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Apostila sistemas economicos certa, Notas de estudo de Economia

Apostila Básica de sistemas Economicos

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 18/08/2010

silvio_freitas
silvio_freitas 🇧🇷

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Baixe Apostila sistemas economicos certa e outras Notas de estudo em PDF para Economia, somente na Docsity! Apos�la Sistemas Econômicos 1º Módulo - Administração O SIGNIFICADO DE ECONOMIA Nos dias de hoje, quando andamos pela cidade, percebemos grande movimento no comércio. Centenas de pessoas enchem as lojas, despertando contentamento enorme nos vendedores. Os compradores também demonstram parecer contentes, pois as lojas oferecem uma infinidade de produtos, desde roupas de todos os tipos até equipamentos eletrônicos mais sofisticados, de modo a satisfazer a todos os gostos. Veja que essa variedade de bens satisfaz a vontade do consumidor desde o mais exigente e mais rico até o menos exigente e com menor poder de compra. O importante é que muitos produtos milhares de pessoas podem comprar todos os dias. Essa cena pode ser vista em qualquer cidade do Brasil e do mundo. A disciplina Introdução à Economia, que estamos iniciando, se interessa, em grande medida, por essas coisas ditas comuns. No Século XIX, Alfred Marshall disse que a Economia procura estudar os negócios comuns da vida da humanidade. Por negócios comuns, podemos entender as cenas comuns da vida econômica. Saiba mais - Alfred Marshall (1842-1924) Considerado um pensador da economia com contribuições às teorias da demanda e da utilidade. Matemático, se dedicou aos estudos econômicos e lecionou Economia na Universidade de Cambridge. Seu livro Princípios de Economia Política, lançado no final do século XIX, influenciou o desenvolvimento de novas pesquisas e deixou marcas nos ensinamentos da Economia Neoclássica no século XX (HUNT, 2005). Mas, o que vem a ser a Economia? Como funciona nosso sistema econômico? Quando e por que o sistema econômico entra em crise,ocasionando mudanças de comportamento das pessoas e empresas? Você saberia responder? Etimologicamente, a palavra “economia” vem dos termos gregos oikós (casa) e nomos (norma, lei). Pode ser compreendida como “administração da casa”, pois, administrar uma casa é algo bastante comum na vida das pessoas. Portanto, é interessante essa aproximação do mundo da casa com o mundo da economia. Em outras palavras, podemos dizer que a Economia estuda a maneira como se administram os recursos disponíveis com o objetivo de produzir bens e serviços, e como distribuí-los para seu consumo entre os membros da sociedade. Agora é sua vez. Faça uma reflexão a partir de: como você e sua família tomam decisões no dia a dia? Que tarefas cada membro deve desempenhar e o que cada um vai receber em troca? Quem vai preparar o almoço e o jantar? Quem vai lavar e passar? Que aparelho de televisão vai ser comprado? Que carro vai ser adquirido? Onde passar as férias de final de ano? Quem vai? Onde vai ficar? O que você entende por necessidade humana? Isso mesmo! A necessidade humana envolve a sensação da falta de alguma coisa unida ao desejo de satisfazê-la. Acreditamos que todas as pessoas sentem necessidade de adquirir alguma coisa, sentem desejo tanto por alimentos, água e ar, quanto por bens de consumo como comprar sapatos, sabonete, televisão, computador, geladeira etc. Da mesma forma que uma família precisa satisfazer suas necessidades uma sociedade também precisa fazer o mesmo. Aliás, precisa definir o que produzir, para quem produzir, quando produzir e quanto produzir. Em linhas gerais, a sociedade precisa gerenciar bem seus recursos, principalmente se considerarmos que estes, de maneira geral, são escassos. Podemos dividir as necessidades humanas em: Primárias, naturais ou vitais – São aquelas imperiosas, isto é, que devem ser satisfeitas para garantir a subsistência do homem. Exemplo: alimentação, habitação, vestuário, medicamentos, etc. Secundárias, sociais ou artificiais – São aquelas criadas pela civilização do homem. O não atendimento implica apenas num sofrimento não fatal. O homem pode viver sem saciar as necessidades secundárias. Exemplo: cinema, rádio, gravata, etc. EXPLICAÇÃO SOBRE O SENTIDO DE ESCASSEZ NA ECONOMIA Assim como uma família não pode ter todos os bens que deseja, ou seja, dar aos seus membros todos os produtos e serviços que desejam, uma sociedade também não pode fazer o mesmo. A razão para que isso aconteça está na escassez*, isto é, quando os recursos são limitados em termos de quantidade disponível para uso