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NÚCLEO TEMÁTICO III - UNIDADE DE ESTUDO 3 O PERIGO MUTÁVEL, Notas de estudo de Enfermagem

Curso Proficiencia

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 25/11/2010

priscila-costa-6
priscila-costa-6 🇧🇷

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Baixe NÚCLEO TEMÁTICO III - UNIDADE DE ESTUDO 3 O PERIGO MUTÁVEL e outras Notas de estudo em PDF para Enfermagem, somente na Docsity! NÚCLEO TEMÁTICO III - UNIDADE DE ESTUDO 3 O PERIGO MUTÁVEL: O PROBLEMA INFLUENZA Colega enfermeiro Iniciamos esta unidade de estudo com uma pergunta: quantas vezes você fica gripado por ano? Uns mais e outros menos, “volta e meia” estamos lidando com este problema, não é mesmo? Geralmente quando estamos assim, temos um resfriado, que é mais leve e menos grave que uma gripe. E, é exatamente sobre gripes que trataremos nessa última unidade de estudo do curso. Dividiremos a temática em três partes: primeiro, falaremos do problema da gripe em geral, para depois abordar (brevemente) a “gripe asiática” e fechar com a “gripe suína”, problema de saúde pública que enfrentamos atualmente. Podemos começar? .1 Em geral, as gripes são infecções respiratórias causadas pelo vírus Influenza. Podem causar complicações graves (como pneumonia) e geralmente ocorrem nos períodos frios, como: final do outono, inverno e início da primavera. Por isso, trata-se de um problema sazonal. O vírus Influenza causa problemas uma vez por ano, afinal qualquer um pode ficar “gripado”. Ocorre em todos os países do MINHAS ANOTAÇÕES Use os pequenos blocos para digitar resumos e anotações Limite: 200 caracteres mundo e causa epidemias há, pelo menos, 400 anos (com intervalos de 2/3 anos entre elas). Sabemos que as pessoas com sistema imunológico afetado e os idosos têm tendência a infecções mais graves. Em alguns momentos, esse vírus causou pandemias. É um sério problema de saúde pública. Foram três grandes pandemias do Século XX causadas pelo vírus Influenza. A primeira e maior de todas foi conhecida como gripe espanhola (H1N1), em 1918 e 1919, que matou aproximadamente 50 milhões de pessoas. A segunda, conhecida como gripe asiática (H2N2) ocorreu em 1957 e 1958, matou 2 milhões de pessoas e a última, ocorreu em Hong Kong (H3N2) e dizimou 1 milhão de pessoas. Vejamos agora o que é o vírus Influenza e como ele se apresenta. Ele pertence à família Orthomyxoviridae e é classificado em A, B e C (três tipos diferentes), baseado em seu material genético. Fizemos um fluxograma para mostrar um pouco mais sobre estes três tipos, confira abaixo: complicações graves associadas (secundária), como pneumonia bacteriana, mais frequente em crianças de até um ano, idosos e pessoas com doenças pré-existentes. A pneumonia viral (causada pelo próprio Influenza) também é possível. Outras complicações conhecidas são: sinusite, otite e bronquite. Prevenção As medidas de proteção são fundamentais: evitar aglomeração e ambientes fechados, contato com pessoas doentes e a lavagem frequente das mãos são cuidados importantes. Como precaução, deve-se considerar adiamento de viagem para áreas onde esteja ocorrendo transmissão de novo subtipo. Outra medida é o uso de máscara, pois quando usadas corretamente reduzem o risco de transmissão, porém isoladamente não produzem efeitos. Mais adiante, faremos consideração pormenorizada sobre seu uso. A vacina contra o vírus Influenza é a melhor maneira de se proteger contra a doença. Anualmente, temos a campanha de vacinação contra a Influenza (observe que acontece no frio). Ela previne e diminui os riscos de gravidade da enfermidade. Tem boa efetividade em adultos e mais baixa nos idosos. O produto é injetável, produzido por meio de vírus inativados e fracionados (de diversos subtipos em circulação), cultivados em ovo de galinha. Pessoas com deficiência do sistema imune e