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Resenha Critica (Pedro Demo) , Notas de estudo de Engenharia Elétrica

METODOLOGIA PARA QUEM QUER APRENDER pedro demo

Tipologia: Notas de estudo

2011
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Compartilhado em 06/12/2011

luciano-scherer-7
luciano-scherer-7 🇧🇷

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Baixe Resenha Critica (Pedro Demo) e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Elétrica, somente na Docsity! UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DAS CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE ENFERMAGEM RESENHA DO LIVRO METODOLOGIA PARA QUEM QUER APRENDER METODOLOGIA CIENTÍFICA Gabriel Furini Fiuza Luciano Scherer SANTA MARIA, RS, BRASIL 2011 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................3 2 DESENVOLVIMENTO.................................................................................................4 2.1 Obra......................................................................................................................... 4 2.2 Credenciais da Autoria............................................................................................ 4 2.3 Conclusões da Autoria.............................................................................................4 2.4 Digesto.....................................................................................................................4 2.5 Indicações do Resenhista.......................................................................................10 3 CONCLUSÃO..............................................................................................................11 4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................... 12 2.2 Credenciais da Autoria Pedro Demo é catarinense, filho de pais agricultores. Estudou em seminário franciscano, onde fez filosofia e parte da teologia. Na Alemanha fez doutorado em sociologia (1971), cuja tese recebeu nota máxima e foi publicada em 1973 (Anton Hains Verlag, Meisenheim). Voltando ao Brasil, foi assessor dos bispos até 1975, quando ingressou no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão), onde permaneceu até 1994 e se aposentou. Assumiu, então, tempo integral na Universidade de Brasília (UnB), o Departamento de Sociologia. Fez pós-doutorado na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) (1999-2000). Em 2003 retornou ao Departamento de Sociologia, onde se aposentou em maio de 2008. Em dezembro de 2009 foi nomeado Professor Emérito da UnB. Até o momento publicou 92 livros, nas áreas de política social (educação) e metodologia científica. Desde fins de 1980 dedica-se ao desafio de formação permanente de professores. 2.3 Conclusões da Autoria Pedro Demo, através deste livro, conclui que o sistema de ensino brasileiro está equivocado. Demo deixa claro que tudo que se quer de um aluno é que ele saiba pensar e que o aluno é a imagem e semelhança do seu professor. Só que está ocorrendo por anos é que os professores em sua formação não são incentivados a pensar, pesquisar e elaborar. Durante a formação eles só assistem aulas e fazem provas. Quando esses professores vão dar aulas, fazem a mesma coisa, criando-se assim um ciclo vicioso. Sendo assim os professores fingem que dão aula e os alunos fingem que aprendem, nisso o que empaca é o pensar. Demo ressalta a importância da autoria para o aprendizado, que é o ato de buscar no aluno seu lado reflexivo que lhe permite ser um produtor de idéias. Ele conclui que autoria é fundamento docente e discente, por ser referência crucial da aprendizagem no professor e no aluno. Demo fala que sempre estamos preocupados com o estudo do aluno, no entanto essa preocupação tem que ser direcionada para os professores também, pois a estranheza, com os estudo, dos alunos é decorrência da mesma estranheza do professor, sendo a pesquisa item fundamental para o aprendizado tanto docente como discente, se quisermos alunos que estudem bem precisamos inventar professores que estudem bem também. Por fim ele fala dos meios de fugir desse tipo de “aprendizado”, que se dá em sala de aula, utilizando novas tecnologias para tornar o estudo menos aborrecido, mesmo que demande o mesmo esforço e dedicação do modo convencional. Com essas novas tecnologias podemos enfrentar o estudo com outro espírito, a medida que se torna possível estilos de autoria coletivas que produz envolvimento convincente. 