imediato. Assim, a Economia tem sido entendida como o estudo de como a sociedade administra seus recursos escassos, embora haja quem discorda desse argumento. Ainda que possamos estudar Economia de muitas maneiras, existem algumas ideias que se tornam centrais nesta disciplina, consideradas como princípios básicos de Economia por parte de alguns economistas. Portanto, para poder compreender Economia, é bom saber mais sobre o sentido da ciência econômica. Segundo Mankiw (2005), não há nada de misterioso sobre o que vem a ser uma economia. Em qualquer parte do mundo, uma economia refere-se a um grupo de pessoas que interagem entre si e, dessa forma, vão levando a vida. Diante disso, podemos imaginar que a primeira coisa que precisamos entender quando se quer compreender uma economia é saber como são tomadas as decisões. *Escassez – significa a situação normal da sociedade onde os recursos são limitados para satisfazer sua demanda por bens e serviços. Fonte: Lacombe (2004). TOMADA DE DECISÕES O processo de tomada de decisão envolve quatro princípios: • Primeiro: as pessoas precisam fazer escolhas, e essas escolhas não são de graça. Elas precisam ser feitas tendo em vista que os recursos são escassos. Não é possível atender a todas as necessidades de maneira ilimitada. Portanto, a sociedade precisa fazer suas escolhas, assim como os indivíduos. • Segundo: o custo real de alguma coisa é o que o indivíduo deve despender para adquiri-lo, ou seja, o custo de um produto ou serviço refere-se àquilo que tivemos que desistir para conseguir compensar com outra coisa. F F F DF F F DF F F DF F F DF F F DF F F D Bens públicos: são bens não exclusivos e não disputáveis. Referem-se ao conjunto de bens fornecidos pelo setor público, tais como: transporte, segurança e justiça. F F F DF F F DF F F DF F F DF F F DF F F D Bens privados: são bens exclusivos e disputáveis. São produzidos e possuídos privadamente, como, por exemplo: televisão, carro, computador etc. Podemos dizer então que bem é tudo o que tem utilidade para satisfazer uma necessidade ou suprir uma carência, enquanto o serviço implica numa atividade intangível que proporciona um benefício sem resultar na posse de algo. AGENTES ECONÔMICOS Os agentes econômicos são pessoas de natureza física ou jurídica que, através de suas ações, contribuem para o funcionamento do sistema econômico, tanto capitalista quanto socialista. Podem ser: F F F DF F F DF F F DF F F DF F F DF F F D Empresas: agentes encarregados de produzir e comercializar bens e serviços, ligados por sistemas de informação e influenciados por um ambiente externo. A produção se dá pela combinação dos fatores produtivos adquiridos junto às famílias. As decisões da empresa são todas guiadas para o objetivo de conseguir o máximo de lucro e mais investimentos; F F F DF F F DF F F DF F F DF F F DF F F D amília: inclui todos os indivíduos e unidades familiares da economia e que, no papel de consumidores, adquirem os mais diversos tipos de bens e serviços, objetivando o atendimento de suas necessidades. Por outro lado, são as famílias os proprietários dos recursos produtivos e que fornecem às empresas os diversos fatores de produção, tais como: trabalho, terra, capital e capacidade empresarial. Recebem em troca, como pagamento, salários, aluguéis, juros e lucros, e é com essa renda que compram os bens e serviços produzidos pelas empresas. O que sempre as famílias buscam é a maximização da satisfação de suas necessidades; F F F DF F F DF F F DF F F DF F F DF F F D Governo: inclui todas as organizações que, direta ou indiretamente, estão sob o controle do Estado, nas suas esferas federais, estaduais ou municipais. Vez por outra, o governo atua no sistema econômico, produzindo bens e serviços, através, por exemplo, da Petrobrás, das Empresas de Correios etc. O funcionamento da Economia é determinado por eles : AGENTES ECONÔMICOS • 1) as Famílias que são o conjunto de consumidores e detentores dos fatores de produção; • 2) as Empresas que constituem o conjunto das unidades que utilizam os fatores de produção para a produção de bens e serviços tendo como objetivo a maximização do lucro; • 3) o Governo que, incluindo a Administração Central e Local, tem como objetivo a regulação e controle dos fenômenos econômicos e sociais; nesse âmbito, cabe ao Governo definir Políticas Econômicas com o objetivo de facilitar o aumento de riqueza criada no país. O MERCADO No funcionamento de uma Economia é usual distinguir-se dois tipos de mercados: • 1) os Mercados de Bens e Serviços, onde são trocados(comprados e vendidos) o conjunto de bens e serviços produzidos; • 2) os