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Programação neurolinguistica, Notas de estudo de Automação

programacao neurolinguistica Dr.Lair ribeiro

Tipologia: Notas de estudo

2010
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Compartilhado em 13/04/2010

luciano-jesus-2
luciano-jesus-2 🇧🇷

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Baixe Programação neurolinguistica e outras Notas de estudo em PDF para Automação, somente na Docsity! 1 PROGRAMAÇÃO NEUROLINGÜÍSTICA APLICADA AO ENSINO E À APRENDIZAGEM Jairo Mancilha 2 INTRODUÇÃO O que é Programação Neurolingüística-PNL? É o estudo da estrutura da experiência subjetiva. Ela estuda os padrões (“programação”) criados pela interação entre o cérebro (“neuro”), a linguagem (“lingüística”) e o corpo. A PNL estuda como o cérebro e a mente funcionam, como criamos nossos pensamentos, sentimentos, estados emocionais e comportamentos e como podemos direcionar e otimizar esse processo. Em outras palavras, ela estuda como o ser humano funciona e como ele pode escolher maneira que quer funcionar. Ela estuda como se processa o pensamento. Pensar é usar os sentidos internamente. Pensamos vendo imagens internas, ouvindo sons ou falando internamente e tendo sensações. Também estuda a influência da linguagem que, embora seja produto do sistema nervoso, ativa, direciona e estimula o cérebro e é também a maneira mais eficaz de ativar o sistema nervoso dos outros, facilitando a comunicação. Como e quando Surgiu a PNL Há cerca de 30 anos Richard Bandler estudava matemática e psicologia na Universidade de Santa Cruz na California. Nos finais de semana trabalhava gravando workshops e ficou muito impressionado com a habilidade de comunicação e com os resultados de dois terapeutas com que teve contato, Fritz Perls (criador da Gestalt-terapia) e Virgínia Satir (terapeuta de família). Ele ficou interessado em aprender o que eles faziam e pediu a ajuda de seu professor de lingüística, John Grinder. Estudando os vídeos, eles começaram a decodificar os padrões de linguagem e de comportamento daqueles dois excelentes terapeutas e escreveram o livro A Estrutura da Magia, mostrando que algo que parecia magia tinha uma estrutura. Assim foi criado o primeiro modelo da PNL, o metamodelo de linguagem. Em seguida, eles passaram algum tempo estudando com Milton Erickson, médico e psicólogo e um dos maiores hipnoterapeutas da história. E escreveram outro livro: Os Padrões de Linguagem Hipnótica de Milton Erickson. Erickson escreveu o prefácio do livro e comentou que ao trabalhar com hipnose não tinha consciência clara de como fazia e dos padrões de linguagem que usava e que foram descritos por Bandler e Grinder. Juntamente com as esposas e amigos, eles formaram um grupo de estudo para a aplicar os modelos aprendidos e logo, mesmo sem serem terapeutas, começaram a obter os mesmos resultados daqueles que eles modelaram. Quando resolveram dar um nome para o que estavam fazendo, escolheram Programação Neurolingüística. Então a PNL começou como um processo de modelagem. Se alguém faz muito bem uma coisa, com a PNL podemos levantar o processo, a estratégia, fazer igual e obter os mesmos resultados. A PNL logo se expandiu para além do campo da comunicação e da terapia e começou ser utilizada no campo de aprendizagem, saúde, criatividade, liderança, gerenciamento, vendas, consultoria e treina- mento em empresas. Dos EUA ela se expandiu praticamente para o mundo todo. Hoje, o principal lider em termos de aplicações e criação de novos modelos na PNL é Robert Dilts, que começou a fazer parte daquele grupo inicial quando tinha 20 anos e estudava Relações Internacionais na Universidade de Santa Cruz. A aplicação da PNL na Saúde, na empresa e na espiritualidade foi desenvolvida principalmente por ele. 5 MODELO DA PNL DE PERCEPÇÃO E COMUNICAÇÃO Nossos estados, sentimentos e emoções são criados por uma tríade: nossa fisiologia (corpo), o que nós falamos, o foco de nosso pensamento e as nossas crenças ou convicções. O estado em que estamos determina nosso comportamento. Então, cada um de nós é responsável pelo seu estado. Se estamos alegres ou tristes, desanimados ou entusiasmados, isso não caiu de pára-quedas, somos nós que estamos criando isso através da tríade que é a fonte do estado. A mudança ocorre através da alteração de em um ou mais elementos da tríade. Esse conhecimento pode nos tirar do papel de vítima e nos tornar mais proativos e mais no controle da nossa própria vida. 6 SISTEMAS REPRESENTACIONAIS A linguagem que usamos dá pistas para a nossa maneira de pensar. Em PNL palavras sensoriais são conhecidas como predicados. Usar palavras do sistema representacional principal do aluno é uma maneira eficiente de construir rapport, apresentando a informação do jeito que ele normalmente usa para se expressar, sem fazer esforço para uma tradução interna mais próxima da sua própria maneira de pensar. Experienciamos o mundo, colhemos e juntamos informações usando nossos cinco sentidos: Quando pensamos, “re-presentamos” a informação para nós mesmos, internamente. A PNL denomina nossos sentidos de Sistemas Representacionais. Usamos nossos Sistemas Representacionais o tempo todo, mas tendemos a usar alguns mais do que outros. Por exemplo, muitas pessoas usam o sistema auditivo para conversar consigo mesmas, essa é uma maneira de pensar.  O sistema cinestésico é feito de sensação de equilíbrio, de toque e de nossas emoções.  