Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Rede de Distribuição, Notas de estudo de Engenharia Civil

Rede de Distribuição

Tipologia: Notas de estudo

2011

Compartilhado em 02/02/2011

hildner-de-lima-10
hildner-de-lima-10 🇧🇷

4.8

(47)

14 documentos

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Rede de Distribuição e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Civil, somente na Docsity! 8. Rede de distribuição (NB - 594 / 77) 8.1. Generalidades entende-se por rede de distribuição o conjunto de peças especiais destinadas a conduzir a água até os pontos de tomada das instalações prediais, ou os pontos de consumo público, sempre de forma contínua e segura. Destacam-se as tubulações - troncos, mestras ou principais, alimentadas diretamente pelo reservatório de montante (figura a.) ou pela adutora em conjunto com o reservatório de jusante (figura b.), das quais partem as tubulações que se distribuem pelas diversas artérias da cidade. Rede de Distribuição Tubulão Secundário Adutora Tubulação Tronco Reservatório de Montante Rede de Distribuição Adutora Reservatório de Jusante Tubulação Tronco Tubulação Secundária a. Rede servida por reservatório de montante. b. Rede servida por reservatório de jusante. As redes são consideradas pelo sentido de escoamento da água nas tubulações secundárias (ramificadas ou malhadas). Podem distribuir exclusivamente potável (rede única) ou também água imprópria para beber (rede dupla). Podem situar-se em níveis diferentes nas cidades acidentadas, bem como possuir duas tubulações nas ruas largas ou tráfego intenso. 8.2. Traçado dos condutosF 0A E na rede de distribuição distinguem-se dois tipos de condutos: 1) Condutos principaisF 0A E também chamados tronco ou mestres, são as canalizações de maior diâmetro, responsáveis pela alimentação dos condutos secundários. A eles interessa, portanto, o abastecimento de extensas áreas da cidade. 2) Condutos secundáriosF 0A E de maior diâmetro, são os que estão intimamente em contato com os prédios a abastecer e cuja alimentação depende diretamente deles. A área servida por um conduto desse tipo é restrita e está nas suas vizinhanças. Obs.: O traçado dos condutores principais deve tomar em consideração: ruas sem pavimentação; ruas com pavimentação menos onerosa; ruas de menor intensidade de trânsito; proximidade de grandes consumidores; proximidade das áreas e de edifícios que devem ser protegidos contra incêndio. 3.. Tipos principais de redesF 0A E em geral, podem ser definidos três tipos principais de redes de distribuição, conforme a disposição dos seus condutos principais. a) Rede em “espinha de peixe” F 0A E em que os condutos principais são traçados, a partir de um conduto principal central, com uma disposição ramificada que faz jus aquela denominação. É um sistema típico de cidades que apresentam desenvolvimento linear pronunciado. R R b) Rede em “grelha” F 0A E em que os condutos principais são sensivelmente paralelos, ligam-se em uma extremidade a um conduto principal e têm os seus diâmetros decrescendo para a outra extremidade. R c) Rede em anel (malhada) F 0A E em que os condutos principais formam circuitos fechados nas zonas principais a serem abastecidas: resulta a rede de distribuição tipicamente malhada. É um tipo de rede que geralmente apresenta uma eficiência superior aos dois anteriores. R Nos dois tipos de redes, a circulação da água nos condutos principais faz-se praticamente em um único sentido. Uma interrupção acidental em um conduto mestre prejudica sensivelmente as áreas situadas à jusante da seção onde ocorrem o acidente. Na rede em que os condutos principais formam circuitos ou anéis, a eventual interrupção do escoamento em um trecho não ocasionará transtornos de manter o abastecimento das áreas à jusante, pois a água efetuará um caminhamento diferente através de outros condutos principais. 