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Guias e Dicas
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Projeto Agente Ativo para o Controle da Dengue, Manuais, Projetos, Pesquisas de Engenharia Civil

O projeto agente ativo, um projeto de pesquisa aprovado no curso de pós-graduação em gestão ambiental do instituto superior de ensino de joão monlevade. O projeto visa capacitar agentes de endemias para exercerem o poder de multar aqueles que não colaboram com o combate à dengue, além de fornecer um quadro geral sobre a doença e os programas de controle desenvolvidos no brasil. O projeto também propõe a criação de um projeto de lei específico para embasar legalmente a ação dos agentes de endemias.

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2011

Compartilhado em 22/10/2011

jose-carlos-de-araujo-6
jose-carlos-de-araujo-6 🇧🇷

4.1

(6)

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Baixe Projeto Agente Ativo para o Controle da Dengue e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Engenharia Civil, somente na Docsity! 0 FUNDAÇÃO COMUNITÁRIA EDUCACIONAL E CULTURAL DE JOÃO MONLEVADE INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR JOSÉ CARLOS DE ARAÚJO PROJETO AGENTE ATIVO João Monlevade 2010 1 JOSÉ CARLOS DE ARAÚJO PROJETO AGENTE ATIVO Projeto de Pesquisa apresentado à Coordenação do curso de Pós- graduação do Instituto Superior de Ensino de João Monlevade, como requisito parcial para a obtenção do título de pós-graduado em Gestão Ambiental. Prof.ª Orientadora:Maria da Trindade Leite João Monlevade 2010 4 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 5 2 OBJETIVOS ............................................................................................................. 7 2.1 Objetivo Geral ...................................................................................................... 7 2.2 Objetivos específicos.......................................................................................... 7 3 MARCO TEÓRICO .................................................................................................. 8 3.1 A doença .............................................................................................................. 8 3.1.1 Aspectos clínicos ................................................................................................ 9 3.1.2 Ciclo de vida do mosquito Aedes aegypti ......................................................... 10 3.2 Programa Nacional de Controle da Dengue - PNCD ...................................... 11 3.2.1 Objetivos do PNCD .......................................................................................... 12 3.2.2 Metas................................................................................................................ 12 4 METODOLOGIA .................................................................................................... 13 4.1 Agentes de Endemias ....................................................................................... 13 4.2 Projeto de lei Agente Ativo ............................................................................... 13 5 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES ........................................................................ 15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 16 5 1 INTRODUÇÃO A Dengue é uma doença tropical causada por um vírus. A patologia provoca febre, manchas no corpo, dores de cabeça e atrás dos olhos, cansaço entre outros sintomas. Ainda não existe vacina para imunizar a população, mas várias pesquisas estão em curso para o desenvolvimento de uma que seja eficiente contra o vírus. Atualmente, a forma mais eficaz de combater a doença é o acompanhamento intensivo dos domicílios e campanhas educativas. Para isso, milhares de agentes de endemias em todo o Brasil, realizam esse trabalho diariamente. Apesar de todos os esforços, o principal agente que precisa ser mobilizado é a população. De nada adianta contratar milhares de agentes de endemias e realizar campanhas educativas intensivas, se a população não interagir entre si, pois um único cidadão pode comprometer todo o trabalho realizado em uma rua inteira. A Dengue é caracterizada como doença de terceiro mundo, por isso as pesquisas científicas são morosas, pois não há mercado lucrativo para seus medicamentos. As nações assoladas pelo Aedes aegypti precisam encontrar uma solução que seja palpável para a realidade de cada país. No Brasil, pesquisas buscam a vacina para a doença, mas ainda não existe previsão de testes em humanos. O fato é que a Dengue está cada vez mais presente em nosso cotidiano. O ano de 2010 foi atípico em João Monlevade, foram notificados mais de 1000 casos de janeiro a junho de 2010. O objetivo geral desse trabalho é atribuir ao agente de endemias o poder de lavrar um auto de infração no momento da vistoria domiciliar. A partir desse momento, o agente agiria como um fiscal de saúde pública. Para a implantação desse projeto, é preciso utilizar um mecanismo legal que confira aos agentes essa atribuição. As pessoas precisam de campanhas de conscientização e acompanhamento intensivo, mas para alguns casos, somente uma penalização financeira pode persuadir a ponto colaborar com a coletividade. 