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Guias e Dicas
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Biossegurança-noções gerais e microbiologia, Notas de estudo de Enfermagem

Biossegurança-Noções gerais

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 07/10/2010

iris-marinho-jireh-o-deus-da-minha-
iris-marinho-jireh-o-deus-da-minha- 🇧🇷

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Baixe Biossegurança-noções gerais e microbiologia e outras Notas de estudo em PDF para Enfermagem, somente na Docsity! BIOSSEGURANÇA PRINCÍPIOS GERAIS DA BIOSSEGURANÇA RISCO AMBIENTAL SAÚDE OCUPACIONAL VÍRUS,BACTÉRIAS,FUNGOS,PROTOZOÁRIOS LIXO NOÇÕES DE HIGIENE DA ALIMENTAÇÃO PREVENÇÃO E CONTROLE DA INFECÇÃO 2010 BIOSSEGURANÇA 1-PRINCÍPIOS GERAIS DA BIOSSEGURANÇA: 1.1-DEFINIÇÕES GERAIS :  BIOSSEGURANÇA: é o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, visando à saúde do homem, dos animais, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados” (Teixeira & Valle, 1996).  A biossegurança é uma ciência que surgiu para controlar e diminuir os riscos quando se praticam diferentes tecnologias, tanto aquelas desenvolvidas em laboratórios, ambulatórios como as que envolvem o meio ambiente. Também aparece em: indústrias, hospitais, clínicas, laboratórios de saúde pública, laboratórios de análises clínicas, hemocentros, universidades, etc. A biossegurança é regulada por um conjunto de leis que ditam e orientam como devem ser conduzidas as pesquisas tecnológicas.  No Brasil está formatada legalmente para os processos envolvendo: a) organismos geneticamente modificados, de acordo com a Lei de Biossegurança - N. 8974 de 05 de Janeiro de 1995. b) os alimentos transgênicos, produtos da engenharia genética.  SAÚDE OCUPACIONAL: é uma área da saúde que cuida especificamente da saúde do trabalhador, especialmente na prevenção e no tratamento de moléstias ocasionadas pelo próprio trabalho, como é o caso, por exemplo, da LER – Lesão do esforço repetitivo tão em voga ultimamente. A prática de Esportes ajuda muito, afinal Esporte É Saúde. A preocupação e o cuidado com a saúde e o bem estar dos trabalhadores é um assunto debatido no mundo inteiro, sendo a Organização Internacional do Trabalho o órgão que agrega as políticas internacionais de saúde ocupacional. No Brasil o Ministério da Saúde e o Ministério do Trabalho e Emprego é o órgão responsável pela segurança do trabalho e a saúde do trabalhador objetos do conceito de saúde ocupacional. O TEM é responsável pela emissão das portarias e normas que regulamentam a legislação federal que trata sobre o assunto. 1.2-EXAMES QUE DEVEM SER SOLICITADOS NA ADMISSÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE: · Eletroencefalograma com laudo · Eletrocardiograma com laudo · Hemograma completo com contagem de plaquetas · Glicemia em jejum · Lipidograma Total (Colesterol fracionado e Triglicérides) acidente de trabalho, para efeitos previdenciários, a doença profissional, a doença do trabalho e o acidente de trajeto: a) A doença profissional é aquela produzida ou desencadeada pelo exercício de trabalho peculiar à determinada atividade. b) Doença do trabalho é aquela adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relaciona diretamente. c) O acidente de trajeto é aquele sofrido no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção. 1.3-RELAÇÃO DE VACINAS DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE · VACINA ANTI-HEP B; · VACINA CONTRA BCG; · VACINA CONTRA dT- difteria e tétano; · VACINA CONTRA A RUBÉOLA; · VACINA CONTRA FEBRE AMARELA. 