2.4 Digesto 2.4.1 - Capitulo 1 – Estudar Estudar é também uma arte, depende muito de motivação. Estudiosos são conhecidos pela sua motivação para estudar. Motivação não implica necessariamente em prazer, pois nem sempre o que é importante é prazeroso. Estudo é trabalho, dedicação, esforço e renuncia. O objetivo do autor nesse capitulo é questionar a maneira como, em geral, se estuda entre nós, sem pesquisa, sem elaboração, sem leitura sistemática, sem desconstrução e reconstrução. O estudo bem feito sempre resulta em autoria, o que retira do interesse procedimentos de cópia, transmissão, aquisição. Estudar bem não combina com receber conteúdos simplificados, abreviados, resumidos via aula. 2.4.1.1 – Não se aprende sem estudar Confunde-se aula com aprendizagem. Com a introdução do nono ano letivo no ensino fundamental. Sob alegação que se os alunos tiverem mais aulas, vão aprender mais. Estudar deixou de ser o sentido central e sim ter aula. Aprender não advém necessariamente de ensinar porque é dinâmica de dentro para fora, tendo o aprendiz a condição de sujeito e não de ouvinte. Aprender pode encontrar em aulas algum suporte, mas nada, além disso. Aula só faz sentido se o aluno aprender bem. 2. – Aprender é estudar Aprendizagem não é resultado de instrução. A mente humana, a rigor, não pode ser instruída por mais que se tente, o que entra nela entra por dentro, ela não só percebe significados, principalmente cria e recria significados. Daí decorre que um ambiente adequado de aprendizagem supõe atividades, em primeiro lugar participativas nas quais o aprendiz esteja envolvido, em segundo lugar que acionem processos e dinâmicas reconstrutivas, interpretativas sempre como autor. Assim sendo aprendizagem adequada recai em autoria; pesquisa conhecimento se reconstrói se interpreta; elaboração constantes de textos para exercitarmos a autoria; leitura sistemática; argumentar e contra-argumentar com base na autoridade do argumento e não no argumento da autoridade; na habilidade de fundamentar; dedicação sistemática transformada em hábito permanente; além da aprendizagem do professor ter que ser profissional, pois ele é o profissional da aprendizagem. Pesquisar e elaborar são habilidades imprescindíveis. É fundamental aprender na escola a estudar. Há dois tipos de estudos, o estudo individual que exige disciplina e perseverança e o estudo em grupo, algumas vezes banalizado, mas de grande valor pedagógico. 2.4.1.3– Desacertos Os alunos comparecem para escutar um professor falar, em geral de maneira instrucionista, sua grande maioria não produziu o que fala. A rigor, não se pode dar aula a não ser do que se produz. O desacerto vem de longe. Vem primeiramente do ambiente instrucional, no qual se insere o professor como produto daí decorrente. Neste sentido, não é o caso de “culpar” o professor, pois ele também é vitima desse sistema instrucionista. Não tendo aprendido a estudar profissionalmente não é capaz de instituir esta habilidade nos alunos. Estudar é para a vida e dentro dela para o exercício profissional. Estudar implica esforço sistemático e permanente de reconstrução do conhecimento, na condição de sujeito que inova e se renova. Banaliza-se facilmente a pesquisa, uns dizem que pesquisa é coisa de instituições e expertos sofisticados, portanto a pesquisa fica com a imagem de produção rebuscada de conhecimento. No entanto na esfera da educação pesquisa é principio fundamental para aprendizagem. Pesquisa não é qualquer coisa, pesquisa precisa questionar a realidade ou autores e também reconstruir a realidade e as analises disponíveis sobre a realidade. 2.4.1.4 – Arte de estudar Ressalta inicialmente que estudar implica criatividade a qual não pode ser formatada. Estudo criativo requer pelo menos duas atividades conjuntas: pesquisar, pois quando pesquisa-se com um mínimo de qualidade desconstruímos e reconstruímos conhecimentos, no entanto pesquisar não exige necessariamente produção própria de dados empíricos ou qualitativos; elaborar, ou seja, tomar o conhecimento disponível e refazer do ponto de vista próprio apoiado na argumentação mais cuidadosa possível, elaborar requer habilidade do autor, autonomia de idéias e propostas próprias. Para estudar bem é preciso motivação. De alguma forma toda motivação implica prazer imediato e o prazer profundo. O primeiro diz respeito a recompensas materiais, passageiras. O segundo refere-se à busca pela satisfação de teor imaterial, de longo prazo, intensa e duradoura. É preciso saber motivar o aluno para que estude a partir de razões criadas por ele mesmo. A primeira razão é o próprio professor ser estudioso, pois se o professor não o for difícil será impor ao aluno ser um estudioso. A segunda razão é tornar o assunto mais próximo da vida do aluno, como algo que passa pela vida real, algum chamam isso de “aprendizagem situada”. A terceira razão é convencer o aluno a apreciar o assunto por razões do próprio assunto. 