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Apostila de Leitura e Interpretação de Projetos - Aperfeiçoamento, Manuais, Projetos, Pesquisas de Urbanismo

fundamnetos do desenho técnico aplicado ao desenho projetivo

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2011

Compartilhado em 16/02/2011

deyne-bezerra-3
deyne-bezerra-3 🇧🇷

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Baixe Apostila de Leitura e Interpretação de Projetos - Aperfeiçoamento e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Urbanismo, somente na Docsity! L e i t u r a e I n t e r p r e t a ç ã o d e P r o j e t o s | 1 SE N A I – C ET C C RO SÁ RI A CA RR IÇ O CET EM CONSTRUÇÃO CIVIL ROSÁRIA CARRIÇO Leitura e Interpretação de projetos NATAL/RN 2011 L e i t u r a e I n t e r p r e t a ç ã o d e P r o j e t o s | 2 SE N A I – C ET C C RO SÁ R IA C AR RI ÇO Leitura e Interpretação de projetos L e i t u r a e I n t e r p r e t a ç ã o d e P r o j e t o s | 5 SE N A I – C ET C C RO SÁ R IA C AR RI ÇO SENAI – Departamento Regional do Rio Grande do Norte CETCCRC – Centro de Educação e Tecnologias em Construção Civil Rosária Carriço FICHA CATALOGRÁFICA Caldas, Deyne Bezerra SENAI – RN – Leitura e Interpretação de Projetos: Noções Sobre Projeto Arquitetônico – Noções Sobre Projeto Estrutural – Noções Sobre Projeto Hidráulico – Noções Sobre Projeto Sanitário. - Natal/RN, 2011. 63 p. Leitura e Interpretação de Projetos: Noções Sobre Projeto Arquitetônico – Noções Sobre Projeto Estrutural – Noções Sobre Projeto Hidráulico – Noções Sobre Projeto Sanitário SENAI – Departamento Regional do Rio Grande do Norte Av. Senador Salgado Filho, 2860 – 3° andar – Casa da Indústria - Lagoa Nova CEP: 59.075 - 900 – Natal/RN - Tel.: (84) 3204 – 6211 - Fax: (84) 3204 – 6209 www.rn.senai.br CETCCRC – Centro de Educação e Tecnologias em Construção Civil Rosária Carriço Rua Professor Antônio Trigueiro, 17 – Felipe Camarão – 59.074-100 – Natal/RN Tel.: (84) 3605 – 7116 / 3605 - 7339 Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte. L e i t u r a e I n t e r p r e t a ç ã o d e P r o j e t o s | 6 SE N A I – C ET C C RO SÁ R IA C AR RI ÇO “Só o conhecimento traz o poder.” Sigmund Freud L e i t u r a e I n t e r p r e t a ç ã o d e P r o j e t o s | 7 SE N A I – C ET C C RO SÁ R IA C AR RI ÇO A minha filha Giovanna Stephani. L e i t u r a e I n t e r p r e t a ç ã o d e P r o j e t o s | 10 SE N A I – C ET C C RO SÁ R IA C AR RI ÇO LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO L e i t u r a e I n t e r p r e t a ç ã o d e P r o j e t o s | 11 SE N A I – C ET C C RO SÁ R IA C AR RI ÇO A capacidade de elaborar projetos pode estar relacionada à facilidade que algumas pessoas apresentam em demonstrar algo que queira executar. Capacidade essa, que para muitos é chamada de “dom”. Independente dessa afinidade, os projetistas, em sua atividade, procuram fazer de seus projetos algo legível a todos que neles se debrucem para estudá-los. O estudo de projetos na Construção Civil é fundamental para a realização de qualquer atividade da área, pois nele está representado graficamente todo dimensionamento das diversas fases de uma obra, além de representar o objetivo almejado pelo cliente. A fidelidade ao projeto é o que se espera como resultado final das atividades realizadas para sua construção. É fundamental nesse processo de construção do conhecimento descobrir que muitos elementos são representados de forma padronizada para cada tipo de projeto, o que chamamos de simbologia gráfica. Seu prévio conhecimento tornará possível a completa compreensão do projeto, facilitando sua leitura. Como se pode perceber, para ler e interpretar projetos e dele extrair as ações necessárias ao desenvolvimento das fases da construção de uma obra não é necessário saber desenhar, mas sim ter prévio conhecimento da simbologia especifica do respectivo projeto e a finalidade para qual ele foi elaborado. Conhecimento esse acessível a todos que almejam trabalhar na área da Construção Civil. L e i t u r a e I n t e r p r e t a ç ã o d e P r o j e t o s | 12 SE N A I – C ET C C RO SÁ R IA C AR RI ÇO LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE PROJETOS UNIDADE I NOÇÕES SOBRE PROJETO ARQUITETÔNICO L e i t u r a e I n t e r p r e t a ç ã o d e P r o j e t o s | 15 SE N A I – C ET C C RO SÁ RI A CA RR IÇ O Imagem 03: Ilustração de uma régua tê. (fonte: MONTENEGRO, 1978, P. 04) Régua paralela Tem a mesma função da régua tê, porém é instalada com cordas fixadas nas extremidades da prancheta, permitindo seu deslizamento sobre a superfície. Imagem 04: Imagem de uma régua paralela. (fonte: www.trident.com.br) L e i t u r a e I n t e r p r e t a ç ã o d e P r o j e t o s | 16 SE N A I – C ET C C RO SÁ RI A CA RR IÇ O Imagem 05: Ilustração de uma régua paralela fixada na prancheta. (fonte: MONTENEGRO, ______, P. __) Esquadros São instrumentos, em sua grande maioria de plástico ou acrílico, utilizado para traçar retas, que podem ser perpendiculares às horizontais traçadas com a régua tê ou paralela. Podendo também ser, perpendiculares² às retas inclinadas, neste caso sem a utilização de régua. Existem dois tipos de esquadros, um menor em forma de um triângulo de 45º. E outro maior, em forma de triângulo retângulo³, cujos ângulos são de 30 e 60º. Imagem 06: Imagem de um par de esquadros técnicos. (fonte: www.trident.com.br) _______________________________________________________________________________________ 2 Retas perpendiculares, são linhas que se cruzam em um único ponto em comum, formando ângulos de 90º. Essas retas são fáceis de observar no assentamento de pisos cerâmicos, cujos trinchos desses pisos formam esses ângulos em suas extremidades. 