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Guias e Dicas
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Aula 1 - Formulações e teoria da gota, Notas de aula de Agronomia

Aula do curso de pós-graduação em "Cafeicultura Sustentável". Aborda conteúdo de formulações de defensivos, seus componentes, agitação da calda, rotulo de defensivos e adjuvantes. Teoria da gota aborda, DMV, DMN, AR, tamanho de gotas seleção de pontas e nomenclatura

Tipologia: Notas de aula

2011
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Compartilhado em 14/03/2011

gustavo-rabelo-botrel-miranda-8
gustavo-rabelo-botrel-miranda-8 🇧🇷

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Baixe Aula 1 - Formulações e teoria da gota e outras Notas de aula em PDF para Agronomia, somente na Docsity! FORMULAÇÕES DE DEFENSIVOS E TEORIA DA GOTA Prof. Dr.: Gustavo Rabelo Botrel Miranda Disciplina: Tecnologia de Aplicação de Defensivos Agrícolas Pós Graduação “Latu sensu” – Cafeicultura Sustentável Tecnologia de Aplicação de defensivos •Definição: consiste na correta colocação do produto biologicamente ativo, no alvo, em quantidade necessária, de forma econômica e com o mínimo de contaminação do meio ambiente, dando importância ao custo do produto químico, a mão-de-obra e a energia. Como aplicar? • Onde está o inseto? • Arquitetura da planta? • Qual o melhor produto? • E os equipamentos? CLASSIFICAÇÃO TOXICOLÓGICA Esta classificação é fundamental para o conhecimento da toxicidade de um produto, do ponto de vista de seus efeitos agudos a saúde. Dose Letal DL 50 (DL50) e Concentração Letal (CL50) z Sadi Poletto PROGRAM PREVE leg) , AGROTÓXICOS * | Medicina Ocupacional DOSE LETAL 50 é a dose calculada de um agente num meio que causa a mortalidade em 50% da população animal em condições bem definidas, por qualquer via de administração, exceto por inalação. (Usa-se camundongo via oral) PROGRAMAS DE PREVENÇÃO Neo), AGROTÓXICOS TOXICIDADE | EXPOSIÇÃO PRODUTO APLICADOR DEPENDENTE DEPENDENTE BAIXA ALTA ALTA BAIXA BAIXA BAIXA Sadi Poletto Medicina Ocupacional Periculosidade Ambiental Classe I Altamente Perigoso Classe II Muito Perigoso Classe III Perigoso Classe IV Pouco Perigoso Representa as características do produto, propriedades físico-químicas, toxicidade a seres vivos (microorganismos, minhocas, microcrustáceos, algas, peixes, aves, abelhas e mamíferos), bioacumulação, persistência (biodegradabilidade no solo, hidrólise e fotólise) e transporte (mobilidade, adsorção/desorção e solubilidade), potenciais mutagênicos, carcinogênicos e embriofetotóxicos. Formulações dos produtos químicos •2 tipos: -Pronto uso: concentração já é adequada a aplicação em campo -Pré-mistura: necessitam ser diluídas até uma concentração adequada. Formulações dos produtos químicos • Pronto uso: -Granulados (GR): i.a. associado a partículas sólidas. -Menor deriva; -Aplicados ao solo; -Menor risco aos aplicadores; -Concentração de 2,5 a 5%; -Menos resíduos no ambiente. Formulações dos produtos químicos • Pronto uso: -Isca (RB): macrogrânulos i.a. associado a um alimento ou estimulante alimentar. -Controle de formigas; -Baixo risco aos aplicadores; -Concentração de 0,03 a 1%. •Calda bordalesa a 1%: (1:1:100) Sulfato de cobre + Cal hidratada + H2O (cal virgem) Calda bordalesa - PM • 5 litros da calda com sulfato de cobre •5 litros da calda com cal hidratada+ + Adicionar lentamente •Dilui a cal em 90 lt. Formulações dos produtos químicos • Pré-mistura: -Pó solúvel (PS): similares aos PM porém formam soluções verdadeiras. -Não necessita agitação