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10 passos para a Segurança do Paciente- COREN, Notas de estudo de Enfermagem

Segurança do Paciente--

Tipologia: Notas de estudo

2010
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Compartilhado em 26/10/2010

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daniel-palin-2 🇧🇷

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Baixe 10 passos para a Segurança do Paciente- COREN e outras Notas de estudo em PDF para Enfermagem, somente na Docsity! 10 PASSOS PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DO ESTADO DE SÃO PAULO – COREN-SP REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – REBRAENSP – POLO SÃO PAULO SÃO PAULO – 2010 Cartilha COREN 10 Passos final.indd 1 5/7/10 3:42 PM SOBRE OS AUTORES Ariane Ferreira Machado Avelar Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Enfermeira Técnico-Administrativa em Educação da Universidade Federal de São Paulo. Membro da Câmara Técnica do COREN-SP. Membro da REBRAENSP - Polo São Paulo. Carmen Ligia Sanches Salles Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Consultora em Controle de Infecção e Gerenciamento de Resíduos. Membro da Câmara Técnica do COREN-SP. Membro da REBRAENSP - Polo São Paulo. Elena Bohomol Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora do Centro Universitário São Camilo. Membro da REBRAENSP - Polo São Paulo. Liliane Mauer Feldman Doutoranda do Programa de Pós-graduação da Universidade Federal de São Paulo. Membro da REBRAENSP - Polo São Paulo. Cartilha COREN 10 Passos final.indd 2 5/7/10 3:42 PM Profissionais com experiência acumulada na prática, no ensino ou na pesquisa, em muitos anos de dedicação à área da saúde, elaboraram os dez passos com base em evidências científicas atualizadas e procuraram apresentá-los de forma objetiva e prática, sendo estes: 1. Identificação do paciente; 2. Cuidado limpo e cuidado seguro – higienização das mãos; 3. Cateteres e sondas – conexões corretas; 4. Cirurgia segura; 5. Sangue e hemocomponentes – administração segura; 6. Paciente envolvido com sua própria segurança; 7. Comunicação efetiva; 8. Prevenção de queda; 9. Prevenção de úlcera por pressão e 10. Segurança na utilização de tecnologia. Apesar dos passos descreverem processos básicos de cuidado de enfermagem para a promoção da segurança do paciente, entende-se que sua implementação nos diferentes locais de prestação de assistência possa a ser um processo complexo, frente à cultura organizacional vigente em grande parte do sistema de saúde nacional. A cartilha foi elaborada com o intuito de informar, esclarecer e orientar sobre relevantes aspectos da segurança do paciente, demonstrando a igual importância de todos para sustentar a assistência de enfermagem em princípios e fundamentos que promovam a segurança do paciente. Desta forma, espera-se que a cartilha 10 Passos para a Segurança do Paciente forneça elementos capazes de contribuir para a construção do conhecimento de enfermagem, desenvolvimento profissional e melhora da assistência prestada à população. Boa leitura! Cartilha COREN 10 Passos final.indd 5 5/7/10 3:42 PM PASSO 1 IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE A identificação do paciente é prática indispensável para garantir a segurança do paciente em qualquer ambiente de cuidado à saúde, incluindo, por exemplo, unidades de pronto atendimento, coleta de exames laboratoriais, atendimento domiciliar e em ambulatórios. Erros de identificação podem acarretar sérias consequências para a segurança do paciente. Falhas na identificação do paciente podem resultar em erros de medicação, erros durante a transfusão de hemocomponentes, em testes diagnósticos, procedimentos realizados em pacientes errados e/ou em locais errados, entrega de bebês às famílias erradas, entre outros. Para assegurar que o paciente seja corretamente