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Farmacologia Geral I, Notas de estudo de Enfermagem

Farmacologia

Tipologia: Notas de estudo

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Compartilhado em 24/11/2009

Srta.Pacheco
Srta.Pacheco 🇧🇷

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Baixe Farmacologia Geral I e outras Notas de estudo em PDF para Enfermagem, somente na Docsity! OQ Portal Educação € Portal Educação Sites Associados ma de Educação uada a Distância urso de ologia Geral CAÇÃO A DISTÂNCIA PORTAL EDUCAÇÃO E SITES Portal Educação urso de cologia Geral ÓDULO | disponível apenas como parâmetro de estudos para la, é proibida qualquer forma de comercialização do i contido são dados aos seus respectivos autores 2 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Q Portal Educação partir do corante prontosil. Depois vieram os antibióticos, que tornaram possível a cura de uma série de enfermidades infecciosas antes tidas como verdadeiros flagelos da humanidade. O desenvolvimento dos fármacos anti-hipertensivos representou uma vitória na luta pela longevidade, o que reduziu significativamente a mortalidade pelas doenças vasculares. Dentre uma série de outras descobertas, podemos citar a dos neurolépticos, aos quais proporcionam melhoras significativas na qualidade de vida dos pacientes psiquiátricos e destaque deve ser dado aos agentes imunossupressores que participaram e participam do grande êxito no transplante de órgãos. Os produtos naturais ainda são importantes, sobretudo na quimioterapia visando o tratamento das doenças infecciosas, mas os produtos sintéticos estão se tornando cada vez mais numerosos. Com o avanço da biotecnologia, principalmente através do domínio da técnica do DNA recombinante, hoje existe uma gama de novos agentes terapêuticos na forma de anticorpos, enzimas, hormônios, fatores de crescimento e citosinas. Mais recentemente tem se realizados ensaios visando à terapia gênica, onde se introduz novo segmento de DNA no genoma do indivíduo para adicionar, restaurar ou substituir genes ausentes ou anormais no sentido de reparar defeitos inatos do metabolismo. Diante do exposto acima, deve-se dizer que a compreensão de como as drogas ou outros compostos agem nos componentes do corpo em nível molecular deve aprimorar-se acentuadamente nos anos vindouros. Este conhecimento vai oferecer boa base para o uso racional de drogas na terapia medicamentosa, assim como fornecer uma base para o desenvolvimento de novas drogas com um mínimo de efeitos colaterais indesejáveis. Assim, podemos concluir que o estado da farmacologia reveste-se de grande importância para os profissionais que militam no campo das ciências biomédicas, onde as drogas se constituem em ferramentas importantes, seja na prática clínica, ou seja, na experimentação biológica ou biotecnológica. Em termos gerais, de uma forma mais didática, a farmacologia, bem como as drogas, podem ser caracterizadas e a farmacologia correlacionada com as demais áreas do conhecimento conforme o fluxograma e a figura abaixo: 5 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Q> Portal Educação Substância Química + Sistema Biológico (Droga) Y + Efeito Benéfico Efeito maléfico (Droga Medicamento) (Droga-Tóxico) Farmacoterapia Diagnóstico Prevenção de Toxicologia doenças FIGURA 1: Fluxograma ilustrando o conceito de droga. Bioquimica sê Química Clínica Médica Matemática Fisiologia Produção animal *& Divisões da Farmacologia 6 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Q Portal Educação A Farmacologia pode ser vista como uma vasta área do conhecimento científico e nas suas diferentes abordagens pode se subdividir em cerca de seis áreas principais. Optamos pela divisão proposta abaixo, apesar de que, consultando os diferentes autores podemos observar algumas diferentes quanto à inclusão ou não de determinadas subdivisões. As diferentes áreas da farmacologia são as seguintes: a) Farmacodinâmica (do grego dynamis = força): Estuda o mecanismo de ação dos fármacos, as teorias e conceitos relativos ao receptor farmacológico, a interação droga-receptor, bem como os mecanismos moleculares relativos ao acoplamento entre a interação da droga com o tecido alvo e o efeito farmacológico; Farmacocinética (do grego knetós = móvel): Estuda o caminho percorrido pelo medicamento no organismo. A farmacocinética corresponde às fases de absorção, distribuição e eliminação (biotransformação e excreção) das drogas. Através da farmacocinética se consegue estabelecer relações entre a dose e as mudanças de concentração das drogas nos diversos tecidos em função do tempo; Farmacotécnica: Estuda o preparo, a manipulação e a conservação dos medicamentos, visando conseguir melhor aproveitamento dos seus efeitos benéficos no organismo; Farmacognosia (do grego gnósis = conhecimento): Cuida da obtenção, identificação e isolamento de princípios ativos a partir de produtos naturais de origem animal, vegetal ou mineral, passiveis de uso terapêutico; Farmacoterapêutica: Refere-se ao uso de medicamentos para o tratamento das enfermidades, enquanto o termo terapêutico é mais abrangente, envolvendo não só o uso de medicamentos, como também outros meios para a prevenção, diagnóstico e tratamento das enfermidades. Esses meios envolvem cirurgia, radiação e outros; Imunofarmacologia: Área relativamente nova que tem se desenvolvido muito nos anos graças à possibilidade de se interferir, através do uso de drogas, na realização dos transplantes e de se utilizar com fins terapêuticos substâncias normalmente participantes da resposta imunológica. Além disso, se verifica 7 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Q Portal Educação