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alvenaria, Notas de estudo de Cultura

dicas de alvenaria

Tipologia: Notas de estudo

2011

Compartilhado em 07/09/2011

carlos-linhares-7
carlos-linhares-7 🇧🇷

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Baixe alvenaria e outras Notas de estudo em PDF para Cultura, somente na Docsity! Obras Civis Elevações 1.04 Alvenarias de Vedação 01. DEFINIÇÃO Compreende a execução de alvenarias de vedação com tijolos ou blocos. Para fins desta Especificação, serão considerados os seguintes tipos de alvenarias : Figura 01. Alvenaria singela com blocos cerâmicos 06 furos Figura 02. Alvenaria dobrada com blocos cerâmicos 06 furos 1.04.01 Figura 03. Alvenaria singela com blocos cerâmicos 08 furos Figura 04. Alvenaria dobrada com blocos cerâmicos 08 furos Figura 05. Alvenaria com tijolos cerâmicos maciços a facão CEMOP Obras Civis 1 Elevações 1.04 Alvenarias de Vedação Terminologia Alvenaria a Facão ou Cutelo Sistema de assentamento dos blocos ou tijolos de maneira que a espessura da parede coincida com sua menor dimensão. Em um tijolo de dimensões de 4,0 cm X 9,0 cm X 17,0 cm, a espessura da parede seria de 4,0cm ( Vide figura 05). Alvenaria Singela ou 1 / 2 vez Sistema de assentamento em que a espessura da parede coincide com a dimensão intermediária do bloco ou tijolo. No exemplo anterior, a espessura seria de 9,0 cm (Vide figura 04). No caso de alvenaria com blocos cerâmicos 06 e 08 furos, que não podem ser assentados com os furos voltados para fora, considera-se como assentamento “singelo” aquele que confere à parede a espessura de 9,0 cm (Vide figura 01 e 03). Alvenaria Dobrada ou 1 vez Sistema de assentamento em que a espessura da parede coincide com a maior dimensão do tijolo ou bloco. No mesmo exemplo, a espessura seria de 17,0 cm Vide figura 05). No caso de alvenaria com blocos cerâmicos 06 e 08 furos, que não podem ser assentados com os furos voltados para fora, considera-se como assentamento “dobrado” aquele que confere à parede a espessura de 13,0 e 19 em respectivamente. (Vide figura 02 e 04). Alvenaria em Fogueira Sistema de assentamento em que os tijolos são dispostos em ternos, de forma que a espessura da parede seja a soma de um comprimento mais uma largura do tijolo utilizado. No mesmo exemplo, a espessura seria de 17,0 cm + 9,0 cm + 2,5 cm de junta = 28,5 cm (Vide figura 08). Alvenaria Aparente Alvenaria que, após concluída, não recebe qualquer tipo de revestimento, apresentando como acabamento a superfície dos tijolos ou blocos. Nestes casos, as juntas devem ser rebaixadas e apresentar uma espessura constante, para efeito estético. Alvenaria de Tijolo Refratário 1.04.01 Alvenaria executada com tijolos resistentes a altas temperaturas. E utilizada, principalmente, na indús tria de transformação, em altos fornos siderúrgicos, fornos da indústria de cimento, de vidros e de materiais cerâmicos, caldeiras, na indústria química, petroquímica e de papel etc. Figura 27. Convertedor LD A nível da média e pequena empresa, pode ser utilizada no revestimento intemo de fornos de padarias, fornos de cerâmicas artesanais, em churrasqueiras de restaurantes etc. Os tijolos, por apresentarem composição química (combinações de Alumínio, Cromo, Magnesita e Sílica entre si e com outros elementos) e processo de fabricação complexos, além de requererem mão- de-obra especializada para o assentamento, tornam- se muito caros para utilização não industrial. Entretanto, podem ser adquiridos tijolos considerados como refugo de produção a preços acessívies. O assentamento em fornos é feito com argamassas refratárias apropriadas para cada tipo de alvenaria. Figura 28. Revestimento Básico em Forno de Cimento CE! Obras Civis Elevações Alvenarias de Vedação Os