O sistema visual é usado para nossas imagens internas, visualização, “sonhar acordado” e imaginação.  O sistema auditivo é usado para ouvir música internamente, falar consigo mesmo e reouvir as vozes de outras pessoas. Tendemos a ter preferências em nossos sistemas representacionais. Com uma preferência visual você pode ter interesse em desenhar, decorar interiores, moda, artes visuais, TV e filmes. Com uma preferência auditiva, você pode ter interesse em línguas, escrever, música, treinamentos e discursos. Com a preferência cinestésica, você pode ter interesse em esportes, ginástica e atletismo. O sistema representacional que usamos é visível através da nossa linguagem corporal. Ele se manifesta em: Postura Padrão respiratório Tom de voz Movimentos oculares 7 LINGUAGEM DOS SENTIDOS A maneira de detectar qual Sistema Representacional que uma pessoa usa conscientemente é escutar sua linguagem, as frases que gera e perceber os predicados que adota. Na linguagem, os predicados são verbos, advérbios e adjetivos que, na maioria dos casos, pressupõem um Sistema Representacional. O mais usado por cada indivíduo chama-se "Sistema Representacional Primário". A seguir, uma lista de alguns exemplos de predicados e o Sistema Representacional ao qual pertencem. Visual – ver Olhar, imagem, foco, imaginação, cena, branco, visualizar, perspectiva, brilho, refletir, clarificar, prever, ilusão, ilustrar, notar, panorama, revelar, ver, mostrar, visão, observar, nebuloso, escuro. Frases visuais - Eu vejo o que você quer dizer - Eu estou olhando atentamente para a idéia - Temos o mesmo ponto de vista - Eu tenho uma noção vaga - Mostre-me o seu ponto de vista - Você vai olhar para trás e rir - Isso vai lançar uma luz sobre o assunto - Isso dá cor a sua visão da vida - Me parece - Sem sombra de dúvida - O futuro parece brilhante - A solução explodiu ante seus olhos - Com os olhos da mente - Isto é um colírio para os meus olhos Auditivo – ouvir Dizer, sotaque, ritmo, ruidoso, tom, ressoar, som, monótono, surdo, tocar, reclamar, pronúncia, audível, claro, discutir, proclamar, comentar, ouvir, tom, gritar, sem fala, oral, contar, silêncio, dissonante, harmonioso, agudo, quieto, mudo. Frases auditivas - Vivendo em harmonia - Isso é grego para mim - Conversa fiada - Ouvidos de mercador - Ouvir passarinho cantar - Entrar no tom - Música para meus ouvidos - Palavra por palavra - Nunca ouviu falar sobre... - Claramente expressado - Dar uma audição - Segure sua língua - Maneira de falar - Alto e claro Cinestésico – toque, ação e movimento Tocar, manusear, contato, empurrar, esfregar, sólido, morno, frio, áspero, agarrar, pressão, sensível, estresse, tangível, tensão, toque, concreto, suave, segurar, pegar, arranhar, firme, sofrer, pesado, leve. 10 MÚLTIPLAS INTELIGÊNCIAS O pesquisador e escritor americano Howard Gardner Ph.D. identificou 8 tipos de inteligências. Todas as pessoas possuem essas inteligências mas, devido à forma de educação e às influências genéticas, familiares, ambientais, culturais etc algumas desenvolvem mais umas que outras. Com treino e foco todas podem ser desenvolvidas. A ativação e uso de mais de uma inteligência durante as atividades de aprendizagem facilitam e aceleram o aprendizado e promovem melhor retenção das informações. Quanto mais tipos de inteligência são utilizados mais ativação cerebral acontece. 1 – LINGÜÍSTICA – relacionada à capacidade de falar e escrever com facilidade e comunicar-se bem. Oradores, escritores, atores, bons professores, em geral, têm a inteligência lingüística bem desenvol- vida. 2 – LÓGICA E MATEMÁTICA – relacionada à capacidade de pensar e raciocinar de maneira lógica e abstrata. Também relacionada à facilidade de lidar com números e fazer contas e operações matemáti- cas. Em geral, ela é bem desenvolvida em engenheiros, economistas, contadores, investigadores e juí- zes. 3 – VISUAL E ESPACIAL – relacionada à facilidade de criar imagens e visualizar, de desenhar e de ter uma boa orientação espacial. Desenhistas, arquitetos, fotógrafos, montanhistas, geralmente, tem essa inteligência bem desenvolvida. 4 – MUSICAL – relacionada à capacidade de apreciar música, tocar algum instrumento musical, cantar, compor. Músicos, compositores, cantores têm essa inteligência bem desenvolvida. 5 – CORPORAL OU CINESTÉSICA – relacionada à habilidade de usar bem as mãos e o corpo. Atletas, massagistas, dançarinos, cirurgiões, artesãos têm essa inteligência bem desenvolvida. 6 – INTERPESSOAL OU SOCIAL – relacionada à capacidade de se relacionar e trabalhar bem com pessoas. Bons terapeutas, professores, vendedores e líderes têm essa inteligência bem desenvolvida. 7 – INTRAPESSOAL – relacionada à capacidade de se perceber, de entrar em contato com seus pró- prios sentimentos e fazer auto-análise. Pessoas emocionalmente equilibradas, filósofos, bons terapeu- tas, pessoas que têm o habito de fazer meditação têm essa inteligência bem desenvolvida. 8 – NATURALISTA – relacionada à capacidade de perceber e usar bem a natureza. Essa inteligência é bem desenvolvida nos agricultores, fazendeiros, botânicos e jardineiros. 11 DESENVOLVENDO APTIDÕES NO CANAL VISUAL Junte-se a um parceiro 1 - Pessoa A e pessoa B ficam em pé, olhando um para o outro. B decora a posição de corpo de A, olhando e guardando-a, movimentando os olhos para cima e para a esquerda, (pessoa destra), ou para cima e para a direita (pessoa canhota). 2 - B fecha os olhos. A muda a posição de alguma parte do corpo (mão, perna, dedo, inclinação da cabeça etc) enquanto B mantém os olhos fechados. 