5. – Estudo virtual O mundo virtual está mexendo profundamente com o desafio de estudar, pois em vez de ir para a biblioteca vamos para a Internet, sem sair de casa. Nesse ambiente estuda-se muito com uma profundidade e motivação reconhecida, algo que já não se vê na escola e na universidade. Deixa-se o texto impresso clássico de deter o centro das atenções e o cenário dominado pela imagem destaca-se, pois permitir uma movimentação mais ampla e caótica a gosto dos jovens. O texto impresso é disciplinar, linha por linha da esquerda para a direita de cima para baixo e o texto dinamizado pela imagem não tem centro de hierarquia, transpira certa liberdade e permite interferência recíproca interativa. Outro ponto importante é a possibilidade de estudar por si, não pretendendo dispensar o professor logicamente, no entanto na internet o aluno pode procurar o que quiser, isto é marca fundamental do estudo flexível. A presença virtual torna-se referência crucial, mudando o tom da discussão em torno da “educação à distancia”, pois quem estuda está presente, sendo assim perde sentido distinguir os cursos presenciais dos não presenciais, são todos naturalmente presenciais, o que muda é o tipo de presença: física, virtual e flexível. 2.4.2 - Capitulo 2 – Saber Pensar Uma das habilidade humanas mais interessantes e promissoras, em nossa tradição eurocêntrica saber pensar se restringe ao conhecimento científico. A habilidade de questionar não foi acompanhada da habilidade de se autoquestionar. 2.4.2.1 – Colocando a questão Facilmente confundimos contraditório com contrário. Contraditório indica realidade incompatíveis, cuja convivência é impossível, já contrário indica o modo natural de convivência das coisas e seres. Saber pensar é a unidade de contrários. Por mais que se busque ser lógico, formais, exatos em nossos pensamentos, não o são, pois a mente humana não é dinâmica. De um lado a autoria sempre foi objeto de exclusividade, distinguindo-se aqueles que fazem coisas próprias de outros que não fazem. De outro lado porém a questão da apropriação autoral que também é fortemente questionada. Com isso a discussão sobre autoria ganhou conotação de riqueza. 2.4.3.1 – Autoria: Fundamento Docente e Discente Pesquisa, dotada de qualidade formal e política, forma o docente e também o discente. No entanto não é o que acontece hoje em dia, normalmente “entope-se” o aluno com conteúdos infinitos, rasos, desatualizados, quando não são desconstruídos e reconstruídos dificilmente haverá aprendizagem. Instrução é a rigor impossível, pois a nossa mente não absorve de fora para dentro, e sim reconstrói ativamente o que se lhe apresenta. A auto-referência condição pela qual só vemos a realidade através de nós, é a reserva mais direta da originalidade das mentes porque ressalta o papel da subjetividade, expressão individual e irrepetível. Sendo comum, fofoca, idéias fixas, por mais que sejam expressões criativas, não são material apropriado, pois lhes falta espírito critico, em especial autocrítico. Saber fundamentar o que se diz, ao fundamentarmos, não partimos do nada, mas de algo preexistente. O autor deixa claro que quando se fala em autoria, não está se falando apenas de construir texto próprio dotado de interpretação argumentada, também está, sobretudo em jogo a cidadania que sabe pensar para melhor intervir. Sendo assim tem que se buscar no aluno suas oportunidades de sujeito reflexivo que permite a ele apresentar-se como produtor de idéias com base na autoria do argumento. 