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Guias e Dicas
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aço inox, Notas de estudo de Engenharia de Produção

sobre aços inox

Tipologia: Notas de estudo

2011

Compartilhado em 14/06/2011

danilo-oliveira-49
danilo-oliveira-49 🇧🇷

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Baixe aço inox e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia de Produção, somente na Docsity! 1. O Aço Sem Manchas (Stainless Steel) Diz a história que os aços inoxidáveis foram descobertos por acaso. Em 1912 o inglês Harry Brearly, estudava uma liga Fe-Cr (13%) e justamente quando tentava fazer algumas observações metalográficas verificou que a liga fabricada resistia a maior parte dos reagentes que se utilizavam na época em metalografia. E foi Brearly mesmo que deu o nome a liga, chamando-a de "stainless steel" que traduzindo quer dizer "aço que não mancha". Um ano mais tarde na Alemanha, Eduard Maurer, que estudava uma liga Fe-Cr que continha além dos elementos da liga de Brearly cerca de 8% de Ni. Como resultado observou que a liga resistiu vários meses à vapores agressivos do laboratório no qual trabalhava. Passados mais de 70 anos, hoje sabemos que os aços descobertos por eles eram os nossos conhecidos AISI 420 (martensítico) e o AISI 302 (austenítico) respectivamente.\ Era um pouco difícil de compreender na época, que aquecendo-se duas ligas a altas temperaturas (1.000 ºC) e resfriando-as rapidamente, obtinhamos duas ligas completamente diferentes, uma com alta dureza (AISI 420) e outra com ótima ductilidade (AISI 302). De lá para cá, os aços inoxidáveis muito evoluiram, principalmente em função da industria petrolífera, da aeronaltica, da criogenia e até mesmo devido a 2 ª guerra mundial. 2. O que é afinal um "Aço Inoxidável" ? A expressão aço inoxidável, como é usualmente conhecido, nos dá uma idéia de um material que não se destrói mesmo quando submetido aos mais violentos abusos. Na verdade este tipo de aço não é eterno e sim apresenta geralmente uma maior resistência à corrosão, quando submetido a um determinado meio ou agente agressivo. Apresenta também uma maior resistência à oxidação a altas temperaturas em relação a outras classes de aços, quando, neste caso em particular, recebe a denominação de aço refratário. A resistência à oxidação e corrosão do aço inoxidável se deve principalmente a presença do cromo, que a partir de um determinado valor e em contato com o oxigênio, permite a formação de uma película finíssima de óxido de cromo sobre a superfície do aço, que é impermeável e insolúvel nos meios corrosivos usuais. Assim podemos definir como aço inoxidável o grupo de ligas ferrosas resistentes a oxidação e corrosão, que contenham no mínimo 12% de cromo. Aço Inoxidável Ligas ferrosas, baixo carbono com no mínimo 12% de Cr 3.O papel do cromo e a passividade Os aços inoxidáveis são, basicamente, ligas ferro-cromo; outros metais atuam como elementos de liga, mas, o cromo é o mais importante e sua presença é indispensável para se conferir a resistência à corrosão desejada. Como está indicado na figura 1, um mínimo de ll% de cromo é necessário para que as ligas ferro-cromo sejam resistentes à corrosão atmosférica. Quando comparamos os aços inoxidáveis com alguns metais ou ligas, observamos diferenças importantes. O comportamento típico de um metal em presença de um determinado meio agressivo é mostrado na figura 2. Imaginemos um metal qualquer imerso numa solução ácida que tenha um certo poder oxidante, indicado pelo ponto A na figura. Nestas condições, o metal estará em condições adversas e sofrerá corrosão. Se o poder oxidante da solução