Mercados de Fatores onde se realizam a procura e oferta de fatores de produção, tais como o trabalho (mercado de emprego) e o capital (instituições financeiras). Portanto, tanto as empresas quanto as famílias e os governos se interagem o tempo todo, dando o toque econômico, de onde resultam as mais diversas explicações. QUESTÕES CENTRAIS DA ECONOMIA PROBLEMAS ECONÔMICOS FUNDAMENTAIS : O QUE E QUANTO PRODUZIR? • Identifica a natureza das necessidades humanas, e respectivas quantidades a serem fabricadas. COMO PRODUZIR ? • É uma questão técnica, que indica as várias maneiras de combinar os fatores de produção • CAPITAL + TRABALHO + RECURSOS NATURAIS PARA QUEM PRODUZIR ? • Envolve a questão da Distribuição dos bens produzidos. Que bens devem ser produzidos e em que quantidades? A resposta a esta questão determina o conhecimento da afetação dos recursos em economia. Com efeito, não é indiferente, por exemplo, produzir mais Kms de auto-estrada ou mais habitações novas. COMO PRODUZIR ? Esta é uma questão que determina o conhecimento da tecnologia de produção e a eficiência produtiva. Esta eficiência da distribuição determina que a riqueza pode ser melhor distribuída sem piorar a situação de outro indivíduo ou grupo social. PARA QUEM PRODUZIR ? • Envolve a questão da Distribuição dos bens produzidos , ou seja , quem ou quais setores serão beneficiados pelos resultados da atividade produtiva . OUTRAS QUESTÕES • Aumento de preços • Diferenças Salariais • Desvalorização Cambial • Taxas de juros • Elevação de impostos AUMENTO DE PREÇOS Principal vilão da Economia pois gera : • Insegurança econômica • Inflação • Baixa do poder aquisitivo DIFERENÇAS SALARIAIS Este assunto envolve : • Baixa Renda/Baixo Consumo • Intervenções do governo ( Saúde e Preços ) • Intervenções Sindicais DESVALORIZAÇÃO CAMBIAL • Perda de valor da moeda corrente • Queda de Exportações • Queda das Bolsas de Valores TAXAS DE JUROS As razões pelas quais a especialização e a troca permitem o crescimento da produção podem ser observadas pela capacidade humana de aprender durante a vida. Isto significa que o ser humano possui a capacidade de aprender a fazer coisas durante a vida. Diante disso, a especialização torna-o mais hábil para fazer algumas poucas coisas, em vez de ser amador em várias. Uma outra razão que se justifica é pelo tempo necessário para mudar de uma atividade para outra. Segundo Hall e Liberman (2003, p. 34), “[...] quando as pessoas se especializam e, com isso, passam mais tempo realizando uma só tarefa, há menos perda de tempo decorrente da transição entre as tarefas”. Percebe-se, com isso, uma alteração nos níveis de produtividade dessa economia, levando-a a um crescimento do nível de produção. Uma forma simples de entendermos e visualizarmos como se organiza a economia, como seus participantes interagem uns com os outros, como os compradores e consumidores se relacionam entre si e com o governo e, ainda, como a economia interna se relaciona com o setor externo, se expressa através do diagrama do fluxo circular ampliado. Veja a Figura 1. Figura 1: Diagrama do fluxo circular Fonte: Elaborada pelos autores Podemos observar que o diagrama do fluxo circular evidencia visualmente as relações econômicas instituídas e facilita o entendimento no que diz respeito ao funcionamento da economia, utilizando as seguintes categorias: produtores (organizações), consumidores (famílias), governo e setor externo. Verificamos no diagrama do fluxo circular a existência de relações entre os diversos agentes que compõem o mercado interno e também a relação desse mercado com o setor externo. Com a presença de pessoas, empresas (grandes, médias, pequenas, formais e informais) e governos (municipal, estadual e federal), as relações estabelecidas dão sustentação ao mercado. Isto acontece em quase todos os lugares, e uma relação direta e indireta com o meio ambiente acaba sendo processada. Para pensarmos em produção de bens e serviços precisamos considerar como elemento básico da análise a questão ambiental. Diante do exposto, podemos dizer que a atual discussão sobre o tema meio ambiente e desenvolvimento econômico reflete a relação contrária que se manifesta, por um lado, diante do modelo de desenvolvimento adotado e os impactos provocados ao meio ambiente e, por outro lado, o que esses impactos ambientais podem provocar no modelo de desenvolvimento. Você sabia que, no sistema econômico, tudo pode e deve ser avaliado monetariamente, de modo que toda a produção de bens e serviços que uma economia produz pode ser transformada em valor, medido pelo dinheiro ou pela moeda? Mas como mensurar as