identificado, todos os profissionais devem participar ativamente do processo de identificação, da admissão, da transferência ou recebimento de pacientes de outra unidade ou instituição, antes do início dos cuidados, de qualquer tratamento ou procedimento, da administração de medicamentos e soluções. A identificação deve ser feita por meio de pulseira de identificação, prontuário, etiquetas, solicitações de exames, com a participação ativa do paciente e familiares, durante a confirmação da sua identidade. Cartilha COREN 10 Passos final.indd 6 5/7/10 3:42 PM Medidas sugeridas 1. Enfatize a responsabilidade dos profissionais de saúde na identificação correta de pacientes antes da realização de exames, procedimentos cirúrgicos, administração de medicamentos / hemocomponentes e realização de cuidados. 2. Incentive o uso de pelo menos dois identificadores (ex.: nome e data de nascimento) para confirmar a identidade de um paciente na admissão, transferência para outro hospital e antes da prestação de cuidados. Em pediatria, é também indicada a utilização do nome da mãe da criança. 3. Padronize a identificação do paciente na instituição de saúde, como os dados a serem preenchidos, o membro de posicionamento da pulseira ou de colocação da etiqueta de identificação, uso de cores para identificação de riscos, placas do leito. 4. Desenvolva protocolos para identificação de pacientes com identidade desconhecida, comatosos, confusos ou sob efeito de ação medicamentosa. 5. Desenvolva formas para distinguir pacientes com o mesmo nome. 6. Encoraje o paciente e a família a participar de todas as fases do processo de identificação e esclareça sua importância. 7. Realize a identificação dos frascos de amostra de exames na presença do paciente, com identificações que permaneçam nos frascos durante todas as fases de análise (pré-analítica, analítica e pós-analítica). 8. Confirme a identificação do paciente na pulseira, na prescrição médica e no rótulo do medicamento/hemocomponente, antes de sua administração. 9. Verifique rotineiramente a integridade das informações nos locais e identificação do paciente (ex.: pulseiras, placas do leito). 10. Desenvolva estratégias de capacitação para identificar o paciente e a checagem da identificação, de forma contínua, para todos os profissionais de saúde. Cartilha COREN 10 Passos final.indd 7 5/7/10 3:42 PM Medidas sugeridas I. Higienização das mãos com água e sabão 1. Molhe as mãos com água. 2. Aplique sabão. 3. Esfregue as palmas das mãos. 4. Esfregue a palma da mão sobre o dorso da mão oposta com os dedos entrelaçados. 5. Esfregue as palmas das mãos com os dedos entrelaçados. 6. Esfregue o dorso dos dedos virados para a palma da mão oposta. 7. Envolva o polegar esquerdo com a palma e os dedos da mão direita, realize movimentos circulares e vice-versa. 8. Esfregue as polpas digitais e unhas contra a palma da mão oposta, com movimentos circulares. 9. Friccione os punhos com movimentos circulares. 10. Enxágue com água. 11. Seque as mãos com papel-toalha descartável e use o papel para fechar a torneira. II. Higienização das mãos com fórmula à base de álcool 1. Posicione a mão em forma de concha e coloque o produto, em seguida espalhe-o por toda a superfície das mãos. 2. Esfregue as palmas das mãos. 3. Esfregue a palma da mão sobre o dorso da mão oposta com os dedos entrelaçados. 4. Esfregue as palmas das mãos com os dedos entrelaçados. 5. Esfregue o dorso dos dedos virados para a palma da mão oposta. Cartilha COREN 10 Passos final.indd 10 5/7/10 3:42 PM 6. Envolva o polegar esquerdo com a palma e os dedos da mão direita, realize movimentos circulares e vice-versa. 7. Esfregue as polpas digitais e unhas contra a palma da mão oposta, com movimentos circulares. 8. Friccione os punhos com movimentos circulares. 