gestantes podem tomar a vacina. Ela não protege contra o Influenza C e nem contra vírus de resfriado comum (rinovírus, coronavírus). Reflita um pouquinho: a associação de “peguei resfriado logo após a vacina”, muito comum de ser ouvida no dia-a-dia, não tem qualquer respaldo científico. Além do mais, é nos períodos frios que desenvolvemos com mais frequência outros problemas respiratórios. Portanto, esta comparação é indevida. A vacina é indicada para: pessoas com mais de 50 anos; com doenças associadas, como Diabetes mellitus e doenças da hemoglobina; imunocomprometidos; grávidas; profissionais de saúde e crianças. Não podem ser vacinados: quem já apresentou reação prévia contra a vacina; alérgicos a ovo de galinha; quem já teve Síndrome de Guillain-Barré (pós-vacina anti-Influenza) e quem esteja com doença febril atual. Tratamento Para o tratamento devemos obedecer alguns princípios, tais como: repouso, evitar álcool e fumo, aumentar ingesta hídrica e boa alimentação. Receita muito popular não é mesmo? O uso de medicamentos sintomáticos é permitido para atenuar dores e febre. Lembre-se de que não devemos utilizar analgésicos que contenham o ácido acetil-salicílico em crianças, pois há o risco de Síndrome de Reye. Complicações bacterianas devem ser tratadas com antibióticos apropriados. Neste momento, você deve estar se perguntando sobre medicamentos específicos. Por enquanto, existem quatro drogas antivirais (amantadina, rimantadina, zanamivir e oseltamivir). As duas últimas drogas (inibidores da neuraminidase) combatem o vírus A e tratam a doença causada pelo B. A indicação dessas medicações deve obedecer a critérios rigorosos nos parâmetros clínicos de gravidade, e sua eficácia está associada ao início precoce do tratamento. Tudo bem até aqui? Até o momento falamos sobre o vírus Influenza em geral e as gripes. A partir de agora, vamos conhecer dois tipos específicos de gripe. Primeiro, a “gripe aviária” ou do “frango”, depois a atual “gripe suína”. Cabe lembrar, que são denominações inadequadas. É hora de conhecer um pouco mais sobre elas. A gripe aviária foi identificada pela primeira vez na Itália no Século XIX. Na época, recebeu o nome de Doença da Lombardia, por conta da região onde surgiu, mas só foi descrita como doença do vírus Influenza A em 1955. Doença típica das aves, por isso seu nome, ela tem características que permitem a transmissão do vírus das aves para os mamíferos, desde o gato até o ser humano, por exemplo. Essa gripe tem alta mortalidade e voltou a assustar em 1997, em que 18 casos foram relatados em Hong Kong, com seis mortes (33%) e em 2003, com o retorno da doença, levando a morte 246 pessoas em vários países (Índia, Tailândia e Vietnã principalmente). A enfermidade é causada pelo vírus Influenza H5N1, que também leva a morte várias espécies de aves (frangos, gansos, patos) e pode causar grandes estragos econômicos mundiais. Existe o medo da disseminação para além do continente asiático, pois o hospedeiro natural da doença (o pato selvagem) pode disseminar o vírus durante a fase migratória. A doença pode ser transmitida pelo contato direto com secreções de aves infectadas e pelo ar. Um exemplo é o contágio pelo contato com fezes, já que depois de secas e pulverizadas elas podem ser inaladas. Não há transmissão de pessoa para pessoa. Os sinais e sintomas comuns são: febre alta, dores É importante destacar que o consumo de carne de porco e derivados (frescos ou processados) não transmite H1N1. Os tratamentos térmicos utilizados no cozimento da carne eliminam qualquer vírus e qualquer alimento preparado seguindo as práticas de higiene recomendadas pela OMS não é fonte de infecção. Os sinais e sintomas são similares aos de um resfriado. Observa-se febre alta (39º C), de início abrupto; tosse; dores: musculares, nas articulações, na cabeça; garganta inflamada; falta de