é aumentado, adicionando-se, por exemplo, cátion férrico, a taxa de corrosão também aumenta rapidamente. Como pode ser observado na figura 3, o comportamento dos aços inoxidáveis é diferente. A princípio, apresentam um comportamento semelhante a outros metais (região l a 2 na figura 3) mas, quando se atinge um determinado poder oxidante na solução, produz-se uma grande diminuição na taxa de corrosão, como é observado nos pontos 3 e 4 (tanto que no ponto 3 a taxa de corrosão é da ordem de 1.000 a 10.000 vezes menor que em 2). MARTENSÍTICO Estes aços, após resfriamento rápido de alta temperatura, mostram uma estrutura caracterizando alta dureza e fragilidade, denominada Martensítica. Contém de 12 a 17% de Cromo e O, l a O, 5% de carbono (em certos casos até 1% de carbono) e podem atingir diversos graus de dureza pela variação das condições de aquecimento e resfriamento (tratamento térmico). São dificilmente atacados pela corrosão atmosférica no estado temperado e se destacam pela dureza. São ferromagnéticos. Apresentam trabalhabilidade inferior as demais classes e soldabilidade pior, especialmente com carbono mais elevado, devido a formação de martensita no resfriamento. FERRÍTICOS Após resfriamento rápido de alta temperatura eles mostram uma estrutura macia e tenaz, altamente homogênea, conhecida com ferrítica. Contém de 16 a 30% de Cromo. Não podem ser endurecidos por tratamento térmico e são basicamente usados nas condições de recozido. Possuem uma maior trabalhabilidade. e maior resistência à corrosão que os aços martensíticos devido ao maior teor de cromo. Possuem boas propriedades físicas e mecânicas e são efetivamente resistentes à corrosão atmosférica e a soluções fortemente oxidantes. São ferromagnéticos. As aplicações principais são aquelas que exigem boa resistência à corrosão, ótima aparência superficial e requisitos mecânicos moderados. Apresentam, tendência ao crescimento de grão após soldagem, particularmente para seções de grande espessura, experimentando certas formas de fragilidade. AUSTENÍTICOS Os aços inoxidáveis apresentam uma boa resistência a corrosão, porém, em alguns casos outras características além da resistência à corrosão são necessários, para a utilização dos mesmos em determinadas aplicações; acrescentamos então outros elementos de liga para que o aço inoxidável adquira essas características. Uma grande melhoria em muitas propriedades é conseguira com a introdução de Ni como elemento de liga. Consegue-se uma mudança na estrutura, transformando ligas ferríticas em ligas austeníticas (estrutura de alta resistência e tenacidade). Os aços inoxidáveis austeníticos são conhecidos pela sua excelente resistência à corrosão em muitos meios agressivos. Outros elementos como molibdênio, titânio e nióbio, se adicionados podem melhorar a resistência a corrosão e minimizar a corrosão intergranular por estabilização dos carbonetos presentes. Dos três grupos, estes aços são os que apresentam maior resistência à corrosão. Eles combinam baixo limite de escoamento com alta resistência a tração e bom alongamento, oferecendo as melhores propriedades para trabalho a frio. Não podem ser endurecido por tratamento térmico, mas suas resistência a tração e dureza podem ser aumentadas por encruamento. Não são ferromagnéticos. Eles possuem uma ampla faixa de propriedades mecânicas, oferecendo boa ductilidade e resistência a altas e/ou baixíssimas temperaturas, além de boa trabalhabilidade e soldabilidade. Existem também aços inoxidáveis duplex (com dois tipos de estrutura convivendo), porém como são aços muito especiais eles não serão discutidos. 