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Guias e Dicas
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Anatomia e fisiologia 2, Notas de estudo de Enfermagem

Anatomia e fisiologia Barbara Herlihy

Tipologia: Notas de estudo

2012

Compartilhado em 02/09/2012

bruna-vidor-9
bruna-vidor-9 🇧🇷

3.8

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Baixe Anatomia e fisiologia 2 e outras Notas de estudo em PDF para Enfermagem, somente na Docsity! 154 . Copítulo8/SISTEMAMUSCULAR rnÚscuLos DA cABEçA os PÉs A Figura B-8 mostra os principais músculos esque- léticos do corpo. Os detalhes de localização e ação es- tão resumidos na Tâbela 8- 1 . Músculos do Cobeço Os músculos da cabeça estão agrupados em duas categorias: os músculos da face e os músculos da mas- tigaçáo (Fig. B-9). Músculos do Fqce Muitos dos músculos da face estáo inseridos dire- tamente na pele ou em outros músculos da região. Quando essès músculos se contraem, eles retraem a pele. Esse tipo de atividade muscular é responsável por nôssas eipressóes faciais, como sorrir e franzir as iobrancelhas. Os músculos da face incluem: Frontal: o m. frontal é um músculo plano que co- bre o osso frontal. Ele se estende da aponeurose epicrânica (gálea aponeurótica) até a pele das so- brancelhas, sendo que sua ação determina a eleva- ção das sobrancelhãs, promovendo um aspecto de surpresa. Ele também retrai a fronte. Orhicular do olho: o m. orbicular do olho é um músculo em forma de esfincter, que circunda a abertura das pálpebras. Um esfincter é um múscu- lo circular què controla o tamanho de uma abertu- ra. A contráção desse músculo fecha o olho e atxi- l ia no ato de piscar, pestanejar e manter os olhos semicerrados. Orbicular da boca: o m. orbicular da boca é um músculo em forma de esfincter que circunda a abertura da boca. A contração deste músculo ajuda a fechar a boca, falar e apertar os lábios. Ele às vezes é referido como o "músculo do beijo"' Bucinador: o m. bucinador é um músculo que se insere no m. orbicular da boca e comprime (acha- ta) a bochecha quando contraído. O m. bucinador é usado para assobiar e tocar instrumentos de so- pro, como o trompete' sendo também conhecido como "músculo dó trombeteiro". O m. bucinador Aponeurose epicrânica (Gálea aponeurótica) FIGURA 8-9 . (músculos da face pescoço. Músculos da cabeça e da mastigação) e do Orbicular dos olhos Temporal Zigomático Orbicular da boca Bucinador Masseter Esternoclei- domastóideo TrapézioPlatisma rambém é classificado como um músculo auxiliar .1a mastigação, porque, quando contraído, ele au- rilia o posicionamento do alimento entre os den- res, Para ser mastigado. . Zigomritico.'o m. zigomítico é o músculo do sor- riso, que se estende dos cantos da boca até o osso zigomático. llúsculos do Mostigoçõo Os músculos da mastigação também são chama- :"'' de músculos mastigadores. Todos eles estão inse- ::ios na mandíbula e são considerados alguns dos ::úsculos mais fortes do corpo (ver Tabela B-1). Os :rúsculos da mastigação incluem: . ,I[asseter: o m. masseter é um músculo que se es- rende do arco zigomático até a mandíbula. A con- rração desse músculo fecha a boca. Ele age sinergi- camente (isto é, trabalha em conjunto) com o músculo temporal para fechar a boca. . Ti:mporal: o temporal é um músculo em forma de leque que se estende da porção plana do osso tem- poral até a mandíbula. Ele age sinergicamente com os outros músculos da mastigação. Músculos do Pescoco Muitos músculos estão envolvidos no movimento Ja cabeça e dos ombros e participam da movimenta- ;ão das estruturas da garganta. FIGURA 8'I O r Músculos da respira- lão. Músculos intercostais e o diafragma. Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo . | 55 Esternocleidomqslóideo Como o nome indica, o m. esteÍnocleidomastói- deo se estende do esterno e da clavícula até o processo mastóide do osso temporal, no crânio. A contração de ambos os músculos dê cada lado do pescoço determi- na a flexão da cabeça. Como a cabeça fica fletida na posiçáo de oração, algumas pessoas se referem a esse músculo como o "músculo da oração". A contração de apenas um dos músculos esternocleidomastóideos causa a rotação da cabeça. lJm espasmo desse músculo pode causar torcico- lo. Essa condição é caracterizada pela torção do pes- coço e rotação da cabeça para um dos lados. Tropézio O m. trapézio se insere na base do osso occipital na cabeça, e nos processos espinhosos das vértebras da parte superior da coluna vertebral (cervicais e toráci- cas) (ver Figura 8-88). A contração do trapézio esten- de a cabeça, tracionando-a na direção posterior, de maneira que a face olha para cima. O trapézio funcio- na de maneira antagônica ao músculo esternocleido- mastóideo, que flexiona e inclina a cabeça para a fren- te. O trapézio também está fixado no ombro. Músculos do Tnrnco Os músculos do tronco estão envolvidos na respi- ração, nos movimentos da coluna vertebral e na for- mação das paredes do abdome e da pelve. Músculos intercostais Primeira vértebra lombar | 58 r Copírulo 8 / slsrEMA MUSCULAR Os músculos que formam este grupo incluem o m. vasto lateral, o m. vasto intermédio, o m. vasto medial e o m. reto femoral. O vasto lateral é um lo- cal freqüentemente usado para injeções em crianças, porque ele é mais desenvolvido do que os músculos glúteos. Pelo fato de o músculo reto femoral originar- se no osso do quadril, ele cruza a articulação do qua- dril (coxofemoral), podendo também fletir a coxa. Músculo do beijo (orbicular da boca) Músculo do sorriso (zigomático) Músculo do alÍaiate (sartório) O m. sartório é o músculo mais lonso do corpo. É um músculo em forma de fita localizadã ,ra face a.r- terior da coxa. O m. sartório passa sobre o m. quadrí- ceps em direção oblíqua e pËr-it. rodar a p.in" d. maneira que você possa sentar com pernas cruzadas. Os alfaiates costumavam sentar-se com as pernas cru- zadas para trabalhar. A palavra latina para alfaiate é sãrtori por isso esse músculo foi chamado sartório. Músculo da oração (esternocleidomastóideo)Músculos da dançarina (gastrocnêmio e sóleo) Tendão calcâneo (de Aquiles) Músculo da surpresa (frontal) do trombeteiro FIGURA 8- l I t Uma coleção de músculos especiais. Esses músculos são também denominados pelo seu uso comum. Os músculos da regiáo posterior da coxa (do jarrete) constituem um grupo de músculos localizado ,..r face posterior da coxa. Todos os músculos se esten- :rn-r do osso ísquio (parte do osso do quadril) em di- .--áo à tíbia. Ao cÍuzar a articulação do joelho, eles '.rrem a perna, sendo, portanto, antagonisras do m. .:uadríceos femoral. Pelo fato de esses músculos tam- bem cruzarem a artrcu\aiao ò,o quaó.rü, e\es estenó,em à coxa. Os fortes tendóes desses múscu\os poòem ser sentidos atrás do joelho. Esses mesmos tendóes exis- rem em porcos. Os açougueiros utilizam esses tendóes para pendurar a coxa desses animais (presunto) para serem defumadas (Fig. B-11). Os músculos do jarrete incluem o m. bíceps femoral, o m. semimembraná- ceoeom.semitendíneo. Um atleta apresenta com freqüência uma contra- rura dos músculos oosteriores da coxa ou uma Ìesão na virilha. Essas lesóes envolvem um ou mais desses músculos ou seus tendões. Músculos que Movimentqm o Pé Os músculos que movem o pé estão localizados nas taces anterior, lateral e posterior da perna. O m. tibial anterioÍ é um músculo da face anterior cuia ação de- :crmina a dorsiflexão do pé. O m. fibular longo é en- -ontrado na face lateral. Ele everte (gira para fora) o ré, mantém o arco do pé e auxilia na flexáo plantar. O m. gastrocnêmio e o m. sóleo são os maiores múscu- .,rs da face posterior da perna (panturrilha) e formam ) m. tríòeps da perna. Eles estão inseridos no calcâneo rìor um tendão único, o tendáo do calcâneo (de Aquiles). A contração desses músculos determina a iexáo plantar. O m. tríceps da perna, algumas vezes, é -hamado de "músculo da dançarina" porque permite que ela se mantenha na ponta dos pés. Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo * | 59 Corredores, especialmente os de curta distância, ocasionalmente rompem o tendão de Aquiles. Como o calcanhar não pode ser levantado, essa lesão compro- mete seriamente as condiçóes de atividade do corredor. Alguns músculos têm recebido denominaçóes cu- riosas. Note, na Fig. 8-11, quantos movimentos inte- ressantes somos capazes de realizar. *RESUMINDO! O esque\eto é estab'r\'rzado e coberto por músculos. A habilidade dos músculos pa- ra contrair e relaxar permite ao esqueleto mover-se e engajar-se em todas as atividades que tornam a vida tão agradâvel. A localização e a função dos maiores músculos do corpo estão resLlmidas na Tâbela 8- 1. ênqvtancto Você €nvelhec,e Aoroximadamente aos 40 anos de idade, o nü-.to e o diâmetro das fibras musculares diminuem. Os músculos tornarn-se menores, desidratados e mais fracos. fu fibras muscula- res são qradualmente substituídas por tecido coniuntìvo, especialmente o adipoio. Aos 80 anos de idade, 50% da massa muscular foi perdida. A funçáo mitocondrial dos músculos dimi- nui, especialmente nos músculos que não são exercitados regularmente. Os neurônios motores são gradualmente per- didos, resultando em atrofia muscular. Essas a l terações tendem a d iminui r a força muscular e a diminuir os refìexos musculares. Perdo de iecido musculor. O músculo tornq-se menor. A otrofio de desuso refere-se ò perdo musculor por folto de uso num músculo que possui umo inervoçõo intocto. A otrofio de de- suso q"rolmente é observodo nos extremidãdes. A otrofio por desnervocõo se refere oo d"roãrt" musculor. em rozõo do ousêncio de estímulo pelo'neurônio toior, qr" normol- r"ìí" ,rpr" esse músculo. É obseruodo em pocientes que tiverom lesõo no medülo espinol. Controçõo involuntório e doloroso de um músculo esquelético. A fibromiosiÌe é referente ò dor e oo qumento do sensibilidode no tecido fibiomusculor dos coxos, gerolmente m decorrênciq de estiromento excessivo u rupturo musculqr. Achotomento normol do plonÌo e do orco do pé. É uro condiçõo no quol o ombro se torno inflexível e doloroso, dificultondo movimento normol. Muitqs vezes é cousodo por desuso do ombro, opós umo lesõo ou dor ossociodo com bursite ou tendinite. Tônus musculor oumentodo, cousondo esposticidode ou rigidez. Diminuiçõo u ousêncio de tônus musculor, provocondo músculos Ílacidos e reloxodos. (contínua) t . 2. 3. 4. Afrofio (musculor) Cõibro Fibromiosite Pé plono (choto) Ombro congelodo Hipertonio Hipolonio | óO . Copitulo 8 / SISTEMA MUSCULAR Mi<rlgic Miopotio Fqsciite plontor Periostite Torcicolo Dor ou oumento do sensibil idode dos músculos. A fibromiolgio é um grupo de doenços reumóiicos comuns, corocterizqdos por dor crônico nos músculos e portes moles que cir- cundom os orticuloções (ofetondo os estruturos de tecido coniuntivo fibroso dos músculos, tendões e ligomentos|. Quolquer doençq dos músculos que nõo estó ossociodo o sisiemg neryoso. A distrofio é umo miopotio corocterizodo por'deqeneroçõo musculor. A distrofio musculor efere-se o um grupo de doenços, gerolmente héreditórios, nos quois. hó umo degeneroçõo e um en- froqúecimento progressivos dos músculos esqueléticos. A deterioroçõo dos fibros musculo- res determino <i diÃinuiçao do funçõo rrr.rlor, otrofio e incopocitoçõo motoro. Inflomoçõo cousodo no colconhor, quondo o fóscio inflexível do colcôneo é repetidomente estirodo (como duronÌe umo corrido). A resposto inflomotório pode produzir proieções pontiogudos de osso novo chomodos de esporões (esporõo do colcôneo). Umo condiçõo inflomotório relocionodo com exercício envolvendo os músculos extensores e os Ìecidos circuniocentes no perno. A dor gerolmente é sentido oo longo do foce mediol do tibio. Tombém chomqdo de pescoço torto. O torcicolo se refere o umo torçõo do pescoço numo posiçõo nõo usuol. É cãusodo por umo controçõo prolongodo dos músculos'do pescoço. fuso,rtt.o A funçõo do músculo é se conÌroir e reolizor os movi- mêntos. l. Funçõo Musculqr: Visõo Gerol A. Tipos e Funções dos Músculos l. O músculo esqueléiico é estriodo e voluntórro; suo funçõo é produzir movimento, monter o posturo do corpo, estobilizor os orÌiculoções e monter o tempe- roturo coroorol. 2. O músculo l iso nõo é estriodo e é involuntório; é chomodo de músculo viscerol porque é encontrodo nos vísceros, e oiudo os órgõos o exercer suos Íun- ções. 3. O músculo cordioco é estriodo e involuntório; é en- controdo openos no coroçõo e permiÌe oo coroçõo funcionor como bombo. B. Estruturq do Músculo Corno um Todo l. Um gronde músculo consiste de milhores de fibros musculores isolodos (célulos musculores). Ascêlulos musculores sõo unidodes contróteis. O tecido coniunÌivo une os fibros musculores Í ixo os músculos oo osso e o outros tecidos. Os músculos fixom-se o outros estruturos diretomen- te, por Ìendões ou por oponeuroses. C. Estruturq e Funçõo de umo Fibrq Musculor lsolodo I . A fibro (célulo) musculor é envolio por umo membro- no celulor (sorcolemo). A membrono celulor penetro no interior do músculo como um iúbulo tronsverso (túbulo T). Um extenso retículo sorcoplosmótico (RS) ormozeno cólcio. Codo fibro musculor consiste m umo série de sorcô- meros. Codo sorcômero contém os oroteínos contró- Ìeis octino e miosino. D. €omo os Músculos se Contrqem I . Os músculos encurtom ou se controem ò medioo que o octino e o miosino (no presenço de cólcio e ATP) inÌerogem pelos formoções de pontes tronsversos, de ocordo com o hioótese do filomento deslizonte. 2. Poro controir, um músculo esquelético preciso ser es- timulodo oor um nervo motor. O impulso nervoso couso o liberoçõo do neurotronsmissor (ACh) do ter- minoçôo nervoso poro o iunçõo neuromusculor UNM). A ACh difunde-se no JNM e fixo-se no mem- brono pós-iuncionol (musculor). A fixoçõo do ACh couso um sinol elétrico formodo no membrono mus- culor. A ACh é inotivodo por umo enzimo chomodo ocetilcolinesterose, encontrodo próximo ò membro- no musculor. 3. O sinol elétrico corre oo longo do membrono muscu- lor e do sistemo de túbulos T. 4. O sinol elétrico estimulo RS o liberor cólcio poro o óreo dos sorcômeros (octino e miosino). 5. AcÌino, miosino e ATP interogem poro formor pontes tronsversos, levondo os filomenÌos o deslizorem en- tre si (determinondo controçõo u encurtomento do músculo). ó. O cólcio é bombeodo de volto oo RS e o músculo re- toxo. E. Respostos do Músculo Como um Todo I . Umo fibro musculor isolodo controi numo resposro do tipo tudo-ou-nodo; mos um músculo como um to- do pode se controir porciolmente (isÌo é, nõo do for- mo tudo-ou-nodo). 2. lJm músculo como um todo oumento suo Íorço oe controçõo por recrutomento de fibros musculores odicionois. 2. 2. SISTEMA NERVOSO: TECIDO NERVOSO a E ENCEFATO C) bje*vos 1. Definir as duas divisóes do sistema nervoso. 2. Relacionar três funçóes gerais do sistema nervoso. 3. Comparar a estrutura e as funçóes da neuróglia e do neurônio. 4. Explicar a importância da bainha de mielina. 5. Definir os três tipos de neurônios. 6. Explicar como o neurônio transmite a informação. 7. Descrever o que acontece na sinapse. 8. Descrever as funçóes das quatro principais áreas do encéfalo. 9. Descrever as funções dos quatro lobos do cérebro. 10. Identificar os neurotransmissores comuns. 11. Descrever como o crânio, as meninges, o líquido cerebrospinal e a barreira hematoenceÊálica protegem o sistema nervoso central. ró3 |64 .Cop i tu |o9 lS |STEMANERVOSO:TEc|DoNERVoSoEENCEFALO l-ì e você iá ouviu uma orquestra ensaiando antes \ a. ,.r-. "pr.r.ntação, você deve saber algo sobre \.-f o trabalho de um regente' Sem ele' o som serla mais parecido com barulho do que com mústca' ca- bendo ao regente coordenar, interpretar e dlreclonar o som em uÃa bela sinfonia. Isso também acontece com o sistema nervoso; os vários órgáos dos sistemas ãíloio" necessitam de um intérpreie para coordená- f.r . l.',.to*tá-los, sendo essa função rèalïzada de for- Ã" -"gtífi.a pelo sistema nervoso' A música do cor- pi etaïbeh quanto a melodia de uma sinfonia! O SISTEMA NERVOS-O: ESTRUTURA E FUNçAO Divisões do Sistemq Nervoso As estruturas do sistema nervoso estão divididas em duas partes: o sistema nervoso central e o sistema ,r.r,roro'periférico' O sistema nervoso central t-SllCl inèlui o encéfalo e a medula espinal,.e está lo- à"U""d" na cavidade dorsal. O encéfalo está localiza- do na cavidade craniana e a medula espinal' na cavi- dade vertebral, ou espinal. O sistema neÍYoso periférico localiza-se.*i.rnr*.ttte ao SNC e consis- i. d. t.r,ro, que conectam o SNC com o resto do corpo (Fig.9-1) . Funções do Sistemtr Nervoso Como regente, o sistema nervoso tealizatrês fun- çóes gerais: s=ensitiva, integradora e motora, que estão representadas na Fígura 9 -2. Funçõo Sensitivo Os nervos sensitivos captam informaçóes do n:" interno do corpo e do meio externo, e as condu"s- ao SNC. Por eìemplo, a informação sobre o se:' : captada pelas célulai especiais do olho' Funçõo Integrodoro A informação sensitiva trazidaao SNC é procc"' da ou interptãtada. Desse modo, o cérebro náo ' mente vê o gato' mas também faz muito mais' Elc :' corda muito rapidamente como o gato se comPo::: podendo determinar que o mesmo. esÌela com r(\rr ' : àu aflito, pronto par; aÂcar' O cérebro inteqr'i une tudo o que eleìabe sobre gatos e' assim' execu:' seu plano. Funçõo Moforo Os nervos motores conduzem a informaçÍt' - SNC em direção aos músculos e às glândulas do ' po, levando oi planos feitos pelo SNC' Por exenì:'' à o.rro" pode dècidir alimeniar o gato faminto' I).-" * -'"n.ir", a informaçáo deve viaiat ao longo dos :''t' vos motores, do SNC para todos os músculos esc-' ' léticos necessários, p"tã q.tt ele alimente o gato' i' tanto, o nervo motor converte o Plano em açao' cÊluns QUE comPõrnn O SISTEMA NERVOSO O tecido nerYoso é composto por dois tipos d., '' lulas: a neuróglia e os neurônios' Neuróglio Neuróglia, ou células da glia, é a "cola" do nen ' ' a mais "brild"rrt. das célulasìervosas' e se localiza : SNC. Essas células suPortam' protegem' isolam' n- trem e geralmente.' ' t idam dos delicados neurôni' ' ' ntgu*"" das céiulas da neuróglia 1'ut,- Xa fagoci: se, e outras partlclpam da seireção do fluido ce : ' brospinal, mãs não èonduzem impulsos nervosos' As duas celu las da neurógl ia mais comuns são astrócitos e as células ependimárias (Fig' 9-3)' Os as trócitos, de aspecto. estrelado, são os que 1l1rec::: em maior quantidade; eles suporta,m e,também tt ': mam uma barreira protetora ao redor dos neuron:'' i do SNC. Essa barreìra atua contra a entrada' no tc'' Jo t.rrroro do encéfalo e da medula espinal' de suh' tâncias tóxicas presentes no sangue' O outro 'iP.o :' irt"t, "t células ependimáriat, tt"tstt as cavidad'' irrt.*", do cérebô e participa da formaçáo do líq:: Jo..r.brorpinal. Outias célúlas gliais estão relacion' das na Tabela 9- l. \ €URA 9-l r Divisões do sistema nervoso: o rr'oso central (comoreendendo o encéfalo ,..: espinal) e o sistemà neryoso periférico. rIGUR 9-2 . As três funções do siste- : . oso. AJ Função sensi t iva: a infor- irz) é captada pelos olhos e condu- :erebro. B, Funçáo integradora: o : t - - . ; c ^ ^ ^ ^ l - : - * ^ ,:ocni l i lca o oD]ero como um gato . . E . . ^ ^ . - - . - ^ - ^ : o c é r e b r o e n _. u , r u r r \ d u : ,onando através dos nervos moro- . l ' ' ì â n r ô r ^ f t ^ f ^ Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo . | ó5 Sistema nervoso central Sistema neryoso periférico A Sensitiva B Integradora | ó8 . Copítulo 9 / SISTEMA NERVOSO: TECIDO NERVOSO E ENCEFALO No SNC, a bainha de mielina náo é formada pelas células de Schwann, mas pelos oligodendrócitos, que sáo um tipo de célula da neuróglia (Tâbela 9-1). Sem as células de Schwann, não existe a bainha de neurolema, e a ausência dessa bainha é, em parte, arazáo pela qual os neurônios do SNC são incapazes de se regenerar. E por isso que uma lesão na medula espinal é tão séria; as le- sóes nervosas e a conseqüente paralisia são permanentes. Os nodos de Ranvier aparecem regularmente ao Iongo do axônio e são áreas dos axônios não cobertas por mrerlna. Os Tipos de Neurônios São três os tipos de neurônios: sensitivo, motor e interneurônio. Um neurônio sensitivo conduz a in- formação da periferia em direção ao SNC, sendo também chamado de neurônio aferente. Um neurô- nio motor conduz a informação do SNC em direçáo à periferia, sendo conhecido como neurônio eferen- te. Os neurônios sensitivos e motores são encontrados tanto no SNC quanto no sistema nervoso periÍèrico. Como o cérebro ttcrescet', umo vez que o número de neurônios nõo qumentq? Apesar dos neurônios não aumentarem em número após o nascimento, o seu tamanho e grau de mieliniza- ção aumentam. AÌém do crescimento dos neurônios, as células da neuróglia aumentâm em número e tamanho após o nascimento. Conseqüentemente, o encéfalo do adulto é três vezes mais pesado do que o da criança. O terceiro tipo de neurônio é o interneurônio, que é encontrado somente no SNC e forma as conexóes en- tre os neurônios sensitivos e motores. No cérebro, os neurônios de associação atuam em funçóes específicas como a do pensamento, do aprendizado e da memória. Substânciq Bronco e Substônciq Cinzento O tecido do SNC apresenta duas coloraÇões, cinza e branca. A substânci. bt"t .. tem essa .ot è- razáo da presença de mielina. As fibras mielínicas no SNC são agrupadas em tÍatos, de acordo com a função. A subs- tância cinzrcnta é composta principalmente por corpos celulares, neurônios de associação e fibras amielínicas. Às v.r.s, os corpos celulaies aparecem em peque- nos grupos que recebem nomes especiais. Assim, os grupos de corpos celulares localizados no SNC são ge- ralmente denominados núcleos. Pequenos grupos de corpos celulares localizados no sistema neryoso perifé- rico são denominados gânglios. Por exemplo, n1.1.'; de substância cinzenta denominadas núcleos da berr estão localizadas no cérebro (algumas vezes, essas r'-- sas de substância cinzenta são chamadas de gânglic'. :- base, apesar de sua localizaçáo no interior do SNC Por que os lumores cerebrqis podem desenvolver-se qpesqr de os neurônios nõo sofrerem divisõo? A formação do tumor está associada com um aun:.: to no número de células. Os neurônios do SNC não .... mentam em número. Desse modo, tumores malig:: originalmente do cérebro são tumores mais propriam.::: de células da neuróglia do que de neurônios. Esses tur:' res são denominados gliomas. Por apresentarem ra:,-: extensas, os gliomas são difíceis de se remover cirurs.