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Provas da ANPEC resolvidas e comentadas
1997 a 2006
4
profissionatizantes em Economia e Administração. É indicada, também, na
preparação para concursos públicos nos quais se exige um grau de conheci-
mento mais aprofundado da Macroeconomia, tais como: analista do Banco
Central, técnico em planejamento do IPEA, auditor da Receita Federal, téc-
nico do Tesouro Nacional, entre outros.
O livro está dividido em cinco capítulos, seguindo o critério adotado
no programa de Macroeconomia do exame da ANPEC. O primeiro apresenta
a solução das questões de contabilidade nacional, abrangendo os conceitos
de renda e produto, batanço de pagamentos, contas nacionais, conceito de
deflator implícito da renda, tabelas de insumo-produto e conceitos de défi-
ck púbtico.
O segundo capítulo trata das questões relacionadas à economia mo-
netária, destacando-se os conceitos e funções da moeda, o sistema mone-
tário, o processo de criação e destruição de meios de pagamento petos
bancos, a oferta de moeda, o multiplicador monetário, o controle dos mei-
os de pagamento e os fatores determinantes da demanda por moeda.
Oterceiro capítulo examina a análise da determinação da renda, no
qual se inserem a Macroeconomia neoclássica, o modelo keynesiano sim-
ples, o modelo [S-LM e o modelo keynesiano completo, a abordagem das
expectativas racionais, os determinantes do consumo e do investimento e
análise das políticas monetária e fiscal em economias fechada e aberta em
diferentes regimes cambiais.
No quarto capítulo, encontram-se as questões sobre flutuações eco-
nômicas e inflação que está integrado por temas retacionados à curva de
Philtips, às teorias dos cicios reais e dos novos keynesianos, à inflação e às
políticas de estabilização.
O quinto capítulo trata dos modelos de crescimento econômico
exógeno e endógero.
Sumário
Capítulo 1
Contabitidade Nacional ..........
Capítulo if
Moedas e Bancos ..
Capítulo HI
Análise de Determinação da Renda ..........
Capítulo IV
Fiutuações Econômicas e Inflação ..........
Capítulo V
Crescimento Econômico...
303
Referências Bibliográficas
Anexo
Gabarito ............
.339
Contabilidade Nacional
onceitos de Renda e Produto. Produto e Renda das Empresas e
das Famílias. Gastos e Receitas do Governo. Balanço de Pagamen-
tos: a Conta de Transações Correntes, a Conta de Capital, o Con-
ceito de Déficit e Superávit. Contas Nacionais do Brasil. Conceito
de Deflator Implicito da Renda. Números Índices, Tabelas de Reta-
ções Insumo-Produto. Conceitos Alternativos de Déficit Público.
Capítulo 1 - Contabilidace Iacienal
ANPEC 2006
QUESTÃO 01
Sobre as contas nacionais, avalie as proposições:
(0) ÁAremessa de dinheiro de brasileiros que residem no exterior a familiares
no Brasil aumenta a Renda Nacional Bruta.
VERDADEIRO.
A Renda Nacional Bruta (RNB) constitui um agregado que considera o
valor adicionado gerado por fatores de produção (capital e trabalho) de propri-
edade de residentes. Assim, a renda gerada por brasileiros no exterior (consi-
derados residentes no Brasil) é computada na mensuração da RNB do Brasil,
enquanto que a renda de estrangeiros no Brasil integra a RNB de outros países.
Referências: Feijó, Ramos, Young, Lima e Galvão, 2004 (páginas 22 a 26).
(1) O PIB corresponde ao valor adicionado de todos os bens e serviços
produzidos em um país, sendo due, por valor adicionado, entende-se o
valor da produção mais o consumo dos bens intermediários.
FALSO.
O PIB corresponde ao valor adicionado de todos os bens e serviços
produzidos em um país, sendo que, por valor adicionado, entende-se o
valor da produção menos o consumo des bens intermediários.
Referências: Lopes é Vasconcellos, 2000 (páginas 26 à 30).
(2) Em geral, países com alto grau de endividamento externo têm ceteris-
paribus, o PIB maior que o PNB.
VERDADEIRO.
Paises com alto grau de endividamento externo possuem elevados
encargos financeiros entre os quais se incluem os pagamentos de juros.
Nesse caso, os países apresentam uma tendência a enviar renda para o
exterior em termos líquidos (RLE), resultando em um PIB superior ao PNB
(PNB = PIB - RLE).
Referências:
ó, Ranos, Youn, Lima e Galvão, 2004 (páginas 23 e 24).
(3) Havendo equilíbrio nas contas do governo, um déficit em transações
correntes do balanço de pagamentos implica um excesso de
investimentos.
VERDADEIRO,
Na Contabitidade Nacional, a poupança bruta total e o investimento
bruto realizados em um determihado periodo têm que ser iguais. A poupan-
Macrçeconoma + 15
Aimir Bittencourt = Fávro Ataliba = Denis! Suliaoo
a
QUESTÃO 02
Com base nas identidades das contas nacionais, avalie as proposições que
se seguem, para uma economia aberta:
(0) Um aumento do déficit público leva a igual elevação do déficit externo.
FALSO.
A partir da conta de capital, pode-se estabelecer a seguinte relação:
Syt 34 + Soy (1), onde
1, - investimento do setor privado,
1, - investimento do setor público,
3, pottpança privada,
5," poupança do setor público,
Se poupança externa (saldo do balanço de pagamentos:em transa-
ções correntes).
Têm-se, aínda, que:
S.=T-G, onde
T- arrecadação ce impostos diretos e indiretos,
G - gastos correntes do governo.
Assim,
L+l=S+(T-G)+S, 2)
LHG+L-T)=5,454 03)
Pode-se observar que c componênte G +l,- T da equação (3)
corresponde ao conceito de déficit público primário que poderia ser igual à
poupança externa (= déficit das transações correntes) se o investimento
privado - |, igualasse a poupança privada - S,. Mesmo assitn, não se pode
confundir o déficit externo, que corresponde ao saldo negativo do balanço
de pagamentos, com o déficit do balanço de pagamentos em conta corren-
te, o qual é equivalente à entrada de poupança externa.
Referências: Feijó, Ramos, Young, Lima « Galvão, 2004 (páginas 67 e 68).
Lopes e Vasconceltos, 2060 (páginas 36, 37 e 278).
(1) Sea poupança externa for igual ao déficit púbtico, a poupança do setor
privado será idêntica zo investimento.
VERDADEIRO.
Do item anterior, equação (3), tem-se que:
(GATOS, + Sã
20 « macueconamis
Capítulo 3 - Contabilidade Nacional
SeG+t-T= Sep então |, =, Ou seja, se a poupança externa for
igual ao déficit público primário, a poupança do setor privado será idêntica
ao investimento privado.
Referências: Feijó, Ramos, Young, Lima s Galvão, 2004 (páginas 67 e 68).
Lopes e Vasconcellos, 2000 (páginas 36, 37 e 2781.
(2) A conta de capitais será negativa quando a poupança doméstica for
menor que o investimento.
FALSO.
Considerando que 5,+ S = 5 constitui a poupança doméstica e que t
+ I,= [é o investimento, tem-se então:
Ee S+Sgo (-9)=5,,>0(1)
A equação (1) informa que o investimento total do pais é financiado
pelas poupanças doméstica e externa e que se a poupança doméstica for
menor que o investimento, então a poupança externa deverá ser positíva.
Como, por definição, o saldo do balanço de pagamentos deve ser
zero, de acordo com o princípio das partidas dobradas que norteia sua
operação, a existência ce déficit na conta de capitais tem como contrapartida
um superávit compensador no balanço de transações correntes.
Nesse caso, o pais está exportando poupança para o resto da mundo,
o que, segundo os critérios da Contabilidade Social, corresponde a uma
poupança externa negativa.
Logo, da equação (1) tem-se:
1254 Sa
Se Sy<0, então S > E, ou seja, a poupança doméstica é maior que o
investimento.
Referências: Feijó, Ramos, Young, Lima e Galvão, 2004 (páginas 172 à 180)
Lopes e Vascorceitos, 2006 (páginas 4 a 44).
(3) Um déficit do balanço de pagamentos poce ser financiado com a perda
de reservas, cujo lançamento contábil terá sinal negativo.
FALSO.
Ocorrendo um déficit no balanço de pagamentos, ele poderá ser fi-
nanciado por uma saída de divisas ou de ouro monetário do país, v que
envolve a diminuição do saldo de uma conta caixa do balanço de pagamen-
tos. Essa variação negativa no volume de reservas do país é indicado por
uma conta credora no item variação de reservas, efetuando-se q lança-
mento contábil.com sinal positivo.
Referências: Lopes e Vasconcellos, 2000 (página 44).
Macroeconomia o 21
Abrir Bittencourt » Fióvio Ataliba + Daniei Suffano
+
(4) A igualdade entre pcupança e investimento é equivalente ao equitíbrio
de mercado de bens.
VERDADEIRO.
O equilíbrio no mercado de bens é expresso peta identidade
macroeconômica básica segundo a qual Produto = Renda = Despesa. Des-
se modo, Y = DA e, em consegiência:
Y=C+S=C+i=DA
Sal.
ou seja, poupança iguala-se aos investimentos.
Y - renda, produto,
DA - despesa agregada,
€ - consumo agregado,
| - investimento,
S- poupança.
Referências: Lopes e Vascencelios, 2000 (páginas 26 a 30).
ANPEC 2004
QUESTÃO 01
Utilizando como referência a estrutura geral do balanço de pagamentos,
julgue as afirmativas:
(0) Aconta de capital é negativa para um país que apresenta superávit em
transações correntes, o que equivale a uma diminuição dos ativos
extemos líguidos em poder dos residentes desta economia.
FALSO,
Na estrutura do balanço de pagamentos destacam-se dois grupos: as
transações correntes, onde se enquadram a movimentação de mercadorias
eserviços, e o movimento de capítais, que se refere aos deslocamentos de
moeda, créditos e títulos representativos de investimentos.
Em termos contábeis, essa divisão implica que os saldos de ambas
as contas sejam iguais com o sinal trocado. Portanto, saldo em transações
correntes (T) + saido da conta de capitais (K) = zero, ou, ainda
T+K=0
22 + mucveconomia
Capítulo 1 - Contabilidade Nacional
No caso em questão, como a conta de capital é negativa, tem-se um
superávit na conta de transações correntes, ou, equivalentemente, um
aumento de ativos externos líquidos do pais indicando que o país é um
exportador de poupança para a formação de capital no resto do mundo.
Referências: Simonsen e Cysne, 1995 (páginas 75 a 85).
ti) Caso não ocorra o pagamento de um empréstimo externo no seu
vencimento, debita-se a conta de amortizações e credita-se a conta de
atrasados comerciais. No momento da tiquidação efetiva desse
atrasado, debita-se esta última conta e credita-se uma conta de caixa.
VERDADEIRO,
Os atrasados referem-se a débitos de contas no exterior que não
foram pagos pelo país na data do vencimento. Case não ocorra o pagamen-
to no seu vencimento, a sistemática contábil é a seguinte: quando um
empréstimo externo se vence e não é pago, debita-se a conta amortiza-
ções como se fosse paga, creditando-se, por sua vez, a conta de atrasados
comerciais. No momento da liquidação efetiva dos atrasados, debita-se
esta última conta, craditando-se uma conta caixa.
Referências: Simensen e Cysne, 1995 (páginas 77 a 35).
t2) O balanço de serviços engioba, entre outros itens, os pagamentos « os
recebimentos relativos a viagens internacionais, seguros,
amortizações, Lucros e dividendos,
FALSO.
Q balanço de serviços apresenta a seguinte estrutura:
Balanço de Serviços:
1) Viagens Internacionais,
2) Transportes,
3) Seguros,
4) Rendas de Capital:
4.1) Lucros e Dividendos,
4.2) Lucros Reinvestidos,
4.3) Juros,
5) Serviços Governamentais,
6) Serviços Diversos:
6.1) Retativos a Fatores de Produção,
6.2) Não Relativos a Fatores de Produção.
Logo, não inclui amortizações cujo registro é feito na conta de movi-
mento de capitais autô
Referências: Simonsen e Cysne, 1995 (página 79).
(3) A renda líguida recebida (+) ou enviada (-) para o exterior é, por
definição, o saldo de serviços de fatores mais o de transferências
Macroeconomia + 23
Amir Bittencourt + Flêvio Ataiiba » Damiel Sutiano
unilaterais. Por sua vez, a transferência líquida de recursos para o
exterior equivale ao saldo comercial mais o saido de serviços de não-
fatores.
VERDADEIRO.
A definição de renda Líquida recebida (+) ou enviada (-) para o exte-
rior é dada pela soma do saldo de serviços. de fatores e transferências
unilaterais.
Por seu turno, a transferência líquida de recursos para o exterior
corresponde ao saldo das exportações de bens e serviços não fatores sobre
as importações de bens e serviços não-fatores ou, equivalentemente, ao
saldo comercial mais o saldo de serviços não-fatores.
Essa decomposição do saldo do balanço de pagamentos em conta cor-
rente em transferência líquida de recursos e renda liquida enviada para vp exte-
-Ror, embora menos convencional, é mais funcional do que a divisão tradicional
entre balanço comercial, balanço de serviços e transferências unilaterais.
Referências: Simonsen e Cysne, 1995 (péginas 71 a 89)
(4) O aumento do passivo extemo liquido de um país em determinado
período de tempo é equivalente ao déficit, nesse mesrro período, dos
movimentos de capitais autônomos e compensatórios.
FALSO,
O aumento do passivo externo líguida de um país em determinado
pericdo de tempo é equivalente ao déficit, nesse mesmo períede, co balan-
gº de pagamentos em transações correntes. Por outra tado, um superávit
em transações correntes equivale a um aumento no saido líquido total de
ativos externos em poder dos residentes do país.
Referências: Simonsen e Cyste, 1995 (páginas 79, 91 a 98).
QUESTÃO 02
Com base nos princípios da contabilidade nacional, julgue as afirmativas:
(0) Em uma economia aberta, a absorção coincidirã com o produto,
independente do sinal do saldo comercial do país.
FALSO.
A absorção é definida como a soma do consumo mais.o investimen-
to. É o valor dos bens e serviços absorvidos pela sociedade no consumo ou
na ampliação do estoque de capital em determinado período de tempo.
Numa economia aberta, a absorção pode ser diferente do produto. Por exem-
Plo, se a economia exporta bens e serviços mais que importa, parte dessa
24» Mascaanunia
Capítulo [ - Contabilidade Naciona!
produção total não é absorvida pelo país, mas pelo exterior, no consumo vu
na formação de capital, o que implica um excesso de produto sobre a ab-
sorção. O saldo líquido das exportações de bens e serviços sobre as impor-
tações corresponde ao excesso ca produto sobre a absorção.
Referências: Simonsen e Cysne, 1995 (páginas 129 a 132).
ti) A poupança bruta, em uma economia fechada e sem governo, é idêntica
à soma da formação bruta de capital fixo mais a variação de estuques.
VERDADEIRO.
Na contabilidade nacional, a despesa agregada representa as possí-
veis destinações do produto. Numa economia fechada e sem governo, tra-
ta-se da absorção interna (consumo mais investimento), Já a renda tem
como destino o consumo ou à poupança (parcela da renda não consumida).
Pela identidade macroeconômica básica: produto = despesa = renda.
Lego,
C+S=C+1
O investimento abrange a formação bruta de capital fixo (edifícios,
máquinas e equipamentos) e a variação de estoques.
Referências; Lopes e Vasconcellos, 2000 (páginas 26 à 30).
Simonsen e Cysne, 1995 (páginas 125 a 132).
(2) Em uma economia aberta e sem governo, são registradas como
importações apenas as aquisições de bens e serviços que não
correspondam ao pagamento de fatores de produção. Este último é
computado no cáicuta ca renda Uquida enviada ao exterior.
VERDADEIRO,
Lisando uma classfficação funcional do balanço de pagamentos em
transações correntes, tanto as exportações quanto as importações, isto é,
o saldo expresso pelo balanço comercial, registram as vendas e compras,
respectivamente, de bens além de serviços não correspondentes aos paga-
mentos de fatores de produção (fretes, seguros e viagens internacionais).
Os pagamentos e recebimentos de serviços de fatores de produção tais
como lucros retidos, juros, aluguéis, royalties e assistência técnica enqua-
dram-se no item renda liquida enviada ao exterior.
Referências: Simonsen e Cysne, 1995 (páginas 138 a 143).
(3) Ototal dos créditos da conta de produção, em uma economia aberta é
com governo, é a soma do consumo total, investimento bruto e
importações. Portanto, o total dos créditos representa à soma da
despesa interna bruta mais exportações.
FALSO,
Mecroeconomia o 25
Almir Elttencoure + Flávio Ataliba = Dantai Sutiano
al que representa um tipo de variável estoque (todo o acúmulo de bens de
um agente em um determinado mômento).
Referências: Mankiw, 2004 (página 14),
Sachs e Larran, 2000 (páginas 38 a 41).
ANPEC 2001
QUESTÃO 01
A partir dos seguintes dados jexpressos em unidades monetárias):
Consumo prívado = 200
Investimento privado = 50
Gastos (consumo e investimento) da Governa = 25
Receitas do Governo = 10
Exportações de bens e serviços não-fatores = 20
importações de bens e serviços não-fatores = 18
Renda líquida enviada ao exterior = 5
Saldo da balança de serviços « -8
Transferências unilaterais (ao exterior) = O
Satdo do balanço de pagamentos = 4
Indígue se as afirmações são falsas ou verdadeiras:
(0) O PIB é igual a 267.
FALSO.
O PIB é a oferta interna de bens e serviços na economia em determi-
nado período de tempo. Logo,
PB=C+G++X,- Ma
PIB=C+(G+1)+1,*X,- My, Onde
PIB - produto interno bruto,
€- consumo privada,
G - gastos do governo,
|- investimento total,
E, - investimento do governo,
E - investimento privado,
Xu” exportação não-fatores,
My - importação não-fatores.
30 + marmoeconamia
Uspítgio I - Contabilidade Naclanat
Substituindo os valores, tem-se:
PIB =200+25+50+2
PIB = 277.
Referências: Lopes é Vasconcetlos, 2000 (págirias 3% a 33).
(1) O PIB é maior que o PNB.
VERDADEIRO.
PNB = PIB - RLEE, onde:
PNB - produto nacional bruto,
PIB - produto interno bruto,
RERE - renda líquida enviada ao exterior.
Logo,
PNB=277-5
PNB = 272,
Assim, 277 (PIB) > 272 (PNB).
Referências: Saci c Larrain, 2000 (páginas 27 a 29).
Simonsen e Cyme, 1995 (páginas 89 à 91).
(2) A variação de reservas cambiais é igual a -1.
FALSO.
As reservas cambiais correspondem ao saldo do balanço de pagamentos.
Assim, de acordo com a questão, a variação de reservas cambiais é igual a 4.
Referências: Paulani e Braga, 2003 (páginas 182 é 183).
Simonsen e Cysne, 1995 (páginas 77 a 85).
(3) O saldo da balança de capitais é iguala 15.
FALSO.
Inicialmente, vamos calcular o saido em transações correntes (TC).
Para tanto, somamos o saldo do balanço comercial (BC), ao balanço de
serviços (BS) e às transferências unilaterais (TU). Assim, temos
TC=BC+BS+TU
TC = (20-18) + (-8) + (0)
C=-6.
Por outro lado, o saldo total do balanço de pagamentos (BP) é dado
pela soma das transações correntes com o movimento de capitais (MC). Logo,
BP= TC +MC
ás «6 + MC
MC = 10.
Macroeconomia + 3f
atm Eittencoure » Flávio Atafibe » Denial Sutiaro
Assim, o saldo da balança de capitais é igual à 10.
Referências: Simonsen e Cysne, 1995 (página 79).
(4) O déficit primário do governo é igual a 15.
VERDADEIRO,
O déficit primário corresponde ao déficit nas contas do governo com
a exclusão dos pagamentos de juros, ou seja, a condução da política fiscal
do governa ao apurar a arrecadação de impostos e os gastos correntes e de
investimentos, independente da divida pública.
Déficit primário (DP) = gastos do governo (G) + investimento do
governo fl.) - impostos (T).
P=(G+I)-T
DP=25-10
DP =15.
Referências: Lopes e Vasconcellos, 2600 (páginas 278 a 280).
Sachs e Larrain, 2000 (páginas 361 e 362).
QUESTÃO 14
Em uma econornia, para um dado ano, obtêm-se os seguintes resuitados
(em % do Produto Nacional Bruto - PNB):
Investimento público; 5%
Investimento privado: 14%
Déficit operacional do setor público: 0%
Béficit real do batanço de pagamentos em transações correntes: 0%
Imposto inflacionário: 3%
Calcule, em % do PNB, a paiipança real do setor privada,
Solução
Déficit operacional (DO) = déficit púbtico real (DPR) + imposto infla-
cionério (11).
Déficit público real (DPR) = investimento do governo (£) - poupança
real do governo (S,).
Logo,
PNB PNE PNB PN8
DO 4 Se MH
32 + mesrceconema
Capítulo T - Contabilidade Nacional
Ses
0=0,05- cão + 0,02
Sar
PNB
De acordo com a identidade macrneconômica básica (poupança real
do governo mais poupança real privada mais poupança externa é igual à
investimento do governo mais investimento privado), em termos de PNB:
= (0,08 = 8%.
Sa t Sa 48
PNS
ER
PNE “ PNS
0,08 + + 0=0,05+0,14
PN:
Sao
PNB
=0,19-0,08
Syr =
PRE =0,11 ou 11%
Referências: Simonsen e Cysne, 1995 (páginas 161 a 165 é 177 a 182).
QUESTÃO 15
Suponha taxa de juros nominal de 12%, inflação de 2%, superávit fiscal
primário e relação dívida pública/ PIB iguais a 5% do PIB. Para que a relação divida
púbtica/PIB permaneça constante, qual deve ser, em %, 0 crescimento real do PIB?
ANULADA.
ANPEC 2000
QUESTÃO 14
indique se as afirmativas são faisas ou verdadeiras:
(0) O fato de o Brasil ser devedor liquido contribui para que o produto
interno bruto do país seja maior que o produto nacional bruto.
VERDADEIRO.
Macecacanomia * 33
Alem Bitrencoure + Elfvia Atalho + Dantes Suliano
Es
O PIB é uma medida referente a renda total da produção interna,
enquanto o PNB mede a renda total ganha pelos nacionais.
Arenda líquida enviada ao exterior corresponde ao saido de serviços
fatores sontado ao saldo de transferências unilaterais. O saldo, quando
negativo, exprime o que o país paga ao resta do mundo pelo uso de fatores
de produção do exterior, ou, ainda, como doações.
Na contabilização do produto nacional, a produção de propriedade
dos residentes do país exclui a remuneração de fatores estrangeiros. Paí-
ses devedores internacionais, como é o caso do Brasil, transferem renda
para o exterior em forma de pagamentos de juros, e como a produção
interna independe do uso de fatores nacionais ou estrangeiras, isso corro-
bora para que o produto interno seja maior que o produto nacional.
teferências: Lopes e Vasconcellos, 2000 (páginas 3% a 33).
Nankiw, 2004 (páginas 19 e 20).
Simonsen = Cysne, 1995 (páginas 89, 90 e 138 à 143).
(1) Av contrária dos fluxos de investimentos diretos, os fluxos de capitais
de curto prazo são contabitizados como “transações correntes” no
Balanço de Pagamentos.
FALSO,
O saido do balanço de pagamentos em transações correntes é resul-
tado da soma do balanço comercial, do balanço de serviços e das transfe-
rências unilaterais. Em nenhum dos três balanços contabilizam-se os fluxos
de capitais de curto prazo. Assim como os investimentos diretos, as capitais
de curto prazo são contabitizados no movimento de capitais autônomos.
Referências: Simonsen e Cysne, 1995 (páginas 77 a 85).
(2) O aumento de importações, fretes e seguros provoca, ceteris paribis,
aumento da renda liquida enviada 20 exterior.
FALSO.
Uma forma aiternativa de Cividir o satdo em transações correntes é
decompô-lo em duas categorias, a saber: transferência líquida de recursos
e renda líguida enviada ao exterior.
Define-se a transferência líquida de recursos para o exterior como o
saldo das exportações de bens e serviços não-fatores sobre as importações de
bens e serviços não-fatores. Por sua vez, a renda liquida enviada ao exterior é
definida como o satdo de serviços fatores mais o de transferências unilaterais.
importações, fretes e seguros são categorias de serviços não-fato-
res (transferência líquida de recursos) e não de serviços fatores (renda
líquida enviada ao exterior).
Referências: Simonsen e Cysre, 1998 (páginas 89 a 91).
34 + Merroeconemia
Capítulo 3 - Contabilidade Iencienat
(3) Os juros sobre a dívida pública, por não serem contrapartida da
prestação de serviços, não são contabilizados como parte da renda
pessoal disponível.
FALSO.
Renda pessoal disponível é definida como a soma dos salários, dos
juros-e aluguéis pagos a indivíduos, dos lucros distribuídos a indivíduos,
das transferências do governo a índivíduos, subtraídos os impostos diretos
destes.
