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Gestão e Desenvolvimento de Recursos Hídricos para Agricultura, Notas de estudo de Engenharia de Produção

Este documento aborda a poluição das águas gerada pela agricultura, a gestão e desenvolvimento de recursos hídricos, diferentes métodos de irrigação, como infiltração, submersão ou inundação, aspersão ou chuva artificial e gotejamento, além do projeto de irrigação jaíba no norte de minas gerais. Também é discutida a importância da qualidade da água para irrigação e a influência dos fertilizantes e defensivos na perda da qualidade da água.

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 16/09/2010

mairon-passos-6
mairon-passos-6 🇧🇷

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Baixe Gestão e Desenvolvimento de Recursos Hídricos para Agricultura e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia de Produção, somente na Docsity! Faculdades Integradas de São Carlos. Engenharia de Produção. Administração e Gestão de Recursos Hídricos. Gestão e Desenvolvimento de Recursos Hídricos Ligados a Agricultura. Índice: 1- Introdução 2 - Gestão e Desenvolvimento de Recursos Hídricos 2.1 - Gestão 2.2 - Leis Ambientais 2.3 - Desenvolvimento 3 - Capitação de Recursos Hídricos para Agricultura 3.1 - Represa 3.2 - Açude 3.3 - Cisterna 3.4 - Barragem Subterrânea 3.5 - Figura de uma Barragem Subterrânea 3.6 - Dados 4 - Utilização de Recursos Hídricos para Agricultura 4.1 - Irrigação 4.2 - Infiltração 4.3 - Inundação ou Submersão 4.4 - Aspersão ou Chuva Artificial 4.5 - Sistema de Irrigação por Aspersão 4.6 - Gotejamento 4.7 - Qualidade da água para irrigação 4.8 - Projeto de Irrigação Jaíba 4.9 - Dados 4.10 - Gráfica Distribuição de água por tipo de Consumo: 4.11 - Tabela Indicadores de irrigação no Brasil 5.1 - Poluição por Nitrato 5.2 - Poluição por Herbicida Atrazina 5.3 - Chuva Acida 5.4 - Dados 6 - Projeto de Irrigação São Francisco 7 - Considerações Finais 9 - Referências Bibliográficas 8 - Conclusão 10 - Anexo 1 1- Introdução: Mesmo o Brasil tendo 13,75% de toda água doce do planeta, falta água para o consumo de sua população suprir suas necessidades básicas. Já para a agricultura o brasileiro depende de poucos incentivos do governo, ajuda de instituições de ensino e de sua criatividade. Temos leis de gestão eficazes e modernas, o desenvolvimento é barrado pela falta recursos e vontade política. Nossa agricultura depende em grande parte dos ciclos hidrográficos diretos, as safras acompanham os ciclos das chuvas e outra parte dela irrigada. A poluição das águas gerada pela agricultura é em quase sua totalidade gerada pelo uso dos adubos, herbicidas, agrotóxicos e mau uso do solo gerando assoreamento no leito dos rios. 2 - Gestão e Desenvolvimento de Recursos Hídricos: 2.1 - Gestão: As instituições envolvidas com a administração dos recursos hídricos atuam em diferentes esferas da administração pública, além de envolverem organizações públicas e privadas. São dois os tipos de domínios das águas no Brasil: águas federais e águas estaduais. São bens da União (águas federais) os lagos, rios e quaisquer correntes em terrenos de seu domínio ou que banhem mais de um Estado da federação, sirvam de limite com outros Países. A coordenação da gestão dos recursos hídricos no País encontrasse, hoje, dividida entre a SRH – Secretaria de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente e a recém-criada ANA – Agência Nacional de Água. À Secretaria de Recursos Hídricos compete implementar a Política Nacional de Recursos Hídricos, propor normas, definir estratégias, implementar programas e projetos. O IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, subordinados ao Ministério do Meio Ambiente, tem por missão institucional executar as políticas nacionais de meio ambiente. As funções básicas do IBAMA incluem, entre outras, o controle e a fiscalização no uso dos recursos naturais renováveis, o fomento à implementação de unidades de conservação, o monitoramento ambiental, a proteção e preservação de ecossistemas, da flora e da fauna. Fazem parte da estrutura básica da instituição as Superintendências Estaduais, o que permite assegurar a presença do IBAMA em todas as unidades da federação. O Ministério da Integração Nacional é responsável pela