Baixe Fundamentos de Prolog: uma breve Fundamentos de Prolog: uma breve i e outras Notas de estudo em PDF para Cultura, somente na Docsity! Fundamentos de Prolog: uma breve introdução à programação em lógica Jacques Robin, DI-UFPE jr@di.ufpe.br, www.di.ufpe.br/~jr O que é Prolog? Primeiro e mais usado linguagem do paradigma da Programação em Lógica (PL) Operacionalização simples, prática e eficiente da PL PL unifica: Engenharia de Software (especificação formal, linguagens de programação) IA (raciocino e Representação do Conhecimento (RC)) Banco de Dados -- Dedutivos (BDDs) Teoria Lógica (TL) das provas PL x resto do mundo PL x programação imperativa, funcional e 00: mais declarativa, mais alto-nível mais versátil -- linguagem única para: especificar formalmente e implementar programar aplicações, scripts e consultas em BD PL x outros formalismos de RC: melhor fundamentação teórica melhor integração com o resto da ciência computação PL = base interessante para integração de paradigmas PL = caso particular de programação por restrições Cláusulas de Horn Formulas de L1: em forma normal implicativa (todas as variáveis implicitamente universalmente quantificadas) com premissas todas positivas e uma conclusão única e positiva. Padrão: P1 & ... & Pn => C Muitas mas nem todas as formulas de L1 tem conjunto equivalente de cláusulas de Horn, cex: V X,Y animal_lover(X) & animal(Y) & kills(X,Y) => F Programa Prolog = conjunto (implicitamente conjuntivo) de cláusulas de Horn Programa Prolog e cláusulas de Horn Fatos Prolog: cláusulas de Horn com premissa única T implícita ex: C. <=> T => C Regras Prolog: outras cláusulas de Horn ex: C :- P1, ... ,Pn. <=> P1 & ... & Pn => C Premissas de cláusulas com a mesma conclusão são implicitamente disjuntivas: ex: {C :- P1, ... ,Pn., C :- Q1, ... ,Qm} <=> (P1& ... & Pn) v (Q1 & ... & Qm) => C Escopo das variáveis = uma cláusula West é criminoso? em L1 V P,W,N american(P) & weapon(W) & nation(N) & hostile(N) & sells(P,N,W) => criminal(P) E W owns(nono,W) & missile(W) V W owns(nono,W) & missile(W) => sells(west,nono,W) V X missile(W) => weapon(W) V X enemy(N,america) => hostile(N) american(west) nation(nono) enemy(nono,america) nation(america) american(P) & weapon(W) & nation(N) & hostile(N) & sells(P,N,W) => criminal(P) owns(nono,m1) missile(m1) owns(nono,W) & missile(W) => sells(west,nono,W) missile(W) => weapon(W) enemy(N,america) => hostile(N) american(west) nation(nono) enemy(nono,america) nation(america) West é criminoso? em Prolog american(P) & weapon(W) & nation(N) & hostile(N) & sells(P,N,W) => criminal(P) owns(nono,m1) missile(m1) owns(nono,W) & missile(W) => sells(west,nono,W) missile(W) => weapon(W) enemy(N,america) => hostile(N) american(west) nation(nono) enemy(nono,america) nation(america) criminal(P) :- american(P), weapon(W), nation(N), hostile(N), sells(P,N,W). owns(nono,m1). missile(m1). sells(west,nono,W) :- owns(nono,W), missile(W). weapon(W) :- missile(W). hostile(N) :- enemy(N,america). american(west). nation(nono). enemy(nono,america). nation(america). West é criminoso? busca criminal(P) :- american(P), weapon(W), nation(N), hostile(N), sells(P,N,W). owns(nono,m1). missile(m1). sells(west,nono,W) :- owns(nono,W), missile(W). weapon(W) :- missile(W). hostile(N) :- enemy(N,america). american(west). nation(nono). enemy(nono,america). nation(america). criminal(west)? <- yes. american(west)? -> yes. weapon(W)? <- W = m1. missile(W)? -> W = m1. nation(N)? -> N = nono. hostile(nono)? <- yes. enemy(nono,america)? -> yes. sells(west,nono,m1)? <- yes. owns(nono,m1)? -> yes. missile(m1)? -> yes. Forçar o backtracking para obter todas as respostas g1(a). g21(a). g3(a). g4(a). g1(b). g21(b). g22(b). g3(b). g(X) :- g1(X), g2(X). g(X) :- g3(X), g4(X). g2(X) :- g21(X), g22(X). g(U)? <- U = b. g1(U)? -> U = a. g2(a)? <- no. g21(a)? -> yes. g22(a)? -> no. g1(U), U \ {a}? -> U = b. g2(b)? <- yes. g21(b)? -> yes. g22(b)? -> yes. ; g1(U), U \ {a,b} ? -> no. Backtracking em cascadas