1.4-RISCOS AMBIENTAIS: CLASSIFICAÇÃO DOD RISCOS AMBIENTAIS A maioria dos processos pelos quais o homem modifica os materiais extraídos da natureza, para transformá-los em produtos segundo as necessidades tecnológicas atuais, capazes de dispensar no ambiente dos locais de trabalho substâncias que, ao entrarem em contato com o organismo dos trabalhadores, podem acarretar moléstias ou danos a sua saúde. Estes processos poderão originar condições físicas de intensidade inadequada para o organismo humano, sendo que ambos os tipos de riscos são geralmente de caráter acumulativo e chegam, às vezes, a produzir graves danos aos trabalhadores. · Riscos Químicos: São as diversas substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão. · Riscos Físicos: representam um intercâmbio brusco de energia entre o organismo e o ambiente, em quantidade superior àquela que o organismo é capaz de suportar, podendo acarretar uma doença profissional. # temperaturas extremas: como frio e calor. # ruído. # vibrações. # pressões anormais. # umidade. # radiações ionizantes: são as mais perigosas e de alta frequência: raios X, raios Gama (emitidos por materiais radiativos) e os raios cósmicos. Ionizar significa tornar eletricamente carregado. Quando uma substância ionizável é viva, sua estrutura química pode ser modificada. A exposição à radiação ionizante pode danificar nossas células e afetar o nosso material genético (DNA), causando doenças graves, levando até à morte. O maior risco da radiação ionizante é o câncer! Pode ainda, provocar defeitos genéticos nos filhos de homens ou mulheres expostos. Os danos ao nosso patrimônio genético (DNA) podem passar às futuras gerações. É o que chamamos de mutação. Crianças de mães expostas à radiação durante a gravidez podem apresentar retardamento mental. # radiações não-ionizantes: são radiações de baixa freqüência: luz visível, infravermelho, micro- ondas, frequência de rádio, radar, ondas curtas e ultrafrequências (celular). Embora esses tipos de radiação não alterem os átomos, alguns, como as microondas, podem causar queimaduras e possíveis danos ao sistema reprodutor. Campos eletromagnéticos, como os criados pela corrente elétrica alternada a 60 Hz, também produzem radiações não ionizantes. # iluminação deficiente. # ultra-som. · Riscos Biológicos: são microrganismos que podem contaminar o trabalhador e são, basicamente: # as bactérias # os fungos # os bacilos # os parasitas # os protozoários # os vírus Muitas atividades profissionais favorecem o contato com tais riscos. É o caso das indústrias de alimentação, hospitais, limpeza pública (coleta de lixo), laboratórios, etc. Estes microrganismos podem provocar diversas doenças, entre elas:tuberculose, brucelose, malária, febre amarela. 2-HIGIENE E PROFILAXIA: Toda e qualquer medida que procure impedir que contraia doenças pode ser chamada de medida profilática. E higiene é a maior das medidas profiláticas. Consiste em lavar sempre as mãos, antes das refeições, depois de usar o banheiro, ao chegar em casa, ao manusear dinheiro, quando mexe com o lixo e em mais uma série de ocasiões. Tomar banho, escovar os dentes e outras. 2.2-DOENÇAS VEICULADAS PELA ÁGUA: Por ingestão de água contaminada: . Cólera . Disenteria amebiana . Disenteria bacilar . Febre tifoide e paratifoide . Gastroenterite . Giardiase . Hepatite infecciosa . Leptospirose . Paralisia infantil . Salmonelose Por contato com água contaminada: . Escabiose (doença parasitária cutânea conhecida como Sarna) . Tracoma (mais frequente nas zonas rurais) . Verminoses, tendo a água como um estágio do ciclo . Esquistossomose Por meio de insetos que se desenvolvem na água: . Dengue . Febre Amarela . Filariose . Malária Cólera, febre tifoide e paratifoide são as doenças mais frequentemente ocasionadas por águas contaminadas e penetram no organismo via cutâneo - mucosa como é o caso de via oral. 2.3-NOÇÕES DE HIGIENE DA ALIMENTAÇÃO: 2.31- Higiene dos Alimentos Em época de festas como a do carnaval, a compra de alimentos e bebidas em barracas de rua ou com vendedores ambulantes, é comum acontecer, pois as pessoas passam a maior parte do tempo nas ruas aproveitando a festa. Assim, torna-se um hábito a preferência por este tipo de comida que por ser rápida e geralmente mais econômica. A higiene é fundamental, para prevenir a grande quantidade de doenças que possam ser transmitidas preparados, para que o perdigoto (saliva) não caia sobre eles. Os Cuidados na Cozinha Alguns alimentos atraem moscas, formigas e outros insetos. Evitar o uso de aerossóis e inseticidas na cozinha, usando, ao invés disto, mata-moscas manuais, cobrindo os alimentos e tampando bem as