materiais são fabricados, nas mais diversas formas, dimensões e composições químicas, por empresas especializadas como Magnesita S/A e Cerâmica Safran. Figura 29. Linha de Produtos Refratários Escantilhão Régua de madeira com comprimento igual ao “pé- direito” (distância do piso ao teto) do pavimento, graduada com distâncias iguais à altura nominal do bloco ou tijolo a ser empregado, acrescido da espessura da junta, que serve da gabarito para o assentamento. Verga Viga de concreto armado colocada sobre as aberturas nas alvenarias, tais como, vãos de portas e janelas, com a função de sustentar os elementos construtivos sobre elas e impedir a transmissão de esforços para as esquadrias, quando existirem. Contra-verga ou Verga Inferior Viga de concreto armado colocada sob as aberturas de janelas, com a função de evitar o surgimento de trincas na alvenaria. Juntas Amarradas Sistema de execução das alvenarias em que as juntas verticais entre blocos ou tijolos de fiadas consecutivas são dispostas de um maneira desencontrada. 1.04.01 Figura 30. Junta Amarrada Juntas a Prumo Sistema de execução das alvenarias em que as juntas verticais entre blocos ou tijolos de fiadas consecutivas são dispostas de uma maneira coincidente e contínua. Figura 31. Junta Prumo Amarração das Alvenarias Entende-se como amarração de alvenaria o engastamento entre panos de paredes ou entre as paredes e a estrutura da edificação. Cunhamento O cunhamento consta da interposição de materiais resistentes entre a alvenaria e o concreto, devidamente consolidados, de frrma a evitar folgas e trincas nas juntas entre estes elementos. Por este processo, ao se executar a alvenaria, deixa- se um espaço livre entre sua extremidade superior e a estrutura da edificação (viga ou laje). Este espaço será posteriormente preenchido por cunhas de cimento ou por tijolos cerâmicos maciços, fortemente apertados e argamassados, ou por “argamassa expansiva” , própria para este fim, travando-a em relação ao restante da estrutura. CE Obras Civis 1 Elevações 1.04 Alvenarias de Vedação Figura 32. Cunhamento 01 Figura 33. Cunhamento 02 PROJETO DE ALVENARIA INTRODUÇÃO Os métodos empregados no processo construtivo convencional para a execução de alvenarias de vedação, contrapisos e revestimentos de paredes assentam-se em bases bastante artesanais com deficiente fiscalização dos serviços, organização e padronização do processo de produção. Normalmente, os procedimentos adotados nos canteiros limitam-se à reprodução de práticas correntes na construção civil que, no entanto, carecem de confirmação técnica quanto à sua pertinência. Por outro lado, os projetos enviados a estas obras não favorecem a reversão deste quadro, apresentando um nível de detalhamento construtivo insuficiente à consecução de um produto de qualidade assegurada além de conterem incorreções que, não raro, somente são evidenciadas no momento da execução. A insuficiência de detalhamento construtivo corretamente concebido (especificação de materiais e técnicas a serem utilizados, inclusive) pode ser atribuída ao desconhecimento, por parte dos projetistas, das inúmeras e variadas influências físicas a que estão expostas as edificações e do comportamento dos materiais de construção frente a 1.04.01 elas, ao longo do tempo. Além das pesquisas nesta área serem incipientes, é pouco frequente o acompanhamento das obras por seus projetistas, prática que circunscreve os problemas decorrentes de prescrições técnicas incorretas aos canteiros ou, quando não solucionados, transfere-os aos futuros usuários sem contribuir para a melhoria de qualidade de novos projetos que voltam a apresentar as mesmas falhas e erros de concepção. A proposta de elaboração de projetos construtivos para edificações objetiva resgatar