Dessa forma, os juros da dívida púbtica representam uma rermunera-
ção dos fatores de produção da renda pessoal (remuneração do capital de
empréstimo), e, portanto, são contabitizados como parte da renda pessoat
disponível.
Referências: Mankiw, 2004 (páginas 19 e 20).
Simonsen e Cysne, 1995 (páginas 129 a 132 e 745 a 151).
QUESTÃO 15
Considere as seguintes operações:
fa) O Barco Central compra ouro no mercado intemo;
(b) Ingressam no país equipamentos estrangeiros, sob forma de
investimentos diretos sem cobertura cambial;
(cj O país recebe donativos sob forma de mercadorias;
(d) O pais recebe empréstimo de regularização em moeda do FMI.
Indique se as afirmativas são falsas ou verdadeiras:
(0) A transação (a) não é contabitizada no balanço de pagamentos.
FALSO,
A compra de ouro pelo Banco Central no mercado interno é registrada
no balanço de pagamentos através de um lançamento a débito na conta
“ouro monetário” e por um lançamento a crédito na conta “contrapartida
para monetização/desmonetização”, ambas integrantes do movimento de
capitais compensatórios.
Referências: Simonsen = Cysne, 1995 (páginas 75 a 55).
tt) Atransação (b) deve ser contabilizada com sinal negativo na conta
“importações” e com sinal positivo na conta “investimentos diretos”.
VERBADEIRO.
No balanço comercial, o saido das importações são computados com
sinal negativo. Por seu turno, no movimento de capitais autônomos regis-
Macroneonemia + 35
Almir Bittencourt » Flávio Ataliba « Daniei Suliano
é
Dado que o PIB. do ano base é igual a 56.000 (item), a taxa de
inflação é dada por
à. 81.000--56.090
& 56.000
5.000
&* 56.000
Logo, 8,9% <« 12,4%.
Referências: Simonsen e Cysne, 1995 (páginas 214 a 221).
ANPEC 1998
QUESTÃO 15
Acmita que as seguintes operações foram realizadas entre o Brasile
o exterior num dado periodo:
Um grupo japonês realiza investimento de 500 milhões de dólares na
privatização da Vale do Rio Doce.
Companhias estrangeiras instaladas no Brasil remetem lucros de 5
milhões de dólares ao exterior.
Uma agência de turismo brasileira efetua pagamentos a uma cadeia
de hotéis norte-americana no valor de 20 milhões ce dálares, referentes a
serviços de hospedagem a turistas brasileiros.
Uma montadora francesa de automóveis investe 100 milhões de dó-
lares na construção de uma fábrica na Paraná.
O Brasil importa, pagando à vista, 180 milhões de dólares em auto-
móveis coreanos.
O Brasil paga ao exterior 50 milhões de dólares em fretes,
O Banca Centrat do Brasil refinancta, junto a um credor norte-ameri-
cane, o pagamento de juros vencidos no valor de 8€ milhões de dólares.
Uma companhia aérea americana realiza uma compra à vista de avi-
ôes brasileiros no vator de 150 milhões de dólares.
48 + macmecaramiz
Capítulo 7 - Contabilidade aciona
Uma indústria brasileira de autopeças importa maquinário da Alema-
nha no valor de 60 milhões de dólares, financiados a longo prazo por um
banco alemão.
Solução
Considere a estrutura abaixo do Balanço de Pagamentos:
1. Balanço Comercial: (-90)
1.1. Importações: (-180), (-60)
1.2. Exportações: (+150)
2. Balanço de Serviço!
- Lucros remetidos: (-50)
2.2. Turismo no exterior: (-20)
2.3. Juros refinanciados: (-80)
2.4. Pagamento de fretes: (-50)
3. Saldo do Balanço de Pagamento em Conta Corrente: (-290)
4, Balanço de Capitais: (+740)
4.1. Investimentos: (+500), (+100)
4.2. Refinanciamento: (+80)
4.3. Financiamento Longo Prazo: (+60)
5. Saldo Total do Balanço de Pagamentos: (+450)
Referências: Simonsen e Cysne, 1995 (páginas 75 a 85).
-200)
Classifique as seguintes afirmações, sobre batanço de pagamentos, como
Verdadeiras ou Falsas:
(0) O déficit no batanço comercial é de 30 milhões.
FALSO.
O déficit no balanço comercial é de 90 milhões.
Raferências: Simonsen e Cysne, 1995 (página 79)
(t) O movimenta autônomo de capitais é de 660 milhões.
FALSO.
O movimento autônomo de capitais é de 740 milhões.
Referências: Simonsen e Cysne, 1985 (página 79).
(2) O déficit em transações correntes é de 290 milhões.
VERDADEIRO,
O saldo em transações correntes (3) é dado peia soma do balanço
comercial (1) maís o balanço de serviços (2). Logo,
S)= (1) + 0)
()= (90) + (-200)
(3)=- 290.
Referências: Simonsen e Cysne, 1995 (página 79).
macroeconomia + df
Atmir Bittencourt + Flóvio Atafiba + Domie! Sulleno
Bjo superávit total do balanço de pagamentos é de 450 milhões. .
VERDADEIRO.
Osaldo total do balanço de pagamentos (5) é dada pela soma do saldo em
transações correntes (3) mais o movimento de capitais autonômos (4). Logo,
6j=G)+ (4)
65) = (-290) + (740)
(5) = 450,
Referências: Stmonsen e Cysne, 1995 (página 79).
ANPEC 1997
QUESTÃO 05
Um pais realiza em determinado ano as seguintes transações com q
exterior:
fa) Pagamento de seguros: 10 unidades monetárias.
(b) Investimento direto de não-residentes: 20 unidades monetárias.
(cl Exportações de bens: 400 unidades monetárias.
(d) Importações de bens: 300 unídades monetárias.
(e) Lucros reinvestídos: 20 unidades monetárias.
(f) Pagamento de fretes: 50 unidades monetárias.
(g) Amortização de divida externa: 10 unidades monetárias.
(h) Entrada de capital de curto prazo: 50 unidades monetárias.
(1) Remessa de lucros: 100 unidades monetárias.
()) Pagamento de juros da divida externa: 50 unidades monetárias.
Solução
De acordo com os dados acima, tem-se a seguinte estrutura geral do
Balanço de Pagamentos:
1. Balanço Comercial: (+100)
1.1. Exportações: (+400)
1.2. Importações: (-300)
2. Balanço de Serviços: (-230)
2.1. Seguros: (+10)
2.2. Lucros reinvestidos: (-20)
42 + tecroeconomia
Capítulo 1 - Contabilidade Nacional
2.3. Fretes: (-50)
2.4. Lucros: (+100)
2.5. Juros: (-50)
3. Transferências Unilaterais (Doações): (0)
4. Transações Correntes: (-130)
5. Balanço de Capitais: (+80)
4. Investimentos diretos: (+20)
5.2. Reinvestimentos: (+20)
5.3. Arnortizações: (-10)
5.4. Capitais de Curto Prazo: (+50)
Referências: Simonsen e Cysne, 1995 (páginas 75 a 85).
Com base nas informações acima, indique se as proposições abaixo são
falsas ou verdadeiras:
(0) A transferência líquida de recursos ao exterior é igual a 50 unidades
monetárias.
FALSO.
A transferência líguida de recursos ao exterior (TLRE) é dada pelo
saldo das exportações de bens e serviços não-fatores sobre as importações
de bens e serviços não-fatores. Isso equivale ao saldo comercial mais o
saldo de serviços não-fatores. Logo,
TLRE = Balança Comercial + Seguros + Fretes
TRE = (100) + (-10) + (-50)
TLRE = 40.
Referências: Simonsen e Cysne, 1995 (páginas 89 a 91).
(1) O balanço de pagamento em conta corrente apresenta um déficit de
120 unidades monetárias.
FALSO,
O saido em transações correntes (4) é dado peta soma do balanço
comercial (1), mais o balanço de serviços (2), mais as transferências unita-
terais (3). Logo,
(= (+02) + 8)
(4) = (+100) + (-230) + (0)
(4) = 130.
Referências: Simonser, e Cysne, 1995 (página 79).
(2) Arenda líquica enviada ao exterior é de 170 unidades monetárias.
VERDADEIRO.
O saldo do batanço de pagamento em conta corrente (TC) é dado pela
transferência de recursos para o exterior (TLRE) mais a renda líquida rece-
Macroeconomia» 43
Amir Bittencuuet + Flávio Ataliba » Daniel Soliano
bida do exterior (RLRE). Logo,
TC = TLRE + RLRE
-130 = 40 + RLRE
RLRE = 179,
Por sua vez, a renda líquida enviada ao exterior corresponde à renda
tíquida recebida do exterior com sinal trocado, Assim, RLEE = 170, onde
RLEE é a renda líquida enviada ao exterior.
Referências: Simonsen e Cysne, 1995 (páginas 89 a 91),
(3) Aconta de capital apresenta um superávit de 80 unidades monetárias.
VERDADEIRO.
O saldo cia conta de capital é dado pela soma dos investimentos
diretos, reinvestimentos, amortizações e capitais a curta prazo. Logo, apre-
senta um superávit de 80 unidades monetárias.
Referências: Simonsen e Cysne, 1995 (página 79).
QUESTÃO 13
Suponha que uma economia absorva recursos externos de não-resi-
dentes e, para que não haja pressão sobre os meios de pagamento, o Banco
Central (BACEN) esterilize 0 excesso de moeda, emitindo dívida pública.
Devido a políticas de ajustamento de curto prazo os juros domésticos estão
muito mais elevados do que os internacionais. Após alguns meses os recur-
sos são enviados para fora do país, Para que o câmbio não se desvalorize o
BACEN toma recursos emprestados elevando a dívida externa. Com base
neste cenário, indique se as proposições abaixo são falsas ou verdadeiras:
(0) A economia absorveu recursos reais.
FALSO,
A absorção liguida de recursos do exterior, denominada de hiato de
recursos, refere-se à importação de bens e serviços não-fatores em exces-
so às exportações de bens e serviços não-fatores de um determinado país.
Não se deve confundir com entrada de capitais de curto prazo.
Referências: Simonsen e Cysna, 1905 (páginas 89 à 95).
(1) O PNB reduziu-se.
VERDADEIRO.
Com o retorno do capital de curto prazo às suas origens, são também
acrescidos os juros (ou outra remuneração do capital), os quais são
44 + secscaconemia
Ceoituto 1 - Contabilidade Kactenal
contabilizados no balanço de rendas, elevando o valor da renda líquida en-
viada ao exterior (RLEE) ou reduzindo a renda líquida recebida do exterior
(RLRE), Como: PIB - RLEE = PNB ou PIB + RLRE = PNB, constata-se, pois,
uma redução no valor do PNB.
Referências: Simonsen e Cysne, 1995 (página 148),
(2) Houve um ganho de capital por parte dos ofertantes de divisas.
VERDADEIRO,
K2 - recursos externos de nãp-residentes absorvidos pela economia
e expressos em dólar,
Ki=K3 x E, - recursos externos de não residentes absorvidos pela
economia e convertidos em real,
R$
E- Us taxa de câmbio vigente no momento do ingresso dos
recursos externos de não residentes,
KP=KE(1 =") - montante da aplicação, no país, dos recursos exter-
nos de não-residentes, pelo período n à taxa de juros composta r,
1
K?= EX KRgt + 1)" - montantes dos recursos externos resgatados no
y
final da aplicação e convertidos em dólar,
R$ a
E= Uss - taxa de câmbio vigente no momento em que os recursos
externos são enviados para fora do país.
O Banco Central atuou no mercado de câmbio a fim de manter a taxa
de câmbio constante, no período compreendido entre o ingresso e a saída
dos recursos externos, E= E - E, Logo, tem-se que:
K?=K$(1+rn - que-corresponde ao montante da aplicação dos re-
cursos externos no país.
Se os não-residentes tivessem aplicado os mesmos recursos (KB) no
mercado internacional, o montante obtido seria:
KZ= Ka + rp
Como os juros domésticos são. muito mais altos do que 95 internaci-
onais, tem-se que:
K? >KPouKE - K%> O, que representa o ganho obtido petos não-
residentes ao optarem pela aplicação ds seus recursos no Brasil.
Referências: Blanchard, 2004 (páginas 389 a 392).
(3) O saldo do balanço de pagamento em transações correntes ficou
Macrcsconomia + 45
ani Bittencourt» Elivio Ataiibo + Danici Sufiano
pagamento (Mf), na medica em que essas reservas determinam a disponi-
bilidade de recursos para empréstimos pelos bancos comerciais.
Referências: Lopes e Vasconceilos, 2000 (páginas 63 e 54).
Simonsen « Cysne, 1995 (páginas 40 a 46),
(3) Se o Banco Central quiser aumentar a quantidade de moeda na
economia, ete pode realizar operações de mercado aberto que envolvam
venda de títulos públicos, ou reduzir as alíquotas do compulsório.
FALSO.
Os três principais instrumentos de política monetária à disposição
da autoridade monetária são:
- as reservas compulsórias,
- a politica de redesconto,
- as operações de open market ou mercado aberto,
Se o Banco Central quiser aumentar a quantidade de moeda na eco-
nomia, ele pode realizar operações de mercado aberto que envolvam a
compra de títulos públicos ou reduzir a alíquota do compulsório,
Referências: Lopes e Vasconcelios, 2000 (páginas 68 e 69)
Simonsen e Cysne, 1995 (páginas 32 a 46).
(4) A base monetária é por definição igual à reserva bancária mais os
depósitos à vista nos bancos.
FALSO.
A base monetária (B) é constituída pelo papel-moeda em poder do
público (PMPP) mais o total das reservas dos bancos comercais (r, = reser-
vas compulsórias no Banco Central, r, = reservas voluntárias no Banco Cen-
traler, = encaixe técnico dos bancos comerciais - reservas em dinheiro).
Assim, tem-se:
B=PMPP+R
B=PMPP ++.
Referências: Lopes e Vasconcellos, 2000 (página 65).
Simonsen = Cysne, 1995 (páginas dO a 46).
ANPEC 2004
QUESTÃO 03
Tendo em conta conceitos relativos ao sistema monetário, julgue as propo-
sições:
50 + macroeconomia
Capitulo EE = pm
(0) Define-se papel-moeda em poder do pública como sendo q saido do
papel-moeda emitido menos a caixa em moeda corrente dos bancos
comerciais.
FALSO.
O papei-maeda emitido corresponde ao total de moeda legal existen-
te, autorizada pelo Governo ou pela Banca Central. Já o papel-moeda em
circulação é definido como sendo o satdo do papel-moeda emitido menos o
encaixe do Bance Central. Por fim, o papet-moeda em poder do público é
igual ao papel-moeda em circulação menos a caixa em moeda corrente dos
barcos comerciais. Dessa forma, tem-se:
Saldo do papel-mocda emitido menos caixa do Banco Central = Saido
do papel-moeda em circulação.
Saldo da papel-moeda em circulação menos caixa em moeda corren-
te dos bancos comerciais = Saido do papet-moeda em poder do público.
Até o primeiro trimestre de 1986 0 Banco do Brasil era considerado,
juntamente com o Banco Central, como um integrante do que se
convencionou denominar de Autoridades Monetárias. Isto ocorria porque o
Banco do Brasil desempenhava certas funções típicas de Banco Central.
Seus encaixes em moeda corrente eram computados para diferenciar os
conceitos de saido do papet-moeda emitido (PME) e saldo do papel-moeda
em circulação (PMC). Com o fim desse sistema híbrido, em 1986, o Banco
do Brasil passou a exercer exclusivamente as funções de um banco comer-
cial. Por outro lado, cs encaixes em moeda corrente do Banco Central pas-
saram a ser iguais, não sendo mais necessária a distinção entre os concei-
tos de PME e PMC, além de uma mudança no valor da base monetária na
qual passou a não inclirir o saldo de depósitos à vista no passivo do Banco
do Brasil. Na solução estamos considerando a sistema híbrido existente até
1986, porque o item conduz a essa interpretação.
Portanto, é considerado papel-moeda em poder do púbtico quaiquer
papet:-moeda emitido que não se encontre em poder do setor bançá! cio (Banco
Centrale bancos comerciais) da economia.
Referências: Simonsen e Cysne, 1995 (páginas 19 a 24).
(1) Osetor bancário cria meios de pagamento quando, por exemplo, adquire
bens ou serviços junto ao público, pagando em moeda corrente.
VERDADEIRO.
Para que o setor bancário cris meios de pagamenta é necessário que
este adquira algum haver não-monetário do setor não-bancário da econo-
mia, pagando em moeda manuai (papel-moeda em poder do público) ou
moeda escritural (depósitos à vista do púbtico nos bancos comerciais). No
Macresconania o SÍ
“Almir Bittencourt » Fiduto Atotibe « Danie! Sutiano
caso em questão, bens ou serviços do público (setor não-bancário) são
considerados um haver não-monetário tendo como contrapartida um paga-
mento em moeda corrente ocorrendo, assim, monetização da economia
pelos bancos.
Referências: Lopes e Vasconcellos, 2000 (página 67).
Simonsen e Cysne, 1995 (páginas 32 a 40).
(2) No cátcuto dos meios de pagamento, a noção de moeda manual
empregada é a do saldo do papel-moeda em poder do público, vale
dizer q total emitido menos os encaixes em moeda corrente dos bancos
comerciais e do Banco Central.
VERDADEIRO.
Para o cálcuto dos meios de pagamento, a noção que se usa como
moeda manual é a do saldo do papel-moeda em poder do público, a sa-
ber, o total emitido de papel-moeda pele Banco Central menos os encai-
xes em moeda corrente deste último e dos bancos comerciais, Logo, os
meios de pagamento compreendem o total das disponibilidades do setor
não-bancário.
Referências: Simonsen e Cysne, 1995 (páginas 19 à 24).
(3) Os recursos em poder dos bancos comerciais incluem apenas o
patrimônio líquido, os depósitos à vista recebidos do público e os
empréstimos recebidas do Banco Central.
FALSO.
Os recursos em poder dos bancos comerciais correspondem a seu
passivo no balancete consolidado dos mesmos. Este passivo é composto
pelos recursos próprios (patrimônio liquido), depósitos à vista e a prazo
recebidos do público, redescontos e outros recursos oriundos do Banco Cen-
trai, empréstimos externos e demais exisibilidades.
Referências: Lopes e Vasconcelios, Z000 (páginas 66 e 67).
Simonsen 2 Cysne, 1955 (páginas 25 a 28).
(4) Para que uma determinada transação origine uma variação nos meios
de pagamento, é necessário que ela ocorra entre o setor bancário co
setor não-bancário da economia. Sendo assim, um aumento das
aplicações do público .em certificados de depósito a prazo emitidos
petos bancos de investimento, por exemplo, mantém inalterados os
meios de pagamento.
VERDADEIRO.
Haverá criação de meias de pagamento sempre que o setor bancário
adquirir algum haver não-monetária do setor não-bancário da economia,
pagando em moeda manual ou escriturat. No caso em questão, como os
bancos de investimento fazem parte do sistema financeiro não-monetário,
eraeconemia
52
í
i
/
Capítuto 13 - Moedas & Bancos
uma transação entre este e o público não causa alteração nos meios de
pagamento:
Referências: Lopes e Vasconceltas, 2000 (página 67).
Simonsen e Cysne, 1995 (páginas 19 a 24 e 32 4 40).
QUESTÃO 12
Com base nos dados que seguem, calcule o montante dos meios de paga-
mento como proporção dos depósitos à vista:
a) opúblico mantém 20% de seus meios de pagamentos na forma de papet-
moeda;
b) do total de seus depósitos à vista, os bancos comerciais mantêm 30%
coma reserva compulsória, 10% como reserva voluntária e 10% como
encaixe em moeda corrente.
Para marcação na folha de respostas, muitiplique o valor encontrado por 40.
Soltição
O volume dos meios de pagamento (M) consiste na soma do papel-
moeda em poder do púbtico (PMPP) e depósitos à vista dos bancos comerci-
ais (DV). Ou seja, consiste na totalidade dos haveres possuídos peto setor
não-bancário e que pode ser utitizado a qualquer momento para a liguida-
ção de qualquer dívida nacionat. Logo,
M = PMPP + DV (1)
Pividindo (1) por M, tem-se:
Mo PMPP + DV 2
MA M M (3
Sabe-se que:
€- papel-moeda em poder do púlblico (PMPP)/meios de pagamento(M).
d, - depósitos à vista nos bancos comerciais (DV)/meios de pagamento (M).
Portanto, de (2):
0,8.
DV
We Por outro lada, de acordo com a
De acordo com a definição d
questão:
to M
q = ty Ou seja, o montante dos meios de pagamento como propor-
E
ção dos depósitos à vista.
Meerceconorma * 53
Almir ditcenconre + Frávia Atafibo « Daniel Saliano
Assim,
MA MA
DV 4 DV 0,8
Adicionalmente a questão solicita que o resultado seja multiplicado
por 40 de modo que
Bs
Dy
Referências: Lopes e Vasconcettos, 2000 (páginas 38 a 64),
Simonsen e Cysne, 1595 (páginas 40 a 46).
ANPEC 2003
QUESTÃO 11
Avatie as proposições abaixo sobre criação de base monetária, meios de
pagamento e taxa de juros:
(0) Empréstimos do Banco Central aos bancos comerciais determinam
aumento de igual montante nos meios de pagamento.
FALSO,
A criação de meios de pagamento ocorrerá sempre que o setor ban-
cário adquirir algum haver não-menetário do setor não-bancário da econo-
mia, pagando em moeda manual ou escritural. Por sua vez, sabe-se que o
setor bancário é composto peto Banco Central juntamente com os bancos
comerciais, Logo, operações de empréstimos do Banco Centraf aos bancos
comerciais são transações interbancárias, o que, consequentemente, não
tem nenhum efeito sobre os meios de pagamento.
Referências: Lopes e Vasconceitos, 2000 (página 67).
Simansen e Cysne, 1995 (páginas 32 a 4).
(1) O Banco Central cria mosda quando, tomando empréstimos externos,
aumenta as suas reservas internacionais.
FALSO,
34 « macroeconomiz
Capítulo 1] - Mpedas & Bencns
À transação na qual o Banco Central toma empréstimos externos é regis-
trada nos recursos não-monetários do Banco Central, enquanto as reservas inter-
nacionais são registradas no ativo desse mesmo balancete da instituição. Para
que haja criação de moeda deve haver um aumento do ativo do Banca Central de
tal forma que não ocorra uma elevação do passivo não-monetário das Autorida-
des Monstárias (Banco Centrat) de mesma magnitude, Dessa forma, não se ob-
serva mudança na base monetária (papel-meeda em poder do público mais en-
caixes totais dos bancos comerciais) e, por conseguinte, criação de moeda.
Referências. Lopes e Vasconcellos, 2000 (páginas 64 a 67).
Simonsen e Cysne, 1995 (páginas 32 a 40).
(2) Em situação de perfeita mobilidade de capitais e regime de câmbio
fixo, será nulo o efeito líquido sobre a base monetária de uma compra
de titulos domésticos no mercado aberto pelo Banco Central.
VERDADEIRO.
Em situação de perfeita mobilidade de capitais e regime de câmbio.
fixo o Banco Central perde.o.conirole da base.manetária. Logo, qualquer
compra os venda de títutos públicos em uma operação de mercado aberto
terá efeito líquido nulo sobre a base monetária.
Referências: Blanchard, 2004 (páginas 70 a 72 e 433),
Lopes é Vasconcetlos. 2000 (páginas 210 é 241).
Sachs e Larrain, 2000 (página 430).
(3) Quanto maior for o coeficiente de reservas dos bancos comerciais e
menorfor a preferência do público por papei-moeda (proporção da moeda
em poder do público em relação aos meios de pagamento), maior será
o muttipticador da base monetária.
FALSO.
Quanto maior o coeficiente de reservas em relação aos depósitos à
vista nos bancos comerciais, em decorrência, por exemplo, do recolhimen-
to de compulsórios, menor será o multiplicador da base monetária.
Por outro tado, quanto menor for a preferência do púbtico por papet-
moeda (maior a proporção de depósitos à vista em relação aos meios de
pagamento), maior a capacidade dos bancos comerciais em criar meios de
pagamento e, portanto, maior o multiplicador da base monetária. Por exem-
plo, o processo de criação dos meios de pagamento ocorre quando os ban-
cos emprestam o que resta do saldo de depósitos criando novo poder de
compra, atém ce não dimíinuirem os recursos monetários do depositante.
Referências: Lopes e Vasconceltos, 2000 (páginas EO a 64).
Simonsen e Cysns, 1995 (páginas 40 à 46).
(4) Pela equação de Fisher, a taxa de juros real é determinada pela inflação
esperada.
FALSO.
Mecrseconoreim 55
ati ttencotut + Flávio Htalita + Doni! Sutlano
No balancete consolidado do Banco Central existe nas aplicações o
jtem empréstimos ao Tesouro. Ademais, uma das funções típicas do Banco
tentral é a de ser bangueiro do Tesouro Nacional, Uma das formas de um
governo financiar seus gastos aumentando seu déficit, é através da emis-
são de papel-moeda (um dos componentes da base monetária). A receita
obtida por meio do aumento da base monetária é chamada senhoriagem,
Referências: Mankiw, 2004 (páginas 60 e 61).