7.Composição química dos aços inoxidáveis austeníticos Composicão química, % máxima Tipo de aço ABNT C Mn Si P S Cr Ni Outros 201 0,15 5,50 1,00 0,060 0,030 16,00 3,50 N 7,50 18,00 5,50 0,25 202 0,15 7,50 1,00 0,060 0,030 17,00 4,00 N 10,00 19,00 6,00 0,25 205 0,12 14,00 1,00 0,060 0,030 16,50 1,00 N 0,25 15,50 18,00 1,75 0,32/0,40 301 0,15 2,00 1,00 0,045 0,030 16,00 6,00 18,00 8,00 302 0,15 2,00 1,00 0,045 0,030 17,00 .8,00 19,00 10,00 302 B 0,15 2,00 2,00 0,045 0,030 17,00 8,00 3,00 19,00 10,00 303 0,15 2,00 1,00 0,20 0,15 17,00 5,00 M0 (A) mín. 19,00 10,00 0,60 303 Se 0,15 2,00 1,00 0,20 0,060 17,00 8,00 Se 19,00 10,00 0,15 mín. 304 0,08 2,00 1,00 0,045 0,030 18,00 8,00 20,00 10,50 304 L 0,030 2,00 1,00 0,045 0,030 18,00 8,00 20,00 12,00 304 N 0,08 2,00 1,00 0,045 0,030 18,00 8,00 N 20,00 10,50 0,10/0,16 305 0,12 2,00 1,00 0,045 0,030 17,00 10,50 19,00 13,00 308 0,08 2,00 1,00 0,045 0,030 19,00 10,00 21,00 12,00 309 0,20 2,00 1,00 0,045 0,030 22,00 12,00 24,00 15,00 3095 0,08 2,00 1,00 0,045 0,030 22,00 12,00 24,00 15,00 310 0,25 2,00 1,50 0,045 0,030 24,00 19,00 26,00 22,00 3105 0,08 2,00 1,50 0,045 0,030 24,00 19,00 Tipo de Aço ABN T Estad o ia à tração N/ mm2 escoamen to à 0,2% N/mm2 Alongament o em 50,8 mm percentual Dureza Rockw el l Dobrament o livre resistênc i a à fadiga N/mm2 e <= 0,38 mm 0,38 < e < 0,76 mm e >= 0,7 6 mm Angulo* Fator(1) 201 recozid o ¼ duro ½ duro ¾ duro duro 665,0 875,0* 1050,0* 1225,0* 1295,0* 315,0 525,0* 770,0* 945,0* 980,0* 40 20* 9* 3* 3* 40 20* 10* 5* 4* 40 20* 10* 7* 5* B 90 C 25 C 32 C 37 C 41 180 1 180 2 180 8 90 2,5 90 3,5 - - - - - 202 recozid o ¼ duro 630,0 875,0* 315,0 525,0* 40 12* - - - - B 90 C 25 180* 1 180* 2 -- 301 recozid o ¼ duro ½ duro ¾ duro duro 770,0 875,0* 1025,0* 1225,0* 1295,0* 280,0 525,0* 770,0* 945,0* 980,0* 60* 25* 18* 12* 9* - - - - - - - - - - B 85 C 25 C 32 C 37 C 41 - - 180* 1 180* 2 180* 3 180* 4 245,0 - - - 560,0 302 recozid o ¼ duro 630,0 875,0* 280,0 525,0* 50 12* - - - - B 85 C 25 180 - 180 - - - 302B recozid o 665,0 280,0 55 - B 85 180 - - 304 recozid o 588,0 294,0 55 - B 80 180 - 245,0 304L recozid o 567,0 273,0 55 - B 79 180 - - 305 recozid o 595,0 266,0 50 - B 80 180 - - 309 recozid o 630,0 315,0 45 - B 85 - - - 310 recozid o 665,0 315,0 45 - B 85 180 - - 314 recozid o 700,0 350,0 40 - B 85 180 - - 316 recozid o 588,0 294,0 50 - B 79 180 - 273,0 316L recozid o 567,0 294,0 50 - B 79 180 - 317 recozid o 630,0 280,0 45 - B 85 180 - 321 recozid o 630,0 245,0 45 - B 80 180 - 347 recozid o 665,0 280,0 45 - B 85 180 - * Valor mínimo Notas: l ) Fator é o número pelo qual se deve multiplicar a espessura nominal da chapa para se obter o diâmetro do cutelo a ser empregado no ensaio do dobramento (Exemplo: se o fator é igual a 3, o diâmetro do cutelo deverá ser igual a 3 vezes a espessura da chapa a ser ensaiada). 2) Os valores das propriedades mecânicas apresentadas sem asteriscos (*) na Tabela acima são médios. 3) As propriedades podem variar consideravelmente em função da composição química, dimensão, estado do aço ensaiado e métodos de tratamentos térmicos ou mecânicos. 4) As propriedades mecânicas dos produtos planos variam em função da relação entre a direção testada e a direção de laminação. Por exemplo: ductilidade (é maior quando o eixo de dobramento for transversal à direção da Laminação). Martensíticos Tipo de Aço ABNT Estado Resistên ci a à tração N/mm2 Limite de escoame n to à 0,2% N/ mm2 Alongamento em 50,8 mm percentual Dureza Rockwe ll Dobramento livre Limite de resistênci a à fadiga N/mm2 e <= 0,38 mm 0,38 < e < 0,76 mm e >= 0,76 mm Angulo* Fator(1) 403 recozid o 490,0 315,0 25 - - B 80 180 - - 405 recozid o 455,0 280,0 25 - - B 75 - - - 410 recozid o 490,0 315,0 25 - - B 80 180 - - 420 recozid o 665,0 350,0 20 - - B 92 - - - 440A recozid o 700,0 420,0 20 - - B 95 - - - Notas: l ) Fator é o número pelo qual se deve multiplicar a espessura nominal da chapa para se obter o diâmetro do cutelo a ser empregado no ensaio do dobramento (Exemplo: se o fator é igual a 3, o diâmetro do cutelo deverá ser igual a 3 vezes a espessura da chapa a ser ensaiada). 