9. Espere que o produto seque naturalmente. Não utilize papel-toalha. Pontos de atenção 1. Lave as mãos com água e sabão quando visivelmente sujas, contaminadas com sangue ou outros fluidos corporais. 2. Use preferencialmente produtos para higienização das mãos à base de álcool para antissepsia rotineira, se as mãos não estiverem visivelmente sujas. 3. Lave as mãos com água e sabão, com antisséptico ou as higienize com uma formulação alcoólica antes e após a realização de procedimentos. 4. Nunca use simultaneamente produtos à base de álcool com sabão antisséptico. 5. O uso de luvas não substitui a necessidade de higienização das mãos. 6. Na ausência de pia com água e sabão, utilize solução à base de álcool. 7. Encoraje os pacientes e suas famílias a solicitar que os profissionais higienizem as mãos. 8. Estimule os familiares e visitantes a higienizar suas mãos, antes e após o contato com o paciente. Referências - World Health Organization.Guidelines on Hand Hygiene in Health Care (Advanced Draft).Global Patient Safety Challenge.2005-2006. World Health Organization. WHO Patient Safety. [citado 2010 Mar 21]. Disponível em: http:// www.who.int/patientsafety. - Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Higienização das mãos em serviços de saúde. [citado 2010 Mar 21]. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/hotsite/higienizacao_maos/ manual_integra.pdf. Cartilha COREN 10 Passos final.indd 11 5/7/10 3:42 PM PASSO 3 CATETERES E SONDAS Conexões corretas A administração de fármacos e soluções por cateteres, sondas e seringas é prática de enfermagem comum que pode ser desenvolvida em ambientes de atendimento à saúde. A infusão de soluções em vias erradas, como soluções que deveriam ser administradas em sondas enterais serem realizadas em cateteres intravenosos, devido a possibilidade de conexão errada, é um evento frequente, porém pouco documentado, que pode causar graves consequências e até a morte do paciente. A capacitação, a orientação e o acompanhamento contínuo sobre os riscos à segurança do paciente frente às conexões erradas devem ser destinados a todos os profissionais de saúde. Medidas sugeridas 1. Oriente os pacientes e familiares a não manusear os dispositivos, não devendo realizar conexões ou desconexões, e que sempre solicitem a presença do profissional de enfermagem. 2. Identifique cateteres arteriais, venosos, peridurais e intratecais com cores diferentes para garantir o manuseio seguro. 3. Evite a utilização de injetores laterais nos sistemas arteriais, venosos, peridurais e intratecais. 4. Realize a higienização das mãos antes de manipular os sistemas de infusão. 5. Realize a desinfecção das conexões de cateteres com solução antisséptica alcoólica e gaze, por três vezes com movimentos circulares, antes de desconectar os sistemas. 6. Verifique todos os dispositivos, desde a inserção até a conexão, antes de realizar as reconexões, desconexões ou administração de medicamentos e soluções. Cartilha COREN 10 Passos final.indd 12 5/7/10 3:42 PM a. Checar imediatamente antes (Sign in - antes da indução anestésica): • Confirmação do paciente: identificação do paciente, do local da cirurgia, do procedimento a ser realizado e preenchimento do consentimento informado. • Marcação do local da intervenção cirúrgica pelo profissional que irá realizar o procedimento e/ou pelo paciente. • Realização dos procedimentos de segurança para anestesia, pelo anestesista, como a conferência do equipamento de anestesia. • Monitoramento de oximetria. • Verificação de alergias. • Verificação das dificuldades de ventilação ou risco de aspiração. • Avaliação de possíveis perdas sanguíneas ou risco de aspiração. b. Checar antes (Time out - antes da incisão na pele): • Confirmação de todos os membros que compõem a equipe, apresentando-se pelo nome e função. • Confirmação do paciente, local da cirurgia e tipo de procedimento. • Verificação pelo cirurgião dos pontos