panelas. Também os animais domésticos, especialmente cães e gatos, devem ser mantidos longe da cozinha, não só pelo contato direto com os alimentos mas também devido ao risco maior de parasitoses. Pessoas que acabaram de cuidar de um animal devem lavar muito bem as mãos, e não tocar em seguida os alimentos. Prevenindo Doenças As manifestações mais comuns relacionadas com a inadequada manipulação dos alimentos, sem higiene, são vômitos, diarréias, febres, além de infecções. Uma das infecções mais conhecidas é a Salmonelose, que é contraída a partir de ovos crus. Para reduzir o risco de infecção por Salmonela, eis alguns cuidados: - Manter os ovos refrigerados, descartando ovos rachados ou sujos. - Limpar bem as cascas do ovo, colocando-o em água corrente, antes de usá-los. – Preferencialmente, usar ovos cozidos e servi-los logo após o preparo. – 2.3.2-LIXO : DEFINIÇÃO , CLASSIFICAÇÃO E TRATAMENTO A palavra lixo, derivada do termo latim lix, significa "cinza". No dicionário, ela é definida como sujeira, imundice, coisa ou coisas inúteis, velhas, sem valor. Lixo, na linguagem técnica, é sinônimo de resíduos sólidos e é representado por materiais descartados pelas atividades humanas. Para determinar a melhor tecnologia para tratamento, aproveitamento ou destinação final do lixo é necessário conhecer a sua classificação: · Lixo urbano : Formado por resíduos sólidos em áreas urbana, inclua-se aos resíduos domésticos, os efluentes industriais domiciliares (pequenas industria de fundo de quintal) e resíduos comerciais. · Lixo domiciliar : Formado pelos resíduos sólidos de atividades residenciais, contém muita quantidade de matéria orgânica, plástico, lata, vidro. · Lixo comercial : Formado pelos resíduos sólidos das áreas comerciais . Composto por matéria orgânica, papéis, plástico de vários grupos. · Lixo público : Formado por resíduos sólidos produto de limpeza pública (areia, papéis, folhagem, poda de árvores). · Lixo especial : Formado por resíduos geralmente industriais, merece tratamento, manipulação e transporte especial, são eles, pilhas, baterias, embalagens de agrotóxicos, embalagens de combustíveis, de remédios ou venenos. · Lixo industrial : Nem todos os resíduos produzidos por industria, podem ser designados como lixo industrial. Algumas industrias do meio urbano produzem resíduos semelhantes ao doméstico, exemplo disto são as padarias; os demais poderão ser enquadrados em lixo especial e ter o mesmo destino. · Lixo de serviço de saúde (RSSS) :Resíduos Sólido de Serviço de Saúde (RSSS0 Os serviços hospitalares, ambulatórios, farmácias, são geradores dos mais variados tipos de resíduos sépticos, resultados de curativos, aplicação de medicamentos que em contato com o meio ambiente ou misturado ao lixo doméstico poderão ser patógenos ou vetores de doenças, devem ser destinados a incineração. · Lixo atômico: Produto resultante da queima do combustível nuclear, composto de urânio enriquecido com isótopo atômico 235. A elevada radioatividade constitui um grave perigo à saúde da população , por isso deve ser enterrado em local próprio, inacessível. · Lixo espacial: Restos provenientes dos objetos lançados pelo homem no espaço, que circulam ao redor da Terra com a velocidade de cerca de 28 mil quilômetros por hora. São estágios completos de foguetes, satélites desativados, tanques de combustível e fragmentos de aparelhos que explodiram normalmente por acidente ou foram destruídos pela ação das armas anti-satélites. · Lixo radioativo: Resíduo tóxico e venenoso formado por substâncias radioativas resultantes do funcionamento de reatores nucleares. Como não há um lugar seguro para armazenar esse lixo radioativo, a alternativa recomendada pelos cientistas foi colocá-lo em tambores ou recipientes de concreto impermeáveis e a prova de radiação, e enterrados em terrenos estáveis, no subsolo. 3- NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA 1-Microbiologia e Parasitologia: É a ciência que estuda as relações entre os seres vivos, suas principais características e formas de associação, como as infecções parasitárias e a transmissão dos agentes infecciosos; a seguir, analisaremos as vias de penetração e de eliminação destes agentes. 