Baixe Célula e metabolismo e outras Notas de estudo em PDF para Bioquímica, somente na Docsity! Célula e metabolismo A célula é a unidade base de todos os seres vivos. Existem diferentes tipos de células, com diversos níveis de organização - eucarióticas e procarióticas; de entre as eucarióticas podemos distinguir entre células animais e células vegetais. As células podem apresentar especializações funcionais, mas em todas elas ocorrem processos metabólicos (obtenção e consumo de energia) e transcrição da informação que permite executar essas funções. Célula e metabolismo (cont.)
Peptidoglycan
+
Teichoic acid
polymers
Periplasmie space
GRAM + Peptidoglycan
Lipopolys-
saccharide +
PROCARYOTIC CELL
GRAM —
EUCARYOTIC CELL
ANIMAL CELL
PLANT CELL
dl
Que
E
ago
sm
+ ==
mpi
a
Et
Lipoproteins
Bioenergética – conceitos de termodinâmica Energia livre de Gibbs (G) O estudo da variação deste parâmetro no decorrer de um processo químico permite-nos avaliar a forma como decorre esse processo. A variação desta grandeza é dada por: ΔG = ΔH - T ΔS ΔG – variação da energia livre ΔH – Variação da entalpia/calor da reacção T – Temperatura a que decorre o processo ΔS – Variação da entropia da reacção Bioenergética – conceitos de termodinâmica (cont.) A partir do valor de ΔG de uma dada reacção podemos prever o que ocorrerá num determinado processo químico. A B ΔG < 0 – Reacção espontânea (formação de B) – exergónica (liberta energia). ΔG > 0 – Reacção não espontânea (formação de A) – endergónica (absorve energia). Bioenergética – conceitos de termodinâmica (cont.) É possível relacionar ΔG com o equilíbrio de uma reacção. Essa relação pode ser expressa por: ΔG = ΔGº + RT ln ([B]/[A]) Como no equilíbrio ΔG = 0 ΔGº = -RT ln Keq ΔGº -Variação de energia livre padrão R – Constante universal dos gases (8,314 J K-1 mol-1) T – Temperatura Keq – Constante de equilíbrio da reacção (Energia Livre pq. está disponível) Metabolismo e fluxo energético (cont.) Metabolismo = Catabolismo + Anabolismo Catabolismo = Processo degradativos (produção de energia) Anabolismo = Biossíntese (utilização de energia) Metabolismo e fluxo energético (cont.) Relação energética entre catabolismo e anabolismo Metabolismo e fluxo energético (cont.)
Anabolismo
Light
energy
ATP hydrolysis
Hiosynthesis
The ATP Cvcle Osmoido work
. Cell motility/muscle
contractiom
Photosmthesis Catabolism
| ADP + B
Fuels
Metabolismo e fluxo energético (cont.) O ATP funciona como um “crédito de energia” da célula. A sua hidrólise permite a libertação e disponibilização dessa energia. ATP ADP + Pi As reacções catabólicas diz-se que são convergentes (moléculas complexas moléculas simples). Reacções anabólicas são divergentes (moléculas simples moléculas complexas). Processos bioenergéticos A glicose é o principal substrato energético para TODOS os seres vivos, pelo que os processos energéticos estão intimamente relacionados com este H.C. A sua oxidação é um processo energético C6H12O6 + O2 6CO2 + 6H2O + Energia Outros açúcares constituem igualmente boas fontes de energia, assim como as gorduras. Processos bioenergéticos (cont.) Os processos bioenergéticos são catalizados por enzimas específicas. A maior parte dos processos biológicos não ocorreria sem enzimas H.C., lípidos e proteínas são boas fontes energéticas pois os grupos carbonados podem sofrer oxidação. Os iões hidreto (H-) libertados têm , para que o processo ocorra, que ser captados por uma espécie que se reduz (processo REDOX). Esta espécie é o NAD+ (Nicotinamida Adenina Dinucleótido). Este processo é vital na transferência de energia na célula e é conhecido como transdução de energia, sendo a fosforilação oxidativa um destes processos. Processos bioenergéticos (cont.)
REAÇÃO BIOQUÍMICA
Glhcólise
Síntese de ácidos graxos
Sintese de corpos cetônicos
Sintese do Colesterol
Parte do ciclo da uréia
Parte da gliconeogênese
Ciclo de Krebs
Cadeia respiratória nutocôndrias
B-oxidação dos ácidos graxos
Formação da acetil-CoA
Parte do Ciclo da uréia
Parte da ghiconeogênese
Sintese e empacotamento de molé- | retículo en-
culas complexas (glcolipídios, doplasmático
glcoproteinas. bipoproteinas, hor- e aparelho de
mômios protéicos) Golgi
Sintese de protéinas mribossomos
Degradação de moléculas comple- | lisossomos
xas
Sintese de DNA e ENA núcleo
Processos bioenergéticos (cont.) A degradação da glucose envolve a quebra da molécula de 6 carbonos em duas unidades de 3 carbonos. Este processo ocorre no citoplasma da célula e denomina-se GLICÓLISE (ou Via de Ebden-Meyerhof). Em condições aeróbias (na presença de O2) forma-se o piruvato, seguindo o processo para o Ciclo de Krebs (ou Ciclo dos Ácidos TriCarboxílicos – TCA ou Ciclo do Citrato). Processos bioenergéticos (cont.) Possíveis destinos da glucose: Respiração aeróbia Respiração anaeróbia (fermentação) – produz lactato (ou etanol no caso das leveduras) + CO2 Síntese de glicogénio ou amido (armazenamento de glucose em animais e plantas, respectivamente) Síntese de ácidos gordos Processos bioenergéticos (cont.) A glicólise, após a formação de piruvato, prossegue por duas vias dependentes da presença de O2: 1. Na ausência de O2: Fermentação láctica (células musculares) ou alcoólica (leveduras) – Processos anaeróbios; 2. Na presença de O2: O processo prossegue para o Ciclo de Krebs – Processo aeróbio. Processos bioenergéticos (cont.) A fermentação, embora com menor rendimento energético, permite à célula um aporte de energia mais rápido do que o que ocorre no Ciclo de Krebs. É inibida pela presença de O2. Em condições aeróbias o consumo de glicose diminui, embora se produza mais ATP (C.K. mais eficiente). A glicólise é inibida pela produção de ATP (energia). Simultaneamente é favorecida a gluconeogénese e a síntese de glicogénio. Processos bioenergéticos (cont.)