para a fase de concepção a responsabilidade pela correção técnica e exegiibilidade das propostas enviadas aos canteiros de obra, dotando-os de instrumentos efetivamente reguladores dos processo de execução de edifícios e definidores da qualidade final do produto. Pressupõe maior estreitamento entre as atividades de projeto e execução, além de avaliações sistemáticas pós-ocupação dos edifícios num processo contínuo de revisão e de aperfeiçoamento das práticas de produção de edifícios convencionais. Para as paredes de alvenaria, a elaboração de projetos executivos visa conceber os detalhes construtivos capazes de assegurar-lhes melhor desempenho de suas funções com vedação, na proteção dos ambientes contra a ação de agentes externos indesejáveis (correntes de ar, águas de chuva, raios visuais, som, calor ou frio, animais, ação do fogo, etc.) e como suporte de instalações prediais e de equipamentos diversos, atendendo aos padrões de habitabilidade e de segurança de seus usuários e à normalização pertinente. PROJETOS AUXILIARES São considerados como auxiliares todos os projetos que forneçam dados para a elaboração do projeto de alvenaria e que deverão estar de posse do profissional projeto de arquitetura; projetos de instalações ; elétrica; telefônicas; incêndio; hidro-sanitárias; gás; projeto estrutural; projeto de impermeabilização. [a PADRONIZAÇÃO ESTRUTURAL/ARQUITETÔNICA Quanto maior for a padronização da estrutura de concreto (como largura da viga, espessuras de laje, CE! l Figura 37. Cena usual de obra onde o eletroduto não é posicionado durante a elevação e a verga não é projetada de modo a permitir a passagem direta. vartaca virtaca E: 10" teca ertaca Errado Troco Beda Soda dt tada atado 2etado risca Figura 38. Utilização de vergas vazadas e, no exemplo, com blocos cerâmicos com furos na vertical, para posicionamento de eletrodutos próximos a vãos Obras Civis 1 Elevações 1.04 Alvenarias de Vedação 1.04.01 A perfeita compatibilização entre alvenarias de blocos (cerâmicos ou de concreto) e as instalações elétricas só ocorrerá quando a exemplo da solução hidro- sanitária, houver completa independência entre os serviços (tubulação externa às paredes de blocos). CONTEÚDO DO PROJETO DE ALVENARIA O projeto de alvenaria, dentro da proposta apresentada neste módulo, tem por objetivo garantir a perfeita compatibilização entre os diversos projetos auxiliares e eliminar as improvisações encontradas praticamente em todas as obras. O projeto de alvenaria prevê a apresentação de três documentos, cujo conteúdo e diretrizes de execução são descritos na seguência : A) Planta de Marcação -1º fiada B) Planta de Amarração - 2º fiada C) Detalhes de Elevação A- PLANTA DE MARCAÇÃO A planta de marcação é a que utilizamos para marcar a primeira fiada de blocos de paredes, portanto, nela deverá constar apenas as informações necessárias para que o operário de marcação execute este serviço, quais sejam : É Posicionamento de todas as paredes do pavimento é Posicionamento das paredes de shafts quando estas forem em alvenaria ô Distribuição e identificação de todos os blocos da primeira fiada ô Locação e identificação dos blocos para instalações contidos na primeira fiada ô Locação dos vãos de portas e de janelas que atingirem a primeira fiada de É Posicionamento das verticais argamassa entre blocos juntas ô Legenda de componentes modulares É Planta chave CE Obras Civis Elevações 1.04 Alvenarias de Vedação Para sua elaboração observar as seguintes diretrizes A.1 - POSICIONAMENTO DAS PAREDES 8 As paredes externas e internas sob vigas deverão ser posicionadas dividindo a sobra da largura do bloco (em relação à largura da viga) para os dois lados. Caso o bloco apresente largura igual ou inferior a da viga, nas paredes