implementação do PRONID (Programa Nacional de Irrigação e Drenagem), cujo objetivo é o de promover e consolidar o desenvolvimento sustentável de áreas irrigadas e irrigáveis. A Nova Lei das Águas no Brasil (9.433/97) promoveu, em realidade, uma importante descentralização da gestão: da sede do Poder Público para a esfera local da bacia hidrográfica. A Lei permite efetivar, também, uma parceria do Poder Público com usuários da água e com a sociedade civil organizada. O Poder Público abriu mão de parcela de poderes que, por sua natureza, podem ser delegados. O poder decisório passa a ser compartilhado nos Comitês de Bacia Hidrográfica e nos Conselhos Nacional ou Estadual de Recursos Hídricos. A Lei autoriza a delegação às futuras Agências de Água da cobrança pelo uso da água, mas mantém com o Poder Público o poder de outorgar direitos de uso. na superfície do solo, onde pode causar erosão, além de não poderem ser utilizadas posteriormente. As águas são armazenadas no perfil do solo, de forma a permitir a criação ou a elevação do lençol freático existente, possibilitando a exploração de uma agricultura de vazante, prática comum na região, ou uma subirrigação. No início dos anos 80, a Embrapa Semi-Árido retomou esses trabalhos, introduzindo novos materiais na construção da parede da barragem, também conhecida como septo impermeável e introduzindo novas espécies de culturas anuais, como milho, feijão, sorgo e espécies frutícolas, como manga, goiaba, acerola e limão. A barragem subterrânea é uma tecnologia simples, porém requer um manejo adequado para sua operação e manutenção. Os custos de implantação variam em função de fatores como comprimento da parede, material utilizado, profundidade da camada impermeável, disponibilidade de mão-de-obra na família, entre outros. As barragens subterrâneas armazenam a água de escoamento para uso posterior: a parede da barragem é cavada para baixo da superfície do chão em solo raso, em direção ao subsolo cristalino impermeável. Em seguida, uma barreira de terra ou pedras é construída e coberta com uma folha de PVC do lado de onde vem a água para evitar vazamentos. No solo encharcado com água pode-se plantar culturas anuais ou árvores frutíferas. Além disso, pode-se colocar quase sempre uma cisterna subterrânea para poder usar a água para consumo humano ou animal ou para irrigação. Ainda nos primeiros meses da estação seca é possível plantar uma segunda vez e até mesmo nos anos de maior seca estas barragens nunca ficam sem água. O sistema de captação e armazenamento de água através da barragem subterrânea, modelo CPATSA (Brito et al., 1989), consiste dos seguintes componentes: 1) área de captação, também considerada como área de plantio e de armazenamento, representada por uma pequena bacia hidrográfica delimitada por divisores de água topográfico e freático, e 2) parede da barragem ou septo impermeável, cuja função é impedir o fluxo de água superficial e subterrâneo, formando e/ou elevando o nível do lençol freático. Pode, também, conter um reservatório, cuja finalidade é armazenar o excedente de água da área de captação, por exemplo, um poço tipo amazonas ou uma cisterna rural. Para construir uma barragem subterrânea têm-se que selecionar a área em linhas de drenagem natural, conhecidas por córregos, de preferência solos aluviais com profundidade no máximo entre 3 a 4 m, textura média a grossa e declividade de até 5%. A qualidade da água do rio ou riacho é outro parâmetro importante a ser avaliado, principalmente quanto à salinização e vazão média anual, devendo-se sempre eliminar áreas com tendência à salinização e rios/ riachos cuja vazão média possa comprometer a estrutura da barragem. As barragens subterrâneas apresentam baixo risco de salinização após oito anos de utilização. Após oito anos de utilização das barreiras subterrâneas observaram-se acréscimos nos teores de argila no solo, em virtude da sedimentação. A sedimentação do solo em torno das barragens subterrâneas possibilita o aproveitamento das áreas potencialmente agricultáveis, que formam a bacia hidráulica dos reservatórios de acumulação superficial de água, para o cultivo de culturas perenes e anuais. As águas das chuvas armazenadas na área da barragem subterrânea ficam disponíveis por quase todo o ano porque, guardadas dentro do solo, sofrem pouco os efeitos da evaporação. No Semi-Árido existem cerca de 1000 dessas barragens instaladas. Naquelas em que o manejo é bem administrado pelos agricultores, essa tecnologia transforma-se em um grande instrumento para a melhoria da renda e da qualidade de vida das famílias. 