críticos da cirurgia, duração do procedimento e perdas sanguíneas. • Verificação pelo anestesista dos pontos críticos da anestesia. • Verificação pela enfermagem dos pontos críticos da assistência, como indicadores de esterilização e equipamentos necessários para a cirurgia. • Realização de antibioticoterapia profilática. • Verificação da necessidade de equipamentos radiográficos. c. Checar depois (Sign out - antes do paciente sair da sala de cirurgia): • Confirmação do procedimento realizado. • Conferência dos instrumentais, compressas e agulhas. • Conferência, identificação e armazenamento correto de material para biópsia. • Anotação e encaminhamento de problemas com algum equipamento. • Cuidados necessários na recuperação anestésica. 7. Solicite uma pausa nas atividades dos profissionais para a realização de cada etapa da lista de verificação, que deverá ser feita em voz alta. 8. Registre no prontuário que o procedimento de verificação foi realizado, bem como os nomes dos profissionais que participaram. Cartilha COREN 10 Passos final.indd 15 5/7/10 3:42 PM Pontos de atenção 1. A marcação cirúrgica deve ser clara e sem ambiguidade, devendo ser visível mesmo após o paciente preparado e coberto. 2. O local é marcado em todos os casos que envolvam lateralidade (direito/ esquerdo), múltiplas estruturas (dedos das mãos/pés, lesões) ou múltiplos níveis (coluna vertebral). 3. Se houver recusa do paciente em demarcar determinada região, ou o paciente não estiver orientado, a instituição deverá adotar mecanismos que assegurem o local correto, a intervenção correta e o paciente correto. Referências - Word Alliance for patient safety. Implementation manual WHO surgical safety checklist. Safe surgery saves lives. 1st ed, 2008. - Manual internacional de padrões de certificação hospitalar [editado PR] Consórcio Brasileiro de Acreditação de Sistemas de Saúde – CBA. Rio de Janeiro, 3ª Ed. 2008. Cartilha COREN 10 Passos final.indd 16 5/7/10 3:42 PM PASSO 5 SANGUE E HEMOCOMPONENTES Administração Segura A administração intravenosa de sangue total ou hemocomponentes pode ser definida como a transferência de sangue e hemocomponentes de um indivíduo (doador) para outro (receptor). Está indicada para pacientes que sofreram perda sanguínea significante ou alterações hematológicas decorrentes de doenças ou procedimentos (ex.: choque, traumatismo, hemorragia, doenças sanguíneas, intervenções cirúrgicas, entre outros). A infusão só poderá ocorrer após a confirmação da identidade do paciente e sua compatibilidade com o produto (glóbulos vermelhos, plaquetas, fatores da coagulação, plasma fresco congelado, glóbulos brancos). A administração deve limitar-se, sempre que possível, ao componente sanguíneo que o indivíduo necessita, pois a administração do produto específico é mais segura e evita reações em decorrência da infusão de componentes desnecessários. Erros na administração de sangue total e hemocomponentes comprometem a segurança do paciente. Medidas sugeridas 1. Confirme a identificação do paciente na pulseira, na prescrição médica e no rótulo do hemocomponente, antes da sua administração. Esta verificação deverá ocorrer DUAS vezes antes de iniciar a infusão. 2. Administre sangue total ou hemocomponentes provenientes de bancos de sangue qualificados, que realizam testes de identificação de doenças transmitidas pelo sangue (HIV, hepatite, sífilis) e mantêm controle de qualidade dos seus produtos quanto a coleta, análise, preparo, armazenamento e transporte. 3. Mantenha o sangue e alguns componentes por no máximo 30 minutos em temperatura ambiente antes de iniciar a infusão, ou de acordo com o protocolo institucional. 