6 Para tentar mudar esse cenário, o Projeto Agente Ativo busca adaptar o trabalho dos agentes de endemias, para que possam aperfeiçoar suas ações em prol da Saúde Pública. Ao conferir poder de fiscal, embasado num projeto de lei, as pessoas passam a dar o devido valor à vistoria realizada em seu domicílio. Portanto, a ideia é válida e merece a atenção das autoridades para que intensifiquem as ações contra a doença, melhorando o trabalho intensivo que é realizado atualmente. O acompanhamento do envolvimento da população é de suma importância, como frisado anteriormente, o principal personagem que precisa ser mobilizado é a própria comunidade. Todos nós somos fiscais na luta contra o Aedes aegypti, por isso é de todos a responsabilidade pelo avanço da doença. 9 (viremia), corresponde ao período que começa 1 dia antes do aparecimento da febre até 6 dias de doença. No caso do mosquito, assim que o mesmo é infectado por sangue com carga viral, os vírus ficam alojados nas glândulas salivares por um período de 8 a 12 dias, onde se multiplicam e permanecem em fase de incubação. A partir desse momento, o mosquito está apto para transmitir a doença até o fim da sua vida que pode variar de 6 a 8 semanas (GUIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA, 2005). 3.1.1 Aspectos clínicos A infecção pela doença pode ser assintomática ou apresentar hemorragia e choque, dependendo do caso, levando até o óbito. A manifestação clínica pode ser: a) Dengue clássico (DC): apresenta febre alta (39° a 40°C), de início abrupto, seguida de dor de cabeça, dor muscular, prostração, dor nas articulações, anorexia, astenia, dor retroorbital, náuseas, vômitos, erupções e prurido cutâneos, aumento do tamanho do fígado pode ocorrer, ocasionalmente, desde o aparecimento da febre. Alguns aspectos clínicos dependem da idade do paciente. Desse modo, dor abdominal generalizada tem sido observada mais freqüentemente entre crianças e manifestações hemorrágicas têm sido relatadas mais freqüentemente entre adultos, ao fim do período febril. A doença tem duração de 5 a 7 dias, mas o período de convalescença pode ser acompanhado de grande debilidade física, e prolongar-se por várias semanas (GUIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA, 2005). b) Febre hemorrágica da Dengue (FHD): no início do quadro é muito parecida com o DC, porém há um agravamento do quadro no terceiro ou quarto dias de evolução, com aparecimento de manifestações hemorrágicas e colapso circulatório. A fragilidade capilar é evidenciada pela positividade da prova do laço. Nos casos graves de FHD, o choque geralmente ocorre entre o 3º e 7º dias de doença, geralmente precedido por dor abdominal. O choque é decorrente do 10 aumento de permeabilidade vascular, seguida de hemoconcentração e falência circulatória. É de curta duração e pode levar a óbito em 12 a 24 horas ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada. Caracteriza-se por pulso rápido e fraco, com diminuição da pressão de pulso e arterial, extremidades frias, pele pegajosa e agitação. Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade (GUIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA, 2005). 3.1.2 Ciclo de vida do mosquito Aedes aegypti O Aedes é originário da África, de onde se espalhou pelo globo durante o período de colonização. Sua faixa de abrangência está compreendida entre 45° de latitude norte e 35° de latitude sul do planeta, nas áreas tropicais e subtropicais. O mosquito possui duas fases distintas no ciclo de vida: a fase aquática – que compreende ovo, larva e pupa – e a fase terrestre, caracterizada pela presença do mosquito adulto. O período de maior resistência do ciclo é, sem dúvidas, a fase dos ovos. Pois podem resistir à dessecação de 6 a 12 meses. As fêmeas depositam seus ovos próximos aos espelhos d’água limpos de recipientes sem proteção. Esse período embrionário em condições favoráveis, dura em média de 2 a 3 dias (UNESP, 2007). A fase larvária, em temperaturas entre 25°C e 29°C, é de aproximadamente 5 a 10 dias. Nesse período, elas possuem grande mobilidade e se alimentam de detritos orgânicos, bactérias, protozoários e fungos. A fase pupal compreende 2 dias em condições favoráveis, a pupa não se alimenta mas continua com grande mobilidade. Na fase adulta, tanto a fêmea quanto o macho, se alimentam de néctar e sucos vegetais. A fêmea precisa de sangue para a maturação de seus ovos, onde ocorre a disseminação do vírus. 