3.5 - Figura de uma Barragem Subterrânea: 3.6 - Dados: O governo federal esta construindo cisternas de 16 mil litros para famílias carentes com recursos do fome zero. O governo já construiu 79,2 mil cisternas no Semi-Árido do projeto de 100 mil. A um novo projeto de 1 milhão de cisternas de 16 mil litros em media de capacidade, quando dor finalizado serão guardados 16 bilhões de litros de água. Numa precipitação pluviométrica de 700 milímetros anuais sobre um hectare de terra, pode-se obter sete milhões de litros, o necessário para encher uma cisterna de 100 metros de comprimento, por 30 metros de largura e dois metros de profundidade. Esse reservatório teria condições de matar a sede de 380 bois, durante um ano, a um consumo médio diário de 50 litros por animal/ dia, isentando-se aí as perdas com a evaporação. A cada ano a energia do faz com que um volume de aproximadamente 500.000 quilômetros cúbicos de se evapore, principalmente dos oceanos, lagos e rios. Essa água retorna para o continente e ilhas, ou para oceanos sob a precipitação de chuva ou neve. 4 - Utilização de Recursos Hídricos para Agricultura. 4.1 - Irrigação: Prover a terra de água, por métodos diversos, para facilitar o crescimento das plantas. É praticada em todas as partes do mundo em que as chuvas não são suficientes para fornecer umidade ao solo. Nas áreas secas, a irrigação deve ser empregada desde o momento em que se faz a semeadura. Nas regiões de pluviosidade irregular, é usada nos períodos secos para garantir as colheitas e melhorar seu rendimento. Esta técnica aumentou de forma notável a extensão de terras cultiváveis e a produção de alimentos em todo o mundo. As terras irrigadas representam cerca de 15% das terras cultivadas, mas com freqüência rendem mais do que o dobro das não irrigadas. Contudo, a irrigação pode tornar o solo pantanoso ou aumentar sua salinidade (conteúdo em sal) até levar à destruição das colheitas. Esse problema afeta um terço das terras irrigadas do mundo. Os registros mais antigos atribuem o uso original da irrigação aos egípcios, nas margens do rio Nilo, por volta de 5000 a.C. Já no ano 2100 a.C. utilizavam-se sistemas elaborados, como os canais, para desviar a água. Atualmente, os quatro métodos principais usados na irrigação de culturas são a inundação, os sulcos, os aspersores e a irrigação por gotejamento. A irrigação por inundação é usada em culturas como a do arroz, em que o terreno é plano e a água abundante. Esse método também é empregado em plantações de algumas frutas. A irrigação por sulcos é empregada em culturas plantadas em linha, como o algodão e as verduras. Os sulcos paralelos ou canaletas, usados para distribuir água nesse tipo de plantação, são por demais irregulares para serem inundados. A irrigação com aspersores utiliza menos água e permite um melhor controle. Tal método é empregado principalmente em culturas como a da alfafa que, irrigada, possibilita várias safras anuais. O Objetivo da irrigação: Fornecer uma quantidade adequada de água às plantas, de maneira que, juntamente com as demais operações agrícolas como adubação, mecanização, controle de pragas e doenças, entre outras, contribua de forma mais efetiva para o aumento da produtividade das culturas. As vantagens da irrigação: Assegura as colheitas mesmo em períodos de seca; aumenta a produtividade das culturas; melhora a qualidade do produto colhido; propicia colheitas na entressafra, com antecipação e escalonamento da produção; e possibilita a fertirrigação. São quatro os métodos de irrigação empregados nas lavouras plantações: Sendo sua escolha feita de acordo com as circunstâncias, as necessidades de cada plantação, o suprimento de água disponível ou a preferência do produtor: Infiltração; Submersão ou Inundação; Aspersão ou Chuva Artificial e Gotejamento. 