atividades econômicas? Mensurar significa quantificar essas relações. Logo quando as atividades econômicas de um país são mensuradas, a sociedade passa a ter mais clareza do seu processo de desenvolvimento econômico. Acompanhe como se desenvolvem o Fluxo Real e o Fluxo Monetário da economia, ilustrados nas Figuras 2 e 3, respectivamente. Figura 2: Fluxo real da economia Fonte: Elaborada pelos autores Figura 3: Fluxo monetário da economia Fonte: Elaborada pelos autores De acordo com as figuras, note que enquanto o Fluxo Real procura evidenciar as relações de demanda e oferta existentes no mercado de bens e serviços, o Fluxo Monetário deixa claro a relação de pagamentos efetuados no mercado de bens e serviços, e a remuneração dos fatores de produção. Assim podemos afirmar que o sistema econômico é o conjunto de relações técnicas, básicas e institucionais que caracterizam a organização econômica de uma sociedade. Independentemente do seu tipo, todo sistema econômico deve, de algum modo, desempenhar três funções básicas em Economia, determinando: F F F DF F F DF F F DF F F DF F F DF F F D O que produzir e em que quantidade: precisamos definir entre as possibilidades, o que e qual a quantidade a ser produzida, de modo a satisfazer o mais adequadamente a sociedade; F F F DF F F DF F F DF F F DF F F DF F F D Como produzir tais bens e serviços: devemos definir quem vai ser o responsável pela produção, qual a tecnologia a ser empregada, qual o tipo de organização da produção etc.; e F F F DF F F DF F F DF F F DF F F DF F F D Para quem produzir, ou seja, quem será o consumidor: devemos definir o público-alvo e as maneiras através das quais o produto deverá atingi-lo. Mas como as sociedades resolvem os seus problemas econômicos fundamentais: o que e quanto, como e para quem produzir? A resposta depende da forma de organização econômica. Cada relação entre esses agentes caracteriza um mercado em particular. No campo da Microeconomia*, podemos analisar o mercado de petróleo, de soja, de mão de obra para o setor financeiro etc., enquanto, no campo da Macroeconomia*, podemos destacar o funcionamento do mercado de bens e serviços, mercado de trabalho como um todo, mercado financeiro e mercado cambial. Note que, no mundo de hoje, entender de economia e compreender como funcionam os mercados, em suas reais dimensões, problemas e implicações em termos de bem- estar social, econômico e político, nos auxilia bastante nas tomadas de decisões. O mercado possibilita enxergar outras variáveis (outras relações) que não se encontram apenas no campo da economia. Existem duas formas principais de organização econômica: F F F DF F F DF F F DF F F DF F F DF F F D Economia de mercado (ou descentralizada, tipo capitalista); e F F F DF F F DF F F DF F F DF F F DF F F D Economia planificada (ou centralizada, tipo socialista). Os países organizam-se dessas duas formas ou possuem algum sistema intermediário entre elas. Outra questão importante, que surge na esfera do estudo econômico, diz respeito às distinções entre as preocupações macro e microeconômicas. Contudo, vale salientar que, embora, aparentemente díspares, ambas tratam do mesmo objeto: o sistema econômico. *Microeconomia – preocupa-se com a eficiência na alocação dos fatores de produção, as quantidades de bens e serviços ofertadas e demandadas, os preços absolutos e relativos dos bens e serviços, e a otimização dos recursos orçamentários de cada um dos agentes econômicos. Fonte: Lacombe (2004). *Macroeconomia – estudo do comportamento da economia como um todo, isto é, dos fenômenos econômicos abrangentes, como o nível de preços, a inflação, o desemprego, a política monetária de um país etc. Fonte: Lacombe (2004). O mercado sozinho não promove perfeita alocação de recursos. Em países mais pobres, que querem se desenvolver, o Estado precisa prover a infra-estrutura básica, como estradas, telefonia, siderurgia, portos, usinas hidroelétricas, o que exige altos investimentos, com retornos apenas em longo prazo, afastando o setor privado. Diante dessa realidade podemos afirmar que a atuação do governo justifica-se com o objetivo de eliminar as chamadas distorções alocativas (isto é, na alocação de recursos) e distributivas, e promover a melhoria do padrão de vida da coletividade. Isso pode se dar das seguintes formas: F F F DF F F DF F F DF F F DF F F DF F F D mercado sozinho não promove perfeita distribuição de renda, pois as empresas estão preocupadas em maximizar seu lucro, e não com questões distributivas; F F F DF F F DF F F DF F F DF F F DF F F D atuação sobre a formação de preços, via impostos, subsídios, tabelamentos