Preparações líquidas Soluções — Misturas homogêneas do soluto que é base farmacológica com o solvente que é o veículo. Pode se destinar ao uso sob a forma de gotas. Suspensões — Misturas heterogêneas, sendo que o soluto se deposita no fundo do recipiente necessitando de homogeneização no momento do uso. Emulsões-Substâncias oleosas dispersas em meio aquoso, apresentando separação de fases. Xaropes — Soluções aquosas onde o açúcar em altas concentrações é utilizado como corretivo. Pode conter cerca de dois terços do seu peso em sacarose. Elixires — Soluções hidroalcoólicas para uso oral, açucaradas ou glicerinadas contendo substâncias aromáticas e as bases medicamentosas. Loções — Soluções alcoólicas ou aquosas para uso tópico. Linimentos - Similares aos anteriores, mas com veículo oleoso. Preparações sólidas Comprimidos — Forma farmacêutica de formato variável, em geral discóide, obtida por compressão. Na maioria dos casos contém uma ou mais drogas, aglutinante e excipiente adequados, prensados mecanicamente. Drágeas — Similares aos anteriores, mas com revestimento gelatinoso que impede a desintegração nas porções superiores do trato digestivo. O revestimento protetor apresenta várias camadas contendo substâncias ativas ou inertes. Costumam ser coloridas e polidas utilizando-se cera carnaúba no polimento. Cápsulas — Uma ou mais drogas mais excipientes não prensados e colocados em um invólucro gelatinoso ou amiláceo. Pílulas — Associação do princípio ativo com um aglutinante viscoso. Supositórios - Apresentações semi-sólidas para uso retal, que se fundem à temperatura corporal pela presença de manteiga de cacau, glicerina ou polietilenoglicol. Óvulos e Velas - Apresentações semi-sólidas para uso ginecológico, cuja diferença entre si é a forma. 10 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Q Portal Educação Preparações Pastosas São preparações semi-sólidas normalmente destinadas ao uso tópico. Como exemplos temos as seguintes: geléias, cremes, pomadas, ungúentos e pastas, em ordem crescente de viscosidades. Diferem também pelos veículos que são gelatinosos nas geléias, oleosos nas pomadas e aquosos nos demais. Dose Efetiva Mediana (DEso) é a Dose Letal (DLso) e Índice Terapêutico Dose efetiva mediana (DEso) é a base para produzir determinada intensidade de um efeito em 50% dos indivíduos. Doses outras que produzem a mesma intensidade do efeito em outras proporções percentuais são designadas DE>o, DEso e etc. Quando o efeito observado é a morte dos animais de experimentação, registra-se a dose letal. DLso significa que morreram 50% dos animais com a dose empregada, DL>o, que morreram 20% dos animais e assim por diante. Acredita-se hoje, que o teste de determinação da DLso, anteriormente considerado como parâmetro fundamental para a definição da toxicidade química, tenha perdido grande parte de sua credibilidade, especialmente em relação a fármacos destinados ao uso terapêuticos. Devido aos problemas relacionados abaixo, ele mede apenas a mortalidade e não a toxicidade subletal. e A DLso varia muito entre as espécies e não pode ser extrapolada com segurança para seres humanos; e Ele mede apenas a toxicidade aguda produzida por uma dose única, e não mede a toxicidade em longo prazo; e Ele não mede as reações idiossincrásicas (reações que ocorrem a uma dose baixa em uma pequena proporção dos indivíduos), embora essas reações sejam mais relevantes para a prática que a toxicidade de doses altas; e Ele requer o uso de muitos animais e acarreta um sofrimento desproporcional em relação ao conhecimento obtido. u Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Q Portal Educação O índice terapêutico (IT) é definido pela relação DLso/DEso. Vários autores ainda transmitem a idéia de que quanto maior o índice terapêutico de uma droga, maior a sua margem de segurança, pois ele indica a distância entre a dose letal mediana e a dose efetiva mediana. Erlich definiu inicialmente o índice terapêutico como: IT = Dose máxima não tóxica/Dose mínima eficaz, infelizmente a variabilidade entre indivíduos não é levada em conta nesta definição, portanto esse conceito caiu em desuso. O conceito de IT = DLso/DEso ainda é amplamente utilizado, apesar de hoje reconhecermos que este apresenta limitações claras. O IT é capaz de dar uma idéia da margem de segurança no uso de um fármaco, mas não é efetivamente um guia útil para a segurança de um medicamento no uso clínico. As razões para isso são as seguintes: a) O tipo de efeito adverso que limita na prática a utilidade clínica de um fármaco tende a passar despercebido no teste de DLso; b) A DEso pode não ser definida, dependendo da media da eficácia utilizada. Por exemplo, pode ser necessário administrar os fármacos analgésicos em doses diferentes de acordo com a natureza da dor; c) Algumas formas muito importantes de toxicidade são idiossincrásicas. Em outros casos, a toxicidade depende muito do estado clínico do paciente. Assim, o propranolol, por exemplo, é perigoso para pacientes asmáticos em doses que são inofensivas para um indivíduo normal. Introdução à Farmacologia Clínica A industrialização do medicamento, ocorrida a partir de 1920 e aumentada depois da Segunda Guerra Mundial, é a responsável pela dramática mudança na farmácia. Não obstante, esta, mesma circunstância é a que hoje lhe devolve a grande oportunidade de recuperar um papel social protagônico. Com efeito, na enorme quantidade de medicamentos disponíveis no presente e na sua variada ação farmacológica, se manifesta à necessidade de que alguém, com sólidos conhecimentos profissionais ponha 12 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
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