constante; -Risco de inalação no preparo da calda; -Sem resíduos visíveis. Formulações dos produtos químicos • Pré-mistura: -Concentrado emulsionável (CE): soluções líquidas do i.a. dissolvidas em solventes da destilação do petróleo. -Forma emulsão homogênea estável; -Não tem necessidade de agitação constante; -Sem resíduos visíveis e sem partículas sólidas; -Aspecto leitoso. Formulações dos produtos químicos • Pré-mistura: -Solução aquosa concentrada (Saqc): formulações líquidas para serem diluídas em água. -Soluções verdadeiras; -Na fabricação o i.a. é adicionado em forma de sal; Pó Solúvel (PS) ou Solução Aquosa Concentrada (SAqC) Formulações dos produtos químicos • Pré-mistura: -Suspensão concentrada (SC): i.a. é um sólido não solúvel adicionado a um líquido em presença de adjuvantes. -Constante problemas de entupimento de bicos; -Necessidade de agitação constante; Herbicida atrazina + água (pronto para aplicar) Sedimentação Formulações dos produtos químicos • Pré-mistura: -Ultra baixo volume (UBV): soluções altamente concentradas de i.a. (80-100%). -Pronto uso ou pré-mistura (diluídas em óleo); -Necessita de equipamentos especiais (2-5Lt/ha); Formulações dos produtos químicos • Pré-mistura: -Granulo dispersível em água (WG ou GRDA): i.a. em altas concentrações é misturado a emulsificantes e outras substâncias que, após a produção, sofrem um processo de granulação. -Necessita pré-mistura; -Necessita de agitação constante; -Causam abrasão em bicos e equipamentos; Pó Molhável (PM) Suspensão Concentrada (SC) Pó Solúvel (PS) Solução Aquosa Concentrada (SAqC) Concentrado Emulsionável (CE) Necessidade de AGITAÇÃO DA CALDA: Após 15 min. em repouso < < < SC <Saqc CEGRDA PM Adjuvantes: surfactantes • Molhantes (umectantes): são substâncias que retardam a evaporação da água, fazendo com que a gota permaneça mais tempo na superfície tratada, aumentando a absorção do produto aplicado. Com umectante, não evapora Adjuvantes: surfactantes • Aderentes: são substâncias que aumentam a aderência dos líquidos ou sólidos à superfície da planta. Estes apresentam afinidade com a água e forte adesão à cera e à cutina da superfície dos órgãos da planta. De maneira similar à uma das ações do sabão em póDe maneira similar à uma das ações do sabão em pó De maneira similar à uma das ações do sabão em pó CERAS Adjuvantes: surfactantes • Emulsificantes: são substâncias com atividade sobre a superfície do líquido, promovendo a suspensão de um líquido em outro. • Os emulsificantes também podem possuir atividade espalhante, adesiva e umectante. De maneira similar à uma das ações do sabão em pó Adjuvantes: surfactantes • Detergentes: são substâncias com capacidade de remover sujeira, como a poeira, da superfície da folha, aumentando o contato da gota com a superfície alvo. Os detergentes também podem possuir atividade espalhante, emulsificante e umectante. Adjuvantes: aditivos • Óleos, sulfato de amônio ou uréia: age sobre a cutícula, rompendo ligações e abrindo caminho para absorção do pesticida. Adjuvantes • IMPORTANTE: A dose de um surfatante ou aditivo a ser usada normalmente está entre 0,1 e 0,5% (v/v). Pois, uma dose excessivamente alta de um surfatante ou aditivo pode provocar desde o escorrimento das gotículas, e assim a aplicação ser ineficiente, até o aumento da toxicidade do herbicida para a cultura a ponto de perder completamente a seletividade. EXERCÍCIO • Separar grupos de 4 ou 5 pessoas – Pesquisar e preparar durante 30 minutos os seguintes temas. • Adjuvantes na eficiência de aplicação; • Fatores que