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Guias e Dicas
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Curso de Linux, Notas de estudo de Informática

Curso de Linux do Senai, muito bom

Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010

Compartilhado em 15/11/2008

renato-s-massaro-10
renato-s-massaro-10 🇧🇷

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Baixe Curso de Linux e outras Notas de estudo em PDF para Informática, somente na Docsity! Sumário 1 - HISTÓRIA DO LINUX.......................................................................................................................................................9 1.1LINUX COMO SISTEMA OPERACIONAL.........................................................................................................................................9 1.2PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS COMENTADAS NO LINUX.............................................................................................................. 10 1.3LINUX COMO SOFTWARE GRATUITO.........................................................................................................................................10 1.4DOCUMENTAÇÃO DE PACOTES ..............................................................................................................................................11 1.5COMO FAZER E FAQS ....................................................................................................................................................... 12 1.6O COMANDO LOCATE ......................................................................................................................................................... 12 1.7INFO .................................................................................................................................................................................13 1.8LISTAS DE DISCUSSÃO LINUX ...............................................................................................................................................13 2 - O QUE É UMA DISTRIBUIÇÃO....................................................................................................................................14 2.1O MESMO, PORÉM DIFERENTE................................................................................................................................................ 14 2.2AS PRINCIPAIS DISTRIBUIÇÕES................................................................................................................................................ 14 2.3RED HAT LINUX.................................................................................................................................................................14 2.4O QUE HÁ DE NOVO NO RED HAT 6.0................................................................................................................................... 15 3 - O PC MÍNIMO PARA LINUX........................................................................................................................................ 16 3.1ACESSÓRIOS IDEAIS PARA UM SERVIDOR EM SUA INTRANET........................................................................................................ 16 3.2VERIFICANDO A COMPATIBILIDADE DE SEU HARDWARE...............................................................................................................16 3.3REGISTRANDO SUAS INFORMAÇÕES DE HARDWARE.................................................................................................................... 16 3.4ESCOLHENDO UM MÉTODO DE INSTALAÇÃO..............................................................................................................................16 3.5CONCEITOS DE PARTICIONAMENTO..........................................................................................................................................16 4 - INICIANDO A INSTALAÇÃO........................................................................................................................................ 18 4.1ESCOLHENDO UMA CLASSE DE INSTALAÇÃO..............................................................................................................................18 4.2VERIFICANDO OS ADAPTADORES SCSI................................................................................................................................... 18 4.3CONFIGURANDO SUAS PARTIÇÕES DE DISCO..............................................................................................................................18 4.4INCLUINDO NOVAS PARTIÇÕES................................................................................................................................................19 4.5EDITANDO UMA PARTIÇÃO.................................................................................................................................................... 19 4.6PREPARANDO SEU ESPAÇO DE SWAP........................................................................................................................................19 4.7FORMATANDO SUAS PARTIÇÕES LINUX....................................................................................................................................19 4.8SELECIONANDO PACOTES...................................................................................................................................................... 19 4.9CONFIGURANDO SEU MOUSE.................................................................................................................................................. 20 4.10DEFININDO UMA SENHA DO ROOT........................................................................................................................................ 20 4.11CONFIGURANDO O LILO................................................................................................................................................... 20 4.12COLOCANDO O SWAP EM UM DISCO SEPARADO.......................................................................................................................20 4.13COLOCANDO O LINUX ENTRE VÁRIAS PARTIÇÕES.................................................................................................................... 20 4.14USANDO FDISK, EM VEZ DO DISK DRUID..............................................................................................................................21 5 - DICAS SOBRE INSTALAÇÃO....................................................................................................................................... 22 5.1ROTEIRO COMPLETO PARA A INSTALAÇÃO DO LINUX E WINDOWS NO MESMO HD ..................................................................... 22 5.2POR QUE PRECISO TER UMA PARTIÇÃO PARA O /BOOT? ............................................................................................................ 22 5.3QUANTAS E QUAIS DEVEM SER MINHAS PARTIÇÕES? ............................................................................................................. 22 5.4GERANDO DISCOS SOBRE O LINUX ....................................................................................................................................... 23 5.5GERAR DISCOS SOBRE O MS-DOS....................................................................................................................................... 23 5.6NOTA SOBRE CONSOLES VIRTUAIS ....................................................................................................................................... 24 5.7INSTALANDO SEM O USO DO DISQUETE DE INICIALIZAÇÃO - VIA MSDOS ................................................................................24 5.8USANDO O FDISK ................................................................................................................................................................25 5.8.1Uma Visão Geral do fdisk .................................................................................................................................... 25 5.9RECUPERAÇÃO DO LILO....................................................................................................................................................... 25 5.9.1Procedimento A..................................................................................................................................................... 25 1 5.9.2Procedimento B..................................................................................................................................................... 26 5.10COMO INSTALAR O LILO NUM DISQUETE? ...........................................................................................................................26 5.11USANDO O LILO PARA GERENCIAR PARTIÇÕES......................................................................................................................27 5.12CONFIGURAÇÃO ADICIONAL.................................................................................................................................................28 5.13PARA OS QUE TEM POUCA MEMÓRIA... ................................................................................................................................. 30 5.14OCORREU ERRO NA INSTALAÇÃO DO LILO. ......................................................................................................................... 30 5.15INSTALAÇÃO LINUX+WINDOWS.............................................................................................................................................31 5.15.1Como instalar o Linux com o Windows NT? ......................................................................................................31 5.15.2Como inicializar ou o Linux ou o Windows? ..................................................................................................... 31 5.15.3Instalei o Linux e o meu Windows ficou estranho/lento. ....................................................................................32 5.15.4Posso ter o Windows e o Linux no mesmo HD? .................................................................................................32 5.15.5Roteiro completo para a instalação do Linux e windows no mesmo HD. ......................................................... 32 5.15.6Como fazer para instalar o ícone do linux no windows? ...................................................................................33 5.16PROBLEMAS TENTANDO INSTALAR O LINUX VIA DISCO RÍGIDO (HD) ..................................................................................... 33 5.17PROBLEMAS TENTANDO INSTALAR O LINUX VIA SERVIDOR WINDOWS NT ...............................................................................33 5.18COMO INSTALAR O LINUX COM O WINDOWS NT? ................................................................................................................33 5.19COMO CRIAR UM DISCO DE INICIALIZAÇÃO PARA O LINUX? ..................................................................................................... 34 5.20INSTALAÇÃO VIA FTP ..................................................................................................................................................... 34 5.20.1Como Fazer Isto? ............................................................................................................................................... 34 5.21INSTALAÇÃO VIA SERVIDOR NFS ...................................................................................................................................... 35 5.21.1Como Fazer Isto? ............................................................................................................................................... 