4.2 - Infiltração: Feita por gravidade ou através de sulcos e que pode ser superficial ou subterrânea. É o mais antigo método utilizado pelo homem. É a penetração de água no solo, o que pode ser feito das seguintes maneiras: vertical, lateral ou ascendente. Por esse processo, a água, captada em rios, ribeirões, córregos, lagos, açudes, lagoas, poços, etc. É transportada até as plantações através de canais ou de tubulações principais, das quais saem sulcos secundários, entre as linhas ou canteiros das plantações. Nestes casos, a irrigação ou infiltração é superficial. A infiltração também pode ser subterrânea, através de manilhas que possuem buracos ou orifícios em sua parede ou por túneis perfurados no próprio terreno, por arados adequados para esse serviço. Em todos os casos, porém, tem que ser atingido o objetivo da irrigação, que é fazer a água atingir as raízes das plantas. Tipo semifixo, semimóvel, semiportátil ou semitransportável, nesse caso, ou tipo, a bomba ou unidade de potência e a tubulação principal são fixas no terreno, enquanto que os ramais ou linhas laterais são móveis, e podem ser de metal ou PVC. Tipo fixo ou permanente a característica desse último tipo é o fato de a bomba, a linha principal e todos os ramais serem fixos e subterrâneos. Somente os hidrantes ou tomadas ficam na superfície, onde são acoplados os aspersores. O custo desse tipo de irrigação é muito mais elevado do que os outros dois tipos, anteriormente descritos. 4.6 - Gotejamento: É um método ou sistema de irrigação de grande eficiência, pelos resultados que apresenta. Sua adoção requer alguns materiais e mecanismos, ou seja: - Uma fonte de água a nível superior ao das terras a serem irrigadas; - Uma tubulação ou encanamento principal, para conduzir a água até o local da irrigação e distribuí-la por toda a rede de encanamentos; - Canos mais finos, de menor diâmetro, para serem fixados à tubulação principal, formando uma rede de encanamentos por toda a área a ser irrigada; - Bicos especiais para serem adaptados às extremidades de todos os canos que, fixados à tubulação principal, formam a rede de irrigação. É através desses bicos que a água sai, controlada pelas extremidades dos canos, irrigando o solo.Por esse sistema, a água, saindo da fonte de abastecimento, entra na tubulação principal, sendo por ela conduzida para a rede de canos mais finos e saindo através dos orifícios existentes nas extremidades desses canos, caindo exatamente no local desejado pelo agricultor, ou seja, próximo às plantas, para que a água, por infiltração, atinja suas raízes. Esse método de irrigação apresenta uma série de vantagens, dentre as quais: - Economiza muita água, pois sua quantidade é controlada pelo gotejamento; - É fornecido a cada planta, somente o volume de água exigido para as suas necessidades; - A água para a irrigação pode ser fornecida por gravidade, dispensando os custos com a aquisição e manutenção de bombas motorizadas; - A irrigação pode ser suspensa a qualquer hora como, por exemplo, quando chove, o que economiza a água dos reservatórios e - A rede de encanamentos não atrapalha os serviços normais em uma plantação como, por exemplo, capinas, colheitas, etc. 4.7 - Qualidade da água para irrigação: Toda água é boa para irrigação: Não. Se ela contiver teores elevados de sais ou material em suspensão, poderão prejudicar o sistema de irrigação, a lavoura e inutilizar a terra para a agricultura. Para saber se a água e própria para agricultura realizam-se a sua análise nos laboratórios do IPA, da Embrapa ou de outras instituições credenciadas. 4.8 - Projeto de Irrigação Jaíba: Um mega-projeto de irrigação, no norte de Minas Gerais, que usa a água do rio São Francisco. Idealizado para ser um projeto modelo, o Jaíba vive hoje uma das maiores crises da sua história. Muitos lotes foram abandonados. Os produtores que ficaram estão endividados e desanimados. O projeto teve seu inicio 1970 sem seu termino o custo já ficou em mais 500 milhões. Das quatros etapas do projeto apenas uma foi efetivamente implantada e 2,3 mil pequenos produtores assentados, mais de 300 abandonaram a terra. Os que ficaram reclamam de falta de crédito, das dividas acumuladas em banco e do alto custo da água e de energia falta de condições para escoar a produção. 