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Guias e Dicas
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11-PF-Laminação com automação, Notas de estudo de Automação

processos de fabrcaçao laminaçao ifgoias 5p2010

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 05/10/2010

jorge-felix-10
jorge-felix-10 🇧🇷

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Pré-visualização parcial do texto

Baixe 11-PF-Laminação com automação e outras Notas de estudo em PDF para Automação, somente na Docsity! 122 Conformação mecânica combina com... automação Você certamente já assistiu a alguns filmes de ficção científica onde se mostrava a sala de controle de naves espaciais. Sim, aquelas mesmas que, segundo a imaginação e os efeitos especi- ais criados pelos produtores, cruzarão o universo daqui a alguns séculos, perseguindo ou sendo perseguidas pelos mais variados tipos de bandidos interplanetários. Faça um esforço de memória. Lembra-se das paredes forradas de telas de computadores com gráficos, figuras e números que não acabavam mais? E daquela infinidade de botões, chaves e luzes de tudo que é cor? Pois bem, em algumas instalações industriais atuais, ainda em pleno século XX, você vai encontrar salas de controle bastante semelhantes àquelas dos filmes. E elas estão nas usinas hidrelé- tricas, nucleares e siderúrgicas, nas indústrias petroquímicas... Dessas salas, um ou alguns técnicos observam o funcionamento de toda a instalação. Nesta tarefa contam com o inestimável au- xílio de vários computadores. Essas salas de controle, no entanto, nem sempre foram tão sofisticadas. Nem sempre contaram com computadores. É que, com o passar dos anos, a inteligência hu- mana aliada às necessidades do mercado consumidor fizeram surgir uma série de aparelhos, máquinas e equipamentos desti- nados a aumentar a produtividade das indústrias e a qualidade dos produtos. Assim, algumas instalações industriais e fábricas acabaram se tornando complicadas demais para serem supervisionadas pelos métodos convencionais. Imagine um técnico de óculos, avental branco e prancheta na mão andando pela fábrica e anotando a pressão de um manômetro aqui, a temperatura de um termômetro 123 ali. Abrindo uma válvula mais adiante ou desligando um motor elétrico numa outra seção. Fácil, não? Agora imagine 50 manô- metros, 40 termômetros, 120 válvulas e 80 motores elétricos. E todas as operações descritas acima tendo que ser repetidas a cada hora. É, se conseguisse dar conta de um dia de serviço, esse mesmo técnico teria pesadelos com manômetros, motores e tudo o mais pelo resto de sua vida. Você que é esperto até já percebeu onde queremos chegar, não é mesmo, caro aluno? Pois então, o objetivo desta aula é justamen- te mostrar que os sistemas de automação se combinam muito bem com os processos de conformação mecânica. Confira. E outra vez o computador Ao aumentar o número de variáveis a serem controladas não res- tou ao homem outra opção além da automação e... é, já adivi- nhou... Ele mesmo, o computador. No tipo de instalação de que estamos tratando aqui, os computa- dores estão organizados de uma forma hierárquica. É como numa empresa onde temos o diretor, o gerente, o supervisor e o operá- rio, cada um deles com uma determinada tarefa e interligados uns aos outros por meio de relações de subordinação. No mundo da automação, também há computadores que dão ordens a outros, numa cadeia com tantos níveis quanto for o ta- manho da complexidade daquilo que se pretende automatizar. Nos níveis mais baixos dessa pirâmide, encontramos os compu- tadores que “põem a mão na massa”, ou seja, que estão ligados diretamente às máquinas e equipamentos. Esses computadores são chamados de CLPs - controladores lógico programáveis, ou simplesmente CP - controladores programáveis. Dessa forma, tudo o que é detectado pelos sensores de pressão, temperatura, velocidade e quaisquer outras variáveis que preci- sam ser controladas, é levado à sala de controle através de cabos elétricos. Os computadores analisam essas informações, compa- 126 Na laminação a quente uma variável adicional se faz presente: a temperatura da tira metálica. Ela influi na estrutura cristalina do metal e, conseqüentemente, em suas propriedades mecânicas. Assim, é necessário controlar as temperaturas medindo-as atra- vés dos pirômetros e atuando nos aquecedores de indução. Como você já deve ter observado, não é uma tarefa fácil automa- tizar uma linha de laminação. Existem muitas variáveis que