8.4. Regras básicas para lançamento de rede 1) TopografiaF 0A E utiliza-se para traçado da rede, planta baixa com levantamento plani- altimétrico (curvas de nível de metro em metro) e semi-cadastral, com locação dos b) A cada ponto singular (nó) a que se refere o item a), corresponderá em parte da área abastecível a ser atendida pela rede de distribuição, que definirá a vazão a ser atendida pelo conduto principal. 7) Dimensionamento das redes ramificadasF 0A E se fará de acordo com os seguintes critérios: a) Será admitida que a distribuição se fará uniformemente ao longo do comprimento de cada trecho. b) A perda de carga no trecho será determinada para a vazão igual a que se verifica na extremidade de jusante do trecho, somada a metade da vazão que se verifica ao longo do trecho. c) Quando as redes forem malhadas e dimensionadas como ramificadas (seccionamento fictício), para os pontos seccionados, a diferença de pressões calculadas não são superior a 5% da média dessas pressões. 8) Consumidores singularesF 0A E aos consumidores singulares corresponderá um nó, se a rede for dimensionada como circuitos fechados ou uma derivação se a rede for dimensionada como rede ramificada. a) Será considerado consumidor singular, aquele cujo consumo apresenta as características: A rede sendo malhada, o consumo é igual ou maior à menor vazão que seria verificada caso o consumidor inexistisse, em qualquer dos nós das malhas definidas pela tubulação principal que o abastecerá. A rede sendo ramificada, o consumo é igual ou maior que a menor vazão de qualquer de suas derivações. 9) Combate a incêndioF 0A E a rede poderá ser dimensionada levando em conta uma vazão admissível para combate a incêndio, vazão essa que será estabelecida por acordo entre o projetista e o órgão contratante, atendendo as condições de capacidade econômica, as condições disponíveis de proteção contra incêndios, a necessidade dessa proteção e ao critério de pressão mínima na rede de distribuição. 8.5. Roteiro de cálculoF 0A E dimensionamento pelo método dos seccionamentos fictícios. Este método é aplicável às redes ramificadas ou malhadas, transformadas por um artifício (seccionamentos fictícios) em ramificadas. Em geral adotado para cidades pequenas. a) Traçam-se a lápis, na cópia da planta da cidade, as tubulações da rede, que geralmente devem coincidir com o eixo das ruas; b) Na mesma planta, determina-se os comprimentos de todos os trechos da rede, os quais são limitados pelos pontos de cruzamento (nós) e pelas extremidades livres das tubulações. Se os trechos, assim definidos, possuírem grande extensão ou apresentarem cotas topográficas intermediárias bem superiores ou inferiores as das extremidades, então serão devidamente desdobrados; c) Ainda sobre a mesma planta, calculam-se, com base nas curvas de nível de metro em metro, as cotas topográficas dos cruzamentos e das extremidades livres, cotas essas que serão anotadas ao lado desses pontos; d) Copia-se em folha de papel transparente o esboço da rede, inclusive comprimentos e cotas topográficas, definidas nos tr6es itens anteriores; e) Transforma-se no papel vegetal, através de um seccionamento criterioso, a rede malhada em ramificada. Para tanto, a partir do reservatório, faz-se com que todos os pontos de cruzamento e extremidades livres da rede sejam atingidos pelo menor percurso da água. Nessa operação, desenha-se uma pequena seta ao lado de cada trecho, para indicar o sentido de escoamento da água, bem como um pequeno traço cortando a extremidade de jusante do trecho que for seccionado para indicar que essa extremidade funciona como se fosse livre; f) Numeram-se todos os trechos com números arábicos (a começar de 1), de acordo com o sentido crescente das vazões, de modo que o trecho de maior número seja alimentado diretamente pelo reservatório ou pela adutora, neste caso em se tratando de reservatório de jusante; g) Levam-se para uma planilha de cálculo, convenientemente preparada, todos os trechos, dispostos em ordem numérica, de modo que para eles constem o comprimento e as cotas