35 5.22O DISQUETE DE INICIALIZAÇÃO VIA REDE É NECESSÁRIO? ....................................................................................................35 6 - COMPILANDO O KERNEL DO LINUX ......................................................................................................................36 6.1DESENVOLVIMENTO............................................................................................................................................................. 36 6.2DESCOMPACTANDO O KERNEL.............................................................................................................................................. 36 6.3CONFIGURANDO.................................................................................................................................................................. 37 6.4COMPILANDO......................................................................................................................................................................41 6.5COMPILANDO O KERNEL NA DEBIAN......................................................................................................................................42 6.6PATCH...............................................................................................................................................................................42 7 - GERENCIAMENTO DE PACOTES COM RPM .........................................................................................................44 7.1OBJETIVOS DO RPM ..........................................................................................................................................................44 7.1.1Atualização de Softwares ..................................................................................................................................... 44 7.1.2Pesquisas .............................................................................................................................................................. 44 1.1.1Verificação do Sistema ......................................................................................................................................... 44 1.1.2Códigos Básicos ................................................................................................................................................... 44 7.2INSTALAÇÃO ...................................................................................................................................................................... 45 7.2.1Pacotes já Instalados ............................................................................................................................................45 7.2.2Arquivos Com Conflitos ....................................................................................................................................... 45 7.2.3Dependências Não Resolvidas ............................................................................................................................. 45 7.3DESINSTALAÇÃO .................................................................................................................................................................46 1.2ATUALIZAÇÃO ....................................................................................................................................................................46 7.4CONSULTAS .......................................................................................................................................................................46 7.5VERIFICANDO .................................................................................................................................................................... 47 7.6UMA AGRADÁVEL SURPRESA ...............................................................................................................................................48 8 - CONFIGURAÇÃO DO SISTEMA COM O PAINEL DE CONTROLE ....................................................................51 8.1CONFIGURAÇÃO DE IMPRESSORA ...........................................................................................................................................51 8.2CONFIGURAÇÃO DO KERNEL ................................................................................................................................................ 53 8.2.1Alterando as Opções de Módulos .........................................................................................................................53 8.2.2Alterando Módulos ............................................................................................................................................... 53 8.2.3Adicionando Módulos ...........................................................................................................................................53 8.3HORÁRIO E DATA .............................................................................................................................................................. 53 8.4CONFIGURAÇÃO DA REDE ....................................................................................................................................................54 8.4.1Administrando Nomes .......................................................................................................................................... 54 8.4.2Administrando Máquinas ..................................................................................................................................... 54 8.4.3Adicionando Uma Interface de Rede ....................................................................................................................54 8.4.4Gerenciando as Rotas ...........................................................................................................................................55 9 - CONFIGURAÇÃO DO SISTEMA COM O LINUXCONF ......................................................................................... 56 2 15.10.3Links Simbólicos..............................................................................................................................................109 15.10.4Multi-tarefa......................................................................................................................................................110 15.10.5Diretórios.........................................................................................................................................................111 15.11AUMENTANDO PARTIÇÃO LINUX..................................................................................................................................... 112 15.12COMANDOS DO PROGRAMA VI..........................................................................................................................................112 15.13COMO POSSO SABER QUANTOS HARD LINKS TEM UM ARQUIVO E QUANTOS ELE PODE TER...........................................................114 15.14É POSSÍVEL REPARTICIONAR UM HD QUE SÓ TENHA LINUX SEM PERDER DADOS?.................................................................... 114 15.15COMO AGRUPO MENSAGENS NO PINE?............................................................................................................................115 15.16 NÃO CONSIGO FAZER AS TECLAS 'BACKSPACE' E 'DELETE' EXERCEREM SUAS FUNÇÕES CORRETAMENTE........................................ 115 15.17FAZENDO O LESS LER VÁRIOS TIPOS DE ARQUIVOS...............................................................................................................115 15.18PERMITIR UM SÓ LOGIN POR USUÁRIO............................................................................................................................... 117 15.19MUDANDO O RELÓGIO DE SEU LINUX............................................................................................................................... 117 15.20MUDANDO O EDITOR DE TEXTO PADRÃO..........................................................................................................................117 15.21SHELL SCRIPTS - UTILIDADES E MAIS UTILIDADES..............................................................................................................118 15.21.1Backup para um FTP...................................................................................................................................... 118 1.4.5Comandos do DOS no Linux............................................................................................................................... 118 15.22COMO ALTERAR A COR DO FUNDO E DA LETRA NO CONSOLE? .............................................................................................. 120 15.23COMO MUDAR A FONTE NA CONSOLE? ............................................................................................................................. 120 15.24COMO MUDO O IDIOMA DE MEU CONECTIVA LINUX? ......................................................................................................... 120 15.25COMO CONFIGURO A PROTEÇÃO DE TELA NA CONSOLE? ......................................................................................................120 15.26COMO TRANSFERIR O LINUX INTEIRO PARA UM HD NOVO? ................................................................................................ 121 15.27COMO AGENDAR TAREFAS DE SISTEMA (/ETC/CRONTAB)? ....................................................................................................121 15.28COMO EXECUTAR UM ARQUIVO? .....................................................................................................................................122 15.29O QUE POSSO APAGAR PARA LIBERAR ESPAÇO EM DISCO? ....................................................................................................122 15.30COMO USAR O TAR COM ? ............................................................................................................................................. 122 15.31COMO LIDO COM OS PACOTES RPM? ..............................................................................................................................123 15.32COMO DAR PODERES DE SUPERUSUÁRIO A UM USUÁRIO NORMAL? ........................................................................................ 123 15.33COMO FAÇO PARA DEIXAR O 'LS' SEMPRE COLORIDO? ......................................................................................................... 124 15.34ESQUECI A SENHA DO ROOT. O QUE EU FAÇO ?..................................................................................................................124 16 - ADMINISTRAÇÃO DE SISTEMA GERAL..............................................................................................................125 16.1GERENCIAMENTO DE USUÁRIOS .........................................................................................................................................125 16.2CONFIGURANDO DIRETÓRIO DE BASE PADRÃO.......................................................................................................................126 16.3REMOVENDO USUÁRIOS.................................................................................................................................................... 126 16.4GERENCIANDO GRUPOS.....................................................................................................................................................127 16.5CHECANDO A CONSISTÊNCIA DE SISTEMA DE ARQUIVOS..........................................................................................................128 16.6INICIALIZAÇÃO DO SISTEMA............................................................................................................................................... 