3 Triangulo cujo um de seus vértices forma um ângulo de 90º. L e i t u r a e I n t e r p r e t a ç ã o d e P r o j e t o s | 17 SE N A I – C ET C C RO SÁ RI A CA RR IÇ O Compasso É o instrumento que serve para traçar circunferências ou arcos de circunferências. É utilizado da seguinte maneira: aberto, com o raio desejado, fixa-se a ponta seca no centro da circunferência a traçar e segurando-se o compasso pela parte superior com os dedos indicador e polegar, imprimi-se ao mesmo, um movimento de rotação até completar a circunferência. Imagem 07: Imagem de um compasso técnico de precisão. (fonte: BEZERRA, 2010) Escalímetro É uma espécie de régua graduada em formato triangular bastante utilizada, que traz consigo seis escalas de medição diferentes. No mercado existem vários padrões de escalímetro, variando de acordo com o tipo de escala. O mais usual é o que traz as escalas de 1:20 (lê-se: "um para vinte"); 1:25; 1:50; 1:75; 1:100 e 1:125 (também pode ser representada da seguinte forma: 1/20; 1/25; 1/50; 1/75; 1/100 e 1/125). Imagem 08: Imagem de escalímetros de padrões diferentes. (fonte: www.trident.com.br) L e i t u r a e I n t e r p r e t a ç ã o d e P r o j e t o s | 20 SE N A I – C ET C C RO SÁ R IA C AR RI ÇO Exemplo 01:  Uma porta tem 80 cm de largura, como posso representar essa medida na escala de 1/5 no papel, utilizando uma régua? Escala 1/5 - cada 1 cm do desenho representa 5cm na largura da porta. Para desenhar nesta escala, divide-se por 5 a verdadeira grandeza das medidas. Então podemos estabelecer a seguinte relação: 1/5 = D/R. Onde; D= uma medida no desenho a ser calculada. R= a mesma medida feita no objeto (a medida real) = 80 cm. Vamos lá; 1/5 = D/80 D = 80/5 D = 16 cm Conclusão: A porta de 80 cm de largura vai ser representada com 16 cm na escala de 1/5, no papel. EXEMPLO 02:  Um terreno tem 10 m de frente, qual medida pode representar essa dimensão no papel, na escala de 1/50? Representar em escala uma grandeza de 10 metros na escala 1/50, é desenhar essa medida cinqüenta vezes menor do que sua medida real. Vamos estabelecer a seguinte relação: 1/50 = D/R. Onde; D= uma medida no desenho a ser calculada. R= a mesma medida feita no terreno (a medida real) = 10 m. Vamos lá; 1/50 = D/10 A fórmula é nada mais do que uma regra de três simples, que se aprende no ensino fundamental. L e i t u r a e I n t e r p r e t a ç ã o d e P r o j e t o s | 21 SE N A I – C ET C C RO SÁ RI A CA RR IÇ O D = 10/50 D = 0,2 m Só para lembrar: 1 m = 100 cm, logo; 0,2 m = 20 cm. Conclusão: Um terreno de 10 m de frente vai ser representado na escala de 1/50 no papel, com 20 cm. A escala vai representar a relação de verdadeira grandeza das dimensões, seja de peças mecânicas ou de medidas de terreno, prédio ou ambiente na construção civil. Imagem 11: Ilustração da redução em escala de uma casa. (fonte: FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS, _____, p. 06) VAMOS PENSAR: “Foi visto nos exemplos anteriores, a maneira de se calcular a representação de uma medida no desenho utilizando-se para tanto de uma escala previamente estabelecida e régua. Porém, é possível com a mesma fórmula estudada, calcular medidas reais, tendo suas medidas desenhadas em escala num papel. Ou seja, o processo inverso dos cálculos realizados acima. Sugeri-se que o aluno calcule a medidas reais de um terreno, desenhado na escala de 1/50, que mediu na régua 15 cm de largura, por 30 cm de comprimento?” Observe que a resposta foi dada na mesma unidade de medida da pergunta do problema, em metros (m). Sendo necessário, para a utilização da régua, transformar essa unidade em centímetros (cm). L e i t u r a e I n t e r p r e t a ç ã o d e P r o j e t o s | 22 SE N A I – C ET C C RO SÁ RI A CA RR IÇ O COTAS São os números que representam às dimensões do que está sendo representado pelo desenho. Qualquer que seja a escala do desenho, as cotas significam a verdadeira grandeza das dimensões. Regras básicas:  As cotas devem ser escritas na posição horizontal, de modo que permita a leitura com o desenho na posição normal e o observador a sua direita;  Os algarismos devem ser colocados acima da linha de cota, quando esta for contínua;  Todas as cotas de um desenho devem estar na mesma unidade de medida;  Uma cota na deve ser