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Híbridos Sintéticos - Melhoramento Genético Vegetal, Notas de estudo de Agronomia

Método de seleção de híbridos sintéticos. Melhoramento Genético Vegetal

Tipologia: Notas de estudo

2010
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Compartilhado em 01/12/2010

alexandre-santaella-6
alexandre-santaella-6 🇧🇷

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Baixe Híbridos Sintéticos - Melhoramento Genético Vegetal e outras Notas de estudo em PDF para Agronomia, somente na Docsity! HÍBRIDOS SINTÉTICOS: Material de referência: PRINCÍPIOS DO MELHORAMENTO GENÉTICO VEGETAL; R. W. Allard; 1971. Resumo e adaptação: Alexandre Garcia Santaella, graduando em Agronomia, UFMT. 2010 INTRODUÇÃO: A base do melhoramento genéticos de plantas alógamas está no controle da heterose que se obtém nos híbridos entre determinados genótipos. Este uso da heterose foi mais utilizado no milho, dada sua morfologia floral que favorece este processo. Recentemente verificou-se que a esterilidade masculina permite que os métodos de milho híbrido sejam estendidos, com as modificações apropriadas a outras espécies permitindo que esterilidade masculina seja estendida a um grande número de espécies alógamas. Contudo deve ser constatado que várias espécies não possuem aptidão na formação de sementes F1 de origem híbrida, permitindo valor viável de comercialização. Assim a formação de sementes sintética é uma alternativa viável. As sementes sintéticas foram propostas por Hayes e Garber (1919), em que chegaram a seguinte conclusão ao melhorar linhagens de milho “A obtenção de variedades melhoradas através da recombinação de várias linhagens endógamas apresenta uma vantagem, tanto sobre o híbrido simples como sobre o híbrido duplo, no sentido de que o agricultor pode utilizar a sua própria semente da produção anual, sendo que os cruzamentos anuais não precisam ser feitos. Deve-se salientar que, antes da recombinação de linhagens para produção de variedades melhoradas, é necessário determinar a produtividade de todas as combinações F1. Linhagens autofecundadas que se combinem de maneira favorável com todas as outras que deverão ser utilizadas, devem, assim ser utilizadas nas recombinações”. A expressão variedade sintética foi cunhada como: uma variedade que é mantida por meio de sementes de polinização livre após a sua síntese por hibridação envolvendo todas as combinações entre um certo número de genótipos selecionados. Sendo estes genótipos selecionados podendo serem obtidos por linhagens, clones, populações obtidas por seleção massal ou vários materiais. A chave para distinção entre variedade sintética e variedade obtida por seleção em massa está na diferença de como os genótipos constituintes são escolhidos. A variedade sintética é obtida por genótipos que combinam-se bem entre si em todas as combinações que são incluídas na obtenção da variedade sintética. A obtida por seleção em massa difere da sintética em que não é feita a avaliação prévia do comportamento da progênie ou dos híbridos. A sintética difere da obtida por linhas por que as linhas superiores são testas individualmente. A principal vantagem na utilização de variedades sintéticas está na utilização da heterose de plantas alógamas em que as estruturas florais dificultam a polinização controlada, isto tem sido amplamente utilizado no melhoramento de forrageiras. Em milho as variedade sintéticas tem sido mais empregadas na conservação do germoplasma. Também pode ser aplicada em: 1) áreas onde o custo da semente híbrida é demasiado superior ao valor da colheita esperada; 2) permitir maior flexibilidade para fazer face as condições de cultivos em áreas marginais; 3) as variedades sintéticas podem empregas em áreas que o uso de semente híbrida não sustentado pela produção. FATORES QUE INFLUEM O COMPORTAMENTO DE VARIEDADES SINTÉTICAS: Wright (1922) afirma que “uma população de acasalamento ao acaso, derivada de n linhagens endógamas, terá uma superioridade 1/n inferior, em relação às suas linhagens parentais, do que a geração F1 ou do que uma população de acasalamento ao acaso, da qual as linhagens podem ser obtidas sem seleção”. Matematicamente descrita por: Onde F2 representa a estimativa de comportamento da geração F2, F1 corresponde ao comportamento médio de todos os híbridos simples possíveis entre os parentais envolvidos, P é o comportamento médio dos parentais e n é o número de linhagens parentais envolvidas. Assim quanto maior o número de linhagens parentais envolvidas, maior será o vigor híbrido perdido na geração F2(variedade sintética), correspondente a 1/n para n linhagens. Dada a lei de Hardy-Weinberg não haverá método de melhoramento de espiga por fileira, a ascendência masculina das plantas selecionadas não era controlada, representando assim, a média da nova variedade. Ao avaliar a produtividade de variedades sintéticas em geração avançadas derivadas de intercruzamentos de primeiro ciclo foram obtidas as seguintes conclusões. Quando feita uma pequena seleção em massa das melhores plantas do plantel, a produtividade pôde, não somente, ser mantida, mas como a seleção visual das melhores plantas pode produzir algum melhoramento na produtividade. Ao utilizar seleção recorrente em variedades sintéticas Lonnquinst e McGrill concluíram que “O comportamento melhorado obtido após dois ciclos de seleção recorrente constituí um estímulo para se obterem futuros melhoramentos com a continuação deste procedimento. Evidencia-se que o método produz um melhoramento bem rápido em variedades de milho e pode muito bem ser usado em áreas que o milho híbrido não seja viável economicamente.” VARIEDADES SINTÉTICAS EM FORRAGEIRAS: Os métodos de melhoramento para forrageiras foram inicialmente baseados em seleção em massa. Atualmente tem-se consenso que o método de seleção em massa é ideal para melhorar materiais não modificados, porém a seleção deve-se basear no teste de progênie. Tem-se observado que gramíneas e trevos em população de polinização livre são capazes de transmitir às suas progênies maior potencialidade produtiva do que outros do mesmo modo como plantas S0 diferem quanto a capacidade de combinação. Também há evidências de que linhagens endógamas mantém sem muita alteração a sua capacidade de combinação a partir dos tipos parentais, durante etapas de endogamia. As plantas inferiores devem ser eliminadas da população, para facilitar as avaliações de progênie. AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DE COMBINAÇÃO EM ESPÉCIES FORRAGEIRAS: As espécies forrageiras são particularmente difíceis de se obter híbridos, sendo mais recomendado cruzamento natural para se obterem progênies necessárias para os teste de capacidade de combinação. Existem quatro métodos mais utilizados em forrageiras: 1- Teste de progênie de polinização livre: teste das progênies obtidas de plantas selecionadas, cruzadas naturalmente com outras plantas existente no campo. 2- Teste top-cross: Feito com sementes obtidas de indivíduos selecionados, que são plantados alternadamente como uma única variedade testadora. 3- Teste de policross: Entende-se como a progênie obtida de sementes de uma linha que foi submetida ao cruzamento com linhas selecionadas e cultivadas no mesmo campo. Serve para assegurar que cada clone tenha igual probabilidade de ser polinizado por cada um dos outros clones. 4- Teste do híbrido simples: cada clone selecionado é cruzado com outros clones. Se todos os cruzamentos possíveis forem feitos entre os clones, temos um cruzamento dialélico. Deve-se salientar que os três primeiros métodos avaliam a capacidade geral de combinação. Os híbridos simples medem a capacidade de combinação de pares de clones específicos.
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