4.9 - Dados: Para irrigar um hectare a quantidade de água depende da cultura, do tipo de solo, do clima e da eficiência do sistema de irrigação adotado. Considerando uma lâmina de 8mm/dia, resultará num consumo de 80.000 litros de água por hectare/dia. Mundialmente, a agricultura consome cerca de 69% de toda a água derivada de rios, lagos e aqüíferos subterrâneos, e os outros 31% são consumidos pelas indústrias e uso doméstico (Christofidis, 1997). O Brasil demonstra grande potencial, com cerca de 5% da área cultivada irrigada, respondendo por 16% da produção total e por 35% do valor dessa produção. A atual situação das áreas sob irrigação nos diversos estados brasileiros e o indicador de área irrigada/plantada, ante o potencial de solos e água disponíveis, demonstram larga margem para ampliar os 2,68 milhões de hectares em1997, para uma área estimada de 16 milhões de hectares para aproveitamento hidroagrícola, sem considerar as várzeas com área adicional presumida de 33 milhões de hectares. Custo médio dos sistemas de irrigação mais utilizados, a aspersão tem um custo de implantação, de modo geral, menor que a microaspersão e o gotejamento. No entanto, quem escolher o método mais barato durante a implantação, poderá ter um custo operacional maior, como no caso da aspersão. Em média, os sistemas apresentam os seguintes valores de aquisição e implantação por hectare: Aspersão: R$ 1.500,00 a R$ 2.500,00; Microaspersão: R$ 2.000,00 a R$ 3.500,00; Gotejamento: R$ 3.000,00 a R$ 5.000,00; Obs: Valor do dólar R$ 1,84. 4.10 - Gráfica Distribuição de água por tipo de Consumo: 4.11 - Tabela Indicadores de irrigação no Brasil: Indicadores da Irrigação no Brasil Região Solos aptos à irrigação 1.000 hab. Área irrigada 1.000 hab. Parcela do total agrícola % Proporção consumida % Norte 11.900 87 4,2 55,1 Nordeste 1.104 493 5,77 65,8 Sudeste 4.429 891 8,29 65,5 Sul 4.407 1.195 7,36 62,2 Centro-Oeste 7.724 202 2,34 30,8 Total 29.564 2.868 6,19 62,3 5 - Poluição de Recursos Hídricos pela Agricultura. 5.1 - Poluição por Nitrato: A ONU estima que dois terços da humanidade estarão ameaçados pela falta de água em menos de trinta anos. Esse risco ocorre porque a necessidade de água aumenta com o desenvolvimento das atividades humanas. Entretanto, o volume de água pura diminui com a poluição gerada por essas mesmas atividades. A indústria, a mineração e a agricultura são as principais fontes de poluentes tóxicos nas águas. Entre as substâncias poluidoras estão minerais, derivados de petróleo, mercúrio, chumbo (pelas indústrias), fertilizante, pesticida e herbicida (pela agricultura), que são arrastados para os rios com as chuvas. Outra fonte importante de poluição é os esgotos, que degradam rios, lagos e áreas de mananciais. Os poluentes que entram em contato com o solo ou com a água podem contaminar também os lençóis de água subterrâneos. Muito embora não seja o único agente responsável pela perda da qualidade da água, a agricultura, direta ou indiretamente, contribui para a degradação dos mananciais. Isto pode se dar por meio da contaminação dos corpos d’água por substâncias orgânicas ou inorgânicas, naturais ou sintéticas e ainda por agentes biológicos. Amplamente empregadas muitas vezes de forma inadequada, as aplicações de defensivos, de fertilizantes e/ou de resíduos derivados da criação intensiva de animais são tidos como as principais atividades relacionadas à perda da qualidade da água nas áreas rurais. Os rios, lagos, represas e açudes podem receber grandes quantidades de nutrientes, principalmente em regiões de solos desprotegidos. Juntamente com as partículas arrastadas pela água durante o escorrimento superficial ou em outros processos erosivos, os nutrientes presentes na superfície do solo são perdidos das áreas agrícolas e atuarão como contaminantes da água. Para se avaliar a extensão deste problema, basta lembrar que a maior parte do território brasileiro é cortada por cursos d’água que garantem o abastecimento das fazendas e comunidades desde os vilarejos até as metrópoles. Com certeza, na maior parte do país, as reservas de água superficiais constituem a principal fonte de água para o consumo humano direto e para a utilização nas mais diversas finalidades. da eficiência da adubação nitrogenada e concomitante redução do risco de lixiviação de nitrato. Para tanto, uma boa estimativa da disponibilidade do nutriente no solo (teor de nitrato, teor de matéria