128 16.7PROGRAMANDO TAREFAS COM CROND.................................................................................................................................129 16.8GERENCIANDO LOGS........................................................................................................................................................ 131 17 - DICAS SOBRE O SISTEMA........................................................................................................................................134 17.1ONDE IR BUSCAR OS HOWTOS E OUTRA DOCUMENTAÇÃO?.................................................................................................134 17.2RECOMPILANDO SEU KERNEL.............................................................................................................................................135 17.3COMO ATUALIZAR O MEU KERNEL ? .................................................................................................................................. 136 17.4ENXERGAR WIN95 NO LINUX E VICE VERSA....................................................................................................................... 137 17.5ONDE IR BUSCAR MATERIAL SOBRE O LINUX POR FTP?........................................................................................................137 17.6HÁ ALGUM DEFRAGMENTADOR PARA EXT2FS E OUTROS SISTEMAS DE ARQUIVOS?...................................................................... 139 17.7O MEU RELÓGIO ESTÁ ERRADO.......................................................................................................................................... 139 17.8O QUE POSSO FAZER PARA TER MAIS DE 128MB DE SWAP?................................................................................................... 139 17.9PERMISSÕES................................................................................................................................................................... 139 17.10ENXERGANDO PARTIÇÕES WIN NO LINUX E VICE-VERSA.....................................................................................................142 17.11USANDO PACOTES .RPM (REDHAT) NO SLACKWARE........................................................................................................143 17.12O QUE DIABOS É NIS?.................................................................................................................................................. 143 17.13ARQUIVOS COMPACTADOS COM .TAR E .GZ QUE PEGO EM FTP NÃO DESCOMPACTAM............................................................... 144 17.14ONDE ESTÃO OS FONTES DOS PROGRAMAS? ...................................................................................................................... 144 17.15QUAIS OS PACOTES COM AS LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO? ..............................................................................................144 17.16COMO HABILITAR O NOVO SUPORTE A NTFS NO KERNEL 2.2 ? .......................................................................................... 144 17.17É NECESSÁRIO RECOMPILAR O KERNEL DO SISTEMA? .......................................................................................................... 144 17.18COMO MANTER MEU SISTEMA ATUALIZADO? ..................................................................................................................... 145 17.19O QUE SÃO E PARA QUE USAR SENHAS COM SHADOW? ........................................................................................................145 5 17.20INICIANDO O LINUX A PARTIR DO WINDOWS/DOS ............................................................................................................145 17.20.1Introdução ...................................................................................................................................................... 145 17.20.2Instalando o loadlin ........................................................................................................................................145 17.20.3Requisitos ....................................................................................................................................................... 145 18 - DICAS SOBRE MENSAGENS DE ERRO................................................................................................................. 147 18.1"UNKNOWN TERMINAL TYPE LINUX" E SEMELHANTES............................................................................................................147 18.2DURANTE A "LINKAGEM" APARECEM UNDEFINED SYMBOL _MCOUNT...................................................................................... 147 18.3LP1 ON FIRE....................................................................................................................................................................147 18.4INET: WARNING: OLD STYLE IOCTL(IP_SET_DEV) CALLED!........................................................................................... 147 18.5LD: UNRECOGNIZED OPTION '-M486'................................................................................................................................... 147 18.6GCC DIZ INTERNAL COMPILER ERROR................................................................................................................................147 18.7MAKE DIZ ERROR 139..................................................................................................................................................... 148 18.8SHELL-INIT: PERMISSION DENIED QUANDO DOU LOGIN.............................................................................................................148 18.9NO UTMP ENTRY. YOU MUST EXEC ... QUANDO DOU LOGIN....................................................................................................148 18.10WARNING: OBSOLETE ROUTING REQUEST MADE.................................................................................................................. 148 18.11EXT2-FS: WARNING: MOUNTING UNCHECKED FILESYSTEM...................................................................................................149 18.12EXT2-FS WARNING: MAXIMAL COUNT REACHED................................................................................................................149 18.13EXT2-FS WARNING: CHECKTIME REACHED....................................................................................................................... 149 18.14DF DIZ CANNOT READ TABLE OF MOUNTED FILESYSTEMS...................................................................................................... 149 18.15FDISK SAYS PARTITION X HAS DIFFERENT PHYSICAL /LOGICAL...............................................................................................150 18.16FDISK: PARTITION 1 DOES NOT START ON CYLINDER BOUNDARY............................................................................................ 150 18.17FDISK SAYS PARTITION N HAS AN ODD NUMBER OF SECTORS.................................................................................................. 150 18.18O MTOOLS DIZ CANNOT INITIALISE DRIVE XYZ..................................................................................................................150 18.19MEMORY TIGHT NO COMEÇO DO BOOTING......................................................................................................................... 151 18.20YOU DON'T EXIST. GO AWAY.......................................................................................................................................... 151 18.21MENSAGEM DE ERRO: CAN'T LOCATE MODULE NET-PF-4 (E 5)..............................................................................................151 19 - DICAS SOBRE HARDWARE..................................................................................................................................... 152 19.1UTILIZANDO UM DISCO FLEXÍVEL NO LINUX.........................................................................................................................152 19.2COLOCANDO SUPORTE PNP, FAT32 E SB AWE32 NO SEU KERNEL................................................................................... 152 19.3COMO SEI EM QUAL IRQ MINHA NE2000 ESTÁ LOCALIZADA?..............................................................................................156 19.4DÚVIDAS SOBRE IMPRESSORA JÁ INSTALADA E RECONHECIDA................................................................................................. 156 19.5CONFIGURAR O TECLADO APÓS A INSTALAÇÃO......................................................................................................................156 19.6MEU TECLADO ABNT NÃO FUNCIONA NO X .....................................................................................................................156 19.7VERIFICANDO SE A MEMÓRIA FOI DETECTADA CORRETAMENTE................................................................................................ 157 19.8COMO VEJO QUANTO O LINUX ESTÁ RECONHECENDO DE MEMÓRIA?........................................................................................ 157 19.9COMO FAÇO PARA O LINUX RECONHECER MAIS DE 64MB DE RAM? ....................................................................................157 1.5INSTALAR PLACA DE VÍDEO ON-BOARD (SIS)..........................................................................................................................157 20 - DICAS SOBRE INTERNET E REDE LINUX........................................................................................................... 159 20.1CONECTANDO-SE POR: CHAP..........................................................................................................................................159 20.2CONECTANDO-SE POR: PROGRAMA MINICOM.......................................................................................................................160 20.3CONECTANDO-SE POR: PPPD.............................................................................................................................................. 161 20.4PEGANDO E-MAIL VIA POP SERVER NO LINUX.......................................................................................................................163 20.5 DICAS DE FTP..............................................................................................................................................................164 20.6DOMÍNIO VIRTUAL.......................................................................................................................................................... 168 20.7E-MAIL DE AUTO-RESPOSTA............................................................................................................................................. 168 20.8E-MAILS VIRTUAIS........................................................................................................................................................... 169 20.9CRIANDO SÓ UMA CONTA DE E-MAIL, SEM SHELL..............................................................................................................170 20.10MANDAR VÁRIOS E-MAILS DE UMA VEZ SEM MOSTRAR CC....................................................................................................170 20.11COMO CONFIGURAR A INTERFACE ETH0 MANUALMENTE? .................................................................................................... 170 20.12MONTANDO SERVIDOR INTERNET/INTRANET NO LINUX (REDE).............................................................................................171 20.13RESTRINGINDO ACESSO A IPS COM O APACHE SEM USAR UM .HTACCESS......................................................................... 