2) Os valores das propriedades mecânicas apresentadas sem asteriscos (*) na Tabela acima são médios. 3) As propriedades podem variar consideravelmente em função da composição química, dimensão, estado do aço ensaiado e métodos de tratamentos térmicos ou mecânicos. 4) As propriedades mecânicas dos produtos planos variam em função da relação entre a direção testada e a direção de laminação. Por exemplo: ductilidade (é maior quando o eixo de dobramento for transversal à direção da Laminação). Ferríticos Resistên ci a à Limite de Limite de resistênci Tipo de Aço ABNT Estad o tração N/mm2 escoame n to à 0,2% N/ mm2 Alongamento em 50,8 mm percentual Dureza Rockwe ll Dobramento livre a à fadiga N/mm2 e <= 0,38 mm 0,38 < e < 0,76 mm e >= 0,76 mm Angulo* Fator(1) 430 recozid o 525,0 350,0 25 - - B 85 180 - - 446 recozid o 560,0 350, 20 - - B 83 - - - 502 recozid o 490,0 - 30 - - B 75 180 - - Notas: l ) Fator é o número pelo qual se deve multiplicar a espessura nominal da chapa para se obter o diâmetro do cutelo a ser empregado no ensaio do dobramento (Exemplo: se o fator é igual a 3, o diâmetro do cutelo deverá ser igual a 3 vezes a espessura da chapa a ser ensaiada). 2) Os valores das propriedades mecânicas apresentadas sem asteriscos (*) na Tabela acima são médios. 3) As propriedades podem variar consideravelmente em função da composição química, dimensão, estado do aço ensaiado e métodos de tratamentos térmicos ou mecânicos. 4) As propriedades mecânicas dos produtos planos variam em função da relação entre a direção testada e a direção de laminação. Por exemplo: ductilidade (é maior quando o eixo de dobramento for transversal à direção da Laminação). 9.Corrosão em aços inoxidáveis Antes de falarmos sobre a resistência a corrosão dos aços inoxidáveis, vamos antes explicar sucintamente o que e corrosão e os seus principais tipos. Corrosão é geralmente entendida como uma destruição parcial ou total de um metal ou liga metálica, por via química ou eletroquímica. Conforme a extensão, a forma e as circunstâncias do ataque, costuma-se dividir a corrosão nos seguintes tipos principais: CORROSÃO GERAL - É a corrosão que se desenvolve, uniformemente em toda a superfície da peça atacada. CORROSÃO INTERCRISTALINA (ou intergranular) - Ocorre nos contornos dos grãos dos metais e freqüentemente propaga-se pelo interior da peça, deixando CORROSÃO EM TEMPERATURAS ELEVADAS - A resistência dos aços inoxidáveis a corrosão Em temperaturas elevadas é condicionada por uma série de fatores, como o meio circundante, o processo de fabricação da peça ou equipamento, o ciclo de operação, etc. A seguir apresentaremos em linhas gerais a ação de alguns agentes agressivos sobre os aços inoxidáveis em altas temperaturas. AR E GASES OXIDANTES EM GERAL O ataque por gases oxidantes é provavelmente a causa mais freqüente de corrosão dos aços inoxidáveis em temperaturas elevadas. O ataque provoca a partir de certa temperatura a formação de uma espessa crosta de oxido. Essa temperatura é fortemente afetada pela composição de gases presentes. As temperaturas de oxidação, em serviço contínuo e em serviço intermitente, mencionadas em catálogos de aços inoxidáveis, são normalmente determinadas em ar atmosférico praticamente puro, sobretudo isento de gases sulfurados e devem