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Mandioca: Preparação como materia prima para industria e para consumo, Trabalhos de Engenharia Química

Este trabalho descreve de modo resumido o tratamento da mandioca como materia prima para o preparo de farinha e outras aplicações.

Tipologia: Trabalhos

2011

Compartilhado em 14/06/2011

alberto-andre-rodrigues-drummond-6
alberto-andre-rodrigues-drummond-6 🇧🇷

4.3

(3)

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Baixe Mandioca: Preparação como materia prima para industria e para consumo e outras Trabalhos em PDF para Engenharia Química, somente na Docsity! Mandioca - Preparação como Matéria Prima para industria e para consumo : Recepção das raízes No recebimento das raízes o estacionamento para os caminhões deverá ser de forma a não permitir que os gases do motor contaminem o ambiente do interior da instalação industrial e locais onde será armazenada as raízes. Ao receber as raízes os cuidados são com a pesagem e seu armazenamento. Controlar a entrada da matéria-prima é fundamental para que os custos do processo sejam otimizados e bem aproveitados, assim como, seu adequado armazenamento evita perdas por apodrecimento ou umidade em excesso. Da mesma forma cuidados devem ser tomados para evitar contaminação microbiana da matéria prima que pode acelerar o processo de apodrecimento. As raízes devem ser armazenadas em local coberto e arejado ,bem como para se evitar a contaminação do solo é necessário que esta área seja corretamente impermeabilizada e possibilite o escoamento dos efluentes gerados naturalmente pelo armazenamento. Fig. Caminhão descarregando as raízes de mandioca trazidas do produtor fig. Raízes de mandioca Descascamento Segue-se, então, para o descascamento das raízes que pode ser feito mecanicamente, através do lavador-descascador ou manualmente, como é tradicionalmente feito na região nordeste,onde se localizam a maioria das chamadas casas de farinha e de agroindústrias diversas. No descascamento os cuidados com a higiene são fundamentais a fim de evitar que as bactérias iniciem seu processo de proliferação, sendo importante que as raízes, após o descasque, sejam encaminhadas diretamente para lavagem e que as cascas não fiquem acumuladas na área de trabalho evitando o aparecimento de moscas ,baratas e outros insetos que contribuirão para a contaminação da matéria prima. Fig. Equipamento utilizado para a lavagem e descasque de raízes na industria. Fig. Descascamento Manual Lavagem Após o descascamento, devido às sujeiras vindas do campo juntamente com as geradas pelo manuseio, é necessário que haja uma lavagem acompanhada do molho em água clorada, nas dosagens recomendadas (100 a 200 ppm de hipoclorito), o que eliminará tais sujeiras e evitará o aparecimento de bactérias. A área de lavagem da mandioca deve possuir ralos de escoamento para drenagem da água e, tanto piso como paredes, devem ser revestidos de material impermeável. Em relação à proteção ao trabalhador, esta operação deve ser efetuada com calçado impermeável. As águas de lavagem das cascas e da própria mandioca após corte, moagem e prensagem ,contem manipueira com algum potencial poluidor,devendo ser tratada em uma ETE ou reunida a outras águas de processo que contenham manipueira, para posterior processamento e reaproveitamento da manipueira, seja para a produção de etanol, algumas bebidas típicas, surfactantes ,ou outro produto de interesse economico. Antes de ser processada, a manipueira formada é concentrada e conduzida a um decantador para separação da fécula . Como as cascas da mandioca não podem ser descartadas diretamente ao meio ambiente, devem passar por um processo de digestão anaeróbica , porem atualmente vem sendo dado destinos mais nobres a estes resíduos, tal como adubo e ração animal . As águas de processo devem ser recuperadas e reutilizadas no próprio processo produtivo sendo necessário uma gestão eficiente tanto das águas de processo quanto dos resíduos formados. Trituração Esta etapa consiste de uma seqüência de raladores que irão transformar as raízes em uma massa de mandioca. Essa massa deve ser armazenada, temporariamente, em um tanque de alvenaria, azulejado, evitando que resíduos fiquem aderidos às paredes do tanque e contaminem a massa. A área de lavagem da mandioca deve possuir ralos de escoamento para drenagem da água e, tanto piso como paredes, devem ser azulejados permitindo o escoamento da manipueira que deverá ser canalizada e direcionada para tanques de decantação. As maquinas de triturar e prensar devem ser instaladas, na industria, em alturas diferentes ou com esteiras rolantes para transporte automatizado de matéria prima,possuindo as seguintes vantagens:  a matéria prima (mandioca) será transportada somente através da força da gravidade, da saída do triturador à entrada da prensa, facilitando este transporte;  Os operadores não terão mais contato direto com a mandioca, eliminando assim, possíveis doenças do trabalho, acidentes e a contaminação do produto;  Os trabalhadores/operadores não estarão expostos a riscos ergonômicos gerados pelo esforço durante a alimentação das máquinas e no transporte de um tanque de armazenamento para outro.  Em conseqüência estima-se um aumento da produtividade e minimização de perdas com acidentes ,indenizações,perda de material,etc. Da mesma forma como descrito na etapa da Lavagem, o efluente líquido gerado neste processo (manipueira) fica restrito ao tanque de armazenamento temporário, devendo, também, ser drenado para a rede de recuperação de amido, e após, seguir para posterior tratamento ou processamento. Fig . O Triturador de raízes Atualmente os processos de trituração ,decantação e prensagem estão cada vez mais automatizados de modo que minimizam-se os riscos ,tanto do trabalhador quanto em relação a perdas no processamento. Contudo algumas industrias do nordeste ainda usam os processamentos tradicionais com perdas e custos mais significativos. A raiz é ralada. A desintegração da mandioca é feita para aumentar a superfície especifica e facilitar a penetração do calor,a gelificação e o ataque das enzimas amiloliticas ou do ácido, durantea sacarificação do amido. Se a raspa de mandioca é usada como matériaprima, dispensamse as operações de lavagem – descascamento. Nesse caso a raspa é moída em moinho de martelo. A trituração e ralação são feita para que as células das raízes sejam rompidas, liberando os grânulos de amido e permitindo a homogeneização da farinha. A ralação normalmente é feita em cilindro provido de eixo central com serrinhas. As serras do cilindro não devem ter dentes tortos, faltantes, gastos ou enferrujados, pois isto interfere no rendimento do produto final. Os dentes das serrinhas se desgastam com o uso, por isso, periodicamente deve-se regular o espaço entre o cilindro e o chassi do ralador.O ajuste do eixo e das polias e a manutenção das serras são indispensáveis para homogeneização da massa, definição da granulometria e aumento do rendimento do produto Prensagem Após ralada a massa deve ser prensada para diminuir a umidade proveniente da manipueira que ainda restou. Além disso, a massa em blocos evita maior exposição ao ar, diminuindo a ocorrência da fermentação e, por este motivo, deve-se ajustar um menor intervalo entre esta etapa e a próxima. Embora ainda existam muitas prensas manuais, estas devem ser trocadas por equipamentos elétricos automatizados, com pistão hidráulico que eliminam o emprego da força física, preservando o trabalhador e, ao mesmo tempo, tornando a extração mais eficiente. Juntamente com o triturador a prensa hidráulica gera níveis de ruído elevados, sendo assim, quando em operação os trabalhadores expostos devem usar protetores auriculares.
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