g1(a). g21(a). g3(a). g4(a). g1(b). g21(b). g22(b). g3(b). g(X) :- g1(X), g2(X). g(X) :- g3(X), g4(X). g2(X) :- g21(X), g22(X). g(U), g \ {g1,g2}? <- U = a. g3(U)? -> U = a. g4(a)? -> yes. ; g3(U), U \ {a}? -> U = b. g4(b)? -> no. g3(U), U \ {a,b}? -> no. g(U), g \ {g1,g2 ; g3,g4}? - > no. Sintaxe 1 fato -> fa. (abrev. para Formula Atômica) regra -> fa0 :- fa1, ... , faN. consulta -> fa1, ... , faN. fa -> pred(termo1, ... , termoN) | preop termo1 termo2 | termo1 inop termo2 | termo1 termo2 postop termo -> constante | variável | fa constante -> átomos | numeros pred -> átomo Ao invés de L1: nenhuma distinção entre predicados e funções Semântica Programa Prolog P possui 2 semânticas: semântica declarativa = semântica das formulas de L1 correspondendo as cláusulas de P em geral: conjunto mínimo de termos instanciados verificando P extensão de P como BDD modelo de Herbrand semântica procedimental = execução do algoritmo de resolução sobre P Maioria dos predicados built-in: funcionam por efeitos colaterais não possuem semântica declarativa em L1 Listas [ e ]: início e fim de lista , separação entre eltos |: separação entre 1o elto e resto da lista ?- [a,b,X,p(Y,C)] = [Head|Tail] Head = a, Tail = [b,X,p(Y,C)] ?- [[p(X),[a]],q([b,c])] = [[H|T1]|T2] H = p(X), T1 = [[a]], T2 = [q([b,c])] member(X,[X|_]). member(X,[Y|Z]) :- member(X,Z). ?- member(b,[a,b,c]) -> yes. ?- member(X,[a,b,c]) -> X = a ; X = b ; X = c ; no. Igualdade x unificação Ao invés de L1, Prolog não inclui operador de igualdade semântica. = operador de unificação sintática: não declara nada, apenas teste se 2 termos podem se tornar igual por unificação das suas variáveis falha com termos ground sintaticamente diferentes == operador de igualdade sintática: também apenas teste igualdade de 2 termos, sem tentar unificar as suas variáveis falha com termos sintaticamente diferentes, mesmo universais Cut: exemplo f1(X,0) :- X < 3. f1(X,2) :- 3 =< X, X < 6. f1(X,4) :- 6 =< X. f1(1,Y), 2 < Y? <- no f1(1,Y)? -> X = 1, Y = 0 1 < 3? -> yes 2 < 0? -> no f1(1,Y)? -> X = 1, Y = 2 3 =< 1? -> no f1(1,Y)? -> X = 1, Y = 4 6 =< 1? -> no f2(X,0) :- X < 3, !. f2(X,2) :- 3 =< X, < 6, !. f2(X,4) :- 6 <= X, !. f2(1,Y), 2 < Y? <- no f2(1,Y)? -> X = 1, Y = 0 1 < 3? -> yes 2 < 0? -> no Cut: exemplo (cont.) f3(X,0) :- X < 3, !. f3(X,2) :- X < 6, !. f3(X,4). ?- f3(1,Y). Y = 0 ?- ; no. ?- Esses cuts modificam até a semântica declarativa do programa f4(X,0) :- X < 3. f4(X,2) :- X < 6. f4(X,4). ?- f4(1,Y). Y = 0 ?- ; Y = 2. ?- Hipótese do mundo fechado Ao invés de L1, Prolog não permite nem fatos, nem conclusões de regras negativos, cex: ~animal_lover(geber). ~kill(X,Y) :- animal_lover(X), animal(Y). Princípio de economia: declarar e deduzir apenas o que é verdadeiro, supor que tudo que não é mencionado nem deduzível é falso (hipótese do mundo fechado) Operador de negação por falha em premissas: not p(X) verificado sse p(X) falha =/= de ~p(X) verificado sse ~p(X) no BDE ou na conclusão de uma regra com premissas verificadas Prolog x sistemas de produção: controle Raciocino dirigido pelo objetivo (e não pelos dados) Regras encadeada para trás (e não para frente) Busca em de cima para baixo e em profundidade na árvore de prova (e não de baixo para cima e em largura) Sempre dispara 1a regra aplicável encontrada (ie, sem resolução de conflitos) Backtracking quando 1a regra leva a uma falha Prolog x sistemas de produção: poder expressivo Fatos universais (e não apenas instanciados): ex: ancestral(X,adão). Unificação (e não apenas matching): bidirecional variáveis lógicas podem ser instanciadas com termos compostos (e não apenas atómicos) ex: ?