cruzada por uma linha do desenho;  As linhas de cota são desenhadas paralelas à direção da medida;  Passar as linhas de cota de preferência fora da área do desenho;  Evitar a repetição de cotas;  O valor das cotas prevalece sobre as medidas calculadas tendo como base o desenho. Imagem 12: Ilustração que exemplifica algumas formas corretas de cotar. (fonte: MONTENEGRO, 1978, p. 37) L e i t u r a e I n t e r p r e t a ç ã o d e P r o j e t o s | 25 SE N A I – C ET C C RO SÁ RI A CA RR IÇ O Imagem 18: Ilustração do rebatimento das vistas de uma casa num plano. (fonte: MONTENEGRO, 1978, p. 43) Imagem 19: Ilustração das vistas de uma casa. (fonte: MONTENEGRO, 1978, p. 40) O conhecimento das projeções ortogonais auxilia a compreensão do projetista na elaboração de desenhos, auxiliando-o na construção mental do projeto e o materializando num papel. L e i t u r a e I n t e r p r e t a ç ã o d e P r o j e t o s | 26 SE N A I – C ET C C RO SÁ RI A CA RR IÇ O TIPOLOGIA DE TRAÇOS A compreensão de um projeto (ou desenho), esta relacionada intimamente aos traços que o compõem. Cada tipo de linha vai passar uma informação ao leitor que o auxiliará na correta interpretação do desenho. Saber reconhecer, portanto, cada tipo de linha é uma atividade indispensável ao profissional da construção civil, pois ela trará informações importantes para execução de um projeto. Existe um padrão utilizado pelo desenho técnico em relação às espessuras e os tipos de traços. Estes devem ser:  Linha contínua e traço grosso: Devem ser utilizados nas partes interceptadas pelos planos de corte (planta baixa, cortes transversais e longitudinais), nas partes que se encontram mais próxima do observador.  Linha contínua e traço mais suave: Nas partes mais distantes do primeiro plano. Nas linhas paralelas e pouco afastadas entre si.  Linha tracejada e traço suave: Nas projeções das coberturas, no contorno das paredes quando oculto pela cobertura ou quando o plano representado está acima ou abaixo do plano de corte que deu origem a planta baixa.  Linha traço e ponto e traço suave: Na projeção da caixa d’água, quando representada na planta baixa e nas linhas utilizadas como eixos.  Linha de ruptura ou zig-zag e traço suave: Secciona parte de um projeto, limitando sua área de representação. Seja para mostrar detalhadamente ou restringir uma área pré-determinada. Imagem 20: Ilustração dos tipos de linhas utilizados na arquitetura. (fonte: ARRUDA, 2004, p. 09) L e i t u r a e I n t e r p r e t a ç ã o d e P r o j e t o s | 27 SE N A I – C ET C C RO SÁ R IA C AR RI ÇO O PROJETO ARQUITETÔNICO O projeto arquitetônico pode ser entendido como sendo o elemento de registro gráfico e comunicação das características da obra pretendida, contribuindo para a sua real materialização. Para melhor compreender o assunto, convém estudarmos inicialmente a definição do que seja Arquitetura, projeto esse que tanto se falou até agora. Segundo o Dicionário Aurélio, Arquitetura é "arte de edificar”. A arquitetura esta relacionada à arte de projetar e edificar ambientes habitados pelo ser humano (http://www.pt.wikipedia.org/wiki/Arquitetura). Normalmente a arquitetura esta relacionada à arte, porém esta intimamente ligada à técnica, uma vez que, utiliza-se de meios padronizados e regulamentados na construção de desenhos a serem interpretados por terceiros. Dessa forma, arquitetura pode ser encarada como arte ou ciência que tem por finalidade a criação de espaços para uso como residência, comércio, artes etc. (http://pt.wiktionary.org/wiki/arquitetura), levando-se em conta critérios como funcionalidade, conforto e estética. Respeitando normas, materiais e técnicas utilizados para criar o espaço. O projeto arquitetônico deve ser constituído por algumas representações gráficas, tais como: planta de situação, planta de locação, planta de cobertura, planta baixa, cortes (transversal e longitudinal), fachadas, detalhes técnicos e perspectivas. Planta de situação É a representação gráfica do projeto arquitetônico que indica as dimensões do terreno (lote), a quadra, lotes vizinhos, orientação magnética (norte geográfico), ruas de acesso e opcionalmente pontos de referência. Essa representação vai localizar o terreno dentro de um perímetro urbano ou até mesmo rural, facilitando sua identificação junto aos órgãos públicos competentes na regularização e fiscalização da obra. Os dados fornecidos numa planta de situação devem necessariamente esta em acordo com a escritura pública do terreno, oficializando junto aos órgãos públicos o título de propriedade daquela área. A Planta de Situação abrange uma área relativamente grande, por isso, normalmente é desenhado em escalas pequenas, ex.: 1/500, 1/750, 1/1000, 1/2000 etc. L e i t u r a e I n t e r p r e t a ç ã o d e P r o j e t o s | 30 SE N A I – C ET C C RO SÁ RI A CA RR IÇ O Planta baixa Desenho que representa graficamente a projeção horizontal de uma edificação ou partes dela. Pode-se entender como sendo a seção horizontal