- - mente sem grandes lesões do tecido sadio adjacente. *RESUIilINDO! O sistema nervoso tenì -.-.: função decisiva que nos permite interagir com os rÌ'.: interno e externo ao nosso organismo. A informa... constantemente trazida ao SNC para ser avaliad.r SNC, especialmente o encéfalo, reiebe, interpreta . : ma decisões sobre essa informação. Finalmente, o c:'. - . falo comanda o corpo em uma resposta ou atuaci, l rápida comunicação que requer este sofisticado s::::-"- deve-se, principalmente, ao neurônio. fu três partc' J neurônio sáo os dendritos, o corpo celular e o a-xô::. O NEURôNIO CONDUZINDO tNFORmAçÃO Como o neurônio conduz a informação? C). : . - rônios Dermitem ao sistema nervoso conduzir ; ,:'.: '' mação rapidamente de uma parte do corpo a (,.-". Uma lesão em um dedo do pé é percebida qua.. - - imediatamente. Pense o quáo rápido a inforn'r;.r, viajou do dedo do seu pé, onde ocorreu a lesão, p;:. seu cérebro, onde ela é interpretada como dor. -i formação é carregada o longo do neurônio na tì ' :-- de um sinal elétrico, ou impulso nervoso. lmpulso Nervoso: O Que é lsso? O impulso nervoso é um sinal elétrico que cor.J informação ao longo do neurônio. Uma série de c'.' tos determina uma carsa eIétrica no interior da c.- -- que passa do seu estadã de repouso (negativo, - i!'. um estado despolarizado (positivo, +), retorna:: novamente ao estado de repouso (-). Esses ever.: -onstituem o potencial úe ação, ou impulso nervo- .o. O potencial de ação é um processo depolarizaçáo, jespolarização e repoÌarização. Acompanhe esses í\'entos do potencial de ação na Figura 9-5. Polorizoçõo A polarizaçío caracteríza o estado de repouso do :eurônio. Quando o neurônio é polaúzado, o seu in- :grior é mais negativo do que o seu exterior; nesse pe- :.,.rde, n.tth.tm impulso neryoso está sendo transmiti- : . { célula encontra-se em repouso. Despolorizoçõo Quando o neurônio é estimulado, ocorre uma :'...rdança no seu estado elétrico. No estado de repou- . polarizado), o interior da célula é negativo. Quan- : .r célula é estimulada, o interior se torna positivo, .-.rrrendo assim a despolarização. ftGURA 9-5 r Impulso nervoso (po- - -:el de açío): polarização, despolariza- ; ! repolarização. As séries de alterações " :':i:as no neurônio são a base do impul- ' : ( r \oso, ou porencia l de ação. A-, O :.-:.jnio não estimulado, ou em repouso, ' .:ma carga negativa (-) no seu interior. ' j : o estado de polarização. B, Quando - ::'.ulado, o interior do neurônio torna- .' .'. ririvo (+) por um curto período. Este ' :':ado de despolarização. C, A célula, , : , rapidamente, retorna ao seu estado ' - - lduso com ume carga interna negat i - . . O retorno ao estado de reoouso é .,:',.;do de rcoolarizacão. Anqtomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo . | ó9 Repolorizoçõo Muito rapidamente, o interior da célula novamen- te se torna negativo; em outras palavras, ele retorna ao seu estado de repouso, sendo esse processo chamado de repolarfuação. As células não podem ser esrimu- ladas novamente, exceto as repolarizadas. A falta de capacidade da célula para receber outros estímulos até sua repolarizaçáo é denominada de período rcftatí- rio, ou seja, um período sem reação. lmpulso Nervoso: O Que O Origino? As alteraçóes associadas com o potencial de açáo, ou impulso nervoso, devem-se ao movimento de íons específicos através da membrana celular do neurônio (Fig. 9-6). Recorde que o impulso nervoso inclui po- larizaçáo, despolarizaçáo e repolarizaçáo. o o o o o o o o o B Despolarização (estimulado) o o o o o o l7O . Copítulo 9 / SISTEMA NERVOSO: TECIDO NERVOSO E ENCEFALO Potássio (K") Sódio (Na') Ânions & M c FIGURA 9'ó . O que determina o im- pulso newoso? As alteraçóes elétricas asso- ciadas com o imoulso nervoso são causadas oelo movimento dos íons através da mem- brana. A, Polarização: a célula em repouso ou polarizada tem uma negatividade inter- na. Esta fase é determinada pela saída dos íons de potássio (K-). B, A despolarização ocorre ouando a célula é estimulada. O in- ter ior da célu la rorna-se posi t ivo como conseoüência da entrada doì íons de sódio (Na.). C, A repolarizaçáo é causada pela saída dos íons de potássio (K.); este pro- cesso determina cue o interior da célula sc torne novamente Àegativo. Polorizoçõo (Estodo de Repouso) O que torna o interior da célula negativo (-) no es- tado de repouso? O estado de repouso deve-se aos nú- meros e tioos de íons localizados no interior do neurô- nio. Os íons intracelulares mais importantes incluem a positividade dacargados íons de potássio (K*) e vários ânions (íons carregados negativamente). Como esses íons são captados para o interior da célula, em altas concentraçóes? Eles são bombeados por uma bomba de AIP na membrana celular. No estado de repouso, os íons K* tendem a escoar paraforada célula, lévando consigo a catga positiva. A carga positiva perdida para o exterior e o excesso de ânions presos no interior da célula a tornam negativa (-). J :'ì:. Despolorizoçõo (Estodo Esrimulodof Por que o interior da célula torna-se positivo (+) quando estimulado? Quando o neurônio é estimulado, a membrana do neurônio se altera de maneira a permi- tir aos íons sódio (Na*), que são o principal cátion ex- tracelular, atravessarem a membrana e penetrarem na célula. Com muito mais Na* fora do què dentro da cé- lula, o Na* se difunde para o interior da célula, levando consigo a caÍga positiva. Esse processo torna o interior da célula positivo. Desse modo, a difusão do Na* para dentro da célula é que determina a despolarizaçáo. Repolorizoçõo (Relorno oo Estodo de Repouso) Por que o interior da célula retorna rapidamente a seu estado de repouso ou negativo? Logo após a despo- larização da célula, a membrana do neurônio sofre uma segundaalteraçáo. Essa mudança na membrana interrompe a difusão de Na* para o interior da célula e permite sua difusão para o meio extracelular. A saída de K* remove a carga positiva de dentro da célula, dei- B Despolarização (interior positivo) FIGURA 9-9 r Sinapse. Asinap- .. .stá localizada no espaço entre os - . : rònios A e B. Partes da s inaose - uem os neurotransmissores. ina- , -idores e receptores. Os neuro- ::nsmissores esião localizados em .. :culas no neurônio A. Os inat iva- : :es estão localizados na membra- r Jo neurônio B. Os receotores es- . , Iocalizados na membrana do . . : rônio B. . \C incluem a epinefrina, a serotonina, o GABA e as .rdorfinas. Inatiuadores. Os inativadores são substâncias que :'..ìrivam, ou encerram, a atividade dos neurotrans- ::: issores auando eles comoletam a sua funcão. Por r\L'mplo, i ,r.rr.orr"nsmisior ACh é inativado pela .-e rilèolinesterase, que é uma enzimainativadorá lo- ,. i l izada no mesmo local dos receptores do dendrito r. Portanto, vmavez que a ACh tenha completado a .-:r rarefa, ela é inativaáa pela acetilcolinesterase. RecEttores. O dendrito do neurônio B contém sí- rios receptores, que são regiões na membrana nas .:rais os neurotransmissores e fixam ou se ligam. Por -:\emplo, a ACh se liga aos receptores no deÀdrito B. :da receptor tem um contorno específico e aceita .,ìmente aqueles neurotransmissores que nele se en- - ; t \am. Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo . 173 Sinapse Neurônio A El'ENros NA STNAPSE (Fig. 9-9). 1. O impulso nervoso percorre toda a extensão do neurônio A em direção ao terminal axônico. 2. O impulso nervoso induz as vesículas à fusão, ou união, com a membrana do terminal axônico. As vesículas se abrem e liberam os neurotransmissores no interior da fenda sináotica. 3. O neurotransmìssor se difunde através da fenda sináptica e se liga aos sítios receptores. A ligação do neurotransmissor ao sítio receptor causa uma mudan- ça na membrana do dendrito do neurônio B. A altera- çáo na membrana é responsável pela formação de um novo impulso nervoso no dendrito do neurônio B. 4. Esse impulso neryoso segue em direção ao corpo celular e axônio do neurônio B. O que aconteceu na sinapse? A informação do neurônio A é transmitida ao neurônio B, por meio de mediadores químicos (ACh). \ )- 174 . Copírulo 9 / STSTEMA NERVOSO: TECIDO NERVOSO E ENCÉFALO *RESUI,I|NDO! O sinal elétrico que percorre o neurônio é chamado de impulso nervoso ou poten- cial de ação. O impulso neruóso tem três fases: polari- zaçáo, dãspolar\ziçáo e repo\arizaçáo..As fases do ïm- pr'rlro ,r.*oto sáo causadas pelo movimento de íons,^particularmente sódio (Na*) e potássio (K*)' Uma vez àr.r. " -.-brana do axônio é èstimulada, o impulso ,r.r',roro percorre toda a extensão do axônio. Muitos dos axônìos são mielínicos para aumentar a velocida- de do impulso neryoso. O impulso nervoso percorre o neurônio de um dendrito até o terminal axônico' O impulso neryoso esdmula a liberação do neurotrans- miiro. armazenado no terminal axônico para o inte- rior da fenda sináptica. O transmissor se difunde atra- vés da fenda sináptica, liga-se ao receptor e esdmula os dendritos do sègundo neurônio. Esse é o caminho pelo qual a informãção é transmitida de um neurônio Para outro. ENCÉFALO! ESTRUTURA E FUNçAO Você lê um livro, ouve música' canta uma canção, ri, se enfurece, recorda, aprende, sente, se movimenta, òorme, acorôa.Todas essas' e muïtas outras' são tun- çóes do encéfalo! O encéfalo estáìocalìzado na cavidade cranïana; é uma delicada estrutura róseo-acinzentada com uma consistência macia, cuja superfície parece enrugada, semelhante a uma noz. O encéfalo está dividido em quatro áreas princi- pais: o cérebro, o diencéfalo' o tronco encefálico e o cerebelo (Fig. 9-10). €èrebro O cérebro é a maior porção do encéfalo e está di- vidido nos hemisférios cèrebrais direito e esquerdo' Os hemisférios cerebrais estão unidos por faixas de substância branca que formam um gran'le trato fibro- so chamado corpo caloso. Cada hèmisfério cerebral tem quatro loboi principais: frontal, parietal, tq-pg- ral e àccipital (Fig. 9-11), que são denominados de acordo com os ossos do crânio que os recobrem' Cinzo por Foro, Bronco PoÌ Denìro O cérebro é constituído pelas substâncias cinzenta e branca. Uma delgada camada de substância cinzen- ta. que forma a par-te mais externa do cérebro, é deno- min"d" córtex àerebral. O córtex cerebral é compos- to principalmente por corpos celulares e neurônios de rrà.i".áo. A subsïânci ̂Zin"rnt^ do córtex cerebral .ros p.Àir. realizar tarefas intelectuais altamente ela- bor"d"r, tais como o aprendizado, o raciocínio, a fala e a memória. O volume do cérebro é formado por substância Você é umo "pessoq cérebro esquerdo" ou ums "pesioo cérebro direito"? Alguns anos atrás, um cirurgião seccionou o corPo caloso do cérebro de um paciente com epilepsia severa' Esse procedimento cirúrgico eliminou toda a comunica- ção entre os hemisférios cerebrais esquerdo e direito' A parrir deste e de outros experimentos, os. neurocientistas "pr.nd.t"- que há um cérebro esquerdo e um cérebro dìreito, . q,r. èrr., dois cérebros têm habilidades diferen- tes. O cérËbro esquerdo está mais relacionado com a fala e com as habilidaães matemáticas; esse é o lado analítico' do raciocínio. O lado direito do cérebro está muito mais ligado às relaçóes de espaço, arte, músicae expressão das emoçóes. O cérebro direito é intuitivo; ele é o Poeta e o artista. Todos nós somos predominantemente "Pessoas cérebro esquerdo" ou "pessoas cérebro direito"' Quão mais rica se torna a nossa vida quando acessamos ambos os lados de nosso cérebro! branca localizada imediatamente abaixo do córtex' -\ substância branca é composta principalmente Por axônios mielínicos que formam conexóes entre a me- òu\a esptna\ e o encêÇa\o. Dispersos por toda a suh-'' tância ^bt"t.", encontram-se massas de substâncri cinzenta denominadas núcleos. Demorcondo o Cérebro A superfície do cérebro apresenta numerosas mar- casì ou estruturas, que possuem nomes especia is ' Além disso, é pregueada, ãp.es.nt^ndo elevaçóes quc se assemelham'a lãmbadas ãe uma avenida. Essas ele- vaçóes sáo chamadas giros (ou circunvoluçóes)' FIGURA 9- | O . Âs quarro principais .:cas do encéfalo: céreLro, dìencéfalo, ::onco encefálico e cerebelo. Lobo frontal Sulco lateral FIGURA 9-l I r Á ilustração ao lado mostra os lobos do cerebro: lobo frontal, lobo parietal, lobo temporal e lobo oc- cipital. Á i.lustração inferioi indica as áreas fuìcionais do cé- rebro. Lobo temporal Lobo occipital Área motora priména Sulco central Área somestésica primária' Area do paladar (gustatória) Área de associação somestésica Córtex visual Área sensitiva daÍala Sulco central Area olfatória 175 178 . Copitulo 9 / SISTEMA NERVOSO: TECIDO NERVOSO EENCÉFALO tal referente à motricidade da fala é chamada giro de Broca. Na maioria das pessoas, o giro de Broca está situado no hemisftrio esquerdo (Fig. 9-11). O giro de Broca é freqüentemente lesado em pes- soas que sofrem pancadas no lado esquerdo do cére- bro. Após a batida, a pessoa pode apresentar distúrbios graves conhecidos como afasia expressiva. Pessoas com afasia expressiva sabem o que querem dizer, mas não são capazes de comunicar-se verbalmente. Por que a lesão no lado esquerdo do cérebro causa paralisia no lado direito do corpo? As fibras que con- duzem informaçóes da ârea motora do lobo frontal do cérebro são fibras cruzadas. Em outras palavras, as fibras deixam a área motora do lobo frontal esquerdo, cÍuzam e inervam o lado direito do corpo. As fibras do lobo frontal direito também crvzam e inervam o lado esquerdo do corpo. O cruzamento das fibras é chamado decussa$o. Loeo PARrerAr. O lobo parietal está localizado posteriormente ao sulco central (Fig. 9-11). O lobo parietal, particularmente o giro pós-central, está rela- cionado principalmente com a recepçáo da sensibili- dade geral do corpo. Por esse fato, o lobo parietal é conhecido como a área sensorial primríria somesté- sica. A área somestésica recebe informaçóes principal- mente da pele e dos músculos, e permite a você expe- rimentar as sensações de temperatura, dor, tato epicrítico (suave) e propriocepção (a noção de onde o seu corpo, ou parte dele, se situa). Ás fibras sensitivas que levam informaSo paraaârea somestésica são fibras cruzadas. Em outras palavras, as fibras sensitivas do lado esquerdo do corpo conduzem a informação para o lado direito do cérebro, enquanto que as fibras do lado direito do corpo conduzem a in- formação para o lado esquerdo do cérebro. O lobo pa- rietal relaciona-se ainda à leitura, fala e gustação. Loeo TeÀapoRAL. O lobo tenporal está localizado inferiormente ao sulco lateral, em uma região acima da orelha. O lobo temporal contém o córtex auditivo primaírio, que é a área que controla a audiçáo. Ele rece- be informaçóes sensitivas da orelha e também do narizl' a área receptora de informaçóes do nariz denomina-se eírea olfatória (a área que controla o cheiro). A infor- maçáo sensitiva proveniente das papilas gustatórias da língua é interpretada nos lobos temporal e parietal. Loeo OcctpITAL. O lobo occipiúal está localizado na parte posterior da cabeça, subjacente ao osso occi- pital; ele contém o córtex visual. As fibras sensitivas do olho enviam informação luminosa ao córtex visual do lobo occìpital, onde ela é interpretada como visáo. O lobo occipital está também relacionado a diversos reflexos visuais e funções relativas à visáo, como a lei- tura (através da área àe assocìaçáo vìsuaì). Funções Com Muitos lobos Cerebrqis Apesar de se poder atribuir funçóes específicas para cada lobo cerebral, muitas delas dependem de mais de uma área do cérebro. Aareada falã, por exemplo, está localizada em uma região que inclui os lobos tempo- Como o cérebro se outolrqnqüilizo? O cérebro oroduz substâncias naturais semelhantes à morfina, ql't. úo as endorfinas (endógeno + morfina) e encefalinas (significando na cabeça). Como a morfina, es- sas substâncias se ligam âos receptores opiáceos do SNC. moderando a dor, aliviando a ansiedade e produzindo a sensação de bem-estar. A "estimulação" vivenciada por corredores talvez se deva às endorfinas e encefalinas. ral, parietal e occipital. Na maioria das pessoas, a áre: dafala está localizada no hemisferio esquerdo e permi- te que se entenda as palavras, sejam escritas ou faladat, A compreensão precede a motricidade da fala, associa- da ao giro de Broca no lobo frontal. Quando reunimos os pensamentos e estamos prontos para falar (umr função que ocorre naâreada fala), utilizamos somenrc o giro de Broca para ve rbalizar a resposta. Outras funçóes necessitam da participação dc mais de uma estrutura do cérebro. A habilidade pari ler, por exemplo, requer interpretação da informação visual pelo lobo occipital. Ela também necessita de compreensão das palavras, tanto quanto da coordena- ção neurológica dos olhos, de como eles percorrem : página. Uma grande quantidade de tecido cerebral. além de lobo occipital, é envolvida no fenômeno d; visão e demais funções a ela relacionadas, assim como na leitura. Áreos de Associoçõo Grandes áreas do córtex cerebral são chamadas dc ríreas de associaçáo (Fig. 9-1 1). Essas áreas estão rela- cionadas principalmente às informaçóes de análise, in- terpretaçáo e integração. Por exemplo, uma pequenã área do lobo temporaJ, o córtex auditiuo primário, rece- be informação sensitiva proveniente da orelha. A área adj acente, denominada arca de associaçáo auditiva. utiliza uma grande quantidade de conhecimentos e e:(- periências armazenadas, para identificar e dar significa- do ao som. Em outras palavras, o córtex auditivo ouve o som e a área de associação auditiva interpreta o som. O cérebro contém áreas receptoras e de associação ade- quadas para outras sensaçóes (por exempìo, área de as- sociaçáo visual, :írea de associação somestésica). Mqssqs de Substânciq Ginzentq Espalhadas pela substância branca do cérebro, en- contram-se massas de substância cínzenta, que são de- nominadas núcleos da base. Os núcleos da base auxiliam na coordenação dos movimentos corporais e da expres- são facial. O neurotransmissor dopamina é o principal responsável pela atividade dos núcleos da base.' A deficiência de dooamina nesses núcleos determi- na a síndrome de ParÏinson, que se caracteriza por provocar alterações dos movimentos: passo arrastado e descoordenado (andar), rigidez, fala lenta, salivação e expressão facial semelhante a uma máscara. Em razáo do tremor característico. a síndrome de Parkinson é também conhecida como paralisia trêmula. A dopa- mina ou drogas semelhantei a ela são ,rrrr"l-ette pies- crltas para o pacrente com essa cloença. DiencéÍolo O diencéfalo é a segunda principal área do encé- falo e está localizado inferiormente ao cérebro e supe- riormente ao tronco encefálico. Inclui o tálamo e o hipotálamo (Fig. 9-13). O trílamo serve como uma estação intermediária para a maioria das fibras que vão da porçáo inferior do encéfalo e medula espinal para as áreas sensitivas do cérebro. O tálamo classifica a informação, dando- nos uma idéia da sensação que estamos experimen- tando, e a direciona para as áreas específicas do cére- bro para que haja uma interpretação mais precisa. Por exemplo, as fibras que conduzem impulsos de dor provenientes do corpo para o encéfalo passam pe- lo tálamo. Nesse nível, alertamo-nos para a dor, mas ainda não estamos cientes do tipo de dor ou de sua exatalocalização. As fibras que transmitem a informa- ção da dor do tálamo para o córtex nos proporcionam informação adicional. O hipotálamo é a segunda estrutura do diencéfa- lo, e está situado logo abaixo do tálamo. O hipotála- mo auxilia na regulação de vários processos corporais, como: a temperatura corporal, o equilíbrio hídrico e o metabolismo. Em razáo de sua participação na re- Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo . 179 gulaçáo da função do sistema nervoso autônomo (in- voluntário), ele exerce um efeito na freqüênciacardía- ca, na pressão sangüínea e na respiração. Inferiormente ao hipotálamo encontra-se a hipófi- se, uma glândula que tem influência, direta ou indire- ta, sobre quase todos os hormônios no corpo. Como o hipotálamo regula a função hipofisiária, a difusão de seus efeitos é evidente (a função endócrina será tra- tada no Capítulo l2). Tronco Encefólico O tronco encefálico conecta a medula espinal com as estruturas encefálicas localizadas superiormen- te, e é constituído por mesencéfalo, ponte e bulbo (Fig. 9-13). A substância branca do tronco enceÊálico inclui tratos que recebem e enviam informaçóes mo- toras e sensitivas para o cérebro e também ã, prorr.- nientes dele. Disoêrsas na substância branca do ironco enceFálico enco.ri."m-se massas de substância cinzenta denominadas núcleos, que exercem efeitos intensos sobre funçóes como a preìsão sangüínea e a respiração. O mesencéfalo se estende da porção inferior do diencéfalo até a ponte. Como o resto das estruturas do tronco encefálico. o mesencéfalo recebe e envia in- formaçóes motoras e sensitivas. O mesencéfalo tam- bém contém núcleos oue funcionam como centros reflexos para a visão e para a audição. A ponte se estende do mesencéfalo até o bulbo, sendo composta principalmente por tratos que atuam como uma ponte para a informação que chega e sai das diversas formações importantes do encéfalo. A ponte também tem um papel fundamental na regulação do padrão e ritmo respiratórios. Lesões nessa estrutura po- dem causar graves distúrbios no ritmo respiratório. FIGURA 9-13 . Diencéfalo e tronco encefálico. O diencéfalo con- siste do tálamo e do hiootálamo. Note a relacão entre o hiootálamo e , " r r i . , n a glanouta nlPonse. L-, tronco ence- f;ílico é constituído por mesencéfa- lo. oonte e bulbo. Cerebelo Glândula hipófÌse ----.....-.-ttt"drtu esplnal (- Mesencefalo Tronco encefálico I Ponte / ì L artno -/ | 8O r Copítulo 9 / SISTEMA NERVOSO: TECIDO NERVOSO E ENCEFALO O bulbo conecta a medula espinal com a ponte. Contém vários tratos que atuam recebendo e envian- do as informações motoras e sensitivas. Muitos nú- cleos importantes €stão situados no interior do bulbo, controlando o ritmo cardíaco, a pressão sangüínea e a respiração. Em razáo de sua importância com relação às funçóes vitais, o bulbo é muitas vezes chamado de centro vital. Pelo fato de essas funçóes serem funda- mentais para o organismo, você pode compreender a seriedadé de uma fratura na base do crânio. O bulbo é também extremamente sensível a certas drogas, espe- cialmente os narcóticos. Uma dose excessiva de um narcótico causa depres- sáo do bulbo e morte porque a pessoa pára de respirar. Esse perigo é a razáo para se avaliar o padráo respira- tório de um indivíduo antes de se administrar um narcótico. Se o padrão respiratório é menor que dez respiraçóes por minuto, a droga não pode ser admi- nistrada com segurança. terebelo O cerebelo, a quarta área principal, é a estrutura que se projeta inferiormente ao lobo occipital na base do crânio (Figs. 9-10 e9-13). O cerebelo está relacio- nado principalmente com a coordenação da atividade muscular voluntária. A informação é enviada ao cere- belo de várias áreas do corpo, incluindo olhos, orelhas e músculos esqueléticos. Ele integra todas as informa- ções recebid", p"r" produzir r'rt i" t.tpotta muscular coordenada e regular. Lesóes do ceiebelo produzem movimentos muscu- lares convulsivos, andar cambaleante e dificuldade em manter o equilíbrio. A pessoa com disfunção cerebe- lar pode parecer intoxicada. Eslruturoi que Atrovessom os Divisões do Cérebro Duas importantes partes do cérebro não estão confinadas em nenhuma de suas quatro divisóes, pois envolvem várias estruturas. São elas: o sistema límbi- co e a formação reticular. Sistemo limbico: O Cérebro Emocionql Partes do telencéfalo e do diencéfalo constituem um grupo de estruturas em forma de "V" denomina- do sistema límbico. O sistema límbico atua no com- portamento emocional, participando também das funçóes de memória. Por exemplo, quando o sistema límbico é estimulado por microeletrodos,.estados de extremo prazer ou raiva podem ser induzidos. Em ra- zão dessas respostas, o sistema límbico é chamado de cérebro emoci,onal. Formoçõo Reticulqr: Acorde! O que nos faz acordar? Por que nós não entramos em coma quando vamos dormir? Dispersa por toda a extensão do tronco encefálico, com numerosas cone- xóes com o córtex cerebral, há uma massa especial de substância cínzenta conhecida como formação reti- cular. A formação reticular está relacionada com o ci- clo do sono/vigília e consciência. Sinais passando para o córtex cerebral, provenientes da formação reticular. estimulam-nos, fazendo-nos acordar e despertar. A formação reticular é muito sensível ao efeito de certas drogas e do álcool. Por exemplo, a perigosa combinação de benzodiasepínicos (tranqüilizantes) e álcool pode danificar a formação reticular, causando inconsciência permanente. CoNscrÊNcu., SoNo E CoMA. A consciência é um estado de alerta que depende do sistema reticular ativa- dor ascendente (SARA). O SARA continuamente re- colhe amostras de informaçóes sensitivas de todo o cor- po, seleciona-as e apresenta às estruturas superiores no córtex cerebral, somente as informações essenciais, ra- ras e ameaçadoras. Existem diferentes níveis de cons- ciência, como atenção, alerta, relaxamento e desaten- ção. Dormir ocorr€ quando o SARA está inibido ou se torna lento. A causa precisa da inibição do SARA (isto é, dormir) é desconhecida. O coma é um estado seme- Ihante ao de dormir, e com vários estágios que vão do suave ao orofundo. Nos estágios mais suaves do coma. alguns ,.h."o, estão intactoõ podendo o paciente res- ponder a estímulos deluz, som, toque e estímulo dolo- roso. Todavia, como o coma se intensifica, esses refle- Por que o médico solicitq que você coloque o dedo nq pontq do nqriz? Colocar o dedo sobre o narlz é um teste para diag- nosticar a funçáo cerebelar. O cerebelo normalmente coordena e movimenta sem interrupções a atividade muscular esquelética. Na tentativa de tocar um objeto, o paciente com disfunção cerebelar pode desviar-se dele, primeiro para um lado e depois para o outro. .\s meninges podem tornar-se inflamadas ou infec- r.rdas, ocasionando a meningite. A meningite é séria !ìorque a infecção pode se propagar para o encéfalo de- l.rminando, muitas vezes, lesões enceÊálicas irreversí- ., eis. O organismo (vírus ou bactéria) causador da me- ::ìngite pode ser detectado €m uma alnostra do líquido -crebrospinal obtido através de punção lombar. LÍquido Cerebrospinol: A Terceirq Comodq de Protecõo O líquido ..r.brorpi.r"l (LCE) constitui a terceira -imada protetora do SNC, e é formado a partir do '.ìrìgue do interior do encéfalo. E um líquido cÌaro ,trm corÌÌposição semelhante à do plasma, sendo for- ,:r.rdo por água, glicose e vários íons, especiaÌmente Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo . | 83 sódio (Na*) e cloro (Cl). Em um adulto circula apro- ximadamente meio copo de LCE. Onde o líouido cerebrosoinal é formado? O LCE é formado no iÀterior dos veÃtrículos do encéfalo, pelo plexo coróide (Fig. 9-154). Existem quatro ventrículos: dois ventrículos laterais, o terceiro e o quarto ventrícu- los. O plexo coróide, que é um agrupamento de vasos sangüíneos com aspecto de cacho de uva e células epen- dimrírias da neuróglia (Tâbela 9-1), está suspenso no te- to de cada ventrículo. Aeua e substâncias dissolvidas são transportadas do sangue através das paredes do plexo coróide para o interior dos ventrículos (Fig. 9- I 5B). Para onde flui o LCE? A medida que o LCE deixa os ventrículos, ele segue dois caminhos. Parte dele flui direto por um orifïcio no centro da medula espinal, o canal central, que drena para o interior do espaço su- Seio da dura-máter Espaço subaracnóideo Granulação aracnóidea (projetando-se para o interior do seio) Aqueduto do mesencéfalo Quarto Canal central da medula espinal a Ventrículos laterais dos hemisférios cerebrais Terceiro ventrículo Aqueduto do mesencéfalo FIGURA 9-15 r Líquido cere- . ' : r a l ( LCE) : Fo rmação , c i r cu - . drenagem. A, O LCE for- .: r'Ìo interior dos ventrículos . : : . c f a l o ( l a re ra i s . r e r ce i r o e ::r) \'entrícuÌos). B, O líquido . ':ospinal corre inferiormente .: , do canal central até a base ' : .dula espinal . O LCE tam- :jcoa do quarto ventrículo no . : :or do espaço subaracnóideo involve o encéfalo. O LCE .::a no interior das granula- , racnóideas. que se projeram : . r i o r dos se ios da du ra -má- ' . se difunde através da mem- . , da granulação. para o inte- ' -ros seios da dura-máter, onde ' :urado ao sangue venoso. O :,:: do interior dos seios drena ç À ^ - ^ - : f ^ l ^ - - - ^ ^ : ,: . oo cn( ( Ia to Para o rn re f lo r . i . rs. Quarto ventrículo B Plexo coróide dos ventrículos laterais Terceiro ventrículo ventrículo 184 . Copitulo 9 / SISïEMA NERVOSO: TECIDO NERVOSO E ENCEFALO baracnóideo, na base da medula espinal. O restante do LCE flui da parte lateral do qúarto ventrículo, através de pequenos orifïcios ou forames, para o inte- rior do espaço subaracnóideo que envolve o encéfalo. O que se entende por um coógulo songüineo no encéfqlo? Apesar de o encéfalo ser tão bem protegido, uma le- são na regiáo da cabeça pode causar uma hemorragia. Boxeadores, por exemplo, são muitas vezes golpeados na cabeça. Como a cabeça se movimenta rapidamente em resposta ao goÌpe, os vasos sangüíneos e rompem, ocor- rendo a hemorragia. O sangue, muitas vezes, acumula-se sob a dura-máter, formando um hematoma subdural (também chamado de coágulo sangüíneo). O coágulo então continua a se expandir, exercendo uma pressão so- bre o tecido encefálico subjacente. O aumento da pres- são pode levar a perda de consciência, paralisia e morte. Como o LCE deixa o espaço subaracnóideo? Sabe-se que o LCE é produzido no interior das granulaçóes arac- nóideas e drena pata o sangue do interior dos seios da dura-máter. Dessa maneira, o sangue flui dos seios para as veias cerebrais e retorna ao coração. Lembre-se de que o LCE é formado no Dlexo coróide do interior dos vên- trículos, circula por todo o espaço subaracnóideo ao re- dor do encéfalo e medula espinal, e então drena para os seios da dura-máter. O ritmo em que o LCE é formado é equivalente ao que ele é drenado. Se qualquer excesso de LCE é formado, ou se a sua drenagem é prejudicada, o LCE irá se acumular nos ventrículos do encéfalo, au- mentando a oressão no interior do crânio. O aumento resultante da pressão intracraniana pode ocasionar lesóes ao encéfalo, levando o indivíduo à morte. Bqrreirq Hemotoencefólico: Gluqrtq Cqmqdq de Proleçõo A barreira hematoencefalica é um arranjo de cé- lulas associadas aos vasos sangüíneos que suprem o encéfalo e a medula esoinal. Essas células selecionam as substâncias provenientes do sangue, autorizando-as penetrar no SNC. Em outras palavras, se uma subs- tância potencialmente prejudicial está presente no sangue, as células da barreira hematoencefiílica impe- dem que ela entre no encéfalo e na medula espinal. Os capilares encefálicos são constituídos por células densamente agrupadas em uma membrana basal con- tínua. Essa camada celular evita cue a maioria das substâncias indesejáveis entrem no éncéfalo. Enquanto a barreira hematoencefálica é bem suce- dida na seleção de várias substâncias prejudiciais, nem todas as substâncias tóxicas são bloqueadas. O álcool, por exemplo, atravessa a barreira hematoencefálica e afeta (e em alguns casos destrói) o tecido en-::- Células da neuróglia, particularmente os ast: Í. têm um papel importante na formaçáo da barr..:, r ' ' matoencefálica. A barreira hematoencefálica pode represer.: - ' ,": problema no tratamento farmacológico de ir::.. *. no interior do SNC. Alguns antibióticos, po: : , ' : ' plo, não podem atravessar a barreira hematoer-.: -. - e, portanto não podem atingir o local da infec... . :: vista desse problema, como deve ser tratada L::: : fecçáo do SNCI Existem duas opçóes: (1) ser.- '- um antibiótico que possa atravessar a barreir; i : ' - toencefálica ou (2) injetar o antibiótico direr.r:-- , ' no espaço subaracnóideo. *RESUIìIIINDO! O SNC, especialmenr. , céfalo, funciona como um condutor. Ele coord.::- - cientemente vários sistemas do corpo, com alt.. :. ,, são. O encéfalo nos faz humanos - Denf.,. - protegendo, sentindo, e recordando. O enief,r.. , dividido em quatro regiões: cérebro, diencéfalo. :: encefálico ecerebelo. O cérebro éamaiorDarte ü : céfalo e consiste em dois hemisférios. Os cuarrn . , do cérebro são: Iobo frontal (atividade motora, a:'.,. .- pensamento), lobo parietal (sensitivo), lobo ten:-: "- (audiçáo) e lobo occìpital (visão). O diencéfalo c - posto pelo tálamo e pelo hipotrílamo. O tronco e:ì-r'. lico é formado por mesencéfalo, ponte e bulbo. (ì : - bo é consideradb uma estrutura'nit"l, r't-a vez qur' -. . relacionado a funções básicas como respiração, h:: - - cardíaca e tônus dos vasos sangüíneos. Duas o.-::- áreas são aformaçáo reticular, qú. ttot faz acorda:. , sistema límbico, ou cérebro emocional. Em razãr .: importante papel desempenhado pelo SNC, ele di::-' ,: de excelente proteção: um osso resistente, três cam;*- de meninges, um amortecedor líquido macio e u:: . barreira hematoenceÊálica. 3ï3i#::"'" 1. O número de neurônios começa a diminuir a partir dos 30 anos. O número perdido, toda- vra, e somente urna pequena porcenragem do número toml de célúlaiencefálicas. e não or.- judica a mente. Enquanto uma diminuição ãa memória de c.rrà prazo pode causar'al- quns esquecimentos, a maior parte da memó- iia - o eitado de alerta, as funióes intelecruais e a criatividade - oermanecem intactos. AIte- rações graves das funções mentais geralmente se devJm a doenças rélacionadas coìm a idade, como a arterioesclerose, 2. A velocidade de condução do impulso dimi- nui ao longo de um axônio; quantidades de neurorransmissores são reduzidas; o número de locais receptores diminui nas sinapses. Es- sas alteraçóes resultam em uma prógressiva lentidão das respostas e dos reflexos. Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo o | 85 Neurotoxicidode induzida pelo ôlcool Doenco de Alzheimer Pqrolisiq cerebrot (PC) Acidente vqsculor cerebrql (AVC) Concussõo Contusõo lpilepsio Dor de cobeço (Enxaquecal Hemotomos Inflomoções fenilcetonúrio Tumores A inqesiõo crônico e excessivo de ólcool couso donos irreversíveis oo sistemo nervoso. O reãultodo é umo deterioroçõo mentol, perdo do memório, perdo do copocidode poro se concentror, irritobilidode e movimentos'descoordenodos. Á síndrome de Wernicke-Kor- sqkoff é um tipo de encefolopotio relocionodo qo ólcool. É umo doenco deqenerotivo do encéfolo que ocorre qerolmente m pessoos idosos. Esso doenço é corocteúodo pelo perdo progressivo do mémório e preiuízo do funçõo intelec- ruol. Ëvidêncios ugerem otroÍiq encèfólËo, especiolmenie dos lòbos frontol e temporol. É ,r qrupo de olteroções neuromusculores que resultom de umo lesõo em umo crionço, ontes,-duionte ou em um curto período de teàpo opós o noscimento. Todos os formos de PC cqusom prejuízo no otividode musculor esqueléiico. Retordo mentol e dificuldodes no folo podem ocomponhor qs olterqções. Comumente chomodo de derrome. O AVC é resulÌodo de umq fqlto repentino de sonque, cousondo orivocõo de oxiqênio e lesões no encéfqlo. Dependendo do locol e do qrovldq- de do lesab, o AVC resulto-no perdo dos funções motoro (cousondo porolisio) e sénsitivo, olém de preiuizo do fqlo. As moiores cqusos do AVC sõo o trombose o hemorrogio cere- brol. A hemorrogio pode ser decorrêncio do rupturo de.um oneurismo, como um oneuris- mo de Berry (um oneurismo congênito do círculo orteriol do cérebro). Umo perdo possogeiro do consciêncio, gerolmente opós um troumo no cobeço. Umq lesõo do encéfolo envolvendo umo diloceroçõo de vosos cerebrqis ou meníngeos. Do grego, significondo "opoderor-se". A epilepsio se refere o um grupo de sintomos de vóriás cãusoi(tumor cerebiol, toxinos, troumo, febre). Os neurônios no encéfolo disporom repentino.e inodvertidomente. Um otoque perigoso (gronde mol) ocorre quondo os óreos motoros disporom de formo repetitivo, cousondo otoques convulsivos e perdo do cons- ciêncio. Um ofoque menos perigoso (pequeno mol) ocorre quondo óreos sensil ivos sõo ofetodos. Enquonto hA um cìl*o período de consciêncio lterádo, os otoques de pequeno mol nõo sõo ocomponhodos por convulsões ou inconsciêncio prolongodo.' Dores de cobeço severos recorrentes, que normolmente qfetom somente um lodo do cobe- ço. A enxaquecq pgde ser precedìda è acompanhado por fodigo, nâusea, võmìlos e sen- soçõo visuol de l inhqs em ziguezogue. Nem todos os dores de cobeço sõo enxoquecos. Umo simples dor de cobeço Je tensão pode desenuolver-se quondo o pessoo estó onsiosq ou tenso. Dores de cobeço podem tombém se desenvolver.em resposto o oumento do pressõo inirocrqniono, irritoçõo dos meninges e esposmos dos vosos songüíneos cere- broís. Referem-se o coóqulos sonqüíneos e sõo qerolmente cousodos por troumo. Um hemotomo epidurol formo-súnhe o &rro-móier e oËrônio. Um hemotomo subdurol ocorre sob o du- ro-móter. A medido que um hemotomo oumento, ele compríme o encéfolo, elevo o pres- sõo introcroniono e pode cousor o morte, o menos que o pressõo seio oliviodo. Encefolites e meningifes. A encefolite é umo inflomoçõo do encéÍolo gerolmente cousodo por um vírus. A meiingite é umo inflqmqçõo dos meninges e é cousõdo por vírus ou por boctêrio. É umo doenço cousodo pelo deficiêncio hereditório do fenilolonino hidroxilose, umo enzi- mo necessório poro metàbolizor o ominoócido fenilolonino. No qusêncio do enzimo, o fe- nilolonino nõo metobolizodq é excretodo no urino; por isso o nome fenilcetonúrio. Se nõo for trotodo imediotomente, o fenilcetonúrio couso sério retordo mentol. Exomes de rotinq poro fenilcetonúrio sõo feitos em todos os enfermorios nos Estodos Unidos. Tumores benignos e molignos no tecido nervoso. Os tumores podem destruir o tecido ner- voso/ exercer pressõo nos estruturos odiocentes e cousor morte por oumentorem o pressõo intro.croniono. Os exemplos de tumorei incluem gliomos (tumoies molignos.orig.inodos de tecido do neuróglio, como um ostrocitomo), meningiomos (tumores originodos dos menin- ges) e neuromos (tumores originodos dos nervos). PNG RR) [Tac io] Divisão autônoma do sistema nervoso Ta A Nervo misto NES Nervo sensitivo ETR Rc ie ae Nervos espinais ENT Li Rei Neurônio de associação Os termos destacados em negrito neste capítulo estão definidos no Glossário. Neurônio eferente Parte parassimpática Parte simpática Plexos Raiz dorsal Raiz ventral Sistema nervoso peril Substância branca Substância cinzenta E Eee LC RU ace - - , l SISTEMA NERVOSO: MEDUTA ESPINAT E NERVOS PERIFERICOS ()bjetivos 1. Descrever as três funçóes da medula espinal. 2. Listar os quatro componentes do arco reflexo. 3. Descrever as funçóes dos doze pares de nervos cranianos. 4. Identificar a classificação dos nervos espinais. 5. Listar as funções dos três principais plexos. " 6. Explicar a estrutura e a função da divisão aurônoma do sistema nervoso. 