e fixação de salário mínimo; F F F DF F F DF F F DF F F DF F F DF F F D fornecimento de serviços públicos; e F F F DF F F DF F F DF F F DF F F DF F F D complemento da iniciativa privada etc. Temos ainda o sistema de economia centralizada, onde a forma de resolver os problemas econômicos fundamentais é decidida por uma Agência ou Órgão Central de Planejamento, e não pelo mercado. Os preços são determinados pelo governo, que, normalmente, subsidia fortemente os bens essenciais e taxa os bens considerados supérfluos. Com relação ao lucro, uma parte vai para o governo, outra parte é usada para investimentos nas empresas, dentro das metas estabelecidas pelo próprio governo, e a terceira parte é dividida entre os administradores e os trabalhadores, como prêmio pela eficiência. Se o governo considera que determinada indústria é vital para o país, esse setor será subsidiado, mesmo que apresente ineficiência na produção ou nos prejuízos. MERCADO Todos os dias, você ouve ou lê algo que trata do mercado.Basta abrir os jornais, assistir à televisão ou visitar as ruas de sua cidade. Portanto, não é nada tão distante do seu dia a dia, pelo contrário, é algo que faz parte do seu cotidiano, de sua vida. Pindyck e Rubinfeld (2006) dividem as unidades econômicas em dois grandes grupos, de acordo com sua função: o de compradores e o de vendedores. Os compradores abrangem os consumidores, aqueles que adquirem bens e serviços, e as empresas que adquirem mão de obra, capital e matérias-primas que utilizam para produzir bens e serviços. Já no que se refere os vendedores, podemos listar as empresas que vendem bens e serviços, além dos trabalhadores que vendem seus serviços e os proprietários de recursos que arrendam terras e comercializam recursos minerais. ESTRUTURA DE MERCADO baixos. Assim, restam às empresas que oferecerem o produto a preços mais elevados duas possibilidades: ou mantêm o preço e, como consequência, são banidas do mercado, ou, então, aceitam o preço praticado pelas concorrências, que é mais baixo, e continuam no mercado, sem maximizar seus lucros. Assim é que a firma líder de preço permanece no mercado, através de um acordo tácito (isto é, um acordo não formal), responsável pela determinação do nível de venda do produto, enquanto as firmas menos favorecidas, em termos de preços, tornam-se seguidoras dos preços fixados pela firma líder. Temos ainda outra estrutura de mercado imperfeito, denominada de concorrência monopólica ou concorrência monopolista. Esta forma de mercado tem como característica marcante empresas produzindo produtos diferenciados, embora sendo substitutos próximos. Notamos, então, que, na concorrência monopolística, a empresa tem determinado poder sobre a fixação de preços. A diferenciação do produto pode ocorrer por características físicas, de embalagem ou pelo esquema de promoção de vendas. Como exemplo, temos os laboratórios farmacêuticos, as indústrias alimentícias, automobilísticas etc. Agora que já conversamos um pouco sobre monopólio vamos conhecer as principais características da concorrência monopolista. São elas: F F F DF F F DF F F DF F F DF F F DF F F D margem de manobra para fixação dos preços não muito ampla, uma vez que existem produtos substitutos no mercado; e F F F DF F F DF F F DF F F DF F F DF F F D número relativamente grande de empresas com certo poder concorrencial, porém com segmentos e produtos diferenciados, seja por características físicas, seja por embalagens ou prestação de serviços complementares (pós-venda). Observe que diante dessas características acabamos dando um pequeno poder monopolista sobre o preço do produto, embora o mercado seja competitivo – daí o nome de concorrência monopolista. Agora que já discutidos os principais aspectos ligados à Microeconomia, vamos passar à Macroeconomia? Você está pronto? Agora não estamos mais preocupados em compreender ou discutir as unidades de forma isolada. Estamos, sim, analisando algo sobre a economia como um todo: o sistema econômico completo (agregado). Ou seja, é na Macroeconomia que notamos os pontos principais da análise do equilíbrio parcial e geral, levando em conta a busca do pleno emprego. Mas se a Macroeconomia se preocupa com a situação de pleno emprego, como podemos explicar taxas tão elevadas de desemprego no Brasil e no mundo? Várias são as explicações para a questão do desemprego. Em muitos casos, a razão é atribuída ao próprio indivíduo, por não estar preparado para as exigências do mercado de trabalho ou por não aceitar reduções salariais. Mas na verdade, trata-se da “dança das cadeiras”, conforme argumentou Souza (2000). Será