resultante da intersecção de um plano de nível acima e paralelo do piso (normalmente a 1,50 m) em uma edificação, representando consigo portas, janelas, peças sanitárias, chuveiro e opcionalmente mobiliário de ambientação interna. As escalas mais usuais são: 1/50 e 1/75. Para que fique bem claro, basta imaginar uma superfície plana, cortando uma casa ao meio e retirando a parte superior, nesse plano ficaria desenhado o contorno das paredes, portas e janelas. Estaria representada ali a planta baixa dessa casa. Imagem 24: Imagem que ilustra o plano cortando uma casa ao meio. (fonte: MONTENEGRO, 1978, p. 48) Imagem 25: Imagem que ilustra a retirada da parte superior da casa, destacando as seções das paredes, postas e janelas. (fonte: MONTENEGRO, 1978, p. 48) L e i t u r a e I n t e r p r e t a ç ã o d e P r o j e t o s | 31 SE N A I – C ET C C RO SÁ RI A CA RR IÇ O Imagem 26: Imagem que ilustra a representação em planta baixa da casa, destacando as seções das paredes, postas e janelas. (fonte: MONTENEGRO, 1978, p. 49) Cortes Desenho que representa graficamente a projeção de uma seção vertical (ou plano) em uma edificação. Utilizado para representar detalhes que não aparece em planta baixa; indica seu pé-direito, altura de elementos construtivos, vistas de elementos estruturais, altura de portas e janelas, cobertura, bancadas etc. Seu objetivo é esclarecer o observador do projeto através de planos de interseção longitudinal e transversal, dando uma terceira dimensão a leitura e interpretação do projeto. Sua indicação vem representada em planta baixa por uma linha do tipo; traço e ponto ou tracejada. As escalas mais usuais são: 1/50 e 1/75. Gildo A. Montenegro, recomenda que a identificação dos cortes numa planta, seja feita por letras consecutivas. Evitando assim, equívocos que poderiam acontecer em indicações do tipo AA’ e BB’ (MONTENEGRO, 1978, p. 50). A escolha da seção de corte numa planta baixa pode ser influenciada por uma série de fatores, dependendo do grau de detalhes que o arquiteto pretenda demonstrar. Porém, recomenda-se que pelo menos um dos cortes passe pelo banheiro, visualizando o sanitário, lavatório e chuveiro. Existindo pavimento superior, a posição do corte deve passar pela escada, mostrando detalhes dos degraus e as alturas de seus espelhos. 5 Diz-se espelho a seção vertical de um degrau, sua altura. Piso, a seção horizontal do degrau onde apoiamos o pé. 5 L e i t u r a e I n t e r p r e t a ç ã o d e P r o j e t o s | 32 SE N A I – C ET C C RO SÁ RI A CA RR IÇ O Imagem 27: Imagem que ilustra a representação de uma interseção, cortando uma casa no sentido transversal, destacando as seções das paredes, postas e janelas. (fonte: MONTENEGRO, 1978, p. 50) Imagem 28: Ilustração de corte longitudinal que passa pela escada e banheiro. (fonte: BEZERRA, 2010) L e i t u r a e I n t e r p r e t a ç ã o d e P r o j e t o s | 35 SE N A I – C ET C C RO SÁ RI A CA RR IÇ O Detalhes técnicos Desenho que representa graficamente detalhes construtivos de um ambiente específico ou de algum elemento estrutural do edifício que por qualquer motivo que seja não seria possível representá-la com precisão nas plantas e cortes. Pode ser detalhe interno ou externo ao prédio. Imagem 33: Ilustração de detalhe técnico de montagem de laje. (fonte: BEZERRA, 2010) L e i t u r a e I n t e r p r e t a ç ã o d e P r o j e t o s | 36 SE N A I – C ET C C RO SÁ RI A CA RR IÇ O Imagem 34: Ilustração de detalhe técnico de banco de área de lazer. (fonte: BEZERRA, 2010) Imagem 35: Ilustração de detalhe técnico da instalação de um aparelho sanitário adaptado a portadores de necessidades especiais. (fonte: BEZERRA, 2010) L e i t u r a e I n t e r p r e t a ç ã o d e P r o j e t o s | 37 SE N A I – C ET C C RO SÁ RI A CA RR IÇ O Imagem 36: Ilustração de detalhe técnico do cornijamento das torres de pórtico de entrada. (fonte: BEZERRA, 2010) Perspectiva Desenho que possibilita graficamente a representação tridimensional de um edifício ou de ambientes internos a ele. Auxilia o observador na correta interpretação do projeto de arquitetura. Seu uso, apesar de facultativo, é de extrema importância na hora de se vender o projeto. A principal função da perspectiva é quebrar a expectativa em relação à obra finalizada. Representando sua ilustração gráfica antes mesmo de iniciar os trabalhos para sua execução. Não há uma definição a respeito da escala utilizada, pois, sua indicação vai depender de inúmeros fatores que possibilitam uma visão ampliada do prédio, casa etc. Atualmente, nas grandes construtoras, procuram-se a elaboração de maquetes físicas ou eletrônicas, em substituição as perspectivas ilustradas em um plano (papel), cujo objetivo é atrair a atenção pública ao lançamento de um empreendimento. Esse recurso possibilita dar aos clientes uma maior interação em relação ao projeto, tornando possível uma visão panorâmica do empreendimento. Modernamente as maquetes são produzidas com tecnologias só vistas em filme de ficção