Imunologia e Exercicio 06

Aids slid



Prof: João Carlos FA
É uma doença caracterizada por uma disfunção grave do sistema imunológico do indivíduo infectado pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Sua evolução é marcada por uma considerável destruição de linfócitos T CD4+ e pode ser dividida em 3 fases.
1ª- Infecção aguda, que pode surgir algumas semanas após a infecção inicial, com manifestações variadas que podem se assemelhar a um quadro gripal, ou mesmo a uma mononucleose. Nessa fase os sintomas são autolimitados e quase sempre a doença não é diagnosticada devido à semelhança com outras doenças virais.
2ª- Infecção assintomática, de duração variável de alguns anos.
3-A doença sintomática, da qual a aids é a sua manifestação mais grave da imunodepressão sendo definida por diversos sinais, sintomas e doenças como febre prolongada, diarréia crônica, perda de peso importante (superior a 10% do peso anterior do indivíduo), sudorese noturna, astenia e adenomegalia. As infecções oportunísticas passam a surgir ou reativar, tais como tuberculose, pneumonia e outras.
Tumores raros em indivíduos imunocompetentes, como o sarcoma de Kaposi, linfomas podem surgir, caracterizando a aids.
Os anti-retrovirais retardam a evolução da infecção até o seu estágio final.
Sinonímia SIDA, aids, doença causada pelo HIV, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.
Agente etiológico É um vírus RNA. Retrovírus denominado Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), com 2 tipos conhecidos: o HIV-1 e o HIV-2.
Reservatório O homem.
-Sexual,
-Sangüínea (via parenteral e da mãe para o filho, no curso da gravidez, durante ou após o parto) e pelo leite materno.
São fatores de risco associados aos mecanismos de transmissão do HIV:
- Variações freqüentes de parceiros sexuais sem uso de preservativos;
- Utilização de sangue ou seus derivados sem controle de qualidade;
- Uso compartilhado de seringas e agulhas não esterilizadas (como acontece entre usuários de drogas injetáveis);
- Gravidez em mulher infectada pelo HIV;
- Recepção de órgãos ou sêmen de doadores infectados.
O HIV não é transmitido pelo convívio social ou familiar, abraço ou beijo, alimentos, água, picadas de mosquitos ou de outros insetos.
Período de incubação É o período compreendido entre a infecção pelo HIV e o aparecimento de sinais e sintomas da fase aguda, podendo variar de cinco a 30 dias. Não há consenso sobre o conceito desse período em aids.
Período de latência É o período compreendido entre a infecção pelo HIV e os sintomas e sinais que caracterizam a doença causada pelo HIV (aids). Atualmente, esse período está entre 5 a 10 anos, dependendo da via de infecção.
Período de transmissibilidade O indivíduo infectado pelo HIV pode transmití-lo durante todas as fases da infecção, sendo esse risco proporcional à magnitude da viremia.
A maior parte dos casos de transmissão vertical do HIV (cerca de 65%) ocorre durante o trabalho de parto e no parto propriamente dito e os 35% restantes ocorrem intra-útero, principalmente nas últimas semanas de gestação e por meio do aleitamento materno, que representa risco adicional de transmissão de 7% a 22%.
A detecção laboratorial do HIV é realizada por meio pesquisas de anticorpos, antígenos, material genético (biologia molecular) ou que isolem o vírus (cultura).
Os testes que pesquisam anticorpos (sorológicos) são os mais utilizados, para indivíduos com mais de 18 meses.
O aparecimento de anticorpos detectáveis por testes sorológicos ocorre em torno de 30 dias após a infecção em indivíduos imunologicamente competentes.
Denomina-se "janela imunológica" esse intervalo entre a infecção e a detecção de anticorpos por técnicas laboratoriais. Nesse período, as provas sorológicas podem ser falso-negativas.
Para os menores de 18 meses, pesquisa-se o RNA ou DNA viral.
Anti-retrovirais em uso combinado, chamado de "coquetel",se mostram eficazes na elevação da contagem de linfócitos T CD4+ (regula a resposta imune) e redução nos títulos plasmáticos de RNA do HIV (carga viral), diminuindo a progressão da doença e levando a uma redução da incidência das complicações oportunistas, uma redução da mortalidade, uma maior sobrevida, bem como a uma significativa melhora na qualidade de vida dos indivíduos.
Objetivos da vigilância epidemiológica Prevenir a transmissão e disseminação do HIV e reduzir a morbi-mortalidade associada à essa infecção.
Conhecer, o mais precocemente possível, o estado sorológico da gestante/ parturiente/puérpera, para início oportuno da terapêutica materna e profilaxia da transmissão vertical.
Acompanhar, continuamente, o comportamento da infecção entre gestantes e crianças expostas, para planejamento e avaliação das medidas de prevenção e controle.
Notificação Somente os casos confirmados deverão ser notificados ao Ministério da Saúde.
A notificação de gestantes HIV+ e criança exposta é obrigatória (Portaria Ministerial Nº 2325/GM, de 8 de dezembro de 2003).
Definição de caso
Para fins de notificação, entende-se por gestante HIV+aquela em que for detectada a infecção por HIV.
Entende-se como criança exposta aquela nascida de mãe infectada ou que tenha sido amamentada por mulheres infectadas pelo HIV.
Prevenção da transmissão sexual
Prevenção da transmissão sangüínea
O HIV é muito sensível aos métodos padronizados de esterilização e desinfecção (de alta eficácia), sendo inativado por meio de produtos químicos específicos e do calor, mas não inativado por irradiação ou raios gama;
Prevenção da transmissão perinatal - É feita com uso de zudovidina (AZT) durante gestação e parto por mulheres infectadas pelo HIV e o AZT xarope por crianças expostas.
Outras orientações do Ministério da Saúde como o parto cesáreo e diminuição do tempo de rotura das membranas também contribuem para a redução da transmissão vertical.
No entanto, a prevenção da infecção na mulher é ainda a melhor abordagem para se evitar a transmissão da mãe para o filho.
Prevenção de outras formas de transmissão - Como doação de sêmen e órgãos: é feita por uma rigorosa triagem dos doadores.
Fim