3 - B abre os olhos, olha para cima e para a esquerda e compara o que vê agora com a imagem lembrada. B adivinha que parte do corpo A movimentou. 4 - Se B não acertar, fecha de novo os olhos. A não diz que parte mudou, apenas volta à posição original e pede para B abrir os olhos e adivinhar de novo. 5 - Troquem os papéis. NO CANAL AUDITIVO Em grupos de 4: 1 - 2 - 3 - 4 - Formem um semicírculo em volta de A. Os Exploradores B, C e D fazem um som ou ruído (estalar os dedos, bater palmas etc), enquanto A escuta de olhos fechados. Imediatamente após fazer o som, a pessoa fala seu nome para que A possa identificar o som correspondente a cada pessoa. Agora, B, C e D reproduzem os sons em qualquer seqüência. A precisa identificar que pessoa fez o som, acertando em três rodadas. Se A errar, B, C e D repetem o som e o nome até que A possa identificar corretamente a correspondência. Troquem os papéis NO CANAL CINESTÉSICO Em grupos de 4: 1 - 2 - 3 - 4 - Formem um semicírculo em volta de A que respira profundamente e olha para baixo e para a direita, para ter o acesso máximo às sensações. A fecha os olhos. B, C e D tocam A no mesmo lugar, do mesmo jeito, cada um falando seu nome logo após tocá-lo, para que A possa associar o toque ao nome. Por exemplo, pode-se tocar as costas da mão, com o dedo ou com um objeto. B, C e D, um a um, tocam A sem falar o nome. A precisa identificar quem o tocou. Se errar, repitam o passo 2 até que A possa associar e identificar corretamente a pessoa com o toque. A precisa acertar três seqüências. Troquem de papéis. 12 ELEMENTOS DE ESTRATÉGIAS EFICIENTES NA APRENDIZAGEM 1. Comece com um estado positivo. "Pense numa ocasião quando você foi capaz de aprender alguma coisa com facilidade e rapidamente". 2, Estabeleça um objetivo bem formulado e de tamanho administrável. “Qual o primeiro passo? Colha informações”. 3. Feedback da Própria Tarefa "Note o que está funcionando. O que você sabe para fazer diferente da próxima vez?" 4. Compare sua habilidade agora com a sua habilidade no passado. “Lembre-se de comparar você com você mesmo, não você com um especialista!" 5. Estratégia de Convencimento. "Como você sabe, agora, quando aprendeu alguma coisa bem?” 6. Da Confusão para a Prática para a Compreensão Fique fascinado em vez de derrotado. 7. Ponte ao futuro dos Aprendizados. "Onde, quando e com quem essas novas estratégias e aprendizagens serão usadas?" Perguntas para Evocar a Estratégia de Aprendizagem CONTEXTO: “Imagine uma situação futura em que você quer aprender alguma coisa. O que você fará? Pense em uma vez quando você foi capaz de aprender facilmente e completamente”. TESTE para começar (motivação): “Como você sabe que é hora de começar a aprender?" "Como você escolhe alguma coisa que você sabe que vale a pena?" OPERAÇÃO: "O que você faz para aprender isso?" "Que passos você precisa dar para aprender?" TESTE: "O que demonstra que você foi capaz de aprender?" "Como você sabe que aprendeu alguma coisa?" "Como você sabe que não teve sucesso?" SAÍDA: (Convencedor) "O que faz você saber que está pronto para se mover para algo mais?" "Como é a sensação de saber que você aprendeu alguma coisa muito bem?" 15 NÍVEIS NEUROLÓGICOS DA APRENDIZAGEM Espiritual/Missão “Qual é minha missão? Qual é a minha visão para a aprendizagem? A quem mais eu estou conectado?" Identidade "Quem sou eu? Que tipo de pessoa eu sou em relação a aprendi- zagem?" Crenças/Valores "Por que eu quero aprender essas habilidades e mudar esses comportamen- tos? Que valores são importantes?" "O que eu acredito sobre o processo da aprendizagem?" Capacidades "Como eu aprendo fácil e eficientemente? Que habilidades eu tenho agora, e que estratégias e habilidades eu quero que sejam adicionadas?" Comportamentos "O que eu faço quando aprendo eficientemente? Que comportamentos me trazem sucesso? Ambiente "Onde e quando eu quero aprender? Que elementos fazem meu ambiente apoiar meu estado de aprendizagem?" 1. Começando com Ambiente, entre em cada nível respondendo às perguntas acima em relação uma situação particular de aprendizagem ou objetivo, ou para a aprendizagem em geral. 2. Ancore sua experiência no espaço Espiritual/Missão. Pegue essas sensações, imagens e sons e entre de volta no espaço Identidade. Crie uma metáfora ou imagem para a sua identidade como um aprendiz de sucesso. 3. Agora vá para o espaço Crenças. Inspire e perceba como este estado e imagem aumentam e enriquecem suas crenças e valores. Existe alguma mudança nas suas crenças? 4. Traga o seu senso de espírito, identidade e crenças para o espaço Capacidades. Note como essas experiências fortalecem e guiam suas habilidades e estratégias. O que é possível agora? 5. Vá para o espaço Comportamento, trazendo sua visão, identidade, crenças e capacidades e note que comportamentos serão diferentes agora e o que você estará fazendo para ser ainda mais bem sucedido? 6. Traga todos os níveis de aprendizagem para o espaço Ambiente e sinta como ele está transformado e enriquecido. Que mudanças você estará fazendo no seu ambiente? Agora, saia para o seu mundo e manifeste este enriquecido estado de ser, através de suas ações, tendo determinação e um aumento na sensação de força, segurança, curiosidade e divertimento! 