7. Comparar a estrutura e a função das partes simpática e parassimpática. r89 I90 . CopífuIo 1O / SISTEMA NERVOSO: MEDUIA ESPINAL E NERVOS PERIFÉRICOS encéfalo, a medula espinal e o sistema nervo- so periférico trabalham iuntos como um gr"àd. sistema de comunicação. A medula espinal õnduz informaçóes continuamente do encé- falì e para o encéfalo. Assim, quando ela não funcio- na, nãõ há atividade sensitiva (a pessoa náo pode sen- tir) e nem atividade motora voluntária (a pessoa não pode se mover). O QUE E A MEDUTA ESPINAT? A medula espinal, uma estrutura tubular, é a con- tinuação do tronco do encéfalo e está localizada no interior do canal vertebral. O diâmetro, ou a espessu- ra da medula espinal, é semelhante ao diâmetro de um polegar, possuindo cerca de 43 cm de compri- menio e estendendo-se do forame magno do osso oc- cipital até o nível entre as vértebras Ll e L2, logo abaixo da última costela. Assim como o encéfalo, a medula espinal está protegida Por osso, meninges e lí- quido cerebrospinal (LCE) (Fig. 10-1). Por que um disco herniodo couso dor? Um disco herniado é uma herniação ou protrusáo da porfo central do disco intervertebral para o interior do canal vertebral. O disco herniado pressiona a raiz de um nervo esoinal causando dor intensa. Como o onestesio epidurolé utilizodo em portos? Durante a última e desconfortável fase do parto, agentes anestésicos áo continuamente injetados no es- paço epidural. Os nervos inferiores da regiáo pélvica são adormecidos pelo anestésico, aliviando assim a dor do parto. Cinzo Inlernomente, Brqnco Exlernqmente Substônciq Cinzentq Uma secção transversal da medula espinal mostra uma área de substância cinzenta e uma área de subs- tância branca (Fig. 1 0-2). A substância cinzenta está localizada centralmente, tem a forma de uma borbo- leta e é composta principalmente Por corpos celulares e neurônioa de associação. Duas projeçóes da subs- tância cinzenta são: o corno dorsal ou posterior e o corno ventral ou anteÍior. No centro da substância cinzenta encontra-se o canal central, que é um orifï- cio que se estende por todo o comprimento da medu- la espinal. Ele se abre no sistema ventricular, no encé- falo e no espaço subaracnóideo' na base da medula espinal. Assim, o LCE circula por todo o espaço suba- raènóideo que envolve a medula espinal e o encéfalo. Substôncio Bronco A substância branca da medula espinal é com- posta principalmente por axônios mielínicos q-ue se ãgrupa- em tratos nefvosos. Por exemplo, as fibras dã dor estão agrupadas em um trato específico, en- quanto as fibras motoras se agrupam em outros tra- tos. Os tratos sensitivos conduzem a informação da periferia, através da medula espinal, em direçáo ao en- céfalo, sendo portanto chamados de tratos ascenden- tes (Fig. 10-2). O trato espinotalâmico é um exemplo de um trato ascendente: ele leva a informação sensiti- va relativa ao tato, à pressão e à dor, da medula espinal para o tálamo, no diencéfalo. Note que o nome do irato (espinotalâmico) muitas vezes indica a sua ori- gem (medula espinal) e o seu destino (tálamo).- Tiatos motores conduzem a informação do encé- falo para a medula espinal inferiormente, em direçáo à peiiferia. Eles sáo denominados tratos descenden- tei, sendo os principais o piramidal e o extrapirami- dal. O trato piramidal, também conhecido como tra- to corticospinal, é o maior trato motor e se origina no lobo frontal do cérebro. Como o seu nome já diz (corticospinal), a informaçáo motora é conduzida da A medula espinal de uma criança se estende por todo o comDrimento do canal vertebral, porém, à me- dida que .lá cresce, o canal vertebral cresce mais rápi- do do que a medula espinal. Em razão dos diferentes ritmos de crescimento, o canal vertebrd conseqüente- mente se torna mais longo do que a medula espinal (que no adulto se estende somente atéLllL2). As me- ni.tges, todavia, se prolongam por toda a extensão do canal vertebral. Esse arranjo anatômico é a base para a punçáo lombar (Fig. 10-18 e C). Nesse procedimento, uma agulha é inserida no espaço subaracnóideo, entre L3 e L4, aproxímadamente na altura da parte superior do osso do quadril. lJma amostra do LCE é então retira- da do espaço subaracnóideo e examinada a fim de se detectar organismos patogênicos, sangue ou outros si- nais anormais. Como a medula espinal termina entre Ll eL2, a punção no espaço acima descrito não ofe- rece perigo de que ela seja lesada pela agulha' IRÂTOS Ascendentes :,,t:rlâmico . ulo porterior :, rcerebelar Descendentes r r Ja l . ospinaÌ) . : . i ramidal FUNçõES Têmperatura; pressão; dor; leve toque Propriocepçáo consciente; tato descriminativo; sensibilidade vibratória Propriocepção inconsciente Tònus dos músculos esqueler icos: movimento voluntário dos músculos esqueléticos Atividade da musculatura esquelética (equilíbrio e postura) Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo " | 93 Nervos Espinois Coneçfsdos à Medulo Espinol Cada nervo espinal esrá conecrado à medula es- pinal por duas raízes, a dorsal e a venrral (Fig. 10-4). As fibras nervosas sensitìattt trafegam em direção à medula ârravés dataiz dorsal. O-s corpos celulares dessas fibras estão agrupados nos gânglios da raiz dorsal, Iocalizados externamenre à medula espinal. A raizventral é composta por fibras motoras, que são distribuídas para os músculos voluntários, involuntá- rios e glândulas. Os corpos celulares das fibras moro- ras estâo localizados na-substância cinzenra dos cor- nos ventrais da medula espinal. As raízes dorsal e ventral são "acondicionadaì" iuntas, para formar o nervo espinal. Assim, em razão de os nervos espinais conterem ao mesmo tempo fibras motoras e sensiti- vas, eles são denominados nervos misúos. ,:re rgulho, onde a cabeça é comprimida ou cur- J\cessivamente (Fig. 10-3). A paraplegia ocorre rsáo da medula espinaÌ é mais baixa, envolvendo -:rre a região lombar. Neste caso, a pessoa tem to- :rínio dos membros superiores, mas está parali- -:.ì cintura Dara baixo. A5 FUNCOES DA MEDULA ESPINAL A medula espinal possui três funções principais: ser vla sensrtrva, vla motora e centto retlexo. Paraplegia Pescoço quebrado Tetraplegia 5 | G U RA I O'3 o Lesões da medula espinal. Mergulhar em uma piscina rasa pode resultar em lesão da medula espinal. Uma lesáo na :lt,r da medula espinal, como_a que ocorre q ':ndo se quebra o pescoço, causa paralisia dos quatro membros (tetiaplegia). Uma lesão -i baixa derermina paralisia dos membros inferiores (paraplegia). I94 . CopíIuIo IO / SISTEMA NERVOSO: MEDUIA ESPINAL E NERVOS PERIFÉRICOS Gânglio da raiz dorsal Neurônio sensitivo Receptores cutâneos Neurônio motor Nervo espinal I Raiz ventral Músculo esquelético FIGURA I O-4 I Conexões dos nervos espinais à medula espinal. Os nervos espinais possuem fibras sensitivas e motoÍas. Os neurônios sensitivos se conectam à medula espinal através da raiz dorsal; os neurônios motores, pela raiz ventral. o Via sensitiua: a medula espinal fornece uma via pa- ra que a informação sensitiua, proveniente da peri- feria, chegue ao encéfalo. Por exemplo, quando você espeta o dedo com um prego ou agulha, a in- formação sensitiva é conduzida do dedo à medula espinal. A informação, então, ascende da medula espinal em direção ao encéfalo, onde você reco- nhece a informação como dor. Como se consegue o onestesio espinol? Agentes anestésicos como a novocaína podem ser in- jetados no espaço subaracnóideo para promover a írnes- tesia espinal. Quando injetada no espaço subaracnói- deo, essas drogas amortecem ou anestesiam os nervos sensitivos lombares e sacrais. As sensaçóes de dor prove- nientes das áreas inervadas por esses nervos anestesiados cessam temDorariamente. Via rnotzra: a medula espinal proporciona uma via para a informaçáo mztora que vem do encéfalo e se dirige para a periferia. Por exemplo, você decide mover o pé (no caso, para chutar uma bola de fu- tebol). A informação transita do encéfalo para a medula espinal inferiormente, e desta para os músculos da perna e do pé. Centro reflexo: a medula espinal atua como o prin- cipal centro reflexo. Por exemplo, quando você es- peta o dedo, muito automaticamente você o afasta da origem da lesão; em outras palavras, você re- move reflexamente o seu dedo. A medula espinal, e não o encéfalo, realiza esse ato reflexo para você. ô ôué $õo os Reflexos O que é um reflexo? Muitas das atividades que de- senvolvemos todos os dias ocorrem muito rapidamente e sem qualquer controle da consciência. Em outras pa- lavras, elas ocorrem de maneira reflexa, muitas das quais na medula espinal. Um reflexo é uma resposta :ì'..oluntária a um estímulo. Ao tocar uma suoerfície :...nte, por exemplo, você rapidamente remove a mão. - ::ceba que sua máo estará segura, distante da origem : r lesáo, antes mesmo de sua consciência alertar "Isto é ...nte. Eu preciso remover a minha mão!". Da mesma :na, sua habilidade em caminhar e manter o equilí- ::o necessita de centenas de movimentos reflexos.- Uma resposta reflexa típica é demonstrada pelo re- t"Ìero patelar ou do espasmo do joelho (Fig.10-5). - ' .::ante um exame físico, o médico bate de leve no .:r.láo abaixo da sua patela, e em resposta, a sua per- , rapida e involuntariamente pula. O médico pro- r '\'eu o reflexo patelar. Como esse reflexo pode aju- ..-lo? Se você está ereto e o seu joelho se curva, :'.J-\mo que seja pouco, o reflexo patelar é estimulado. , ::". resposta ao encurvamento, o músculo quadríceps - : -oxa se contrai e, desse modo, endireita a perna e o . ' i l ia a se manter na posição vertical. O Arco Reflexo O reflexo patelar i lustra os quatro componentes ,.:cos do arco reflexo, eue é a via neryosa envolvida ::: um reflexo (Fig. 10-5). Os quatro componentes ..icos do arco reflexo incluem: L Um Íeceptor sensitivo. Através da leve panca- . - :ro tendão, o martelo estimula receptores sensitivos . músculos da perna. Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo . | 95 O que é o doenço de lou Gehrig? Lou Gehrig foi um famoso jogador de baseball da equipe do NewYorkYankees, que desenvolveu esclerose lateral amiotrófica (EtA). A EIÁ é uma alteração neuro- lógica devastadora que destrói a função motora, manten- do intacta a função sensitiva. Por um longo período, os neryos motores se degeneram graduaÌmente. Ocorre, ain- da, a perda de fibras nervosas e uma esclerose (ou endure- cimento) dos funículos laterais da substância branca da meduia espinal, causando a esclerose lateral. Os músculos esqueléticos supridos por esses nervos tornâm-se fracos (o significado de amiotrófico). A ELA evolui gradualmente, até que a pessoâ fique completamente paralizada. A EIA é freqüentemente chamada de doença de Lou Gehrig. 2. Um neurônio aferente ou sensitivo. O im- pulso nervoso é levado pelo neurônio sensitivo à me- dula esoinal. 3. Úm neur6nio eferente ou motof. O imoulso ner- voso é lwado Delo nervo motor aos musculos da,oerna. 4.lJmórgão efetor. Os músculos do membro in- ferior, especificamente o quadríceps femoral, são ór- gãos efetorer. ET resposta ao impulso nervoso, o musculo se contril e move a perna para clma. Arco reflexo patelar Quando o martelo toca de leve o tendão oatelar. os receptores no músculo são estirados (estimulados) (9 O impulso nervoso viaja através do neurônio aferente, em direção à medula espinal @ Ap"rn" "projetada para crma @ o inlprt.o nervoso viaja ao longo do neurônio eÍerente, em direção ao músculo FIGURA | 0'5 . Arco reflexo. O reflexo patelar apresenta os quatro componentes de um arco reflexo. (1) Estimulação do receptor. (2) 'rrsmissão do impulso (sensitivo) em direção à medula espinal, através de um neurônio aferente. (3) Tiansmissão do impulso (motor) .:r fora da medula espinal, através deum,neurônio eferente. (4) Resposta motora do órgão efetor (por exemplo, a contração do músculo ' -:relerlco que emPufra e Pefna pafa crma.r. o | 98 . Copítulo I O / SISTEMA NERVOSO: MEDULA ESPINAL E NERVOS PERIFÉRICOS sas no SNC são denominadas tratos. Os nervos são classificados em: ô Nefvos sensitivos, compostos somente por neu- rônios sensitivos. . Nefvos motofes, formados somente por neurô- nios motores. I Nefvos mistos, contendo tanto neurônios sensitivos como motores. A maior pane dos nervos sáo mistos. Clqssificondo o Sisremq Nervoso Periférico O sistema nervoso periferico pode ser classificado de duas maneiras, estruturalmente (por suas partes) ou funcionalmente (de acordo com o que ele faz). Clossificoçõo Estruturol do Sistemo Nervoso PeriÍérico A classificação estrutural, ou anatômica, do siste- ma neryoso periferico divide os nervos em cranianos e espinais, baseando-se na origem da fibra (de onde ela vem ou se orlgrna/. Nnnvos CncNrANos Nome e Números dos Neruos Cranianos. Os do- ze pares de nervos cranianos estão demonstrados na Figura 10-8. Cada nervo craniano tem um número específico, sempre designado por um numeral roma- no, e um nome. Os números indicam a ordem em que o nervo sai do encéfalo - de anterior para poste- rior. Por exemplo, o segundo neryo craniano (NC II) é o nervo óptico. Em geral, o nome do nervo indica a área anatômi- ca a qual supre; assim, o nervo óptico inerva o olho. Enquanto os nervos cranianos inervam principalmen- te a cabeça, a face e a região do pescoço, um par, o dos nervos vagos, ramifica-se amplamente, difundindo-se através das cavidades torácica e abdominal. Funções dos Neruos Cranianos. Os nervos cra- nianos realizam quatro funçóes gerais. A primeira está relacionada à condução das informaçóes dos sentidos especiais - olfato, gustaçáo, visão e audição - e a se- gunda, à condução da informação da sensibilidade geral (tato, pressão, dor, temperatura e vibraçáo). A terceira função se refere à condução da informação motora que resulta no controle voluntário dos mús- culos estriados esqueléticos, e a quarta, à condução da informação motora que determina a secreçáo de glân- dulas e a contração dos músculos cardíaco e liso. A função dos nervos cranianos está resumida na Tâbela l0-3. Localize cada nervo na Fieura I 0-8. NC l, Nervo Olfotório. Ë rl- ,r.ruo sensitivo que conduz informaçóes relacionadas à sensibilidade do cheiro, da cavidade do nariz para o encéfalo. Uma pessoa que lesa o nervo olfatório pode perder o olfato e, além disso, queixar-se também da perda do paladar, pois a atraçáo do alimento é determinada por essas sensaçóes. NC ll, Nervo Optico. É um nerrro sensitivo que conduz a informação visual do olho para o encéfalo, especificamente ao lobo occipital do cérebro. Lesões desse nervo causam diminuiçáo da visão ou cegueira do olho afetado. NC lll, Nervo Oculomotor. É um nervo essen- cialmente motor, responsável pela contração dos músculos extrínsecos do olho, que determinaln a mo- NERVO I Olfatório II Óptico III Oculomotor IVTloclear VTiigêmeo VI Abducente VII Facial VIII Vestibulococlear IX Glossofaríngeo XVago XI Acessório XII Hipoglosso TIPO Sensitivo Sensitivo Misto (maior parte: motor) Misto (maior parte: motor) Misto Misto (maior parte: motor) Misto Sensitivo Misto Misto Misto (maior parte: motor) Misto (maior parte: motor) FUNçÃO Olfato Visão Movimento do bulbo do olho, levanta a pálpebra; altera o tamanho da pupila Movimento do bulbo do olho Mastigação; sensibilidade na face, couro cabeludo e dentes Movimento do bulbo do olho Expressões faciais; secreção de saliva e lágrimas; gustaçáo Equilíbrio e audição Deglutição, secreção de saliva; gustação; sensitivo para o reflexo de regulação da pressão sangüínea Movimento da musculatura visceral e sensibilidade; sensitivo para a regulaçáo reflexa da pressão sangüínea Deglutição; movimentos da cabeça e ombros; fonaçáo Fala e deglutiçáo AnoÌomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo ' 199 lOlfatório ll Óptico l l l Oculomotor lV Troclear VI V Trigêmeo Vll Facial Vlll Vestibulococlear Xll Hipoglosso lX Glossofaríngeo Xl Acessório FFT RA I O-8 r Os doze pares de neryos cranianos. Os nervos cranianos são numerados de acordo com a ordem em que deixam o en- ì: jnração do bulbo do olho no interior da órbita. -::ìDém eleva a pálpebra superior e promove a cons- .-:o da pupila do olho. r) aumento da pressão intracraniana pode pressio- -: J nervo oculomotor interferindo, desse modo, na -.-:;idade da pupila do olho responder ao estímulo luminoso. Quando isso ocorre, diz-se que a pupila es- tá dilatada e fixa. NC lV Nervo Trocleor. É um nervo exclusiva- mente motor, que contrai um dos músculos extrín- secos do bulbo do olho, auxiliando na sua movi- mentaçáo. 2OO . Copítulo l0 / SISTEMA NERVOSO: MEDUIA ESPINAL E NERVOS PERIFERICOS NC V Nervo Trigêmeo. É um nervo misto com três ramos que suprem arcgiáo da face. Os dois ramos sensitivos conduzem ao encéfalo informaçóes relativas ao tato, à pressão e à dor, provenientes da face, do couro cabeludo e dos dentes. O ramo motor inerva os músculos da mastigaçáo. Uma pessoa pode apresentar uma neuralgia do nervo trigêmeo, condição conhecida como neuralgia do trigêmeo ou tique doloroso, que é caracte rizada por ataques de dor facial severa. A dor pode ser inicia- da por certos eventos como o ato de se alimentar, se barbear ou se exDor a temDeraturas baixas. Na tentati- va de evitar .rr"i dor.r repentinas, o paciente muitas vezes torna-se prisioneiro da doenÇa, recusando-se a comer, barbear-se ou deixar a casa em dias frios. NC Vl, Nervo Abducente. É trn nervo motor que, como o troclear, inerva somente um dos múscu- lõs extrínsecos do olho, que atuam na movimentação do bulbo do olho. NC Vl l , Nervo Focio l . É,r rn t t . t r ro misto que realizamuito mais funçóes motoras. Sua função sensi- tiva é a gustaçáo. A expressão facial e a secreção da sa- liva e da lágrima devem-se a esse nervo. Se o nervo factal é lesado, a expressão facial torna- se ausente no lado da face afetado. Essa condiçáo é chamada de paralisia de Bell. Sob o aspecto estético, essa enfermidade é muito angustiante devido a um la- do da face poder sorrir e parecer ativo, enquanto o outro lado se torna inerte, inexpressivo. NC Vlll, Nervo Vestibulococleor (Nervo Audi- tivo). É um nervo sensitivo que conduz informaçóes de audição e equilíbrio, da orelha interna para o encé- falo. O ramo vestibular desse nervo é responsável pelo equilíbrio, e o ramo coclear, pela audição. Lesóes des- se nervo podem causar a perda da audiçáo ou do equi- líbrio, ou de ambos (esta função será discutida adian- te, no Capítulo t l). NC lX, Nervo Glossoforíngeo. É um nervo misto, que conduz ao encéfalo a sensibilidade gusta- tória da parte posterior da língua. A sua segunda função sensitiva envolve a regulação da pressão san- güínea, enquanto as fibras motoras estimulam a se- creçáo das glândulas salivares. Outras fibras motoras inervam a regiáo da faringe, permitindo que se reali- ze a deglutição. O nervo glossofaríngeo está também associado ao reflexo da náusea, que desenvolve um importante papel prevenindo a entrada de alimentot e água nas vias respiratórias. Normalmente, quandc) alguma coisa vai pelo caminho errado, você tem náuseas e tosse até avia aérea estar desobstruída. .{, perda do reflexo da náusea coloca você em risco d. asfixlar-se. NC X, Nervo Vogo. É um n.rrro misto que con' tém fibras destinadas à maioria dos órgáos das cavide' des torácica e abdominal, e também fibras provenien- tes dos mesmos (por exemplo, pulmóes, estômago. intestinos). As fibras sensitivas do nervo vago partici- pam da regulação da pressão sangüínea, e as suas tì' bras motoras inervam a laringe, a gaÍganta (faringe t c as glândulas que revestem todo o trato digestório. -{ palavra latina uagus significa viajante, uma referênci; à srande distância de distribuição desse nervo. " NC Xl, Nervo Acessórió. É um .tervo motor que supre os músculos esternocleidomastóideo e tra- pézio, auxiliando nos movimentos das regióes da ca- beça e dos ombros. O nervo acessório e seus músculo, permitem que você encolha os ombros.^ NC Xll, Nervo Hipoglosso. É um ne.rro exclusi- vamenre moror, que controla os movimentos da lín- gua influenciando, desse modo, nos processos de io- nação e de deglutição. A avaliação neurológica inclui procedimentos sinr' ples que testam a habilidade de cada nervo cranian, em realizar essas funçóes. ATabela 10-4 ilustra essc. métodos e inclui, também, alterações comuns e ach;- dos anormais envolvendo esses nervos. Nnnvos EsprN.rts Nornes e Núrneros dos Neraos Espinais. Tlinta . um pares de nervos espinais emergem da medula espi- nal (Fig. 10-9), sendo cada um deles numerado d. acordo com o nível da medula espinal de onde ele '. origina. Os 31 pares estão agrupados da seguinte for- ma: oito pares de nervos cervicais, doze pares de ner' vos torácicos, cinco pares de nervos lombares, cinc,' pares de nervos sacrais e um par de nervos coccígeo: Os nervos lombares e sacrais, no final da medula, e'- tendem-se por todo o comprimento do canal vert.- bral até sua emergência da coluna vertebral, forman- do a cauda eqüina por se assemelhar à cauda de ur:- cavalo. Os nervos deixam a coluna vertebral âttâ\'c: dos forames intervertebrais. Plexos neraosos eqrina.is. À medida que os nen'o: espinais saem da coluna vertebral, eles se dividem er:, muitas fibras. Em vários pontos, essas fibras nervos.i convergem ou se juntam novamente em plexos nct- vosos ou redes. O maior dos três plexos nervosos e . plexo lombossacral (Fig. 10-9). Cada plexo separa . organíza as muitas fibras e as envia para uma parte c!