cientifica, as chamadas “maquetes holográficas”, construídas a partir de feixes de luzes sobre uma fina placa metálica, dando uma maior interatividade com o observador que a manipula conforme sua necessidade. Em termos didáticos representa o futuro da atividade de representação e de leitura e interpretação de projetos. L e i t u r a e I n t e r p r e t a ç ã o d e P r o j e t o s | 40 SE N A I – C ET C C RO SÁ R IA C AR RI ÇO LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE PROJETOS UNIDADE II NOÇÕES SOBRE PROJETO HIDRÁULICO L e i t u r a e I n t e r p r e t a ç ã o d e P r o j e t o s | 41 SE N A I – C ET C C RO SÁ RI A CA RR IÇ O Foram apresentadas as noções básicas para interpretar o projeto arquitetônico, as informações trazidas por ele e os elementos gráficos que o compõem para sua total compreensão. A partir desta unidade estudaremos dois dos principais projetos complementares ao arquitetônico, a saber; hidráulico e sanitário. As prescrições relativas de águas frias seguem fundamentalmente a Norma Brasileira NBR 5626 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e o conhecimento dessa terminologia e das especificações desta norma constituem-se o objetivo deste curso. A utilização de água fria potável constitui fator indispensável para o atendimento das mais elementares condições de habitabilidade, higiene e conforto na ocupação de prédios. Toda habitação, por mais simples que seja, deve possuir um sistema de abastecimento de água. Na cidade espanhola de Segóvia, por exemplo, há ainda em funcionamento um aqueduto de mais de 13 km de extensão, atravessando um rio a 32 m de altura, construído na época de Cristo, durante os séculos I e II, no reinado dos imperadores romanos Vespasiano e Trajano, com 167 arcos (79 singelos e 88 dobrados) sendo utilizados aproximadamente 35.000 blocos de granito para sua construção. Imagem 41: Visão panorâmica do Aqueduto de Segóvia na Espanha. (fonte: http://oglobo.globo.com) Instalações de água fria são o conjunto de tubulação, reservatório e dispositivos, existentes a partir do ramal predial, destinado ao abastecimento dos pontos de utilização L e i t u r a e I n t e r p r e t a ç ã o d e P r o j e t o s | 42 SE N A I – C ET C C RO SÁ R IA C AR RI ÇO de água do prédio com quantidade suficiente, mantendo a qualidade da água fornecida pelo sistema (CABRAL, 1999, p. 02). Projeto de instalações de água fria é o conjunto de plantas destinado a orientar as instalações das tubulações garantindo a qualidade, quantidade, conforto e a higiene das instalações. OBJETIVOS DA INSTALAÇÃO PREDIAL DE ÁGUA FRIA A norma NBR 5626 prescreve os requisitos técnicos mínimos para a instalação predial de águas frias, sendo projetada e construída de modo a garantir o fornecimento da água de forma contínua, em quantidade suficiente, pressão e velocidade adequada ao bom funcionamento das peças de utilização do sistema de tubulação de águas frias. A norma objetiva também, preservar ao máximo o conforto dos usuários, assegurando o bom funcionamento das instalações, evitando vazamentos e ruídos nas canalizações, preservando a qualidade da água fornecida pelas concessionárias locais. ETAPAS DO PROJETO Consideram-se três etapas básicas na realização de um projeto de instalações prediais de água fria: Concepção do projeto (representação gráfica), determinação de vazão e dimensionamento. A concepção é a etapa mais importante do projeto e é nesta fase que se definem; o tipo de prédio e sua utilização, sua capacidade atual e futura, o tipo de sistema de abastecimento, os pontos de utilização, o sistema de distribuição, a localização dos reservatórios, canalizações e aparelhos (MATOS, 2002, p 02). Na elaboração de projetos de instalações prediais de água fria (suas representações gráficas), o projetista deve ter o cuidado de estudar as interdependências das diversas partes do sistema visando proporcionar um melhor abastecimento aos pontos de consumo, dentro da melhor técnica e economia possível. Sucintamente, um projeto completo de hidráulica deve constar:  Representações gráficas; plantas baixas, cortes, detalhes técnicos e perspectivas, com dimensionamento e traçados dos condutores (tubulação) a cada trecho do prédio. L e i t u r a e I n t e r p r e t a ç ã o d e P r o j e t o s | 45 SE N A I – C ET C C RO SÁ RI A CA RR IÇ O As águas são tratadas nas Estações de Tratamento de Água (ETAs) de onde são direcionadas as redes de abastecimento de água que compreendem as adutoras, as linhas alimentadoras e as linhas distribuidoras. Cabe as adutoras conduzir a água dos mananciais às estações de tratamento e dessas aos reservatórios principais, estabelecendo a intercomunicação entre eles. Nas linhas alimentadoras vai ocorrer o abastecimento dos reservatórios secundários e das linhas de distribuição, cuja função é fornecer água as derivações para o abastecimento de cada prédio. SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO Normalmente encontramos nas cidades a alimentação das redes