inter- ferem no processo e influem na qualidade do produto final. Além disso, essas variáveis estão relacionadas umas às outras. Alte- ramos uma e acabamos mudando outras. É como aquele antibió- tico que cura uma infecção na garganta mas acaba por atacar o estômago. Para lidar com esses vários efeitos e na velocidade em que ocor- rem, tanto os computadores propriamente ditos como os progra- mas de controle devem ser eficientes e confiáveis. Eventuais fa- lhas podem pôr em risco a vida dos funcionários ou causar prejuí- zos em máquinas e instalações. Assim, é comum neste tipo de instalação existirem vários computadores com a mesma função. Se um deles eventualmente falha, os outros continuam a desem- penhar a tarefa programada sem que a fábrica sofra qualquer tipo de interrupção. Pare! Estude! Responda! Exercício 1. Responda às seguintes perguntas. a) O que é CLP? b) Quais os objetivos da automação na laminação de me- tais? c) Quais são as variáveis controladas em uma linha de lami- nação? d) Se o controle de vários equipamentos de uma fábrica fica a cargo de computadores, que cuidado deve ser tomado para o caso de uma eventual falha? 127 Dobrando, cortando e forjando automaticamente Já vimos, em outra parte desta aula, que os computadores liga- dos diretamente às máquinas e equipamentos são aqueles cha- mados de controladores programáveis. Embora de forma não tão acentuada, os controles numéricos também já aparecem automa- tizando máquinas destinadas a outros processos de conformação mecânica dos metais. Isso significa que é possível automatizar também operações de dobramento, corte e estampagem. É o caso das prensas dobradeiras, das puncionadeiras e das prensas hidráulicas e mecânicas. Embora ainda bastante raras na indústria nacional, as prensas dobradeiras controladas por computador permitem a fabricação de peças de geometria complicada em tempos reduzidos quando comparados aos processos convencionais. Com prensas conven- cionais, para se produzir uma peça com muitas dobras, ou muitos vincos, como se costuma dizer, é necessário ajustar a máquina várias vezes, praticamente a cada dobra. Para se evitar esse pro- blema, costuma-se, então, usar várias prensas, uma para cada operação. Assim, são necessárias várias máquinas e seus res- pectivos operadores para fazer o que uma máquina controlada por computador pode fazer sozinha. As prensas dobradeiras comandadas por computador permitem a fabricação completa de uma peça por vez, porque após cada do- bra, é capaz de ajustar-se automaticamente para a dobra seguin- te. Este tipo de máquina pode ser visto na figura a seguir. Essa prensa dobradeira conta com uma série de motores elétricos e cilindros pneumáticos e hi- dráulicos. Estes motores e cilindros são chama- dos de atuadores, pois exercem uma determina- da ação sobre uma parte qualquer da máquina. Cada um desses atuadores é responsável por um movimento da máquina. 128 O programador da máquina tem a tarefa de “ensinar-lhe” a se- qüência de passos, ou seja o programa, necessários à obtenção de uma peça, como, por exemplo, a seqüência mostrada na ilus- tração a seguir. Um programa é composto por uma série de instruções formadas por códigos que o computador é capaz de entender e que são introduzidos em sua memória pelo teclado. Alguns computadores, ou comandos numéricos, para usar o termo mais conhecido na indústria, dispõem de maneiras mais simples para a elaboração de programas. Eles mostram, na tela, pequenos desenhos com os tipos de dobras que podem ser feitas. O programador só preci- sa, então, selecionar quais dobras são necessárias para a fabri- cação da peça e em que seqüência elas deverão ocorrer. Além disso, para alguns comandos numéricos, informa-se no programa o tipo de material a ser dobrado e a espessura da chapa. Com esses dados, o comando é capaz de selecionar a pressão ade- quada que o punção deverá exercer sobre a chapa de modo que se obtenha a dobra desejada. Antes de executar o programa de dobramento da peça na própria máquina, o programador pode observar graficamente, na tela do computador, a seqüência de passos programados. Isto é chama- do de simulação do programa. A simulação ajuda na correção de erros, reduzindo-se, assim, a obtenção de peças fora das carac- terísticas desejadas. Além disso, a simulação ajuda a prevenir acidentes durante a operação automática do equipamento. De acordo com o programa, o comando numérico envia “ordens” aos atuadores da máquina. Estas ordens, na verdade, são sinais elétricos que fazem um motor girar de um certo ângulo ou um cilindro pneumático efetuar um determinado deslocamento. 