Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Apostila acionamentos, Notas de estudo de Engenharia Elétrica

Apostila dos principais circuitos de comando e força para acionamento de motores elétricos

Tipologia: Notas de estudo

2012

Compartilhado em 22/03/2012

anderson-r-c-4
anderson-r-c-4 🇧🇷

4

(1)

1 documento

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Apostila acionamentos e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Elétrica, somente na Docsity! UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS FAEN - FACULDADE DE ENGENHARIA Dourados –MS 2010 Acionamentos Elétricos 2 CHAVES DE PARTIDA 1.Introdução A representação dos circuitos de comando de motores elétricos é feita normalmente através de dois diagramas :  Diagrama de força: representa a forma de alimentação do motor à fonte de energia;  Diagrama de comando: representa a lógica de operação do motor. Em ambos os diagramas são encontrados elementos (dispositivos) responsáveis pelo comando, proteção, regulação e sinalização do sistema de acionamento. A seguir estes elementos são abordados de forma simplificada no intuito de fornecer subsídios mínimos para o entendimento dos sistemas (circuitos) de comandos eletromagnéticos. 2.Dispositivos de comando 2.1 Contatores: Função: Comando, seccionamento e controle dos circuitos alimentadores de motores, iluminação, capacitores e outras cargas. (Fig. 2.1 a) As principais características destes dispositivos são as seguintes: elevada durabilidade; elevado número de manobras; possibilita comando à distância e automatismo de circuitos junto com outros componentes. Fig. 2.1a 5 2.3 Botões de comando: Função: Acionamento ou desativação do circuito de comando, através de impulso manual do botão pulsante. Botão de comando é a designação dada a dispositivos de comando que são acionados ao pulsarmos o botão ou manopla, retornando a sua posição inicial imediatamente após cessar o impulso mecânico. Existem botões com elementos de contato individual normalmente aberto (NA) ou normalmente fechado (NF), e botão de comando duplo ou conjugado, contendo contatos simultâneos tanto NA como NF. O botão NF é utilizado para desligar ou desativar o circuito, devendo ter a indicação “0” em marcação frontal do botão opaco. Deve-se empregar como padrão a cor vermelha para o botão desliga (NF). O botão NA deve ter a indicação “ I “ em marcação frontal do botão opaco, e é utilizado para ligar ou estabelecer o circuito, podendo ser nas cores amarela, preta, verde, branca ou transparente. Quando se utilizam os botões de comando agrupados em caixas de material isolante do tipo termoplástico ou similar, ou em caixas metálicas, pode-se denominar o conjunto de “botoeira de comando”. Fig. 2.3 Existem ainda diversos tipos e modelos de botões de comando, que variam de fabricante para fabricante, e que tem a sua aplicação específica conforme a exigência e complexidade do circuito, conforme dados e figuras a seguir apresentados: Botão de comando e sinalização: Botão transparente, com elemento(s) de contato(s) e soquete para lâmpada, de tal forma que se obtenha, assim como num sinalizador luminoso, uma indicação óptica dada por uma lâmpada embutida no mesmo.. 6 Botão de comando com chave de segurança: Botão com elementos de contato e chave de segurança, com bloqueio e retirada da chave nas duas posições.. Botão de comando cogumelo: Botão com elemento de contato normalmente fechado (NF) e na cor vermelha, que devido a sua forma construtiva e anatômica de um cogumelo, é utilizado para facilitar o seu acionamento para desativação do circuito. Este modelo de botão pode também ser fornecido com trava, onde o giratório do cogumelo é usado para desbloqueio. Existe ainda a opção deste botão contendo elementos de contato NF e NA (botão duplo). Botão de comando cogumelo com trava e chave de segurança: Botão com elemento de contato normalmente fechado (NF) e na cor vermelha, contendo trava e chave de segurança para desbloqueio, e chave retirável nas duas posições. Comutador de comando com manopla: Comutador de comando com elemento(s) de contato(s) NA ou NF, com ou sem retorno da manopla de acionamento. Este comutador pode ser fornecido também com chave de segurança retirável. Comutador de comando por chave de posição: As chaves de posição fim de curso, são empregadas para o controle e comando de portões automáticos, pontes rolantes, guindastes, tornos, elevadores de carga, elevadores prediais, elevacar dentre outras aplicações. O acionamento pode ser do tipo pino, rolete superior, rolete lateral, haste ajustável com rolete, que dependendo da aplicação e as características do sentido do