16 AÇÕES PARA CRIAR ALINHAMENTO PESSOAL PONTOS FORTES ÁREAS DE MELHORA O QUE POSSO FAZER PARA MELHORAR? Quais são as coisas boas no meu ambiente? O que funciona para mim? O que funciona para as outras pessoas? Quais são as coisas desagradáveis? O que não funciona para mim? O que não funciona para as outras pessoas? O que eu faço que funciona? Isso alcança meus objetivos? O que eu faço que não funciona? O que eu faço que não atinge meus objetivos? Quais são as minhas melhores capacidades? Que capacidades me faltam? Que valores tenho que apóiam quem eu sou e para onde estou indo? Que crenças tenho que me fazem mais forte? Que valores tenho que interferem com quem eu sou e para onde estou me dirigindo? Que crenças me atrapalham? Quais são as coisas mais salutares sobre meu senso de identidade? Que coisas sobre quem eu sou me enfraquecem? Como posso transformar esses elementos da minha identidade em vantagem para mim? Quais são os benefícios do meu senso de significado na vida? Quais são as desvantagens sobre o meu senso de significado na vida? 17 META ESPERTA E SPECÍFICA: Você precisa especificar exatamente o que quer no tempo presente, em uma lin- guagem que use imagens, sons e sensações, para ativar padrões neurológicos que gerem novos resultados. A sua meta precisa ser iniciada por você e depender de você.  O que você quer? Em que contextos? Onde? Quando? Com quem?  O que, especificamente, você vai ver? Sentir? Ouvir? Estar fazendo? S ISTÊMICA: Você deve considerar o efeito que a realização da sua meta terá em nível sistêmico, isto é, como vai combinar com as suas outras metas, como vai afetar outras áreas de sua vida, a sua família, o seu ambiente de trabalho etc.  Como a realização da meta vai afetar a sua vida? O que você vai ganhar? Perder? Ela é congruente com seus valores? P OSITIVA: A sua meta precisa ser elaborada em termos positivos. Uma meta negativa, do tipo "Eu não quero comer demais", cria um ensaio mental desse comportamento. Também se inclui nesta categoria: "Eu quero parar de...," "Eu quero viver sem...”  A minha meta gera imagens daquilo que eu quero ao invés daquilo que não quero? E VIDÊNCIA: Você precisa ter uma evidência de que conseguiu a sua meta e precisa ter "feedback" durante o processo para se autocorrigir.  Como vou saber que estou conseguindo me aproximar da minha meta? Que evidência vou usar? R ECURSOS: Você precisa identificar que recursos já tem e que recursos precisa para levá-lo do estado atual para o estado desejado.  Que capacidades e recursos eu já tenho para me ajudar a conseguir a minha meta? Que outros mais eu preciso? T AMANHO: A sua meta precisa ser trabalhada com um enfoque de tamanho adequado. A meta grande demais precisa ser dividida em áreas a serem trabalhadas separadamente.   O que me impede de alcançar o objetivo? Que efeito positivo a realização desta meta vai gerar na minha vida? A LTERNATIVAS: A sua meta precisa ter opções no plano de ação. Uma opção é limitada; duas cria um dilema e, três, permite a escolha.  Qual é o seu plano de ação? Como você vai lidar com dificuldades ou desafios? 20 Equiparando a Fisiologia Preste atenção à postura da pessoa, aos gestos, aos movimentos e então equipare ou espelhe:  A posição da cabeça, ombros, braços, mãos, pernas.  Como ela está: sentada, em pé ou andando. Qual é o seu modo de andar?  Como ela está sentada: pernas cruzadas ou descruzadas?  Posição das mãos e braços: abertos ou fechados? Quanto se move, se está parada ou em movimento.  Expressão facial: está animada, sorrindo ou com o rosto sério?  Algum gesto em particular? Use os gestos da pessoa somente quando você estiver falando, não quando ela estiver falando, pois isso irá atrair atenção e ela vai ficar imaginando o que você está fazendo. E isso quebrará o rapport.  Como ela está respirando? Profunda, superficialmente? Respirar em sincronia com alguém ocorre naturalmente. Obter rapport ao equiparar a respiração é fácil. Se faz assim:  Se alguém está falando com você, ele está expirando. Então, enquanto ele está falando você expira. Quando ele pára para inspirar, você inspira também.  Observe na sua visão periférica qualquer parte do tórax que está subindo e descendo para perceber a inspiração e a expiração. Quebrando o rapport Você não quer manter rapport o tempo inteiro; existem momentos que quer quebrá-lo. Por exemplo, quando você quer terminar uma conversa, uma sessão, quando quer continuar o seu trabalho ou, sim- plesmente, sair fora quando alguém está tomando muito do seu tempo. Para fazer isso, comece a de- sequiparar a outra pessoa no grau que for necessário: falando mais alto ou mais rápido, levantando-se etc. 21 FEEDBACK Feedback significa, conscientemente, dar informações a alguém sobre como ele está se saindo em uma dada atividade. Você, freqüentemente, dará feedback às pessoas quando está ensinando. Por isso, é importante saber como fazê-lo eficazmente. Como dar feedback de tal maneira que funcione: 1 - Dê feedback logo nos primeiros 5 minutos após a ocorrência da ação ou comportamento específico. 2 - Fale para a pessoa o que ela fez bem. O feedback é, apenas, das coisas que o aluno fez bem: “Você fez isso bem, aquilo bem...” Seja específico a respeito dos comportamentos que funcionaram. Fale o que ele pode fazer ainda melhor na próxima vez ou o que pode fazer de maneira diferente que melhoraria ainda mais. É muito importante não fazer referência ao que não funcionou. Quando der feedback, focalize somente no positivo: o que ele poderia fazer para obter um resultado ainda melhor. Isso não é apenas o poder de pensar positivamente e que tudo é maravilhoso. Lembre-se: “Não pense em uma árvore azul”. Se você disser para alguém “você fez X, e isso não funcionou”, ele pensará sobre o que você não quer que ele faça e o que não funcionou. Isso é reforçar o que não deu resultado. 