176 20.14USANDO O LINUX COMO BRIDGE.....................................................................................................................................177 20.15TELNET NÃO FUNCIONA.................................................................................................................................................. 177 20.16FTP E/OU DAEMON FTP NÃO FUNCIONAM...................................................................................................................... 177 20.17RESTRINGINDO O ACESSO DE UM FINGER EM VOCÊ.............................................................................................................. 177 20.18COMO CONFIGURAR UMA IMPRESSORA REMOTA EM UMA REDE LINUX ? ................................................................................. 177 21 - SEGURANÇA NO LINUX........................................................................................................................................... 179 6 21.1INTRODUÇÃO / SUMÁRIO.................................................................................................................................................. 179 21.2SERVIÇOS TCP PORT......................................................................................................................................................179 21.3MONITORANDO TERMINAIS................................................................................................................................................180 21.4MONITORANDO O FTP SERVER........................................................................................................................................ 180 21.5PROTEGENDO SUAS SENHAS (PPPD).....................................................................................................................................181 21.6/ETC/HOST.ALLOW E /ETC/HOST.DENY..................................................................................................................................181 21.7DICAS DE SEGURANÇA.....................................................................................................................................................183 21.7.1Limite o numero de programas que necessitem SUID root no seu sistema. .................................................... 183 21.7.2Rodando programas com privilegio mínimo no acesso. .................................................................................. 183 21.7.3Desabilitando serviços que você nao precisa ou nao usa. ...............................................................................183 21.7.4Encriptando nas conexões. ...............................................................................................................................184 21.7.5Instale wrappers para /bin/login e outros programas. .................................................................................... 184 21.7.6Mantenha seu Kernel na ultima versão estável.................................................................................................184 21.7.7Deixe o pessoal do lado de fora saber o mínimo possível sobre seu sistema. ................................................. 184 21.7.8Escolha boas senhas. ........................................................................................................................................184 21.7.9Se você puder, limite quem pode conectar ao seu Linux. ................................................................................ 184 21.8PROGRAMAS PARA SEGURANÇA..........................................................................................................................................185 22 - INSTALAÇÃO E TUTORIAIS DE APLICATIVOS.................................................................................................187 22.1INSTALANDO PROGRAMAS NO LINUX..................................................................................................................................187 22.1.1A Licença GPL ................................................................................................................................................. 187 22.1.2Arquivos .rpm (RedHat) ................................................................................................................................... 187 22.1.3Arquivos .deb (Debian) .................................................................................................................................... 188 22.1.4Arquivos .tar.gz (Compilando) ......................................................................................................................... 189 22.1.5Arquivos Padrões.............................................................................................................................................. 189 22.1.6Configurando.....................................................................................................................................................190 22.1.7Compilando e Instalando:................................................................................................................................. 190 22.1.8Problemas: Dependências ................................................................................................................................190 22.1.9APT: Facilitando sua vida ............................................................................................................................... 191 22.1.10Alien: Conversor de pacotes .......................................................................................................................... 191 22.2INSTALAÇÃO DO QPOPER................................................................................................................................................. 191 22.3INSTALAÇÃO DO STAR OFFICE 3.1.....................................................................................................................................192 22.4INSTALAÇÃO DO ICQ JAVA.............................................................................................................................................. 193 23 - O SISTEMA DE JANELAS X......................................................................................................................................196 23.1SERVIDORES X............................................................................................................................................................... 197 23.2GERENCIADORES DE JANELA..............................................................................................................................................198 23.3AMBIENTES DESKTOP...................................................................................................................................................... 198 24 - GNOME.......................................................................................................................................................................... 200 24.1O QUE É O GNOME..........................................................................................................................................................200 24.2GERENCIADORES DE JANELAS E GNOME ........................................................................................................................ 200 24.3CONCEITOS BÁSICOS........................................................................................................................................................200 24.3.1Usando o Menu Principal................................................................................................................................. 200 1.5.1Escondendo o Painel .......................................................................................................................................... 200 24.4ADICIONANDO APLICAÇÕES E CAPPLETS AO PAINEL............................................................................................................. 200 24.4.1Adicionando Lançadores de Aplicações .......................................................................................................... 200 24.4.2Adicionando Item em Gavetas ..........................................................................................................................201 24.4.3Adicionando Capplets ...................................................................................................................................... 201 24.5EXECUTANDO APLICAÇÕES............................................................................................................................................... 201 24.6USANDO A ÁREA DE TRABALHO ...................................................................................................................................... 202 24.7O GERENCIADOR DE ARQUIVOS GNOME ........................................................................................................................202 24.7.1Navegando com o Gerenciador de Arquivos GNOME .................................................................................... 202 24.7.2Copiando e Movendo Arquivos ........................................................................................................................ 203 24.7.3Lançando Aplicações a Partir do Gerenciador de Arquivos GNOME ............................................................203 24.8CONFIGURANDO O PAINEL ............................................................................................................................................... 203 24.8.1Propriedades Globais do Painel ...................................................................................................................... 203 24.8.2Janela de Ícone de Lançamento ....................................................................................................................... 204 24.8.3Janela do Ícone de Gaveta ............................................................................................................................... 204 24.8.4Janela de Ícones de Menu ................................................................................................................................ 204 7 1.2 Principais características comentadas no Linux Multiusuário: Permite que vários usuários possam rodar o sistema operacional, e não possui restrições quanto à licença. Permite vários usuários simultâneos, utilizando integralmente os recursos de multitarefa. A vantagem disso é que o Linux pode ser distribuído como um servidor de aplicativos. Usuários podem acessar um servidor Linux através da rede local e executar aplicativos no próprio servidor. Multiplataforma: O Linux roda em diversos tipos de computadores, sejam eles RISC ou CISC. Multitarefa: Permite que diversos programas rodem ao mesmo tempo, ou seja, você pode estar imprimindo uma carta para sua vovó enquanto trabalha na planilha de vendas, por exemplo. Sem contar os inúmeros serviços disponibilizados pelo Sistema que estão rodando em background e você provavelmente nem sabe. Multiprocessador: Permite o uso de mais de um processador. Já é discutida, há muitos anos, a capacidade do Linux de poder reconhecer mais de um processador e inclusive trabalhar com SMP, clusters de máquinas, na qual uma máquina central controla os processadores das outras para formar uma só máquina. Protocolos: Pode trabalhar com diversos protocolos de rede (incluindo o TCP/IP que é nativo Unix). Sistemas de arquivos: Suporta diversos sistemas de arquivos, incluindo o HPFS, DOS, CD-ROM, Netware, Xenix, Minix, etc. Sistema de arquivos - É uma forma de armazenamento de arquivos em estruturas (na maneira hierárquica) de diretórios. Assim, o usuário não precisa necessita conhecer detalhes técnicos do meio de armazenamento. Ele apenas precisa necessita conhecer a estrutura (árvore) de diretórios para poder navegar dentro dela e acessar suas informações. Consoles virtuais: Permite que o usuário tenha mais de um console para trabalhar, sendo que em cada console você pode ter diversas tarefas sendo executadas em background e mais em foreground (segundo plano e primeiro plano). Fontes TrueType: Fontes TrueType são agora suportadas pelo Conectiva Linux. A carga dinâmica de fontes é suportada e pode ser usada como um servidor de fontes em uma máquina local. Nota: os usuários que estejam efetuando uma atualização terão que atualizar os caminhos padrões das fontes. Para tanto, edite o arquivo /etc/X11/XF86Config. Procure no arquivo até encontrar os caminhos configurados. Altere para o seguinte unix/:-1. Deve-se ainda estar seguro de que o xfs, o Servidor de Fontes X, esteja sendo executado. Através do comandos /sbin/chkconfig -add xfs pode-se garantir que ele seja inicializado a cada vez que o Linux seja carregado. 