2.4.3.2 – Autorias Virtuais A diluição da autoria individualista tornou-se inevitável no mundo virtual das novas tecnologias. Na internet, facilmente todos os internautas se sentem originais, inventam textos pessoais e oferecem suas expressões pessoais, por mais que a internet seja o mundo da cópia fraudulenta e flagrante. Essas novas potencialidades de autorias dependem também das novas tecnologias, desempenhando ela papel decisivo, embora não determinista. Assim como criar idéias necessita de um cérebro físico, material para que a capacite, a cidadania necessite de instrumentação material, embora se possa visualizar a relação entre ser humano e tecnologia de maneira bem mais complexa do que simples instrumentação física, tais como, primeiro inovações não dependem só de invenção mas também de estrutura básica que as permitam, segundo a questão material seja de ordem de instrumentação, ela é constitutiva, terceiro é erro oposto desconsiderar as condições quantitativas em nome de condições qualitativas, quarto por trás da imaginação há matéria física, está é indispensável. Para os novos espaços de autoria, as condições tecnológicas são condicionantes, as novas condições em rede de informação facultam primeiramente o surgimento de um setor produtivo amplamente eficiente fora do mercado, em segundo lugar o uso da internet permite ao individuo manejo pessoal individualizado de informação. Cada vez mais podemos ir resolvendo nossos problemas de texto na internet, se soubermos fazer dela a biblioteca global virtual, não para plagiar algo, mas sim para desconstruir e reconstruir as informações. De um lado a autoria virtual faz resplandecer a possibilidade da autoria coletiva, de outro, porém ressurge no horizonte da autoria, que todos que colaboram se tornam autores. O que muda é que tais autores não assomam no ambiente como proprietários de idéias, mas de distribuidores de idéias com as quais contribuem abertamente para a elaboração. A inovação individualizada parece perder o sentido, em nome da inovação coletiva. Não cabe desfazer a produção individual, nem a coletiva, mas mesclar, aprimorando o talento individual e o talento coletivo. 4. Indicações do Resenhista Esta obra apresenta interesse para alunos, professores, sociólogos, pedagogos e pesquisadores. Os métodos de estudo apresentados pelo autor podem ser aproveitados tanto para escolas como para universidades, servindo de modelo para a abordagem metodológica, além de possuir uma linguagem clara e objetiva. 3 CONCLUSÃO 3.1 Conclusão do Resenhista: O livro escrito por Pedro Demo é muito interessante, uma vez que aponta os problemas de aprendizado em todos os níveis de educação. Saber pensar é parte das nossas vidas. Estamos sempre em reconstrução dos conceitos. Precisamos debater e argumentar muitas vezes para aceitarmos uma opinião. É preciso não se prender de forma tão fechada e rígida naquilo em que acreditamos. Não existe saber absoluto. É preciso meditar e refletir no novo com isenção, sem idéias preconcebidas. Todos os dias estamos aprendendo coisas novas. Superando a ignorância. Saber Pensar exige técnicas para pensá-lo, argumentar, criar e cuidar nas conclusões finais dos acontecimentos observáveis de forma que seja racional e coerente. O professor moderno deve construir a sua aula elaborando um planejamento baseado em projetos de pesquisa dinâmica. A maneira interessante de iniciar a pesquisa é por intermédio da prática, pois "toda teoria precisa confrontar-se com a prática", valendo-se do mesmo o modo o inverso, voltar-se à teoria para que se possa revisar o conteúdo e, se possível, superá-la. Pedro Demo tenta desmistificar o conceito de pesquisa, e para tanto mostra que a pesquisa deve ser instrumento de trabalho de qualquer pessoa, mostrando ainda que prática e teoria não podem em hipótese alguma se separar. Para Pedro Demo o aluno deve sair da condição de mero ouvinte, copiador, para ser um ser livre no que diz respeito a escolha de temas para elaboração própria, e para tanto mais uma vez é essencial a figura de um professor competente que incentive seus alunos e se utilize de métodos atuais de construção do conhecimento. O livro tem muitas repetições o que acaba tornando a leitura tediosa, contudo a repetição de idéias pode ser encarada como ato inteligente enfatização. Ao final o leitor terá pleno conhecimento dos conceitos que envolvem a metodologia de aprender. 4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DEMO, Pedro. Curriculum Vitae Página consultada em 20 de Novembro de 2011,<http:// pedrodemo.sites.uol.com.br/curriculum/curriculum.html>. DEMO, Pedro. Metodologia para quem quer aprender. São Paulo: Atlas, 2008.131p.
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