4. Aqueça os componentes apenas em equipamentos apropriados e em temperatura controlada. Nunca utilize aquecimento em banho-maria ou microondas. Cartilha COREN 10 Passos final.indd 17 5/7/10 3:42 PM PASSO 6 PACIENTE ENVOLVIDO COM SUA SEGURANÇA O paciente pode e deve contribuir para a qualidade dos cuidados à sua saúde, fornecendo informações importantes a respeito de si mesmo e interagindo com os profissionais da saúde. Ele deve ser estimulado a participar da assistência prestada e encorajado a fazer questionamentos, uma vez que é ele quem tem o conhecimento de seu histórico de saúde, da progressão de sua doença e dos sintomas e experiências com os tratamentos aos quais já foi submetido. Além disso, desenvolver um ambiente que proporcione cuidados centrados no paciente, tornando-o, bem como seus familiares, agentes ativos na busca de sua segurança, promove interesse, motivação e satisfação com o cuidado prestado, aspectos que possibilitam ter um bom resultado nas condições de saúde. Medidas sugeridas 1. Estimule o paciente ou algum responsável (família, responsável legal, advogado) a participar das decisões do cuidado. 2. Identifique características específicas quanto à maturidade, condições clínicas e legais que possibilitam assumir suas responsabilidades, como pacientes pediátricos, psiquiátricos, anestesiados, em tratamento intensivo ou emergencial. 3. Analise as fragilidades do paciente e a fase do tratamento ou doença, como a fadiga, estresse, dor e desconforto, associadas à ansiedade e ao medo, uma vez que estes aspectos podem influenciar as respostas do paciente. 4. Propicie o fortalecimento do vínculo do paciente e família com a equipe, pois estes fornecem informações sobre os sintomas, a história e o tratamento. 5. Compartilhe decisões sobre o tratamento e procedimento, por meio de informações referentes aos potenciais benefícios, riscos e prejuízos sobre cada opção que for apresentada. 6. Avalie as dificuldades de comunicação, barreiras de linguagem, falta de entendimento das orientações, fatores sociais e de personalidade que prejudicam a tomada de decisão adequada. Deve-se proceder à resolução desses aspectos por meio de processos institucionais e envolvimento da família. Cartilha COREN 10 Passos final.indd 20 5/7/10 3:42 PM 7. Utilize meios adequados e linguagem compreensível para disponibilizar as informações aos diferentes grupos de pessoas. 8. Utilize recursos que se adaptem aos pacientes que tenham barreiras visuais, auditivas e de fala. 9. Respeite o tempo de cada paciente para compreender as informações fornecidas. 10. Crie estratégias para verificar se o paciente compreendeu as informações, repetindo-as, caso os objetivos não tenham sido alcançados. 11. Permita que o paciente consulte as informações registradas no prontuário a respeito dos seus cuidados e tratamento, mantendo os documentos devidamente preenchidos, claros e sem rasuras. 12. Entenda que o paciente tem o direito de saber se os profissionais que irão cuidar dele são competentes para prestar uma assistência segura. 13. Leve em consideração perguntas, queixas e observações do paciente, pois ele é a última barreira para impedir que eventos adversos ocorram. 14. Eduque o paciente para a cidadania, estimulando-o a conhecer seus direitos e responsabilidades. 15. Disponibilize tempo para responder aos questionamentos do paciente e família, ouvir suas observações e promover a educação para a saúde. Referências: - PROQUALIS. Informações sobre segurança do paciente para desenvolvimento do Portal PROQUALIS. Centro colaborador para a qualidade do cuidado e a segurança do paciente. ICICT/FIOCRUZ. Rio de Janeiro, RJ, 2007. - Lyons M. Should patients have a role in patient safety? A safety engineering view. Qual Saf Health Care. 2007; 16:140-2. Cartilha COREN 10 Passos final.indd 21 5/7/10 3:42 PM PASSO 7 COMUNICAÇÃO EFETIVA A comunicação é um processo recíproco, uma força dinâmica capaz de interferir nas relações, facilitar e promover o desenvolvimento e o amadurecimento das pessoas e influenciar comportamentos. Existem diversas formas de comunicação, como verbal, não verbal, escrita, telefônica, eletrônica, entre outras, sendo fundamental que ocorra de forma adequada permitindo o entendimento entre as pessoas. O paciente recebe cuidados de diversos profissionais e em diferentes locais, o que torna imprescindível a comunicação eficaz entre os envolvidos no processo. Medidas sugeridas I – Passagem de plantão 1. Transmita informações sobre o paciente em ambiente tranquilo, livre de interrupções e com tempo disponível para esclarecer as dúvidas do outro profissional. 