interferem na compatibilidade de defensivos; • Adjuvantes na penetração foliar; • Importância dos adjuvantes no ajuste do pH na calda; • Compostos ionicos e não ionicos na pulverização. Apresentação durante 10 min. por grupo TEORIA DA GOTA Qual a diferença entre aplicação e pulverização? A colocação do produto químico no alvo é o processo chamado de APLICAÇÃO. Como é feita a aplicação? Para fazer a aplicação de um produto químico utiliza-se um equipamento chamado PULVERIZADOR, que tem a função de quebrar um grande volume de líquido (calda) em um grande número de partículas de pequeno volume (gotas) que direcionadas ao alvo cobrem o mais uniformemente possível a sua superfície. APLICAÇÃO e PULVERIZAÇÃO A variação da vazão [V] de uma determinada ponta de pulverização (portanto, com um orifício de tamanho definido), em função da variação da pressão de trabalho [P] (que é normalmente expressa em “bar” ou “libras por polegada quadrada - “PSI”), pode ser representada pela seguinte relação matemática: VAZÃO E QUANTIDADE DE PULVERIZAÇÃO A quantidade da pulverização produzida por um pulverizador é o volume de líquido que é distribuído em uma determinada área e é expressa normalmente em litros por hectare (L/ha). A quantidade da pulverização (também chamada de “volume de aplicação” ou “taxa de aplicação”) depende, além da vazão da ponta, dos outros seguintes fatores: - Vazão da ponta de pulverização (V = L/min); - velocidade de deslocamento do pulverizador (S = km/h) - espaçamento entre os bicos na barra (e = cm) VAZÃO E QUANTIDADE DE PULVERIZAÇÃO A quantidade da pulverização, em função da vazão por bico, da velocidade do pulverizador e espaçamento entre bicos (fórmula ou tabelas constantes no Catálogo). VAZÃO E QUANTIDADE DE PULVERIZAÇÃO A cobertura é dada pela fórmula de COURSHEE (1967): C = 15 * (VRK2/AD) Onde: C = cobertura (% da área); V = Volume de aplicação (L/ha); R = taxa de recuperação (% do volume aplicado, captado pelo alvo); K = fator de espalhamento de gotas; A = superfície vegetal existente no hectare; D = diâmetro de gotas COBERTURA COBERTURA TAMANHO DE GOTA E QUALIDADE DA PULVERIZAÇÃO As pontas de pulverização produzem gotas cujo tamanho (T) varia em função dos seguintes fatores: - Tamanho do orifício da ponta (ø); - Pressão de trabalho (P); - Ângulo do jato de pulverização (Å) 50% do volume pd Nmd (dmn) / sa vmd (dmv) Diâmetro mediano de volume 50% do volume TAMANHO DE GOTA E QUALIDADE DA PULVERIZAÇÃO Espectro de pulverização O espectro da pulverização pode ser caracterizado pelo valor do “AMPLITUDE RELATIVA”. A Amplitude Relativa (AR) é calculada pela fórmula: DV0.1 - Diâmetro de gota do volume acumulado de 10 % DV0.5 - Diâmetro de gota do volume acumulado de 50 % (DMV) DV0.9 - Diâmetro de gota do volume acumulado de 90 % TAMANHO DE GOTA E QUALIDADE DA PULVERIZAÇÃO Classificação do tamanho da gota TAMANHO DE GOTA E QUALIDADE DA PULVERIZAÇÃO GOTA MÉDIA 200 – 400 µm Classificação do tamanho da gota TAMANHO DE GOTA E QUALIDADE DA PULVERIZAÇÃO GOTA GRANDE > 400 µm BomBomBomRuimRuimPequenas (<200 µm) MédioMédioMédioMédio Médi o Médias (200 - 400 µm) RuimRuimRuimBomBomGrandes (>400 µm) EscorrimentoPenetraçãoCoberturaEvaporaçãoDerivaGotas Ramos, 2008 CONDIÇÕES CLIMÁTICAS QUE AFETAM A PULVERIZAÇÃO > [e] mm velocidade do vento (m/s) ol MN mm temperatura (ºC) === umidade relativa (%) o TTTTTTT 24 04 08 12 16 20 24 hora do dia CONDIÇÕES CLIMÁTICAS QUE AFETAM A PULVERIZAÇÃO MOVIMENTO DO AR: Desvia a trajetória das gotas e, dependendo do tempo de ação, pode interferir na evaporação. Na Alemanha, sugere