orgânica, tipo e quantidade de palhada da cultura anterior) e o conhecimento dos requerimentos nutricionais da cultura a ser implantada nos seus diferentes estádios de crescimento, das condições climáticas prováveis durante a estação de cultivo, das características de permeabilidade do solo e da taxa de liberação de nitrogênio pelo fertilizante a ser utilizado (principalmente no caso dos estercos) precisam ser analisados de forma integrada a fim de ajustar a melhor dosagem, forma e época de aplicação dos adubos. Atingir tal propósito na íntegra não é tarefa fácil e requer esmero, mas técnicas simples podem proporcionar sensíveis ganhos de eficiência, notadamente nas condições brasileiras onde os excessos de nitrogênio na adubação não são a regra na agricultura e quando ocorrem estão ligados à inobservância de critérios básicos de manejo. O parcelamento da adubação nitrogenada, de acordo com os períodos de demanda das culturas, talvez seja a maneira mais fácil de ganhar eficiência e deve ser medida priorizada quando as condições de solo (alta permeabilidade) e clima (chuva intensa e freqüentes) favorecem a possibilidade de lixiviação de nitrato. 5.2 - Poluição por Herbicida Atrazina: Inúmeros pesticidas são usados na agricultura, para controle de pragas e ervas daninhas. Dentre eles destaca-se o herbicida atrazina, intensivamente utilizado nas culturas de cana- de-açúcar, milho e sorgo, que ocupam extensas áreas no estado de São Paulo. Grande parcela do herbicida, que é aplicado na agricultura. Entra em contato com o solo, podendo ser lixiviado, atingindo as águas superficiais. Os herbicidas triazínicos vêm sendo empregados na agricultura para o controle de ervas daninhas, devido a capacidade destes compostos orgânicos em inibir a fotossíntese. Dentre eles destacam-se a atrazina, simazina, propazina e ametrina. A atrazina em uso há mais de 30 anos, representa 12% (mais de 40 000 toneladas/ano) de todos os pesticidas empregados nos Estados Unidos em culturas de milho, sorgo, cana e abacaxi como também é largamente empregada nos Estados centrais e moderadamente em Estados do leste. O Brasil com as culturas da cana e milho na liderança emprega também elevadas quantidades de herbicidas triazínicos. Das 150 000 toneladas/ano dos pesticidas consumidos, cerca de 33%, são herbicidas; somente a cultura de cana de açúcar, vem consumindo acima de 20 000 toneladas, que representa em torno de 13% do total de pesticidas. A atrazina é um contaminante potencial da água em virtude de suas características: alto potencial de escoamento, elevada persistência em solos, hidrólise lenta, baixa pressão de vapor, solubilidade baixa para moderada em água, absorção moderada à matéria orgânica e argila. Em um aqüífero de escala regional, a quantidade total de pesticidas usados e a intensidade de uso são fatores importantes, principalmente em relação às áreas de recarga. Muitos locais, como ribeirões e outros cursos d’água são abastecidos por água subterrânea, cujo controle de fluxo depende do gradiente hidráulico determinado pelo nível do ribeirão e elevação do nível da água subterrânea. A geologia define as características do sistema de água subterrânea. Estudos geológicos identificaram área de alto risco de contaminação de águas subterrâneas por agroquímicos, localizada na região de Ribeirão Preto. A área objeto de estudo situa-se entre as coordenadas 21º 05’ e 21º 20’de latitude sul e 47º 40’e 47º 50’de longitude W.Gr (anexo 1). A altitude média é de 600 m. O relevo dominante é do tipo suave ondulado. O solo é constituído dominantemente por Latossolo Roxo de caráter distrófico e eutrófico em proporções semelhantes. Uma forma de remediar solos contaminados pelo herbicida atrazina, utilizando técnicas da indústria farmacêutica, está sendo desenvolvida pela professora Julieta Mieko Ueta, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da Universidade de São Paulo (USP). Ela conseguiu isolar microrganismos redutores de atrazina e condensá- los em microcápsulas, formando uma espécie de biomedicamento - em que o princípio ativo, ao invés de uma substância química, é um ser vivo. Em laboratório, ela mediu o impacto do uso do herbicida sobre a biodiversidade bacteriana do solo. "As bactérias, além de metabolizarem materiais orgânicos e