de distribuição predial sendo alimentadas por redes públicas de fornecimento de água. Porém, podemos encontrar a alimentação predial realizada por sistemas particulares como, por exemplo, nascentes e poços. Sendo, no entanto, garantida sua potabilidade por exames realizados em laboratório. De acordo, com a existência ou não de separação entre a rede pública e a rede interna, podemos classificar os sistemas de abastecimento em: Sistema de distribuição direta A alimentação da rede interna de distribuição ocorre diretamente pelo alimentador ou ramal predial. Requerendo um sistema de distribuição pública de água muito eficiente, pois exige continuidade e abundância no abastecimento, mas comum nos países mais desenvolvido (ex.: Canadá, EUA, parte da Europa etc.). Imagem 44: Ilustração que exemplifica um sistema de distribuição direta de água. (fonte: www.fag.edu.br) L e i t u r a e I n t e r p r e t a ç ã o d e P r o j e t o s | 46 SE N A I – C ET C C RO SÁ RI A CA RR IÇ O Sistema indireto de distribuição A alimentação nesse sistema exige o uso de reservatórios de acumulação de água, para ate atender às eventuais falhas (interrupções) no fornecimento ou quando não há pressão adequada na rede pública para abastecer os pontos de utilização. Esse sistema é sub-classificado em sistema indireto de distribuição sem recalque, com recalque e hidropneumática. Imagem 45: Ilustração que exemplifica um sistema indireto de distribuição de água. (fonte: www.fag.edu.br) Sistema de distribuição mista É a associação do sistema direto e indireto de distribuição, onde parte dos pontos de utilização é alimentada diretamente pela rede pública de distribuição de água e parte é alimentada por um reservatório superior. Imagem 46: Ilustração que exemplifica um sistema de distribuição mista. (fonte: www.fag.edu.br) L e i t u r a e I n t e r p r e t a ç ã o d e P r o j e t o s | 47 SE N A I – C ET C C RO SÁ R IA C AR RI ÇO TERMINOLOGIA Alimentador predial – tubulação compreendida entre o ramal predial e a primeira derivação ou válvula de flutuador do reservatório. Barrilete – conjunto de tubulações que se origina no reservatório e do qual se derivam as colunas de distribuição. Coluna de distribuição – tubulação derivada do barrilete e destinada a alimentar os ramais. Peça de utilização – dispositivo ligado a um sub-ramal para permitir a utilização da água. Ponto de utilização – extremidade de jusante do sub-ramal. Ramal – tubulação derivada da coluna de distribuição e destinada a alimentar os sub- ramais. Ramal predial – tubulação compreendida entre a rede pública de abastecimento e a instalação predial. O limite entre no ramal predial e o alimentador predial deve ser definido pelo regulamento das concessionárias locais de distribuição de água (ex.: CAERN). Rede predial de distribuição – conjunto de tubulações constituído de barriletes, colunas de distribuição, ramais e sub-ramais, ou de alguns destes elementos. Registro de gaveta – registro instalado em uma tubulação para permitir a interrupção de passagem de água. Registro de pressão – registro instalado no sub-ramal, ou no ponto de utilização, destinado ao fechamento ou regulagem da vazão de água a ser utilizada. Regulador de vazão – aparelho intercalado numa tubulação para manter constante sua vazão, qualquer que seja a pressão a montante. Reservatório inferior – reservatório intercalado entre o alimentador predial e a instalação elevatória, destinado a reservar água e a funcionar como poço de sucção da instalação elevatória Reservatório superior – reservatório ligado ao alimentador predial ou a tubulação de recalque, destinado a alimentar a rede predial de distribuição. Sistema de abastecimento – rede pública ou qualquer sistema particular de água que abasteça a instalação predial. Sub-ramal – tubulação que liga o ramal à peça de utilização ou à ligação do aparelho sanitário. L e i t u r a e I n t e r p r e t a ç ã o d e P r o j e t o s | 50 SE N A I – C ET C C RO SÁ R IA C AR RI ÇO As prescrições relativas às instalações prediais de esgotos sanitários vão variar em nosso país conforme as municipalidades, seguindo a realidade regionalizada em cada canto do Brasil. Porém, essas estão em consonância com a Norma Brasileira NB – 19/83, registrada no INMETRO sob o nº NBR – 8160/1983. Essa norma vai fixar as condições técnicas mínimas exigíveis para o projeto e a execução das referidas instalações. Existem alguns regulamentos que acrescentam subsídios importantes, referindo-se a casos e situações não previstas pela norma. Contribuindo de maneira substancial no campo das definições e especificações de materiais, orientando a respeito da execução de serviços e ensaios para o recebimento das instalações. SISTEMAS PÚBLICOS DE COLETA DE ESGOTO SANITÁRIO Os esgotos prediais são, ou deveriam ser lançados na rede de esgotos da cidade. Esta rede, que toda cidade possui ou almejar possuir, pode ser realizada segundo um dos seguintes sistemas (MACINTYRE, 1996, p. 136); sistema