3 - Faça um comentário geral positivo. Na aula, se você realmente disser ao aluno que ele fez algo bem, ele fará mais daquilo. Se você disser, “Você fez isso bem e ficou realmente bom”, ele o fará de novo. Ao dar feedback Se você quer que o aluno melhore, considere o seguinte: Ele vai ouvir mais sobre o que você diz e estará mais aberto a aceitar melhor a comunicação se você estiver em rapport com ele. Estar em rapport significa que ele estará se sentindo seguro e confortável com você. Ao dar um feedback positivo, seu aluno terá mais chances de aceitar e de mudar o que está pensando sobre si mesmo e o que é capaz de fazer. Se você está acostumado a receber feedback como: “Você fez isso errado” ou “Você não fez um bom trabalho”, isto é totalmente o oposto. Pode parecer estranho ou mesmo inocente no começo, mas funciona. Se você estiver habituado a dar feedback de outra maneira, sugerimos que não julgue essa nova maneira, apenas ponha-a em prática e observe a diferença nos resultados que obtém. O propósito e a intenção do feedback é possibilitar e permitir que o aluno aprenda e cresça como pessoa. Se você supõe que o aluno é, realmente, fraco em algo, pense em como pode dar-lhe um feedback positivo. Encontre algo que ele fez bem, ainda que tenha que inventar, e descubra aspectos passíveis de melhora. Ao focalizar nas coisas positivas, você vai perceber que ele, de fato, começa a melhorar. Ao trabalhar com alguém ou com um grupo, tenha a crença que ele pode conseguir o resultado que quer se estiver disposto a fazer tudo que é preciso para conseguir. Se você estiver pensando “Esse aluno não vai ser capaz de fazer isso”, essa crença pode estar impedindo-o de fazê-lo. Finalmente, é importante que o rapport seja dado de maneira específica e em termos sensoriais, o que você viu, ouviu e sentiu. COMO DAR “FEEDBACK”: “RECONHECIMENTO-BURGER” 1 - O que foi bom. O que eu gostei. 2 - O que pode melhorar. 3 - Qual foi o ponto alto. O que eu mais gostei. 22 POSIÇÕES PERCEPTUAIS O ponto de vista que uma pessoa assume no exame de uma situação particular pode mudar comple- tamente seu significado e impacto. Isto também irá determinar a profundidade em que ela é capaz de acessar um estado em particular. Na PNL existem quatro posições básicas de percepção de onde tarefas e relacionamentos podem ser avaliados: a. “Primeira Posição” - Associado no seu próprio ponto de vista, crenças e suposições, vendo o mundo externo através dos próprios olhos - posição “Eu”. b. “Segunda Posição” - Associado no ponto de vista, crenças e suposições do outro, vendo o mundo externo através dos olhos dele - posição “Você”. c. “Terceira Posição” - Associado em um ponto de vista fora do relacionamento entre você e o outro; o ponto de vista de um observador não envolvido, fora da situa- ção - posição “Eles”. d. “Quarta Posição” - Associado na perspectiva do sistema como um todo; como o sistema vê a situação e a interação da perspectiva de todos – posição “Nós” METAPOSIÇÃO A Metaposição é utilizada quando se quer uma descrição do ponto de vista de um observador. Ela pode ser empregada no início de um exercício, como uma "base" neutra para escolher experiências a serem revividas, ou durante um exercício para avaliar informações de uma perspectiva mais "segura", caso fique difícil permane- cer num determinado estado. Ela é usada ainda para comparar diferenças e se- melhanças entre estados. Outro uso é para dar "feedback" de como percebeu a experiência. ASSOCIADO Vivenciar uma experiência, percebendo como é estar dentro dela, vendo através dos seus olhos, ouvindo e sentindo "na pele" tudo que faz parte da experiência. DESASSOCIADO Observar uma experiência sua, vendo-se e ouvindo-se de fora, como se fosse um filme. 25 OS 10 AUXILIARES LINGÜÍSTICOS A linguagem dirige nossos pensamentos para direções específicas e, de alguma maneira, ela nos ajuda a criar a nossa realidade, potencializando ou limitando nossas possibilidades. A habilidade de usar a linguagem com precisão é essencial para nos comunicarmos melhor. A seguir estão algumas palavras e expressões que devemos observar quando falamos, porque podem dificultar nossa comunicação. 1 Cuidado com a palavra NÃO, a frase que contém "não”, para ser compreendida, traz à mente o que está junto com ela. O “não” existe apenas na linguagem e não na experiência. Por exemplo, pense em “não”... (não vem nada à mente). Agora vou lhe pedir “não pense na cor vermelha”, eu pedi para você não pensar no vermelho e você pensou. Procure falar no positivo, o que você quer e não o que você não quer. 2 Cuidado com a palavra MAS que nega tudo que vem antes. Por exemplo: “O Pedro é um rapaz inteligente, esforçado, mas...” Substitua MAS por E quando indicado. 3 Cuidado com a palavra TENTAR que pressupõe a possibilidade de falha. Por exemplo: “vou tentar encontrar com você amanhã às 8 horas”. Tenho grande chance de não ir, pois, vou “tentar”. Evite “tentar”, FAÇA. 4 Cuidado com as palavras DEVO, TENHO QUE ou PRECISO, que pressupõem que algo externo controla sua vida. Em vez delas use QUERO, DECIDO, VOU. 5 Cuidado com NÃO POSSO ou NÃO CONSIGO que dão a idéia de incapacidade pessoal. Use NÃO QUERO, DECIDO NÃO, ou NÃO PODIA, NÃO CONSEGUIA, que pressupõe que vai poder ou conseguir. 