movimento, se horizontal, se vertical, pode ser adequadamente escolhido. Possuem elementos de contato NA/NF em câmaras fechadas, e tipos de acionamento em pino simples, pino reforçado, pino com rolete metálico, rolete superior, rolete lateral, rolete de posições múltiplas, haste flexível, alavanca ajustável com rolete e haste rígida. Simbologia: Os elementos de um botão de comando tem as seguintes representações gráficas e utilizam letras características e números para referenciá-los e facilitar o entendimento no contexto do diagrama elétrico: 2.4 Indicadores visuais: Os indicadores visuais fornecem sinais luminosos indicativos de estado, emergência, falha etc. São os mais utilizados devido à simplicidade, eficiência (na indicação) e baixo custo. São fornecidos por lâmpadas ou LEDs. Abaixo tabela com cores das lâmpadas e seus respectivos significados. Cor Estado Vermelho Ligado Verde Desligado Amarelo Falha 7 Fig. 2.4 Simbologia: Os elementos de uma lâmpada de sinalização tem a seguinte representação gráfica e utiliza letra característica e número para referencia-lo e facilitar o entendimento no diagrama elétrico: 2.5-Fusível NH : Função: Efetuar a proteção contra curto-circuito, sobretudo de sistemas elétricos industriais onde estão presentes correntes nominais elevadas e com níveis de curto-circuito de elevada intensidade. O fusível NH tem a característica construtiva de possuir alta capacidade de interrupção ( >100 kA) chegando a casos na ordem de 120 kA até 500 VCA, portanto sendo mais adequado para resistir os esforços eletromecânicos da corrente de curto-circuito. Fig.2.5 10 comum (C) em relação aos demais contatos. A figura abaixo apresenta dois tipos de chaves seletoras. Chave impulso: 3 posições Chave trava: 2 posições 2.8 Relé de tempo Função: Efetua a temporização de todos os processos que envolvem a operação e manobra de circuitos auxiliares de comando, proteção, regulação e outros componentes dos circuitos. Dispositivo de comando a distância, cujos contatos auxiliares comandam, perante certas grandezas elétricas (corrente e tensão), outros dispositivos através de circuitos auxiliares, com retardamento pré-ajustado pelo elemento temporizado. O pré ajustamento do retardo do temporizador, é efetuado através de dial montado na parte frontal do relé, cuja escala pode ser fornecida nas seguintes faixas de ajuste, conforme o fabricante: 0,06 - 0,6 s ; 0,6 - 6 s ; 6 - 60 s ; 0,6 - 6 min ; 6 - 60 min., ou 0 - 5 s ; 0 - 15 s ; 0 - 30 s ; 0 - 60 s. Uma das principais aplicações do relé temporizado eletrônico, é a sua utilização nos circuitos das chaves estrela-triângulo automáticas, para garantir que o fechamento do contator triângulo só ocorra quando o contator estrela já estiver aberto, e o respectivo arco voltaico extinto. Os relés de tempo podem ser fornecidos com um comutador em ponto comum (15) com contato auxiliar normalmente fechado (15-16) e outro normalmente aberto (15-18), ou com dois comutadores em pontos comuns independentes (15) e (25), contendo um contato NF (15-16) e um contato NA (15-18), e no outro comutador os contatos NF (25-26) e NA (25-28), conforme simbologia e os esquemas de ligação apresentados a seguir: Fig.2.7 11 Simbologia: Os elementos de um relé temporizado tem a seguinte representação gráfica e utiliza letra característica e números para referenciá-lo e identificar os seus contatos auxiliares, de maneira a facilitar o entendimento no contexto do diagrama elétrico: 2.9 Disjuntor O disjuntor é um dispositivo eletromecânico que, além de executar a mesma função do fusível, age como dispositivo de manobra. Nessas condições, pode substituir as chaves com fusíveis, protegendo e desligando circuitos. Seu funcionamento pode ser térmico, magnético ou uma combinação de ambos, dependendo do tipo. A ação térmica difere da do fusível, sendo análoga à de um termostato. O calor gerado pela passagem de uma sobrecorrente faz com que um elemento se mova e solte um mecanismo de travamento, abrindo os contatos e, por conseguinte, o circuito. A ação magnética exercida por uma bobina de núcleo móvel faz o papel do fusível; com a passagem de uma elevada corrente, as forças magnéticas agem sobre o núcleo da bobina que, movendo-se, solta o mecanismo de travamento. Ambas as ações, térmica e magnética, são tanto mais rápidas quanto maior a corrente que a originou. Neste ponto é bom relembrar a diferença entre sobrecarga e curto-circuito: Sobrecarga: é uma corrente elétrica acima da capacidade de condução dos fios e cabos, diminuindo a vida útil desses componentes. Uma sobrecarga pode provocar um aquecimento, danificando a isolação dos fios. Curto-circuito: é uma corrente