2-Cadeia de transmissão dos agentes infecciosos Para que ocorram infecções parasitárias é fundamental que haja elementos básicos expostos e adaptados às condições do meio. Os elementos básicos da cadeia de transmissão das infecções parasitárias são o hospedeiro, o agente infeccioso e o meio ambiente. No entanto, em muitos casos, temos a presença de vetores, isto é, insetos que transportam os agentes infecciosos de um hospedeiro parasitado a outro, até então sadio (não-infectado). É o caso da febre amarela, da leishmaniose e outras doenças. 2.1-Elementos básicos da cadeia de transmissão:  Hospedeiro: Na cadeia de transmissão, o hospedeiro pode ser o homem ou um animal, sempre exposto ao parasito ou ao vetor transmissor, quando for o caso. Na relação parasito-hospedeiro, este pode comportar-se como um portador são (sem sintomas aparentes) ou como um indivíduo doente (com sintomas), porém ambos são capazes de transmitir a parasitose. O hospedeiro pode ser chamado de intermediário quando os parasitos nele existentes se reproduzem de forma assexuada; e de definitivo quando os parasitos nele alojados se reproduzem de modo sexuado. A Taenia solium, por exemplo, precisa, na sua cadeia de transmissão, de um hospedeiro definitivo, o homem, e de um intermediário, o porco.  Agente infeccioso O agente infeccioso é um ser vivo capaz de reconhecer seu hospedeiro, nele penetrar, desenvolver-se, multiplicar-se e, mais tarde, sair para alcançar novos hospedeiros. Os agentes infecciosos são também conhecidos pela designação de micróbios ou germes, como as bactérias, protozoários, vírus, ácaros e alguns fungos. Existem, porém, os helmintos e alguns artrópodes, que são parasitos maiores e facilmente identificados sem a ajuda de microscópios. Só para termos uma ideia, a Taenia saginata, que parasita os bovinos e também os homens, pode medir de quatro a dez metros de comprimento. Os parasitos são também classificados em endoparasitos e ectoparasitos. Endoparasitos são aqueles que penetram no corpo do hospedeiro e aí passam a viver. . Ectoparasitos são aqueles que não penetram no hospedeiro, mas vivem externamente, na superfície de seu corpo, como os artrópodes - dentre os quais destacam-se as pulgas, As bactérias: características gerais Como vimos anteriormente, as bactérias são organismos muito pequenos, porém maiores que os vírus, mas visíveis somente ao microscópio. Apresentam formas variadas e pertencem ao reino Monera, sendo, portanto, seres unicelulares – procariontes. As que têm formas arredondadas são chamadas de cocos, como o Streptococcus pneumoniae, capaz de causar a pneumonia no homem; as alongadas são denominadas bacilos, como o Clostridium tetani, responsável pelo tétano; as de forma espiralada recebem o nome de espirilos, como a Treponema pallidum, que causa a sífilis; as que se parecem com uma vírgula são conhecidas como vibriões, como o Vibrio cholerae, causador da cólera. Grande parte das bactérias, bem como os fungos, são organismos decompositores, portanto vivem no meio ambiente, fazendo a reciclagem da matéria orgânica. Outras, atuam como parasitas, causando doenças - são as patogênicas; existem ainda aquelas que, embora vivam no organismo de outro ser vivo, não causam doenças - são as comensais. Quem poderia imaginar que existem bactérias na pele e nas mucosas de pessoas sadias? E mais, participando da manutenção da saúde e de atividades normais dos indivíduos? Muitas bactérias fazem parte da flora normal humana, colonizando a pele, as mucosas do trato respiratório (boca, nariz) e o intestino. Sua presença tem importante papel na defesa do organismo, impedindo, por competição, a entrada de agentes infecciosos capazes de causar doenças. Quantos de nós, após o uso prolongado de antibióticos, já não tomamos iogurtes e compostos ricos em lactobacilos (bactérias comensais)? O objetivo é recuperar a flora bacteriana para a proteção de nossa mucosa e, assim, facilitar a digestão. Comparando-se com as bactérias de vida livre, são poucas as que causam doenças, mas