externas alinhar pela face externa da viga; ô Paraa locação das paredes empregar cotas acumuladas a partir dos mesmos eixos que foram utilizados para executar a estrutura. Entende-se por cota acumulada a medida da distância entre a linha de eixo e a face da parede do bloco (ver figura 39); É Nas linhas de cotas deverão constar setas indicando a que lado da parede se refere a cota acumulada. Esta deverá ser de preferência a lateral da parede que o operário irá utilizar como alinhamento para esticar as linhas durante a execução da marcação; ê Os números das cotas deverão estar próximo das paredes aos quais se referem, evitando assim que o operário perca tempo localizando as medidas; É — Abaixo das linhas de cotas e de cada medida acumulada deverá ter um pequeno círculo, que servirá para a conferência das medidas pelo mestre ou encarregado durante a execução dos serviços; é As medidas deverão ser indicadas em centímetros, usando apenas um número após a vírgula. Como é comum aparecer nos projetos de arquitetura medidas com dois números após a vírgula, este segundo número deverá ser incorporado à medida do cômodo ao lado para fechamento das cotas. 1.04.01 EXO 1 sí2lo 1205 õ -B Parede Edema Ex; Figura 39. Sistema de cotas da planta de marcação A.2- DISTRIBUIÇÃO DOS BLOCOS à Posicionar primeiramente os blocos dos encontros de paredes, e/ou outros tipos quando for necessário (figura 40). à Em seguida distribui-se os blocos restantes da parede, sempre usando os blocos maiores (inteiros) a partir dos cantos e encontros de paredes, deixando os blocos menores (compensação) para as chegadas em pilares e vãos de portas. Par 131em Par 131em PAR. 131em PAR f6m FZ TR par 194em A K 7 E A PAR. 8.6m Figura 40. Início da distribuição dos blocos Ao distribuir os blocos da primeira fiada deve-se imaginar como ficará a amarração na segunda fiada. Desta forma o projetista poderá observar que em algumas situações a colocação de um bloco menor num determinado local permitirá uma amarração da parede usando somente blocos maiores (inteiros) na segunda fiada. A.3- LOCAÇÃO DE VÃOS NA ALVENARIA ô Na planta de marcação deverão ser locados apenas os vãos de portas, utilizando cotas individuais sempre a partir da parede mais próxima (figura 41). Obras Civis 1 Elevações 1.04 Alvenarias de Vedação à Quando o bloco da boneca da porta for do tipo “T” basta cotar a largura do vão, pois o comprimento da boneca passa a ser constante já que não muda a dimensão do bloco (figura 41). Para vãos de portas ao lado de pilares deve - se deixar uma boneca mínima que permita que o bloco que compõe a mesma seja encabeçado com argamassa e que seja possível apoiar as vergas padronizadas sobre estes vãos (figura 41). PERRETEOS f f IP FEBRE! Rbjas Eli afez] Ps TA! BArBa 15 pa Figura 41. Vãos na alvenaria A.4- JUNTAS VERTICAIS à Prever tanto na planta de marcação quanto na de amarração, duas juntas verticais de argamassa com espessura de 1 cm a 3 cm no bloco de chegada nos pilares, ou seja, entre o pilara e o último bloco e entre o último e o penúltimo bloco (figura 42). Caso o projeto seja modular, estas folgas deverão resultar quando da execução da parede, diminuindo-se a largura das juntas verticais dos demais blocos. 