ser considerados como indicações orientativas. É muito importante levar este fato em consideração na fase de seleção dos aços, pois a presença de contaminantes produz um abaixamento considerável da temperatura de oxidação. GASES REDUTORES EM GERAL A presença de gases redutores em temperaturas elevadas afetam os aços inoxidáveis por diversos modos e assim cada caso deve ser estudado separadamente. GASES SULFURADOS OXIDANTES - Estes gases são geralmente menos nocivos que os redutores. Entretanto, sua presença produz um abaixamento de 100 a 200 ºC, ou eventualmente mais, na temperatura de oxidação dos aços inoxidáveis isentos de níquel ou com baixo teor desse elemento. REDUTORES - Estes gases, são altamente corrosivos, sobretudo para os aços que contém níquel. Por este motivo os aços inoxidáveis austeníticos não são recomendados para aplicações que envolvem a presença de gases sulfurados redutores. 10.Resistência à corrosão dos aços inoxidáveis A resistência a corrosão dos aços inoxidáveis depende basicamente, da composição química e da microestrutura, e de um modo geral pode-se afirmar que os aços inoxidáveis martensíticos são os menos resistentes e os austeníticos os mais resistentes à corrosão. Assim sendo deve-se considerar cada tipo separadamente, contudo, antes disso convém analisar genericamente o fenômeno da passivação e a influência dos elementos de liga na resistência a corrosão. A passivação nos aços inoxidáveis é obtida pela presença de uma fina película de óxido hidratado de metal na superfície. A presença da película depende da natureza do meio ambiente e ela condiciona o comportamento mais ou menos nobre do aço; quando está presente, o aço inoxidável se aproxima do comportamento dos metais nobres, caso contrário se assemelha a atividade do aço comum. A destruição da película num determinado ponto pode conduzir rápida corrosão da peça por um dos seguintes tipos de corrosão: por pites, por frestas, intergranular e sob tensão. De um modo geral, dependendo do tipo de aço inoxidável e das condições de meio ambiente a corrosão é evitada ou então, se manifesta de forma rápida e destrutiva. AUSTENÍTICOS São considerados com sendo os de mais resistentes à corrosão em meios ambientes de atmosfera industrial ou de meios ácidos, mantendo a superfície brilhante e praticamente isento de produtos de corrosão generalizada. Em condições mais severas como de temperaturas mais elevadas ou ácidos mais fortes, os elementos de liga devem ser acionados em maiores teores. A adição de molibdênio em teores acima de 2% eleva a resistência à corrosão localizada; para meios mais agressivos (com teor de cloretos mais elevado) os teores de níquel e molibdênio são maiores, contudo, muito importante é a manutenção no aço de baixos teores de inclusões e de precipitados durante a sua fase de fabricação. Na corrosão intergranular deve-se considerar a denominada temperatura de sensibilização (600 a 870 ºC) e procurar evitá-la. A liga quando recozida para solubilização é resfriada rapidamente para evitar a sensibilização tornando-se mais resistente a esse tipo de corrosão. A redução do teor de carbono reduz o efeito da sensibilizacão (usar em vez do 304 ou 316, os 304L ou 3l6L). A adição de nióbio ou titânio produz um aço "estabilizado" aumentando a resistência a corrosão intergranular. Muitos aços são suscetíveis a corrosão sob tensão (particularmente em soluções contendo cloretos com pH 2 a 10, e temperatura acima de 300oC), os aços com níquel acima de 30%, são praticamente imunes a esta corrosão. Os aços residentes a corrosão localizada são normalmente, também a corrosão por frestas. A corrosão galvânica pode ocorrer dependendo