elétrica muito superior a capacidade de condução dos fios e cabos. Se o disjuntor não atuar instantaneamente, coloca em risco pessoas e o patrimônio, que poderão até mesmo provocar incêndios. Os disjuntores são caracterizados pela corrente nominal, pela tensão nominal e pela capacidade de ruptura. Podem ser definidos, de acordo com a sua aplicação, em: • Disjuntor para manobra e proteção de motores; • Disjuntor para manobra e proteção de circuitos de distribuição e de entrada industrial, comercial ou residencial. Aqueles utilizados para manobra e proteção de motores devem admitir a partida e a manobra de motores (dependendo do motor e da carga a ser acionada, este valor pode ser de 6 a 8 vezes a corrente nominal durante o tempo de partida), assim como ter a capacidade de ligar e interromper correntes de sobrecarga e de curto-circuito 12 . Representação esquemática de um disjuntor tri polar. Fig 2.8 15 4. Chaves de partida 4.1 Partida direta A partida direta de motor de indução trifásico, a plena tensão, é empregada nos casos em que a corrente de partida pode atingir valores razoavelmente reduzidos, como no caso de motores trifásicos de pequena potência (potência fracionada ou potência inteira até 5cv) ou em situações que seja preciso empregar todo o conjugado no instante da partida, como exemplo de motores que necessitam partir com plena carga no eixo. Vantagens da partida direta:  Equipamentos simples e de fácil construção e projeto;  Conjugado de partida elevado;  Partida rápida;  Baixo custo. Na partida direta, a elevada corrente de partida do motor tem as seguintes desvantagens:  Acentuada queda de tensão no sistema de alimentação da rede, que ocasiona interferências em equipamentos instalados no sistema.  Os sistemas de acionamento (dispositivos, cabos) devem ser superdimensionados, elevando os custos do sistema.  Imposição das concessionárias que limitam a queda de tensão na rede. Esquema de ligação da chave de partida direta Componentes: L e N: Fases. F: Fuzil. FT1: Relé de sobrecarga (térmico). S0: Botão de impulso (NF). S1: Botão de impulso (NA). K1: Contator. H1: Lâmpada. Os números indicam os contatos do componente. Diagrama de Comando: Partida direta. 16 Componentes: L1,L2,L3: Fases. F1,2,3: Fuzis. FT1: Contato relé térmico. M: Motor trifásico. Diagrama de Força: Partida direta. 17 4.2 Partida direta com reversão no sentido de rotação coordenada com disjuntor. Destina-se a máquinas que partem em vazio ou com carga e permitindo a inversão do sentido de rotação. Partidas normais (< 10 s). Para partidas prolongadas (pesadas) deve-se ajustar as especificações do contator, relé de sobrecarga, condutores, etc. Relé de sobrecarga deve ser ajustado para a corrente de serviço (nominal do motor). Este tipo de partida esta previsto na norma de proteção IEC 60.947-4, que visa a eliminar os riscos para as pessoas e instalações, ou seja, desligamento seguro da corrente de curto-circuito. O conjunto estará incapaz de continuar funcionando após o desligamento, permitindo danos ao contator e o relé de sobrecarga ou outro dispositivo. Esquema de ligação da chave de partida direta com reversão coordenada com disjuntor Circuito de potência PE(N) Li L2L3 | i3 |s q! f ee = [t>[+] 2/4] 6 Fa Fz3 1 — — e F | circuito de F22 comando E+ 1/3]5 1]3]5 ERER 1/3 |5 Kit kd RNA a 2lals 2a |5 o ls le 1]3 ACO 2 ja UM [va jun ua] valwa Ko (so [(4)|(5)) (8) (MI DO SA 20 21 Uso de software para simulação de quadro de comando. FluidSIM FluidSIM 4 é um software completo para a criação, simulação, instrução e estudo de circuitos eletropneumático, electro e digital. Todas as funções do programa interagir harmoniosamente, combinando diferentes formas de mídia e fontes de conhecimento em uma forma facilmente acessível. FluidSIM une um esquema intuitivo editor de circuitos com descrições detalhadas de todos os componentes, componente fotos, animações em corte e seqüências de vídeo. Como resultado FluidSIM é perfeito não só para uso em aulas, mas também na sua preparação e como um programa de auto-estudo. Tutorial FluidSIM Tela principal do FluidSIM. 1 – Barra de Ferramentas. 2 – Caixa de componentes elétricos. 22 Para começar um novo modelo clique em ‘New’.Logo pode-se adicionar componentes ao seu modelo clicando em cima do componente e arrastando para a região do modelo. Após serem adicionados, os componentes podem ser conectados apenas clicando na ponta do componente(pequena bolinha no final do desenho do componente)e arrastando para o próximo componente ou a um fio.
Docsity logo



Copyright © 2024 Ladybird Srl - Via Leonardo da Vinci 16, 10126, Torino, Italy - VAT 10816460017 - All rights reserved