estrutura interna do corpo: etnoanatomia. – Crenças sobre suas funções: etnofisiologia. a) A dimensão cultural da corporeidade • O corpo humano é muito menos biológico do que se pensava. • O corpo humano é muito menos individual do que costuma postular o pensamento influenciado pela visão de mundo de nossa cultura individualista. • O corpo humano é socialmente reconstruído. • Sendo em grande medida uma construção social, o corpo humano apresenta as características dos fenômenos culturais. • As sociedades reconstroem seus corpos, ou mais radicalmente, os corpos de seus membros constituem a única materialidade efetiva de qualquer sociedade. Assim... ...a Cultura dita normas em relação ao corpo: normas que, à custas de castigos e recompensas, são aplicadas até o ponto de estes padrões de comportamento se lhe apresentarem como tão naturais quanto o desenvolvimento dos seres vivos, a sucessão das estações do ano ou o movimento do nascer e do por do sol. b) Conceitos e imagens do corpo A imagem corporal é adquirida pelo indivíduo como parte do crescimento em determinada família, cultura ou sociedade, embora existam variações individuais na imagem corporal dentro de cada um desses grupos. • Crenças sobre o tamanho e formas ideais do corpo, incluindo o vestuário e o embelezamento do seu exterior. • Crenças sobre a estrutura interna do corpo: etnoanatomia. • Crenças sobre suas funções: etnofisiologia. Em todas as sociedades, o corpo humano tem uma realidade social e uma física: Isso significa que a forma, o tamanho e os adornos do corpo podem transmitir informações sobre a posição da pessoa na sociedade O Corpo morto A maior parte das pessoas não gosta de ficar muito tempo perto de um cadáver. Geralmente apresenta reações típicas como olhar rapidamente para o defunto ou cobre os olhos, havendo até que desmaie. O morto representa anormalidade, impureza, perigo. Entre os moari os que tocaram um morto ou participaram de seu enterro, estão extremamente poluídos. São proibidos de entrar em casa. Não tocam nem seu próprio alimento. Apenas mendigos podem se aproximar deles. Entre certos pigmeus a iniciação do mago exige para o ingresso na sociedade secreta dedicada à magia negra, muitas delas ligadas ao contato com a morte e com a impureza: em uma delas ao se coloca atado, peito contra peito e boca contra boca, o candidato, a um cadáver, levando-os, ambos, para o fundo de um fosso, que se cobre de ramagens, onde permanecem três dias; outros três dias, o novato passa em sua cabana, atado ao morto que se putrefaz e de cuja mão ele deve se servir para a alimentação, esta mesma mão que, depois, posta para secar, servirá a ele como seu mais poderoso fetiche. (12,p. 165-6) Corpo e envelhecimento Envelhecimento não pode ser relacionado à doença ou incapacidade, mas é claro que o avanço da idade traz crescentes problemas de saúde. O fato de a extensão do corpo inevitavelmente se desgastar com o avanço da idade é debatido. Os efeitos das perdas sociais e econômicas são também difíceis de desenredar dos efeitos da deterioração física. Nossa sociedade, diante do dilema do envelhecimento opta por algumas opções: [Extraído Revista Veja, 07 de janeiro, 2004] Saúde e Estética – Discursos Convergentes Entendida como consumo cultural, a prática do “culto ao corpo” coloca-se hoje como uma preocupação geral apoiada ora num discurso estético que valoriza as formas, ora num discurso médico, que se volta para a saúde do corpo, engloba-nos a todos num mesmo ideal: a preocupação com o corpo. As revistas de moda e beleza em número infinitamente maior são dedicadas às mulheres. Essas revistas mostram cuidados que a mulher deve ter com o corpo, que deve ser magro, modelado, feminino, saudável, sensual e pronto para seduzir – a si mesma e ao outro. A vaidade e o desejo estético estimulado nas mulheres, pelas textualizações de inúmeras revistas de moda, não permitem que a mulher “esqueça” que lugar seu corpo deve ocupar na sociedade. Uma Questão de Gênero Concluindo... Nossa visão sobre o Corpo Humano é construída social e historicamente; BIBLIOGRAFIA PARA APROFUNDAMENTO HELMAN, C.G. Cultura, saúde e doença. 4 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2003, capítulo 2. FERREIRA, J. O corpo sígnico. In: ALVES, P.C., MINAYO, M.C.S. Saúde e doença: um olhar antropológico. Rio de Janeiro: Fiocruz; 1994. p.101-12. ETNOGRAFIAS: Lévi-Strauss, Claude. O Cru e o Cozido, Ed. Brasiliense, São Paulo, SP, 1991. Latour, Bruno. A Vida de Laboratório, Relume Dumará, RJ, 1997. Wacquant, Loïc. Corpo e Alma – Notas Etnográficas de um Aprendiz de Boxe, Relume Dumará, RJ, 20022. Malinowski, Bronislaw. Um Diário no Sentido Estrito do Termo, Ed Record, RJ, 1997. Benedict,Ruth. O Crisântemo e a Espada, Ed. Perspectiva, SP, 2002.
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