topográficas; h) Na planilha, calcula-se para cada trecho, a vazão de montante, somando-se a vazão de jusante com a distribuição em marcha. O cálculo é iniciado nos trechos seccionados ou de extremidade livre, uma vez que neles a vazão de jusante é conhecida e igual a zero. A vazão de distribuição em marcha é obtida multiplica-se o comprimento do trecho pela vazão unitária de distribuição, expressa em litros por segundo e por metro. Por sua vez, a vazão fictícia de dimensionamento é a semi- soma de jusante e de montante. A vazão de jusante, quando diferente de zero, é igual a soma das vazões de montante dos trechos alimentados pelo trecho em estudo; Vazão específica de distribuição (unitária - q) (l/sm) Qmáx.horária = vazão máxima horária (l/s); L = extensão total da rede (m). i) Ainda na planilha, em função da vazão fictícia de dimensionamento e dos limites de velocidade (econômica), assinala-se para cada trecho o valor do seu diâmetro; Diâmetro Econômico D Comercial (mm) Vazão Q (l/s) Velocidade V (m/s) 50 1,3230 0,675 75 3,1514 0,713 100 5,8875 0,750 125 10,400 0,800 150 14,570 0,825 200 28,260 0,900 250 47,775 0,975 300 74,230 1,050 350 108,225 1,125 Veconômica = 0,6 + 1,5 D; j) Com a extensão (comprimento), a vazão fictícia de dimensionamento e o diâmetro e definido o material a ser utilizado (K), calcula-se a perda de carga unitária (J) através da fórmula Universal e em seguida calcula-se a perda de carga no trecho hf = J. L; Obs.: A perda de carga também pode ser calculada através da fórmula de Hazen- Williams, com C = 100 para ferro fundido; C = 130 para cimento-amianto e ferro fundido cimentado e C = 140 para material plástico, salvo indicação em contrário para esses coeficientes, fazendo-se uso de tabelas, ábacos ou monogramas. l) Para o ponto da rede de condições mais desfavoráveis no que tange à cota topográfica e ou à distância em relação ao reservatório, estabelece-se a pressão dinâmica mínima (15 m.c.a.) ou estática máxima (50 m.c.a.). O limite inferior é estabelecido, a fim de que a rede possa abastecer diretamente prédios de até dois pavimentos e o superior, para prevenir quer maiores vazamentos nas juntas das tubulações, quer danos nas instalações prediais (torneiras de bóia); m) A partir da cota piezométrica do ponto mais desfavorável (pressão dinâmica mínima mais a cota topográfica), calculam-se as cotas piezométricas de montante e de jusante de cada trecho, com base nas perdas de carga já definidas, ou seja, somando-se à cota piezométrica a perda de carga no trecho, obtém-se a cota piezométrica de jusante do trecho anterior, e assim sucessivamente até o reservatório; Obs.: As pressões dinâmicas em cada trecho, são obtidas pelas diferenças entre as cotas piezométricas e as cotas de terreno. n) Verificam-se para cada nó, onde houve seccionamento de um ou mais trechos, as diferentes pressões resultantes de percursos diversos da água e determina-se a média, da qual nenhuma pressão deve se afastar além de 10% do valor médio; o) Altera-se o traçado da rede, o seu seccionamento ou o diâmetro de algumas tubulações, se o afastamento considerado no item anterior superar 10%, bem como se as pressões máximas e mínimas preestabelecidas forem ultrapassadas, ou se for impraticável a localização do reservatório numa cota definida pelo cálculo. p) Anotam-se no esboço da rede, feito em papel transparente o diâmetro e a vazão fictícia de dimensionamento dos trechos. 8.6. Roteiro de cálculo - dimensionamento pelo método de Hardy Cross Este método é aplicável em geral para cidades médias e grandes. É um método iterativo e que caracteriza-se pela hipótese de abastecimento da área através de anéis ou circuitos, formados pelos condutos principais e pelas seguintes regras básicas: a) Em um nó qualquer, F 05 3Q = 0, sendo positivas as vazões afluentes e negativas as vazões efluentes;
Docsity logo



Copyright © 2024 Ladybird Srl - Via Leonardo da Vinci 16, 10126, Torino, Italy - VAT 10816460017 - All rights reserved