Simonsen c Cysne, 1995 (páginas 29 a 31).
ANPEC 2001
QUESTÃO 05
Sobre a criação de meios de pagamento e o muttipticador da base monetá-
ria, indique se as afirmações são falsas ou verdadeiras: .
(0) Uma expansão monetária pode ser causada pelo aumento da proporção
dos meios de pagamento sob a forma de depósitos à vista nos bancos
comerciais.
VERDADEIRO.
O multipticador dos meios de pagamento será tanto maior quanto for
a preferência do público por depósitos à vista, ou seja, como a criação dos
meios de pagamento pode ser também feita pelos bancos comerciais, uma
maior disponibilidade de depósitos à vista implica criação de poder de com-
pra por parte dos bancos a terceiros na forma de empréstimos sem, no
entanto, diminuir os metos de pagamento detidos pelo depositante.
Referências: topes e Vasconcetlos, 2000. (páginas 40 à 44).
Simonsen e Cysne, 1995 (péginas 19 a 24).
(1) Toda variação na quantidade de meios de pagamento tem como
contrapartida uma variação igual e em sentido inverso do passivo não-
monetária do setor bancário.
FALSO.
Para haver criação de meios de pagamento o setor bancário deve
adquiris algum haver não-monetário do setor não-bancário da economia,
pagando em moeda manual ou escritura! Reciprocamente, ocorre destrui-
cão de meios de pagamento quando o setor bancário vende ao público qual-
quer haver não-monetário em troca do recebimento de moeda (mantal ou
60 + pmooecanomia
Capítuia E - Moedas e Bancos
escritural). Portanto, a variação dos meios de pagamento ocorre por varia-
ções nas operações ativas da setor bancário como também por uma varia-
ção de seu passivo não-monetário. Nesse último caso, a criação e a des-
truição dos meios de pagamento varia em sentido contrário ag do passivo
não-monetário. No entanto, nem toda variação dos meios de pagamentos
ocorre dessa maneira. As operações ativas de sistema bancário variam em
mesmo sentido ao dos meios de pagamento.
Referências: Slmonsen e Cysne, 1995 (páginas 32 a 40).
t2) O aumento dos meios de pagamento pode ser causado pela expansão
de operações de redesconto.,
VERDADEIRO.
A taxa de juros de redesconta é a taxa de juros cobrada peto Banco
Central em seus empréstimos aos bancos comerciais. As taxas de juros
cobradas nesses empréstimos podem ser usadas como sinalização às prati-
cadas no mercado, de forma a determinar a disposição dos bancos em se
tornarem mais ai menos ilíguidos, Caso o Banco Centrat se disponha a
expandir os meios de pagamento por operações de redesconto, este conce-
de empréstimos aos barcos comerciais com taxas abaixo das de mercado
tomando-se interessante aos bancos expandirem suas linhas de crédito
obtendo, a partir disso, um ganho nesta operação.
Referências: Lopes e Vasconcellos, 2000 (náginas 58 e 693,
Simonsen e Cysne, 1995 (páginas 32 e 33).
(3) O muitipticador será tanto maior quanto menor for o encaixe compulsório
sobre depósitos à vista dos bancos comerciais.
VERDADEIRO.
Quanto menor for o encaixe compulsório sobre depósitos à vista,
maior a massa de recursos disponível para os bancos comerciais empresta-
reme, portanto, maior a criação de moeda (maior o multipticador).
Referências: Lopes e Vasconcellos, 2000 (páginas 68 e 69).
Simonsen e Cysne, 1995 (páginas 40 e 41).
(4) O multiplicador será tanto maior quanto maior for a velocidade de
circulação da moeda.
FALSO,
De acordo com a equação do multiplicador dos meios de pagamento,
tem-se
1
M= a B
M AR) + onde
M - meios de pagamento,
Macrnecomomio «61
aferir Eiftenceurt + Flávio Ataliba « Cronicf Suitano
B- base monetária,
q, - depósitos à vista nos bancos comerciais/meios de pagamento,
R- encaixe totai dos bancos comerciais/ depósitos à vista nos bancos comerciais.
R=r,+r,+r, em que:
r, - encaixe em moeda corrente dos bancos comerciais/depósitos à vista
nos bancos comerciais,
r,- depósito voluntário dos bancos comerciais no Banco Centrat/ depósitos
à vista nos bancos comerciais,
r, - depósito compulsório dos bancos comerciais no Banco Central/depósi-
tos à vista nos.bancos comerciais.
Observa-se que d, é um fator que depende de quanto o público está
disposto a reter de meios de pagamento em forma de depósitos à vista. Já r, é
de determinação do Banco Central. Por sua vez, r,+ r, refletem as praxes bancá-
rias quanto à fração dos depósitos à vista que é mantida em encaixes voluntá-
rios, respectivamente, em moeda corrente e em depósitos para a compensa
ção de cheques. Portanto, de acordo com a equação do multiplicador, a vetoci-
dade de circulação da moeda não exptica a expansão dos meias de pagamento. '
Referências: Blanchard, 2004 (páginas 66 e 67).
Lopes e Vasconcellos, 2000 (páginas 70 a 74).
Simonsen e Cysne, 1995 (páginas 40 a 46).
ANPEC 2000
QUESTÃO 07
Sãa conhecidos:
D=0,6 (depósitos à vista nos bancos comerciais como proporção dos meios
de pagamento) e
R=0,4 fencaixe total dos bancos comerciais como proporção dos depósitos
à vista nos bancos comerciais).
ressaltar, contudo, que, apesar da velocidade da moeda não entrar diretamente na
equação do multiplicador, no tango praza, com q desenvoivimento do sistema financeiro,
as pessoas essa à retes uma quantidade menor de moeda manual e uma maior de moeda
eseritural implicando, com isso, a ampliação ca velocidade de circulação da moeda e, por
cusseguinte, uma quantidade maior de recursos para os bancos comerciais emprestarem
levando a uma ampliação dos meios de gagamento.
62 1 Macomoninia
Capítulo 1 - Move
Bancos
Supando que haja um aumento de 10,24 na base monetária (AB =
10,24), pergunta-se: de quanto aumentarão os meios de pagamento?
Solução
Sabe-se que a base monetária é compasta por:
1) Papel-moeda em poder do público;
2) Encaixes totais (em dinheiro) dos bancos comerciais.
Ademais, uma expansão do multiplicador dos metos de pagamento
em retação à variação da base monetária é expressa por:
1
Topa E
Peia equação acima do multipticador dos meios de pagamento, uma
expansão monetária origina-se de um aumento das operações ativas do
Banco Central ou de uma queda dos recursos não-monetários por ele rece-
bidos (aumento da base monetária).
Um aumento de 10,24 na base monetária com 0,6 de depósitos à
vista nos bancos comerciais como proporção dos meios de pagamento além
de 0,4 de encaixe total como proporção dos depósitos à vista nos bancos
comerciais aumenta os meios de pagamento em:
1
M 0,60 0,40) 48
10,24
* 1-0,6(0,6)
10,24
a = Toa
AM = 16.
Referências: Lopes & Vasconcellos, 2000 (páginas GO à 64)
Simonsen e Cysne, 1995 (páginas 40 a 46)
AM
ANPEC 1999
QUESTÃO 07
Assinale se as afirmativas abaixo são falsas ou verdadeiras:
(0) Aumento na oferta monetária prociuz baixa na taxa de juros se for
acompanhado por aumento na preferência pela liquidez.
FALSO.
Macroeconomia a 63
sair Bittencourt + Flávio Ataliba + Dante! Suiiano
Partindo-se de uma situação de equilibrio no mercada de ativos da
economia, que, por simplificação, supõe-se seja composto de moeda e
títulos, um aumento na oferta de saldos monetários reais produziria um
desequitibrio no portfólio dos agentes, os quais buscariam se desfazer do
excesso de moeda demandando maior quantidade de títulos. Com isso,
ocorreria elevação dos preços dos titulos e redução no custo de oportunida-
de de retenção de mais moeda, que é dado pela taxa de juros nominal.
Contudo, a elevação da taxa de juros decorrente do aumento da preferên-
cia pela liquidez restabelece o equilíbrio no mercado monetário mantendo a
taxa de juros no mesmo patamar inicial.
Referências: Blanchard, 2004 (páginas 70 a 72).
(1) O financiamento de déficit público por meio da emissão de títutos do
Tesouro adquiridos pelo Banco Central, que os retém em carteira,
constitui fator de expansão da base,
VERDADEIRO.
Toda vez que ocorrer tim aumento nas operações ativas do Banco Cen-
trai sem a correspondente elevação de seu passivo não-monetário haverê
expansão da base monetária. A aquisição de titutos do Tesouro Nacional pelo
Banco Central constitui uma típica operação ativa cleste últirno, tendo como
contrapartida a elevação em igual montante da base monetária.
Referências: Lopes e Vasconcellos, 2000 (página 47).
Simonsen a Lysne, 1995 (páginas 32 a 40).
(2) O temor quanto à solvência do sistema bancário pode induzir à
substituição de depósitos à vista por papel moeda, o que levaria a um
aumento da taxa de juros.
VERDADEIRO.
O temor de uma crise bancária induzirá as pessoas a substituírem os
depósitos à vista por papel-roeda, ecorrendo, em decorrência disso, uma redt»
ção do multiplicador monetário sem que haja intervenção direta do Banco Cen-
tral. queda nos metos de pagamento (oferta de moeda) pressianará por uma
elevação na taxa de juros, Observe que o muitiplicador monetária é dado por:
, onde
x - multiplicador mone:
dy depósitos à vista nos bancos comerciais /meios de pagamento,
R- encaixe total dos bancos comerciais! depósitos à vista nos bancos co-
merciais,
R=r,+r,+r,emque:
66 + Macroscanania
Capitulo IE - Mosdas é Bancos
r, - encaixe em moeda corrente dos bancos comerciais/ depósitos à vista
nos bancos comerciais,
r, depósito voluntário dos bancos comerciais no Banco Central/depósitos
à vista nos bancos comerciais,
r,- depósita computsório dos bancos comerciais no Banco Centrat/ depósi-
tos à vista nos bancos comerciais.
Referências: Blanchard, 2004 (páginas 65 e 68 à 70).
Simonsen e Cysne, 1995 (páginas 40 a 46)
(3) O temor quanto à salvência do sistema bançário pode induzir a um
aumento das reservas voluntárias dos bancos comerciais junio ao Barco
Central, o que tevaria a um aumento da taxa de juros.
VERDADEIRO.
De acorda com a item anterior, podemos observar que a diminuição
em g, (parceta dos meios de pagamento que o público mantém como depó-
sitos à vista) reduz o multiplicador monetário e um aumento em R treser-
vas/ depósitos à vista dos bancos comerciais) também produz o mesmo
resultado. Assim, uma queda nos meios de pagamento (oferta de moeda)
pressionará por uma alta na taxa de juros.
rências: Blanchard, 2004 (páginas 65 e 68 a 70).
Simonsen e Cysne, 1995 (páginas 40 a 46),
ANPEC 1998
QUESTÃO 07
A seguir listamos atguns fatos que influenciam a demanda de mveda. Ctas-
sffique-o como Verdadeiro, caso o fato possa ter contribuído para a redu-
ção de demanda reat por moeda durante o período de aceteração inftacioná-
ria no Brasil. Caso contrário, ctassifique-o como Falso:
(0) Aumento da taxa de juros nominal.
VERDADEIRO.
Armoeda constitui um ativo que não rende qualquer retorne nominal
€ na presença de inflação (x) o rendimento real proporcionado ao seu de-
tentor será negativo, correspondendo à perda de seu poder aquisitivo igual
an. Assim, os agentes econômicos compõem sttas carteiras de ativos
procurando quantificar a diferença propiciada pelos retornos reais da apli-
- 65
mir BvENCCU:E + Fléuio Ataliba + Daniel Sultano
ANPEC 1997
QUESTÃO 07
Indique se as proposições abaixo são falsas ou verdadeiras:
10) Uma desvalorização da moeda, elevando o valor em moeda local das
reservas internacionais, expande a base monetária.
FALSO.
As reservas internacionais são lançadas no ativo das Contas Conso-
lidadas do Banco Central peto valor correspondente dessas reservas em
moeda nacional.
Referências: Lopes e Vasconcellos, 2000 (página 67).
Simonsen e Lysne, 199% (páginas 32 a 40).
(1) Uma elevação das reservas compulsórias, supondo que as reservas
voluntárias são elevadas, reduz o multiplicador bancário.
VERDADEIRO,
A afirmação contida nesse item apresenta-se bastante confusa e a
interpretação que se dá aqui é que ele se refere a uma elevação tanto das
reservas compulsórias quanto das voluntárias (depósitos voluntários dos
bancos comerciais no Banco Central).
A elevação das reservas voluntárias e computsórias dos bancos co-
merciais no Banco Cehttral em relação aos seus depósitos à vista reduz o
multiplicador monetário. Pode-se observar esse resultado diretamente na
fórmuta do multiplicador monetário:
Li
k= 1d R)" onde
k-multiplicadar monetário,
q, - relação depósitos à vista/meios de pagamento,
R- encaixe totai dos bancos comerciais/ depósitos à vista nos barcas co-
merciais,
Rerer+ Fr; sendo que
1 encaixe em moeda corrente dos bancos comerciais /total de depósitos à
vista,
s,- depósitos voluntários dos bancos comerciais no Banco Central/depósi-
tos à vista,
1,-depúsitas compulsórios dos bancos comerciais no Banco Central/depó-
sitos à vista.
Uma elevação de r, er, aumenta Re reduz o multiplicador monetário k.
Referências: tapes e Vasconceltos, Z000 Ipáginas 60 64).
Simonsen e Cysne, 1995 (páginas 40 a 46).
70 + Nacoconomia
Capitulo HI - Huedas é Bancos
(2) Uma elevação das reservas voluntárias e dos encaixes dos bantos
comerciais, tudo o mais constante, reduz o multiplicador bancário.
VERDADEIRO,
As reservas mantidas petos bancos comerciais são classificadas em
três categorias:
a. Encaixe em moeda corrente dos bancos comerciais: corresponde à
quantia considerada adequada ao atendimento da demanda pelos
depositantes;
b. Reservas voluntárias depositadas no Banco Central: destinam-se
acobrir os eventuais excessos de pagamentos sobre recebimentos por oca-
sião do processo de compensação de cheques;
c. Reservas compulsórias ou legais recolhidas ao Banco Central: es-
tas reservas são formadas também como uma proporção dos depósitos à
vista e têm a finalidade de assegurar um nível minimo de segurança ao
sistema bancário,
O muttiplicador bancário ou multiplicador de depósitos é dado pelo
inverso ca taxa de reservas mantidas pelos bancos comerciais (reservas
mantidas pelos bancos comerciais em retação aos depósitos à vista). Um
aumento das reservas totais dos bancos comerciais, mantidos constantes
os depósitos à vista, reduz o multiplicador bancário.
Reierôncias: Simonsen e Cysne, 1985 fpáginas 40 a 46).
(3) Um pagamento do Tesouro Nacional a um barca comercial, feito com
depósitos do Tescuro nas Autoridades Monetárias, expande a base
monetária.
VERDADEIRO.
O aumento na base monetária deve resultar de uma elevação nas
operações ativas ou de uma redução do passivo não-monetário do Banco
Central. Constata-se que no caso de um pagamento feito pelo Tescitro Na-
cional a um banco comercial, sacando sobre seus depósitos nas Autoridades
Monetárias (Banco Central), há aumento da base manetária, pois ocorre
uma redução no passivo não-monetário destas últimas.
Referências: Lopes e Vasconcellos, 2000 (página 47).
Simonsen e Cysne, 1995 (páginas 32 a 40)
Macveconomia + 7Í
Análise de Determinação
da Renda
BA
Abeconmia Neoclássica: Curva de Oferta de Produto e de De-
manda de Trabatho, Teoria Quantitativa da Moeda e o Equilibrio de
Pleno Emprego. Modelo Keyresiana Simples, O Modelo IS-IM e o
Modelo Keynesiano Completo, Abordagem de Expectativas Racio-
nais. Determinantes do Consumo e do Investimento, Anélise de
Política Monetária e Fiscal em Economias Fechadas e Abertas sob
Diferentes Regimes Cambiais.
Ea
&
Capítulo III - análise de Determinação da Renda
ANPEC 2006
QUESTÃO 03
Avalie as afirmativas. No modeto !S-LM:
(0) Quando c Banco Central fixa a taxa de juros, a política fiscal tem efeito
nulo sobre a renda.
FALSO,
A fixação da taxa de juros peto Banco Central torna a demanda por
moeda infinitamente elástica a variações na taxa de juros (a curva LM
torna-se horizontal). Nesse caso, a política fiscal tem efeito pleno sobre a
renda já que uma elevação dos gastos públicos não eteva a taxa de juros. À
figura 3.1 mostra uma elevação da renda de Y, de Y, ao se destacar a IS para
direita sem etevação da taxa de juros.
Figura 3.1: Efeito de uma política fiscal expansionista considerando a LM horizontal.
Referências: Dornbusch « Fischer, 1991 (páginas 174 a 181).
Froyen, 2003 (páginas 184 a 187).
Fall e Taylor, 1989 (póginas 148 a 151).
Lopes é Vasconcellos, 2006 (páginas 162 a 164).
(1] A renda não se attera quando o governo aumenta tributos e gastos na
mesma proporção, tal que o déficit primário fique inalterado.
FALSO.
Pelo teorema de Havetmo, também chamado muttiplicador do orça-
mento equitibrado, um aumento dos gastos governamentais financiados
por elevação de tributos na mesma proporção altera a renda na mesma
magnitude do aumento nos gastos.
Designando-se Y como o produto, Y, a renda disponível, G os gastos
governamentais e T os tributos, o multiplicador do orçamento equilibrado é
dado por:
Maoeconamia + 75
Almir Bittencourt + Flávio Ataliba + Danie! Sufiano
a&
(3) Em um regime de câmbio flexível, quando a taxa de juros intemacional
aumenta, a renda também aumenta.
VERDADEIRO.
OQ raciocínio para a solução desse item segue os mesmos argumentos
do item (1). Aúnica diferença é que aqui a taxa de juros interna deve subir
devido à condução da política econômica dos países considerados grandes.
Pode-se constatar na figura 3.7 que a renda eleva-se efetivamente,
pelas razões expostas no item (1).
Figura 3,7: Regime de câmbio flexível, aumento da taxa de juros internacional e au-
mento da renda.
Referências: Lopes e Vasconcellos, 2000 (páginas 217 e 213).
Mankiw, 2004 (páginas 215 a 233).
(4) Em uma economia com regime de câmbio Fixo, a política fiscal tem
efeito pleno.
VERDADEIRO.
Essa situação ocorre devido ao processo de acomodação monetária do
Banco Central, A expansão fiscat leva a uma taxa de juros intema maior queataxa
de juros internacional acarretando uma entrada de capitais. O Banco Central ex-
pande a oferta de moeda, de modo a evitar uma desvalorização cambial, resultan-
do no efeito pleno da política fiscal sobre a renda. À figura 3.8 ilustra à situação.
“Acomodação monetária
«do Banco Central
Figura 3.8: Expansão fiscal = acomodação monetária do Banco Central considerando
uma pequena economia aberta com perícita mobilidade de capitais.
Referências: Blanchard, 2004 (páginas 434 à 436).
Lopes e Vasconceitas, 2000 (páginas 240 a 242).
Sachs e Larrain, 2000 (páginas 427 à 429).
80 + mucrnecanamis
Capitulo 231 - Análise de Determinação ds Renda
QUESTÃO 07
Um indivíduo deve decidir entre consumir no presente ou postergar o con-
sumo e o fará com base na teoria da renda permanente. Considere que Y,
seja sua renda presente e Y,, sua renda futura; e que ele tenha acesso à
crédito, à taxa de juros r. Avalie as proposições:
(0) Um aumento na taxa de juros diminui as possibilidades de consumo
presente, mas aumenta as possibitidades de consumo futuro.
VERDADEIRO.
A elevação na taxa de juros diminui as possibilidades de consumo
presente porque toma o consumo presente mais caro relativamente ao con-
sumo futuro. Os indíviduos são desestimutados ao endividamento e ao con-
sumo presente e incentivados à poupança e ao consumo futuro. No entan-
to, o efeito final é ambíguo porque não se pode assegurar se há predomínio
do efeito substituição (substituição do consumo presente pelo consumo
futuro) ou da efeito renda que pode induzir tanto ao aumento como a redu-
ção do consumo nos dois períodos.
Referências: Sachs e Larrain, 2000 (pásinas 98 a 100).
41) Suponha que o governo tribute a renda deste indivíduo com um imposto
tipo tump-sum. Um aumento do imposto presente, que não seja mantido
no futuro, diminui o consumo presente, mas deixa o consumo futuro
inalterado,
FALSO,
A hipótese da renda permanente assegura que o consumo é afetado
apenas por mudanças na renda permanente, Assim, mudanças transitórias
nos impostos não produzirão impacto sobre o consumo e, tampouco, reper-
cutirão sobre a demanda agregada.
Referências: Froyen, 2003 (páginas 368 a 371).
Mankiw, 2004 (páginas 309 a 341).
(2) Mantenha a hipótese de que o tributo seja do tipo tump-sum. Uma
redução do imposto presente compensada por um aumento futuro
devidamente corrigido pela taxa de juros £, aumenta o consumo
presente, mas reduz o consumo futuro.
FALSO.
Nenhum efeito será abservado sobre o consumo, porque uma redu-
ção do imposto presente compensada por um aumento futuro devidamente
corrígido pela taxa de juros não altera a renda permanente.
Esse resultado pode ser observado no modelo de consumo
intertemporal de dois períodos,
Macueconumia o 81
tmir Bittencourt « ilévio Ataliba + Danie! Sutiano
Considere a restrição orçamentária intertemporal inicial, antes das altera-
ções no imposto, c va
cego Mero EE q
ande:
€,, €, - correspondem aos consumos nos períodos inicial e final,
Yp +, correspondem às rendas esperadas nos períodos inicial e final,
T, +, tributos “lump sum” das períodos inicial e final,
r- taxa de juros,
Supondo, então, uma redução de impostos no período inicial de - eT,(O<a
« 1) compensada por uma elevação no periíado final de o(1 + r)T,. Logo, da
equação (1):
c+ E -(r 7,07) + Seb retro [to
Coen .
Cie e
Observa-se, portanto, que a equação (2) é exatamente a expressa
em (1). Assim, como não há nenhuma alteração na renda permanente, o
consumo não se modifica.
Referências; Sachs e Larrain, 200 (páginas 92 à 95).
(3) Um aumenta de renda futura eleva o consumo tanto no presente quanto
no futuro.
VERDADEIRO.
Na hipótese da renda permanente, a renda Y é composta de dois
componentes: renda permanente (Y?) e renda transitória (17). Se o consu-
midor perceber que a variação na renda é permanente, seu consumo (pre-
sente e futuro) elevar-se-á proporcionatmente.
Na situação descrita pelo item, a vartação na renda futura elevará a
renda permanente, elevando o consumo em ambos os períodos.
Referências: Mankiw, 2004 (páginas 309 a 314).
(4) Um aumento na renda presente não elevará o consumo futuro se o
consumidor não tiver acesso a crédito.
ANULADA.
82 + macrcaconomia
Capitulo 5 - Análise da Determina
QUESTÃO 10
Avalie as proposições abaixo:
(0) Entende-se por “superávit fiscal primário” a diferença entre receitas e
gastas governamentais, excetuadas as despésas com pagamento de juros.
VERDADEIRO,
O superávit fiscal primário do governo não considera as receitas e os
pagamentos financeiros (despesas com pagamento de juros).
Referências: Lopes « Vasconceltos, 2000 (páginas 278 a 280).
(1) Déficit primário no orçamento púbtico faz crescerem o déficit público
total e os gastos com pagamento de juros.
VERDADEIRO,
O déficit púbtico primário refere-se ao excesso dos pagamentos não
financeiros sobre as receitas não financeiras do setor público. Portanto,
nesse conceito de déficit estão incluídos a arrecadação tributária e os gas-
tos correntes e de investimento. As despesas financeiras decorrentes do
pagamento de juros não são computadas.
Na medida em que o setor público produz déficit primário, ele eleva
adivida pública total e, sendo esse déficit financiado pela emissão de titu-
los, surge também a obrigação relacionada aos encargos financeiros decor-
rentes da consolidação da dívida pública,
Referências: Lopes e Vasconcellos, 2000 (pág
ias 278 à 280).
(2) Deacardo com o princípio da Equivalência Ricardiana, uma redução de
impostos financíada pela emissão de títulos públicos não implica
aumento de poupança,
FALSO,
De acordo corn o princípio da Equivalência Ricardiana, uma redução
de impostos no presente financiada pela emissão de títulos públicos impli-
ca aumento de poupança, pois o valor do título será contrabalançado por
uma obrigação fiscai futura.