- pecífica do corpo. Os três plexos e a maioria dos ne :" vos que deles emergem estão relacionados na Tabc.: 10-5. O resultado das lesóes dos principais nervos pt" riféricos estão relacionados naTâbela 10-6. so Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo . 2Og i.go ,*- r- i_ 1 r r : - i ORIGEM DO NERVO ESPINAT CI_C4 c5-c8. T1 'Í12,L1-L5 s1-s4 REGIAO INERVADA Pele e músculos do pescoço e ombros; diafragma Peìe e músculos dos membros suDeriores Pele e músculos da porção inferior do tronco e membros inferiores PRINCIPAIS NERVOS QUE EMERGEM DO PTEXO Frênico Axilar Radial Mediano Musculocutâneo Ulnar Femoral Obturatório Isquiático Pudendo '- \ i\acfel ãexo Cervicol (Cl-C4). fibras provenienres do :rc-r rervical suprem os músculos e â pele do pesco- t-. tìbras motoras (C3, C4 e C5) desse plexo tam- Ìr* rÂssam para o interior do nervo frênicã, que esri- Ì1 --: i conrração do diafragma, o maior músculo da nr :!ção (Fig. 10-10 e ver Fig. 10-9). x i medula espinal está lesada abaixo do nível C5, ; i't-rv ìr está paralisada, mas pode respirar. Se o nível :- :-,"io esrá siruado mais superiormente (por exem- r,l) e o nervo frênico é lesionado, oJimpulsos :r, r :cs ao diafragma esúo interrompidos, e a pessoa .-, r,de respirar normalmente. Assim, para respirar, a pessoa geralmente necessita da assistência de um ventilador pulmonar. Plexo Broquiol (C5-C8, Tl ). os nervos que emergem do plexo braquial suprem os músculos e a pele dos ombros, do brafo, do ántebraço, do punho e da mão. O nervo axilar emerge desse pi.*o . atravessa o ombro em direção ao braçol O nervo axilar na região do ombro é passível de le- sóes. Por exemplo, uma pessoa usando muletas é ensi- nada a carregar o peso do corpo sobre as mãos e não sobre a região axilaç pois o peso do corpo pode lesar o nervo axilar, causandò paralisia de "mui.t"". NERVO : : : n i c o l - { t l a f ! : J i a l ' .1rdiano ff,r - : r rCOSta l , : :Ofa l ..:.rìático ' :.r lar comum . . . 1 AREA CORPORAT INERVADA Diafragma Múscuìos dos ombros Parte posterior do braço, do antebraço, das mãos; polegar e dois primeiros dàdos Antebraço e alguns músculos da mão Punho e diversos músculos na mão Costelas Parte inferior do abdome, parte anterior da coxe, parte mediaÌ da perna, pé Parte inFerior do troncot parte posterior oa coxa e Perna Região lateral da perna e do pé Região posterior da perna e do pé RESUITADOS DA I.ESÃO DO NERVO Respiração prejudicada Paralisia "de muleta" Punho caído (incapacidade para levantar ou esrender a mão em direção ao punho) Incapacidade para pegar pequenos objetos Mão fechada - incapacidade para esticar os dedos separados Respiração prejudicada Incapacidade para estender a perna e flexionar o quadril Incapacidade para estender a perna e flexionar o ioelho Pé caído - incapacidade paru realizar a dorsiflexão do pé Passo arrastado em razío de incapacidade para inverter e dorsiflexionar o oé 2O4 . Copítulo l0 / SISTEMA NERVOSO: MEDUIÁ ESPINAL E NERVOS PERIFÉRICOS PLEXO CERVICAL PLEXO BRAQUIAL Dano ao nervo frênico PLEXO LOMBOSSACRAL lrritação do nervo isquiático FIGURA I O'I O I Danos aos nervos: frênico. axilar. mediano e isouiático. Os nervos radial e ulnar, que inervam o antebraço, o punho e a mão, também emergem do plexo bra- quial. Lesões do nervo radial podem causar queda do punho, enquanto a lesão do nervo ulnar determina uma mão com aspecto de pata; a pessoa é incapaz de esticar os dedos separadamente. PÍexo Lomboisocrol (T12, Ll-15, Sl oté o f i- nol). O plexo lombossacral dá origem aos nervos que suprem os músculos e a pele da parte inferior da pare- de abdominal, dos genitais externos, da nádega (re- gião glútea) e dos membros inferiores. O nervo is- quiático, o nervo mais longo do corpo, emerge desse plexo e supre toda a musculatura da perna e do pé. Esse nervo Dode tornar-se inflamado e causar intensa dor na regiào glútea e região posterior da coxa. I-Jma causa comum da dor isquiática (ciática) é a ruptura ou herniação do disco vertebral (Fig. 10-10). Como se evitq um troumo do nervo isquiótico quqndo se estó oplicondo umo inieçõo intrqmusculor (lM) no nódego? A nádega é dividida em quadrantes. O nervo isquiá- tico passa sob o quadrante medial. Pela aplicação de inje- ções IM no múscuio glúteo médio, no centro do qua- drante súpero-lateral, o clínico pode evitar lesões ao nervo isouiático. O que é um Dermátomo. Cada nervo esp,, inerva uma área específica da oele: essa distribuic dos nervos é chamàda de dermátomo. A Fieura . 1l ilustra os dermátomos de todo o corDo. C"ada cl. mátomo é denominado pelo .r..rro quê o supre. I ' exempÌo, o dermátomo C4 é inervado pelo nervo .. pinalC4. Essas estruturas são úteis clinicamente. Pr exemplo, se a pele da região do ombro é estimulacl com a ponta de um alfinete e a pessoa não percebe . sensação de ter sido espetada, então o clínico tem r.ì zóes para acreditar qrlJo n.rrro C4 está prejudicado O que foz o cotoporo e o herpes terem olgo em comum? A catapora e o herpes (herpes zoster) sáo causados peÌo mesmo vírus. No herpes, grupos de vesículas desen- volvem-se ao longo dos dermátomos cranianos ou espi- nais e as lesóes evoluem em crostas sobre a oele. *nESUn llNDO! O sistema nervoso periféric, consiste de nervos e gânglios localizados extdrnamentr ao sistema nervoso central. Os nervos são sensitivo: motores e mistos. Os nervos mistos possuem neur i ' . nios sensitivos e motores. O sistema neryoso periferic, Dode ser classificado estruturalmente e funcionalmen' Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudqvel e Enbrmo . 2O5 ' <ndo que a classificação estrutural divide os neryos - -' -:anianos e espinais. Existem 12 pares de nervos ii'-:.lnos; suas fibras se originam no encéfalo (Fig. 10- - . . ebela 10-3). Com exceção do nervo yago, os ner- * -ranianos inervam estruturas na região da cabeça e :, ]cscoço. Existem 31 pares de. nervo.s esp^inais cujas , ':i-i se originam na medula espinal (Fig. 10-9 e Tâbe- - - r-t-í e 10-6). Ás fibras neryosas espinais convergem -- riexos nervosos ou redes. Os três principais plexos '.,-,usos são: plexo cervical, plexo braquial e plexo , :,rossacral. Quando os nervos saem dos plexos, eles - iisrribuídos por todo o corpo. Cada nervo espinal -;:c uma área específica do corpo; essa distribuiçáo r . i"ìervos é denominada dermátomo. Clossificoçõo Funcionql do Sistemo llrryoso Periférico \ classificação funcional explica para onde os ner- r ', ão e o que eles fazem. Essa classifica$o inclui: . \cn'os somáticos aferentes, que üazem informa$o .<nsitiva proveniente das diferentes partes do cor- ;r'. particularmente da pele e dos músculos, para o SNC (os nervos somáticos aferentes serão melhor discutidos no Capínrlo 1l). . Os nervos somáticos eferentes, que trazem informa- ção motora do SNC para os músculos esqueléticos do coqpo (os wentos que ocorrem na junção neuÍo- muscular, que conecta o nervo somático ao músculo esquelético, estão descritos no Capínrlo 8). Como o dentisto "odormece" q mondibulo do pociente onles de um trotamenlo dentsrio? Para eliminar a dor associada com o tratamento den- tário, o dentista injeta um anestésico em uma área da mandíbula que contém os nervos sensitivos para a dor de dente. Eliminando a transmissão do estímulo ao longo dos nervos sensitivos, o dendsta elirnina a sensibilidade. F|GT RA I O-| | . Principais nervos do corpo: dermátomos. :":: Jermátomo (segmento) recebe sua denominaéo de acordo ' ' nervo esPrnar que o suPfe. 2O8 . Copítulo l0 / SISTEMA NERVOSO: MEDUIA ESPINAL E NERVOS PERIFERICOS Fibra para vários órgãos FIGURA lO'13 r A,Arranjodasfi- bras autônomas. As vias motoras da divi- são autônoma do sistema nervoso utili- zam dois neurônios. O neurônio #1 se estende do SNC até o gânglio e é chama- do de fibra pré-ganglionar. O neurônio #2, qrevai do gânglio até o órgão, é cha- mado de fibra pós-ganglionar. B, Parte simoática. As fibras deixam a medula es- pinal no nível da região toracolombar, daí a denominação fluxo toracolornbar. Após realizarem sinapses nos gânglios pa- ravertebrais, as fibras pós-ganglionares se dirigem a vários órgãos. C, Parte paras- simpática. As fibras saem do crânio (troìco encefálico) e da parte sacral da medula espinal, poÍ essa razão a denomi- naçáo craniossacral. As longas fibras pré- ganglionares se dirigem para o órgáo e realizam sinapses com os gânglios ÌocaÌi- zados oróximo ou no interior da víscera. As cuitas fibras pós-ganglionarcs pene- tram no órgão. Parte (neurotransmissor: toracolombar' acetilcolina) Gânglios paravertebrais colinérgicas (neurotransmissor: acetilcolina) para vários órgãos Fibras colinérgicas ' t : ' I & r lt,- ..*#'*g para vários órgãos vanos Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo * 2Og CARACTERiSTICA :r das fibras geraÌ i ( ) S ' r . r n s m i s s o r ( p ó s - g a n g l i o n a r ) PARTE SIMPÂflCA ToracoÌombar Lutar ou fugir (gasta energia) Gânglios paravertebrais Norepinefrina; fi bras adrenérgicas PARTE PARASSIMPÁTICA Craniossacrai Comer e criar Localizados próximo ou no interior do órgão AcetiÌcolina; fi bras colinérsicas f.. â ;as ênqwanto Voc è ênvelh..- O envelhecimento causa um aumento no retar- Jo da sinapse e diminui em 5o/o a l0o/o a veloci- Jade da condução nervosa. Conseqüentemenre, o reflexo nervoso é mais lento. t) envelhecimenro determina a perda da sensi- cil idade vibratória nos rornozelos após os 65 .inos de vida. Essa alteração é acompanhada por lrm decréscimo do reflexo patelar e pode aferar ..r equilíbrio, aumenrando ai chances^de queda. L) envelhecimenro da divisão aurônoma do sist.- ì ma nervoso pode causar diversas alteraçóes. Por exemplo, uma diminuição na eficácia da parte simpática pode causar hiporensão transitória ê des- maios. Desmaios nos idosos têm como resultado, . muitas vezes, lesóes, como a fratura do quadril. 4. Uma diminuição da atividade r.trroà autôno- ma que supre os olhos causa alteraçóes no tama- nho da pupila e no reflexo pupilar. Ocorre, rarn- bém, algum declínio nJ fúnção dos nervos cranianos relacionados à gustação e ao olfaro. Ciótico Esclerose múlriplo Erpino bifidq Herpes zoster Lesóes do medulo erpinol Neuropotio periférico Poliomielife Umo formo de neurite corocterizodo por dores ogudos oo longo do nervo isquiótico e de seus romos. A dor, usuolmente, irrodio dos nódegãs poro os óËos do ;r"drii; il;;;":- É umo desmielinizoçõo progressivo dos neurônios e destruiçõo dos oligodendrócitos. Esso degeneroçõo preiudico o otividode sensitivo e moÌoro. Um defeito congênito no porede do covidode espinol. A espino bífido estó qerolmente ocomponhodo por. meningocele (protrusõo dos meninges) ou mielomeningocËle (protru- soo oo meouto esptnot e dos mentngesr. o herpes zoster é'umo inflomoçõo,ogudo dos gônglios do roiz dorsol do nervo espinol. o nerpes zoster se desenvolve quondo um vírus inotivo, que cousou o cotoporo no infôncio, e otrvodo e oÌoco os gônglios do roiz dorsol. Dor e erupÇõo progridem oo longo de um ou mols nervos esPlnots/ gerolmente os nervos intercostois (òs vezes o nervo trigêmeo). Lesões dolorosos, eventuolmente, desenvolvem-se oo longo dos nervos ofetodos. Quolquer condiçõo ou evento que lesione os neurônios do medulo espinol. A completo tronsecçõo do medulo,produz tetroplegio u poroplegio, dependendo do nível do lesõo. lmedrotom€nte apos o lesõo, o pessoo sente choques espinois que podem duror por vórios noros e oÌe vonos semonos. Perdo do sensoçõo como conseqüêncio de umo lesõo do nervo. A perdo é mois severo nos mõos e..nos pés. Emboro o neuropotio posso ser cousodo por diueiso, condiçáe;;o Ji;b;- Ìes meltÌo e o couso mots comum. Umo infecçõo contogioso que ofeto o encéfolo e o medulo espinol. Especificomente, o ví- rus do pólio deskói os neurônios motores inferiores no Ìronco encefólico e no medulo espi- nol. Como os neurônios motores estõo desiruídos, ocorre o porolisio. 2I O . CopífuIo I O / SISTEMA NERVOSO: MEDULA ESPINAL E NERVOS PEruFÉRICOS l. Durante uma punção lombar, a agulha é inserida no espaço subaracnóideo, entre as vértebras L3 e L4. Por que náo existe perigo de se lesionar a me- dula espinal com a agulha, durante esse procedi- mento? 2. Em que espaço, envolvendo a medula espinal e o encéfalo. circula o LCE? 3. Como se diferencia, euarìto à função, os tratos sensitivos e motores? 4. Se a medula espinal é seccionada na região do pescoço, o tronco e todos os quatro membros sáo paralisados. Como é chamada essa condição? 5. Quais são as fibras nervosas que penetram na me- dula espinal pelaraiz dorsal? Quais são as fibras nervosas encontradas na raiz ventral? 6. Cite as três principais funçóes da medula espinal. 7. O que é um reflexo? 8. Descreva os quatro componentes básicos do arco reflexo. 9. Denomine os reflexos descritos abaixo: a. Ocorre quando se move o dedo para longe de um rerro quente b. Regula a quantidade de luz que penetra no olho O encéÍolo, o medulo espinol e o sistemo nervoso peri- férico otuom como um vosto sistemo de comunicoçõo. A medulo espinol fronsmife informoções poro o encéfolo e tombém inÍormoções provenientes dele. O sistemo nervoso periÍérico conduz inÍormoçõo o SNC (funçõo sensitivo) e levo informoçõo do SNC poro o periÍerio (funçõo moioro|. l. Medulo Espinol A medulo espinol é composto por tecido nervoso e é umo estrufuro tubulor locolizodo no conol vertebrol, esten- dendo-se do forome mogno (osso occipitol] oté Ll . A. Orgonizoçõo do Tecido Nervoso'l . A substôncio cinzento tem um contorno semelhonte oo de umo borboleto e esfó locolizodo centrolmente. 2. A substôncio bronco é composto de fibros mielinicos orgonizodos em trotos. Os trotos oscendentes sõo sensitivos e os trotos descendentes sõo motores. 3. Os nervos espinois estõo conectodos ò medulo espi- nol. Todos os nervos espinois sõo mistos (eles conÌêm fibros motoros e sensifivos). 4. As Íibros neryosos ensitivos chegom ò medulo otro- vés do roiz dorsol. As fibros nervosos motoros pos- som pelo roiz ventrol. B. Funções do Medulo Espinol I . A medulo espinol recebe envio o informoçõo sensi- tivo proveniente do periferio poro o encéfolo, e rece- be e envio o informoçõo provenienÌe do encéfolo poro o periferio. 2. A medulo espinol otuo como o principol centro refle- C. Reflexos l. O reÍlexo é umo resposto involuntório um estímulo. 2. Os quotro componentes de um reflexo sõo: um re- ceplor sensitivo, um neurônio ferente {sensitivo}, um neurônio eferente (motor) e um órgõo efetor. 3. Os exemplos de reflexos incluem: o reflexo potelor, o reflexo de retirodo e o reflexo bororreceptor. ll. Sistemo Nervoso Periférico A. Nervo l. Um nervo é um grupo de oxônios de neurônios. 2. Existem nervos sensitivos, molores e misÌos. B. Nervos Grqnionos e Espinois l. A clossificoçõo dos nervos com bose no estruturo consisÌe de nervos cronionos e nervos esoinois. Exis- lem 12 pores de nervos cronionos e 3l pores de nervos espinois. 2. Os nervos espinois estõo orgonizodos em plexos nervosos, ps três principois plexos nervosos õo: o plexo cervicol, o plexo broquiol e o plexo lombosso- crol. 3. O dermótomo é umo óreo do pele inervodo por co- do nervo esoinol. G. Nervos Somóficos è Autônomos l. A clossificoçõo dos nervos boseodo no funçõo divi- de-os em: nervos somóticos oÍerentes (que trozem informoçõo sensitivo o SNCI, nervos omóticos efe- rentes (que levom informoçõo motoro do SNC oos músculos esqueléÌicos) e sistemo nervoso utônomo. 2. A divisõo outônomo do sistemo nervoso é composto pelos portes simpótico e porossimpótico. 3. A porte simpóÌico é o sistemo de "luior ou fugir", tombém chomodo de porte torocolombor. Os nervos simpóticos possuem gônglios porovertebrois (codeio gonglionor simpótico). 4. A fibro pós-gonglionor de um nervo simpóÌico é odrenérgico (secreto norepinefri no). 5. A porte porossimpótico é o sistemo relocionodo "comer e crior"; é tombém chomodo de porÌê cro- niossocrol. ó. A fibro pós-gonglionor de um nervo porossimpótico é colinérgico (secreto cetilcolino). aoRGAOS DOS SENTIDOS () bjetivos tat 1. Estabelecer as funções dos órgãos dos sentidos. 2. Definir os cinco tipos de receptores sensitivos. 3. Descrever os quatro componentes envolvidos na percepção de uma sensação. 4. Diferenciar os sentidos gerais dos sentidos especiais. 5. Descrever os sentidos gerais: dor, tato, pressão, temperatura e propriocepção. 6. Descrever os sentidos especiais: olfaçáo, gustação, visão, audiçáo e equilíbrio. 7. Descrever as estruturas oculares acessórias. 8. Descrever a estrutura do olho. 9. Explicar os movimentos dos olhos. 10. Descrever como o tamanho da pupila se modifica. ll. Descrever as três divisões da orelha. 12. Descrever as funçóes das partes da orelha envolvidas na audição. 13. Explicar o papel da orelha na manurenção do equilíbrio do corpo. 2r3 214 ç Copírulo 11 /ORGÃOS DOS SENTIDOS s órgáos dos sentidos nos permitem conhecer o mundo, possibilitando-nos ver as árvores, ouvir as voies de nossos amigos, sentir o calor do sol e o sabor de nossos alimentos favoritos. Quan- do começamos a explorar o meio ambiente, os órgáos dos sentidos funcionam como um sistema de alerta' Por exemplo, se você coloca, por um instante, sua mão na supeúcie de uma chapá quente, ele deflagra.a sensaçáo d-e dor. Assim, a dor é um sinal de alerta de qu. hâ perigo eminent€, indicando que o co.rpo pode fazer umajúste para remover o estímulo nocivo. Além da informação do meio externo' os órgãos dos sentidos também nos permitem perceber o que está ocorrendo no interior do nosso organismo. Por exemplo, se o estômago está cheio de alimento, infor- macóès sensoriais são levadas ao sistema nervoso cen- tral'(SNC)'. Em resposta a essa informaçáo, o estôma- go executa a digestão do alimento. RECEPTORES ENSIBITIDADE Cêlulos quê Detectom Estimulos Os neurônios sensitivos transmitem informações ao SNC (Tabela 11-1). Um receptor é uma área espe- cializadade um neurônio sensitivo que detecta um es- tímulo específico. Assim, os receptores do olho res- pondem à l,tr, .ttq,.tanto os receptores da língua i.rporrde* aos elemèntos químicos contidos nos ali- meÍÌtos. Os cinco tipos de receptores sensitivos são: . Quimiorfeceptores: receptores estimulados por aÌteraçóes ,r", "o.t..tttr"çóe. químicas das subs- tâncias. . Receptores de dor ou nociceptores:-receptores estimulados por lesóes nos tecidos lesados. r Termorreceptofes: receptores estimulados por alteraçóes na temperatura. . Mecanorreceptóres: receptores estimulados,por alteraçóes da pressão ou dõs movimentos de flui- dos corpóreos' . Fotorreceptores: são receptores estimulados pela luz. O Que é Sensoçõo lJma sensaçáo é a consciência da chegada de uma informação sensorial. A "coceird', por exemplo, indi- ca que você se tornou consciente de um estímulo do- loroso. Lembre-se de que uma sensação, ou uma sen- sibilidade, é experimentada pelo cérebro e não pelo receptor ou pelo neurônio sensitivo. Se por um mo- mento você vê um obieto, ouve uma voz' ou sente dor, isso acontece porque a informação sensorial atin- giu, ou estimulou, uma ârea do cérebro (ver Capítu- los 9 e 10) . Experimentqndo umq Sensqçõo Glucrfro Componentes São quatro os comPonentes que estão envolvidos na percepção de uma Jensação. Usando a sensibilida- de da visão como exemplo, esses quatro comPonentes estáo ilustrados na Figura 1 1- I ' . Estímulo z aluz é o estímulo para o sentido da vi- sáo. Na ausência daluz,você não pode enxergar' t Receptor: as ondas de luz estimulam os fotorrecep tor.tìo olho, produzindo um impulso nervoso. ' Nervo Sensitivo: o impulso nervoso é conduzido por um nervo sensitivo ao lobo occipital do cére- bro. ' .Fu:eaEspecial do Cérebro: a informação sensitiva é interpietada como visáo, no lobo occipital do cé- rebro. Ao estudar cada sensação, identifique os estímu- los, o tipo de receptor, o nome do nervo sensitivo e a área específica do èérebro onde ela é interpretada. Prcieçõo e Adoptoçõo Duas importantes características da sensação sáo-a projeçáo e a adaptação. Aproieção é o processo pelo l1rát ó cérebro, ãepois de receber a sensação, faz com qu. .1" volte à suabrigem. Você vê com os seus olhos, R.ECEPTOR Quimiorreceptores Receptores de dor (nociceptores) Termorreceptores Mecanorreceptores Fotorreceptores ESTiftrUrO Alterações nas concentrações químicas das substâncias Lesões nos tecidos Alteraçóes na temPeÍature Alterações na pressáo ou no movimento dos fluidos Luz (energia luminosa) EXEIì'iPLO Paladar e olfato Dor Quente e frio Audição e equilíbrio Visão Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo . 21 5 @ ru"-o sensiÍivo @ cereoro RGT RA t l_- !