unitário, sistema separador absoluto e o sistema misto ou separador combinado. Façamos uma breve explanação a respeito de cada sistema: Sistema unitário Nesse sistema as águas residuárias e as águas de infiltração são conduzidas numa mesma canalização ou galeria, também conhecido sob a denominação francesa tout-à- l’egout. Comum em países mais desenvolvido como Estados Unidos e boa parte da Europa. Sistema separador absoluto Existem duas redes públicas, inteiramente independentes, uma para águas pluviais e outra somente para águas residuárias e de infiltração. É o sistema adotado no Brasil, pois apresenta vantagens em relação ao sistema unitário, como menor diâmetro das canalizações e menor custo com elevatórias e estações tratamento. L e i t u r a e I n t e r p r e t a ç ã o d e P r o j e t o s | 51 SE N A I – C ET C C RO SÁ RI A CA RR IÇ O Sistema misto A água de esgotos tem canalização própria, mas essas estão instaladas dentro das galerias de águas pluviais. Esse sistema era conhecido como sistema parcial ou inglês, comum também em várias cidades dos estados Unidos. Imagem 49: Ilustração que mostra a toca das tartarugas ninjas. Elas só sobrevivem no sistema de esgoto das ruas porque o sistema de coleta pública é do tipo misto. (fonte: http://jogosonline.clickgratis.com.br) TERMINOLOGIA A terminologia aqui adotada segue a NBR – 8160/83. Vejamos algumas delas.  Altura e fecho hídrico (H): É a profundidade da camada líquida, medida entre o nível de saída do desconector e o ponto mais baixo da parede ou colo inferior que separa os compartimentos ou ramos de entrada e saída do aparelho. Imagem 50: Ilustração de um tipo de fecho hídrico. (fonte: MACINTYRE, 1996, p. 137) L e i t u r a e I n t e r p r e t a ç ã o d e P r o j e t o s | 52 SE N A I – C ET C C RO SÁ R IA C AR RI ÇO  Águas residuárias: São líquidos residuais ou efluentes de esgotos, que compreendem as águas residuárias domésticas, a águas residuárias industriais e as águas de infiltração.  Águas residuárias domésticas: Compreendem os despejos líquidos das habitações (residências), prédios ou estabelecimentos comerciais etc.  Águas servidas: São as resultantes de operações de lavagem e limpeza de cozinhas, banheiros e tanques.  Águas de infiltração: É representado pela parcela das águas do subsolo que penetra nas canalizações de esgotos na falta de estanqueidade das mesmas. OBJETIVOS DE UMA INSTALAÇÃO PREDIAL DE ESGOTO SANITÁRIO As instalações prediais de esgoto sanitário têm, por objetivo principal, a coleta e o afastamento das águas servidas, cuja origem é os aparelhos sanitários e os pisos internos das edificações, bem como o seu encaminhamento ao destino indicado pelo poder público competente (MATOS, 2002, p. 56). Podem-se dar duas destinações aos esgotos sanitários, encaminha-o a rede coletora pública ou a um sistema particular de recebimento e pré-tratamento. O primeiro destino é uma situação ideal nos centros urbanos e a segunda é a solução encontrada nas regiões que não dispõem de saneamento básico. Resumidamente, as instalações prediais de esgotos sanitários devem ser projetadas e executadas de modo a:  Promover o esgotamento eficiente dos aparelhos sanitários e pisos.  Promover o afastamento rápido e seguro das águas servidas.  Impedir o acesso de odores, insetos e animais das canalizações para o interior dos edifícios.  Permitir a ventilação continua da rede pública coletora de esgotos, ou do sistema particular que os recebe.  Permitir a inspeção e desobstrução da rede.  Impedir a contaminação da água de consumo humano e gêneros alimentícios. L e i t u r a e I n t e r p r e t a ç ã o d e P r o j e t o s | 55 SE N A I – C ET C C RO SÁ RI A CA RR IÇ O  Especificações técnicas e normas para a sua aplicação.  Orçamento, compreendendo o quantitativo (levantamento de quantidades) e os preços unitários e globais da obra a ser executada. Imagem 53: Detalhe de vistas da instalação de um vaso sanitário. (fonte: desconhecido) SISTEMA DE ESGOTO PRIMÁRIO, SECUNDÁRIO E VENTILAÇÃO As instalações prediais de esgotos sanitários podem ser divididas em duas seções, caracterizadas da seguinte forma: Instalação de esgoto primário é seção conectada ao coletor público, compreendendo as tubulações, dispositivos e aparelhos sanitários que contêm gases provenientes desse coletor (ou de uma fossa séptica), tais como coletor predial, subcoletores, ramais de esgotos, ramais de descarga, tubos de queda, tubos ventiladores primários, coluna de ventilação e tubos ventiladores, caixas de inspeção, caixas retentoras de gorduras, caixas sifonadas, sifões, vasos sanitários e demais conectores (MACINTYRE, 1996, p. 189). L e i t u r a e I n t e r p r e t a ç ã o d e P r o j e t o s | 56 SE N A I – C ET C C RO SÁ RI A CA RR IÇ O A instalação de esgoto secundário é o trecho de seção desconectado do coletor público (ou de uma fossa séptica), compreendendo as canalizações, dispositivos e aparelhos sanitários que não tem gases provenientes desse coletor. Ou seja, é a