1.04.01 ô Para paredes onde não há pilares e/ou houver a necessidade de mais uma junta vertical de argamassa para absorver a sobra de espaço, esta junta deverá estar localizada pela ordem, ao lado de vãos de portas e depois nos encontros de paredes. Ex:1 poa EE ZFaDa pzI + FADA Ex: 7 T FADA Ea 53 aja [4 ZFADA am (es! 1 FIADA Figura 42. Juntas verticais A.5 - LOCAÇÃO DE SHAFT ô Os shafts só aparecerão locados na planta de marcação quando estes forem fechados com alvenaria, sendo marcados juntamente CE HOP Obras Civis Elevações 1.04 Alvenarias de Vedação indicativo de que as juntas verticais de assentamento estão posicionadas a meia dimensão dos blocos das fiadas adjacentes. Para obtenção deste aparelho deve ser especificada a utilização dos sub-módulos que promoverão a compensação nas dimensões dos componentes, permitindo a propagação das juntas a meio-bloco, a partir do ponto de conjugação de painéis de alvenaria. Este aparelho apresenta melhor desempenho mecânico, se comparado com aparelhos de juntas a prumo ou de juntas posicionadas a dimensões inferiores à metade do componente utilizado. Deve -se evitar a adoção destas soluções, restringindo-as a pequenos trechos de paredes, inferiores a 40 cm, onde não seja possível a amarração a meio-bloco. Nestes casos, deve-se atentar para que não haja solicitações que possam comprometer o desempenho do painel, tais como rasgos para embutimento de tubulações. JUNTAS e meio bloco JUNTAS e prumo JUNTAS é Made bloco Figura 46. Tipos de Juntas entre Fiadas de Bloco 1.04.01 JUNTAS DE CONTROLE Movimentos diferenciais na alvenaria devem ser esperados e seus efeitos controlados : tanto os decorrentes de ações externas - movimentações da estrutura, principalmente - quando de esforços internos à própria parede - provocados pela variação dimensional dos blocos e/ou juntas de assentamento. Os efeitos danosos da deformação da alvenaria traduzem-se, normalmente, no aparecimento de fissuras especialmente em panos muito extensos ou paredes rigidamente fixadas à estrutura. As soluções apresentadas no projeto devem, portanto, adequar-se às características de deformabilidade da alvenaria, de modo a que ocorram os movimentos, sem prejuízos substanciais ao conjunto. O comprimento máximo recomendado para panos contínuos de alvenaria varia em função das características de seus componentes, de suas condições de contorno e das influências climáticas, devendo ser limitado através da inserção de juntas de controle, cuja função será permitir os movimentos relativos entre as partes por elas determinados, absorvendo seus efeitos. Quando não previstas ou indevidamente dispostas, elas serão “auto- conformadas” sob a forma de fissuras ou trincas. Os limites recomendados para o comprimento de panos contínuos de alvenaria de blocos cerâmicos, sem encunhamento rígido, são : Espessura das Paredes com Paredes Paredes Cegas Aberturas (em) (m) (m) 10 10,00 7,50 15 14,00 10,50 Para alvenarias que funcionem como travamento da estrutura ou envolvidas por estruturas muito deformáveis, ou ainda, constituídas por componentes muito suscetíveis às variações ambientais, estes valores devem ser redimensionados. Outras situações que impõem a existência de juntas de controle são a presença de juntas de dilatação na estrutura - necessário sua correspondência nas paredes — ou descontinuidade significativa na altura 15 CE Obras Civis 1 Elevações 1.04 Alvenarias de Vedação ou espessura da parede - posicioná-las na transição dos panos. A INTERAÇÃO BLOCO-ARGAMASSA As propriedades da alvenaria são, em essência, dependentes das características dos componentes constituintes e da adequada interação bloco- argamassa. Esta interação, ou seja, a ação mútua entre os blocos e as juntas de argamassa é a responsável pela obtenção de um produto considerado “homogêneo”, coeso e monolítico, a partir de produtos isolados. Simplificadamente esta ação é designada por aderência bloco-argamassa. A aderência bloco-argamassa é praticamente só mecânica, por ação de encunhamento da argamassa na superfície porosa e irregular do bloco. O fenômeno da aderência pode ser assim explicado : “Quando se coloca a argamassa sobre uma superfície absorvente, parte da água de amassamento, que contém em dissolução ou em estado coloidal os componentes do aglomerante, penetra