1.3 Linux como software gratuito Uma forma de combater as práticas monopolistas da Microsoft. Existem rumores que a Microsoft irá alterar os termos de licenciamento de seus produtos. Na nova versão, o software não será mais adquirido, e, sim, licenciado em bases anuais, exigindo pagamento de uma nova licença para uso continuado. Isso poderá provocar a marginalização das populações ou países que não tenham os recursos necessários para investimentos nesta área. O criador do movimento pelo software aberto e livre foi Richard Stallman. Em determinada ocasião, ele precisou corrigir o driver de uma impressora que não estava 10 funcionando. Solicitou então, ao fabricante do driver o código fonte do programa para que pudesse realizar as correções necessárias. Para sua surpresa, o pedido foi negado. Daí ele iniciou então um esforço gigantesco para conceder versões abertas para todas as categorias de software existentes, comercializadas sem acesso ao código fonte. Richard Stallman fundou a FSF – Free Software Foundation. A FSF criou os aplicativos utilizados por todos os sistemas semelhantes ao Unix, como Linux e FreeBSD, hoje tão populares. Para evitar que alguém obtivesse o programa com o seu código fonte, fizesse alterações e se declarasse como dono do produto, ele estabeleceu a forma sob a qual esses programas poderiam ser distribuídos. O documento especifica que o programa pode ser usado e modificado por quem quer que seja, desde que as modificações efetuadas sejam também disponibilizadas em código fonte. Esse documento chama-se GNU (General Public License). O Kernel do Linux também é distribuído sob a GNU (General Public License). O Kernel do Linux, associado a esses programas, tornou possível a milhões de pessoas o acesso a um excelente ambiente computacional de trabalho e que melhora a cada dia. O Linux, na pessoa de seu criador e coordenador, soube melhor aglutinar o imenso potencial de colaboradores da Internet em torno de seu projeto. Contribuições são aceitas, testadas e incorporadas ao sistema operacional e uma velocidade nunca vista. 1.4 Documentação de Pacotes Muitos programas têm o arquivo README e outras documentações como parte integrante do pacote. O Conectiva Linux utiliza normalmente os subdiretórios sob /usr/doc como local padrão para o armazenamento, sem que seja necessário instalar todos os fontes para acessar a documentação; porém o nome do subdiretório depende do nome do pacote e da sua versão. Por exemplo, o pacote zip na sua versão 2.1, terá como caminho para acesso à sua documentação o seguinte: /usr/doc/zip-2.1. Em sua maioria a documentação está em arquivos padrão ASCII, os quais podem ser visualizados com os comandos more arquivo ou less arquivo. Caso você esteja procurando pela documentação de um comando específico (ou arquivo) e não em qual pacote ele está contido, será possível descobrí-la de forma simples. Por exemplo, para conhecer onde está a documentação do arquivo /usr/bin/at utilize o comando: rpm -qdf /usr/bin/at Este comando retornará uma lista de toda a documentação (inclusive páginas de manual) do pacote que contenha o arquivos /usr/bin/at. O RPM é capaz ainda de uma série de outras funcionalidades. Para maiores informações sobre ele, veja o Guia do Usuário do Conectiva Linux. 11 1.5 Como Fazer e FAQs Caso tenha sido selecionado durante a instalação, o conteúdo do Projeto de Documentação do Linux (LDP) estará disponível no diretório /usr/doc de seu sistema. O diretório /usr/doc/HOWTO contém versões em arquivos ASCII de todos os Como Fazer disponíveis na época de impressão do CD-ROM. Estes arquivos podem ser lidos através do comando less. Ex.: less Tips-HOWTO Você também pode encontrar arquivos com extensão .gz. Eles estão compactados com gzip para economia de espaço, sendo necessário então descompacta-los antes de sua utilização. Para utilizá-los pode-se executar o comando gunzip para descompactá-los ou então utilizar o comando zless que lista os arquivos sem criar uma versão descompactada em seu disco : Ex.: zless HAM-HOWTO.gz O comando zless usa as mesmas teclas de operação que o comando less, permitindo a navegação pelo documento. O diretório /usr/doc/HOWTO/mini contém versões ASCII de todos os mini-Como Fazer disponíveis. Não estão compactados e podem ser acessados normalmente com more ou less. /usr/doc/HTML contém versões HTML de todos os Como Fazer e dos guias Instalação do Linux e Linux para Iniciantes. Para visualizá-los basta utilizar um browser WWW de sua preferêcia. Por exemplo: cd /usr/doc/HTML netscape index.html O diretório /usr/doc/FAQ contém uma versão ASCII (e algumas versões HTML) de FAQs mais utilizados, incluindo o faq do Conectiva Linux. O diretório /usr/doc/HOWTO/translations/pt_BR/ possui diversos documentos traduzidos para o português. 1.6 O Comando locate Quando não se conhece o nome completo do comando ou arquivo que se busca, pode-se facilmente encontrá-lo através do comando locate. Este comando utiliza uma base de dados para localizar todos os arquivos no sistema. Normalmente esta base é construída automaticamente toda noite, desde que o Linux esteja ativo. Caso isso não ocorra é possível criá-la através do comando (executado como superusuário root): locate bison E a resposta será algo como: /usr/bin/bison /usr/include/bison2cpp.h /usr/info/bison.info.gz /usr/lib/bison.hairy A resposta é fornecida através do nome e rota completa do arquivo. 12 2.4 O que há de novo no Red Hat 6.0 Instalação aprimorada - Reconhece melhor dispositivos PCI, novo software de particionamento de disco e capacidade de escolher quais serviços serão carregados automaticamente no momento da inicialização. Novas e melhores ferramentas de administração – Inclui uma poderosa ferramenta de configuração gráfica Linux, o LinuxConf. Também inclui uma ferramenta para a configuração da versão gratuita de X-Windows , XFree86, chamada de Xconfigurator. Introdução do Gnome – É um ambiente desktop para X-Windows projetado para tornar mais fácil o desenvolvimento de aplicativos e proporcionar um ambiente desktop mais consistente, de qualidade profissional para usuários Linux. Desempenho – Melhor implementação de multiprocessamento simétrico (SMP) e introdução de RAID baseado em software (fornece mecanismo para combinar múltiplos discos para melhorar a confiabilidade e o desempenho). 15 3 - O PC mínimo para Linux Um 386 com 4MB, porém não pode executar X-Windows e o número de programas que ela pode executar simultaneamente é limitado pela quantidade de RAM física, seu desempenho será lento na maioria dos aplicativos de missão crítica (servidor de Web). Esse é portanto mais adequado como terminal de acesso a outro servidor Linux ou Unix; ou um servidor de baixo desempenho para serviços como DNS (converte nomes host em endereço IP reais) ou um servidor de autenticação para uma pequena empresa. 3.1 Acessórios ideais para um servidor em sua Intranet Uma placa SCSI - Ideal para um sistema multiusuário (Ex.: Servidor de arquivos, servidor Web ou servidor de aplicativos). Escolha uma placa com suporte a Ultra-DMA SCSI. O ideal é utilizar HD’s em separado para dividir o processamento de dados / sistema e software. 3.2 Verificando a compatibilidade de seu hardware O hardware precisa ser suportado por drivers incluídos na distribuição de Linux do usuário ou por software acessório que forneça drivers para o hardware em questão. 3.3 Registrando suas informações de hardware Placa de vídeo - Fabricante e modelo; chipset de vídeo; quantidade de memória; tipo de relógio na placa. Placa de som – Fabricante e modelo; IRQ da placa , endereço de I/O da placa e endereço de DMA. Monitores – Fabricante e modelo; resolução mais alta de monitor; intervalo de sincronismo horizontal e intervalo de sincronismo vertical. Mouse – Fabricante e modelo; número de botões; protocolo do mouse e porta serial. Unidades de disco rígido – Capacidade de armazenamento total do HD; número de cilindros, número de cabeças e número de setores por trilha. Modems - Fabricante e modelo; velocidade do modem e porta serial. 3.4 Escolhendo um método de instalação “Bootando” pelo CD-ROM. Pelo disquete – Vá ao diretório d:\dosutils e execute “rawrite”; forneça d:\images\boot.img; entre com “a” e insira o disquete formatado Pelo HD você precisa criar o disquete de inicialização do Linux. 3.5 Conceitos de particionamento Para liberar uma partição que já está sendo utilizada primeiramente você deve rodar o desfragmentador para garantir que tenha uma área grande e contínua de espaço livre no final da partição. Depois é só reparticionar a unidade de disco a fim de tornar o espaço disponível para a instalação do Linux. 16 Para reparticionar você pode usar uma ferramenta chamada “fips.exe” que está no diretório \dosutils\fips20. Você precisa estar em modo MS-DOS. Ao entrar no programa será apresentado a tabela de partição. Escolha a partição que deseja dividir. Supondo que haja espaço livre no final da partição escolhida, será perguntado qual cilindro de disco você vai usar como linha onde a partição é cortada e dividida. Você pode usar as teclas de seta para esquerda e para a direita a fim de mudar o cilindro selecionado. Ao fazer isso, o tamanho das partições (em megabytes) será mostrado para que você possa se certificar de que a nova partição seja suficientemente grande. O programa “fips.exe” garante que você não possa escolher um cilindro para dividir que deixe algum dos dados correntes na nova partição. 17 4.9 Configurando seu mouse Primeiro o software de instalação tenta detectar o seu mouse. Se não consegue, você verá uma lista de tipos possíveis de mouses na qual você pode selecionar. Se o seu mouse tem dois botões, certifique-se de selecionar a caixa de emulação de mouse de três botões. O Linux espera um mouse de três botões, assim como todos os sistemas operacionais Unix. Essa emulação permite que você dê um clique com os botões esquerdo e direito do mouse juntos, para simular um clique com o botão central. 4.10 Definindo uma senha do Root O usuário Root é o administrador. Ele pode ver os arquivos de todos os usuários, realizar tarefas de administração de sistema e, se quiser, excluir todos os arquivos de seu sistema. Após definir a senha do Root, o sistema pede as seleções de configuração de autenticação. Há três opções nessa tela e cada uma pode ser selecionada individualmente. Elas não são mutualmente exclusivas. As opções são: ♦ Enable NIS: Esse é um tipo de autenticação de rede comum em muitas redes Unix, especialmente aquelas baseadas em servidores SUN/Solaris. ♦ Use Shadow Password : O uso de shadow passwords é uma técnica criada para tornar mais difícil a um intruso ou um usuário regular de sistema roubar o banco de dados do usuário e depois tentar violar a password da administração do sistema. ♦ Enable MD% Passwords: Esta opção faz o Linux usar um esquema de encriptação mais rigoroso para armazenar as passwords dos usuários. 