2. Comunique as condições do paciente, os medicamentos que utiliza, os resultados de exames, a previsão do tratamento, as recomendações sobre os cuidados e as alterações significativas em sua evolução. 3. Informe sobre os procedimentos realizados e, no caso de crianças, qual familiar acompanhou sua realização. 4. Registre as informações em instrumento padronizado na instituição para que a comunicação seja efetiva e segura. II – Registro em prontuário 1. Verifique se os formulários onde estão sendo realizados os registros são do paciente. 2. Coloque data e horário antes de iniciar o registro da informação. 3. Registre as informações em local adequado, com letra legível e sem rasuras. Cartilha COREN 10 Passos final.indd 22 5/7/10 3:42 PM PASSO 8 PREVENÇÃO DE QUEDA A queda pode ser definida como a situação na qual o paciente, não intencionalmente, vai ao chão ou a algum plano mais baixo em relação à sua posição inicial. A avaliação periódica dos riscos que cada paciente apresenta para ocorrência de queda orienta os profissionais a desenvolver estratégias para sua prevenção. Fatores de risco para ocorrência de queda: 1. Idade menor que 5 anos ou maior que 65 anos. 2. Agitação/confusão. 3. Déficit sensitivo. 4. Distúrbios neurológicos. 5. Uso de sedativos. 6. Visão reduzida (glaucoma, catarata). 7. Dificuldades de marcha. 8. Hiperatividade. 9. Mobiliário (berço, cama, escadas, tapetes). 10. Riscos ambientais (iluminação inadequada, pisos escorregadios, superfícies irregulares). 11. Calçado e vestuário não apropriado. 12. Bengalas ou andadores não apropriados. Medidas sugeridas 1. Identifique os pacientes de risco com a utilização de pulseiras de alerta. 2. Oriente os profissionais e familiares a manter as grades da cama elevadas. 3. Oriente o paciente e acompanhante a solicitar ao profissional auxílio para a saída do leito ou poltrona. 4. Oriente o acompanhante a não dormir com criança no colo. Cartilha COREN 10 Passos final.indd 25 5/7/10 3:43 PM 5. Oriente o acompanhante a avisar a equipe toda vez que for se ausentar do quarto. 6. Disponibilize equipamentos de auxílio à marcha, quando necessário. 7. Crie ambiente físico que minimize o risco de ocorrência de quedas, como barras de segurança nos banheiros, corrimões nas escadas, utilização de fitas antiderrapantes, placas de informação. 8. Adeque os horários dos medicamentos que possam causar sonolência. 9. Oriente a utilização de calçados com sola antiderrapante e adequados ao formato dos pés. 10. Realize periodicamente manutenção das camas, berços e grades. 11. Monitore e documente as intervenções preventivas realizadas. Pontos de atenção 1. O uso de contenção mecânica, em caso de agitação ou confusão do paciente, deve ser criteriosamente analisado, uma vez que requer a autorização de familiares, definição de protocolos institucionais e utilização de equipamentos apropriados. 