nos poros e canais da base. No interior destes poros se produzem fenômenos de precipitação do hidróxido de cálcio ou dos géis de cimento ou de ambos. Com a pega, estes precipitados intra-capilares exercem uma ação de encunhamento de argamassa à base conseguindo-se assim a aderência. É fundamental então que a argamassa ceda água ao bloco ou tijolo e que a sucção seja contínua.” Se a quantidade de água cedida for muito intensa em um tempo muito curto o fluxo é interrompido pela impossibilidade da argamassa continuar fornecendo água. Com a interrupção do fluxo a ação de encunhamento é prejudicada pela descontinuidade entre os cristais endurecidos no interior dos poros e os que endurecem na argamassa. Os principais fatores que influem na aderência bloco- argamassa são : a) Qualidade das argamassas : capacidade de retenção de água; 1.04.01 b) Qualidade dos blocos velocidade de absorção (sucção inicial) condições da superfície (partículas soltas, textura, etc.); c) Qualidade de mão-de-obra : tecnologia de assentamento e preenchimento completo da junta, intervalo de tempo entre o espalhamento de argamassa e a colocação do bloco, intervalo de tempo entre a mistura e o uso da argamassa, etc. d) Condições de cura. APERTO DA ALVENARIA ô Paraa execução do aperto obedecer às seguintes condições mínimas : à parede executada há no mínimo 15 dias, ão pavimentos superiores com alvenaria executada. executar o aperto em grupo de pavimentos (por exemplo de 3 em 3) e de cima para baixo, com intervalo mínimo de 24 horas entre eles. Se possível iniciar o aperto pelo último pavimento; é utilizar no aperto argamassa de mesmo traço da de emboço interno, com a diferença que esta argamassa não será amolentada com água pura, e sim com mistura (Rhodopás 012 DC: água) na proporção de 1:5. Também deverá ser prevista uma proteção térmica provisória da laje de cobertura (lâmina de água; blocos cerâmicos) até a data da proteção térmica definitiva; ô preencher a folga do aperto por um lado da parede, aplicando a argamassa com colher de pedreiro e compactando-a em camadas com uma regúinha de madeira, até que a argamassa comece a cair do outro lado. Após 12 horas desta atividade, complementa-se o aperto pelo outro lado da parede, deixando-os acabados e sem rebarbas de argamassa. No caso das paredes externas, o aperto pelo lado de fora será executado pela equipe de emboço no período de preparação da fachada; és manter o local permanentemente limpo. Obras Civis 1 Elevações 1.04 Alvenarias de Vedação FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS Para execução da alvenaria, dentro das diretrizes apresentadas são necessárias as seguintes ferramentas e equipamentos : lápis de carpinteiro lápis de estaca colher de pedreiro “paceta” nº 10/12 prumo de face com 700 gr linha de nylon 100 réguas de alumínio (2,40 - 2,00 - 1,50 m) trena de aço 30 m trena de aço 5 m ou metro de bambu broxa espátula metálica 3" vassoura com cabo pá de bico com cabo marreta V2 kg talhadeira balde plástico 12 litros esquadro metálico (0,60 x 0,80 x 1,00 m) palheta de madeira bancada (andaime) escantilhão metálico caminho giratório caixote metálico para massa suporte metálico para caixote de massa argamassadeira de pavimento E EH D+ EH E Er D+ Eh E D+ EH C+ E E E Eh E D+ Eh E E DE OUTRAS ALTERNATIVAS PARA PAREDES DE VEDAÇÃO PAINÉIS DE GESSO O sistema de execução de paredes de vedação internas com painéis de gesso acartonado tem tradição de uso de um século, sendo emprego nos Estados Unidos, Europa, Ásia, África, América Latina e Japão. No Brasil, este sistema não tem tradição, porém, já começa a ser utilizado de maneira sistemática por algumas construtoras, principalmente no eixo Rio - São Paulo. O sistema é composto, basicamente, por chapas que têm o