O princípio geral é que menos impostos no presente é equivalente à
mais impostos futuros e, portanto, o financiamento do governo por títulos
é equivalente a arrecadação de impostos.
Assim, O consumidor racional percebe o futuro ônus fiscal e en-
tende que sua restrição orçamentária intertemporal permanecerá
inalterada, poupando a renda adicional corrente de forma a saldar o
impasto futuro.
Referências: Maniiw, 2004 (páginas 285 a 288).
Sachs e Larrain, 2000 (páginas 217 à 222).
Macrusconor
+ Fióvio Atallha « Daniel Suhano
Ani gene:
(3) Em uma economia sem crescimento real, o endividamento é a única
forma de se pagar por programas governamentais.
FALSO.
O governo deveria teoricamente observar o equilíbrio orçamentário
comoregra financeira básica e excepcionalmente poder experimentar situ-
ações de déficit público. Assim, no financiamento de suas despesas corren-
tes e de investimento, o governo deveria, como regra geral, recorrer a sua
arrecadação tributária e a outras receitas correntes.
Referências: Lopes e Vasconcellos, 2000 (páginas 27 a 280).
(4) Segundo a teoria da paridade do poder de compra da taxa de câmbio,
* os movimentos verificados na taxa de câmbio entre duas moedas
refletem primordialmente as diferenças no comportamento dos preços
dos países que as emitiram.
VERDADEIRO.
De acordo com a teoria da paridade do poder de compra da taxa de
câmbio, tanto na sua versão absoluta como na sua versão relativa, os mo-
vimentos verificados na taxa de câmbio refletem essencialmente o dife-
rencial de preços entre os países.
Referências: Lopes e Vasconcelos, 2000 (páginas 189 a 191).
QUESTÃO 12
Avalie as assertivas abaixo referentes ao modelo Mundell-Flemine:
(0) Em regime de câmbio fixo, é impossívet implementar uma política
monetária independente.
FALSO.
No modelo Mundel!-Fleming (perfeita mobilidade de capitais) um país
com taxas de câmbio fixas pode adotar um tipo de política monetária: pode
decidir alterar a taxa de câmbio que é fixada pelo Banco Central.
Referências: Mankiw, 2004: (páginas 221 a 225).
(1) Em regime de câmbio flutuante e perfeita mobilidade de capital, uma
política monetária expansionista causa depreciação da moeda doméstica,
enquanto uma política fiscal expansionista causa sua apreciação.
VERDADEIRO.
Aexpansão monetária inicial destoca a curva LM para baixo, causando
uma redução na taxa de juros doméstica abaixo dos juros internacionais.
84 + Maucecanomia
Capítulo 1HZ - Análise de Determinação ds Renda
Esse diferencial de juros provoca uma saída de capitais do país, levando,
dessa forma, a uma depreciação cambial e um: destocamento endógeno da
curva /$ para direita. O equilíbrio final será no ponto 3 da figura 3.9.
Figura 3.9: Política monetária expansionista em regime de câmbio flutuante e perfeita
mobilidade de capital.
Por autro lado, no caso de uma política fiscal expansionista, o au-
mento dos juros decorrente do deslocamento da curva |S para direita pro-
move uma entrada de capital, levando a uma apreciação da moeda naci-
onat que ocasiona uma deterioração da balança comercial e o destoca-
mento da curva !S de volta a sua posição inicial, conforme é mostrado na
figura 3.10.
Figura 3.40: Política fiscat expansionista em regime de câmbio flutuante e perfeira
mobilidade de capital,
Referências: Blanchard, 2004 (páginas 428 2 434)
Lopes « Vasconcellos, 2000 (páginas 212 e 2134.
Sachs e Larrain, 2000 (páginas 449 a 452).
(2) Se um aumento de renda doméstica piorar a balança comercial, o déficit
resultante poderá ser financiado por um influxo de capital externo desde
que a taxa de juros doméstica aumente.
ANULADA.
Macroecesemia » 85
mecurt + Fibvio Atoliha + Daniel Subano
QUESTÃO 15
Assuma que O setor de bens e serviços de uma economia seja descrito
petas equações:
c=-a-bl-T
À netos =c+dY
oquigamentos
Dszogues -8+ hr
v=C+ Iqupamenes * luroques * 6
Seb=0.5,d=0.2eh= 0.2 calcule os multiplicadores de gastos e de E
impostos, Ge T. Para marcação na folha de respostas some os dois resuttados.
Sotução
Considerando a equação Y = € + Iuipamantos * lutewas * 6, pOcemos substituir ú
os valores fornecidos pela questão. Logo, |
Y=sa+b(yY-ThecedY+e+hY+G |
Y=a+05(W-M+c+02%+4027+4G
Y=a+0.57-0.5T+c-04Y+G
Y=a-05T:c+0.97+6
Y-0W=a-0,5T+c+G
G1Y=a-0.5T+c+G
v= Sina -05T+c+6)
0.1
Cs ay 1
O multiplicador de gastos é dado por TE o =
« LA
Por sta vez, O muitipticador de impostos é dado por ar” q x(-0.5)=-5
10. :
Somando os dois resultados, temos: 10 - 5 = 05.
Referências: Blanchard, 2004 (páginas 49 a 51).
topes e Vasconcellos, 2000 (páginas 123 a 425).
ANPEC 2005 :
QUESTÃO 03
No madeto 1S-LM:
(0) Excluindo o caso limite da armadilha pela liquidez, o impacto de uma
queda nos precos sobre a demanda será tanto maior cuanta mais
eiástico for o investimento à taxa de juros real.
VERDADEIRO.
90 + samcecononia
Capítulo IE] - Análise de Determinação (o dende.
Isso ocorre pelo fato de que os mesmos fatores que determinam a
eficácia da política monetária determinam também uma demanda agrega-
da relativamente etástica em retação ao nível de preços.
Dessa forma, sendo o investimento elástico em relação à taxa de
juros real, uma política monetária expansionista, zo reduzir a taxa de ju-
ros, provocará um efeito ainda maior no nível de produto. A demanda agre-
gada, por seu turno, sera mais sensível aos preços (a demanda agregada
será menos inclinada).
Referências: Dornbusch e Fischer, 1991 (páginas 263 à 266).
iopes e Vasconceltos, 2000 (páginas 166 a 170).
(1) Quando a economia é afetada por choques reais, a volatilidade da renda
é menor quando a Autoridade Monetária fixa a quantidade de moeda
do que quando fixa a taxa de juro.
VERDADEIRO.
O item refere-se ao madelo [S-LM e, portanto, deve-se entender por
choques reais os destocamentos bruscos da curva !S, visto que esta
corresponde ao equilíbrio no mercado de bens e serviços. No caso em que a
autoridade monetária fixa a oferta de moeda, a curva LM tem inclinação
positiva e permanece fixa.
Ao fixar a taxa de juros, por outro lado, a oferta de moeda deixa de
ser exógena e torna-se endógena, resultando, assim, em uma curva LM
perfeitamente elástica no nível da taxa de juros fixada.
Podemos observar na figura 3,12 que qualquer deslocamento da cur-
va /S resultará em uma variação menor na renda quando a Autoridade Mo-
netária fixa a oferta de moeda (LH) do que no caso da adoção de uma
política de taxa de juros fixa UM).
Figura 3.12: Fixação da taxa de juros tomando a oferta de moeda endógena.
Referências: Dornbusch e Fischer, 199% (páginas 179 à 1815.
Lopes e Vasconcellos, 2006 tpáginas 164 a 156).
Macreecenamiz * 91
atri Btienecurt + Flávia Afaiba = Caniai sutano
A
(2) Casa elasticidade juro da demanda de moeda seja nula e a elasticidade-
juro do investimento seja infinita, uma expansão monetária alterará
Apenas a taxa de juro de equilíbrio, em nada influenciando a renda.
FALSO.
Caso à elasticidade juro da demanda de moeda seja nula e a elasti-
cidade-juro do investimento seja infinita, uma expansão monetária afeta-
rá a renda, mas não alterará a taxa de juro de equilibrio.
quando a demanda de moeda não depende da taxa de juros a curva
LM é vertical, Logo, o efeito da política monetária é intensificado. A etas-
ticidade do investimento em retação à taxa de juros infinita (curva 1S hori-
zontal), por sua vez, mantêm a taxa de juros nc mesmo patamar mas
de o nível de renda.
expant a
pa Referências:
Jornbusch e Fischer, 199 (páginas 159 a 164).
Froyen, 2003 toáginas 180, 181 e 187 à 129).
Hail e Taytor, 1989 (páginas 148 a 154).
Lopes e Vasconcelios, 2090 (páginas 160 a 162).
(3) Dádos 05 parâmetros que definem a inclinação da curva LM e a
sensibilidade-juros do investimento, a política monetária será tão mais
potente para elevar a renda quanto maior for a propensão média a
poupar da sociedade.
FALSO.
Apolítica monetária será tão mais potente para elevar a renda quan-
to menor for à propensão média a poupar da sociedade. Quanto maior à
propensão média a poupar da sociedade, menor a sua propensão média a
consumir. isso ocorre devido a escolha na qual a sociedade fez quanto 20
destino da renda: poupar ou consumir,
A propensão a consumir é um dos parâmetros que define a inclinação
da curva IS e, portanto, a eficácia da política monetária. Logo, quanto
menor a propensão média a consumir (maior a propensão média a poupar),
maior a inclinação da 15, e, consequentemente, menor a sensibilidade do
investimento em relação à taxa de juros. Logo, a redução da taxa de juros
decorrente da política monetária expansionista não será suficiente de for
ma a estimular O investimento, o que, nesse caso, torna a política monetá-
ria ineficaz. .
Referências: Dombusch e Fischer, 1991 (páginas 474 a 181).
Froyen, 2003 (páginas 181 a 183).
Hail e Teytor, 1989 (páginas 148 a 15%).
topes e Vasconceitos, 2000 (páginas 162 a 154).
(4) Em uma situação de armadilha da liquidez, a política fiscal é eficaz
para tirar a economia da recessão.
VERDADEIRO.
92 + temosconomia
Copituto 1H - anáhse de Determinação de Renda
Na armadilha da liquidez, a elasticidade da demanda de moeda em rela-
ão à taxa de juros é infinita, o que torna a curva LM horizontat. Nessa situa-
ção, qualquer expansão monetária não será capaz de reduzir a taxa de juros,
pois tada quantidade de moeda será retida peto púbtico como forma especulativa.
Portanto, dada a taxa de juros, a expansão fiscal, aa destocar a
curva /S para diteita, não eleva a taxa de juros e, dessa forma, não reduz
o nível de investimento de forma que a potítica fiscal torna-se capaz de
tirar a economia de uma recessão.
Referências: Dornbusch e Fischer, 1991 (páginas 174 a 181).
Froyen, 2003 (páginas 184 a 187).
Hail e Taylor, 1989 (páginas 148 a 151).
Lopes e Vasconceilos, 2000 (páginas 162 à 164).
QUESTÃO 04
Considere o modelo Keynesiano básico para uma economia fechada e sem
governo. Sabendo-se que, a partir de uma posição de equilibrio, um au-
mento de 100 reais no investimento provoca um aumento de 500 reais no
PIB, julgue as assertivas:
(0) A propensão média a poupar é 0,2.
FALSO.
O modeto keynesiano simples tem como idéia básica o fato de que 9
produto (a renda) é determinada pela demanda agregada, inexistindo res-
trições do lado da oferta para a expansão da produto. Esse modelo repro-
duz de modo simplificado uma economia em que o equilíbrio se dá com
desemprego.
Em equilíbrio, o produto iguala-se à demanda agregada. Assim, a
condição de equitíbrio:
oferta agregada (DA) = demanda agregada (DA).
oferta agregada (OA) - OA = Y,
demanda agregada (DA) - DA=C+1
onde:
€- consumo agregado e 1 - investimento (considerado exógeno, por
definição).
O consumo agregado (C) é expresso por uma função linear:
€C=C+ cy, onde c, é a propensão marginal a consumir e O < cut.
Da condição de equilíbrio, tem-se:
Y=C+era+l.
Macrocconcmis + 93
Abrir Bittencourt = Flávio Ataliba « Daniel Sutiano
Resolvendo para Y, obtém-se a renda de equilíbrio Y,:
1
Veste (tt) onde (1 - c,) corresponde à propensão marginal
dé,
í 1
a poupar (5) e à relação T=a “e constitui o multiplicador dos gastos
autônomos, dados por €, e |,.
Partindo-se de uma posição de equitíbrio, um aumento de 100 reais
no investimento produz uma elevação de 500 reais no PIB. Logo,
4
AY = xa
5
1
500 = —x100
s
100
= 500
s=0,2.
Portanto, 0,2 refere-se à magnitude da propensão marginal a poupar
e não à propensão média.
Referências: Dornbusch, Fischer e Startz, 1998 (páginas 196 a 158).
Lopes e Vasconcetlos, 2000 (páginas 116 a 122).
ft) O aumento de consumo gerado pelo aumento do investimento é de 400
reais e a propensão média a consumir é 0,8.
FALSO,
O aumento do consumo decorrente de aumento do investimento é:
AC = CxAY,
sendo que
t
AY = oz x100
AY = Bx100
AY = 590
Logo,
AC = 0,8xAY
AC = 0,8x500
AC = 400.
Assim, O aumento do consumo é de 400 e a propensão marginal à
consumir é 0,8. A propensão média a consumir é obtida peta relação:
Cc Grey
Y Y
94 + Macrcecoramia
Capítulo LIT - análise ce Detereminação da Renca
CG
Yo Y +
Esta, no entanto, não pode ser obtida porque não se conhece 6 valor
da parâmetro relativo ao consumo autônomo - £,.
Referências: Dornbusch, Fischer e Startz, 1998 (páginas 196 a 198).
Lopes a Vasconcellos, 2000 (páginas 116 a 122)
(2) Tendo o aumento de consumo sido de 400 reais, o multiplicador
Keynesiano é 5.
VERDADEIRO.
O multiplicador keynesiano é:
k
k
a
1
s
1
9,2
=5.
Referências: Dornbusch, Fischer e Startz, 1998 (páginas 196 a 198).
Lopes e Vasconcellos, 2000 (páginas 146 a 122).
(3) Mantida a propensão marginal a poupar e admitindo-se que O
multiplicador não é instantâneo, se a poupança inicial gerada no
momento em que foram realizados os investimentos fosse de 200 reais,
o impacto total do aumento do investimento sobre o PIB teria sido de
4.000 reais.
ANULADA,
(4) Supondo-se que haja governo e que o orçamento seja mantido em
equilíbrio, um aumento de 100 reais nos gastos públicos provocará um
aumento de 180 reais no PIB,
VERDADEIRO.
Introduzindo o governo e considerando a hipótese de orçamento equi-
librado, a variação dos pastos deve ser acompanhada de igual variação dos
impostos. Assim, tem-se que:
DA=C+1+6, onde:
DA - despesa agregada,
€- consumo agregado,
1 - investimento,
G - gastos do governo que devem ser financiado pela arrecadação de tribu-
tos - T.
Supondo ainda que o investimento não se altere, o impacto final do
multiplicador do orçamento equilibrado é dado per:
ADA = C AY, + AG, onde Y, é a renda disponível (Y,=Y - TJ;
ADA =€, (AY - AT) + AG
Mucronconemia - 95
Alrnir Bittencourt + ElBvio Atala + Darei Sutiaro
Nos modelos de crescimento endógeno, por outro lado, a hipótese de
rendimentos decrescentes do capital para o conjunto da economia é viola-
da, resultando na previsão de divergência nas rendas per capita dos países
no longo prazo.
Referências: Mankiw, 2004 (páginas 151 e 152).
(4) Nos modelos de crescimento endógeno, alterações na taxa de poupança
não influenciam nem mesmo o crescimento de curto prazo.
FALSO,
Considera-se aqui o modelo de crescimento endôgeno bastante sim-
ples conhecido como modelo AK.
Em sua concepção, a função de produção adotada é da forma:
Y=AK, onde Y é o produto, K é o estoque de capital e A é uma
constante que mede o produto gerado para cada unidade de capital utilizada.
A equação que descreve a acumulação de capital nesse modelo é
dada por:
AK=sY - 8, onde:
s- é a propensão a poupar,
8- é a taxa de depreciação do capital,
Essa equação informa que a variação no estoque de capital da econo-
mia é dada peta diferença entre o investimento (sY) ea depreciação (BK).
Pode-se mostrar facilmente que a taxa de crescimento do capitat e
do produto são iguais a:
ak AY
WE Es-8
Caso sA > ô, a renda da economia estará sempre em crescimento,
mesmo que inexista progresso tecnológico exógena.
Além disso, a poupança e o investimento podem gerar um cresci-
mento sustentado, Ao contrário do modelo de crescimento neoclássico, nesse
thodeto uma elevação na taxa de poupança afeta a taxa de crescimento de
produto, conforme a equação anterior.
Referências: Mankiw, 2004 (páginas 151 e 152).
QUESTÃO 10
Sobre v modelo de Mundell-Fleming (renda no eixo X ejuro no eixo Y):
(0) Com taxas fixas de câmbio e mobilidade imperfeita de capitais, apenas
a política fiscal será eficaz para influenciar a renda.
VERDADEIRO,
100 + itacroeconamis
Capitulo LT - Anáfise de Dezerminação ca Renca
No exame da política fiscal com taxas de câmbio e mobilidade imperfeita
de capitais, duas situações são analisadas em função da combinação das
inclinações das curva BP (equilíbrio do balanço de pagamentos) e LM,
Situação 1: BP mais inctinada que a LM.
Uma elevação dos gastos públicos resultará na elevação tanto do
nível de renda quanto da taxa de juros. O nova equilíbrio interno será de
déficit no balanço de pagamentos, tendo em vista que o efeito da deterio-
ração do balanço de transações correntes em face da elevação da renda é
maior que o desempenho da balança de capital devido à taxa de juros mais
elevada. Para manter o câmbio fixo, Banco Central desfaz-se das reservas
internacionais, resultando na contração da oferta monetária. À consegiên-
cia será uma retração da renda, elevação da taxa de juros e uma tendência
de restabelecimento do equilibrio externo.
Na figura 3.14, pode-se constatar o movimento da economia do pon-
to 1 parao ponto 2 e deste para o ponto 3, no quata renda Y, émaior que Y,.
A BP
Figura 3.14: Elevação dos gastos públicos numa economia com imperfeita mobilidade de
capitais considerando a BP mais inclinada que a LM,
Situação 2: À LM é mais inclinada que a BP.
A expansão fiscal, nessa situação, ao contrário da situação 1, gerará
um superávit no batanço de pagamentos em face de o efeito da entrada de
capitais devido à elevação da taxa de juros superar a deterioração do ba-
lanço de transações correntes pela elevação da renda. Com o câmbio fixo
demandará todo acréscimo de reservas internacionais, elevando, assim, a
oferta monetária, que deslocará a LM para a direita até que ela intercepte
simultaneamente as curvas /S e BP. Observa-se, portanto, uma
potencialização da política fiscal expansionista inicial.
Na figura 3.15, pode-se observar o movimento da economia do pon-
to 1 para o ponto 2 e deste para ponto 3, onde a renda, Y, é maior que a
renda inicial Y,.
Macrceconoria + 10%
Alemir Bittencourt + Flávio Alaiitia » Damme! Sunieno
Figura 3.15: Elevação dos gastos públicos numa economia com imperfeita mobilidade de
capitais considerando a LM mais inclinada que a BP.
No caso da politica monetária, uma expansão na oferta de moeda,
independentemente das inclinaç daiMe BP, resuttará inicialmente na
queda da taxa de juros, na elevação da renda e no surgimento de déficit no
balanço de pagamentos. Com o câmbio fixo, o Banco Central atenderá à
demanda adicional de reservas internacionais e contrairá a oferta de moe-
da na medida da persistência do déficit no batanço de pagamentos. Desse
modo, a LM contrai-se até retornar à posição inicial, resultando em ne-
nhum efeito final sobre o produto.
Referências: Lopes e Vasconcellos, 2000 (páginas 214 e 215).
(1) Em um regime de taxas flutuantes de câmbio e perfeita mobilidade
de capitais, expansões fiscais são ineficazes para influenciar a
renda.
VERDADEIRO.
Em um regime de câmbio flutuante e perfeita mobilidade de capitais
(BP horizontal), uma política fiscal expansionista, deslocando a IS para à
direita, produz uma elevação da taxa de juros e, consequentemente, uma
ampliação da demanda pela moeda nacional em face da maior entrada de
capitais externos. Com isso, valoriza-se a moeda nacional, que tem coma
efeito o deslocamento da curva |S para esquerda, até alcançar novamente
sua posição inicial, neutralizando, assim, o efeito inicial de etevação da
renda.
Na figura 3,16, observa-se o movimento da economia do ponte 1
para o 2, retornando para o ponto 1.
102 + Macrueconômia
Capitulo HE - Análico de Determinação de Renca
Figura 2.16: Política fiscal expansionista em um regime de câmbio flutuante o com per-
feita mobilidade de capitais.
Referências: Lopes e Vasconcellos, 2000 (páginas 212 e 213).
(2) Neste medeto, a curva que explicita o equilibrio extemo será horizontal
caso haja plena mobilidade de capitais, e negativamente inctinada caso
a mobilidade não seja ptena.
FALSO.
Quando há plena mobilidade de capitais a variável relevante para a
determinação do equilíbrio do balanço de pagamentos é a taxa de juros,
tendo em vista que o saldo do balanço de pagamentos apresenta-se infini-
tamente elástico a alterações na taxas de juros. Logo, a curva BP é hori-
zontal. Afigura 3.17 ilustra a situação.
BP
Figura 3.17: Economia cem perfeita mobilidade de capitais (economia pequena).
No caso de mobilidade imperfeita de capitais (mobilidade não ple-
na), o equilíbrio no balanço está associado a uma economia de grande por-
te, no qual tanto a taxa de juros quanto a renda têm papel relevante na
determinação do equilíbrio externo. Assim, um nível mais elevado de renda
levará a uma deterioração no balanço de transações correntes, que induzi-
rá uma maior demanda por recursos no mercado internacional, resultando
em aumentos da taxa de juros. Assim, aumentos da renda serão acompa-
nhados por etevações da taxa de juros, de forma a manter o equilíbrio no
macroeconomia + 103
Amir bSPêNCOUFE + Flívio Alaliia = Canial Sufiono
setor externo da economia. Nesse casa, a curva BP será positivamente
inctinada. A figura 3.18 ilustra a situação.
5
Y
Figura 3.18: Economia core mobilidade imperfeita de capitais (econorva grande).
Referências: Lopes e Vasconceltos, 2000 (páginas 200 a 204).
Simonsen é Cysne, 1995 (páginas 435 à 445).
(3) Havendo plena mobilidade de capitais, o equilibrio com taxas fixas de
câmbio é encontrado na interseção da curva /S com a curva BP, que
representa o equilíbrio externo. Neste caso, a curva LM é redundante.
VERDADEIRO.
No contexto de perfeita mobilidade de capitais com taxas fixas de t
câmbio a LM passa a ser uma curva horizontal, uma vez que o Banco Central,
ao se comprometer, por definição, a comprar ou vender qualquer quantidade é
de divisas internacionais a uma taxa de câmbio predeterminada, está fazen- :
do com que a oferta monetária se torne infinitamente elástica com relação à
taxa de juros. Com isso, a política monetária mostra-se ineficaz para afetar
o produto, não podendo sequer ser implementada, pois a oferta monetária
passa a ser endógena com a exogeneidade ca taxa de juros, Dessa forma, a
curva iM torna-se redundante e os equilíbrios interno e externo são determi-
nados pelas curvas IS e BP. A figura 3.19 ilustra a situação.
- 1M, BP
7
i
i
; 's
i
i
tmp
% Y
Figura 3.13: Oferta monetária endógena,
Referências: Lopes e Vasconcetios, 2000 (páginas 210 e 241).
Simonsen e Cysne, 1995 (páginas 44% a 443).
104 + Massceconomi
Capitulo It - Análise de Datarininação da Rerda
(4) Em um regime de taxas flutuantes de câmbio, uma expansão monetária gera
uma alta inicial dos investimentos, mas uma queda das exportações líquidas.
FALSO,
Uma expansão monetária num sistema de taxa de câmbio flutuante deter-
minará inicialmente uma maior procura por moeda estrangeira com o objetiva de
se remeter capital ac exterior, resultando na desvalorização da moeda nacio-
nal que, por sua vez, impulsiona as exportações e destoca a /S para a direita.
cias: Lopes e Vasconcelios, 2000 (páginas 242, 2/3, 216 e 247).
QUESTÃO 12
Avalie as proposições:
(0) De acordo com a teoria do Ciclo de Vida, de Modigliani, uma elevação
da renda permanente das famílias levará ao aumento da taxa de
poupança.
FALSO,
Franco Modigliani e Milton Friedman desenvolveram os fundamentos
da moderna teoria do consumo de maneira indenpendente na década de
1950. Modigliani denominou a sua teoria de ciclo de vida e Friedman cha-
mou sua abordagem de teoria do constimo segundo a renda permanente.