_t..9, quâtro componentes de uma sensação: (1) estímulo (luz), (2) recepror (fotorreceptores), (3) nervo sensitivo (nervo - ' e (4) SNC (lobo occipital do cérebro). A luz estimula os fotorreceptores dos olhos. Os fotorrecãptores converrem o esrímulo em ;:rpulso nervoso. O impuiso nervoso é transmitido pelo nervo óptico ão lobo occipital do cérebro, Àde a informação é interpretada - r'rsão. -'. ir com seus ouvidos e sente a dor em seu dedo lesa- - torque o córtex de seu cérebro recebe a sensação e . :-:oieta de volta para a sua orig€m. A projeção res- -, ::.le à seguinte questão: "Se a dor é experimentada ',:,.ì cérebro, porque é que meu dedo lesado dói?" . .. 11-2). Embora o cérebro receba a sensaçáo, ele .,' :ì.rrecer com que a sensibilidade se origine dos re- :: ' :nres, à medida cue são estimulados. RGURA ll-2 . Projeção. A, Asensi- ::Je da dor é interpretada no cérebro, ,. . "sentida" no pólegar. B, Membro . : iìma. Quando um membro é ampu- . . à pessoa ainda sente como se ela , .:-; o rivesse. A linha pontilhada repre- " ' :rparteamputada. A experiência da dor de um membro fantasma é um outro exemplo de projeção. Se a perna é amputa- da, o indivíduo pode ainda sentir dor nessa perna (Fig. 1 1-2). A perna ausente freqüentemenre lateja, com sensaçáo de dor. Assim, qual é a causa da dor no membro fantasma? As terminaçóes neryosas secciona- das da perna amputada continuam enviando infor- mação sensitiva para o lobo parietal do cérebro. O cé- BA I lí:1- 2l8 r copítulo 11 / oRcÃos Dos sENTlDos tato são também chamados de receptores táteis e são encontrados principalmente.na pele, o. que nos ptl11ri- te, por .".-plo, sàtir o pêlo macio de um ga19. (Fig' t í-'a). U.t sáo particularmente nurnerosos nos lábios e na Donta dos dèdos dos pés e das mãos, na língua, no oên'i, . no clitóris. Os reêeptores de pressão estão [oca- iir"do, na pele, no tecido súbcutâneo e nos tecidos pro- fundos. ú Fig,rt" 1 1-3, os receptores de pressão são estimulados po-r bolas pesadas quando estas sáo coloca- das nos braços do menino. ïemperoluro Os dois tipos de termorreceptores são os receptores de frio e de calor. Eles são encontrados nas terminações nervosas livres e em outras células sensoriais especiali- zadxlocalizadas sob a pele, e estáo amplamente distri- buídos pelo corpo. Observe a escala de temperatura na Figura i f -a. OJ receptores de frio são estimulados en- ,.."t0 .25"C, enquanto os receptores de calor são esti- mulados entre 2i e 45"C- Emãmbos os extremos da escala de temperatura, os recePtores dt {o^t são estimu- lados. Em outras palavras, abaixo de lO"C, os recepto- res de dor são estimulados produzindo uma sensação de congelamento; acima de-45"C, eles são estimulados ò. *o[o aproporcionar umasensaçáo de queïmadura' Ambos o, àrrito.r..eptores apresentam adaptaçáo, ôe tal modo q.r. ", ,.nr"çóes de frio ou de calor tornaln-se fracas rapidamente. Coloque sua mão na água quente e note como a sensação-de calor desaparece rapidamente, mesmo orr. "ì.-p.ratura da água não tenha diminuído - os ,'.t.r, ,...pìores de caloi se adapta,ram' Lembre-se de que os ,.à.pto..t de do,r não se adaptam' Se você co- lã." ,,r" ,rrào tt" água fervendo, você sentirá dor in- tensa e contínua. À informaçáo sensorial sobre a tem- peratura é enviada para o lobo parietal' Propriocepçõo A propriocepção é uma sensaçáo.de orientaçáo, on d.-potïçao. Eisá sensibilidade permite.que você lo- calize parte do seu corpo sem o auxílio da visão' E'm or,r"r'palavras, t. uoôê fechar os olhos, você pode ainda siìuar seu braço no espaço; você não precisa ver seu braço para sabei que ele está levantado sobre sua cabeça (piã. t 1-3). A propriocepçáo tem um impor- a".rt. p"p.ít " -"t,tt.ttçío da põstura e na coordena- ção do movimento corPóreo. Os receptot.t p"t" ptopriocepção (propriocepto- res) são o, i.rro, -.tt.,rj"têt e os órgáos tendíneos de Golei. Esses receptores estáo localizaãos nos músculos, t.rrió., e nas articulaçóes. Os receptores propriocepti- vos sáo também encontrados na orelha interna, onde eles atuam no equilíbrio. O cerebelo, qu: t:m um im- Dortante papel na coordenação da atividade do mús- lr.rlo .tq,t.lètico, recebe informação. sensorial desses ,...otorLr. A informação sensorial sobre movimento e prrfiãt g também .rrrrì"d" para o lobo parietal' *REgUtlINDOl Os órgãos dos sentidos ão formados para detectar a informação de dentro e de fora do .otpo . para enviá-la ao SNC para sua inter- oretacáo. R...piot.t localizados em neurônios sensi-',irro, i.rporrd.- " estímulos específicos' Os sentidos íao c\assïtrcadas em geraïs e espèciaïs. Os sentidos ge- raïs ïnc\uem òot, tato, presíao, tempetat\rrâ e Plo' priocepçáo. 05 SENTIDOS ESPECIAIS Os cinco sentidos especiais são a olfação, a gusÉ- ção, a visão, a audição ê o equilíbrio (Tâbela ll-2)' òs órgáos dos sentiãos especiais estão localizados ne cabeça. SENÏIDO ORGÃO Olfato Nariz RECEPTOR ESPEC|FICO Célula olfatória Célula gustatória Cones e bastonetes Órgão espiral (células pilosas) Células pilosas ESTifì,luLo Alterações nas concentrações químicas das substâncias Álteraçóes nas concentrações químicas das substâncias Energia Ìuminosa Movimento de fluidos Movimento de fluidos TIPO DE RECEPTOR Quimiorreceptor Fotorreceptor Mecanorreceptor Mecanorreceptor Gustaçáo Visão Audição Equilíbrio Língua Olho Orelha interna: cócìea Orelha interna: vestíbulo e canais semicirculares Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo . 219 Receptores olfatórios Cavidade nasal FIGURA I l'5 . Sentido do olfato: o narrz. Os receptores olFatór ios sáo quimiorreceptores e .'stáo localizados na parte superior do nariz. A in- tormação sensitiva é transmitida pelo nervo olfa- rório para o lobo temporal do cérebro. Senfido do Olfstor O Hqriz A sensibilidade para o cheiro, o sentido do olfato, está associada com estruturas sensoriais localizadas na parte mais superior da cavidade do nariz (Fig. 1 1-5). Esses receptofes olfaúórios são classificados como quimiorreceptores, significando que eles são estimu- lados por substâncias químicas que se dissolvem na mucosa que reveste a cavidade do nariz. LJma vez esti- mulados os receptores, os impulsos sensitivos cami- nham através do nervo olfatório (primeiro par de ner- vos cranianos). A informação sensitiva é entáo interpretada como olfato no córtex olfatório do lobo remporal (como descrito no Capítulo 9). Os recepto- res olfatórios adaptam-se rapidamente. Senüido dE 6ustaçõo: A Linguu A sensibilidade do paladar é também chamada de sensibilidade gustatória. Os calículos gustativos são ,,s órgãos especiais da gustação. Os receptores para es- .c tipo de sensibilidade estão localizados sobre a lín- :ua e são classificados como quimiorreceptores, signi- :ìcando aue eles são estimülados ooi substânéias .;uímicas ptesentes nos alimentos. As quatro sensibili- .iades básicas gustativas são o salgado, o doce, o azedo Í o amargo. Cada uma se concentra sobre uma área :ìarticular da língua como ilustrado na Fig. 11-6. O FIGURA I l'ó r Sentido da gustação na língua (sensibilidade gustatória). Calículos gustatórios iocalizados em áreas específicas da língua identificam quatro sensibilidades gustatórias: amargo, azedo, salgado e doce. M Doce 22O . Copítulo I I /ORGAOS DOSSENTIDOS Por que o olimento freqüentemenle tem soboi diferente quondo você estó resfriodo? Os sentidos da gustaçáo e da olfação estão intimamen- te relacionados. Quando interpretados no córtex cerebral, as informaçóes de ambos podem combinar, pala produzir uma sensaçáo de paladar diferente. Esse processo significa que o paladar está intimamente relacionado ao olfato. Dessa forma, portanto, o alimento freqüentemente tem um sabor diferente ouando você está resfriado e com o nâ- riz congestionado. ds sentidos da olfação e da gustação fi- cam alterados, modificando o sabor do alimento. PÁrppsRÂs. Localizadas anteriormente aos olhos, as pálpebras são elementos de proteção. As pálpebras u- perior e inferior convergem .para o canto dos olhos, ou seja, para as comissuras medial e lateral das pálpebras. fu pálpebras ão compostas por quatro camadas: pele, músculo esquelético, tecido conjuntivo e pela conjun- tiva. Os músculos esqueléticos abrem e fecham as pál- pebras. O músculo levantador da pálpebra sdperior abre o olho, enquanto o músculo orbicular do olho o fecha. Algumas vezes, o paciente éincapaz de fechar a pálpebra completamente, então, metade do olho per- manece aberta. A pessoa dorme com o olho entreaber- to. Essa condição é conhecida como ptose palpebral. Os tarsos superior e inferior são duas placas de teci- do conjuntivo fibroso, localizadas r€spectivamente nas ápice da língua é mais sensível a substâncias doces e silgadas. As sensibilidades do azedo são encontradas principalmente na região lateral da língua, enquanto que substâncias amargas são mais fortemente experi- mentadas sobre a parte posterior da língua. Quando os receptores gustativos são estimulados, os impulsos caminham através de dois nervos cranianos (o nervo facial e o nervo glossofaríngeo) em direção a várias re- giões do cérebro, chegando ao córtex gustativo no lo- bo parietal (ver Capítulo 9). Os receptores da gustação sáo adaptáveis. Eles também são especializados em detectar substâncias amargas. Essa sensibilidade exerce um papel protetor porque as substâncias venenosas de algumas plantas são freqüentemente amargas. O gosto amargo é um aviso para se evitar a ingestão dessas plantas. SenÍdo do Visõol O Olho O sentido da visão é talvez a mais especial de nos- sas sensibilidades. Pense em tudo que você vê, assim como no que você aprecia na vida - o sorriso de crianças, as faces de seus amigos e abeleza das cores das árvores e das flores. Os olhos são os órgãos da vi- são; eles contêm os receptores visuais. Auxiliando os olhos em suas funçóes e protegendo-os contra lesões, estão as estruturas oculares acessórias. Estrufurqs Oculqres Acessórios Essas estruturas incluem os supercílios, as pálpe- bras, os cílios, o aparelho lacrimal e os músculos ex- trínsecos do bulbo do olho (Fig. 11-7). SuppRcÍr-Ios. Os supercílios, pêlos localizados aci- ma dos olhos, exercem uma função protetora. Eles desviam dos olhos o suor e formam sombra sobre os olhos quando se franze a fronte, para protegê-lo de uma luminosidade intensa (como em um dia de sol). O que significo umo visõo de 2O/2O? A capacidade do olho em focar uma imagem sobre a retina pode ser avaliada utilizando-se um mapa de Snel- len. Este mapa é composto por linhas de letras, arranja' das em tamanhos decrescentes. A pessoa então é coloca- da a uma distância de 20 pés longe do mapa (1 pé = 30,48 cm), sendo solicitada a cobrir um dos olhos e ler uma fileira de letras. A pontuação de 20120 significa que ela é capaz de enxergar a 20 pés o que uma Pessoa com função visual normal pode ver. Portanto, uma visão de 20120 é considerada normal. Uma pontuaçáo de 20140 significa que â pessoa pode ver a 20 pés o que uma Pes- soa com visáo normal pode enxergar a 40 pés. A visão de 20140 é menos perfeita do que uma de 20120.Umapon- tuação de 201200 indica uma visão severamente prejudi- cada, sendo que a pessoa é considerada cega. F P T O Z L P E D P E C F D L D R C Z P 5 6 I 8 F E L G P E D H O D E C M S W- F Ì J V A Q Z E L 9 10 ';ular. A esclera {udaaconter o conteúdo do olho; ela :.rmbém dá forma ao olho, além de servir como local .ic inserção dos músculos extrínsecos. A camada exter- :ì.ì continua anteriormente com o nome de córnea. A córnea é avascular (não contém vasos sangüíneos) i . rransparente, permitindo que raios de luz passem r:ravés dela. Como a córnea é a primeira estrutura do ho por onde a luz penetra, ela é conhecida como ja- ,:.'la do olho. O revestimento da camada externa do ,.ho é a conjuntiva, que.possui um rico suprimento de r:nras nervosas sensonais sendo, portanto, sensível ao :.iro. Se a superfïcie da córnea é átingida por uma luz :rrensa, o olho pisca para remover a fonte de irritação. i: .sa resposta é chamada de reflexo corneano' que tem :.:nção protetora. Pense em como seu olho responde à ;.:csença de uma partícula de poeira em sua superffcie piscando, lacrimejando e sentindo dor. TúNtca Vescu'ran. A túnica vascular, ou corióide, - rarte da camada média do olho. Ela é altamente vas- - -,lerizada (tem muitos vasos sangüíneos) e está unida à -.r:nada mais interna, a retina, para quem fornece um :,-o suprimento de sangue. Os pigmentos escuros loca- ...rdos na corióide absorvem o excesso de luz, impe- .:::rdo a cegueira repentina provocada pelo excesso de .-ninosidade. .\ corióide se estende anteriormente para formar o -, ,:po ciliar e a íris. O corpo ciliar exerce duas funções: -.J secreta um fluido chamado de humor aquoso, e é o ..rl de origem de um grupo de músculos intrínsecos do -::o denominados músculos ciliares. A parte mais ante- ". ': da única vascular é a íris, a região colorida do olho. .\ abertura, ou orifício no centro da íris é a pupila. \ ramanho (diâmetro) da pupila é determinado por : 'is grupos de músculos intrínsecos do olho localizados -. iris. A íris regula a quantidade de luz que penetra no ,:o. Quando a luz é muito intensa, os músculos circu- .::s da íris contraem-se e a pupila começa a diminuir, ,: .Ì se contrair. Quando está escuro, os músculos ra- :,.ris da íris contraem-se e a pupila dilata, ou seja, au- 'r.nra de tamanho. TúNtca Ngnvose. A camada interna do bulbo do ,:ro está constituída pela retina, uma camada de teci- r r n€rvoSo que reveste os dois terços posteriores do ,::o. Ela é ainíca área do corpo onde os vasos san- *.::r ' Ìeos podem ser diretamenìe examinados. Com -,:r oftalmoscópio, um oftalmologista pode detectar .::raçóes vasculares causadas por pressão sangüínea -,:r. como no diabetes e na arteriosclerose. .\ retina contém os receptores visuais que são sensí- .:. à luz, sendo por isso chamados de fotorreceptores. r-. duas espécies de fotorreceptores são os cones e os ,..ronetes. Os bastonetes estão espalhados por toda a ':: ina, porém, são mais abundantes na periferia. Os .ones estão mais concentrados na parte central da reti- ' r. .\ área da retina que contém a mais alta concenüa- ..., de cones é cha-mada de fóvea central, uma depres- ". , no centro de uma mancha amarelada denominada ::racula lútea (Fig. 11-BA). Como afóvea central con- ::Ìì somente cones, ela é conside rada a átea de maior -. .r idade visual. Anolomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo ' 223 A segunda pequena área circular da retina está loca- lizada no fundo do olho. Nesse local, onde os neurô- nios da retina convergem para formar o nervo óptico, os cones e bastonetes estão ausentes. Essa ârea é chama- da de disco do nervo óptico, também cenhecido como o ponto cego do olho, pois por náo existirem fotorre- ceptores sobre ele, as imagens que aí se focam não po- dem ser vistas. LJma pessoa com lesão na cabeça pode apresentar um aumento da pressão intracraniana. Esse aumento de pressáo poderá comprimir o nervo óptico para frente. O protuberante disco do nervo óptico que é visto através do exame oftalmológico é descrito como um disco es- trangulado. Cauoaoes E FLUIDos. As duas cavidades do bul- bo do olho são as cavidades anterior e posterior (Fig. 11-BB). A cavidade posterior é a maior, e está locali- zada entre a lente e a retina. A cavidade posterior está preenchida com uma substância gelatinosa denomi- nada humor vítreo. O humor vítreo empurra suave- mente a retina contra a corióide, assegurando desse modo que ela receba um bom suprimento sangüíneo. A caüdade anterior está localizada entre a lente e a córneae é preenchida com um fluido semelhante à âgua, o humor aquoso. O humor aquoso é produzido pelo corpo ciliar e atravessa a pupila, preenchendo o espaço localizado posteriormente à córnea (Fig. 11- BB). O humor aquoso exerce duas funções: ele man- tém a forma da parte anterior do olho e nutre a cór- nea. O humor aquoso deixa a cavidade anterior através de minúsculos canais localizados na junção da esclera com a córnea. Esses canais de saída constituem o seio venoso da esclera ou canais de Schlemm (Fig. 11-BC). Por que, olgumos vezest enxergomos monchos no frente dos nossos olhos? As manchas são chamadas de muscae uolitantes, isto é, semelhantes às moscas voando. Elas são partícuÌas ou células sangüíneas vermelhas que escapam dos capiÌares dos olhos. Essas substâncias flutuam através do humor vítreo ocasionalmente situando-se em nossa linha de vi- são. A presença dessas substâncias é considerada normaÌ e lnorenslva. Sob certas condições, a drenagem do humor aquo- so pelo seio venoso pode ficar prejudicada. O humor aquoso então se acumula no olho e eleva a pressão in- tra-ocular. Uma pressão intra-ocular elevada é deno- minada glaucoma. O glaucoma é uma condição séria porque a pressão elevada comprime a corióide inter- rompendo o.fluxo sangüíneo paraa retina, podendo causar ceguelra. 224 . Copitulo 1 I /oRGÃoS DoSsENTlDos A Músculo circularM. reto superior M. oblíquo superior Músculo radial' a r . 4 b , - ü ç , Osso (órbita) M. oblíquo inferior Contração do músculo radial Midríase (pupi la dilatada) Miose (pupila contraída) FIGURA I l -9 . A, Músculos extrínsecos do olho. Existem seis músculos extrínsecos do olho (somente cinco são mostrados). São qua- tro músculos retos e dois músculos oblíquos. B, Os músculos intrínsecos do olho controlam o tamanho da pupila. A contração do múscu- lo circular (esfincter) causa a constricção da pupila (o processo de miose). A contração do músculo radial (dilatador) determina a dilatação da pupila (processo de midríase). Músculos do Olho Os dois grupos de músculos associados com o olho sáo os músculos extrínsecos e intrínsecos do olho. Os músculos extrínsecos movimentam o bulbo do olho no interior da órbita. e os músculos intrínsecos do olho movem estruturas do interior do bulbo do olho. Múscuros ExrnrNspcos Do BULBo Do OLHo. Como você movimenta seus olhos? Os músculos ex- trínsecos sáo músculos estriados esqueléticos locaJiza- dos fora do olho (Fig. 11-9A). Os seis músculos ex- trínsecos do olho, quatro retos e dois oblíquos, fixam-se no fundo da órbita e na esclera e movem o globo ocular em várias direçóes. Você pode mover seus olhos para cima, para baixo e para os lados em virtude dos músculos retos. Você pode também girar seus olhos pela ação dos músculos oblíquos. Os músculos extrín- secos do olho são inervados por três neryos cranianos: o oculomotor (terceiro par de nervos cranianos), o tro- clear (quarto par de neryos cranianos) e o abducente (sexto par de nervos cranianos). As vezes. o movimento do olho não é coordenado; um dos olhos parece estar olhando para uma dire@o e o outro olho para uma direção diferente, isto é, os olhos não trabalham juntos. Essa condição é conhecida co- mo estrabismo (Fig. l1-10). Veja também na Figura I 1-10 o que é ptose, hordéolo (terçol) e conjuntivite. Se o olho desvia-se medialmente, ou seja, para o lado nasal, o olhar se torna cruzado - daí o termo olho cru- zado, uma condição denominada estrabismo conver- gente. Os olhos podem também dewiar-se lateralmen- te de tal forma que um olho parece estar olhando para o [ado. Essa condição é denominada estrabismo diver- gente. Se não corrigido, o estrabismo náo somente le- va a sérios problemas estéticos, como também pode conduzir à perda da visão. Múscuros INrpJNsEcos Do OLHo. Como e por que o tamanho das pupilas se altera? Os músculos in- trínsecos são músculos lisos localizados no interior do olho, especificamente na íris e no corpo ciliar. Exis- tem três músculos intrínsecos, sendo que a íris con- tém dois deles, o músculo radial e o músculo circular (Fig. 11-98). Esses músculos controlam o diâmetro da pupila e, portanto, regulam a quantidade de luz que penetra no olho. As fibras musculares do músculo radial estáo arraniadas como os raios de uma roda, partindo da região da pupila; sua contração determi- na a dilataçáo da pupila, aumentando desse modo a quantidade de luz que entra no olho. As fibras nervo- sas simpáticas suprem o músculo radial. Assim, a esti- mulação neryosa simpática causa dilatação pupilar ou midríase. Drogas que dilatam a pupila são chamadas de agentes midriáticos. O segundo músculo localizado na íris é um mús- culo cujas fibras estáo arranjadas de forma circular. A contração desse músculo circular causa a contração da pupila e, como conseqüência, diminui a quantidade de luz que entra no olho. O músculo circular é supri- do por fibras nervosas parassimpáticas do nervo ocu- ffi'j; Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo . 225 Por que qs pessoos com diobetes freqüentemente opresenlom perdo de visõo? Uma pessoa com diabetes freqüentemenre apresenta r.