4.11 Configurando o LILO O LILO é o carregador de inicialização do Linux. O LILO também fornece os recursos de inicialização dual que pode permitir que você escolha o sistema operacional a ser ativado no momento da inicialização. Você pode fazer isso no Master Boot Record ou no primeiro setor de sua partição-raiz. Se você está estiver executando um sistema operacional, como o OS/2 ou Windows NT, que possui seu próprio carregador de inicialização, talvez queira escolher a última opção, A próxima tela solicitará que você forneça as opções padrão para serem fornecidas ao Linux no momento da inicialização. Selecione a opção Use Linear Mode se o HD é endereçado em modo LBA. 4.12 Colocando o Swap em um disco separado Caso você tenha instalado o Linux e sua área de swap no mesmo disco você terá compartilhar o tempo de processador para carregar um aplicativo e para fazer swap no HD. Isso provocará gargalo no sistema. Por isso, o ideal é você criar a área de swap em outro HD. 4.13 Colocando o Linux entre várias partições Os benefícios que se pode obter dividindo o armazenamento do sistema operacional entre as partições de maneira lógica são: 20 ♦ Aumentar o espaço em disco disco disponível nas árvores de diretório Linux importantes, como a árvore de diretório /home. ♦ Melhorar o desempenho por meio da divisão dos acessos a disco entre vários discos rígidos, se as partições disponíveis estiverem em mais de um disco. 4.14 Usando Fdisk, em vez do Disk Druid Quando você seleciona o fdisk, durante o processo de instalação, aparece primeiro uma tela perguntando com qual disco vai trabalhar. Ao contrário do Disk Druid, o fdisk trabalha apenas com um disco físico por vez. Para apresentar a tabela de partições corrente do disco ativo com que está trabalhando digite p. Para incluir uma nova partição usando espaço livre existente em seu disco rígido, use o comando n. Será solicitado um tipo de partição. Geralmente, você irá escolher o tipo primary. Uma vez selecionado o tipo de partição, você atribui o número de partição e, finalmente, o bloco inicial e final. Por padrão, todas as novas partições criadas com o fdisk recebem o tipo Linux native (número de tipo 83). Para mudar o tipo de uma partição, use o comando t. Será solicitada uma partição para se trabalhar, que você pode selecionar numericamente, e depois será solicitado o ID do tipo. Para ver uma lista de IDs de tipo, use o comando l nesse ponto, para observar a lista abaixo. ID Tipo 5 Extended 6 Dos 16-bit (maior do que 32MB) 7 os/2 HPFS b Windows 95 FAT32 82 Linux Swap 83 Linux Native Para excluir uma partição existente use o comando d e, quando solicitado, introduza o número da partição que você deseja excluir. Enquanto você está trabalhando com o fdisk, nenhuma das alterações feitas são realmente efetivadas no disco rígido. Para que as alterações sejam efetivadas você deve salvar e sair (teclando “w”) ou sair sem salvar (teclando “q”). 21 5 - Dicas sobre instalação 5.1 Roteiro Completo para a Instalação do Linux e Windows no Mesmo HD OBS: Siga esse roteiro caso disponha de um HD limpo, sem algum sistema operacional instalado, ou caso reinstalar o windows não lhe seja um problema. • Primeiro com o fdisk do DOS, crie 1 partição DOS com metade do tamanho total de seu HD para instalar o windows; • Instale o windows; • Coloque o disco de inicialização do Linux no drive e proceda com a instalação. • No Disk Druid, crie 3 partições Linux. uma de tipo ``Linux Native'' de 5Mb com ponto de montagem /boot, outra ``Linux Swap'' de 64Mb e outra de tipo ``Linux native'' com o restante do disco para ser o diretório raiz do sistema (ponto de montagem=/). • Selecione os pacotes a serem instalados; • Instale o LILO no MBR; • Pronto. Na inicialização, no prompt ``LILO boot:'' se digitar ``dos'', entra no windows; se digitar ``linux'', entra no Linux; (sem as aspas) 5.2 Por que Preciso ter uma Partição para o /boot? O diretório /boot é onde estão os arquivos de inicialização, como a imagem do kernel e informações de mapeamento e módulos. Criar-se uma partição especial para o /boot é necessário porque o sistema não dará carga se o arquivo com a imagem do kernel estiver acima do cilindro 1024 do disco rígido. Por isso, cria-se o /boot como a PRIMEIRA partição linux, antes da de troca (swap) e da raiz (/), para garantir que seu posicionamento estará abaixo do cilindro 1024. E é por esta razão que o programa Disk Druid não cria partição raiz acima de 1Gb, caso não se tenha um /boot já definido, pois neste caso o /boot estará na própria partição raiz. 5.3 Quantas e Quais Devem ser Minhas Partições? Depende da aplicação futura da máquina. Diretórios que geralmente são montados em partições exclusivas são: • swap memória virtual • / raiz do sistema • /boot arquivos de inicialização • /home área dos usuários • /usr binários dos programas • /var arquivos de registro (log) e caixas postais Sendo /home, /usr e /var em partições separadas úteis mais para servidores de grande porte, e não para máquinas caseiras. Com relação ao tamanho dessas partições: 22 5.8 Usando o fdisk Caso se tenha selecionado o fdisk, esta é a seção onde ele será descrito. Inicialmente será apresentada uma caixa de diálogo intitulada Particionamento de Discos. Nesta caixa estão listados todos os discos disponíveis no equipamento local. Mova o realce para o disco que se deseje particionar, selecione Edite e tecle Espaço. O usuário estará agora acessando o fdisk e poderá particionar o disco selecionado. Repita este processo para cada disco que quiser particionar. Quando estiver pronto, selecione Pronto. 5.8.1 Uma Visão Geral do fdisk O utilitário fdisk inclui auxílio online simples, mas de extrema utilidade. Seguem algumas indicações: • O comando de ajuda é: m. • Para listar a tabela de partições corrente: p. • Para adicionar novas partições: n. • fdisk cria partições nativas do Linux por padrão. Ao criar-se uma partição de troca, é necessário alterar o tipo da partição, usando o comando t, cujo tipo é igual a 82. Use o comando l para uma lista dos tipos de partições e seus valores. • O Linux permite até quatro partições em um disco. Caso se deseje mais partições, uma daquelas pode ser alterada para uma partição de modo estendido, a qual pode conter uma ou mais partições lógicas. Uma vez que uma partição estendida contém internamente as partições lógicas, evidentemente que a soma das áreas das partições lógicas criadas não pode ser superior à área da partição estendida. • É aconselhável anotar as partições (p.ex: /dev/hda2) e os seus respectivos sistemas de arquivos (p.ex: /usr), assim que forem criadas. Nota: observe que nenhuma das mudanças realizadas terá efeito até que sejam salvas e o usuário finalize o utilitário fdisk utilizando o comando w. Pode-se sair do fdisk sem salvar as opções utilizando-se o comando q. 5.9 Recuperação do Lilo 5.9.1 Procedimento A O que você precisa fazer para recuperar o seu liloboot ? Basta que você execute o / sbin/lilo. Fácil, não ? Não! Não é tão simples assim. Se você não consegue entrar no seu sistema, como fará para executar um comando ou programa ? Isso que está aqui abaixo, foi feito utilizando-se o Red Hat. Faca o seguinte: 1- Inicie o seu sistema como se você fosse instalar o seu Linux novamente. Coloque o disco de boot e inicie o seu sistema. Escolha a opção RESCUE. 2- Irá aparecer todas as opções que você deve configurar, tipo teclado, idioma, etc. 3- Faca: mknod /dev/hda b 3 0 (isso irá criar o device hda, se o seu HD for SCSI, você deve usar, ao invés de hda, sda) 25 4- Agora, o que você precisa é da particão /. Faca: mknod /dev/hdax b 3 x (onde x é o ponto de montagem da sua particão /. Se você não souber qual é a sua particão /, faca fdisk -l.) 5- Agora é criar um ponto de montagem para você montar a sua particão / (raiz) Faça: mkdir /teste 6- Monte, agora, a sua partição / em /teste mount /dev/hdax /teste 7- Agora é só rodar o lilo com a opção -r para especificar a raiz. /teste/sbin/lilo -r /teste Deve aparecer: Added linux* Added win <-- opcional :P Agora, retire o disquete do drive e dê um reset na sua máquina. O seu sistema irá começar normalmente. 5.9.2 Procedimento B Proceda como se fosse fazer a instalação do Linux: coloque o disquete de inicialização do Conectiva Linux no drive e reinicialize a máquina. Proceda normalmente respondendo às perguntas que aparecerão (tipo de teclado, idioma, etc) e quando aparecer a tela para se escolher entre Instalação ou Atualização, escolha Atualização. Não selecione os pacotes individualmente, assim nenhum pacote será instalado e a atualização irá direto a parte do LILO. Selecione instalá-lo no MBR e continue com a atualização. Depois de aparecer "instalando o carregador de inicialização LILO..." pode-se retirar o disco de inicialização do drive, apertar Ctrl+Alt+Del e tudo voltará ao normal. 5.10 Como instalar o LILO num disquete? Durante a instalação: Logo após a instalação do LILO no MBR ou na partição raiz ser concluída, aperte Alt+F2 para acessar o console do Linux, e digite: bash# lilo -b /dev/fd0 Com o Linux já instalado: [root@localhost]# /sbin/lilo -b /dev/fd0 Nos dois casos acima, não se esqueça de colocar um disquete limpo no floppy para o LILO ser instalado. 26 5.11 Usando o LILO para gerenciar partições O LILO (Linux Loader) é um utilitário do linux que gerencia as partições. Ele é usado pela maioria como um "boot manager" que divide cada boot para cada tipo de sistema. Nos computadores caseiros, geralmente se encontra outros sistemas, e por isso eles utilizam o LILO para que escolham o sistema que queira usar neste momento. O LILO tem seu arquivo de configuração em /etc/lilo.conf Lá ele armazena as informações necessárias para que ele faça a "divisão" de partições. Um arquivo de configuração comum para 2 sistemas (Linux+Win95) é esse: --- # LILO configuration file # # Start LILO global section boot = /dev/hda #compact # faster, but won't work on all systems. delay = 50 vga = normal # force sane state ramdisk = 0 # paranoia setting # End LILO global section other = /dev/hda3 label = win95 table = /dev/hda image = /vmlinuz root = /dev/hda1 label = linux read-only # Non-UMSDOS filesystems should be mounted read-only for checking --- Vamos agora ver as partes do arquivo passo a passo: 1. A linha: boot = /dev/hda Ela indica onde será o funcionamento do LILO, nesta linha, o LILO está configurado para rodar no MBR. Mas podemos mudar o /dev/hda para outro tipo de funcionamento. Um exemplo é colocar para funcionar em um disquete: substituímos o boot = /dev/hda pelo boot = /dev/fd0 (ou fd1, fd2... dependendo da onde está seu driver de disco) 2. delay = 50 Esta linha indica em quanto tempo a partição padrão (você verá mais a frente) vai entrar automaticamente, ou seja, sem você mexer em nada. Essa linha está configurada para rodar em 5 segundos. Agora vamos ver como configurar quais partições estão disponíveis. A linha que coloca a partição disponível é... 27 /sbin/reboot /sbin/halt Em alternativa, pode sempre utilizar a técnica dos "3 dedos" (já muito conhecida doutras paragens!), pressionando "CTRL+ALT+DEL", a qual só funciona quando o utilizador se encontra fora do X-Window, após um "Ctrl+Alt+F1". IMPORTANTE: O sistema de janelas X possui um arquivo de configuração do teclado para a Língua Portuguesa, o qual se encontra configurado de forma incorreta. Para que o sistema em causa fique corretamente configurado, tanto na console como em X-Window, deve consultar a página do José Américo Rio, ver em http://students.fct.unl.pt/users/jar/linux/teclado.html, o qual tem desenvolvido um magnífico trabalho para a resolução deste problema. A totalidade das aplicações para o Linux, funcionam de forma correta com este script! 