ar; falta de apetite; cansaço; calafrios; catarro; coriza e pode aparecer diarréia e vômitos. Alguns dos sinais e sintomas apresentados são mais recorrentes, enquanto outros aparecem mais raramente. Os mais frequentes são: febre alta, tosse, coriza e mialgia. Os casos da doença são definidos em: monitoramento, suspeitos, confirmados laboratorialmente e descartados. Clique aqui para colher mais detalhes do Protocolo de Procedimentos e Manejo de Casos e Contatos de Influenza A (H1N1). Enfermeiro, selecionamos uma definição para trabalhar aqui: caso suspeito. De acordo com Ministério da Saúde (versão V – 28/06/2009), considera-se caso suspeito aquele que apresentar doença aguda de início súbito, com febre (acima de 37,5º C) - ainda que referida - acompanhada de tosse ou dor de garganta, na ausência de outros diagnósticos, podendo ou não estar acompanhada de outros sinais e sintomas como cefaléia, mialgia, artralgia ou dispnéia, vinculados aos itens A e ou B abaixo:  Ter retornado, nos últimos 7 dias, de países com casos confirmados de infecção pelo novo vírus A (H1N1); OU  Ter tido contato próximo, nos últimos 7 dias, com uma pessoa classificada como caso suspeito ou confirmado de infecção humana pelo novo vírus influenza A(H1N1). No sentido de frear a propagação deste problema, medidas de proteção estão sendo adotadas em todos os lugares. Vejamos quais:  manter distância (pelo menos 1 metro) de qualquer indivíduo com sintomas de gripe;  evitar levar as mãos à boca e ao nariz;  lavar as mãos, frequentemente, com água e sabão. Soluções alcoólicas ajudam, mas não substituem a lavagem das mãos;  proteger com lenços (preferencialmente descartáveis) a boca e nariz ao tossir ou espirrar, para evitar disseminação de aerossóis;  reduzir o tempo de contato com pessoas doentes;  evitar ambientes fechados, sem fluxo de ar;  manter ambientes ventilados;  indivíduos que sejam casos suspeitos ou confirmados devem ficar em repouso, utilizar alimentação balanceada e aumentar a ingestão de líquidos;  indivíduos que sejam casos suspeitos ou confirmados devem evitar entrar em contato com outras pessoas suscetíveis. Caso não seja possível, usar máscaras cirúrgicas;  evitar a permanência em ambientes com aglomeração de pessoas. Uma pergunta enfermeiro! Quando vemos ou ouvimos na mídia sobre “gripe suína”, de qual material lembramos primeiro? As máscaras. Pois saiba que o uso das máscaras é útil, mas só funciona se soubermos como usá-las. Como havíamos prometido anteriormente, seguem abaixo alguns cuidados importantes associados ao uso das máscaras:  observar se o material está íntegro, sem marcas, danos, manchas etc.;  obedecer ao formato do rosto para melhor ajuste;  cobrir toda a boca e nariz quando em uso;  evitar tocar nas superfícies e na máscara;  lavar as mãos imediatamente ou assim que possível quando tocá-la (p. ex.: para remover), não levando as mãos ao rosto;  trocar a máscara quando ficar úmida e/ou quando apresentar qualquer alteração e/ou dano. Atenção! O uso da máscara é individual e intransferível! Cabe ressaltar, que não existem evidências científicas disponíveis que garantam benefícios contra o vírus em ambientes abertos com o uso das máscaras. O importante é evitar aglomerações e contato próximo. Para os serviços de saúde existem algumas recomendações quanto ao cuidado à pessoa com sintomas respiratórios: oferecer sempre máscara cirúrgica, orientando o uso correto e só autorizando a retirada quando possível e por profissional de saúde; propiciar local adequado para lavagem das mãos, orientando o procedimento correto; evitar tocar o rosto e objetos; disponibilizar álcool a 70% e papel toalha para limpar os locais de atendimento (bancadas e superfícies). Atenção! Os profissionais de saúde devem obedecer a regras de segurança para o cuidado das pessoas.
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