6 Fale dos problemas ou descrições negativas de si mesmo, utilizando o tempo do verbo no passado ou diga ainda. Isto libera o presente. Por exemplo: “eu tinha dificuldade de fazer isso”; “não consigo ainda.” O ainda pressupõe que vai conseguir. 7 Fale das mudanças desejadas para o futuro utilizando o tempo do verbo no presente. Por exemplo, em vez de dizer “vou conseguir”, diga “estou conseguindo”. 8 Substitua SE por QUANDO. Por exemplo: em vez de falar “se eu conseguir ganhar dinheiro eu vou viajar”, fale “quando eu conseguir ganhar dinheiro eu vou viajar”. “Quando” pressupõe que você está decidido. 9 Substitua ESPERO por SEI. Por exemplo, em vez de falar, “eu espero aprender isso”, fale: "eu sei que eu vou aprender isso”. “ESPERAR” suscita dúvidas e enfraquece a linguagem. Substitua o CONDICIONAL pelo PRESENTE. Por exemplo, em vez de dizer “eu gostaria de agradecer a presença de vocês”, diga “eu agradeço a presença de vocês. O verbo no presente fica mais concreto e mais forte. 26 COMUNICAÇÃO E ESTILOS DE PENSAMENTO OU METAPROGRAMAS Quando estamos tentando ensinar e influenciar uma pessoa, o que mais atrapalha é estar pensando (processando a informação) de modo diferente dela. Modificando nosso próprio estilo de pensamento, podemos aumentar nossa habilidade de criar relacionamentos de confiança e influência. Muito tem sido escrito sobre os vários estilos de pensamento que usamos, que são também conhecidos como “metaprogramas”. Eles funcionam como filtros de percepção da realidade para criar nosso próprio mapa do mundo. Há sempre um grande volume de informações que poderíamos perceber a cada momento, os metaprogramas funcionam como padrões que usamos para determinar que informações perceber. Podemos notar os metaprogramas das pessoas através da sua linguagem e do seu comportamento. Os metaprogramas são importantes nas áreas de ensino, aprendizagem, motivação, comunicação e tomada de decisão. Os bons comunicadores moldam sua linguagem para combinar com o modelo de mundo da outra pessoa. Quando usamos uma linguagem que esteja de acordo com os metaprogramas do outro, isto facilita o entendimento e a aprendizagem. ESTILOS-CHAVE DE PENSAMENTO CATEGORIA DE ESTILOS DE PENSAMENTO DIMENSÕES Abordagem em relação a metas Em direção a meta Gosta de pensar sobre a meta e em como chegar lá Afastando-se do problema Gosta de pensar sobre o problema e como evitá-lo Tamanho do enfoque Grande segmento Pensa em termos da visão geral Pequeno segmento Seu pensamento tende a ser orientado para detalhes Local de controle Proativo Faz o mundo se encaixar em como ele acha deveria ser – “Tem referência interna” Reativo Adapta a si mesmo e seus projetos à maneira que o mundo acha que deveria ser. “Tem referência externa” Abordagem em relação às tarefas Opções e Escolhas Procura a melhor maneira de fazer as coisas e gosta de ter opções Procedimentos Gosta de seguir maneiras testadas e experimentadas de fazer as coisas Ponto de vista Eu – Outros – Observador Olha para as coisas do seu próprio ponto de vista (Eu), do ponto de vista do outro (Outros) ou como um observador. Escolha da informação Pessoas – Tarefa – Informação – Coisas Escolhe informações em termos do impacto sobre as pessoas, realização da tarefa, qualidade da informação ou em termos de objetos materiais. ES INAp Instituto de Neurolinguística Aplicada Eta *+ AS LEIS DO MAPA MENTAL 44 USE FIGURAS E SIMBOLOS q o 27 4 ES INAp Instituto de Neurolinguística Aplicada Eta “> TIPOS DE MEMÓRIA +º ESTÍMULOS naty ? Um momento N no tempo" Emoções extremas mr do contexto da própria experiência de vida o 3 q. 31 32 EXCELENTES ESTRATÉGIAS DE MEMÓRIA 1. Pratique regularmente técnicas de relaxamento Uma das maneiras mais eficazes de melhorar a memória pode ser relaxar conscientemente todos os músculos antes de aprender alguma coisa nova. Parece que o relaxamento muscular reduz a quanti- dade de ansiedade freqüentemente sentida por um pessoa tentando aprender algo novo. Em uma pes- quisa na Universidade de Stanford, um grupo voluntário de 39 homens e mulheres (de 62 a 83 anos), foram divididos em dois grupos para fazer um programa de melhoramento de memória conduzido. Antes de começarem um curso de 3 horas de treinamento da memória, um dos grupos foi ensinado a relaxar seus grandes grupos musculares, enquanto o outro grupo foi, simplesmente, exposto a uma palestra sobre como melhorar sua atitude perante o envelhecimento. Os resultados do experimento mostraram que o grupo que foi instruído nas técnicas de relaxamento teve um desempenho 25% melhor que o ou- tro grupo para lembrar o que aprendeu (nomes e rostos). 2. Ouça música clássica Na Universidade da Califórnia, o Dr. Frances Rauscher e o Dr. Gordon Shaw, demonstraram em ex- perimentos conduzidos no início dos anos 90, que pessoas expostas à música clássica, especialmente Mozart, demonstravam um significante reforço nas habilidades de raciocínio espaço-temporal. Essa descoberta, rapidamente apelidada de “Efeito Mozart” tem despertado um grande interesse. Alguns eruditos, incluindo Don Campbell, autor do livro O Efeito Mozart, acredita que ouvir músicas clássicas pode também ajudar a memória e o aprendizado; no entanto, esta premissa ainda não foi comprovada empiricamente. 3. Valorize o poder das estórias Nossa memória semântica vive num mundo de palavras. Ela é ativada por associações, similaridades ou contrastes. Estórias provêm um esquema ou script para ligar ou ancorar informações na nossa memória. Imagens concretas engajam nossas emoções e senso de significado fornecendo um contexto e pista para a nova informação. Contar estórias tem sido uma tradição nas culturas antigas para passar as lembranças e memórias de uma geração para a outra. 