Na teoria do ciclo de vida, Modigtiani enfatizou que o horizonte de
Planejamento natural dos indivíduos em retação ao consumo compreende
todo o seu tempo de vida. Assim, o consumo não é mais determinado stm-
ptesmente pela renda corrente como na formulação original de Keynes.
Friedman, por sua vez, ao denominar sua concepção da função consumo,
procurou enfatizar o fato de que o comportamento das consumidores é
influenciado por um conceito de renda bem mais abrangente que o de renda
corrente, denominado por ele de renda permanente.
Embora atualmente ambas as teorias tenham-se fundido, ! hipóteses
iniciais de ambas considerava aspectos do comportamento do consumo
agregado ao longa do tempo. Enquanto a hipótese do ciclo de vida enfatizava
mais as escolhas dos indivíduas sobre a manutenção de um padrão estável
frente às variações de rendimento ao longo da vida, a hipótese da renda
permanente destacava o aspecto da previsão do nível de rendimento dispo-
nível para um indivíduo ao longo da sua vída.
* Veja-se, por exemplo, Dombusch, Fischer e Startz, 1998 (página 302).
Macruecoromia o 105
Alrair Bittencourt + Flávio Atatipo « Daniei Sutiano
. 103
w=404 01
4% = 0,99 - 1,00
% =-0,01
ou, ainda,
tãa.a.
Ou seja, uma deflação de 1% no ano.
Referências: Lopes e Vasconcellos, 2000 (página 74).
(3) Quando o q de Tobin é maior que 1, a economia estará desinvestindo.
FALSO.
Avariável q, segundo Tobir, é definida como a relação entre o valor
de mercado das ações da empresa e o custo de capital, sendo este especi-
ficado como a custo de reposição do capital. Assim, q mede a proporção
entre o vator da empresa no mercado financeiro e 0 custo de aquisição do
capital da empresa no mercado. De acordo com Tobin, q é um bom indica-
cor da lucratividade de um novo investimento. Assim, quando q for maior
quea unidade, havera incentivo à realização de novos investimentos,
Referências: Sachs e Larrain, 2000 (páginas 148 a 150).
(4) Um choque tecnológico que aumenta a produtividade marginal do capital,
ceteris paribus, provoca uma elevação do juro real.
VERDADEIRO,
A demanda de um fator de produção é determinada a partir da
maximização da função de lucro. Assim, dada a função de lucro:
n=pFIK, L)- wxL - rxK, onde
«,- lucro total,
p-nivel de preço (normaliza-se por p = 1),
K- capital,
1 - trabalho,
F(K;L) - função agregada de produção (apresenta as propriedades de
diferenciabilidade e concavidade estrita),
w - satário nominal,
r- taxa de juros (preço do capital).
A condição de primeira ordem para o lucro máximo em relação zo
capital, K, é dada por:
110 + msacrascanumia
Capítulo IT! - Análise de Determinação de Renda
ou
PMgK = 1.
À produtividade marginal do capital é igual à taxa de juros real, no
equilibrio. Tem-se, então, que a demanda de capital pode ser representada
de forma geral por:
K= gr, onde q' < 0,
Um choque tecnológico que eleva a produtividade marginal do capi-
tal, ceteris paribus, resultará no destocamento da demanda de capital para
a direita que, supondo uma curva de oferta de capital inetástica (curto
prazo) ou positivamente inclinada, produzirá uma elevação da taxa de ju-
ros de equilíbrio. À figura 3.21 ilustra a situação.
Figura 3.24: Produtividade marginal do capital e choque tecnotógico,
Referências: Maskiw, 2004 (páginas 36 e 37).
Simonsen e Cysne, 1995 (páginas 276, 307 a 309).
Varian, 1992 (páginas 40 à 44).
QUESTÃO 14
Com base no modelo clássico (também chamado neoctássico), julgue as
afirmativas:
(0) Vigorando o salário real de equilíbrio, a economia estará em pleno
emprego, mas, ainda assim, haverá desemprego voluntário e
desemprego friccional.
VERDADEIRO,
Quando o mercado de trabalho está em equilíbrio a pleno emprego
no modeto neoctássico, tem-se ausência de desemprego involuntário.
Neste caso, podem ocorrer desemprego friccienal, decorrente da demo-
ra em encantrar novo trabalha, e desemprego voluntário, que ocorre
Macroeconomia + 111
Ta
bm Bittencoure é Flávio atatibo + Daniel Sutiano
A
quando as pessoas preferem ficar desempregacas ao nível de salário
real de equilíbrio.
Referências: Hall e Taylor, 1989 (páginas 303 a 312).
Lopes e Yasconceltos, 2000 (páginas 90 a 94).
Simonsen e Cysne, 1995 (páginas 277 a 283).
(1) Considerando-se apenas uma função de produção convencional com
retornos decrescentes, em que sejam dados o estoque de capital e q
estado tecnológico, nada pode ser inferido a respeito da elasticidade
da função demanda de trabalho.
FALSO.
Aclemanda de trabalho pocie ser deduzida a partir do comportamento
rmaximizador de lucro das firmas.
Dado o lucro das firmas:
n=pxE(K, L) - wxl, - rxK, onde
m- lucro,
p- nível de preços,
F(k, L) - função de produção,
K-capital,
L-trabalho,
w - salário nominal,
r- custo da unidade de capital,
Da condição de primeira ordem, tem-se:
Ea
al
Logo, a demanda de trabalho pode ser especificada de uma forma
w
=0 > paPMgl = w > PMgL =
wW
gerai como Lº = *P( p » "E <0, Qu seja, a quantidade demandada de trabalha,
Lg, possui uma relação inversa com o salário real. Admite-se, portanto,
uma curva de demanda tradicional (decrescente) ao longo da qual a etasti-
cidade-preço (salário real) é variável. A figura 3.22 ilustra a situação,
22: Dedução da curva de demanda por trabalho.
Referências: Lopes é Vasconceltos, 2004 (páginas 90 é 91).
Varian, 1992 (páginas 40 a 44).
112 + mecrosconomia
Capíttio IH - Anêliso de Bezerminação ca Resda
(2) Se todo o estoque de moeda é útil apenas come meio de troca, ou seja,
se não há entesouramento, então, os individuos não pouparão nessa
economia.
FALSO,
Não se deve confundir entesouramento com poupança, pois são
conceitos bastante distintos. Entesouramento refere-se a manutenção
da moeda sem qualquer utitização (debaixo do colchão, por exemplo). A
poupança, por seu turno, corresponde ao fluxo de recursos gerado pela
renda não utitizada no consumo e que é direcionada para aquisição de
títulos na economia. No modeto clássico, o mercado financeiro apresen-
ta as características de concorrência perfeita e flextbilidade da taxa de
juros, assegurando que a poupança, parcela de recursos não consumida,
será investida (o que constitui uma garantia ao funcionamento da Lei de
Say € do pleno emprego).
Referências: Lopes e Vasconceltas, 2000 (páginas 98 a 100).
(3) Se o governo decide estabelecer um salário real superior ao salário de
equilíbrio, o desemprego aumentará por dois motivos: (1) trabalhadores
serão demitidos e (ff) parte dos trabalhadores desempregados passarão
a procurar emprego.
VERDADEIRO.
Vigorando um salário real superior ao de equilíbrio de pleno emprega
o aumento do desemprego ocorrerá em função de dois aspectos:
a. dada a demanda de trabalho, um salário real mais elevado re-
sultará em uma quantidade demandada de trabalhador menor por parte
das empresas;
b. como novo salário reai, superior ao ce equilíbrio, pessoas que se
encontravam em desemprego voluntário com o satário real de equilibrio,
desejarão trabalhar. A figura 3.23 ilustra a situação.
Figura 3.23: Modeio clássico e desequilíbrio no emercado de trabalão.
iacroeconomia o 13
atenir Billencourt » Hiávio Ataliba » Domie! Sulieno
w
Com o salário real fixado peto governo (E) o desemprego total
será (L, - Lj), podendo ser decomposto em (£, - Lj), correspondente a
trabalhadores demitidos, e (L, - É), novos trabalhadores que ingressam no
mercado de trabalho.
Referências: Lopes e Vasconcellos, 2000 (páginas 93 c 94),
(4) Se na economia os indivíduos não poupam, vigorará a Lei de Say, que
diz que toda oferta encontra uma demanda correspondente.
FALSO.
Mesmo que os indivíduos poupem e a igualdade entre poupança e
investimento for assegurada pela flexibilidade da taxa de juros, em um
mercado financeiro caracterizado peta concorrência períeita, fica assegu-
rada a validade da Lei de Say e o pleno emprego na teoria clássica.
Referências: Lopes e Vasconceltos, 2000 (náginas 98 à 100).
QUESTÃO 15
Sendo a demanda de moeda dada por M = P(Y - 0,27) e a demanda
agregada dada por C+1!, em que C = 10+0,75Y e |=15- 0,25, calcule a
soma das inclinações das curvas /5 e LM (juro no eixo vertical e renda na
eixo horizontal).
Solução
Relação !S - Equilíbrio no Mercado de Bens:
YsC-t
Y=(10+0,75Y) + (15 - 0,25)
Y=25+0,75Y - 0,25
0,25i=25-0,25Y
2 0,25
in gas 0,25”
1=400-Y.
Logo, a inctinação da fS e -1.
Relação LM - Equilíbrio no Mercado Financeiro:
M= P(Y- 0,25)
bw 0,2%
p= (0)
114 + macroeconomis
i
É
Capitulo tT - Análise de Deserminação ca Renca,
Logo, a inclinação da LM é 5.
Portanto, a soma das inclinações das curvas IS e LM é dada por
C+5j=4.
Referências: Blanchard, 2004 (páginas 44 a 54)
Dornbusch e Fischer, 199% (páginas 193 a 197)
Lopes e Vasconcellos, 2000 (páginas 181 à 183).
ANPEC 2004
QUESTÃO 04
A respeito da demanda de moeda, julgue as afirmativas:
(0) O modelo elaborado por Tobin utitiza a ideia de preferência pela liquidez
para derivar uma relação inversa entre a demanda de moeda e a
rentabilidade dos demais ativos e uma relação direta entre essa
demanda e a expectativa de inflação.
FALSO,
O modelo etaborado por Tobin utiliza a idéia de preferência pela liquidez
para derivar uma retação inversa entre a demanda de moeda e a rentabili-
dade dos demais ativos e também em relação à expectativa de inflação.
Podemos escrever a demanda por moeda como:
ME ,
Pp): Lista Fo Fou Co Wh onde
MY ,
(5) corresponde a demanda por moeda,
f=r+m é a taxa de juros nominal,
réa taxa de juros real,
aº a expeciativa inflacionária,
mscroeconormia + 145
Almir Bittenecart o Flâvio Atatibs + Dantei Sulfano
capital é bastante instável, haja vista ser calculada a partir da expectativa
empresarial, e sendo ela um fator preponderante para a decisão de inves-
timento, o nível de demanda agregada tende a sofrer fortes oscilações
devido ao comportamento instável das investidores.
Referências; Blanchard, 2004 (página 265).
Lopes e Vasconceltos, 2000 (páginas 114 a 146).
QUESTÃO 07
É correto afirmar: ,
(0) A arbitragem subjacente à condição de paridade descoberta de juros
implica que a taxa de juros local deve ser (aproximadamente) igual à
taxa de juros externa mais a taxa de apreciação esperada da moeda
doméstica.
FALSO.
Sob a condição de paridade descoberta de juros, qu, simplesmente,
condição de paridade dos juros, a taxa de juros local deve ser aproximada-
mente igual à taxa de juros externa mais a taxa de depreciação esperada
EurE
E,
juros doméstica no período, i* a taxa nomínal de juros extema no periodo
Em ck à taxa de depreciação esperada, sendo E, a taxa de câmbio no
1
perfodot e E,, a taxa de câmbio esperada para o periodo t + 1,
Referências: Blanchard, 2004 (páginas 389 à 393).
da moeda doméstica. Ou seja, 1, + , onde 1 é a taxa nominal de
te
tt) Numa economia aberta em que a condição de paridade de juros é
satisfeita, 05 efeitos de uma política monetária contracionista são a
diminuição do produto, o aumento da taxa de juros e a apreciação da
moeda doméstica, qualquer que seja o regime cambial vigente.
FALSO,
Numa economia aberta em que a condição de paridade de juros é
satisfeita, a taxa de juros interna é igual à taxa de juros internacional
mais a depreciação esperada da moeda nacional.
No caso de uma economia com perfeita mobilidade de capitais, sob o
regime de câmbio fixo, o Banco Central abre mão da política monetária
como instrumente de política econômica. Logo, a taxa de juros interna é
iguala taxa de juros internacional e o produto não é afetado pela política
monetária. Isso mostra que dependendo do regime de câmbio a política
120 + tracroeconomia
Capítulo TI3 - Análise da Diterenh
da Rendo
monetária pode ou não alterar a taxa de juros, o valor da moeda nacional
(taxa de câmbio) e o nível de produto final da economia.
Referências: Blanchard, 2004 (páginas 389 a 393 e 431 a 439),
Lopes e Vasconcellos, 2000 (páginas 184 a 186 e 210 a 212).
(2) Quanto menor for mobilidade do capital, maior será a possibilidade de
utilização da politica monetária para, simultaneamente, reduzir a taxa
de juros doméstica e manter a paridade cambial.
VERDADEIRO,
Na situação em que não há mobilidade de capital, o balanço de paga-
mento independe da taxa de juros (a curva BP é vertical no plano taxa de
juros x renda).
Nesse caso, uma política monetária expansionista primeiramente
reduz a taxa de juros, elevando, em consegijência, o investimento, o em-
prego « a renda. Após a elevação da renda, verifica-se a deterioração do
balanço de pagamentos em virtude do aumento das importações. Com isso,
eleva-se a demanda por moeda estrangeira, pressionando no sentido de
desvalorização da taxa de câmbio. Se o regime cambial for de câmbio fixo,
o Banco Central atenderá a demanda adicional de moeda estrangeira, de
modo a evitar a desvalorização da moeda nacional, resultando em uma
redução no nível de reservas internacionais e, também, na oferta monetá-
triao que, por sua vez, deslocará a curva LM para esquerda, de volta à sua
posição inicial. O efeito final sobre a taxa de juros, a renda e a taxa de
câmbio será nulo. No entanto, o processo de ajustamento da economia à
política monetária expansionista é lento porque se dá peto lado reai da
economia, permitindo uma combinação temporária de queda na taxa de ju-
ros e manutenção da paridade cambial (assegurada pela perda de reservas).
Já a situação de perfeita mobilidade de capitais caracteriza-se pelo
fato de que a renda deixa de ser uma variável importante na determinação
do saldo externo, papel que passa à ser exercido pela taxa de juros (a curva
BP é perfeitamente elástica e confude-se com a própria curva LM). Nesse
caso, a política monetária não poderia sequer ser implementada, porque,
antes de uma efetiva queda efetiva na taxa de juros, haveria uma fuga
imediata de capitais, impedindo qualquer alteração em seu vator original
determinado pela taxa de juros internacional.
Os efeitos finais nos casos sem mobilidade e com perfeita mobilidade
de capital, em um regime de câmbio fixo, mostram que a política monetária
é inoperante (a oferta monetária é endógena) em ambas as situações. No
entanto, como foi salientado antes, a velocidade de ajustamento nos dois
casos é bastante diferente. As figuras 3.24 e 3.25 ilustram a situação.
Macroeconomia + TM
atm Bitencourt « Fóvio Atera + Daniel Suftano
Figura 3.24; Economia sem emobitidade de capitais.
15
ATO TR
Figura 3.25: Economia com perfeita mobilidade de capitais.
Referências: Lopes e Vascancelios, 2000 (páginas 200 à 204, 206, 207, 240 e 241).
Mankiw, 2004 (páginas 235 a 237).
Simonser e Cysne, 1995 (páginas d42 e 443),
(3) Em uma economia operando sob taxas cambiais fixas, uma política
econômica expansionista, seja ela fiscal ou monetária, causará um
aumento no produto superior ao que seria observado caso essa economia
operasse sob taxas cambiais flexíveis.
FALSO.
Em uma economia operando sob taxas cambiais fixas, o governo
abre mão da política monetária, Dessa forma, qualquer expansão ou con-
tração monetária numa operação de mercado aberto ajustar-se-ã
endogenamente de forma a manter a paridade cambial, Quanto à política
fiscal, esta dependerá do tipo de mobilidade de capital da economia.
Caso essa economia operasse sob taxas cambiais flexiveis o grau de
eficácia da política econômica dependeria também do tipo de mobilidade
de capital. Por exemplo, a política fiscal é eficiente numa economia sem
mobilidade de capital, mas perde sua eficácia numa economia com perfeita
mobilidade de capital nesse tipo de regime de câmbio.
Referências: Blanchard, 2004 (páginas 426 à 436).
Lopes e Vasconceltos, 2000 (páginas 205 a 213).
Sachs e Larrain, 2000 (páginas 427 à 41 € 449 à 453).
122 + meauaceromia
Capítulo Nº - análisa de Detasrminação da Renda
(4) Enquanto um aumento na demanda doméstica provoca um aumento no
produto doméstico e uma piora no saldo comercial, um aumento na
demanda externa provoca um aumento no produto doméstico e uma
methora no saldo comercial,
VERDADEIRO,
Podemos definir q conceito de exportações líquidas NX como a dife-
rença entre exportações e importações. Logo,
NX=X(Y*, e) - eM(Y, c), onde X representa as exportações como uma
função crescente da renda do resto do mundo (Y) e da taxa de câmbio (2)
e M corresponde as importações como função crescente da renda interna
(Y) e decrescente da taxa de câmbio.*
Analisando separadamente o aumento da dernanda doméstica e o au-
mento na demanda externa, iniciemos pelo primeiro. Considere, por exemplo,
que o aumento da demanda doméstica seja decorrente de um aumento dos
gastos do governo. O aumento dos gastos governamentais não entram nas ex-
portações líquidas NX, mas a elevação do produto Y, via efeito multipticador,
ocasiona uma piora do saido comercial pelo fato de uma renda interna Y maior
resultar numa maior demanda por produtos do exterior. Em outras palavras,
quanto maior o nível de renda interna, maior a cemanda por produtos estrangei-
ros - como visto, as importações são uma função direta da renda (M = M(Y, e).
Agora considere um aumento de produto externo Yº decorrente, por exem-
plo, de uma política econômica expansionista dos Estados Unidos, que são um dos
grandes propulsores da economia mundial. O aumento do produto externo leva ao
aumento da exportação de bens internos o que, por sua vez, eleva 0 produto
doméstico e a demanda por bens produzidos internamente via efeito multiplicador.
Logo, o efeito finaí é uma melhora do satdo do balanço comercial da economia?
Referências: Blanchard, 2004 (páginas 398 a 406).
QUESTÃO 13
Considere a seguinte versão numérica do modelo /S-LM:
€=200+0,5Y,
*O termo sM significa que estamos transformando os beas estrangeiros M em termos dos
bens domésticos através da taxa real de câmbio.
3 ma questão importante aqui a ser ressaltada é o fato de que o produto extemo Yº
afeta diretamente a demanda por bens produzidos internamente a, por conseguinte, o
produto. No entanto, Y* não afeta os elementos que compõem a demanda interna (consu-
mo, investimento e gastos do governo) não provocando, dessa forma, uma deterioração
do balanço comerciat. Logo, o balanço comercial melhora.
macrnaconomia o 123
eistencour: » Flávio Ataliba 1 Da
a
1= 600 - 2000; + 0,1Y
6 =100
T=100
x=200
M=0,2Y,
ny ,
7) =0,5Y-B00i
i
Í
(6) - 3
p) =275
em que: € é o consumo agregado, Y é a renda, Y, é a renda disponi-
vel, Lê o investimento privado, 1 é a taxa de juros, Y é a arrecadação
tributária, G é o gasto do Governo, X representa as exportações e, M, as
importações, Por sua vez, as duas últimas equações representam, respec-
tivamente, a demanda e a oferta de moeda, ambas em termos reais. Cal-
cule a taxa de juros de equilíbrio e multiptigue o vator encontrado por 100.
Solução
Retação !S - Equitibria no Mercario de Bens:
YeC+HI+G+X-M
Y= [200 +0,5(Y - TJ] + (600 - 2.007 + 0,1Y) + (100) + (200) - [0,20% - TJ]
Y=200+ 0,5(Y - T) + 600 - 2.0001 + 0,1Y + 100 + 200 -0,24Y - T)
Y=1100+0,5Y-50-2.0001+0,1Y- 0,27 +20
Y= 1070 - 2.0001 + 0,4Y
0,6Y = 1.070 - 2.000
0,6Y + 2.0001 = 1.070 (0%)
Relação LM - Equilíbrio no Mercado Financeiro:
275 = 0,5Y - 8001
0,5Y = 275 + 8001
0,5Y -800i = 275 (02)
Montando o sistema:
0,6Y+2.001=1070
0,5Y - 8001 = 275
Multiplicando a equação (01) par 5 e a equação (02) por -6, tem-se:
[0,6Y + 2.001=1070x(5)
[0,5Y-800i= 275x(-6)
3Y + 10.000 = 5350
[s + 4.800 = 1650
124 + macroecsnomis
Capítulo LU - Análise ce Detereninação da Renda
Somando-as, tem-se:
14.800; =,3-700
is z
i=0,25.
Multipticando q valor encontrado por 190, tem-se:
i=0,25x 100 = 25%.
Referências: Blanchard, 2004 (páginas 44 a 54 e 398 a 403).
Dorrbusch e Fischer, 1991 (páginas 193 a 197),
Lopes e Vasconcelos, 2090 (páginas 184 a 183).
QUESTÃO 14
Considere uma economia aberta descrita pelas seguintes equações
comportamentais:
C=200+0,5Y,
=480 + 0,2Y - 20001
G=100
T=100
X = 200 + 0,01Y* + 1006
Q=0,1Y - 50
Y* = 10000
Em que: C é o consumo agregado, Y é a renda, Y, 6 arenda disponível,
lé o investimento privado, i é a taxa de juros, Tê a arrecadação tributária,
6 &o gasto do Governo, X representa as exportações, Qé o total das impor-
tações, e é a taxa de câmbio real e Y* é a renda externa. Supondo quea taxa
de juros seja igual a 5% e que a taxa de câmbio real seja iguala ?, calcute e
produto de equilibrio e divida o resultado encontrado por 100.
Solução
O nível de produto de equilibrio em uma economia aberta é dada
peta identidade macroeconômica abaixo:
Y=CN- T+, )+G+XO, 2) - cQ(y, 0), onde
Yéarenda, C é o consumo agregado, T é a arrecadação tributária,
té o investimento privado, i é a taxa de juros, G corresponde aos gastos do
governo, X representa as exportações, Y* é a renda externa, c é a taxa de
câmbio reate Qé o total das importações. Substituindo os valores forneci-
dos pela questão na identidade, tem-se:
Y = [200 + 0,5(Y - 100)) + (400 + 0,2Y - 2000) + (100) + (200 + 0,01Y* +
1002) - (0,1Y - 508)
Secronconomia o 125
sir Bitencourt + Flávio Atalirã « Daniel setiano
“uma expansão monetária destoca à LM para a direita (para baixo)
ampliando o nível de renda e reduzindo a taxa de juros (ponto 2 da figura
anterior). O aumento da renda eleva a demanda por bens estrangeiros au-
mentando o nível de importações da economia, o que prodtz um déficit no
balanço de pagamentos. Para evitar uma pressão peta desvalorização da
moeda nacional, o Banco Central vende suas reservas adquirindo moeda
nacional e reduzindo, por conseguinte, a base monetária da economia até
que a curva LM, volte a sta posição ariginal (ponto 3 da figura).
Da mesma maneira, uma expansão fiscal decorrente, por exemplo,
de um aumento dos gastos do governo desloca a /5 para cima (para direita)
(ponto 2 da figura 3.28). Um nível de produto maior teva a um aumento das.
importações levando, por conseguinte, a um déficit no balanço de paga-
mentos e causando uma pressão para desvalorização da moeda nacionai, o
que fará o Banco Central a se desfazer de suas reservas internacionais.
Essa ação do Banco Central resulta em um deslocamento da LM, para cima
(para esquerda) acarretando um aumento ainda maior da taxa de juros
que o nível de renda volte ao original (ponto 3 da figura 3.28).
i sê
Figura 3.28: Expansão fiscal numa economia aberta sem mobilidade de capitais e com
taxa de câmbio fixa.
Referências: Lopes e Vasconcellos, 2000 (páginas 205 a 208).
Sachs a Larrain, 2000 (páginas 337 e 338).
QUESTÃO 03
Considerando e modeto /S/LM (assim coma seu desdobramento na
modelo de oferta e demanda agregadas), avalie as proposições:
(0) Se as curvas LM e de oferta agregada são positivamente inclinadas e o
governo reduz seus gastos, a taxa de juros e o nível de preços cairão.
VERDADEIRO.
Analisemos este item em duas ctapas; a primeira conforme o arcabouço
IS-LM e a segunda considerando o modelo DA-AD (pferta e demanda agregada).