da natureza outro metal em contato, e da condição passivada ou ativada em que se encontra no meio líquido; n condição passivada é relativamente nobre, caso contrário comporta-se como aço comum. FERRÍTICOS Apresentam maior resisência a corrosão no estado recozido. A resistência a corrosão generalizada aumenta com o teor de cromo e com o tratamento térmico de recozimento para solubilização. A corrosão por pites e por frestas se manifesta menos com a adição de cromo e molibdênio, a composição para garantir uma boa resistência é no mínimo 23% Cr e 2% Mo. A temperatura de sensibilização a corrosão intergranular permanece na faixa de 600 a 650oC. Para prevenir esse dano pode-se acionar estabilizadores como o titânio e o nióbio, ou reduzindo os teores de carbono e nitrogênio (um teor abaixo de 0,02% de carbono impede a presença deste tipo de corrosão) ou realizar um recozimento ao redor de 700oC. A resistência a corrosão sob tensão é obtida com um mínimo de. 20% Cr e 1% Mo, em ambiente de ions de cloro, contudo a dureza do metal em geral contribui muito para elevar a resistência. A intensidade de corrosão por formação de par galvânico depende da condição de passividade o aço ferrítico se apassiva com maior dificuldade do que o austenítico. MARTENSÍTICOS Apresentam teor máximo de cromo de 14%, para permitir a transformação martensítica, mas de qualquer forma, são selecionados para condições ambientas não severas e para peças onde a resistência mecânica é fundamental; além do relativamente baixo teor de cromo, esses aços possuem alto carbono que conduz a formação de precipitados. 11. Seleção de um aço inoxidável para um dado meio corrosivo Para aços inoxidáveis, diferente da galvanização, facilmente encontram-se tabelas complexas e detalhadas sobre a velocidade de corrosão do inoxidável para os mais diversos meios, existindo inclusive pequenos livros destas tabelas. O objetivo da tabela abaixo é apenas de exemplificar a resistência à corrosão dstes aços e fazer uma pré seleção dos mesmos. ABNT TIPO (TP) Atmosfer a branda e água fresca Atmosfer a industrial Atmosfer a Marinha Água Salina Química branda Química oxidante Química redutora 301 X X X X X 302 X X X X X 302B X X X X X 303 X X X X 304 X X X X X 304L X X X X X 305 X X X X X 308 X X X X X 309 X X X X X 310 X X X X X 314 X X X X X 316 X X X X X X X 316L X X X X X X X 317 X X X X X X X 321 X X X X X vapor; aquecedores, trocadores de calor; peças para motores a jato; 310 Aquecedores de ar; caixas de recozimento; estufa de secagem; anteparos de caldeira de vapor; caixa de decantação; equipamentos para fábrica de tinta; suportes para abóbada de forno; fornos de fundição; transportadores e suportes de fornos; revestimento de fornos; componentes de turbinas a gás; trocadores de calor; incineradores; componentes de queimadores a óleo; equipamentos de refinaria de petróleo; recuperadores; cilindros para fornos de rolos transportadores; tubulação de soprador de fuligem; chapas para fornalha; chaminés e comportas de chaminés de fornos ; conjuntos de diafragma dos bocais para motores turbojatos; panelas de cristalização de nitratos; equipamentos para usina de papel. 314 Caixas de recozimento; caixas de cementação; acessórios para tratamentos térmicos; tubos de radiação. 316 Peças que exigem alta resistência à corrosão localizada; equipamentos de industrias químicas, farmacêutica, textil ,petróleo, papel, celulose, borracha, nylon e tintas; peças e componentes diversos usados na construção naval; equipamentos criogênicos; equipamentos para processamento de filme fotográfico; cubas de fermentação; instrumentos cirúrgicos; 316 L Peças de válvulas; bombas; tanques; evaporadores e agitadores; equipamentos texteis condensadores; peças expostas à atmosfera marítima; adornos; tanques soldados para estocagem de produtos químicos e orgânicos; bandejas; revestimento para fornos de calcinação. 