4. Apoie-se em estratégias mnemônicas Adquira o hábito de usar ferramentas mnemônicas regularmente. Codificar sua memória de uma ma- neira sistemática é a melhor maneira de ter certeza que você vai lembrar. Algumas pesquisas demons- traram que pessoas que usam mnemônicos aprendem 2 ou 3 vezes mais do que aqueles que confiam nos seus hábitos normais de aprendizagem. 5. Escreva o que você quer se lembrar em detalhe Há muito tempo, diários, catálogos, jornais e transcrições têm sido reconhecidos de grande ajuda para assegurar uma memória acurada. Escrever a descrição de uma experiência, imediatamente após ela ter acontecido, é a melhor maneira de lembrá-la em detalhes. Caixas de banco são treinados para fazer isto imediatamente após um assalto. Mesmo antes deles fazerem um relato para a polícia, já que pode ocorrer uma distorção de memória, por exemplo, simplesmente pela maneira como o policial faz uma pergunta ou por um comentário ouvido ao acaso. É exigido pela Marinha que os comandantes dos na- vios mantenham um diário de bordo da viagem. Além de deixar uma gravação sem contaminação, o ato de escrever, por si só, melhora a memória. Por isso é aconselhável escrever ou reescrever anotações de estudos e resumir um tópico com suas próprias palavras. 6. Organize seu pensamento Impor uma ordem física na informação ou dar a ela uma estrutura lógica faz com que ela fique mais fácil de lembrar. Se você deseja se lembrar dos mamíferos da América do Sul, por exemplo, agrupe-os por 32 cor, habitat, tamanho, a letra com que eles começam ou a ordem na cadeia alimentar. Organizar as informações para o cérebro pode fornecer um ponto de referência imediato para o seu resgate. 7. Use movimento para engajar o sistema corpo/mente O movimento reforça a memória por fornecer uma âncora ou estímulo externo para conectar com o estímulo interno. Se você quer lembrar que “hola” significa olá em espanhol, toque sua boca com a ponta de seus dedos (como o gesto italiano para bom) e diga “hola”. Você acabou de associar um gesto físico conhecido com uma nova palavra. Quando você repetir o movimento lembrará da palavra. Pesquisas recentes sugerem que os NÚCLEOS DA BASE e o CEREBELO, duas áreas cerebrais que se pensava anteriormente estarem relacionadas apenas com o controle do movimento muscular, são importantes também na coordenação do pensamento. O movimento inicia o processo de memória exatamente como o sabor, cheiro e a visão o fazem. 8. Mantenha padrões de boa saúde Saúde comprometida, incluindo condições não graves como gripe ou pressão alta, podem atrapalhar a memória. Um estudo demonstrou que num período de mais de 25 anos, homens com pressão alta perderam até duas vezes mais a habilidade cognitiva quando comparados com os de pressão normal. Por outro lado, um estudo da Universidade da Califórnia do Sul demonstrou que pessoas na faixa dos 70 anos tinham menos probabilidade de sofrer declínio mental durante um período de 3 anos se eles se mantivessem fisicamente ativos. Sono e nutrição adequados e enriquecimento mental desempenham um papel-chave num estilo de vida com corpo/mente/memória saudáveis. 9. Quando sua memória lhe escapa, investigue-a Você pode investigar uma memória “perdida” retraçando seus passos, passando pelo alfabeto para ver se uma letra sugere uma pista, recapturando o humor em que você estava quando a memória foi formada ou, simplesmente, pensando sobre o contexto da memória que está tentando re-acessar. 10 - Use estratégias de ligação Para relembrar itens de uma lista, ligue-os com uma ação imaginária. Por exemplo, visualize-os chocando-se, ficando grudados ou agindo como amigos. Coloque os itens abaixo, acima, dentro ou ao lado um do outro. Coloque-os dançando, conversando ou jogando juntos. Mesmo os antigos reconheciam a importância de ligar informações de forma a usar a imaginação e a ordem, muito tempo antes de nós termos evidências objetivas de que o lado esquerdo do cérebro se lembra de uma forma seqüencial, enquanto o lado direito se lembra de cor, ritmo, dimensões e abstrações. As ligações podem ser engraçadas, não reais ou ridículas; elas não têm que ser realistas ou razoáveis. Seja como for, você se lembrará com mais facilidade de uma associação concreta e orientada para a ação do que de uma associação abstrata. 11. Desafie a si mesmo O cérebro produz substâncias químicas chamadas NEUROTRANSMISSORES que carreiam mensa- gens entre as células responsáveis pela memória. A disponibilidade de tais neurotransmissores, inclu- indo a substância química construtora da memória, a ACETILCOLINA, parece aumentar nos cérebros que estão freqüentemente acostumados a enfrentar problemas e a resolver desafios. Estudos impor- tantes conduzidos no final dos anos 60 pela Dra. Marian Diamond na Universidade da Califórnia em Berkeley, demonstraram que ratos colocados em ambientes enriquecidos desenvolveram uma rede mais complexa de dendritos do que ratos não desafiados. Talvez, isso ocorra porque pessoas com QIs altos, freqüentemente, têm um desempenho melhor nos testes de memória: Eles tem mais “ligações de memó- ria” ou circuitos neurais disponíveis, demonstrando o efeito bola de neve da memória e o papel de ambi- entes enriquecidos. 