131 Estes movimentos, realizados por motores elétricos de acordo com o programa do comando numérico, fazem com que a chapa possa ser puxada ou empurrada sobre as esferas transferidoras ao longo de toda a mesa da máquina. A uma certa distância da coluna da máquina e acima da mesa, existe o cabeçote, no qual está montado o pistão hidráulico. Na extremidade deste pistão hidráulico, será montado o punção da ferramenta. Na mesa, abaixo da chapa e na mesma posição do cabeçote, existe um alojamento onde será encaixada a matriz da ferramenta. A puncionadeira pode trabalhar com várias ferramentas, cada uma das quais destinada a produzir na chapa uma determinada forma, cortando-a ou deformando-a. Um exemplo de ferramenta utilizada nas puncionadeiras pode ser visto na ilustração a seguir, que mostra três momentos do processo de corte da chapa reali- zado com a mesma ferramenta. A ferramenta mostrada é especial pois pode girar de modo que execute cortes em ângulos diferentes. Além disso, necessita de uma máquina capaz de girá-la de acordo com o ângulo progra- mado. Normalmente, no entanto, as ferramentas contêm punções e matrizes fixos. As ferramentas são presas ao porta-ferramentas que se encontra no arrastador de chapa. O conjunto de porta- ferramentas é denominado de magazine. Um magazine pode con- ter várias ferramentas. 132 Após uma determinada ferramenta efetuar sua operação, ela de- ve ser substituída pela ferramenta seguinte, de acordo com o programa executado pelo comando numérico. Para realizar a troca de uma ferramenta por outra, o arrastador de chapa no qual está fixado o magazine de ferramentas desloca-se até o cabeçote da máquina. O porta-ferramentas vazio do maga- zine, correspondente à ferramenta que está presa no cabeçote, encaixa-se nela e, com o auxílio de dispositivos mecânicos, pneumáticos ou hidráulicos, dependendo do tipo de máquina, retira, ao mesmo tempo, o punção, do cabeçote e a matriz, da mesa. Em seguida, o magazine afasta-se ligeiramente do cabeço- te e desloca-se de modo que posicione a ferramenta seguinte. Fixa-se, então, de modo semelhante, o punção no cabeçote e a matriz na mesa. Agora, com a nova ferramenta já fixada, a chapa pode ser arras- tada para as posições programadas e, por meio de movimentos sucessivos do pistão hidráulico, dar continuidade às operações de corte, dobra ou repuxo de acordo com as características da fer- ramenta utilizada. Pare! Estude! Responda! Exercício 3. Responda às seguintes perguntas. a) Numa puncionadeira controlada por computador, como a chapa é movimentada ? b) O que é o “magazine” de uma puncionadeira controlada por computador? c) Qual a vantagem de uma ferramenta giratória, como a mostrada na última ilustração, em relação à uma ferra- menta fixa? d) Descreva, resumidamente, como é feita a troca de uma ferramenta por outra numa puncionadeira. 133 Forjando automaticamente Além das prensas dobradeiras e puncionadeiras, as prensas me- cânicas e hidráulicas destinadas à operações de conformação mecânica a frio e a quente também podem ser automatizadas. A complexidade dessa automação é bastante variável, dependendo da flexibilidade e do grau de independência em relação ao traba- lho humano que se deseja para o processo. As formas mais simples de automação de prensas contam uni- camente com sistemas de alimentação da chapa que trabalham de maneira conjunta com a operação normal da máquina. Assim, entre um curso e outro do martelo da prensa, a chapa metálica é alimentada a partir de uma bobina e o retalho da chapa é recolhi- do em outra, numa operação seqüencial e repetitiva. Quando se trata de conformar peças a partir de chapas isoladas, pode-se utilizar manipuladores elétricos ou pneumáticos para carregar a máquina e, após a operação, retirar a peça acabada, depositan- do-a numa esteira transportadora, por exemplo. A flexibilidade do processo aumenta quando se utiliza os chama- dos robôs industriais para carregar e descarregar a máquina. É o que vemos na ilustração a seguir. Esses robôs, por intermédio de mudanças nos programas res- ponsáveis pelos seus movimentos, são capazes de se adaptar a uma grande variedade de peças a serem manuseadas. Além dis- so, não estão sujeitos, como o homem, à fadiga e à maior proba- bilidade de ocorrência de acidentes de trabalho ocasionados por tarefas repetitivas.
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