que, por mais preparado que o indivíduo esteja, haverá local para ele sentar-se? Do ponto de vista individual, estar melhor preparado significa a possibilidade de primeiro sentar-se na cadeira. Contudo, neste cenário precisamos considerar a questão na totalidade, ou seja, se a economia não é capaz de gerar cadeiras suficientes, inevitavelmente, pessoas ficarão de pé, por mais preparadas que estejam. Bem, mas aí temos algumas argumentações como, por exemplo, é a inovação tecnológica que destrói as cadeiras existentes na economia; o trabalho humano passa a ser substituído por máquinas. Estaríamos vivendo a época do fim do emprego, ou seja, nada podemos fazer, e o desemprego é algo inevitável? Novamente, ao observarmos a questão do ponto de vista individual, a inovação tecnológica causa desemprego. Contudo, ao mesmo tempo em que destrói, cria novos produtos, empresas, atividades econômicas e empregos. Em outras palavras, a inovação tecnológica, embora modifique o nível de emprego, não determina, seu resultado. Generalizando, os vários argumentos, tais como rigidez no mercado de trabalho, altos encargos trabalhistas, salários nominais rígidos etc., são facilmente refutáveis e não determinam, a princípio, o nível de emprego. O que queremos argumentar é que estar ou não empregado não é uma mera escolha individual. O aumento do nível de emprego ocorre quando a taxa de expansão da economia supera o aumento da produtividade do trabalho (que significa um mesmo indivíduo passar a produzir mais no mesmo espaço de tempo, fruto de inovações tecnológicas). Simplificando, podemos dizer que o aumento da produtividade dispensa cadeiras. Logo, o crescimento econômico deve ser capaz de gerar cadeiras suficientes para compensar as perdas e ainda absorver os jovens ingressantes no mercado de trabalho. Contudo deparamo-nos, então, com duas variáveis que, de fato, determinam, a quantidade de cadeiras existentes na economia: o crescimento econômico e a produtividade do trabalho. Recordando ....... MERCADO Todos os dias, você ouve ou lê algo que trata do mercado. Basta abrir os jornais, assistir à televisão ou visitar as ruas de sua cidade. Portanto, não é nada tão distante do seu dia a dia, pelo contrário, é algo que faz parte do seu cotidiano, de sua vida. Pindyck e Rubinfeld (2006) dividem as unidades econômicas em dois grandes grupos, de acordo com sua função: o de compradores e o de vendedores. Os compradores abrangem os consumidores, aqueles que adquirem bens e serviços, e as empresas que adquirem mão de obra, capital e matérias-primas que utilizam para produzir bens e serviços. Já no que se refere os vendedores, podemos listar as empresas que vendem bens e serviços, além dos trabalhadores que vendem seus serviços e os proprietários de recursos que arrendam terras e comercializam recursos minerais. Mas qual relação destes termos com o termo mercado? A relação é direta, uma vez que o mercado consiste num grupo de compradores (lado da procura) e um de vendedores (lado da oferta) de bens, serviços ou recursos, que estabelecem contato e realizam transações entre si. Ou seja, a interação de compradores e vendedores dá origem aos mercados. O lado dos compradores é constituído tanto de consumidores, que são compradores de bens e serviços, quanto de empresas, que são compradoras de recursos (trabalho, terra, capital e capacidade empresarial) utilizados na produção de bens e serviços; enquanto o lado dos vendedores é constituído pelas empresas, que vendem bens e serviços aos consumidores, e pelos proprietários de recursos (trabalho, terra, capital e capacidade empresarial), que os vendem (ou arrendam) para as empresas em troca de remuneração (salários, aluguéis e lucros). Você já ouviu falar das agências reguladoras no Brasil? Essas agências de regulação surgem em função da existência de falhas do mercado. Assim, ao ouvirmos falar em regulação, podemos imaginar formas de contornar essas falhas à luz do modo de produção capitalista, enquanto a desregulamentação significa deixar o mercado solto das amarras da regulação, pois, nestes casos, o mercado é mais eficiente. Por exemplo, temos a Agência Nacional de Energia Elétrica e a Agência Nacional de Telecomunicações, entre outras. Muitas pessoas pensam que os significados dos termos oferta e demanda são sinônimos na Ciência Econômica. Quando debatem temas como saúde, transportes, pobreza, moradia etc., costumam afirmar que tudo isso se refere apenas à questão de oferta e demanda. Outros, menos informados, costumam ainda usar e abusar dessa afirmação, tornando a oferta e a demanda uma espécie de lei inviolável sobre a