35 28. Lembre-se do princípio: início e fim Preste atenção redobrada às informações apresentadas no meio de uma sessão de aprendizagem, devido à tendência natural do cérebro de lembrar, com mais facilidade, o que é apresentado no início e no final. 29. Tome consciência dos seus ritmos ultradianos Nossa mente e nosso corpo operam na base de um ciclo de atividade-repouso de 90 a 120 minutos. Esse ciclo é conhecido como ritmo ultradiano. Nosso desempenho mental, bem como outras funções como sono, controle de estresse, dominância cerebral e atividade do sistema imunológico, estão direta- mente ligadas a esse ciclo básico. Para aumentar o desempenho da memória nós precisamos prestar atenção às variações nos nossos ritmos ultradianos. As tarefas que exigem muita demanda, devem ser realizadas quando estamos na fase ascendente do ciclo. As tarefas que exigem menos demanda física ou mental podem ser realizadas quando estamos na fase descendente. 30. Use a imaginação ativa Visualizar informações abstratas com imagens concretas é a base para muitas ferramentas mnemôni- cas. Uma estratégia que incorpora o uso da imaginação é tirar uma foto imaginária de algo que você queira lembrar: focalize, dispare e diga “essa lembrança vale uma comemoração”. Uma outra maneira é visualizar algo tranqüilizante e desejável que ajuda a relaxar. Um estado de relaxamento alerta é o me- lhor para aprender. O uso de imagens tem mostrado mudanças na química corporal e nos dá mais con- trole corpo-mente. Dê à imaginação permissão para criar maneiras divertidas, bem humoradas, absur- das e surreais. Essas imagens terão o poder de permanecer. Faça-as coloridas, em 3 dimensões, em movimento, orientadas para a ação, realistas ou ficcionais. A imaginação é só sua. O que chega a ela é organizado e, portanto, uma poderosa pista para recuperá-la mais tarde. 31. Use locais como cabides Associe o que você quer lembrar a partes de seu corpo ou cômodos da sua casa. Faça isso: determine dez coisas que você queira lembrar e associe a primeira da lista ao topo da sua cabeça. Desça para os olhos, nariz, boca, garganta, peito, barriga, nádegas, quadris, coxas etc, ligando pedaços da informação a cada local com uma associação imaginativa. Quando você quiser lembrar de cada informação os locais serão um gatilho para a memória. 32. Dê ao seu cérebro tempo para descansar Para funcionar bem, o cérebro precisa de descanso para a consolidação da memória. Se não der ao cérebro um descanso, com intervalos regulares, você pode continuar a estudar, mas tem grande chance de diminuir muito o rendimento da aprendizagem. O tempo de descanso é imperativo e varia em número de vezes e extensão, dependendo da complexidade e da novidade da informação, bem como da experiência prévia da pessoa com a informação. Uma regra boa é fazer de 3 a 10 minutos depois de cada 10 a 50 minutos de estudo ou aprendizagem. 36 DEZ SUGESTÕES PARA MELHORAR UMA AULA Aula teórica é um dos meios mais tradicionais e ineficazes de ensinar. Por si mesmo, ela não levará à aprendizagem ativa. Para uma aula teórica ser eficaz, o professor deve criar primeiro interesse então, maximizar o entendimento e a retenção, envolver os participantes durante a aula e reforçar o que está sendo apresentado. Existem algumas maneiras de se fazer isso. Crie interesse 1. Uma estória para começar ou uma imagem visual interessante Conte uma pequena estória relevante, uma estória de ficção, uma estória em quadrinho, apresente uma imagem ou um gráfico que captem a atenção da audiência. 2. Um problema para dar início Apresente um problema em torno do qual a aula será estruturada. 3. Uma pergunta prévia Faça uma pergunta aos participantes (mesmo que eles tenham pouco conhecimento prévio) de modo que fiquem motivados a assistir a sua aula para obter a resposta. Maximize o entendimento e a retenção 4. Títulos Reduza os pontos principais da aula a palavras-chave que ajam como subtítulos ou como ajuda para a memória. 5. Exemplos e analogias Dê idéias ou explanações da vida real durante a aula e, se possível, crie uma comparação entre o seu material e o conhecimento e a experiência que os participantes já tenham. 6. Apoio visual Use flip-charts, transparências, handouts resumidos e demonstrações que possibilitem aos participantes verem e não só ouvirem o que você está dizendo. Envolva os participantes durante a aula 7. Desafios momentâneos Interrompa a aula periodicamente e desafie os participantes a dar exemplos dos conceitos apresentados até então ou a responder perguntas específicas. 8. Atividades ilustrativas Através da apresentação, entremeie atividades breves que ilustrem pontos que estão sendo abordados. Reforce a aula 9. Aplicações Apresente um problema ou uma pergunta para os participantes resolverem baseados nas informações apresentadas em aula. 10. Revisão Peça aos participantes para reverem o conteúdo da aula um com o outro ou dê a eles um teste de auto- avaliação. 37 INTERFACE CEREBRAL: ATIVANDO O CÉREBRO Em pé, olhando para a folha com as letras, os braços à frente do corpo com as palmas juntas. Fale o nome da letra em voz alta e, ao mesmo tempo, represente-a com os braços. NOTA: Sempre volte à posição inicial. Entre uma letra e outra, bata uma palma e fale o nome da próxima letra, representando-a com os braços. Aumente a velocidade gradualmente. d b q q p d d q p p q q d b q p d b b p d b q q d d q d b p q q d p p d b d p q q d b q d b q d p b p p d b b q q b d q p q d d b q d b p b d d b b p q d b d d b d q d b q d b d q
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