130 + sacotcononta
|
É
f
'
;
f
:
:
Capítuio TIS - Análise do Determinação de Renda
Ao reduzir seu déficit orçamentário decorrente de uma contração ou
consotidação fiscal (redução dos gastos e manutenção dos impostos
inalterados), o governo reduz o nível de produto e taxa de juros ao conside-
rarmos a curva LM positivamente inclinada. A figura 3.29 ilustra a situação.
Figura 3.29: Redução do défi
No modelo oferta e demanda agregada, considerando a presença de
rigidez nos satários nominais, a oferta agregada tem inclinação positiva,
Nesse caso, uma redução de ur componente da demanda (gastos do gover-
no) desloca a curva de demanda agregada para a esquerda, reduzindo o
produto e o nível de preços. À figura 3.30 ilustra a situação.
t orçamentário do governo no modelo IS-LM.
Aa
figura 3.30: Contração da demanda agregada no modelo OA-DA.
Referências: Blanchard, 2004 (páginas 93 a 95).
Sachs e Larrain, 2000 (páginas 64 2 67).
(1) Dada o nível geral de preços, quanto menos inclinada for a curva LM
(mais horizontal), mais eficaz será a política fiscal.
VERDADEIRO,
Quanto mais elástica for a curva LM - mais horizontal -, (segmento
keynesiano da curva LM) mais eficaz será a política fiscal no sentido de
aiterações do produto.
Na figura 3.31 são plotadas duas curvas LM, LM, mais etástica (menos
inclinada), ca LM, (mais inclinada), e a curva /S. Observa-se que um deslocamen-
to da !S para a direita (política fiscal expansionista) produz uma variação maior
no produto no caso da LM, (de Y, para Y,) que no caso da LM, (de Y, para Y,).
raguecomoma + 131
Amy Bittencourt « Flávio Ataliba « Dscis! Suliano
Figura 3.31: Eficácia da política fiscal considerando a inclinação da curva LM.
Referências: Lopes e Vasconcellos, 2000 (páginas 162 a 164).
(2) Se o governo fixar a taxa de juros, a demanda agregada será vertical
(suponha que a efeito-Pigou seja inoperante).
VERDADEIRO.
Se o governo fixar a taxa de juros, a curva 4 será horizontal fparalela ao
eixo do produto) no nível de taxa de juros pré-estabelecido. Inexistíndo o efeito
Pigou (variações no encaixe real de moeda não afetam a curva 15), alterações no
nível geral de preços serão compensadas por variações no estoque nominal de
moeda, de mado a não alterar os encaixes reais. Assim, alterações no nível geral
de preços não destocarão a curva LM, resultando em uma demanda agregada
vertical para qualquer nível de preço dado. A figura 3.32 ilustra a situação.
i
LM (Pot LM (Py)
F
Figura 3.32: Demanda agregada Vertical.
Referências: Lopes e Vasconceltes, Z00 (páginas 146 a 171).
137 + macroeconomia
Capítulo IM - Análise de Determinação da Rencn
(3) Quando uma economia fechada se encontra em pleno-emprego, o
aumento dos gastos governamentais provocará redução equivalente
no consumo privado.
FALSO.
Um aumento dos gastos governamentais desloca a /S para a direita. A
nova interseção da /S com a LM ocorrerá no ponto 2 da figura 3.33, que se
caracteriza por excesso de demanda sobre a oferta agregada, resultando em
pressão para elevação dos preços, O aumento de preços destora a LM para cima
até o ponto 3, que corresponde ao equilíbrio entre demanda e oferta agregadas.
A elevação na taxa de juros ocasiona uma retração tanto no investi-
mento privado como no constmo de montante equivalente ao aumento dos
gastos do governo. Os efeitos podem ser vistos na figura 3.33.
Figura 3.33: Efeito de um aumento nos gastos governamentais numa economia fechada,
Reserências: Blanchard, 2004 (páginas 137 a 140).
Lopes e Vasconceltos, 2000 (páginas 164 a 166)
(4) Dado o nível geral de preços, quanto mais elástico for o investimento
privada à taxa de juros e quanto menos elástica for a demanda de
moeda à taxa de jures menos eficaz será a política monetária.
FALSO,
Quanto rais elástico for o investimento à taxa de juros menos incli-
nada será a curva IS. Quanto menos elástica for a demanda de moeda à
taxa de juros mais inclinada será a curva LM. Essa combinação de inclina-
ções da !S com a da LM fará a política monetária mais eficaz.
Referências: Lones é Vesconceilos, 2000 (página 163).
QUESTÃO 04
Considerando uma economia aberta, avalie as proposições:
(0) Se a relação entre os preços vigentes em dois países for dada pela lei
do preço único, a taxa real de câmbio, para uma mesma cesta de bens,
será igual a 1.
VERDADEIRO.
macrosconomia + 133
|
|
!
ahir Drttencoure « flório Mlatiba « Daniel Sutioro
A lei do preço única estabelece que qualquer mercadoria negociada
em um mercado integrado tem um úrico preço. Se supusermos que um
mercado interno e um mercado externo estão suficientemente integrados -
as mercadorias podem ser facilmente negociadas entre os dois mercados -
, a lei do preço única diz que o preço destes produtos deve ser o mesmo nos
dois países.
Supenha que o preço de uma mercadoria no país estrangeiro seja P*,
Quando o preço dessa mercadoria for expresso em moeda nacional, o preço
será simplesmente P* multiplicado pela taxa de câmbio. A lei do preço único
afirma que o preço interno P deve ser iguala E x P*. Logo, P=Expr.
A doutrina da paridade do poder de compra (PPC) amplia a lei do
preço único das mercadorias consideradas isotadamente para uma cesta de
mercadorias, definindo o nível médio de preços da economia. Como a tei do
preço único deve vigorar em todas as mercadorias comercializadas entre
os países, deve também vigorar para o índice de preços interno (P), que é
uma média ponderada dos preços das mercadorias domésticas, e este deve
ser igual ão índice de preço do resto do mundo P* vezes a taxa de câmbio E.
Portanto, a relação P = E x P* expressa a paridade do poder de compra.
A taxa de câmbio real é expressa pela relação é = E
A tei do preço único implica que = = Ex
me=
Referências: Lopes e Vasconceltos, 2000 (páginas 184 a 191).
(1) A paridade não coberta cia taxa de juros implica que a diferença entre
a taxa de juros doméstica e a do resto do mundo corresponde à dier 'ença
entre a taxa de inflação domestica e a do resto do murido.
FALSO,
A paridade não coberta da taxa de juros ot paridade descoberta dos
juros imptica que a diferença entre a taxa de juros doméstica e a do resto
do mundo corresponde à variação cambial esperada.
Sendo 1, a taxa nominal de juros doméstica no período t, fa taxa
ES N
nominal de juros do resto do mundo no periodo t e “EE ataxa de
depreciação esperada onde E, corresponde a taxa de câmbio no periodo te
-E
Et, a taxa de câmbio esperada para 0 periodo t « 1, tem-se,
Ea E &
cui, =
Referências: Blanchard, 2004 (páginas 389 a 393).
134 + mneraecaromia
Cagítuto 131 - aráliso ce Determicação ca Renda
(2) A opinião predominante de que o tene está desvalorizado em relação
ao dótar pode explicar o fato de que a taxa de juros da economia
japonesa seja menor do que a taxa de juros da economia americana.
VERDADEIRO.
De acordo com a condição de paridade não coberta de juros, tem-se
que:
- taxa de juros doméstica,
- taxa de juros estrangeira,
E- taxa de câmbio real esperada pelos investidores estrangeiros no tempo
t+1,
E, - taxa real de câmbio no tempo t.
Então, se a taxa de juros no Japão, 1, for menor que a taxa de juros
da economia americana, ú , Os investidores estrangeiros na economia ja-
ponesa estão esperando uma valorização real na taxa de câmbio dada por
Ea nE, ,
“ES O. Logo, isso explica que o iene está desvalorizado em relação
ao dólar, ou seja, E, > Ff
cp Em
Referências: Blanchard, 2004 (páginas 424 a 426).
(3) Soba hipótese da paridade do poder de compra, um aumento da oferta
monetária doméstica não influencia a taxa de câmbio real no longo
prazo.
VERDADEIRO.
A hipótese da paridade do poder de compra refere-se à relação de
preços para uma cesta de bens entre países, determinando, portanto, a
taxa de câmbio real.
O aumento da oferta de moeda doméstica influência a taxa de câm-
bio norrinal, não influindo na taxa de câmbio real de longo prazo.
Referências: Lopes e Vasconceltos, 2000 (páginas 189 a 191).
(4) Peia teoria da paridade não coberta da taxa de juros, não pode haver
política monetária, já que a taxa de juros domésticadepende da taxa
de juros internacional.
FALSO,
Pela teoria da paridade não coberia da taxa de juros, pode haver
política monetária, mas o processo de arbitragem manterá a condição de
paridade não coberta da taxa de juros. Dessa forma, uma política monetá-
ria, sendo ela expansiva ou contracionista, num regime de câmbio fixo ou
Macesenunia o 135
Almir Blttencoure » Ftôvio aepiiba « Unoiei Sutfano
Acondição necessária para que um investidor adquira um equipamento
é que o valor presente dos retornos liquidos esperados cem o uso econômico do
equipamento, durante sua vida útil, seja maior ou igual ao seu preço. Assim,
L bo
(rf
Poco E x (1 HF, onde
Paquip ”* Preço do equipamento,
L, - corresponde ao fluxo de renda líquida esperada durante a vida útil do
equipamento,
. E - taxa de juros real do mercado.
Referências: Blanchard, 2004 (páginas 344 à 352).
Sachs e Larrain, 2000 (páginas 131 a 139).
fi) O custo de uso (ou de aluguel) de uma máquina aumenta quando se
espera uma alta na taxa de inflação, ceteris paribus.
FALSO.
Na tomada de decisão sobre o estoque de capital desejado da firma,
compara-se à produtividade marginal relativa à unidade adicional de capital
utilizado com o custo decorrente do emprego de uma unidade adicional de capi-
tal na processo produtivo por período de tempo (ou custo de uso do capital).
Se a firma precisar contrair empréstimo para financiar a aquisição de
bens de capital, a taxa de juros de mercado representará o custo do emprésti-
imo. De outra parte, se os bens de capital forem adquiridos com as reservas
provenientes de lucros acumulados e não distribuídos entre os acionistas Queros
retidos), a taxa de juros representará o custo de oportunidade do investimento,
na vez gue à firma poderia, alternativamente, ter investido recursos no mer-
cado financeiro, auferindo, assim, o retomo proporcionado pela taxa de juros.
No custo do capital, deve-se incluir, também, um componente retati-
vo à reserva para depreciação.
Pode-se expressar, então, o custo de uso do capital como:
r+68=t-mº+ 3, onde
r- taxa de juros real,
1 - taxa de juros nominal,
&- taxa de depreciação,
nº - taxa esperada de inflação (expectativa inflacionária).
Desse modo, se o investidor espera um crescimento na taxa de infla-
ção, ceteris paribus, haverá uma redução da custo de uso do capital, por-
que ocorrerá uma diminuição na taxa de juros real, considerando-se cons-
tante a taxa de juros nominal,
Referências: Blanchard, 2004 (páginas 344 à 357).
Sachs e Larrain, 2000 (páginas 131 a 139).
140 + sncroeconomia
Capitulo JE - Análise de Determinação ca Renço
(2) Quando a taxa de juros diminuí, o investimento aumentará enquanto o
capital estiver abaixo do seu nova valor de equilíbrio.
VERDADEIRO.
No eguilíbrio, tem-se que:
> q+nL, onde:
X
EL representa os retornos líquidos esperadas durante toda a vida útil
do capital físico (ou ativo real);
ré a taxa de juros de mercado. o
Se a taxa de juros diminuir, ocorrerá, então, que Pes > Gel,
que constitui a condição necessária para os investidores realizarem novos
investimentos, Novos investimentos etevam o estoque de capital, até que
novamente ocorra a igualdade:
Referências: Blanchard, 2004 (páginas 344 a 357).
Sachs e Larrain, 2000 (páginas 131 a 139).
(3) A proposição de que consumo e investimento reftetem fluxos de renda
percebidos como permanentes implica a previsão de que os dois itens
de gasto apresentem variações proporcionais semelhantes.
FALSO.
Não existe nenhuma relação entre variações proporcionais no corsumo e
investimento corno reflexo de fluxos de renda percebidos como permanentes.
Referências; Mankiw, 2004 (páginas 309 a 311).
tt) A taxa que íguala a somatória do valor presente dos rendimentos
esperados de um bem de capital a seu preço de oferta é denominada,
por Keynes, eficiência marginal do capital.
VERDADEIRO,
Essa é a definição dada por Keynes para a o conceita de eficiência
marginal do capital. A decisão de investimento dos empresários é baseada
no fluxo de receita esperada do investimento em termos atuais - definido
como preço de demanda do bem de capital -, e no custo de reatização do
empreendimento - definida como preço de oferta do bem de capital. A taxa
que iguala esses dois valores é denominada eficiência marginal do capital.
Referências: Lopes e Vasconcellos, 2009 (páginas 114 2 146),
QUESTÃO 12
Avalie as afirmações abaixo, relativas ao modelo clássico (também chama-
do necctássico) e ao modelo |S-LM:
Mecrueconomia + t41
Are ictenconrt + Elôvio Ataitha + Daniet Suiiano
(0) Flavendo flexibilidade de preços e salários, o modelo ctássico do mercado
de trabalho implica pteno-emprego, excluindo portanto a possibilidade
de desemprego friccional.
FALSO.
O desemprego involuntário é o tipo de desemprego que o modelo
clássico não admite em face da flexibilidade de preços e salários. Nesse
tipo de desemprego, o individuo apesar de aceitar trabalhar ao salário vi-
gente ou mesmo abaixo desse salário, não consegue encontrar emprego.
Como o modeto clássico assume perfeita flexibilidade de preços e salários,
o salário reat determinado na mercado de trabalho de acordo com a oferta
e demanda de mão-de-obra determina o proquto de pleno emprego. Por
exempto, caso a salário esteja acima do equilíbrio, a maior oferta de mão-
de-obra pressiona os salários para baixo, equitibrando, por conseguinte, o
mercado de trabalho.
Por outra lado, tanto o desemprego voluntário corno o desemprego
friccional são admitidos no modelo clássico. O desemprego voluntário ocor-
re quanda no nível de satário de equilíbrio existem trabalhadores que não
desejam trabalhar percebendo esse salário. O desemprego friccional ocor-
re quando o trabalhador muda de emprego.
Referências: Froyen, 2003 (páginas 55 a 61).
Lopes e Vasconceilos, 2090 (páginas 107 a 105).
Sachs e Larrain, 2006 (páginas 63 e 64).
(1) No modelo clássico, o conhecimento da função de produção e da oferta
de moeda é condição suficiente para a determinação do produto de
plenc-emprego.
FALSO,
O conhecimento da função de produção é necessário para a determi-
nação da demanda de mão-de-obra e do produto de pleno emprego, À ofer-
ta de moeda, por seu turno, não exerce qualquer efeito sobre o lado real da
economia e, portanto, sobre q produta,
No modeto clássico, o pleno emprego é determinado pelas con-
dições vigentes no mercado de trabalho. A hipótese de flexibilidade
de preços e salários assegura que o equitíbrio de pleno emprego é
alcançado pela interação da demanda e oferta de mão-de-obra. Co-
nhecido o nível de emprego de equilibrio (de pleno emprego), deter-
mina-se o nível de produto correspondente na função de produção.
Na figura 3.35 observamos a determinação do produto de pleno em-
prego no modeta clássico.
fáZ + Macceconemia
Capíluto Ef - Análico de Determinação da Renda
Figura 3.35: Modeto clássico: resumo
Referências: Froyen, 2003 (páginas 47 a 55)
Lopes e Vasconcellos, 7006 (páginas 88 a 45).
Sachs e Larrain, 2000 (páginas 60 a 62).
(2) Um destocamenta para a direita da função poupança (no ptanos, t), no
moedeto clássico, provoca uma redução dos juros. O mesmo ocorrerá no
modelo /S-LM, em resposta a um deslocamento para a esquerda da
função poupança (no plano Y, S), desde que a LM seja positivamente
inclinada.
VERDADEIRO.
ko modelo clássico, um deslocamento da poupança (ro plano S, 1)
resulta efetivamente em uma redução dos juros, conforme podemos obser-
var na figura 3.36.
Figura 3.36: Poupança é investimento no modelo clássico.
mMocroeconemia » 343
Alondr Eittopconrt » Flávio Ataliba » Damict Sultano
No modeto /S-LM, um deslocamento para a esquerda da função pou-
pança, (no plano Y, S), que equivale = um aumento da poupança para cada
nível de renda, deslocará a curva |S para a esquerda (para baixo) e, dado
que a LM é inclinada positivamente, ocorrerá uma redução dos juros. Pode-
mos observar na figura 3.37 esse efeito.
Figura 2.37: Destocamento da curva !S para à esquerda no modelo /S-LH.
Referências: Lopes e Vasconceltos, 200 (páginas 98 é 150).
(3) Uma curva LM vertical implica que a política fiscal é ineficiente e,
portanto, que a curva de oferta agregada é igualmente vertical.
FALSO.
Uma curva LM vertical implica que a política fiscal é ineficiente. As
curvas /S-LM se referem ac tado da demanda agregada e não tem nada a
ver com a inclinação da oferta agregada, que é determinada pelo compor-
tamento do mercado de trabatho.
Referências: Dombusch e Fischer, 199 (páginas 178, 178 e 258 a 260).
(4) Quanto mais inclinada for a curva de oferta agregada ti.e., mais vertical
€ mais próxima da chamada curva de oferta agregada “cléssica”), maior
será a eficiência da política monetária.
FALSO.
Quanto mais inclinada for a curva de oferta agregada, mais próximo
do produto de pleno emprego encontra-se a economia e, portanto, menor
será a eficiência da política monetária. No caso extremo em que a econo-
mia encontra-se em plena capacidade, uma política monetária expansionista
causará apenas aumento de preços (inflação, no caso).
Referências: Blanchard, 2004 (páginas 140 a 143).
Darnbusch e Fischer, 1991 (páginas 258 a 260).
QUESTÃO 14
Avalie as proposições abaixo, relativas à equivalência ricardiana:
144 + Macromononia
Cagítulo II - análise de Desermin,
da Renda
(0) Admitindo-se a equivalência ricardiana, a retração de consumo proveniente
do financiamento dos gastos mediante impostos pode ser evitada se q
financiamento se der por meio do lançamento de títulos públicos.
FALSO.
A equivalência ricardiana implica que unia redução de impostos fi-
nanciada pela dívida pública (sem nenhum plano de redução de gastos)
deixa o consumo inalterado.
O princípio geral é que a dívida pública é equivalente aos impostas
futuros e, se os consumídores estiverem suficientemente atentos ao futu-
ro, os impostos futuros são equivalentes aos impostos correntes. Portanto,
o financiamento do governo através da dívida pública é o mesmo que seu
financiamento por meio de tributos.
O consumidor atento ao futuro entende que o endividamento público
no presente significa um aumento de impostos mais adiante. Um cotte nos
impostos financiado através do aumento do endividamento não reduz a
carga tributária, apenas a rearranja no tempo. Não há aumento na renda
permanente do consumidor e, portanto, não há elevação do consumo.
: Mankiw, 2004 (páginas 285 & 288).
(1) Admitindo-se a equivalência ricardiana, uma queda antecipada nos
gastos futuros do governo não afeta o consumo corrente.
FALSO,
Para que se evidencie a equivalência ricardiana, os gastos do gover-
no têm que se manter constantes.
Roierências: Mankiw, 2004 (páginas 285 a 288),
(2) O consumo depende da riqueza loga, segundo a equivalência ricardiana,
quanto mais títuios do governo estiverem nas mãos das pessoas, maior
deverá ser o consumo.
FALSO,
Além da receita obtida por senhoriasem, o govemo pode se financiar tanto
através de empréstimos (emitindo titulos) como também por ímpostos. Segundo
a equivalência ricardiana, o financiamento ca dívida do govemo por meio de
títulos torna-se equivalente aos impostos, pois quanto mais títulos o governo
emite, maior o valor presente dos aumentos futuros de impostos para saldar sua
dívida. Logo, os títulos em si não constituem riqueza para seus detentores.
Referências: Blanchard, 2004 (páginas 561 e 552).
Sornbusck e Fischer, 1991 (página 710 e 711).
Markiw, 2004 (páginas 285 a 285).
(3) Umamansira de testar a equivalência ricardiana é verificar se o consimo
das pessoas depende da renda disponível ou da renda permanente.
VERDADEIRO.
vserseconoria a 145
atradr Bittencourt = Flávio Ataliba + Danief Subieno
Logo, tma redução dos juros domésticos (1) e uma apreciação
Eu-E, j
esperada da taxa de câmbio, - uma redução do termo o - a condição
l
de paridade não coberta de juros é mantida, ceteris paribus,
Referências: Blanchard, 2004 (páginas 389 a 393).
Lopes e Vasconceltos, 2000 (páginas 188 e 189).
(4) Acurva J mostra como transcorre, ao longo do tempo, o efeito de uma
política fiscal expansionista sobre a balança comercial.
FALSO.
A curva J mostra como transcorre, ao longo do tempo, o efeito de
uma desvalorização cambial sobre a balança comercial. Afigura 3.41 ilustra
a situação, :
Depreciação
Tempo
Exportações tiqu
Figura 3.41: A cuva 4.
Referências: Blanchard, 2004 (páginas 411 a 414).
QUESTÃO 03
Considere o maceto Mundell-Fleming e responda se afiriações abaixo são
falsas ou verdadeiras:
(0) Em uma economia grande, com taxa de câmbio flexível, uma política
fiscal expansionista eleva a taxa de juros e,. portanto, reduz o
investimento privado.
VERDADEIRO.
Vamos considerar uma economia grande com a BP positivamente
inclinada e, portanto, segundo duas situações possíveis: a LM mais in-
clinada que à BPe a LM menos inclinada que a BP. Considerando primei-
ramente a LM mais inclinada que a BP temos a situação descrita na
figura 3.42.
150 +
economia
Capítulo M - análise ds Determinação ga Renda
UM
Pp
3 seo
3
IS,
15
= Ea
Figura 3.42: Efeito de uma política fiscal expansionista considerando uma econemia
grande com taxa de câmbio flexível em que a LM seja mais inclinada que a BP,
Uma expansão fiscal desloca a curva IS para direita do ponto 1 para
a pento 2 no gráfico anterior. Com um nível de renda e taxa de juros mais
elevada teremos um superávit no balanço de pagamentos provocando uma
apreciação da taxa de câmbio e um deslocamento da BP e da !S para a
esquerda. Ataxa de juros mais elevada reduz o investimento privado. Vale
ressaltar que, nesse caso, quanto mais horizontal a BP, maior será a ineficá-
cia da política fiscal coma consegiiência da valorização da taxa de câmbio.
No caso em que temos a LM menos inclinada que a BP, o processo de
expansão fiscal é o mesmo, com a economia passando do ponto 1 para o
ponto 2, de acordo com a figura 3.43.
Figura 3.43: Efeito de uma política fiscal expansionista considerando uma economia
grande corn taxa de câmbio ftexível em que a LM seja menos inclinada que a BP.
O destocamento da /5 provoca um aumento tanto da taxa de juros
como do nível de renda ocasionando um déficit no balanço de pagamentos:
Nesse sentido, temos uma depreciação da taxa de câmbio e um efeito
amplificado decorrente desta última. Constatamos também que o aumento
ca taxa de juros atenua, em parte, a política fiscal expansionista inicial
através de uma redução do investimento privado.
Referências: Lopas e Vasconceltos, 2000 (páginas 215 a 217).
Macrocennomia o 15f
Almir Bittencourt » Flávio Ataliba = Danfei Suliano
65) Em um país pequeno, com taxa de câmbio fixa e perfeita mobilidade
de capitais, uma política monetária contracionista provoca uma redução
no estoque de moeda estrangeira em poder do Banco Central.
FALSO,
Considere a economia em equilíbrio no ponto 1, na figura 3.44, onde
a taxa de juros interna é igual a taxa de juros externa-(i = i*) - cruzamento
das curvas BP, /S e LM,. Uma contração monetária desloca a curva LM para
cima (para a esquerda) (LM). O equilibrio interno (2) corresponde a um
desequilíbrio externo com superávit no balanço de pagamentos. Qcorrerá,
então, uma entrada massiva de capitais externos e moeda estrangeira que
o Banco Central adquirirá para evitar a valorização da taxa de câmbio no-
minal. A oferta monetária aumentará e também o estoque de moeda es-
trangeira no Banco Central. O equilíbrio final será no ponto (3).
Uh,
Ma
BP
Y
Figura 3.44: Política monetária contracionista em ama economia pequena com taxa de
câmbio fixa e perfeita mobilidade de capitais.
Referências: Lones e Vasconceltos, 2000 (páginas 240 a 212).
(2) Em um regime de câmbio fixa, a potítica monetária será tanto mais
eficaz no curto prazo quanto menor for a mobilidade do capital.
VERDADEIRO.
Em um regime de câmbio fixo, quanto menor for a mobilidade de-
capital, mais eficaz no curto prazo será a política monetária porque a alte-
ração da taxa de juros não anularia imediatamente o efeito da política.