dentre elas há algumas bastante agressivas. Principais doenças transmitidas por bactérias As infecções cutâneas mais comuns no homem são causadas por bactérias do grupo dos estafilococos - caso dos furúnculos ou abscessos, carbúnculo, foliculite (infecção na base dos pêlos) e acne.. Podemos ainda citar as doenças causadas por estreptococos, tais como erisipelas, e impetigo. A hanseníase é causada por um bacilo chamado Mycobacterium leprae, que afeta a pele e o sistema nervoso, causando deformações e falta de sensibilidade. O contágio ocorre pelo contato íntimo e prolongado com o indivíduo infectado. A pneumonia pode ser causada pelo S. pneumoniae ou por fungos. O S . pneumoniae é um habitante comum da garganta e nasofaringe de indivíduos saudáveis. A doença surge com a disseminação desse agente para outros locais: pulmões, seios paranasais (sinusite), ouvido (otite), faringe (faringite) e meninges (meningite). A infecção é causada pela aspiração do agente infeccioso ou por sua presença em fômites contaminados por secreções, principalmente devido à baixa resistência do indivíduo. A meningite é doença grave, caracterizada pela inflamação das meninges - membranas que envolvem a medula espinhal, o cérebro. Os fungos: características gerais Os fungos - estudados no ramo da parasitologia chamado de micologia - são seres vivos que possuem organização rudimentar, sendo constituídos por talos, formados por uma ou mais células. São encontrados nos meios terrestre e aquático. Muitos, juntamente com as bactérias, são decompositores; alguns, são parasitos e outros são utilizados como alimento (cogumelos), embora, nesse caso, haja alguns tóxicos e venenosos. Existem espécies de fungos utilizados na produção de queijos, fermentação de pães, preparo de bebidas (vinho, cerveja, rum, whisky, gim), fabricação de medicamentos (antibióticos), produtos químicos (etanol, glicerol), etc. Principais patologias transmitidas por fungos Os fungos que vivem como parasitas são capazes de provocar doenças chamadas de micoses, que podem ser de dois tipos: a) as superficiais, geralmente brandas, ocorrem com a disseminação e o crescimento dos fungos na pele, unha e cabelos. Assim, temos a dermatofise (tínea), esporotricose, candidíase (sapinho na boca), pitiríase, pé-de-atleta, etc. b) as profundas são menos frequentes e envolvem órgãos internos, podendo representar risco de vida - como a histoplasmose, que afeta o pulmão e o baço. As micoses profundas ocorrem principalmente em indivíduos com baixa resistência, como os aidéticos. Os fungos propagam-se pelo ar na forma de esporos, podendo ser inalados, deglutidos ou depositados na pele ou mucosas. A transmissão se dá pessoa a pessoa ou por meio de objetos, peças de vestuário, calçados, assoalhos ou pisos de clubes esportivos, sempre em lugares onde não há vigilância sanitária. A transmissão também pode ocorrer diretamente de animais - como o cão, gato e cavalo - para o homem. As espécies do gênero Candida podem ser encontradas nas condições de comensais, na pele, nas mucosas, no intestino e nos órgãos cavitários (boca, vagina e ânus). Em condições de baixa resistência do hospedeiro, podem causar doenças. Por isso, o ideal é que estejamos sempre com boa saúde e elevada resistência. Protozoários Os protozoários: características gerais: Os protozoários são seres unicelulares cuja maioria é extremamente pequena, ou seja, microscópica. A maior parte vive de forma livre em ambientes úmidos ou aquáticos, mas existem protozoários comensais (Entamoeba coli) e os que são parasitos do homem e capazes de causar doenças graves, como a malária e a doença de Chagas. Possuem formatos variados - esférico, oval e alongado - e alguns se locomovem através de flagelos, cílios ou projeções do próprio corpo (pseudópodes), mas também há aqueles que não se movimentam. Apresentam-se de duas formas distintas: • forma de trofozoíto (também conhecida como vegetativa) – é a forma ativa, que se reproduz, alimenta-se e vive no interior do hospedeiro; • forma de cisto e oocisto – são formas inativas e de resistência dos protozoários, encontradas nas fezes