- prof(X,disc(ia,dept(di,ufpe))) = prof(pessoa(geber,Y),disc(ia,Z)) -> X = pessoa(geber,Y), Z = dept(di,ufpe). Prolog x resolução em L1 Restrições de Prolog com respeito a L1: apenas cláusulas de Horn sem igualdade semântica unificação sem verificação de ocorrência Extensões de Prolog com respeito a L1: predicados (e não apenas funções) como construtores de termos predicados built-in de segunda ordem Outras diferencias com respeito a L1: negação por falha (limitada mas não monótona) Prolog x programação imperativa 2 Estrutura de dados única: termo Prolog variáveis lógicas sem tipo estático Controle implícito built-in na estrategia de resolução, ex: Em programação imperativa procedure c(E) const e0:tipoE0; var E:tipoE, S0:tipoS0, l1:tipo-I1, S1:tipoS1; do if E = e0 then do S0 := call p0(e0); return S0; end; else do I1 := call p1(E); S1 := call p2(E,l1); return S1; end; end; Em Prolog c(e0,S0) :- p0(e0,S0). c(E,S1) :- p1(E,I1), p2(E,I1,S1). Prolog x programação funcional 1 Matematicamente, predicado = relação: não-determinismo: respostas múltiplas (disponíveis por backtracking), unificação e busca built-in, livra o programador da implementação do controle; bi-direcionalidade: cada argumento pode ser entrada ou saída, dependendo do contexto de chamada, única definição para usos diferentes: verificador, instanciador, resolvedor de restrições, enumerador. integração imediata com BD relacional Prolog x programação funcional 2 Append em Lisp: (defun append(L1,L2) (cond ((null L1) L2)) (T (cons (first L1) (append (rest L1) L2)))))) ?- append([a,b],[c,d]) [a,b,c,d] Append em Prolog: append([],L,L). append([H|T1],L,[H|T2]) :- append(T1,L,T2). ?- append([a,b],[c,d],R). R = [a,b,c,d]. Append relacional codifica 8 funções Prolog x programação OO: exemplo Em OO: pt[subclass_of planobj; attrs[X inst_of int, Y inst_of int]; mets[right(Pt inst_of pt) {return self.X >= Pt.X}]] pt1[inst_of pt; attrs[X = 0, Y = 0]] pt2[inst_of pt; attrs[X = 1, Y =1]] ?- pt1.above(pt2) -> no. Em Prolog: pt(0,0). pt(1,1). planobj(pt(_,_)). right(pt(X1,_),pt(X2,_) :- X1 >= X2. ?- above(pt(0,0),pt(1,1)). -> no. Programação por restrições Programar = declarar restrições sobre os valores v1, ... vn, de um conjunto de variáveis V1, ..., Vn: o dominio Di associado a cada variável Vi equações e inequações Pj(Vp, ..., Vq) ligando-as Executar programa: fazer uma consulta sobre a compatibilidade de restrições de entrada Pk(Vr, ..., Vs) com as restrições do programa recuperar em saída todos os valores (v11, ... , vn1) ... (v1l, ..., vnl) de (V1, ... , Vn) que satisfazem ambos Pj(Vp, ... , Vq) e Pk(Vr, ..., Vs). Programação por restrições: exemplo integer(N). integer(S). sumto(0,0). sumto(N,S) :- 1 =< N, N =< S, sumto(N - 1, S - N). ?- S =< 3, sumto(N,S). (N = 0, S = 0), (N = 1, S = 1), (N = 2, S = 3). Propagação recursiva de restrições: 1: 1 =< N1 = N =< S1 = S =< 3 (N1,S1) in {(1,1),(1,2),(1,3),(2,1),(2,2),(2,3),(3,1),(3,2),(3,3)} 2: 1 =< N2 = N1 - 1 =< S2 = S1 - N1 =< 2 (N2,S2) in {(1,1),(1,2),(2,1),(2,2)} => (N1,S1) in {(2,3),(2,4), (3,4),(3,5)} N1 = 2, S1 = 3 => N2 = 1, S2 = 1 Prolog como restrições: exemplo prof(X,disc(ia,dept(di,ufpe))) ?- prof(pessoa(geber,Y),disc(ia,Z)) 1: prof = prof, 2 = 2 2: X = pessoa(geber,Y), disc = disc, 2 = 2, 3: ia = ia, dept(di,ufpe) = Z 4: fundo das arvores atingindas devolve as equações não trivais: X = pessoa(geber,Y), Z = dept(di,ufpe). Linguagens de PL multiparadigma PL concorrente, paralela (Concurrent Prolog, Parlog) PL funcional (Lambda-Prolog, LeFun) PL OO (Logtalk, Objlog, Login, F-Logic) PL por restrições, ie, Prolog + (in)equações: aritméticas (CLP(R), CHIP, Prolog3) de tipos (Login) buleanas (CHIP, Prolog3) PL para Internet, predicados built-in para: protocolos http, ftp, mail, news, etc. parsing de páginas HTML para termos Prolog PiLLoW, Logicweb Ficou curioso? Tem mais! Disciplina de Programação em Lógica: Prolog LIFE: PL funcional, OO e por restrições de tipos, e com interface para BD relacional Florid: PL OO com igualdade semântica e sintaxe de ordem superior, para BD dedutivo e Internet projeto: implementar agentes inteligentes para a RoboCup Projetos de pesquisa: CRUIJFF: ambiente de programação de agentes inteligentes integrando os paradigmas lógica, funcional, e por restrições sobre uma base Java. Web SKWASH: agentes inteligentes de data mining de Web log file e geração de resumos hipertextuais