Rererências: Blanchard, 2004 (páginas 389 a 393 € 431 a 433).
Lopes e Yasconceltos, 2000 Ipágirias 184 a 186 e 210 a 212).
(3) A perfeita mobilidade do capitat implica igualdade entre as taxas de
juros dos ativos nacionais e estrangeiros, independentemente de fatores
relacionados à tributação dos ativos.
FALSO.
A tributação de ativos altera o seu rendimento liquido proparciona-
do. Logo, a perfeite mobilidade de capitais implica a igualdade entre as
152 e Macroeconomia
Capíts
El - Análise de Determinação cs Renda
taxas de juros dos ativos nacionais e estrangeiros tomando-se em conside-
ração a incidência da tributação sobre seus ganhos brutos.
Referências; Blanchard, 2004 (páginas 289 à 393 e 43% a 433).
Lopes e Vasconcellos, 2000 (páginas 184 a 186 e 210 a 212).
(4) O multiplicador de gastos governamentais, em uma economia com taxa
de câmbio fixa, será tanto maior quanto maier for a mobilidade do
capital.
VERDADEIRO.
Considere, iniciaimente, uma economia sem mobilidade capitais onde
qualquer que seja a taxa de juros o nível de produto é o mesmo. À ecano-
mia está em equilíbrio no ponto 1 da figura 3.45, no ponto de cruzamento
da 18, LM, e BP vertical. Uma expansão fiscal decorrente, por exemplo, de
um aumento dos gastos do governo desloca a /S para cima tpara direita)
fponto 2 da figura). Esse deslocamento eleva o nível de produto doméstico
ampliando as importações, uma vez que estas dependem diretamente do
produto da economia. Nessa situação, haverá um déficit no balanço de
pagamentos gerando uma pressão pela desvalorização da moeda nacional,
o que leva o Banco Central a se desfazer de suas reservas internacionais.
Logo, essa ação do Banco Central provoca um destocamenta da iM, para
cima (para esquerda), ocasionando um aumento ainda maior da taxa de
juros até que o nívei de renda volte ao ponto original (ponto 3 da figura
3.45). Nesse caso, o efeito multiplicador decorrente de uma expansão fis-
cat é zero (o nível de produto é igual ao anterior).
Figura 3.45: Expansão fiscal numa economia com taxa de câmbio fixa sem mobilidade
de capitais.
Considere a situação em que há perfeita mobilidade de capitais sem-
doa taxa de juros a mesma para qualquer nível de renda e igual à taxa de
juros externa, Nesse caso, a economia é totalmente dependente da taxa de
juros internacional, A economia, nesse caso, encontra-se inicialmente no
ponto 1 da figura 3.46 no cruzamento da. 15, com LM, e a BP horizontal. Uma
Macreconómnia o 153
Almir Bitoncawet + Stóvio Ataliba « Danfel Sutisno
expansão fiscal desloca a !5 para direita (para cima) (ponto 2). Uma taxa
de juros interna maior que a taxa externa provoca uma entrada de recur-
sos, Levando a um superávit no balanço de pagamentos. Para manter o
câmbio fixo, evitando a desvalorização da moeda nacional o Banca Central
adquire esse excesso de divisas, deslocando, então, a LM para direita (ponto
3 da figura 3.46). Logo, o efeito multiplicador é intensificado.
Figuca 3,45: Expansão fiscal numa economia com taxa de câmbio fixa com mobilidade
perfeita de capitais.
Referências: Blanchard, 2004 (páginas 434 a 436).
Lopes é Vasconcellos, 2000 (páginas 206 à 213).
QUESTÃO 04
indique se as proposições, relativas às teorias do consumo e do investi-
mento, são falsas ou verdadeiras:
(0) Segundo a teoria Keynesiana, variações na taxa de juros alteram a
propensão marginal a consumir, mas não o nível de consumo agregado,
FALSO.
Segundo a teoria keynesiana, a propensão marginal a consumir -
variação no consumo decorrente do aumento de uma unidade monetária «
constitui um parâmetro da função consumo, sendo seu valor dado no inter-
valo compreendido entre zera e um e não apresenta nenhuma relação com
a taxa de juros. Além do mais, Keynes considerava a renda como o
determinante primário do consumo e que a taxa de juros teria um papel
secundário. Como ele próprio escreveu: "a conclusão principal sugerida
pela experiência, em minha opinião, é que a influência da taxa de juros
sabre o gasto individual de uma renda dada no curto prazo é secundaria e
relativamente insignificante”.
Referêr:
= Mankiw, 2004 (páginas 297 a 300).
154 + Macrceconomie
Capitulo HF - anátiso de Determinação da Renda
(1) Restrição orçamentária intertemporal da famítia significa que, em
qualquer período, a família não pode consumir mais do que sua renda
disponível corrente.
FALSO.
A restrição orçamentária intertemporal significa que se uma família
consumir mais que sua renda corrente em um período, nos períodos se-
guintes, então, o consumo terá que ser menor que sua renda corrente.
Referências: Mankiw, 2004 (páginas 300 a 306).
Sachs e Larrain, 2000 (páginas 92 a 95).
(2) Segundo a hipótese da Renda Permanente, um aumento do impasto de
renda, percebico como temporário, produzirá efeito desprezível sobre
as decisões de poupar dos consumidores.
FALSO.
Segundo a hipótese da renda permanente, alterações nos impostos
somente repercutirão na demanda agregada, através do consumo e pou-
pança, se essas alterações forem de natureza permanentes. No caso em
questão, como o aumento do imposto é percebido como temporária, os
consumidores usarão a poupança para estabilizar o consumo em relação à
mudança transitória da renda.
Referências: Mankiw, 2004 (páginas 309 à 311).
Sachs e Larrain, 2000 (páginas 97 a 101).
(3) Segundo a teoria de Ciclo de Vida, uma política que transfira renda de
consumidores de meia-idade para consumidores mais velhos aumentaria
a poupança agregada.
FALSO.
Uma transferência de renda de consumidores de meia-idade que pou-
pam mais que consomem, para consumidores mais velhos, que consomem
mais que poupam, aumentaria o consumo agregado. isso porque, de acor-
do com a teoria do cicto de vida, os consumidores buscam uma certa esta-
bilidade do consumo ao longo da vida, Consumidores de meia-idade pou-
pam uma fração da, renda maior que os idosos para poderem, na velhice,
financiarem o excesso de consumo sobre os seus rendimentos.
Referências: Mankiw, 2004 (páginas 306 a 309),
Sachs e tarraia, 2000 (páginas 105 a 109).
(4) Ceteris paribus, uma queda na cotação das ações cotadas na Botsa de
Valores reduziria o chamado “q” de Tobin.
VERDADEIRO.
Avariável “q” de Tobin é definida pela relação entre o valor de mer-
cado das ações das empresas e o seu custo de capital, ou seja:
Macececsnomis o 155
atm Bittencourt + Flávio Atafida + Ganioi Sultano
E
|- investimento privado,
h- investimento do govenio;
Sp - poupança privada,
5 - poupança do governo.
t;=0 (não fai informado), então [= 1,.
1=7-201+0,27
[= 7 - 20x0,1 + 0,2x200
7-2+40
1=45
-6
0,257-6
S, = 0,25x200 - 20
S,=30
Logo,
1=5,+8,
S=1-S,
5,=45-30
S,=15.
Referências: Blanchard, 2004 (páginas 44 à 58).
QUESTÃO 13
Considere o seguinte modelo /S-LM:
C=3+0,9,G=10,M=6
1=2-0,5, L = 0,24Y - 0,8
em que:
€ = Consumo Agregado, G = Gastos do Governo,
Y = Renda, L = Demanda por Moeda,
[= Investimento, M = Oferta Real de Moeda,
1= Taxa de Juros.
Determine o Valor da Renda de Equilíbrio.
Solução
Relação /S - Equilíbrio no Mercado de Bens:
Y=C+l
Ye (3+0,9)+(2- 0,51) + (10)
Y=15+0,97-0,5i
0,5i=15-0,1Y
160 + Macronconomia
Capitulo HI - Anéiise de Determinação da Bende
as
i= 05" 05 Y
i=30-0,2Y.
Relação LM - Equilíbrio no Mercado Financeiro:
M=0,24Y - 0,81
6=0,24Y - 0,8,
i=0,37-7,5.
1S=LM - Equilíbrio Simultâneo no Mercado de Bens e Financeiro:
30-0,2Y=0,3Y 7,5
0,57 =37,5
35
“="95
Y=7.
Referências: Blanchard, 2004 (páginas 44 a 54).
Dornbusch e Fischer, 1994 (páginas 193 a 197).
Lopes e Vasconcellos, 2000 (páginas 181 a 183).
QUESTÃO 14
Suponha que, estando a economia no equilibrio obtido na questão
13, ocorra um aumento autônomo de 5 na investimento, ao mesmo tempo
em que o governo passe a fazer transferências no valor de 3 e que uma
mudança da política monetária tome a oferta de moeda infinitamente etés-
tica. Mantendo inalterados os demais parâmetros do modelo, calcule a va-
riação da renda de equilíbrio.
Salução
Obtendo a taxa de juros de equitibrio na equação da [S no modelo da
questão anterior, tem-se:
O - 0,2x75
Como o governo passa a fazer transferências no valor de 3, a renda
disponível altera-se:
C=3+0,9+T)
C=3+0,9W+T)
C=3+0,907+3)
Macrveconomia + T6Í
ami Bittencourt = Flávio Ataliva + Daniel Sutisno
C=3+0,97+2,7
C=5,7+0,9.
Ademais, ocorre um aumento de 5 no investimento autônomo:
[=5+2-0,5
[=7-0,51.
Então, na nova relação (5, tem-se:
Y=C+I+G
Y=3-0,9+3)+7-0,51+10
Y=202,7+0,9-0,5i
G,5t=22,7-0,1Y
27 041
i= 65 - E Y
1=45,4- 0,2%
Logo, no equilibrio 1S=LM:
45,4-0,2Y = 15,
pois a equação da LM é dada por i= 15. Então:
0,27 =30,4
Y=152.
Avariação da renda de eguitíbrio corresponde a
Ater,
AY =152-75
AY = 77.
Referências: Blanchard, 2004 (páginas 4d a 54).
Dornbusch e Fischas, 1994 (pá
Lopes e Vasconceltos, 2000 (pé
ANPEC 2001
QUESTÃO 02
Com base ho modelo Mundeil-Fleming, indique se as afirmações são falsas
ou verdadeira:
(0) Com perfeita mobilidade de capitais e câmbio fixo, uma política
de mercado aberto contracionista deixará inalterada a base
Capísulo JI1 - Análise de Determinação de Renda
monetária, mas elevará o montante de reservas no ativo do Banco
Central.
VERDADEIRO.
Considere, inicialmente, o balancete do Banco Central abaixo onde o
ativo é composto pelas reservas e títulos públicos federais. Para simplifi-
car, vamos considerar o passivo composto apenas pela base monetária”
RR
Temos então uma política de mercado aberto contracionista em que
o Banco Central vende uma quantidade de titutos igual a AB (variação da
base monetária). Essa operação anterior provoca uma redução no preço
dos títulos ou, equivalentemente, um aumento das taxas de juros.
A taxa de juros interna maior que a taxa de juros externa leva os
investidores estrangeiros a preferirem títulos nacionais. No entanto, para
adquirir esses títulos os investidores necessitam vender moeda estrangei-
ra e comprar moeda nacional para executar essa operação.
Nessas circunstâncias, um aumento da demanda de moeda nacional
no mercado irã provocar uma apreciação da taxa de câmbio (a moeda naci-
onal se valoriza). Como o Banco Central mantém c câmbio fixo, ele irá
intervir comprando moeda estrangeira em troca de moeda local. A compra
de moeda estrangeira e a venda de moeda nacional geram aumento da
base monetária. Essa compra irá se manter até que à base monetária retorne
ao nível anterior à operação de mercado aberto, de modo que a taxa de
juros interna se iguale a taxa de juros externa.
Dessa forma, a base monetária permanece inalterada, mas a com-
posição da ativo do Banco Central passa a ter tmma quantidade menor de
títulos com uma maior quantidade de reservas internacionais. O novo
balancete da Banco Central é dado poi
? Como discutido no capitulo 2, o balancete do Banco Central é composto por outros
ativos e o passivo é composto pelos recursos não monetários. A simplificação usada aqui
não interfere em nada no resultado final, Para mais detathes sobre q balancete do Banco
Central ver Simonsen e Cysne, 1995 (páginas 29 à 219.
Macroeconomia * 163
i
li
Alemã Bittencourt » Flávio Ataliba « Ceniet Suliano
Numa situação de perfeita mobilidade capitais, todos esses efeitos
podem ocorrer rapidamente após a operação de mercado aberto inicial.
Referências: Bianchard, 2004 (páginas 7Q a 72 e 438).
Simonsen e Cysne, 1995 (páginas 29 a 31, 32 a dO e B9a 91)
ti) Sob a hipótese de um regime de câmbio fixo, uma expansão fiscal não
resulta em efeitos reais devido à acomodação monetária requerida
para manter o cêmbio fixo.
FALSO.
Sob a hipótese de um regime de câmbio fixo, uma expansão fiscal
produzirá um efeito ainda maior que o inicial devido ao mecanismo de
acomodação! monetária adotado pelo Banco Central.
A expansão fiscal eleva a taxa de juros, o que provoca, par conse-
guinte, uma taxa de juros interna maior que a taxa de juros internacional.
Dessa forma, com a entrada de capitais, o Banco Central expande a oferta
de moeda de mado a evitar a valorização da moeda nacional. Aacomodação
do Banco Central iguala novamente a taxa de juros interna à taxa de juros
externa, resultando um nívei de produto ainda maior que c resultante da
política fiscal inicial. Logo, a expansão fiscal produz efeitos reais (efeito
sobre o nível de produto e emprego).
Referências: Blanchard, 2004 (páginas 434 a 436).
Lopes e Vasconcellos, 2000 (páginas 210 a 212).
Suchs e Larraín, 2000 (páginas 427 à 429).
(2) Sob a hipótese de um regime de câmbio flexível, uma contração
monetária é mais eficiente, em termos de seus efeitos reais, do que
uma contração fiscal.
VERDADEIRO.
Sob sa hipóteses de um regime de câmbio flexível e de perfeita mo-
bilidade de capital, a política fiscal não afeta, em termos reais, a econo-
mia, ou seja, qualquer expansão ou contração fiscal. terá efeito nulo no
produto, Por outro tado, a potítica monetária não apenas afeta o produto
como também amplia seu efeito por meio de uma alteração da taxa de
câmbio (ampliando o efeito da política fiscal no caso de uma depreciação e
reduzindo o seu efeito no caso de uma apreciação).
Referências: Blanchard, 2004 (páginas 428 à 4317.
Lopes e Vasconcellos, ZU00 (páginas 212 a 217).
Sachs e Larrain, Z000 (páginas 449 a 460).
* O imecanismo de acomodação do Banco Central corresponce à alteração na oferta de
moeda pelo mesmo de forma a manter uma taxa de juros constante em face das altera-
ções des gastos.
164 - macrveconamia
Capitulo 1? - análise de fieterrmintação da Renda
(3) Sob a hipótese de um regime de câmbio flexivel, perfeito movimento
de capitais e expectativas estáticas sobre a taxa de câmbio nominal,
esta será determinada pela oferta e demanda de moeda estrangeira.
VERDADEIRO.
Havendo perfeita mobilidade de capitais, supõe-se que a taxa de
juros interna seja igual à taxa de juros internacional. Nesse sentido, a
política monetária assim como a política fiscal produzirão uma pressão no
balanço de pagamentos por meio da taxa de juros, fazendo com que varia-
ções na quantidade demandada e ofertada de moeda estrangeira provoque
uma pressão pela depreciação cu apreciação da taxa de câmbio, de forma
ase restabelecer os equilíbrios interno « externo.
Referências: Blanchard, 2004 (páginas 428 a 431).
Lopes e Vasconcellos, 2000 (páginas 212 e 213).
Sachs e Larrain, 2000 (páginas 449 a 453).
(4) Se a taxa nominal de câmbio - e - mede a quantidade de reais por
dótar, a curva /S é negativamente inclinada no plano (Y, e).
FALSO.
Dada a seguinte equação da /5 para uma economia aberta:
Y=YV-Delle-n)+6+Xe)-M(Y-T, e), onde
Y- produto interno bruto,
T- tributação,
1- investimento,
G - gastos correntes do governo,
X- exportações,
M - importações,
c- propensão marginal a consumir,
Y4=Y-T- renda disponível
r- taxa de juros nominal
nº - expectativa inflacionária (considerada como dada),
e - taxa de câmbio real,
Fazendo-se a diferenciação da equação da !5, tem-se
dy = cdy - cdT + Idr+ dG + X de - May + MdT - M de
Tormando-se dT = dr = dG = 0, obtém-se a inclinação da 15 no ptano (Y, e):
de 1-c-M
aro % Mo >0, pois, M,>0,X>0,M <Oec<1.
Acurva /$ tem inclinação positiva no plano (Y, e),
Referências: Menkiw, 2004 (páginas 216 e 217)º
Simonsen e Cysne, 1995 (páginas 400 à 404).
deve ter na interpretação da curva /S no plano (Y, e) apresertada por
Mankiw, 2004 (páginas 216 e 247) decorre da cefinição da taxa de câmbio adotada por
ele, que usa a convenção do certo,
Mecroeconoria » 165
afenir Bivtncourt + Flávio Atahida » Daniei SLttono
(4) Uma diminuição na incerteza em relação à data e ao volume dos
desembolsos futuros determina um deslocamento para a direita da
curva LM.
VERDADEIRO.
Uma diminuição na incerteza em relação à data e ao volume de de-
sembolsos futuros reduz a demanda de moeda por encaixes de segurança,
o que corresponde a uma diminuição da constante marshaltiana (ou uma
elevação da velocidade-renda da moeda) e, portanto, no componente da
demanda de moeca para transação (Mº = ky). Em decorrência disso, a curva
IM desloca-se para a direita.
Na figura 3.50, pode-se observar o efeito de uma redução na deman-
da de moeda para transação sobre a curva LM.
r
1
j
'
1
1
:
í
I (MP me | Yo Y
Figura 3.50: Redução da demanda por moeda e desiocamento da curva LM.
Referências: Simonsen e Cysne, 1995 (páginas 319 à 324, 347, 348 à 350).
QUESTÃO 07
Assinale se as proposições abaixo são falsas ou verdadeiras:
(0) Sea função consumo é do tipo C = C(Y) (togo, não há efeito-Pigou) ea
função LM é horizontal, a queda de preços não altera a nível de renda,
pois a função demanda agregada é vertical.
VERDADEIRO.
Nesse caso, a economia se encontra na armadilha da liquidez. Por-
tanto, a política monetária não será eficaz e qualquer expansão na oferta
de moeda será retida pelo púbtico e não afetará a taxa de juros.
Como os fatores que afetam a Inclinação da LM determinam também
como a demanda agregada responde aos preças, temos que a ineficácia da
patítica monetária corresponde a uma demanda inetástica ao preço.
Referências: Dornbusch e Fischer, <991 (páginas 263 a 266).
Lopes e Vesconcellas, 2000 (páginas 166 a 170).
176» miacronconomiz
Capítulo mt - Ané
de Determinação da Renda
(1) Expectativas de aumento de preços afetarão favoravelmente as
decisões de investimento, ainda que a economia opere na armadilha
da liquidez.
VERDADEIRO,
À decisão de investimento depende diretamente da taxa de juros
real, ou seja, da taxa de juros nominal menos a taxa de inflação esperada.
Isso ocorre porque, ao investi, as empresas desejam saber quanto terão
de pagar, não em termos de valor nominal (meeda corrente), mas sim em
termos de bens,
Referências: Blanchard, 2004 (páginas 200 e 301).
Mankiw, 2004 (página 318).
(2) Sea propensão dos devedores a gastar a partir de variações da riqueza
real é maior do que a dos credores, a deflação terá, ceteris paribus,
efeito depressivo sobre a demanda agregada.
VERDADEIRO.
Essa é a chamada teoria da defiação das dividas. Essa teoria pos-
tuta que variações não antecipadas no nível de preços redistribui a rique-
za dos devedores para os credores. Por exemplo, uma dívida de 5100
corresponde, na verdade, a 100/P em termos reais, em que Pé o nivei de
preços. Dessa forma, uma queda no nível de preços aumenta o valor real
dessa dívida.
Portanto, caso 05 devedores tenham propensões mats altas a gastar
do que os credores (e isso parece razoável haja vista que estes estão
endividados), os devedores reduzem seus gastos mais do que os credores
desejam etevá-tos. Nessa situação, o eteito líquido é uma redução dos gas-
tose, por conseguinte, da demanda agregada.
Referências: Mankiw, 2004 (páginas 205 a 207).
(3) Sea curva de oferta agregada é positivamente inclinada, o efeito sobre
a renda de um aumento do gasto governamental equivale aquele previsto
pelo multiplicador fiscal.
FALSO.
O efeito sobre à renda de um aumento do gasto governamental (des-
locamento para direita da demanda agregada) seria equivalente àquele pre-
visto peta multiplicador fiscal somente se a curva de oferta agregada fosse
perfeitamente elástica (horizontal), coma se stpõe no modelo keynesiano
simplificado e no modelo /5-LM com preços fixos.
Na figura 3.51, observam-se os efeitos de um deslocamento da de-
manda agregada nos casos em que a oferta agregada tem inclinação posi-
tiva e quando se apresenta perfeitamente elástica.
Macroeconomia a 1/f
Almir Elttencourt + Fiévio Ataliba + Dankei Sitiano
a
Figura 3.51: Efeito sobre a renda de um aumento do gasto governamental consideran-
do a curva de oferta agregada perfeitamente elástica e positivamente inclinada.
Referências: Dombusch & Fischer, 1982 (páginas 322 a 326).
(4) Seja uma economia com firmas competitivas e função de produção em
que o trabalho é o único fator, Y = F(L), sendo F'>0eF”"<0. Supondo
salário nominal W constante, a função de oferta agregada será
positivamente inclinada,
VERDADEIRO,
Supondo o salário nominal W constante e o mercado competitivo,
pode-se obter a função oferta agregada (com inclinação positiva) combi-
nando-se a função de produção de curto prazo, Y = FEL), com a curva de
procura de mão-de-obra, obtida da condição de maximização de lucro das
firmas, F' = W/P.
Assim, dado que:
Y=Fl),sendoP>0,F'<Der
WB
então a curva de oferta poderá ser expressa como:
Y= 0(PW), > 0.
Referências: Simonsen e Cysne, 1995 (páginas 274 a 273).
QUESTÃO 09
Sobre as demandas de consumo e de investimento, indique se as afirma-
cões são falsas ou verdadeiras:
(0) Segundo o modelo do ciclo de vida, pode-se prever que a elevação da
participação dos idosos na população tevará a uma redução da taxa de
poupança.
VERDADEIRO.
O modela do ciclo de vida pressupõe que à poupança dos indivíduos
varia conforme sua posição no ciclo de vida. Quando jovens, segundo o
172 + Macroeconomia
í
Capítulo HE - Análise ca Determinação da Renda
modelo, as pessoas trabalham e poupam parte de sua renda para
despouparem quando chegarem na velhice, pois desejam manter um certo
padrão de estabilidade no consumo. Uma maior participação dos idosos na
população, portanto, tevará a um aumento no consumo e a uma redução na
taxa de poupança agregada.
Referências: Mankiv, 2004 (páginas 106 a 309).
Sachs e Larrain, 2000 (páginas 105 a 109).
(t) Segundo a hipótese da renda permanente, aumentos na renda
permanente geram idênticos aumentos no consumo.
FALSO.
Segundo a hipótese da renda permanente, o consumo é proporcional
a renda permanente. Logo, 9 consumo é dado por € = ccY”, onde Y? é a renda
permanente e « é uma constante que mede a fração da renda permanente
destinada ao consuma. Aumentos idênticos na renda permanente levariam a
aumentos idênticos no consumo apenas na situação em que a fosse igual a 1.
Referências: Mankiw, 2004 (páginas 309 341).
Sachs e Larrain, 2000 (páginas 97 a 101).
(2) A abordagem Barro-Ricardo argumenta que uma redução de impostos
no presente, financiada por emissão de títutos, não aumenta o consumo
presente, mas sim o consumo futuro quando o governo resgatar os
títulos e efetuar o pagamento dos juros.
FALSO.
A abordagem Barro-Ricardo argumenta que uma redução de impos-
tos no presente, financiada por emissão de títulos, não aumentaria o con-
sumo presente, nem o consumo futuro, pois no momento em que o governo
resgatar os títulos, o valor presente dos aumentos futuros de impostos
deveria ser igual ao montante necessário ao pagamento do principal acres-
cido dos juros, ou seja, ao resgate da dívida pública consolidada.
Referências; Blanchard, 2004 (páginas 561 e 562).
Dombusch e Fischer, 1991 (página 710 e 711).
Mankiw, 2004 (páginas 285 a 288).
(3) A importância do investimento deriva do fato ce ser ele o componente
de mais elevada participação no PIB.