do hospedeiro. Para facilitar nosso estudo, separaremos os protozoários em grupos menores, em função da presença de estruturas por eles utilizadas na locomoção: • protozoários que se locomovem por meio de projeções celulares, denominadas pseudópodes: os sarcodíneos (amebas); • protozoários que se locomovem por meio de flagelos, denominados mastigóforos ou flagelados: Trypanosoma cruzi, Trichomonas e Giardia; • protozoários que se locomovem utilizando cílios, denominados ciliophoros ou coli; • protozoários que não possuem estruturas locomotoras: sporozoários (Plasmodium e Toxoplasma gondïi). Os protozoários parasitos do homem podem habitar os tecidos, incluindo o sangue (Tripanosoma cruzi), as cavidades genitais e urinárias (Trichomonas) e o intestino (giardia e amebas). 4-PREVENÇÃO E CONTROLE DA INFECÇÃO: 4.1-CCIH: Para diminuir os riscos de ocorrência de infecção hospitalar, todo hospital deve constituir uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), que tem a responsabilidade por uma série de medidas como o incentivo da correta higienização das mãos dos profissionais de saúde; o controle do uso de antimicrobianos, a fiscalização da limpeza e desinfecção de artigos e superfícies, etc. Essa comissão deve: 1. Desenvolver ações na busca ativa das infecções hospitalares; 2. Avaliar e orientar as técnicas relacionadas com procedimentos invasivos; 3. Participar da equipe de padronização de medicamentos; 4. Prevenção e controle das infecções hospitalares; 5. Controle de limpeza da caixa de água; 6. Controle no uso de antibiótico; 7. Implantar e manter o sistema de vigilância epidemiológica da infecções hospitalares; 8. Elaborar treinamentos periódicos das rotinas do CCIH; 6.1.1-DEFINIÇÃO DE ISOLAMENTO: Conjunto de medidas adotadas para fazer uma barreira que impeça a disseminação de agentes infecciosos de um paciente para outro , para visitantes e/ou para o meio ambiente. Indicação de Isolamento: Para doenças infecciosas com situações definidas , e apenas durante o período de transmissibilidade das doenças. Portanto esta definição de isolamento deve englobar o período de incubação e de transmissibilidade das doenças. Portanto chama-se de isolamento , um quarto individual 6.1.2-Diretrizes para precauções e isolamento em serviços de saúde Tipos de Precauções Gerais : o sistema de precauções conta com 3 pontos básicos de precauções: 1) Precauções Padrão (“Standard”); 2) Precauções por rotas de transmissão; 3)Precauções empíricas. 1 - PRECAUÇÕES PADRÃO : devem ser tomadas para contatos com todos os tipos de pacientes, independentemente de infectados ou não: a) A lavagem de mãos antes e após o contato com mucosas e soluções de continuidade além de contato com secreções, excreções e outras drenagens corporais. b) Luvas para tocar diretamente a matéria orgânica infectante, máscara como barreira física no caso de “spray “de sangue durante procedimento, por exemplo e avental para evitar contato da roupa com a matéria infectante são a base destas orientações. c) O cuidado com materiais e roupas sujas de matéria orgânica além de cuidados com perfuro cortantes descartados em recipientes rígidos fazem parte destas recomendações “standard”. --Como se pode facilmente observar, tratam-se de orientações baseadas quase totalmente em conhecimentos tradicionais de higiene. (QUALQUER MATÉRIA ORGÂNICA É POTENCIALMENTE RESPONSÁVEL PELA TRANSMISSÃO DE MICROORGANISMOS.). 2 - PRECAUÇÕES POR ROTAS DE TRANSMISSÃO , são subdivididas em: a) contato, b) ar e c) partículas. -Para todos os tipos de precauções por Rotas de Transmissão, no caso de diagnósticos pelo mesmo microrganismo em pacientes diferentes, está prevista a possibilidade de compartilharem o mesmo quarto ou enfermaria. 