5.13 Para os que tem pouca memória... Atenção você que não tem memória.... No caso eu me refiro a quem possuir apenas 16 megas de memória ram. Para estes pobres coitados, eu coloco aqui meus dois centavos de contribuição. --- Nada de KDE --- Nada de GNOME --- Nada de Netscape v4.5 ( o monstro devorador!!! ) Hey, e' isto mesmo que você leu!!! Mas acalme-se!!! Abaixo tem as minhas pequenas sugestões e descobertas: - O gerenciador de janelas XFCE que é bem mais simples, fácil de configurar e usar, e o mais importante, não come tanto os recursos da tua máquina. Tem ate um guia de upgrade/instalação para o RedHat 5.x. Veja http://www.xfce.org e o guia de instalação em http://members.home.net/dlooney1/RH5XFce.html - E para navegar na WEB e ler teus EMAILS tranqüilo, vai o Netscape v3.0 que é bem mais lite, e vem até com um editor html; tudo isto sem comer os recursos da máquina. Pegue em ftp://ftp.caldera.com/pub/netscape/navigator/gold/ ( obs.: ao instalar o Netscape 3.x talvez de erro na lib LibXt.so.6, então você deve instalar a XFree86-libs-3.3.2-8, que você pega em http://rpmfind.net ) Alguns outros browsers opcionais que você pode tentar: Amaya - http://www.w3.org/amaya/ Qtmozila - http://www.troll.no/qtmozilla/ E se também falta a você um outro tipo de memória, tente O Site do Elefante, que ele te permite cadastras datas e compromissos importantes. Graças a ele eu agora lembro a data de aniversário dos meus amigos. Afinal, não é todo mundo que tem uma memória de elefante. E se isto tudo não te agradar, só tem uma solução: coloque memória, coloque memória, coloque memória... 5.14 Ocorreu erro na instalação do LILO. Erro: O erro mais comum que acontece nesse estágio é quando foi criada uma partição nova e definida com o ID de "DOS 16-bit" para o Windows durante a instalação. O LILO checa que há uma partição MSDOS e se não houver um sistema arquivos MSDOS instalado nesta partição, ele não se instala, acusando erro. O que fazer: • Particionar o HD, instalar primeiro o Windows e depois o Linux. 30 • Se isso não for possível, na hora da instalação do LILO, retire a entrada "dos" que o programa coloca. • Ou, em último caso, de um sistema já instalado, recuperar o LILO. Veja como fazer isso em "como recuperar o LILO?" nas P&R. Outra possibilidade: Veja se a opção de proteção de vírus, presente em alguns BIOS, está desabilitada. 5.15 Instalação linux+windows 5.15.1 Como instalar o Linux com o Windows NT? Há um HOWTO muito detalhado e interessante sobre este procedimento, explicando- o passo a passo. acesse o seguinte HOWTO: http://www.conectiva.com.br/LDP/HOWTO/mini/Linux+NT-Loader.html Ainda, há um programa (freeware) para fazer a adição e configuração do boot loader do NT, sem necessitar fazer os passos abaixo. Você encontra-o em: http://ourworld.compuserve.com/homepages/gvollant/bootpart.htm Início dos procedimentos: • Inicialize o linux pelo disquete. - Crie uma imagem do setor de inicialização do linux, neste exemplo, /dev/hda2: [root@localhost]# dd if=/dev/hda2 of=/bootsect.lnx bs=512 count=1 • Copie a imagem para um disquete formatado em DOS: [root@localhost]# mcopy /bootsect.lnx a: • Inicialize a máquina no NT - Copie a imagem do disquete para C:\ - Modifique os atributos do boot.ini: C:\> attrib -s -r c:\boot.ini • Edite o boot.ini: [boot loader] timeout=30 default=multi(0)disk(0)rdisk(0)partition(1)\WINNT [operating systems] multi(0)disk(0)rdisk(0)partition(1)\WINNT="Windows NT Workstation ... multi(0)disk (0)rdisk(0)partition(1)\WINNT="Windows NT Workstation ... C:\BOOTSECT.LNX="Linux" ^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^ ̂incluir esta última linha • Voltando os atributos: C:\> attrib +s +r c:\boot.ini Fim. 5.15.2 Como inicializar ou o Linux ou o Windows? Caso o Windows e o Linux dividirem o mesmo disco rígido, primeiro leia "posso ter o Windows e o Linux no mesmo HD?" Nas P&R. Reforçando: preferencialmente, o Windows já deve estar instalado antes do Linux, caso isso não seja possível, leia: "instalei o Windows e o LILO sumiu" e também "ocorreu erro na instalação do LILO" presentes nas P&R. Proceda a instalação normalmente e apenas atente que após a instalação de todos os pacotes e as configurações de horário e mouse, o programa de instalação detectará sua 31 partição MSDOS aparecerá identificada como "dos". Essa identificação pode ser mudada para "win" ou qualquer outro nome que se queira. Quando perguntado, selecione para instalar o LILO no MBR. Concluída a instalação, quando o sistema reinicializar, aparecerá "LILO boot: " na tela, onde ele espera qual sistema entrar, para ver quais os sistemas possíveis de se inicializar, aperte TAB. O sistema padrão se não se digitar algo é o Linux. 5.15.3 Instalei o Linux e o meu Windows ficou estranho/lento. Isso acontece quando o drive padrão que o Windows explorer deve mostrar quando é iniciado (o padrão é o C:) não existe. O que pode ter ocorrido, é que o Linux pode ter sido instalado nesse drive padrão, que é definido no atalho que chama o Windows explorer. Isso é bem normal de ocorrer caso se possua 2 partições (C: e D:), o drive padrão do Windows explorer é o D: e o Linux é instalado no D:. Apenas altere o drive padrão nas propriedades do atalho. Ou ainda, também se nota que, se possuir 2 HD's, ou um HD com 2 partições (C: e D:), ambas utilizadas pelo Windows, e um CDROM em E:, ao instalar o Linux no D:, o Windows começa a apresentar um comportamento estranho por "pensar" que ainda existe um D:, apesar de ele agora ser Linux, ou ainda, tenta ler o CDROM ao se clicar no D:. Uma solução para esse problema é a reinstalação do drive de CDROM, que será agora instalado como D: e tudo voltará ao normal. Para isso: • Clique em "Meu Computador"; • "Propriedades"; • Apague o drive de CDROM; • Reinicialize o computador. 5.15.4 Posso ter o Windows e o Linux no mesmo HD? O gerenciador de inicialização (LILO) lhe permite escolher qual sistema operacional carregar. Alguns detalhes: Caso disponha de um HD "limpo", siga o roteiro de instalação presente nas P&R. Como a maioria já tem o Windows instalado (e reinstalá-lo não é uma idéia muito agradável), junto com o Conectiva Linux, vem um aplicativo para DOS chamado FIPS (/dosutils/fips.exe), que reparticiona o HD sem perder os dados existentes. É extremamente aconselhável fazer um backup de seus arquivos importantes antes de começar a mexer com as partições. Antes de usar o FIPS, desfragmente seu HD utilizando o Defrag do windows e certifique-se de que o espaço livre em disco seja suficiente para a instalação do Linux. Apenas na hora da instalação cuide para não excluir a partição windows acidentalmente, fora isso, proceda normalmente e no final da instalação escolha a opção de instalação do lilo no MBR. 5.15.5 Roteiro completo para a instalação do Linux e windows no mesmo HD. OBS: Siga esse roteiro caso disponha de um HD limpo, sem algum sistema operacional instalado, ou caso reinstalar o windows não lhe seja um problema. • Primeiro com o fdisk do DOS, crie 1 partição DOS com metade do tamanho total de seu HD para instalar o Windows; • Instale o Windows; 32 Se a LAN não tiver acesso à Internet, pode-se utilizar um servidor local que aceite conexões anônimas de FTP, aonde deve ser copiado o conteúdo do CD Conectiva Linux, e ele deve ser capaz de suportar nomes longos de arquivos. Para uma instalação via FTP, deve ser utilizado o disquete de inicialização via rede e caso o suporte a PCMCIA seja necessário, deve-se ter o disquete de suporte a esta funcionalidade. São necessários ainda os seguintes dados: o nome do servidor ou o endereço de IP do servidor de FTP que será utilizado. Você também precisará do caminho do diretório Conectiva Linux no servidor de FTP. 5.21 Instalação Via Servidor NFS Caso você não tenha uma unidade de CD-ROM, mas tenha acesso à uma rede local, então a instalação via NFS pode ser a mais indicada. Nas instalações via NFS, os pacotes do Conectiva Linux selecionados são fornecidos a seu computador através de um servidor de NFS. Os pacotes serão então instalados em seu disco rígido. 5.21.1 Como Fazer Isto? É necessário montar o CD-ROM do Conectiva Linux numa máquina que suporte sistemas de arquivo ISO-9660 com extensões Rock Ridge, assim como tenha suporte a NFS. Exporte o sistema de arquivos do CD-ROM via NFS. É necessário saber o nome do servidor ou o endereço IP, assim como o caminho do CD-ROM exportado. O servidor deverá ser capaz de suportar nomes longos. Para uma instalação via NFS, somente será necessário o disquete de inicialização. 5.22 O Disquete de Inicialização Via Rede é Necessário? Caso se esteja executando um método de instalação via FTP, HTTP ou NFS, será necessário criar o disquete de instalação via rede. O nome da arquivo de imagem de inicialização via rede é bootnet.img e está localizado no diretório imagens no seu CD do Conectiva Linux. 35 6 - Compilando o Kernel do Linux Neste artigo de hoje estaremos ensinando a compilar o kernel passo a passo. Não é muito difícil, acompanhe e você poderá resolver a maioria dos seus problemas de "drivers". 6.1 Desenvolvimento No kernel, você poderá configurar a base do sistema. Tudo o que você precisa para ter devices funcionando está no Kernel. Por exemplo, é nele que se configura portas paralelas, sistemas de arquivos, placas de rede, etc. A versão atual do Kernel é a 2.2.14. O primeiro número indica a versão de desenvolvimento, como um software normal, que começou com 0 (2 seriam 200% pronto, do projeto original). O segundo número indica o progresso do desenvolvimento. Se este segundo número for par, indica que é uma versão estável, ou seja, pode-se usar sem problemas. Se for ímpar, cuidado, pois é uma versão instável e somente use-a se você for ajudar no desenvolvimento do Kernel. Já o último número indica as correções de erro desde o 0 (o 14, neste caso, indica que houveram 14 correções de erro desde o 2.2.0). Se você ainda não pegou a última versão do Kernel, verifique em http://www.olinux.com.br/pegueolinux. Lá está indicado onde você pode pegar a última versão estável do Kernel. 6.2 Descompactando o Kernel O Kernel do Linux deve ser descompactado no diretório /usr/src. Mas antes, você precisa se logar como root. Assim: $ su Password: # Agora, entre no dir /usr/src: # cd /usr/src Muito bem, descompacte o Kernel (em .tar.gz) neste diretório. O exemplo a seguir supõe que o usuário luke baixou o Kernel em seu HOME: / home/luke. Exemplo: # tar xvfz /home/luke/linux-2.2.14.tar.gz Isto cria o diretório chamado linux. Entre nele para começarmos a compilar: # cd linux Agora você tem várias opções para começar a configuração: No Console (precisa da libncurses4): # make menuconfig No Console, sem gráficos: 36 # make config No ambiente gráfico X Window System: # startx Abra um terminal e digite: # make xconfig Na minha opinião, o melhor é o xconfig. Se não der, use o menuconfig que também é bom. 6.3 Configurando Vou mostrar como configurar usando a opção xconfig para um usuário comum. Na configuração para compilação do Kernel, você tem 3 opções para cada item: y (sim), m (módulo) ou n (não). Se você marcar y, o item marcado será embutido dentro do Kernel, ou seja, quando o sistema iniciar, este item será iniciado também. Se você marcar m, estará indicando que deve-se compilar o item como módulo, ou seja, que você vai ter a opção de carregar/descarregar o item da memória quando bem desejar. Já se você marcar n, o item não será compilado. Para obter ajuda em uma subopção (item), basta clicar no botão HELP que estiver ao lado dela. Lembre-se disso, pois é sempre importante consultar a ajuda em caso de dúvida. Aqui está o xconfig: • Code maturity level options Nesta opção há somente uma subopção. Deixe-a negada. • Processor type and features 37 • Network device support  Aqui você configura o suporte a alguns protocolos e devices de rede.  