miolo de gesso estruturado com o cartão de cada lado, funcionando este cartão como aço do concreto, formado uma chapa de grande resistência. Em função de solicitações específicas, os fabricantes possuem placas especiais, como placas resistentes à umidade e placas com maior resistência ao fogo. 1.04.01 Estas chapas são fixadas, normalmente, em estrutura metálica, composta de guias e montantes em aço galvanizado, utilizando-se parafusos específicos. Nas juntas verticais entre chapas utilizam-se fitas e gessos especiais para garantir o acabamento e o não surgimento de fissuras, conforme recomendações dos fabricantes. ESTABILIDADE DA ALVENARIA Condições para que a largura do bloco(lb) satisfaça a estabilidade da alvenaria. dt 2H h As PAP PT Figura 47. Estabilidade da Alvenaria à até 25, não há necessidade de cuidados especiais. À entre 26 e 34, a alvenaria deve ser cuidadosamente estudada quanto à deformação e estabilidade. À > 35 a alvenaria deve ser estruturada. obrigatoriamente COLUNAS NA ALVENARIA A criação de colunas na alvenaria é de sua importância no que diz respeito à sua estabilidade uma vez que as mesmas aumentam a espessura média da alvenaria, reduzindo assim o valor de À. Figura 48. Colunas na Alvenaria Obras Civis 1 Elevações 1.04 Alvenarias de Vedação É As fiadas deverão ser individualmente niveladas e aprumadas com a utilização de nível de bolha e prumo. é Todas as juntas entre os tijolos ou blocos deverão ser rebaixadas com a ponta da colher para que o emboço adira fortemente; à 1.04.01 Os tijolos cerâmicos deverão ser previamente molhados, devendo estar úmidos quando do assentamento; Sobre os vãos de portas e janelas deverão ser executadas vergas de concreto armado convenientemente dimensionadas, com engastamento lateral mínimo de 30,0 cm ou de 1,5 vezes a espessura da parede, prevalecendo o maior; Tijolo espelho 26 1/4" siestribo Tijolo espell Figura 54. Colocação de Vergas és Quando os vãos forem relativamente próximos e é No caso de paredes não estruturais, em vãos na mesma altura, recomenda-se uma única verga acima de 5,0 m, sem contraventamento, para que sobre todos; as mesmas permaneçam auto-portantes, deverá ser executado um reforço longitudinal com barras é Sob os vão das janelas, serão colocadas contra - de ferro engastadas na argamassa de vergas, com seção de 10,0 X 10,0 cm e assentamento e em pilaretes de concreto armado engastamento lateral mínimo de 30,0 cm, para com espessura idêntica à da parede, nela evitar o aparecimento de trincas do tipo abaixo: embutidos; ô Em paredes com altura superior a 3,0 m deverão ser embutidas cintas de amarração, também de concreto armado, a cada múltiplo desta medida. Vão de janela ê Para obras que não exijam estrutura de concreto armado, sobre as alvenarias deverá ser executada uma cinta de amarração, em concreto + armado, para que estas possam receber as lajes. SL DX ET TS ' 1 Figura 55. Trincas em Alvenaria 20 CEI Obras Civis Elevações 1.04 Alvenarias de Vedação Amarração das Alvenarias A amarração das paredes de alvenaria deverá ser feita em todas as fiadas, de forma a se obter um perfeito engastamento. Figura 56. Amarrações das Fiadas e Canto de Parede fig 01 Resemes Figura 57. Amarrações das Fiadas e Canto de Parede fig 02 Figura 58. Amarrações das Fiadas e Canto de Parede fig 03 + Figura 59. Amarrações das Fiadas e Canto de Parede fig 04 não Figura 60. Amarrações das Fiadas e Canto de Parede fig 05 1.04.01 Figura 61. Amarrações das Fiadas e Canto de Parede fig 06 Figura 62. Amarrações das Fiadas e Canto de Parede fig 07 Figura 63. Amarrações das Fiadas e Canto de Parede fig 08 21 CE HOP Obras Civis Elevações 1.04 Alvenarias de Vedação Figura 64. Amarrações das Fiadas e Canto de Parede fig 09 Figura 65. Amarrações das Fiadas e Canto