11 3.2 Programa Nacional de Controle da Dengue - PNCD Na linha do tempo que precede o Programa Nacional de Controle da Dengue – PNCD podemos encontrar programas com baixíssima ou mesmo nenhuma participação da comunidade, sem integração multidisciplinar e com pequena utilização do instrumental epidemiológico mostraram-se incapazes de conter um vetor com altíssima capacidade de adaptação ao novo ambiente criado pela urbanização acelerada e pelos novos hábitos. No ano de 1996, o Ministério da Saúde mudou de estratégia e criou o Programa de Erradicação do Aedes aegypti (PEAa). Ao longo do processo de implantação desse programa ficou evidente a inviabilidade técnica de erradicação do mosquito a curto e médio prazos. O PEAa, mesmo não obtendo êxito em seus objetivos, foi de grande relevância ao propor a necessidade de atuação multi-setorial e prever um modelo descentralizado de combate à doença, com a participação das três esferas de governo: Federal, Estadual e Municipal (PNCD, 2002). Os resultados obtidos no Brasil não foram muito diferentes daqueles obtidos ao redor do mundo, onde a erradicação do vetor em curto prazo não é assistida por um programa eficiente. Esse cenário levou o Ministério da Saúde a fazer uma nova avaliação dos avanços e das limitações, com o objetivo de estabelecer um novo programa que incorporasse elementos como a mobilização social e a participação comunitária, indispensáveis para responder de forma adequada a um vetor altamente domiciliado. Sobre a criação do Programa Nacional de Controle da Dengue, o PNCD (2002, p.3) explica A introdução do sorotipo 3 e sua rápida disseminação para oito estados, em apenas três meses, evidenciou a facilidade para a circulação de novos sorotipos ou cepas do vírus com as multidões que se deslocam diariamente. Estes eventos ressaltaram a possibilidade de ocorrência de novas epidemias de dengue e de FHD. Neste cenário epidemiológico, tornou-se imperioso que o conjunto de ações que vinham sendo realizadas e outras a serem implantadas fossem intensificadas, permitindo um melhor enfrentamento do problema e a redução do impacto da dengue no Brasil. Com esse objetivo, o Ministério da Saúde implantou em 2002 o Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD). 14 essa questão. Como justificativa de grande relevância, podemos ter a possibilidade de pressionar o cidadão para que colabore efetivamente no combate à Dengue. Atualmente, segundo a Vigilância Sanitária Municipal, muitos logradouros não são vistoriados por negligência do proprietário ou simplesmente por estarem fechados, impossibilitando a entrada do agente de endemias. Na iminência de uma crescente epidemia, a implantação de um projeto que visa diminuir os pontos cegos da malha de imóveis, pode arrefecer as incidências de focos. Para adaptar o quadro de servidores atuais às novas condições de trabalho, é preciso oferecer capacitação adequada para a nova função. Além de vistoriar e orientar os cidadãos, o agente de endemias poderá atuar como um fiscal de saúde pública. Os trâmites legais para instituir a compensação financeira em forma de multa, serão listados no corpo da lei. 15 5 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES O cronograma abaixo se refere ao amadurecimento da ideia do Projeto Agente Ativo. Atividades/Período fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Abordagem inicial para estruturação do Projeto de Pesquisa (escolha do tema e levantamento das fontes de pesquisa) Estruturação do Projeto de Pesquisa. Entrega do Projeto de Pesquisa Adequação do Projeto às recomendações da Comissão Revisão da Literatura Aplicação dos instrumentos de coleta de dados Análise dos dados coletados Elaboração do TCC Defesa do TCC Quadro 1: Cronograma de atividades. 16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Bioecologia do Aedes aegypti. Ciclo de vida do mosquito. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira. Disponível em: http://www.feis.unesp.br/dtadm/stdarh/ed/campanhadecombateadenguebioecologia2 007.php . Acesso em 23 jun 2010. BRASIL. Ministério da Saúde. Portal da Saúde. Vigilância Epidemiológica. Programa Nacional de Controle da Dengue. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=21389. Acesso em 24 jun 2010. _______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de vigilância epidemiológica / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. – 6. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2005. 816 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) PNCD. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Programa Nacional de Controle da Dengue. 32 páginas. 2002. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/pncd_2002.pdf. Acesso em 24 jun 2010.
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