Glicose-6-fosfato
Error E
(06) (e
Hexscinase
Glisocinase
(IRREVERSÍVEL) Fesfoglicomutase
H HO n
TP lia
OH A ADP 0H en E:
Glicose Glicosef-Fosfato É Glee List
Fosfoglicoisomerase tema =
Glicólise (12 fase)
0=C-H Frutose 6 Fosfato
H o OH ATP
CH,0-—0% Fosfo Frutecinase
(Gliceraldeid (IRREVERSÍVEL)
Ficer: o
o dar)
as
o
1 o
Triosa-
fo
i foste áldolase
isomerace
cHO ro?
1
OH
c=o
1
CH,0H oH
Di-QH-Ffosfato Frutose 1,6-bis fosfato
Processos bioenergéticos (cont.)
Gluconeogénese
Glicose
Glicoso
E-fosfatose
ás Piruvaro
Biotina À corboxilose Zi&
ATP SAS
| bi tostorase
Frutoga-1-5
Fosfoenalpiruvato
Processos bioenergéticos (cont.)
Reaction
a-DGlucose + ATP! = glucose-G-phosphate” + ADPS + Hº
Glucose-phosphate” = fructose--phosphate”
Fructose-fphosphate? + ATPÍ == fructose-1,b-bisphosphate*” + ADP + H!
Fructose-1 ,6-bisphosphate” = dihydroxyacetone-P” + glyceraldehyde3-P"
Dihydroxyacetone-P*” = glyceraldehyde-3-P*
Glyceraldehyde+P + PO + NAD = isphosphoglycerate” + NADH + Hº
1.5Bisphosphoglycerate* + ADP* P-glycerate”> + ATP!
a -— ss 3
&Phosphoglycerate” = 2phosphoglycerate
; q
2-Phosphoglycerate” = phosphoenolpyruvate + H,0
: q 4 o
Phosphoenolpyruvate” +ADP + Hº = pyruvate + ATE!
Pyruvate + NADH+H' == lactate + NAD'
Enzyme
Hexokinase
Hexokinase
Glucokinase
Phosphoglucoisomerase
Phosphofructokinase
Fructose bisphosphate aldolase
Triose phosphate isomerase
Glyceraldehyde-5P dehydrogenase
Phosphoglycerate kinase
Phosphoglycerate mutase
Enolase
Pyruvate kinase
Lactate dehydrogenase
Glicólise vs. Gluconeogénese A glicólise e a gluconeogénese exercem um efeito de regulação mútua. As condições que favorecem um processo inibem o outro. Os factores envolvidos são de natureza: Alostérica (concentração de glucose); Ligações covalentes que se estabelecem; Controlo enzimático; Acção de hormonas. Se tal regulação não ocorresse os dois processos poderiam acontecer simultaneamente de forma descontrolada, sem benefício para o sistema e com um consumo energético desnecessário e desfavorável. Glicólise vs. Gluconeogénese (cont.)
CGluconeogenesis =
- Glucose
NTE
Pyruvate
—>» NADH
=— NAD*
Lactate
ENAD*] ) A o
INADH] —
Blood
(high
E
w
Glycolysis Glucose
b 2NTP
Pyruvate
NADH —
=,
|
À JoH
NAD* A
Lactate ———
Muscle
; NAD*]
(tow [HAD]
Vo [NADHI] )
Via das pentose fosfato A via das pentose fosfato é um outro processo de metabolização da glucose. Ocorre no citoplasma e tem como objectivos principais: 1. Produzir partículas redutoras (NADPH) necessárias para processos de síntese na célula; 2. Fornecer à célula o composto Ribose-5-Fosfato (R5P) necessário à síntese de ácidos nucleicos. Compreende uma fase oxidativa e uma fase não-oxidativa. Via das pentose fosfato (cont.)
Oxidative Stage of Pentose Phosphate Pathway
Glucose-6-phosphate
NADP'
Glucose-6-phosphate
a sea dehydrogenase
NADPH
6-Phosphogluconolactone
HO
Gluconolactonase
H
6-Phosphogluconate
NADP' ia
6-phosphogluconate
NADPH dehydrogenase
co.
Ribulose-5-phosphate
Non-oxidative reactions