317 equipamentos de secagem; equipamentos para fábricas de tintas. 321 Para estruturação soldadas e peças sujeitas a aquecimento na faixa de precipitação de carbonetos; anéis coletores de aeronaves; revestimentos de caldeiras; aquecedores de cabines; parede corta-fogo; vasos pressurizados; sistema de exaustão de óleo sob alta pressão; revestimento de chaminés; componentes de aeronaves; superaquecedor radiante; foles; equipamentos de refinaria de petróleo; aplicações decorativas. 347 Tubos para superaquecedores radiantes; tubo de exaustão de motor de combustão interna; tubulação de vapor a alta pressão; tubos de caldeiras; tubos de destilação de refinaria de petróleo; ventilador; revestimento de chaminé; para estruturas soldadas e peças sujeitas, a aquecimento na faixa de precipitarão de carbonetos; tanques soldados para transporte de produtos químicos; anéis coletores; juntas de expansão; resistores térmicos. Martensíticos 410 Válvulas; bombas; parafusos e fechaduras; tubo de controle de aquecimento; chapa para molas; cutelaria ( facas, canivetes etc.); mesa de prancha; instrumentos de medida; peneiras; eixos acionadores; maquinaria de mineração; ferramentas manuais; chaves; para aplicações que exigem boa resistência à oxidação à elevada temperatura tais como as partes de fornos, queimadores etc.; equipamentos rodoviários; sedes de válvulas de segurança para locomotivas; plaquetas tipográficas; apetrechos de pesca; peças de calibradores; fixadores. 416 Parafusos usinados; porcas; engrenagens; tubos; eixos; fechaduras; 420 Cutelaria; instrumentos hospitalares, cirúrgicos e dentários; réguas; medidores; engrenagens; eixos; pinos; rolamentos de esferas; bolas de milho; disco de freio. 440 A B C Eixos; pinos; instrumentos cirúrgicos e dentários; cutelaria; anéis. 442 Componentes de fornos; câmara de combustão. 446 Caixas de recozimento; chapas grossas para abafadores; queimadores; aquecedores; tubos para pirômetros; recuperadores; válvulas e conexões; aplicações a altas temperaturas quando necessária resistência a oxidação. Ferríticos 403 Lâminas de turbina sujeitas à corrosão e desgaste por abrasivo e corrosão úmida; anéis de jatos; seções altamente tensionadas em turbina à gás. 405 Caixas de recozimento 409 Sistemas de exaustão de veículos automotores; tanques de combustível; banco de capacitares. 430 Adornos de automóveis; calhas; máquinas de lavar roupa; revestimento da câmara de combustão para motores diesel; equipamentos para fabricação de ácido nítrico; fixadores; aquecedores; portas para cofres; moedas; pias e cubas; baixelas; utensílios domésticos; revestimentos de elevadores. 13. Normas mais comuns de tubos de aço inoxidável austeníticos As normas utilizadas de tubos de aço inoxidável são: 13.1 ASTM A-249 Tubos de aço inoxidável austenítico soldados para aplicação em caldeiras, superaquecedores, trocadores de calor e condensadores 13.2 ASTM A-269 Tubos de aço inoxidável austenítico soldados para serviços gerais 13.1 ASTM A-270 Tubos de aço inoxidável austenítico soldados para aplicação em industrias alimentícias e de bebidas, nas quais, além da resistência à corrosão sejam minimizadas as possibilidades de contaminação e deterioração dos produtos e haja facilidade de limpeza. 13.1 ASTM A-312 Tubos de aço inoxidável austenítico soldados para condução Pesquisa personalizada Referência Bibliográfica: Catálogos Diversos da Acesita
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