contribuírem para a fertilidade do terreno, conseguem biodegradar substâncias xenobióticas, como pesticidas e herbicidas. No entanto, quando a aplicação do herbicida é exagerada, a capacidade biorremediadora da população microbiana é reduzida, com conseqüente prejuízo à qualidade do solo e do ambiente". Nos testes em laboratório, a biorremediação obteve sucesso. No entanto, ela ainda não foi aplicada em campo "porque deve-se estudar a fundo as conseqüências que a introdução de seres vivos estranhos ao ambiente pode provocar. Caso contrário, ao invés de melhorar a situação, podemos causar um desequilíbrio ambiental", alerta a pesquisadora. Segundo ela, as melhores ferramentas biológicas são aquelas que, quando lançadas na natureza, cumprem seu papel e morrem, "como as bactérias utilizadas em derrames de petróleo no oceano". Por isso, conclui Ueta, o ideal é mesmo não poluir. 5.3 - Chuva Acida: Nem mesmo na água da chuva dá para confiar. Em alguns lugares, banho de chuva pode virar um banho de ácido, principalmente para as plantas e para o solo. A chuva ácida está matando a vida nos lagos, nos rios, nas florestas e nas plantações. Ela acontece porque o céu está cheio de dois gases: óxido de nitrogênio (NO) e dióxido de enxofre (S02), este também chamado de ácido sulfúrico. Quando os pingos da chuva começam a cair, arrastam com eles partículas dessas substâncias tóxicas. As gotas chegam aqui embaixo cheias desse veneno e queimam o que acham pela frente: plantas e pequenos organismos que vivem na água ou no solo. 5.4 - Dados: Usam-se, no mundo todo, mais de 2 milhões de toneladas de pesticidas por ano. Estima-se em 20 mil, as mortes por ano devidas a envenenamento causado por eles. Pesticidas e seus resíduos são encontrados em alimentos consumidos pelos homens. Em algumas partes do mundo, sabe- se que os organoclorados estão se acumulando nos seres humanos. 6 - Projeto de Irrigação São Francisco: O projeto pretende construir dois canais que somados terão 703 quilômetros de extensão no sertão, serão construídos de concreto na sua maior parte, ele terá 25 metros de largura por 5 de profundidade, a água vai passar por túneis e vencer morros de até 500 metros de altura com o auxilio de bombas hidráulicas até chegar aos rios e de lá aos açudes. Serão consumidos 1,1milhões de metros cúbicos de concreto, 390mil toneladas de cimento e 71mil toneladas de aço. O governo pretende criar 500mil empregos com o projeto de transposição das águas. Espera-se que a transposição tenha potencial para irrigar 100mil hectares. As bacias dos rios que receberão a água do rio São Francisco somam 10mil quilômetros quadrados, com uma população total de 12milhões de habitantes. Falta ainda esclarecer o impacto ambiental, o efeito na bacia do rio ainda não foi suficientemente avaliado o relatório de impacto ambiental se deteve na região por onde irão passar os canais, e não foram analisadas as conseqüências sobre a própria bacia do São Francisco e nos rios que receberão suas águas. Apenas 1,4% da vazão média do rio será retirados, 65metros cúbicos por segundo em media isso corresponde a 25% do que a ANA permite retirar do rio, mas em 2001 a represa de sobradinho ficou com apenas 7% de sua capacidade se já existisse os canais de irrigação ou a irrigação iria parar o secar totalmente a represa e suspender o fornecimento de energia elétrica. http://www.ipa.br Acesso 23/10/2005 http://www21.sede.embrapa.br/noticias/artigos/2001/artigo.2004-12-07.2574801936/ mostra_artigo Acesso em 23/10/05 http://www.mds.gov.br/secretarias/secretaria01_02.asp Acesso em 23/10/2005 http://www.nied.unicamp.br/~siros/grupo3.doc. Acesso em 23/10/2005 http://www.comciencia.br/reportagens/agronegocio/17.shtml Acesso em 05/11/2005 http://www.agronline.com.br/agronoticias/noticia.php?id=1637 acesso em 05/11/2005 http://www.cogerh.com.br/versao3/public-preserve.asp?page=preserve-indice Acesso em23/10/2005 http://preserveomundo.conhecimentosgerais.com.br/agricultura-e-meio-ambiente/ agrotoxicos.html Acesso 05/11/2005 http://www.plantiodireto.com.br/index.php?body=cont_int&id=81 Acesso em 05/11/2005. http://www.febraban.org.br/Arquivo/Destaques/ cisternas_conclusao_primeiro_acordo.ppt. Acesso 13/112005. 10 - Anexo 1
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