de Parede fig 10 Figura 66. Amarrações das Fiadas e Canto de Parede fig 11 1.04.01 Figura 67. Amarrações das Fiadas e Canto de Parede fig 12 Figura 68. Amarrações das Fiadas e Canto de Parede fig 13 A amarração entre paredes de alvenaria e a estrutura de concreto deverá ser executada da seguinte forma: à Nas juntas horizontais inferiores, o concreto deverá ser apicoado e ter sua superfície umedecida, quando do assentamento, para permitir a perfeita aderência da argamassa. à Nas juntas verticais deverá ser aplicado chapisco com traço T1 (1:3 de cimento e areia) na superfície do concreto que ficará em contato com a alvenaria. ô Nas paredes externas de vedação, a alvenaria deverá ser fixada aos pilares de concreto com barras de aço com diâmetro de 6,3 mm engastadas em 1,/0m na argamassa de assentamento, em, pelo menos, dois pontos em cada extremidade do pano de parede. Entre o tijolo ou bloco e a superfície do concreto deverá 22 CE Obras Civis 1 Elevações 1.04 Alvenarias de Vedação Antes que a argamassa seque, os blocos deverão ser limpos com uma esponja limpa, para não arranhar o vidro. Depois de seca a argamassa, as partes aparentes dos espaçadores deverão ser removidas. O rejuntamento será executado com cimento branco comum. Alvenaria para Sumidouros Serão utilizados blocos cerâmicos 06 furos assentados com os furos voltados para fora. Deverá ser utilizada argamassa traço T4 (1:5 de cimento e 1.04.01 areia), somente nas juntas horizontais. Todos os cuidados adotados para uma alvenaria convencional deverão ser tomados. 03. CRITÉRIOS DE CONTROLE As alvenarias de vedação, em tijolos ou blocos, serão executadas de maneira a se obter um paramento correto, de acordo com as seguintes diretrizes: ã o tipo de tijolo ou bloco, a sua espessura e a sua locação deverão obedecer às dimensões e aos alinhamentos determinados no projeto; êi As paredes deverão ser perfeitamente alinhadas e aprumadas, tanto nos paramentos verticais quanto nos cantos. A verificação deverá ser periódica, durante o levantamento, com comprovação após sua conclusão. Para tal, deverá ser utilizada uma régua de metal ou de madeira, posicionando-a em diversos pontos da parede. Não serão admitidas distorções superiores a 0,5 cm. ô As juntas verticais do tipo mata-junta deverão ser aprumadas; O controle geométrico será feito através da verificação “in loco”. 04. CRITÉRIOS DE PAGAMENTO MEDIÇÃO E Os serviços serão medidos pela área de alvenaria executada, em metros quadrados, obtida em apenas uma das faces do plano da parede (inclusive para alvenaria aparente). Serão descontados todos os vãos, quaisquer que sejam as suas dimensões. No caso de alvenarias de Bloco de Vidro, a limpeza dos blocos, assim como o rejuntamneto com cimento branco estão incluídos no custo, não sendo objeto de medição em separado. O pagamento será efetuado por preço unitário contratual e conforme medição aprovada pela Fiscalização. 25 CE Obras Civis 1 Elevações 1.04 Alvenarias de Vedação 1.04.01 05. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA FONTE CÓDIGO DESCRIÇÃO ABNT | |NBR 5711/82 Tijolo modular de barro cozido Tijolo maciço cerâmico para alvenaria - verificação na resistência al ABNT | |NBR 6460/80 compressão. ABNT | |NBR 7170/83 Tijolo cerâmico maciço para alvenaria ABNT | |NBR 7173/82 Blocos vazados de concreto simples sem função estrutural ABNT | |NBR 8041/83 Tijolos maciço cerâmico para alvenarias - formas e dimensões ABNT |NBR 8042/83 Bloco cerâmico para alvenaria - formas e dimensões Execução de alvenaria sem função estrutural de tijolos e blocos ABNT | |NBR 8545/84 cerâmicos Flecooidro Catálogo de Produtos AUTOR FONTE EDITORA Engo. Milber Fernandes Caderno de Encargos Editora PINI Guedes 26
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