qual nada pode ser feito e a partir da qual tudo pode ser explicado. Tanto a oferta quanto a demanda fazem parte de um modelo econômico criado para explicar como os preços são determinados em um sistema de mercado. Observe que os preços determinam quais famílias ou regiões serão beneficiadas com determinados produtos e serviços, e quais empresas receberão determinados recursos. Em se tratando de Microeconomia, os economistas recorrem ao conceito de demanda para descrever a quantidade de um bem ou serviço que uma família ou empresa decide comprar a um dado preço. Então, a quantidade demandada de um bem ou serviço refere-se à quantidade desse bem ou serviço que os compradores desejam e podem comprar. Observe, também, que várias questões podem afetar os consumidores na hora da compra, tais como renda, gosto, preço etc. TEORIA DA DEMANDA A Teoria da Demanda deriva de algumas hipóteses sobre a escolha do consumidor entre diversos bens e serviços que um determinado orçamento doméstico permite adquirir. Essa teoria procura explicar o processo de escolha do consumidor diante das diversas possibilidades existentes. Devido à certa limitação orçamentária, o consumidor procura distribuir a renda disponível entre os diversos bens e serviços, de maneira a alcançar a melhor combinação possível que possa lhe trazer o maior nível de satisfação. A demanda não representa a compra efetiva, mas a intenção de comprar por determinado preço. Ao analisarmos como funcionam os mercados, percebemos que o preço de um bem ou serviço exerce papel central. Na prática, a quantidade demandada de um bem ou serviço diminui quando o preço aumenta, e aumenta quando o preço diminui. Logo, a quantidade demandada é negativamente relacionada ao preço, como pode ser observado na Figura 4: Figura 4: Curva de demanda Fonte: Elaborada pelos autores Veja a seguir as variáveis que podem deslocar esta curva da demanda: F F F DF F F DF F F DF F F DF F F DF F F D riqueza (e sua distribuição); F F F DF F F DF F F DF F F DF F F DF F F D renda (e sua distribuição); F F F DF F F DF F F DF F F DF F F DF F F D fatores climáticos e sazonais; F F F DF F F DF F F DF F F DF F F DF F F D propaganda; F F F DF F F DF F F DF F F DF F F DF F F D hábitos; F F F DF F F DF F F DF F F DF F F DF F F D gostos e preferências dos consumidores; F F F DF F F DF F F DF F F DF F F DF F F D expectativas sobre o futuro; e A DEMANDA POR UM BEM E A RENDA DO CONSUMIDOR • Quando a renda do consumidor varia, o mesmo não irá alterar a demanda por todos os bens que consome. • Suponha que a renda do consumidor tenha um amento. Sendo assim, pode-se notar que ao aumentar seu poder aquisitivo, o consumidor poderá aumentar a demanda por alguns bens, manter constante a demanda por outros e até diminuir a procura por determinado bem. • BEM NORMAL: é chamado de bem normal aquele bem que sofre aumento na demanda em função de um aumento na renda do consumidor. • Por exemplo: bens de consumo supérfluo, tais como, automóveis, eletrodomésticos, vestuário, sapatos etc. • Normalmente, em fases de expansão econômica, em que a renda da população costuma melhorar, o consumo de tais bens cresce. • BEM DE CONSUMO SACIADO: o bem é de consumo saciado quando o consumidor não altera a demanda por este em razão de um aumento na renda. Se isto ocorrer, é porque o consumidor já está consumindo a quantidade suficiente, por isso, a expressão “consumo saciado”. • Neste caso, pode-se destacar os bens de primeira necessidade (cesta básica), bens de higiene pessoal. • BEM INFERIOR: existem ainda aqueles bens que sofrem queda na sua demanda quando a renda do consumidor aumenta. Quando isto ocorre diz-se que o bem é inferior, já que o consumidor deixa de consumi-lo quando seu poder aquisitivo melhora. • Um exemplo clássico deste tipo de bem é a carne de segunda TEORIA DA OFERTA A Teoria da Oferta muda o foco da análise, pois o vendedor vai ao mercado com a meta de obter o maior lucro possível. Neste cenário o vendedor (uma empresa) pode se deparar com uma restrição importante: a produção de bens e serviços requer a utilização de recursos produtivos, e essa quantidade depende do padrão tecnológico utilizado pela firma(capital, trabalho, capacidade empresarial etc. Fonte: Lacombe (2004). ) e do próprio preço praticado no mercado. Assim, podemos definir oferta como sendo a quantidade de um bem ou serviço que os produtores (vendedores) desejam produzir (vender) por unidade de tempo. Observamos que a oferta é um desejo, uma aspiração. Logo, a quantidade ofertada de um bem ou serviço refere-se à quantidade que os vendedores querem e podem vender. Dessa maneira, existe