que devem ser escolhidas pulverizações com as características ao lado, para as velocidades de vento indicadas. No Brasil, recomenda-se não pulverizar quando a velocidade do vento for > 10km e afirma que gotas < 150 µm são altamente susceptíveis a deriva. CONDIÇÕES CLIMÁTICAS QUE AFETAM A PULVERIZAÇÃO DEE aproximadamente Descrição EUGEN Li DER Ta Fumaça sobe | Pulverização não 2kmih verticalmente. recomendável Quase Afumaça é | Pulverização não 20-&.2 kmh calmo F inclinada. recomendável Es i e As folhas oscilam, Erisa Ideal para 3,2-6,5kmh Sente-se o leve vento na face. pulverização movimento. de herbicidas E Vento Movimento de galhos. Impróprio para 9,6- 14,5 kmih Poeira e de z mento ue Paso Pocos oe | pulverização Ca A E secs slo. A Folhas e ramos E 65-9,6 kmh pd a, finos em constante | Evitar pulverização TAMANHO DE GOTA E QUALIDADE DA PULVERIZAÇÃO -Temp. (oC) e UR (%), atuam diretamente na evaporação da gota. UR > 55% (Terrestre) UR > 60% (Aviões) UR > 85% = ORVALHO 15 < ºC < 30º • Tempo de vida da gota (AMSDEN, 1962) t= tempo de “vida” da gota (s); d= diâmetro da gota (µm); ∆T = diferença de temperatura (ºC) entre os termômetros de bulbo seco e bulbo úmido de psicrômetro. TAMANHO DE GOTA E QUALIDADE DA PULVERIZAÇÃO TAMANHO DE GOTA E QUALIDADE DA PULVERIZAÇÃO • Tempo de vida da gota (AMSDEN, 1962) Momento de Aplicação + momento de aplicação é definido em função de: +vento, insolação, umidade relativa do ar e temperatura do solo »condições administrativas e logísticas da operação e equipamentos disponíveis »capacidade operacional da estrutura de campo (haídia), extensão da área tratada, nível tecnológico dos pulverizadores e conhecimento técnico dos responsáveis e operadores » A boa técnica não recomenda pulverização com gotas finas ou médias, umidade relativa < 50% e temperatura > 30º€ essas condições ocorrem em poucas horas do dia, assim é necessário o uso de gotas maiores velocidade do vento mais segura para se pulverizar é vento constante 3,2 a 6,5 km/h - brisa leve Y Y A distribuição da pulverização está relacionada com a uniformidade com que a mesma é projetada da máquina em direção ao alvo. Essa distribuição tem que ser analisada tanto no sentido longitudinal (linha de deslocamento do pulverizador) como no sentido transversal (ao longo da barra de pulverização). DISTRIBUIÇÃO, PULVERIZAÇÃO E UNIFORMIDADE DA APLICAÇÃO DISTRIBUIÇÃO, PULVERIZAÇÃO E UNIFORMIDADE DA APLICAÇÃO Papel hidrossensível Software e-Sprinkle -Bancadas de distribuição volumétrica -CV (Coeficiente de variação) -Verifica a uniformidade ao longo da barra; -Altura adequada das pontas; -Pressão adequada; -Distância adequada entre as pontas. DISTRIBUIÇÃO, PULVERIZAÇÃO E UNIFORMIDADE DA APLICAÇÃO DISTRIBUIÇÃO, PULVERIZAÇÃO E UNIFORMIDADE DA APLICAÇÃO ALTURAS MINIMAS DE PULVERIZAÇÃO REGOMENDADAS [em em) TIPOS ENGULO ESPAÇAMENTO ENTRE BICOS fcrj DE BICOS DB 75 100 TeeJei Comum, TuinJei NRº TeeJet XR, DG e TuínJei NR TeeJet KR, DG, Turbo, TJe Al 110º do so NR: FullJet 120º ag" GD TE FloodJet TH e TF To" E) Não recomendado. [“] Jalo com inchnação de 30º a 45º da verfical “3 Recomenda-se recobnimento de 5924 da cada Bdo Com relação à distribuição da pulverização no sentido longitudinal, isto é, ao longo do deslocamento do pulverizador, a uniformidade será conseguida com a manutenção de velocidade constante no trabalho. Isso é de capital importância, principalmente nos pulverizadores com sistemas de controle manual. DISTRIBUIÇÃO, PULVERIZAÇÃO E UNIFORMIDADE DA APLICAÇÃO
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