parte do esgoto que não esta em contato com os gases originados do coletor público ou de uma fossa séptica. A NBR 8160/83 estabelece: “as instalações primárias de esgoto devem ser dotadas de ventilação, a fim de evitar a ruptura do fecho hídrico dos desconectores por aspirações ou compressão e também para que os gases emanados dos coletores sejam encaminhados para a atmosfera”. Portanto, a ventilação é um item obrigatório na instalação sanitária de um prédio, sendo um elemento de proteção do sistema, permitindo a troca entre os gases originado dos coletores com a atmosfera. Imagem 54: Perspectiva de uma instalação sanitária padrão de um banheiro. (fonte: SOARES,_____, p. 14) L e i t u r a e I n t e r p r e t a ç ã o d e P r o j e t o s | 57 SE N A I – C ET C C RO SÁ R IA C AR RI ÇO DEFINIÇÕES Ramal de descarga – tubulação que recebe diretamente efluentes de um aparelho sanitário. Ramal de esgoto – tubulação que recebe efluentes de ramais de descarga. Subcoletor – tubulação que recebe efluentes de um ou mais tubos de queda ou ramais de esgoto. Coletor predial – trecho de tubulação compreendido entre a última inserção de subcoletor, ramal de esgoto ou de descarga e o coletor público ou sistema particular. Fossa séptica – unidade de sedimentação e digestão, de fluxo horizontal e funcionamento contínuo, destinada ao tratamento primário do esgoto sanitário. Sumidouro – cavidade destinada a receber o efluente de dispositivo de tratamento e a permitir sua infiltração no solo. Fecho hídrico – camada líquida que em um desconector, veda a passagem de gases. Desconector – dispositivo provido de fecho hídrico destinado a vedar a passagem de gases. Sifão – desconector destinado a receber efluentes de instalação de esgoto sanitário. Tubo ventilador – tubo destinado a possibilitar a troca do ar da instalação do esgoto para a atmosfera e vice-versa. Coluna de ventilação – tubo ventilador vertical que se desenvolve através de um ou mais andares e cuja extremidade superior é aberta para a atmosfera ou ligada a um tubo ventilador primário ou barrilete de ventilação. Caixa sifonada – caixa dotada de fecho hídrico destinada a receber efluentes da instalação secundária de esgoto. Caixa de inspeção – caixa destinada a permitir a inspeção, limpeza e desobstrução das tubulações. Caixa retentora de gordura – dispositivo projetado e instalado para separar e reter a gordura da rede de esgoto sanitário. Instalação primária de esgoto – conjunto de tubulações e dispositivos onde tem acesso gases provenientes do coletor público ou dos dispositivos de tratamento. Instalação secundária de esgoto – conjunto de tubulações e dispositivos onde não tem acesso gases provenientes do coletor público ou dos dispositivos de tratamento. L e i t u r a e I n t e r p r e t a ç ã o d e P r o j e t o s | 60 SE N A I – C ET C C RO SÁ RI A CA RR IÇ O Imagem 58: Ilustração da simbologia de colunas de um projeto sanitário. (MACINTYRE, 1996, p. 164) Imagem 59: Ilustração de uma fossa séptica. (fonte: desconhecido) L e i t u r a e I n t e r p r e t a ç ã o d e P r o j e t o s | 61 SE N A I – C ET C C RO SÁ RI A CA RR IÇ O Imagem 60: Ilustração de tubos e conexões de PVC. (MACINTYRE, 1996, p. 177) L e i t u r a e I n t e r p r e t a ç ã o d e P r o j e t o s | 62 SE N A I – C ET C C RO SÁ R IA C AR RI ÇO REFERÊNCIAS ARAÚJO, Luís Otávio Cocito de, FREIRE, Tomás Mesquita. Tecnologia e Gestão de Sistemas Construtivos de Edifícios: Apostila da Disciplina Tecnologia de Produção de Edificações em Concreto Armado. São Paulo: Universidade Federal de São Carlos, Pró- Reitoria de Extensão, Departamento de Engenharia Civil. 2004. NEGRISOLI, Manoel Eduardo Miranda. Instalações Elétricas: Projetos prediais em baixa tensão. São Paulo: Editora Edgard Blucher LTDA, 2002. CABRAL, José Ribamar de Araújo. Instalações Prediais: Instalações Elétricas. Natal: Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do Norte – CEFET/RN, Departamento de Desenvolvimento do Ensino, Coordenação de Construção Civil, 1999. MACINTYRE, Archibald Joseph. Instalações Hidráulicas: Prediais e Industriais. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora, 1996. MATOS, Antônio Carlos. Instalações de Água Fria. Natal: Universidade Potiguar – UnP, Departamento de Engenharia e Ciências Exatas, Curso de Arquitetura e Urbanismo, 2002. ALBERNAZ, Maria Paula, LIMA, Cecília Modesto. Dicionário Ilustrado de Arquitetura. São Paulo: ProEditores, 2000. JÚNIOR, Roberto de Carvalho. Instalações Hidráulicas e o Projeto de Arquitetura. 2ª edição. São Paulo: Editora Edgard Blucher LTDA, 2008. SOARES, Doralice Ap. Favaro. Sistemas Prediais de Esgotos Sanitários: NBR – 8160/99. 717 – T01 e 05 – projetos.________. MONTENEGRO, Gildo A. Desenho Arquitetônico. São Paulo: Editora Edgard Blucher LTDA, 2001. ARRUDA, Carlos Kleber da Costa. Apostila de Desenho Técnico Básico. Niterói: Universidade Candido Mendes, Coordenação de Engenharia da Produção, 2004.
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