óes graves nos vasos sangüíneos da retina, que desen- . ,lçem microaneurismas. A ruptura de um aneurisma -.i.llsa sângramento e formaçãó de cicatriz na retina. om o tempo, as várias lesões da retina resultam em per- .:.i ,la visão e evenrual cegueira. ::roror (terceiro par de nervos cranianos). A estimu- -..ro nervosa parassimpática causa contração pupilar . m.iose (!ig. l1-B). Drogas que contraem Jpúpila - , ;hamadas de agentes mióticos. Algumas drogas, :rìo os narcóticos, contraem as pupilas tão intensa- : Jìre que elas são descritas como 'pontas de alfine- . Sugestão: é fácil lembrar a diferença entre mi- : : ,.ì\e e miose - a palavra midríase contém a letra d da - - ".r de dilatar) t)uando os olhos são rapidamenre exposros ao bri- ,la luz, as pupilas imediatamente se contraem, res- - ::gindo a quanridade de luz que entra no olho. Essa : .:ìosta é o reflexo pupilar. A avaliação clínica desse :.sxo é realìzada incidindo-se um foco de luz na ou- ,.: do olho. t) terceiro músculo intrínseco do olho é o múscu- ,r ciliar, cujas fibras se originam nos processos cilia- .. O músculo ciliar se fixa à lente e aúxilia na focali, -.-io do raio de luz sobre a rerina. Como Você Vê? Para que possamos enxergat as ondas de luz de- vem obrigatoriamenre penetrãr no olho, focar sobre a retina e esdmular os fotorreceptores. Quando estes são estimulados, o impulso neryoso é enviado ao cére- bro onde é interpretaão como visão (Fig. 11-1). ALuz ENrnaNoo No OLHo. Para penetrar no olho e estimular os fotorreceptores, a luz deve passar pelas seguintes esrruturas, em seqüência: córnea, húmor aquoso, lente e humor vítreo (Fig. 11-84). FocaNoo ALuz SoeRE Á RETTNA. Antes que você possa ver uma imagem nítida, os raios luminòsos de- vem ser desviados e focados sobre um determinado ponto da retina (X). O desvio desses raios é chamado de refração. A córnea, o humor aquoso e a lente são todos capazes de produzir refração ãa luz. A refração através da lente está ilustrada na Figura I 1- 1 1 . Na par- te superior da figura (A), as ondas de luz são mostrâda, f IGURA I l - l0 r A , p tose pa lpe- : ou pálpebra caída. B, Hordéolo ou . , , . . C, Conjuntivi te. D, Estrabismo; 'r que o bulbo do olho desvia-se da li- - ::rediana. O que é cegueiro noturno? A estimulação dos bastonetes (fotorreceptores de vi- são noturna) por ondas de luz causa a decomposição de uma substância química chamada rodopsina. Essa de- composição, por sua vez, estimula impulsos nervosos. À medida que os impulsos são deflagrados, a quantidade de rodopsina é toda utilizada e deve ser restitúída. A sín- tese adicional dessa substância necessita de vitamina A. Como a visão noturna depende de um adequado supri- mento de rodopsina, uma deficiência de vitamina A cau- sa a cegueìra noturna. Hordeolo ou terçol Estrabismo BA Ptose 228 . copítulo 1 I /oRGÃoS DossENTlDos Certas condiçóes podem impedir a entrada daluz no olho. Por exemplo, uma córnea manchada ou uma lente opaca (catarata) bloqueiam a entrada de luz e impedem a estimulação de cones e bastonetes. Certas condições podem lesar a retina. Por exemplo, o au- mento de pressão intra-ocular (glaucoma) pode com- primir os vasos sangüíneos da corióide e dessa manei- ra privar a retina de um suprimento sangüíneo adequado. As células da retina então morrem e o re- sultado é a cegueira. Ou ainda, por razíes ainda des- conhecidas, os fotorreceptores da fovea central damá- cula lútea podem degenerar causando degeneração macular e a conseqüente perda da visão. Determina- das condiçóes podem destruir o nervo óptico. Por exemplo, um tumor sobre o nervo óptico ou quiasma óptico pode interferir na transmissáo do impulso ner- voso até o cérebro. Finalmente, tumores, coágulos sangüíneos ou trauma podem lesar o lobo occipital do cérebro, causando cegueira cortical (uma cegueira decorrente de perda do córtex cerebral). O que acontece quando a luz não é focada sobre a retina? Esse problema pode ser resultado de erros na re- fraçáo. lJm erro de refraçáo refere-se à incapacidade das estruturas de refraçáo do olho (particularmente a córnea e a lente) focarem as ondas de luz sobre a retina. Erros de refração são problemas visuais comuns. Essas condições levam um grande número de pessoas a usa- rem lentes corretivas em óculos ou lentes de conraro. A Figura 11-134 ilustra uma focalização imprópria de imagem anteriormente à retina. Essa condição é chamada de miopia, na qual somente os objetos próxi- mos podem ser vistos claramente. A figura 11-138 ilustra afocalizaçáo inadequada de um objeto posterior à retina. Essa condição é a hipermetropia, na qual so- mente objetos distantes podem ser claramente identifi- cados. O astigmatismo refere-se a uma curvatura anor- mal da córnea (Fig. 11-13C). Dwido ao astigmatismo, uma parte da córnea é geralmente mais plana que a ou- tra. Essa variação resulta em uma refraÉo irregular das ondas de luz, de tal maneira que a imagem não pode ser focada adequadamente sobre a retina. As lentes cor- redvas determinam arefraçáo das ondas de luz, permi- tindo que elas sejam focalizadas sobre a retina. Senfido do Audiçõo: A Orelhq Nos próximos dois minutos, ouça os sons ao seu redor. Tâlvez alguns deles sejam ruídos em segundo plano, a maioria dos quais você ignora. Outros sons o suprem com informaçóes. O mais importante é que você ouve sons que você aprecia, cgpo as vozes de seus amigos ou sons musicais. A orelha é o órgão do sentido da audiçáo. As Estruturqs dq Orelho A orelha está dividida em três partes: a orelha ex- terna, a orelha média e a orelha interna (Fig. 11-14). ERROS DE REFRAÇÃO FIGURA | | - | 3 i A, As ondas de luz sofrem refração de for- ma mais acentuada, de maneira a serem focadas anterìormente à retina. Essa condição é chamada de miopia. B, As ondas de luz não sofrem refração o suficiente, de tal forma que elas são focadas em um ponto situado posteriormente à retinã. Essa condição é denominada hipermetropia. C, As ondas de luz podem ser foca- das anterior ou posteriormente à retina porque os meios de refra- ção, geralmente a córnea, apÍesentam uma superÍïcie irregular ou plana que determina uma refração irregular das ondas de luz. Essa condição é chamada de astigmatismo. Miopia Hipermetropia Astigmatismo 4* {, f t & t fs Osso Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo . 229 semtctrcutares Par de nervos cranianos Vl l l Orelha ,pavi lhão) l"'leato acústico externo t r t tÊrõ;rãft-ï*üffr?Ë. Membrana timpânica Parede óssea Bigorna Tuba auditiva B oRelnR vrorn C onelHR TNTERNAA oReInREXTERNA FIGURA I l '14 e Estruturas da orelha: as três oartes. Orulue ExrERNa. A orelha externa é a parte que ', ocê pode ver. Ela é composta pela orelha propria- :'nente dita e por um canal. A orelha ou pavilhão é -omposta de cartilagem, que é coberta por uma del- gada camada de pele. A orelha se abre no meato acús- rico externo, um canal de passagem para as ondas so- noras que se dirigem para as partes mais internas. O nreato acústico externo está escavado no osso tempo- rel. Ele tem cerca de 2,5 cm de comprimento e I,25 -nr de largura, e se estende até a membrana timpâni- ca, ou tímpano. A membrana timpânica separa a ore- .ha externa da orelha média. O meato acústico externo está revestido por finos lêlos e glândulas que secretam cerume, uma substân- cia serosa amarelada, também chamada de cera do ou- rido. Os pêlos e o cerume ajudam a impedir a entrada Je poeira e de corpos estranhos no interior da orelha. L) cerume tende a ser uma vítima da nossa mania de'tímpeza. Com freqüêncìa, inserimos grampos.de cabe- io, cotonetes e outros objetos agudos dentro do meato acústico externo, na tentativa de remover a cera. Esses objetos podem lesar a membrana timpânica. A aplica- ção de cotonete, aparentemente segura, realmente re- move muito pouco a cera e, normalmente, a empurra mais profundamente, acumulando-a contra o tímpa- no. A cera pode ser seguramente removida, porém, so- mente por um médico especialista. Sendo assim, é me- lhor não inserirmos nenhum obieto no interior do meato acústico externo. ORerrn MÉora. A orelha média é uma pequena càmara óssea preenchida por ar, localizada entre a membrana timpânica e uma parede óssea (Fig. 11- 14). A orelha média contém várias estruturas: a mem- brana timpânica, três ossículos e a tuba auditiva. A membrana timpânica é composta principal- mente de tecido conjuntivo e é ricamente inervada e vascularizada. Ela vibra em reposta à entrada de ondas sonoras pelo meato acústico externo. A vibração da membrana timpânica é transmitida ou transferida pa- ra os ossículos da audição, na orelha média. 23O . Copírulo I 1 /oRcÃos DoSSENT|DOS Os três ossículos da aúlição são os menores os- sos do corpo humano. Eles estão arranjados de tal for- ma que se estendem desde a membrana timpânica até a janela do vestíbulo (oval) situada na parede do osso, que separa a orelha média da orelha interna. Os ossí- culos são o martelo, a bigorna e o estribo. O martelo Por que os crionços opresentom umo tendêncio q desenvolver infecções do orelho? O tamanho e a posição da tuba auditiva sáo diferen- tes na criança e no adulto. A tuba auditiva na criança (A) é menor, e situa-se em posiçáo mais horizontal que a do adulto (B). A criança que desenvolve um resfriado tende a limpar o nariz por aspiração (fungar) com mais fre- qüência. Dessa maneira, ela força a drenagem da cavida- de nasal da faringe para a tuba auditiva e, desta, para a orelha média. Essa drenagem resulta em uma infecção da orelha média denominada otite média. Com o desenvol- vimento da criança, a tuba auditiva cÍesce em compri- mento e tornâ-se menos horizontal. Assim, existe menor probabilidade de bactérias oriundas dafaringe penerra- rem na orelha média. mantém contato com a superfície interna da mem- brana timpânica, enquanto o estribo está encaixado na janela do vestíbulo. Os ossículos transmitem a vi- 6raçáo, da membrana timpânica para a janela do vestíbulo. A orelha média possui uma via de passagem para a faringe, denominada tuba auditiva. A função da tu- ba auditiva é equilibrar a pressão em ambos os lados da membrana timpânica, permitindo que o ar passe da faringe para o interior da orelha média. Se as pres- sões na membrana se tornam diferentes, ela se torna abaulada. À medida que ela se distende, os receprores de dor são estimulados. A dor sentida no ouvido du- rante a decolagem ou durante a aterrissagem de um avião se deve à distensão da membrana timpânica. Onnlrre INTERNa. A orelha interna consisre de um sistema intrincado de tubos, ou de passagens, escava- dos no osso temporal. Essa rede de tubos enrolados constitui o labirinto ósseo (Fig. 11-15). No interior do labirinto ósseo existe um labirinto similar em for- ma, que é denominado labirinto membranáceo. O la- birinio ósseo está preenchido por um fluido, a perilin- fa, a qual envolve o labirinto membranáceo. Este, por sua vez, é preenchido por um fluido espesso chamado de endolinfa. A orelha interna apresenta três partes: o vestíbulo, os canais semicircularès e a cóclea. À cóclea está relacionada à audição, e o vesdbulo e os canais se- micirculares estão associados com o eouilíbrio. A cóclea é a oarte do labirinto ósieo em forma de caracol. Assentando-se sobre uma membr ana lo caliza- da no interior da cóclea e imersos na endolinfa, estão os receptores da audição. Os receptores são as células pilosas que contêm pêlos minúsculos (cílios) e que constituem o órgão espiral. Quando os cílios, localiza- dos sobre as células receptoras, se curvam, um impulso nervoso é conduzido pelo ramo coclear do nervo vesti- bulococlear (par de nervos cranianos VIII) ao lobo temporal do cérebro, onde a sensibilidade é interpreta- da como audição. Observe que os receptores são esti- mulados pelo encurvamento dos cílios; assim, esses re- ceptores são classificados como mecanorreceptores. Unindo Tudo: Como Você Ouve A audição é realizada por estruturas do interior das orelhas externa, média e interna. O que nos faz ouvir os sons de uma música? A Figura 11-16 ilustra a vibração da corda de um violão que agita o ar, for- mando ondas sonoras. As ondas sonoras percorrem o meato acústico externo e chegam à membrana timpâ- nica, determinando sua vibração que, por sua vez, é transferida aos ossículos da audiçáo (martelo, bigorna e estribo). A base do estribo, alojada na janela do ves- tíbulo, desloca o fluido do interior da orelha interna. movendo-o. Como os cílios das células oilosas do ór- gão espiral estão situados no interior da endolinfa, o movimento desse fluido determina o encurvamenro dos cílios que deflagra um impulso nervoso. O impul- so é então conduzido oelo nervo coclear do nervo ves- tibulococlear (par de ìervos cranianos VIII) ao cére- Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo * 233 €nqwonÌo Voc ê ênvelh--- l . Em geral, os sentidos sofrem preiuízos com a idade. Ocorre uma diminuição^da sensibilidade e do número de receptores sensorìais, dos der- mátomos e dos neurônios, resultando em uma atenuação da dor e da sensibilidade tátil. 2. Existe uma perda gradual do olfato e do paladar que se inicia por volra dos 50 anos de idaãe. J. Ocorrem lesões cumulativas das células pilosas do órgão espiral após os 60 anos de idaãe. Os mals- rdosos perdem a capacidade de ouvir sons agudos e as consoantes Ch, f, g, s, t e z. Vinte e cinco.por.cento dos idosos põrrrr.* a audição prejudicada. 4. A diminuição da visão ocorre por volta dos 70 a.nos de idade, principalment. .* razão de um decréscimo na quantidade de luz que alcança a rerina e de uma diminuição da focalização da Ìuz sobre a mesma. 5. Os músculos da íris tornam-se menos eficazes, de ta l maneira,que as pupi las p. r - "n. . . - urn , pougo contraídas a maior parte do tempo. 6. As glândulas lacrimars rornam-se menos ativas e os olhos ficam secos e mais sensíveis à irritação e infecção bacteriana. Descolqmenfo de retino |:lly* seporo do corióide, o membrono que o nutre. o resultodo é o lesõo do retino eceguetro. Ambliopio Abrosõo dc córneo Surdez Cerotife Degeneroçõo moculor Doenço de Menière Nóuseo do movimento Retinopofio Rupturo do tímpono Tombém conhecido como ollo preguiçoso. A, ombliopio é um enfroquecimento uimpedimento do visõo de um olho quJnõo é usodo. um orronhõo no córneo, que couso dor e rocrimeiomento, comumente ocosionodo porportículos de poeiro ou lentes de contoio. Perdo de oudiçõo. A condiçõo de surdez se deve o umo conduçõo preiudicodo do som,que pode ser cousodo. por,ocúmulo " .;ró;.úçáo de cero "" ;;;u;; rimpônico, oupor fusõo dos ossículos do oudiçõo. a iurJ"i-nur;..r";;; i ;;;;;;p., lesões deestruturos nervosos ossociodos ô oudicõo. Inflomoçõo do córneo. DeterioroÇõo do fóveo centrol do móculo rúteo do rerino, determinondo perdo do visõo 5"'iï[';"J"rõo do orelho inrerno que resurio em verrigens (ronruros), zumbidos e perdo Tombém chomodo de enjôo de corro ou de borco, é corocterizodo por vertigens, vômito esonolênciq, que ocorrem em resposto oo "r.ur*-ãu "ri irrËìãã iãr"ru.uptor", ouequilíbrio do orelho interno. Lesõo irreversível do retino gerolmente cousodo por hipertensõo u diobetes merito. Arelinopotio couso perdo do visõo e oté mesmo ."gú"iro. ' - J A rupturo do membrono i',::::'::::"-i:id." o umo lesõo direro com olgum obieropontiogudo (incluindo o uso de grompo poro remover o cero do ouvido;, troumo ouintecçõo, como umo otite médio. In"fucçoer iup"iidor.o, rupturo ao tirpo"o podem levorg Rerdo do oudiçõo. Algumos. vezes., sõo inïÀJuziaos tubos em incisões no membronotimpônico poro o dreno-gem de fluidos J";rJh; madio, o fim d;;;1;; suo rupÌuro.Esse procedimento é denõminodo miringãtá;;. - ,ì GtANDUtAS ENDOCRINAS ()bjetivos l. Citar as funções das glândulas endócrinas. 2. Diferenciar hormônios protéicos de hormônios esteróides. 3. Explicar o controle por retroalimentação negativa como um conrrole para níveis hormonais. 4. Descrever as relações do hipotálamo com a adenohipófise e com a neurohipófise. 5. Descrever a estrutura e a função da hipófise. 6. Citar os seis hormônios mais importantes secrerados pela neurohipófise. 7. Descrever os dois hormônios mais importantes da adenohipófise. 8. Identificar as principais glândulas endócrinas do corpo. 9. Descrever as açóes dos hormônios secretados pelas principais glândulas endócrinas. 10. Explicar os efeitos da hipossecreção e da hipersecreção dos seguintes hormônios: insulina, hormônio do crescimento,T3eT4, cortisol, hormônio paratireóideo e hormônio antidiurético. a 237 24O . CqpíIuIo I2 / GúNDULAS ENDOCRINAS TIPO DE HORMôNIO Protéicos/Substâncias protéico-dependentes Aminas Peotídeos Proteínas Esteróides FORIMADO POR Aminoácidos Aminoácidos Aminoácidos Colesteroì NO}TE DO HORÍYTôNIO Catecolaminas (epinefrina e norepinefrina) Hormônio liberador da tireóide (TRH) Tiroxina (T<) Tiiiodotironina (T3) Hormônio antidiurético (ADH) Ocitocina Hormônio do crescimento (GH) Hormônio esdmulante da tireóide (TSH) Hormônio folículo-estimulante (FSH) Hormônio luteinizante (LH) Paratormônio (PTH) CaÌcitonina Insulina Cortisol Aldosterona Testosterona Estrógeno Progesterona A FIGURA l2-2 . O que fazem os hor- mônios. A, Os hormônios estão aPontâ- dos para órgãos-alvo ou tecidos-alvo. B Os hormônios protéicos e os protéico-de ' pendentes se encalxam nos Íeceptores qu. èstão localizados na superfícìe externa d: membrana celular. A interaçáo hormônio- receptoÍ estimule a formação do AMPI ativando dessa maneira a célula. C, O, hormônios esteróides penetram pel: membrana e interagem com os receptore! intracelulares. O complexo hormônio-rt' ceDtor ativa a célula estimulando a síntes< prõtéica. e ffi Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo . 241 as células qu€ rêm receprores de insulina. A teoria do sistema chave/fechadura garante que hormônios espe- cíficos afetem somenre determinaãas células. Os hormônios protéicos combinam geralmente ;om sítios receptores localizados sobre a membrana c.- luÌar (Fig. 12-28). A interação do hormônio com seu receptor esdmula a produção de um segundo mensa, geifo, como a adenosina monofosfato cíclica(AMpc), que, por sua vez, ajuda a ativar as enzimas celulares. por exemplo, quando a epinefrina estimula seus receprores ;ardíacos, forma-se o AMPc que estimula o coração a rumentar o ritmo e a força de contraçáo. Uma célula do rïgado estimulada pelainsulina queima, ou utiliza, a gli- rose como combustível. Quando o hormônio glucagãn esrimula uma célula hepâtica, ela produz glicose. O segundo tipo de recepror esrá locãlizado no in- :erior da célula (Fig. 12-2C). Os hormônios esterói- Jes, os quais são lipossolúveis, passam através da nembrana plasmática da célula-alvo e se ligam aos re- .-eprores dos núcleos. Então, o complexo esteróide-re- Jepror estimula a síntese de proteínas. Controle do Secreçõo Hormonql Três mecanismos conrrolam a secreção dos hor- nônios: o controle por retroalimentação negativa, os riorritmos e o controle pelo sistema nervosoientral. Retrcqlimenfqçõo Negotivo A função endócrina normal depende dos níveis :rormais de hormônios no plasma. Complicaçóes .r.meaçadoras sérias desenvolvem-se quandó "r giât - julas apresentam uma hiper ou hiposiecreção dÃo.