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Método das Diferenças Finitas: Transformando Equações Diferenciais em Equações Algebricas, Notas de aula de Engenharia Química

O método das diferenças finitas é uma técnica matemática utilizada para resolver problemas de equações diferenciais ordinárias (edo's) e parciais (edp's). Este documento explica o processo de discretização do domínio da variável independente, a aproximação de derivadas e a solução de edo's por diferenças finitas. Além disso, são discutidos os tipos de condições de contorno e a linearização em problemas de valor de contorno.

Tipologia: Notas de aula

2012

Compartilhado em 28/08/2012

luis-fonseca-1
luis-fonseca-1 🇧🇷

4.5

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Baixe Método das Diferenças Finitas: Transformando Equações Diferenciais em Equações Algebricas e outras Notas de aula em PDF para Engenharia Química, somente na Docsity! MÉTODO DAS DIFERENÇAS FINITAS O método das diferenças finitas pode ser aplicado na solução de EDO’S ou EDP’S. Considere, primeiramente, o problema formado por EDO’S, que pode ser um problema de valor de contorno ou inicial. Um problema de valor inicial é dado conforme e abaixo: F (x, y(x), x F 0B 3 0 x=x0 y(x0)= y0 y’(x0)= b Onde x é a variável independente, y(x) é um vetor de variáveis dependentes. O outro tipo de problema é o problema de valor de contorno, que assume a seguinte forma: F (x, y(x), x F 0C E (a, b) x= a x= b y (a)= w y (b)= z Onde x é a variável independente, y é o vetor de variáveis dependentes. Os valores também podem ser dados na derivada da função. O objetivo do método das diferenças finitas é transformar um problema composto por equações diferenciais em um problema formado por equações algébricas. O primeiro passo nessa direção é a chamada discretização do domínio da variável independente, conforme figura abaixo t0 tS t 0 1 2 J-1 J J+1 x0 xJ xF 0 1 2 J-1 J J+1 JF x O domínio pode ser semi-infinito ou finito, em qualquer caso, estipulam-se os pontos que delimitam os subdomínios, que no caso de um domínio finito, são iguais a (J+1) em número. Note que os subdomínios podem ter o mesmo tomanho, gerando uma malha uniforme, ou não, formando uma malha não uniforme. Em muitos casos, existem vantagem no uso de malhas não uniformes. O segundo passo é gerar aproximação para as derivadas das variáveis dependentes, isto é, obter , utilizando apenas os valores de yJ nestes pontos discretos. Este procedimento gera um sistema de equações algébricas na forma: F(yJ )= 0 Da mesma forma que o método das diferenças finitas, os métodos dos volumes finitos e de elementos finitos também se baseiam em uma discretização do domínio, mas com diferentes características na obtenção de uma solução aproximada. APROXIMAÇÃO DE DERIVADAS POR DIFERENÇAS FINITAS Seja a seguinte expansão em série de Taylor para a função y(xJ+1)= yJ+1, em torno do ponto xJ, Então, Fazendo hJ = xJ- xJ-1 e hJ+1= xJ+1- xJ Dessa forma, (*) SOLUÇÃO DE EDO’S POR DIFERENÇAS FINITAS Considere o seguinte problema de valor de contorno, dado abaixo: x=0, =0 x=xF , =1 Seja o domínio discretizado por uma malha uniforme com , onde “J” é número de pontos da malha. Com x0=0, 0=0 e x = xF, J =1 Então, aplicando-se a equação diferencial acima nos pontos onde não se conhecem os valores funcionais de tem-se: j=1,.., J-1 Utilizando as aproximações das derivadas por diferenças centrais, ; Então, Aplicando-se as condições de contorno fica: Para j=1; j-1=0=0 Para j=J-1; j+1= J=1 Assim o sistema de equações acima torna-se: Então, o sistema fica: Que é um sistema de equações algébricas que deve ser resolvido para obter os valores da função nos outros pontos da discretização. Como a fórmula de discretização, contém no máximo três pontos, o sistema de equações gerado possui a forma da matriz tridiagonal, que pode ser resolvido através do algoritmo de Thomas. TIPOS DE CONDIÇÃO DE CONTORNO Diz-se que a condição de contorno é do primeiro tipo, quando o valor da variável dependente é dado no contorno, isto é, x = xc , y = yc Conforme exemplo anterior. Quando a condição de contorno é do segundo tipo, o valor da derivada da variável dependente é dado no contorno, isto é, x = xC, Por exemplo, considere a equação do trocador de calor admensionalizada do problema anterior. x=0, =0 x=xF , =1 Discretizando a equação acima nos pontos onde não se conhecem os valores funcionais de , tem-se : j = 0,1, ..., J-1 Então, conforme discretização do exemplo anterior tem-se : A única diferença do problema anterior é que a equação também foi a plicada no ponto x= 0, pois o valor da variável dependente neste ponto não é conhecido. Para j=0 tem-se: Da condição de contorno temos j= 2,...,J-1 Embora uma mudança na condição de contorno afete apenas umas poucas equações discreta do sistema, a solução é , geralmente, altamente influenciada por estes efeitos. Os sistemas gerados pela discretização feitas anteriormente são sistemas de equações algébricas lineares, visto que as equações, junto com as condições de contorno são lineares, sendo, então necessário utilizar técnicas de solução de sistemas lineares para os sistemas discretizados. Exemplo ( esse exemplo devará ser entregue no terceiro seminário em conjunto com o trabalho que ser pedido): Considere a solução do problema de valor de contorno anterior, com a condição de contorno de segundo tipo, com Nu=1 e Pe=1,e obtenha a solução do sistema para diversas malhas uniformes com 4, 8, 16, 32, 64 e 128 pontos. Compare os resultados. LINEARIZAÇÃO EM PROBLEMAS DE VALOR DE CONTORNO Considere o problema de valor de contorno com o número de Nusselt dado pela seguinte espressão: Nu= a+b Onde a e b são constantes conhecidas. Inserindo essa equação na equação do trocador de calor, tem- se que: j=1,..., J-1 Para um problema com condição de contorno do 1º tipo. Obserav-se que o último termo da equação acima não é linear, e deve ser portanto, linearizado. A linearização é feita em relação a um índice k, isto é, admite-se que existirá um processo iterativo que corrigirá o valor das variáveis J. Utilizando a expansão em série de Taylor de J, na iteração k, e truncando-se após o termo de primeira ordem, obtém-se: Substituindo-se essa linearização na equação , após discretização fica: J=1,...,J-1 Que após rearrumação dá: Considerando a condição de contorno do tipo 1, tem-se: J-1= 0=0 j=2,...,J-2 Com J+1 = J = 1 (no ponto j=J-1) O sistema linear pode ser resolvido diretamente por eliminação usando o algoritmo de Thomas. O sistema linearizado, dado pela equação acima é resolvido iterativamente, conforme esquema abaixo: Convergir Teste de convergência Solução do sistema linearizado (com ou sem relaxação) Cálculo dos coeficientes do sistema linearizado Chute inicial K= k+1 Não convergiu
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