2. Oriente o profissional de saúde a comunicar e registrar casos de queda, implementando medidas necessárias para diminuir danos relacionados à sua ocorrência. Referência - Sehested P, Severin-Nielsen T. Falls by hospitalized elderly patients: causes, prevention. Geriatrics 1977; 32:101-8. - Iatrogenia na assistência de enfermagem durante internação em UTI - Revista Ciência, Cuidado e Saúde Maringá, v. 1, n. 1, p. 159-162, 1. sem. 2002 Cartilha COREN 10 Passos final.indd 26 5/7/10 3:43 PM PASSO 9 PREVENÇÃO DE ÚLCERA POR PRESSÃO Úlcera por pressão é uma lesão na pele e ou nos tecidos ou estruturas subjacentes, geralmente localizada sobre uma proeminência óssea, resultante de pressão isolada, ou combinada com fricção e/ou cisalhamento. A avaliação periódica dos riscos que cada paciente apresenta para a ocorrência de úlceras por pressão orienta os profissionais a desenvolver estratégias para sua prevenção. Fatores de risco para úlcera por pressão: 1. Grau de mobilidade alterado. 2. Incontinência urinária e/ou fecal. 3. Alterações da sensibilidade cutânea. 4. Alterações do estado de consciência. 5. Presença de doença vascular. 6. Estado nutricional alterado. Medidas sugeridas 1. Avalie o risco do paciente para desenvolvimento de úlceras por pressão na admissão em qualquer serviço de saúde, realize reavaliações periódicas e utilize escalas específicas. 2. Proteja a pele do paciente do excesso de umidade, ressecamento, fricção e cisalhamento. 3. Mantenha os lençóis secos, sem vincos e sem restos alimentares 4. Utilize dispositivos de elevação (elevador, trapézio), rolamentos ou lençóis ao realizar a transferência do paciente da cama para a maca, da cama para a poltrona, entre outras. 5. Hidrate a pele do paciente com cremes à base de ácidos graxos essenciais. 6. Realize mudança de decúbito conforme protocolos institucionais. 7. Incentive a mobilização precoce passiva e/ou ativa, respeitando as condições clínicas do paciente. Cartilha COREN 10 Passos final.indd 27 5/7/10 3:43 PM 11. Posicione o equipamento em local seguro para prevenir quedas e acidentes. 12. Faça as anotações na ficha de atendimento ou no prontuário do paciente descrevendo a orientação fornecida, as condições do equipamento e o uso no paciente. 13. Monitore o paciente com frequência, analisando as condições do equipamento em uso. 14. Analise se o equipamento tem condições técnicas para o atendimento das necessidades clínicas do paciente, participando do processo de adequação da tecnologia aplicada ao cuidado de enfermagem. Pontos de atenção 1. Conheça as diferentes alternativas tecnológicas, auxiliando na escolha do equipamento mais adequado. 2. Verifique e aplique as legislações pertinentes. 3. Conheça e siga os protocolos específicos no uso e manuseio de cada equipamento. Cartilha COREN 10 Passos final.indd 30 5/7/10 3:43 PM 4. Conheça as condições de substituição, empréstimo, obsolescência e ou alocação do recurso tecnológico. 5. Certifique-se de que possui habilidade e conhecimento técnico para o manuseio do equipamento com segurança. 6. Em caso de falta do recurso tecnológico necessário, o enfermeiro deve verificar se há alternativas. 7. Se o paciente referir alergia a algum produto / conexão / tubo do equipamento, registre na ficha de atendimento ou no prontuário e realize a substituição. 8. Na recusa do paciente em utilizar o equipamento, explique os benefícios e indicações para o tratamento de saúde e identifique os motivos para a rejeição. Se necessário o enfermeiro deve avaliar as condições do paciente, sua opinião e a possibilidade de substituição do equipamento. Referências - Silva LK. Avaliação tecnológica e análise custo-efetividade em saúde: a incorporação de tecnologias e a produção de diretrizes clínicas para o SUS. Rio de Janeiro: Departamento de Administração e Planejamento em Saúde- ENSP/Fiocruz, 2003. pg 501-20. - Banta HD. Health Care Technology as a Policy Issue. Health Policy 1994; 30: 1-20. - Institute of Medicine. Donaldson MS, Sox JR, HC (eds). Setting Priorities for Health Technology Assessment: A Model Process. Washington DC, National Academy Press; 1992. Cartilha COREN 10 Passos final.indd 31 5/7/10 3:43 PM dep Enfermagem para “a /se gurança CORENT e AN »Paciente E sp-gov.br
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