uma associação de comportamento dos preços com o nível de quantidade ofertada, ou seja, a quantidade ofertada aumenta à medida que o preço aumenta e reduz quando o preço se reduz. Logo, a quantidade ofertada está positivamente relacionada com o preço do bem e serviço, como podemos verificar na Figura 6: Figura 6: Curva de oferta Fonte: Elaborada pelos autores Conheça agora as variáveis que podem deslocar a curva da oferta como um todo: F F F DF F F DF F F DF F F DF F F DF F F D disponibilidade de insumo; F F F DF F F DF F F DF F F DF F F DF F F D tecnologia; F F F DF F F DF F F DF F F DF F F DF F F D expectativa; e F F F DF F F DF F F DF F F DF F F DF F F D número de vendedores. Veja na Figura 7 este deslocamento que estamos nos referindo. • DEFINIÇÃO DE OFERTA: A quantidade de um bem ou serviço que os produtores desejam vender por unidade de tempo. • Similar a demanda, a oferta de um bem depende de inúmeros fatores: • Do seu próprio preço (Px); • Dos preços dos fatores de produção (FP); • Dos objetivos e metas do empresário. • Do preço dos outros bens. • Será analisado mais detalhadamente o que ocorre com a oferta de um bem quando se modificam as duas primeiras variáveis. A análise será semelhante a anterior, isto é, será visto o efeito isolado de cada variável, de forma que ao analisar o impacto de uma determinada variável sobre a oferta, as demais são consideradas constantes. As causas mais comuns dos aumentos dos custos de produção são: Aumentos salariais: Um aumento das taxas de salários que supere os aumentos na produtividade da mão de obra acarreta um aumento dos custos unitários de produção, que são normalmente repassados aos preços dos produtos. Aumentos do custo das matérias primas: Por exemplo, as crises do petróleo da década de 70, ao elevar sensivelmente os preços dessa matéria primam, provocaram um brutal aumento nos custos de produção, em particular nos custos de transporte e de energia com base no diesel. Estruturas de mercado: A inflação de custos também está associada ao fato de algumas empresas, com elevado poder de monopólio ou oligopólio, terem condições de elevarem de elevar seus lucros acima da elevação dos custos de produção. Efeitos provocados por taxas elevadas de inflação Uma das distorções mais sérias provocadas pela inflação diz respeito à redução relativa do poder aquisitivo das classes que dependem de rendimentos fixos, com prazos legais de reajustes. Nesse caso estão os assalariados que, com o passar do tempo, vão ficando com seus orçamentos cada vez mais reduzidos, até a chegada de um novo reajuste. Os comerciantes, industriais e o próprio Governo têm condições de repassar os aumentos de custos provocados pela inflação, garantindo, assim, a participação de sua parcela no produto nacional. A distorção provocada por altas taxas de inflação, afeta também o balanço de pagamentos. As elevadas taxas de inflação, em níveis superiores ao aumento de preços internacionais encarecem o produto nacional relativamente ao produzido externamente. Assim devem provocar um estímulo as importações e um desestímulo as exportações, diminuindo o saldo da balança comercial, normalmente lançam mão de desvalorizações cambiais, as quais, tornando a moeda nacional mais barata relativamente à moeda estrangeira, podem estimular a colocação de nossos produtos no exterior, ao mesmo tempo em que desestimulam as importações. Nas finanças públicas, a inflação tende a corroer o valor da arrecadação fiscal do governo, pela defasagem existente entre o fato gerador e o recolhimento efetivo do imposto. Maior a inflação, menor a arrecadação real do governo. BIBLIOGRAFIA Hobsbawn, Eric (1994). A Era dos Extremos. São Paulo: Ed. Companhia das Letras. EQUIPE DE PROFESSORES DA USP. Manual de Economia. São Paulo, Saraiva, 2004 HUGON, Paul. História das Doutrinas Econômicas. Ed. Atlas. São Paulo, 1992. REZENDE Fº, Cyro de Barros. História Econômica Geral. 5ª ed. São Paulo, Contexto, 2000. BERNARDI, Luiz Antonio. Política e formação de preços. 2 ª. ed. São Paulo: Atlas, 1998. MANKIW, N. G. Introdução à Economia. Rio de Janeiro: Campus, 1999. NALINI, José Renato. Ética Geral e Profissional, 5ª edição, Revista dos Tribunais, 2006. PINHO, D. B; VASCONCELLOS, M. A. S.(orgs.). Manual de Economia. São Paulo: Saraiva, 1992. ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à Economia. São Paulo: Atlas, 2000. SANTOS, Joel José. Formação de preços e do lucro empresarial 4 ª ed. São Paulo: Atlas, 1998. SHAPIRO, Edward. Análise Macroeconômica. São Paulo: Atlas, 1985. SIMONSEN, M. H. Teoria Microeconômica. 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