FALSO.
O componente de mais elevada participação no produto é o consuma
e não o investimento, Por exemplo, nos Estados Unidos, para o ano de
2002, o consumo representava quase 70% do PIB, enquanto o investimento
detinha uma participação de 17%.
A importância do investimento deriva, conforme apontado por Keynes,
do fato de constituir-se o componente com maior volatilidade, sendo que
Macroeconomia o 173
Almir Bittermcourt + Flávio atemaa. » Donies Suiano
E
em épocas de recessão, a maior parte da queda dos gastos com bens e
serviços é devida ao investimento.
Referências: Blanchard, 2004 (páginas 44 e 45)
Menkiv, 2604 (páginas 316 e 317).
(4) Seataxa de juros é de 10%a.a., valerá a pena realizar um investimento
de $100, do qual se esperam retornos líquidos de $44 ao final do primeiro
ano e $60,5 ao final do segundo.
FALSO,
À afirmativa é falsa porque a taxa interna de retorno de um investi-
menta de 5100, gerando retornos líquidos de 544 ao final do primeiro e
360,5 ao final do segundo ano, é inferior à taxa de juros de 10% ao ano.
Descontando os retornos liquidos de $44 e $60,5 pela taxa de juros
de 10% ao ano e comparando o resultado obtido com o investimento de
$100, observa-se que o valor obtido, $90, é inferior ao investimento, o que
permite concluir que a taxa interna de retorno é inferior à taxa de juros de
10% ao ano.
Bado que:
26,805 40,50=90
GM ti
Logo, a taxa interna de retorno do investimento (i) obtida em:
44 69,5
GO
(+ Grip
é inferior à taxa de juros de 10% ao ano.
Referências: Blanchard, 2004 (páginas 344 à 352).
Sachs e Larrain, 2000 (páginas 126 a 139).
106
QUESTÃO 10
Supondo um modeto Keynesiano simples, com preços dados e economia
fechada, indique se as proposições abaixo são falsas ou verdadeiras:
(0) Sea função cue determina as transferências governamentais passa de
T=TAparaT=TA-tY emque Tã> 0e0<t<1, efeito sobrea renda
de variações autônomas do investimento será intensificado.
FALSO,
Considere o modeto abaixo de determinação da renda com a fi unção con-
sumo definida por € = €,+ Cry sendo os investimentos e os gastos do governo
exógenos. Logo, para zs transferências daca peta função T - TA, temos:
174» maccomunomia
E
Capítulo UH - Andlise de Determinação da Renda
Y=C+I+G
Y=Crcr+i+G
Y=Cac(N+TA+T+
Y=C+cY+CTAR ia
YoeN=CreA+isG
YU -c)=C+etária G
Loro
1 e
Ye plc) aTa-T+ 6).
Portanto, para a variação atttónorma do investimento tem-se que:
1
= em xl,
AY tcc) AI
Considerando agora a função transferências T = TA - tY, temos:
Y=C+1+G
Very,
V=G ++ TA-B+T+ 5
Vel ecyactArciVais
Yeveetr=C sc taei+ E
YO--)sCreTA+T+ 5
o 1
Aea(t-t)
Avariação autônorma do investimento é dada por AY =
HC +cTa++ 6).
Tonga
Como 0«t<1,a magnitude do multiplicador sofre uma redução e, por
conseguinte, reduz-se o efeito sobre a renda de variações altônomas no
investimento.
Referências: Lopes e Vasconceitos, 2000 (páginas 127 a 132).
(1) O paradoxo da poupança implica que um armento autônomo do consumo
gera um aumento equivalente na poupança agregada.
FALSO,
Considerando o modeto keynesiano simplificado, o paradoxo da pou-
pança (parcimônia) implica que, se os gastos autônomos forem mantidos
inalterados, um aumento da propensão marginal a poupar resultará em
uma redução da renda. Assim, a elevação da taxa de poupança agregada
resultaria no empobrecimento da sociedade.
Peia equação do muitipticador keynesiano, tem-se que:
1 =.
dr= cp s6s D)
Referências: Blanchard, 2004 (página 57).
Lopes e Vasconcellos, 2000 (páginas 123 2 125).
Macrceranomia + 175
atende Bitencourt » Fisio atetiva « Davies Sutano
Considere a identidade entre poupança e investimento em uma economia
fechada:
1=5+(T-6),
onde | corresponde ao investimento, 5 a poupança privada e T-Ga
poupança púbtica (tributos T menos gastos G).
Para que tum aumento do investimento determinasse idêntico au-
mento da patpança privada, a poupança do governa (T - G) deveria man
ter-se constante.
Referências: Blanchard, 2004 (páginas 55 a 57).
(3) O multipticador de gastos será mengr em uma economia aberta do que
em Uma economia fechada, independentemente de a economia
apresentar superávit ou déficit comercial.
VERDADEIRO.
No caso de uma economia fechada e de acordo com a equação de
equilibrio Y = C +! +G, onde Y é o produto, € é o consumo agregado, | o
investimento e G corresponde aos gastos do governo, temos três compo-
nentes de determinação do produto de equilibrio.
Neste modelo, o consumo é uma função linear da renda disponível,
que corresponde aa valor da renda total menos a arrecadação de impostos,
ou seja, C(Y - T)=€C(Y,). Logo, a função consumo é dada por C = CY
onde c é a propensão marginal a consumir. A arrecadação tributária é, por
sua vez, uma função linear ca renda (T = tY). O investimento e os gastos do
governo são variáveis exógenas. Resolvendo o modelo, tem-se:
YeC+1+6
Ve (Crer) + (D+ €6)
YeCaer-t)+1,+G,
Ver cr+L+G,
TV ECV=C ++,
YEt - ct -DeC++G,
Y
Co + + Go).
1
O multiplicador é dado por a = =
-t
No caso de uma economia aberta, as Enortações são consideradas
como dada ou exógena (X = X,) e as importações são uma função linear da
renda (M = my). Logo, substituindo
C=C,+Yypl=l,6=G,X=X eM=mY na equação de equilíbrio do
produto, dada porY =C+1+G+X-M, tem-se que:
Vere MW eG+X my
180 + tiseroecanamia
Capítulo 4H + Andlise de Detarminação da Renda
Y=Qre CY +G,+K my
Vo V+cramy=C+1,+G,+X,
Mot Dem=C+h+6+X,
1
“e raogem Gr be Gm
O multiplicador passa a ser expresso então pora= T ci gem -
Como a propensão marginal a importar m é maior que zero, o valor
do multipticador em uma economia aberta é menor do que numa economia
fechada independente de ocorrência de superávit ou déficit comercial.
Referências: Blanchard, 2004 (páginas 49 a 51),
Lapes e Vasconcellos, 2000 (páginas 116 a 133).
QUESTÃO 02
As questões 2 e 3 referem-se ao seguinte modelo !S-LM
€=5+0,5Y, T=0,2% T,=2,6=10,1=10-4i,
X=6,M=0,2N,L=0,27-0,5, D=5.
em que:
£ - consumo; Y, - renda disponível; Y - renda; T - impostos;
T, - transferências governamentais, isentas de impostos;
G - gasto governamental; ! - investimento; i - taxa de Juros (em porcentagem);
X- exportações; M - importações; E - demanda de moeda; D - oferta real de
moeda
Catcule a renda de equilíbrio.
Solução
Relação (S - Equilibrio no Mercado de Bens:
V=C+i+G+X-M
Ya (5+0,5Y)+(10-41) + (10) + (6) + 0,27)
V=311+0,5(7-T+T)-4i-0,2Y
Y=31+0,5(7-0,27+23-41-0,2Y
Y=31+0,50,87)-1-4i-0,2Y
Y=32+0,5(0,8Y) 41 - 0,2%
Y=32+-0,4Y7-41-0,02Y
0,8Y=32-4i
4i=32-0,8Y
8- 0,2%.
Macrseconomia + 18
asim Bittencaurt « Flávio Atohica a Erantel Suftano
&
relação LM - Equilíbrio no Mercado Financeiro:
5=0,2Y- 0,5
0,51=0,2Y -5
is 0,4Y - 10.
|S=LM - Equilibrio Simuttâneo no Mercado de Bens e Financeiro:
8-0,27=0,4Y -10
18=0,4Y +0,2Y
18=0,6%
: Y=18/0,6
é *,=30.
Referências: Blanchard, 2004 (páginas 44 a 54 e 398 à 403).
Dormbusch e Fischer, 4991 (páginas 193 a 197).
Lopes é Vasconcellos, 2000 (páginas 181 a 183).
QUESTÃO 03
Calcule a variação na renda de equilíbrio na hipótese de que a parceta autô-
noma do investimento atmente para 18 e a política monetária mantenha à
taxa de juros constante.
E Solução
: Aresoiução desta questão exige novamente o cálculo da Relação IS
na hipótese de que a parcela autônoma do investimento aumente para 18.
Logo:
Y=C+l+G+X-M
Y=(5+0,57,)) + (18-41) + (10) + (6) + (-0,27)
Y=39+0,50-TeT)-4i-0,2Y
Y=39+0,5Y-0,27-2)-4i-0,2Y
Y=39+0,5(0,89) + 1-4 0,2Y
Y = 40 + 0,5(0,8Y) - 41 - 0,2Y
Y=40=0,47-41-0,2Y
0,8Y = 40 - 4i
4=40-0,8Y
1i=10-0,2Y.
ARelação LM é tal que a taxa de juros deve permanecer a mesma da ques-
: tão anterior. Dessa forma, com base nos dados da questão anterior, tem-se
1=0,4Y - 10 (Relação LM)
1= 0,430) - 10
=12-10
i=2,
182 + Macronconçme
Capitulo ZIT - análise ea Determinação da Renda
iS=LM - Equilíbrio Simultâneo no Mercado de Bens e Financeiro:
40 -0,27=2
8=0,2Y
Y=8/0,2
Y,,=40.
Logo, a variação na renda de equilíbrio é dada por
Av=%Y,=40-30510.
Referências: Blanchard, 2004 (páginas 44 a 54 € 398 a 403).
Dornbusch e Fischer, 1991 (páginas 193 a 197).
Lopes e Vasconcellos, 2000 (páginas 18% a 183).
QUESTÃO 04
Indique se as afirmativas são verdadeiras ou falsas, No àrnbito de um mo-
deto /S-LM, com preços dados e economia fechada:
(0) Quanto menor for a elasticidade juros da demanda agregada, maior
será o multiplicador monetário.
FALSO,
Quanto maior for a elasticidade juros da demanda agregada, maior
a sensibitidade da curva /S (maís próxima da horizontal) a variações na
taxa de juros e, portanto, mais elevada a magnitude do multiplicador mo-
netário.
Na figura 3.52, pode-se observar que quanto menos inclinada for a curva !5
(mais sensível a demanda agregada à taxa de juros), maior será o efeito
de uma expansão da oferta de moeda sobre a renda.
Figura 3.52: Efeito de uma expansão menetária considerando a inclinação da curva !5.
Referências: Lopes e Vascancellos, 2000 (páginas 166 a 170).
Macroeconomia» 183
Almir Bittencourt » Ftâvio Ataliba à Dantel Sutarno
(1) Quanto maior for a aliquota do imposto sobre a renda, maior será o
impacto de uma variação do gasto governamental sobre a renda de
equilibrio.
FALSO.
Aelevação da alíquota do imposto sobre a renda reduz o multiplicador
dos gastos e, portanto, torna menor não apenas o impacto de uma variação
do gasto governamental sobre a renda de equilíbrio, como também qual-
quer variação de gasto autônomo. Esse resultado pode ser visto na expres-
são do multiplicador dos gastos com imposto de renda, que é dado por: Ba
1
d=e(t-t+m-
Referências: Dornbusch e Fischer, 1991 (páginas 102 a 104).
Lopes é Vasconceitos, 2000 (páginas 127 2 132).
(2) Num ponto situado à direita da curva /$, ocorre investimento
involuntário positivo em estoques.
VERDADEIRO.
Pontos situados à direita da curva /S representam excesso de oferta
de bens. Portanto, os gastos cor investimento sãa menores e à produção
excede o gasta planejado. Loga, verifica-se investimento involuntário po-
sitivo em estoques.
Reterências: Dornbusch e Fischer, 19M (páginas 138 e 139).
Froyen, 2003 (páginas 162 a 164).
Lopes e Vasconceitos, 2000 (páginas 155 à 159).
(3) Se a oferta de moeda tornar-se uma função positiva da taxa de juros,
o multiplicador fiscal terá vator superior ao original,
VERDADEIRO.
Considerando inicialmente a oferta de masda exógena, o equilíbrio
no mercado manetário é dado por:
M
Pp” KY - aí, onde:
KY é o componente da demanda de moeda para transação e -qié a
demanda especulativa de moeda.
A equação da LM é então:
K T(M
a aº(8) to
No caso em que a oferta de moeda torna-se uma função positiva da
taxa de juros, ou oferta monetária endógena, tem-se:
(M/P) = Di, O > O e 0 equilibrio no mercado monetário é dado por:
di=KY -oí
184 « Macuecanomia
Capítulo HIT - Análise ce Determinação da Renda
A curva LM passa a ter a seguinte equação:
eg
Assim, comparando as inclinações das duas LM (1) e (2), conclui-se que:
o
bre al
togo, se a oferta de moeda tomar-se uma função positiva da taxa de
juros, menos inclinada será a curva LM e maior o impacto da política fiscal sobre
arendae, portanto, do multiplicador fiscal. A figura 3.53 ilustra à situação.
LM (oferta monetária exógena)
LM (oferta monetária encógena)
Figura 3.53: Efeito de uma política fiscal expansionista considerando a inclinação da
curva LM.
Referências: Dorbusci e Fischer, 1982 (páginas 418 a 126)
QUESTÃO 08
Indique se as afirrrativas são falsas ou verdadeiras:
(0) Segundo a “equivalência Ricardiana”, uma redução de impostos não
exerce impacto algum sobre as decisões de consumir, caso os planos
de gastos governamentais permaneçam inalterados.
VERDADEIRO.
Esta afirmação corresponde à definição de equivalência ricardiana.
Segundo este conceito, os consumidores baseiam suas decisões de consu-
mo não apenas na renda atual, mas também na renda que esperam ter no
futuro. Dessa forma, uma redução dos impostos hoje — sem nenhum plano
de redução de gastos — significa um aumento de impostos no futuro.
Nesse sentido, o consumidor previdente poupa a renda disponível,
compensando o decréscimo da poupariça governamental ao mesmo tempo
em que mantém seu consumo tnalterado.
Referências: Mankiw, 2004 (páginas 285 a 288).
Macroscoromia e 185
Atento Bitrencoure + riávio Ataliba « Demei Suhano
à
mobilidade de capitat, apenas a politica monetária seria eficaz como ins-
trumento de política econômica para elevação do emprego e da renda real.
Na medida em que a política monetária ativa aproximar o produto
real da economia do nível correspondente ao de pleno emprego, ocorrerá
uma elevação dos salários nominais - a rigidez dos salários nominais deve
ser entendida no sentído da resistência dos trabalhadores a aceitarem sua
redução - e também: dos preços.
Alcançando o equilíbrio de pleno emprego (longo prazo), uma expan-
são monetária não teria qualquer efeito sobre o produto, o emprego, à
taxa de juros ou o câmbio real, Apenas os preços seriam determinados peta
oferta monetária.
Referências: Simonsen e Cysne, 1995 (páginas 457 a 454),
ANPEC 1999
QUESTÃO 03
Assinale se as afirmativas abaixo sobre o modelo keynesiano simples são
Falsas ou Verdadeiras:
(0) Se o governo aumentar os seus gastos e simultaneamente fizer uma
redução das transferências na mesma magnitude, o nível de produto
não se altera,
FALSO.
Considerando o modelo keynesiano simplificado para uma economia
fechada, onde Y =C + | + G corresponde ao equilíbrio entre produto (Y) e
demanda agregada (C + | + G), sendo que:
C=C+cY,éa função consumo keynesiana,
[= 1, corresponde ao investimento autônomo e G = G, corresponde
aos gastos autônomos do governo.
Na função consumo anterior, a renda disponível Y, é expressa por Ya
=Y-T+T,, onde T são os impostos e Ta es transferências.
Resolvendo esse modeto para ceterrrinar a renda de equilíbrio, temos
Ye(C+cyY)+I+6
T+ -TeTei-6
Y=CreN-cTecTri+G
Y-cX=C-cT+eT,+I+G
150 e macroecanemio
Capitulo SU - análise de Determinação da Renda
Yi -c)sCcfacr+i+6
4
- i-c,
Um aumento nos gastos do governo e uma redução simultânea nas
transferências, de mesma magnitude absoluta, resultam em:
HG+IrG-CT+CT).
AY= s(+AG - CATA)
t-c,
Fazendo AG = AT, tem-se que:
ata toa (aaG = c,A6)
ç
1
At qo Mt c0a6
AY = AG,
mas AG = AT, e, portanto:
AY=AG=AT,.
Logo, se o governo aumentar os seus gastos e simultaneamente fi-
zer uma redução das transferências, teremos uma expansão do nível de
produto correspondente à variação nos gastos.
Referências: Dombusch e Fischer, 1991 (página 710 e 711).
Froyen, 2003 (páginas 107 a 113).
Lopes e Vasconceltos, 2000 (páginas 121 a 123).
(1) Uma redução dos gastos do governo causa um aumento no superávit
do batanço comercial e uma redução na poupança privada.
VERDADEIRO,
A renda de equilíbrio no modelo keynesiano simplificado com gover-
no e setor externo é dada por:
1
1-cQs)
X,- exportações consideradas exógenas;
M=mY - importações, descritas como função crescente da renda interna,
numa proporção fixada peta propensão marginal a importar (m);
£, - consumo autônomo;
c(t-t)Y - consumo induzido pela renda disponível;
1, - investimento autônomo;
Go" gastos do governo.
Da equação de equilibrio da renda, observamos que uma redução nos
gastos do governo diminui a renda interna de magnitude dada por:
1
AY = Let-gsm AG.
Ya HC +h+6,+)X), onde:
m
Macroeconomia + 197
calmir Bittencourt » Flêvio atofiza « Daria! Sutiano
“4
A redução na renda leva a uma queda no consumo agregado e na
poupança privada dadas, respectivamente, por
AC=c(t-tAY
aS=(t-cHT- AY.
Além disso, a queda na renda interna produz uma redução preporci-
onal nas importações que, dadas as exportações, resulta em um superávit
na balança comercial (BC):
BC=X my
ABC = -mAY, como AY < O, então ARC >» O,
Referências: Lopes e Vasconceltos, 2600 (páginas 132 e 133).
(2) Numa economia fechada e sem governo, uma redução da propensão a
consumir aumenta a poupança.
FALSO.
Em uma economia fechada e sem governa a renda de equilíbrio é dada por:
Ya
x(C, + 1), onde:
e
Y renda;
c - propensão marginal a consumir;
€, - consumo autônomo;
| - investimento autônomo.
Uma redução da propensão marginal a consumir (c) - portanto, ele-
vação da propensão marginal a poupar (s = 1 - c) - reduz o multiplicador dos
gastos autônomos TE e, portanto, a renda de equilíbrio, uma vez que se
supõem os gastos autônomos fixos. À poupança agregada sofrerá, portan-
to, uma redução proporcional à redução na renda - pois, no modeto
kemesiano, a poupança agregada é uma função linear positiva da renda.
à conclusão de que uma elevação da propensão marginal a poupar da
economia resultará em uma redução no seu nível de renda e em sua poupança
agregada constitui o denominado paradoxo da parcimônia ou da poupança.
Referências: Lapes e Vasconcellos, 2000 (página 124).
(3) Se a propensão marginal a consumir for 0,8 a alíquota marginal de
impostos 0,2 e a propensão marginal a importar 0,14 o multiplicador
dos gastos autônomos será 2.
VERDADEIRO.
O multiplicador dos gastos em uma economia aberta e com governo
é dado por: 4
a= 7 cft dam: onde c é a propensão marginal à consumir, té a
atiquota marginal de impostos e m a propensão marginal a importar. Subs-
tituindo os valores fornecidos, tem-se:
192 * Macronconomia
Capítulo 113 - Anóilso de Determinação da Renda
1 1
+ -0,8(1-0,2)+0,14
1
S=qeg-tam Es
1
“= To,8(0,8)r014 24 Tged zm 14
1 1
“= 0,36+0,14 2 4= 0,50 *0=2.
Referências: Blanchard, 2004 (páginas 50 e 51).
Lopes e Vasconceltos, 2000 (páginas 132 e 133).
QUESTÃO 04
Assinale se as afirmativas abaixo sobre o modelo /S-LM são falsas ou verdadeiras:
(0) Quanto mais sensível for a demanda agregada à taxa de juros, maior o
efeito da política monetária sobre o produto.
VERDADEIRO.
Uma maior sensibitidade da demanda agregada à taxa de juros torna
mais efetivo o efeito da política monetária peto fato de uma expansão
monetária, ao reduzir a taxa de juros e ampliar o nível de investimento,
provocar uma grande expansão na renda (produto). Nesse caso, uma pe-
quena alteração da taxa de juros é suficiente para expandir a demanda
agregada tornando a política monetária eficaz.
Podemos observar na figura 3.55 abaixo que na caso de a curva iS
ser mais elástica (mais sensível à taxa de juros) (15,) o efeito de uma
expansão monetária » destocamento da curva LM para a direita - sobre a
renda é superior.
Figura 3.55: Efeito de uma expansão monetária considerando a inclinação da |5.
Referências: Dornbusch e Fischer, 1991 (páginas 159 a 164),
Froyen, 2003 (páginas 180 c 181).
Hall é Taylor, 1989 (páginas 148 a 451).
Lopes e Vasconceilos, 2000 (páginas 160 a 162).
Macroeconomia o 193
almie Bittencourt + Flávio araliba « Daniet Sutano
(1) Quanto mais sensivel for a demanda de moeda à taxa de juros, maior
c efeito da política monetária sobre o produto.
FALSO.
Quanto mais sensível for a demanda por moeda à taxa de juros,
menor será o efeito da política monetária sobre o produto.
Uma variação nos encaixes reais (aumento da oferta monetária) deve
induzir a uma queda da taxa de juros, estimulando o investimento e, por
conseguinte, o nível de renda. Portanto, a eficácia da política monetária
depende de como a variação do estoque monetário afeta o nível de juros e
da intensidade do efeito deste último sobre o investimento e o consumo.
No caso em que a sensibilidade da demanda por moeda é elevada, o
aumento da oferta monetária não causará uma queda muito significativa da
taxa de juros, pois uma pequena queda da taxa de juros será suficiente para
fazer com que a demanda por moeda se eleve e absorva q acréscimo de oferta
monetária. Nesse caso, teremos um menor incentivo ao investimento e, por-
tanto, um reduzido impacto sobre a renda. A figura 3.56 ilustra a situação.
Figura 3.59: Efeito de uma política monetária relativamente ineficaz,
Por outro lado, se a demanda por moeda for relativamente inelástica,
faz-se necessário uma queda maior da taxa de juros para reeguilibrar o
mercado monetário após.a expansão monetária. Assim, o investimento
reagirá mais intensamente à variação da taxa de juros e o efeito sobre o
produto será maior, A figura 3.57 Hustra a situação,
to LM,
ivamente eficaz.
Figura 3.57: Efeito de uma política monetária rei:
494 e macrosconomia
Capítulo HI - Arálise de Determinação ea Renda
Uma situação extrema da demanda de moeda perfeitamente etásti-
ca - LM horizontal», a taxa de juros torna-se bastante baixa e os agentes
prefeririam manter em seu poder toda a moeda adicional. Assim, qualquer
expansão na oferta de moeda não teria qualquer efeito sobre a taxa de
juros e, portanto, sobre a demanda agregada. Nesse caso, a política mone-
tária seria completamente ineficaz.
Referências: Dormbusch e Fischer, 199% (páginas 159 a 164).
Froyen, 2003 (páginas 187 a 189).
Hall e Taylor, 1989 (páginas 148 a 151).
Lopes e Vasconceilas, 2000 (páginas 160 a 162)
(2) Quanto mais sensivel for a demanda agregada à taxa de juros, maior o
efeito da política fiscal sobre o produto.
FALSO.
Quanto mais sensível for a demanda agregada à taxa de juros, me-
nor será o efeito da política fiscal sobre o preduto.
Consideremos inicialmente o caso em que a demanda agregada é
relativamente sensível à taxa de juros, que resulta na curva /S pouco incli-
nada como na figura 3.58.
Figura 3.58: Efeito de uma potitica fiscal retativamente ineficaz.
Se o investimento for bastante sensível aos juros e, portanto, à
demanda agregada, o aumento na taxa de juros reduzirá substancial-
mente o investimento e o aumento na renda será reduzido significati-
vamente.
Por outro lado, no caso em que o investimento é relativamente
inetástico aos juros, resultando em uma curva !5 mais inclinada, a figura
3.59 a seguir ilustra a situação -, o atmento da taxa de juros decorrente da
potítica fiscai expansionista não será capaz de reduzir drasticamente o in-
vestimento e, portanto, a política fiscal torna-se eficaz.
Macrceconemia o 495