2a- PRECAUÇÕES POR ROTAS DE TRANSMISSÃO POR CONTATO: pode ser por doenças transmitidas através do contato com um ou mais tipos de matéria orgânica. , uso de luvas e aventais segue a mesma orientação para as Precauções Padronizadas. A diferença, nestes casos é que os microrganismos existentes são sabidamente patógenos primários.. Deve ser evitado o transporte e sempre que for indispensável a drenagem deve ser coberta de forma a não extravasar, ideal é que materiais de contato direto, como estetoscópio, esfigmomanômetros sejam de uso individual. Exemplos de doenças nesta categoria: Contato entérico- Shighella, Hepatite A, rotavírus; contato secreções respiratórias- Virus sincicial respiratório, parainfluenza, enterovírus; contato pele- impetigo, herpes simples, pediculose. · 2b- PRECAUÇÕES POR ROTA DE TRANSMISSÃO PELO AR: são precauções para doenças transmitidas por partículas menores de 5 m , ficam dispersas no ar e são transmitidas a longa distância. · -Embora não tenha comprovação de eficácia é recomendado o uso de máscara cirúrgica no paciente quando o transporte é inevitável, da mesma forma que para paciente com tuberculose. O objetivo é minimizar a dispersão das partículas,· recomenda também quarto individual e ar com pressão negativa para o quarto deste pacientes. Este ultimo ponto é bastante controverso, além de existirem lacunas nos estudos de custo benefício para a realidade brasileira. · Entre as doenças nesta categoria estão Tuberculose, Sarampo, Varicela. Para as duas últimas é recomendado que pessoas suscetíveis não entrem no quarto. · 3- PRECAUÇÕES POR ROTAS DE TRANSMISSÃO POR PARTÍCULAS: são usadas para doenças que podem ser transmitidas por tosse, espirro ou mesmo conversando por partículas de saliva maiores que 5 m. · Deve ser utilizada máscara como barreira física para se aproximar do paciente a partir de 1 metro e meio. O transporte deve ser evitado, mas quando indispensável colocar máscara no paciente. Exemplos: Doenças desta categoria são Coqueluche, Rubéola (suscetíveis não devem entrar no quarto), Influenza, Adenovírus, Meningococco, Mycoplasma, Difteria entre outras. Deve ser utilizado quarto individual para estes pacientes. 3- As PRECAUÇÕES EMPÍRICAS devem ser tomadas no caso de suspeita de determinadas infecções escolhendo a PRECAUÇÃO POR ROTA DE TRANSMISSÃO específica (ar, partículas, ou contato) para a patologia suspeita. · -O paciente, adulto ou criança, apresenta síndromes infecciosas altamente compatíveis com determinados microrganismos e/ou doenças. Exemplos: Meningite petéquias, febre = meningite meningocócica; história de colonização ou infecção por microrganismos multi-resistentes = risco de colonização por multi-resistentes; tosse, febre, infiltrado pulmonar em qualquer localização pulmonar em paciente com HIV = tuberculose.· A decisão das precauções neste caso baseiam-se, portanto, na suspeita de uma doença altamente transmissível. 7-FUNÇÕES DA EQUIPE HOSPITALAR: a) Prestação de atendimento médico e complementares ( enfermagem, laboratório e outros correlacionados) aos doentes em regime de internação; b) Desenvolvimento sempre que possível de atividades de natureza preventiva; c) Participação em programas de natureza comunitária procurando atingir o contesto Sócio-Familiar dos pacientes, incluindo aqui a educação em saúde, que abrange a divulgação dos conceitos de promoção, proteção e prevenção da saúde. 8-EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL: EPIS São quaisquer meios ou dispositivos destinados a ser utilizados por uma pessoa contra possíveis riscos ameaçadores da sua saúde e segurança durante o exercício de uma determinada atividade. Um equipamento de proteção individual pode ser formado por vários meios ou dispositivos associados de forma a proteger o seu utilizador contra um ou vários riscos simultâneos. 8.1-TIPOS DE EQUIPAMENTOS INDIVIDUAL: Os EPIs podem dividir-se em termos da zona corporal a proteger: • Proteção da cabeça • capacete • Proteção auditiva • Abafadores de ruído (ou protetores auriculares) e tampões • Proteção respiratória • Máscaras ; aparelhos filtrantes próprios contra cada tipo de contaminante do ar: gases, aerossóis por exemplo. • Proteção ocular e facial • Óculos , viseiras e máscaras • Proteção de mãos e braços • Luvas , feitas em diversos materiais e tamanhos conforme os riscos contra os quais se quer proteger: mecânicos, químicos, biológicos, térmicos ou elétricos. • Proteção de pés e pernas
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