- nônios. Por exemplo, se a insulina é produzida em Por que voçê- nõo morrê de hipoglicemio entre os refeições? Depois que você se alimenta, o nível de glicose no san- gue se eleva em decorrência dos produtos alìmentares ql..r. são. absorvidos pelo rrato digestivo. O nível de glicose eie- .'ado no sangue dá o sinal para a liberação de iniulina pelo pâncreas. A insulina então determina o decréscimo dó ní- vel de glicose no sangue movendo-a da corrente circulató- ria para as células e as estimula a queimar glicose como combusdvel. Entretanto, como os níveis de glicose do san- gue diminuem, outros hormônios, .o-o oão crescimen- ro, a epinefrina e o cortisol são secretados. Estes são anta- gônicos à insulina pois determinam um aumento da glicose no sangue, prevenindo uma hipoglicemia fatal. As- sim, você pode jejuar por semanas em se tornar hipoqli- cêmico! Provavelmenre você não morrerá devido ao ìeiúm - você somente se sentirá como se estivesse morrendo. excesso, a quantidade de glicose no sangue diminui a níveis perigosos. Por outro lado, se a secieção de insu- lina é inadequada, os níveis de glicose sangüínea u- mentam, causando sérios problemas. Então, como o pâncreas, a glândula secrerora de insulina, sabe quan- do produziu insulina em quanridade suficiente? - Muitas glândulas endócrinas manrêm os níveis plas- máticos normais de seus hormônios, por meio dé um mecanismo chamado de reúroalimeniação negativa (Fig. l2-3). Com ela, a informação sobre o horÃônio, ou os seus efeitos, realimentam a glândula que o produ- ziu. O.padriao de secreção de insiina é um exemplo de retroalimentação negativa. Quando os níveis plaimáti- cos deglicose aumenrarn depois da refeição, a insulina é liberada pelo pâncreas; em óurras palavras, a glicose é o estímulo para a secreção de insulinã. A insuliria faz com que a glicose se movimente do fluido extracelular para dentro da célula. À medida que a glicose .t tt" rr", ..1,.r- las, os níveis plasmáticos de glicosã diminuem. euando os níveis plasmáticos de glicose diminuem, o esiímulo para a secreçáo de insulina também diminui. Que informação foi enviada como rerroalimenta- çáo para a glândula? A informação foi o decréscimo {g gli.ose no plasma. Qual foi a resposta da glândula? Ela diminuiu sua secreção cie insulina. A retóalimen- tação negativa é um mecanismo de controle comum do sistema endócrino. Vários hormônios agem por meio da retroaliment ação negativ a. Biorritmos _ Os níveis plasmáticos de alguns hormônios são tam- bém controlados por mecanisãros menos compreend.i- dos chamados de biorritmos. Um biorritmo é uma alte- ração rítmica no padrão desecreçáo hormonal. Alguns hormônios, como o cortisol, são secretados em um rit- mo circadiano. O ritmo circadiano (circa sisniflca"em torno de; dian significa "dia') é um ritmo dr 24hor^r, ou seja, esse padráo se repere acada24horas. Devido ao seu ritmo circadiano, a secreção de cortisol é maior oela manhã (com seu pico ao redór das oito horas da ma"ha; e menor ao enrardecer (baixo no meio da noite). Os hormônios reprodutores femininos representam um outro biorritmo. Eles são secretados de acordo com um padrão mensal, daí o termo ciclo menstrual. Infelizmenre, os biorritmos podem sofrer distúr- bios decorrentes de viagens ou pìr alterações nos pa- drões do sono. Acreditá-se que, por exemplo, a dif.- rença de fuso horário experimeniada por úm" p.r.o" que tenha viajado para um local distãnt. . orìinto- mas de fadiga sentiãos por pessoas que trabalham em turno noturno, estejam reÌacionados a alterações dos biorritmos. O problema tem se tornado rão grave, que alguns hospitais têm desenvolvido horárioúIt..- nativos de trabalho, baseados nos biorritmos. Algumas vezes, drogas são administradas em horá- rios alternativos que mimetizam o biorritmo normal. Por exemplo, os esteróides ão administrados durante os períodos da manhã, quando os níveis naturais dos esteróides são mais elevados. A cooperação com os rir- 242 . Copítulo 12 / GIANDUIAS ENDOCRINAS mos naturais aumenta a efetividade da droga e dimi- nui os efeitos colaterais. Controle pelo Sistemq Nervoso CentJol O sistema nervoso cenrral (SNC) ajuda a contro- lar a secreção de hormônios de duas maneiras: ativan- do o hipotálamo e estimulando a parte simpática do sistema nervoso autônomo. Pense nisso! O sistema nervoso central €xerce uma forte influência sobre o sistema endócrino. Como o SNC é também o centro de nossa vida emocional, não é surpresa que nossas emoçóes, por sua vez, afetem o sistema endócrino. Por exemplo, quando estamos estressados, o SNC faz com que várias glândulas endócrinas secretem hormônios do estresse alertando, desse modo, cada célula do corpo para essa ameaça. Além disso, muitas mulheres podem confirmar os efeitos do estresse no ciclo menstrual. Ele pode determinar que o ciclo ocorra precoce ou tardiamente ou até mesmo causar a ausência do ciclo mensal. Esses efeitos ilustram o po- der das emoçóes sobre o nosso corpo. De fato, as fun- çóes do sistema nervoso e do sistema endócrino são tão intimamente relacionadas, que a paÌavra neuroen- docrinologia é utilizada com freqüência. Aumento da glicose dentro dos vasos sangüíneos (capilares) Aumento da secreção de insul ina Pâncreas Diminuição da gl icose dentro dos vasos sangüíneos (capilares) Diminuição da secreção de insul ina Pâncreas FIGURA l2-3 o Controle por retroalimentação negativa. A, Níveis elevados de glicose disparam a iibera- ção de insulina pelo pâncreas. O efei- to da insulina é o de diminuir o nível de açúcar do sangue. B, A diminui- ção dos níveis de açúcar do sangue Ieva o pâncreas a diminuir a secreção de insulina. *RESUIWNDO! O sistema endócrino é com- posto por glândulas endócrinas amplamente distribuí- das por todo o corpo. As glândulas endócrinas secretaln hormônios, que são substâncias químicas liberadas no sangue e distribuídas pelo corpo. Os hormônios estimu- lam os tecidos-alvo ligando-se a receptores celulares. Os receptores estão localizados sobre a superfÏcie da mem- brana celular ou dentro das células. Ná união com o re- ceptor, o hormônio ativa a célula para que ela execute uma função específica. Os três mecanismos que regu- lam a secreção de hormônios são: a retroalimentação negativa, o biorritmo e a atividade do SNC. A HIPóFISE A Hipófise e o Hipofólomo A hipófise é uma pequena glândula, com tama- nho semelhante ao de uma ervilha, também conheci- da como glândula pituitária. A hipófise está localizada abaixo do hipotálamo, posteriormente ao quiasma óptico, em uma depressão em forma de sela do osso esfenóide. A hipófise está fixada à superfície inferior AnoÌomio e Fisiologio do Corpo Humono Squdóvel e Enfermo . 245 s q Fr ? ^ 3 = Ë ' ' ' ã i r - l Ë g g t ãe Ëse+ i ì,6 rËËE Ei€ Ï i , ËËÈfr i E ËaË ; 'Ë+gÊ $ t i l ËË t€s f : iããË ËtËei €ã jrËiËE2 F ïE$s iáËË ã f í ËË jË r t ,ã *ã j€F€j ï= Ë = i ;Ë€ l+É,si E ã ã € Ê E d É i i F Ë E $ r r E ã Ë o , - $ ? ? Ë ì Ë : = í ã ' Ê Éí Ë n = Ë Ë â z8 E 'Ë 'É ÈE f r ^ zr( ë.p ; E g 3- ,o 3 3 e i I Ë Ë.õ + i €€ . 2 == . â . â r \ ' õ ; ' õ q v H E s , . x Ë Ë ! ã v i i ú ú ? i Ê Ã r Ë ã s E " $ 8 s Ë Ã U +õ /:. d o ã l ï ? É F ? 0 2 1 i J h i A e n - g F s - g . H p " é 9 Ëç i 'E r í E, z ë Ë . ã E i 3 c,õ F i g I . s - 3 É s= . : i ã t € F . e Ë F " . Ê ;È i g H U Ë Y É . s " g ' a go . : E . e . = : 5 1 É Ë È + Í ' i i ; O '!ì '.(2 8 8 9''i I ? õ õ u .É d o ' l à = õ õ d i ú 6 , : 7 < ' = i Ë ã E - F È ^ € Ê = = : ^ , u F . =< G - _ : y v F . = r r v z É, Í-t.o â =z È| r r Y f a ê c * x z 2 4 Ë(< n* . 'q d . s < v O O 246 . CopíÌulo 12 / GIANDUIAS ENDOCRINAS Adenohipófise Neurohipófise Ff GURA l2-4 . A hipófise. A, Hormônios produzidos pela adenohipófise neurohipófise; também são evidenciados os órgãos-alvo. B. Relações entre o hipotálamo e a adenohipófise (iistema porta hipotalâmico-hipofisário).C, Reiaçóes do hipotálamo com a neurohipófise. normalmente terminam em tropina, ou tnípico, como por exemplo os hormônios tireonopirua ou adrenocor- úcotúpico. Os hormônios trópicos incluem: . Tireotropina ou hormônio tireoestimulante (TSH): a glândula-alvo para o TSH é a glândula tireóide. O TSH estimula a glândula tireóide a se- cretar seus dois hormônios. A secreção do TSH é controÌada por um hormônio liberador, o hormô- nio de liberação da tireotropina (TRH), que é se- cretado pelo hipotálamo. . Hormônio adrenocorticotrópico (ACTH): a glândula-alvo para o ACTH é o córtex da supra- renal. O ACTH estimula o córtex da supra-renal a produzír três esteróides, especialmente o corti- sol. . Gonadotropinas: as glândulas-alvo para esses hor- mônios são as gônodas, ou glândulas sexuais (os ovários nas mulheres e os testículos nos homens). As gonadotropinas são o hormônio folículo esti- mulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH). O FSH estimula o desenvolvimento dos óvulos nas mulheres e dos espermatozóides nos homens. O LH determina a ovulação nas mulheres e a se- creçáo de hormônios sexuais em homens e mulhe- res. O LH nos homens é chamado de hormônio estimulante das células intersticiais (ICSH) por- que ele estimula as células intersticiais dos testícu- lòs a sintetizarem e secretarem testosterona (esses hormônios serão descritos nos Capítulos 22 e 23). Neurohipófise A neurohipófise é uma extensão do hipotálamo Fig.l2-4C). A porção posterior da hipófise é com- posta por tecido nervoso e, portanto, é chamada de rcurohipófise. Os dois hormônios da neurohipófise úo produzidos no hipotálamo e transportados no in- terior do infundíbulo (haste hipofisária) e armazena- dos na glândula até serem utilizados. Os impulsos nervosos para o hipotálamo estimulam a liberação dos hormônios da neurohipófise. Os dois hormônios úo o hormônio antidiurético e a ocitocina. Hormônio Antidiurêtico O hormônio antidiurético (ADH) é liberado pela neurohipófise em resposta a diversas situações: plas- ma concentrado (como ocorre na desidratação), dor, csrresse, trauma e drogas como a morfìna e a nicotina. t) álcool, ao contrário, inibe a secreçáo de ADH. O orqão-alvo principal do ADH é o rim. O ADH faz ;Dm que o rim reabsorvaágua e a retorne à corrente ;rrculatória. A reabsorção de águapelos rins diminui r quantidade de urina excretada.iustificando, assim, o :.rme de hormônio antidiurético (anti = contra; diu- "pa = produçáo de urina). \ia ausência do ADH, ocorre uma diurese pro- Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo . 247 nunciada e o indivíduo pode excretar cerca de 25 li- tros de urina por dia. Essa doença determinada pela deficiência de ADH é denominada de diabetes insí- pido e não deve ser confundida com a diabetes meli- to, que é mais comum (uma deficiência de insulina). (O efeito do ADH sobre os rins será descrito no Ca- pítulo 20.) O hormônio antidiurético apresenta um segundo órgáo-alvo: os vasos sangüíneos. O ADH determina uma contração dos músculos dos vasos sangüíneos, elevando assim a pressão sangüínea. Em razão desse efeito na elevação da pressão sangüínea, o ADH é também chamado de vasopressina (um agente vaso- constrictor é um dos que elevam a pressão sangüínea). Ocitocino Os órgãos-alvo da ocitocina são o útero e as glân- dulas mamárias (mamas). A ocitocina estimula a con- traçáo da musculatura do útero que irá atuar no início do trabalho de parto e da expulsão do bebê. A ocitoci- na também participa no processo de amamentação. Com a sucção da mama pelos bebês, ou mesmo quan- do as enfermeiras retiram o leite mecanicamente, in- formaçóes sensitivas sáo enviadas das mamas para o hipotálamo. O hipotálamo responde enviando im- pulsos nervosos para a neurohipófise, determinando a liberação da ocitocina. A ocitocina então estimula a contração dos músculos lisos ao redor dos ductos das glândulas mamárias situadas no interior das mamas, liberando o leite. A liberação do leite em resposta à sucção é chamada de reflexo da ejeção de leite. (Ob- serve gue a ocitocina estimula somente a liberação do leite. E o PRL que estimula as glândulas mamárias a produzir leite.) *RESUilIINDO! A hioófise é chamada de glândula mestre porque ela contìola a atividade de ou- tras glândulas endócrinas. As duas principais divisóes da hipófise são a adenohipófise a neurohipófise. A adenohipófise é controlada pelos hormônios hipotalâ- micos, conhecidos como hormônios liberadores. Esses hormônios sáo secretados no sistema porta hipofisá- rio, uma rede de capilares angüíneos que conecta o hipotrílamo com a adenohipófise. A adenohipófise se- creta seis hormônios importantes: o hormônio do crescimento (GH), prolactina (PRL), hormônio ti- reoestimulante (TSH), hormônio adrenocorticotrópi- co (ACTH) e dois hormônios gonadotrópicos deno- minados hormônio folículo estimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH). A neurohipófise é uma extensão do hipotálamo e secÍeta dois hormônios, o hormônio antidiurético (ADH) e a ocitocina. oúruoun ilREótDE A glândula tireóide está localizada na região an- terior do pescoço, ântero-lateralmente à traquéia e lo- go abaixo da laringe (Fig. 12-54). A tireóide tem dois 25O . Copitulo l2 / GIANDUIAS ENDOCRINAS Colcitonino Além da secreção de T3 e Ta, a glândula tireóide também secreta calcitonina. Esse hormônio é orodu- zido pelas células parafoliculares encontradas entre os folículos tireoideanos. Apesar de ser um hormônio ti- reoideano, ele é muito diferente de T3 e T4, pois não necessita de iodo paÍaa sua síntese, não é controlado pelo TRH e pelo TSH e também não exerce efeitos sobre os padróes metabólicos. O hormônio calcitoni- na regula os níveis plasmáticos de crílcio. cúNouus PARATTRTórors As quatro pequenas glândulas paratireóides es' tão incluídas na superffcie posterior da glândula tireói- de (Fig. l2-6). Elas secretam o paratormônio (PTH), cujo estímulo para a sua liberação é o baixo nível de cálcio no plasma. O PTH atua em três órgãos-alvo: ossos, trato digestório (intestino) e rins. O efeito geral do PTH é o aumento dos níveis olasmáticos de crílcio e a diminuição dos níveis plasmáticos de fosfato. O PTH elwa o cálcio do plasma de três maneiras: . Aumentando a liberação de cálcio dos ossos. Isso é feito estimulando a atividade dos osteoclastos (re- lacionados à destruição óssea). Em resposta, o cal- cio é levado do osso para o sangue. . Estimulando os rins a reabsorverem cálcio da uri- na. O PTH também determina a excreção de fos- fato pelos rins. A excreção de fosfato pelos rins é conhecida como efeito fosfaturético. r Atuando com a vitamina D, o PTH aumenta a ab- sorção de cálcio pelo trato digestório (intestino). A concentração de czílcio plasmâtico é também re- gulada pelo hormônio calcitonina e pelo calciferol, uma substância relacionada à vitamina D. A glândula tireóide secreta calcitonina em resposta aos níveis ele- vados de cálcio no plasma; a calcitonina diminui o cál- cio sangüíneo principalmente pela estimulação da ati- vidade dos osteoblastos (relacionados à fabricação óssea). Essa atividade leva o cálcio do sangue para o os- so. O hormônio calcitonina também aumenta a excre- ção de cálcio na urina e atua como antagonista do PTH. Os níveis elevados de cálcio no sangue estimu- lam a secreção de calcitonina e inibem a secreçáo do FIGURA 12'6 t Glândulas paratireóides. Os três órgáos-alvo do hormônio paratireóideo (paratormônio) (PTH) são: rins, ossos e tra- to digestório (intestino). O PTH aumenta o ciílcìo sangüíneo que, por sua vez, cessa secreção adicional de PTH, por meio do mecanismo de retroaÌimentação negativa. Anotomio e Fìsiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo r 25 | PTH. Os baixos níveis sangüíneos de qílcio inibem a secreção de calcitonina e estimulam a secreção de PTH. 'tRESUftllNDO! A glândula tireóide e as glân- dulas paratireóides estão localizadas na região anterior do peicoço. A glândula tireóide secreta dois hormô- nios que contêm iodo, o T3 eTa.Esses hormônios re- gulam o padrão metabólico do organismo. O excesso ã. r..t.ção de T3 e Ta, denominado hipertireoidismo ou doença de Graves, eleva o padrão metabólico do orsanismo. O hipotireoidismo (cretinismo na infância orimixedema nó adulto) determina um estado meta- bólico diminuído. A secreção deT3 eTaé regulada pe- lo TRH secretado pelo hipotálamo, e pelo TSH libera- do pela adenohipãfise. à glândula tìreóide também r..ièt" calcitonina, que altera os níveis sangüíneos de c:ílcio. A calcitonina diminui os níveis plasmáticos de cálcio, estimulando a atividade dos osteoblastos nos ossos (fabricação de tecido ósseo). Ás quatro glândulas paratireóides, imersas na qlândula tireóide, secretam o Ï'TH, q,r. aumenta os n"íveis plasmáticos.de cálcio, por -eio de seus efeitos em três órgãos-alvo: ossos, iirr. . tt"to digestório. O PTH estimula a atividade dos osteoclastoi no. ossos (destruição de tecido ósseo), a reabsorçáo de cálcio pelos rins e o aumento da absor- ção de cálcio pela dieta pelo trato digestório. fica rim) (Fig. l2-7A). Seu nome, portanto, deriva de sua localização. A glândula supra-renal consiste de duas regióes: um córtex externo e uma medula inter- na, ambas produzindo diferentes hormônios. O cór- tex secreta hormônios essenciais à vida enquanto que os hormônios medulares não são essenciais para a vi- da. A medula da supra-renal pode ser removida sem causar efeitos que comprometam a vida. Meduln do Suprtl'renql A medula da supra-renal, a regiáo interna da glân- dula, é considerada uma extensáo da parte simpática do sistema nervoso autônomo. Lembre-se de que a parte simpática é conhecida como o sistema de "lutar õu fugir". A medula da supra-renal secretadois hor- môniós: epinefrina (adrenalina) e norepinefrina- Co- mo esses hìrmônios exercem efeitos similares aos efei- tos da parte simpática do sistema nervoso autônomo, eles sãò chamados de hormônios simpaticomiméti- cos (hormônios que mimetizam os efeitos da parte simpática). Os hormônios epinefrina e norepinefrina são clas- sif icados como aminas (Tabela 12-1). Por conterem um grupo químico chamado de grupo catecol, elas são denóminadas catecolaminas. Esses hormônios são produzidos em situações de emergência ou de estresse. Você deve já ter ouvido a expressão "Eu posso sentir a adrenalina fluindo"; essa é uma outra maneira de dizer "Eu estou pronto para o desafio". A epinefrina (adre- nalina) e a norepinefrina ajudam o corpo a responder ao estresse, determinando os seguintes efeitos: . Elevaçáo da pressão sangüínea. r Aumento do ritmo cardíaco. r Conversão de glicogênio em glicose no fígado, deixando mais glicose disponível para a célula' . Elevação do padrão metabólico da maioria das cé- lulas, produzindo, assim, mais energia. . Dilatação dos brônquios (broncodilatação; dilata- çáo das vias aéreas) para aumentar o fluxo de ar dentro dos pulmões. . Alteraçóes no padrão do fluxo sangüíneo, com a dilatação dos vasos sangüíneos do coração e dos músculos, e constriçáo dos vasos sangüíneos do trato digestório. Em geral a epinefrina e a norepinefrina aumentam a pressãò sangüínea, a atividade cardíaca e o metabo- lismo, capacitando, dessa forma, o organismo a com- bater o eitresse. Os hormônios são liberados em res- posta à ação da parte simpática. Ocasionalmente, uma pessoa desenvolve um tumor na medula da supra-renal è apresenta sinais e sintomas que se assemelham às ações exageradas da parte simpá- tica do sistema neryoso autônomo. O tumor é chama- do de feocromocitoma, que se caracteriza por uma ele- vação muito grande da pressão sangüínea, aumento do Por que você pode ser solicitodo q dor um léve golpé no Íoce de um pociente que ocobbu-de ser submetido o umo tireoidectomio? A enfermeira deve estimular a área do nervo facial. A face irâ contrair-se, caso o nervo facial esteja hipersensi- bilizado. Isso é chamado de sinal de Cvostek positivo (+). A hipersensibilização do nervo facial ocorre quando os níveis plasmáticos de cálcio diminuem. Algumas vezes as glândulas paratireóides, que estão incluídas na glân- dula tireóide, são acidentalmente removidas durante a cirurgia da tireóide. Se elas forem removidas, os níveis oiasmáticos de cálcio diminuem, em razáo da ausência ão PTH. Os nervos tornam-se táo sensíveis que determi- nam contrações contínuas da musculatura facial (teta- nia). Se não for tratado com cálcio intravenoso, o pa- ciente pode desenvolver uma tetania por hipocalcemia fatal. OúNOUI.IS SUPRA.RENAIS As duas pequenas glândulas supfa-renais estão localizadas acima dos rins e são também chamadas de glândulas adrenais (ad significa próximo; renal signi' 252 t Copítulo l2 / GIANDUIAS ENDOCRINAS Hipotálamo Córtex da supra-renal ritmo cardíaco e elevação dos níveis de glicose no san- gue. A pressão sangüínea é freqüentemente alta o sufi- ciente para ser um fator de risco à vida. Geralmente, o tratamento envolve a remoção cirúrgica do tumor. Cô**x da $upro-renol O córtex da supra-renal, ou sua camada externa, é outra regiáo da glândula supra-renal (Fig.I2-7A), e que secreta hormônios chamados esteróides. Os este- róides são compostos lipossolúveis sintetizados a par- tir do colesterol. O córtex da supra-renal secreta três Córtex da supra-renal Medula da supra-renal F|GURA l2-7 . Glândulas supra-renais. A, As glândulas u- pra-renais estão localizadas sobre os rins. As suas duas regióes são a medula (interna) e o córtex (exter- no). B, Controle do córtex da su- pra-renal. O hipotálamo secreta o hormônio da liberação da corrico- tropina (CRH) e a adenohipófise secreta o hormônio adrenocorrico- trópico (ACTH). O cortisol é se- creiado pelo córtex da supra-renal que, por rerroal imenração negar i - va, impede a secreção adicional de CRH e deACTH. esteróides: glicocorticóides, mineralocorticóides e hormônios sexuais. Glicocorticóides Como o nome sugere, os glicocorticóides têm in- fluência sobre os carboidratos. Eles convertem ami- noácidos em glicose e ajudam a manter os níveis san- güíneos de glicose entre as refeições. Essa ação garante um suprimento estável de glicose para o encéfalo e pa- ra outras células. Os glicocorticóides também atuam sobre o metabolismo de proteínas e gorduras, quei- mando-as como combustíveis, para aumentar a pro- dução de energia. Os glicocorrìcóides são essenèiais B Q estimuta f tnin"
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