Baixe Tecnologia Bt no Milho: Importância e Luta contra Pragas e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Agronômica, somente na Docsity! UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA SETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E DE TECNOLOGIA CURSO DE AGRONOMIA Atuação da tecnologia Bt no controle de lagartas no milho. Micheli Gabardo Ponta Grossa 2011 1. INTRODUÇÃO A cultura do milho ocupa posição de destaque entre as atividades agropecuárias do Brasil por ser a mais frequente nas propriedades rurais e pelo seu valor de produção, entre as razões, estão seu cultivo na maioria das propriedades rurais e seu valor de produção. O milho é a segunda maior entre as culturas anuais, sendo superada apenas pela soja. O cereal é, ao mesmo tempo, importante produto (fonte de renda) dos agricultores e destacado insumo (matéria-prima) dos criadores de aves, suínos, bovinos e outros animais, compondo parcela majoritária das rações (EMPRAPA SORGO E MILHO, 2011). Por ser uma cultura cosmopolita, o milho é produzido de Norte a Sul do Brasil. A esta diversidade, associa-se uma grande diversidade em relação às tecnologias e aos insumos utilizados, épocas de plantio (safra/safrinha), finalidades de uso (grão, milho verde, milhos especiais, silagem, pipoca etc.) e perfis socioeconômicos do produtor. Uma vez definido o sistema de produção, vários fatores são importantes para a obtenção de uma safra de milho com qualidade e rentabilidade (EMPRAPA SORGO E MILHO, 2011). Atualmente tem se aumentado o número de pragas no milho no Brasil em condições climáticas favoráveis aumentando sua população, consumindo estruturas da planta e comprometendo a produção de grãos. Após a eclosão, as lagartas iniciam o processo de alimentação raspando as folhas jovens do milho. Com o crescimento da lagarta, há maior consumo foliar, portanto ocorre maior injúria nas folhas. Com base nestas informações torna-se indispensável o conhecimento dos malefícios e benefícios dos transgênicos como o milho Bt. 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA No Brasil são produzidas em média, 30 milhões de toneladas de grãos de milho (Zea mays) por ano, provenientes de, aproximadamente, 57% da área nacional ocupada com cultivo de cereais. Por ser uma fonte barata de carboidratos, proteínas e óleo, com uma ampla distribuição geográfica, o milho não somente é utilizado de forma direta na dieta humana e de animais, como também tem valor industrial para produção de bebidas, medicamentos, tintas, plásticos, explosivos, etc. Assim, considerada como uma importante cultura para as necessidades atuais da sociedade moderna, a demanda de consumo e de mercado de milho vem sofrendo contínuo aumento, tanto em níveis nacionais como mundiais. A própria elevação do consumo de derivados de aves e suínos exige indiretamente aumento na disponibilidade de milho, devido à sua incorporação nas rações de crescimento. Para enfrentar tal situação com auto-suficiência e independência tecnológica, é necessário incrementar a produtividade da cultura por área plantada, tanto com estratégias de redução de custos quanto com a incorporação de novas tecnologias ao processo de produção; nesse contexto, torna-se fundamental o desenvolvimento de germoplasma mais produtivo e adaptado aos diversos sistemas de cultivo, bem como a condições edafo-climáticas marginais, sujeitas a inúmeros fatores bióticos e abioticos de estresse à cultura. Raças adaptadas da lagarta-do-cartucho. (ordem: Lepidoptera; espécie: Spodoptera frugiperda) compõem uma das mais importantes pragas que afetam genótipos tropicais de milho, chegando a causar até 34% de redução na produção dessa cultura no Brasil (CRUZ, 1995). ser um milho geneticamente modificado, contém genes introduzidos que levam à produção de proteínas tóxicas a determinadas ordens de insetos considerados pragas( no caso as lagartas).A proteína presente é da espécie bacteriana de solo Bacillus thuringiensis, muito conhecida pela sua forma abreviada .Bt., é de ocorrência cosmopolita, sendo encontrada nos mais diversos ecossistemas do planeta. O gênero Bacillus possui uma fase de esporulação característica no seu desenvolvimento, na qual o esporo bacteriano e cristais protéicos são simultaneamente formados, sendo estes últimos sob forma de inclusões parasporais. Tais cristais em Bt, também chamados de .alfa-endotoxinas, Após ingerida, em ambiente alcalino, é quebrada em pontos específicos, liberando assim um núcleo ativo. No sistema digestivo de humanos e animais superiores como o ambiente é ácido e a proteína é completamente degradada em minutos, não possuindo nenhum efeito em animais superiores ou humanos. Após o núcleo ativo ser liberado, liga-se a receptores específicos na parede do intestino do inseto. Uma vez ligada, a proteína, na forma de cristal, inicialmente inibe a absorção de alimentos e depois provoca poros nas membranas do intestino, destruindo-o por completo e provocando a morte. Somente com estas três condições presentes é que ocorre o potencial inseticida da proteína. Para total efetividade e evitar que haja a resistência ao produto pelos insetos, são utilizadas áreas de refúgio, ou seja, faixas de milho não transgênico, garantindo assim que as lagartas não adquiram resistência à proteína. 5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ABRA MILHO - Disponível em : http://www.abramilho.org.br/noticias.php?cod=240 Acesso dia 16/05/2011 BÜLL L. T., CANTARELLA H. Cultura do milho 1993 Piracicaba – SP Ed. Potafos pág 44. CENTEC – Intituto Centro de ensino tecnológico – Produtor de milho – Fortaleza 2004 – Demócrito rocha CRUZ, I. A lagarta-do-cartucho na cultura do milho. Sete Lagoas, EMBRAPA/CNPMS, 1995 (EMBRAPA/CNPMS, Circular Técnica, 21). EMPRAPA SORGO E MILHO – disponível em: http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/ milho/arvore/CONT000fy779fnj02wx5ok0pvo4k3nojxnsf.html Acesso em 01/05/2011. JAIRO BOUER – Disponível em: http://www.doutorjairobouer.com.br/atualidades.asp?IdConteudo =565&idTipoItem=22 Acesso dia 01/05/2011. PIONEER SEMENTES – Disponível em: http://www.pioneersementes.com.br/Produtos BiotecnologiaMilhoBTDesenvolvimento.aspx Acesso dia 01/05/2011.