Marque com y a primeira opção e "PPP (point-to-point) protocol". Marque com m "Dummy net driver support". • Ethernet (10 or 100 Mbits)  Configure aqui sua placa de rede compatIvel com Ethernet, marcando a primeira opção com y e escolhendo sua placa dentre as listadas.  Caso não possua uma placa de rede Ethernet, marque n na primeira opção. • Mais rede  Você pode configurar Appletalk devices, Wan, Token Ring nas respectivas opções. • Conexão remota  Você pode configurar Radio amador (Amateur Radio support) e ISDN nas respectivas opções. • IrDA subsystem support  Aqui você pode configurar os protocolos para comunicação através de Infra Vermelho (Infra Red).  Também terá que configurar "Infrared-port devices drivers", caso configure o que foi descrito acima. • Character Device  Aqui você configura os devices de caracter, como terminais, impressoras, etc.  Marque com y: Virtual Terminal, Support dor console on virtual terminal, Standard/generic (dumb) serial support, UNIX98 PTY support, Parallel printer support e Support IEEE1284 status readback. • Video For Linux  Aqui você pode configurar webcams, placas AM/FM e outros devices que dizem respeito à captura de video. 40 • Joystick support  Aqui você configura vários tipos de Joysticks de jogos.  Se quiser usar joystick, marque a primeira opção com y. Depois escolha seu joystick na lista abaixo (marcando com y). • Filesystem  Aqui você configura os sistemas de arquivos que o Linux vai suportar.  Marque com y: Kernel automounter support, DOS FAT fs support, MSDOS fs support, VFAT (Windows-95) fs support, ISSO 9660 Filesystem support, Microsoft Joliet CDROM extensions, /proc filesystem support, /dev/pty filesystem for UNIX98 Ptys e Second extended fs support. • Network File Systems  Aqui você configura os sistemas de arquivo de rede que o Linux vai suportar. • Native Language Support  Configuração de língua nativa.  Marque com y a opção: "Codepage 860 (Portuguese)". • Console drivers  Marque apenas a opção "VGA text console". • Sound  Se você possui uma placa de som este é o lugar para configurá-la.  Marque com y a primeira opção. Depois escolha a sua placa de som (marcando y) e preencha os campos indicando porta, irq e dma. • Additional low level sound drivers  Aqui você configura alguns detalhes de placas de som, como por exemplo o MIDI das Sound Blaster AWE. 6.4 Compilando Depois de configurar tudo, salve a configuração em um arquivo ("Store Configuration to file"). Depois salve e saia ("Save and Exit"). Pronto, agora saia do X para poupar memória: Ctrl + Alt + Backspace. Execute: 41 # make dep Quando esta etapa acabar, compile e instale os módulos (marcados com m): # make modules # make modules_install Quando acabar com os módulos você irá compilar o Kernel. Você possui várias opções. Algumas são: bzImage, bzlilo, zImage, etc. Eu costumo usar o bzlilo, pois esta opção compacta bem o Kernel e já o instala para mim automaticamente. Então executo: # make bzlilo Espere acabar de compilar. Esta parte demora mesmo (entre 15 minutos e, no máximo, 1 hora, dependendo da velocidade do computador). Pronto, veja se não deu nenhum erro e... reinicie o computador: Ctrl + Alt + Delete. Este é o único momento em que o Linux precisa ser reiniciado (o que acontece constantemente em outros sistemas). 6.5 Compilando o Kernel na Debian Compilar o kernel na distribuição Debian é um pouco mais organizado que em outras distribuições. Ela vem com um programa chamado kernel package que permite recompilar o Kernel e gerar um pacote da Debian. Dessa maneira, você instala o kernel com o comando dpkg, conforme esse artigo de introdução. Isso permite você ter várias versões do kernel customizados. Também é possível gerar um kernel para um 386 compilado, em um Pentium (que é mais rápido). Vamos aos passos: o passo inicial, seja make config, menuconfig ou xconfig é igual ao descrito anteriormente. O próximo comando é: # make-kpkg –clean (para limpar a compilação) para gerar um pacote .deb no diretorio /usr/src: make-kpkg --revision=custom1.0 kernel_imagem . Dai é só instalar com: # dpkg -i /usr/src/ker*deb Quando você rodar o dpkg, ele irá rodar o lilo e instalar o kernel. 6.6 Patch Quando sai uma nova versão do kernel, é inviável baixar todo o kernel novamente para compilar quando foram mudadas apenas algumas coisas. Por exemplo, o tamanho médio das versões do kernel 2.2.* é de 12 Mb, enquanto que os patches não passam de 2 Mb. Por isso, é mais prático pegar o patch, que nada mais é do que a diferença entre sucessivas versões dokernel. Usar o patch é simples, vamos a um exemplo: 42 7.2 Instalação Pacotes RPM têm nomes de arquivos com o seguinte formato: foo-1.0-1.i386.rpm, que incluem o nome do pacote (foo), versão (1.0), release (1) e plataforma (i386) e o sufixo rpm indicando tratar-se de um pacote RPM. A instalação de um programa é feita através de uma única linha de comando, como por exemplo: # rpm –ivh foo-1.0-1.i386.rpm Como se pode observar, o RPM apresenta o nome do pacote (o qual não tem necessariamente o mesmo nome do programa) e apresenta uma sucessão de caracteres # atuando como uma régua de progresso do processo de instalação. O processo de instalação foi desenvolvido para ser o mais simples possível, porém eventualmente alguns erros podem ocorrer, dentre estes: 7.2.1 Pacotes já Instalados Se o pacote já tiver sido instalado anteriormente será apresentada a seguinte mensagem: # rpm –ivh foo-1.0-1.i386.rpm foo packaged foo-1.0-1.i386.rpm is already installed error: foo-1.0-1.i386.rpm cannot be installed Caso se deseje instalar o pacote de qualquer forma, pode-se usar o parâmetro -replacekgs na linha de comando, fazendo com que RPM ignore o erro. 7.2.2 Arquivos Com Conflitos Ao se tentar instalar um pacote que contém um arquivo já instalado por outro pacote, será apresentada a seguinte mensagem: # rpm –ivh foo-1.0-1.i386.rpm foo /usr/bin/foo conflicts with file from bar-1.0-1 error: foo-1.0-1.i386.rpm cannot be installed Caso se deseje ignorar o erro, pode-se usar o parâmetro -replacefiles na linha de comando. 7.2.3 Dependências Não Resolvidas Pacotes RPM podem depender da instalação prévia de outros pacotes, o que significa que eles necessitam daqueles para poderem ser executados adequadamente. Caso se deseje instalar um pacote que dependa de outro não localizado será apresentada a seguinte mensagem: # rpm –ivh foo-1.0-1.i386.rpm failed dependencies: foo is needed by bar-1.0-1 45 Para corrigir esse erro será necessário instalar o pacote solicitado. Caso se deseje que a instalação ocorra de qualquer forma, pode-se utilizar o parâmetro -nodeps na linha de comando. Porém, provavelmente o pacote não funcionará ou o fará de forma incorreta. 7.3 Desinstalação Para desinstalar um pacote utilize o comando: # rpm -e foo Onde foo é o nome do pacote e não do arquivo utilizado na instalação (por exemplo foo-1.0-1.i386.rpm). Pode ser encontrado um erro de dependência durante o processo de desinstalação de um pacote (outro pacote necessita da sua existência para poder funcionar corretamente). Neste caso será apresentada a seguinte mensagem: Para ignorar a mensagem de erro e desinstalar o pacote deve ser utilizado o parâmetro -nodeps na linha de comando. 1.2 Atualização Para atualizar um pacote utilize o comando: $ rpm -Uvh foo-1.0-1.i386.rpm foo ################################ O RPM desinstalará qualquer versão anterior do pacote e fará a nova instalação preservando as configurações. Sugerimos utilizar sempre a opção -U, uma vez que ela funciona perfeitamente, mesmo quando não há uma versão anterior do pacote. Uma vez que o RPM executa um processo de atualização inteligente, é apresentada uma mensagem do tipo: saving /etc/foo.conf as /etc/foo.conf.rpmsave o que significa que os arquivos de configuração existentes estão salvos, porém mudanças no programa podem tornar esse arquivo de configuração não mais compatível com o pacote (o que não é comum). Neste caso as adequações necessárias devem ser feitas pelo usuário. Como o processo de atualização é uma combinação dos processos de desinstalação e instalação, algumas mensagens de erros podem surgir, como por exemplo, ao se tentar atualizar um pacote com uma versão anterior à versão corrente, será apresentada a seguinte mensagem: $ rpm -Uvh foo-1.0-1.i386.rpm foo package foo-2.0-1 (which is newer) is already installed error: foo-1.0-1.i386.rpm cannot be installed Para forçar uma atualização, deve-se usar o parâmetro - -oldpackage na linha de comando. 7.4 Consultas A consulta à base de dados de pacotes instalados é feita através do comando rpm -q. Com a sua utilização são apresentados o nome do pacote, versão e release. Como exemplo temos: 46 $ rpm -q foo rpm-2.0-1 Ao invés de especificar o nome do pacote, pode-se utilizar as seguintes opções após o parâmetro q: • -a - consulta todos os pacotes instalados. • -f <arquivo> - consulta o pacote que contém <arquivo>. • -F - funciona como o parâmetro -f, exceto que funciona a partir de stdin11.1, como por exemplo find /usr/bin | rpm -qF. • -p <arquivo do pacote> - consulta o pacote originado pelo <arquivo do pacote>. • -P - funciona como o parâmetro -p, exceto a partir da entrada padrão, como por exemplo find /mnt/cdrom/RedHat/RPMS | rpm -qP. Há diversas formas de especificar que informações devem ser apresentadas pelas consultas. As opções de seleção são: • -i - apresenta as informações do pacote, tais como nome, descrição, release, tamanho, data de criação, data de instalação, vendedor e outras. • -l - apresenta a lista de arquivos relacionadas com o pacote. • -s - apresenta o status dos arquivos do pacote. Há dois estados possíveis: normal ou missing11.2. • -d - apresenta uma lista dos arquivos de documentação (páginas de manual, páginas info, README, etc.). • -c - apresenta uma lista dos arquivos de configuração. Estes arquivos podem ser alterados após a instalação para personalização. Exemplos sendmail.cf, passwd, inittab, etc.. Para as opções que apresentam listas de arquivos podem ser adicionados os parâmetros -v para obter a lista no formato do comando ls -l. 7.5 Verificando A verificação de um pacote provoca a comparação dos arquivos instalados de um pacote com as informações localizadas nas bases de dados do RPM. Entre outras coisas a verificação compara o tamanho, MD5 sum, permissões, tipo, dono e grupo de cada arquivo. Para verificar um pacote deve-se utilizar o comando: $ rpm -V <nome do pacote> Pode-se usar as mesmas opções disponíveis no processo de pesquisas. Exemplos: • Para verificar um pacote que contenha um arquivo em especial: $ rpm -Vf /bin/vi • Para verificar todos os pacotes instalados: $ rpm -Va • Para verificar um pacote instalado e o arquivo de pacote RPM: 47 A saída será: /usr/man/man6/koules.6 /usr/lib/games/kouleslib/start.raw /usr/lib/games/kouleslib/end.raw /usr/lib/games/kouleslib/destroy2.raw /usr/lib/games/kouleslib/destroy1.raw /usr/lib/games/kouleslib/creator2.raw /usr/lib/games/kouleslib/creator1.raw /usr/lib/games/kouleslib/colize.raw /usr/lib/games/kouleslib /usr/games/koules 50 8 - Configuração do Sistema Com o Painel de Controle Nota: a inclusão do Linuxconf no Conectiva Linux proporciona aos usuários um utilitário de configuração do sistema mais abrangente e simples de utilizar. Muito do que pode ser realizado através do Painel de Controle, pode também ser realizado através do Linuxconf. Adicionalmente o Linuxconf suporta várias interfaces: gráfica, texto e Web. Veja o capítulo 5 para maiores informações sobre o Linuxconf. O Painel de Controle é um utilitário que contém diferentes ferramentas de administração do sistema. Ele torna a manutenção do sistema muito mais simples, sem a necessidade de relembrar comandos complexos e suas opções na linha de comando. Para inicializar o Painel de Controle, é necessário inicializar o sistema X Window, executando-se o comando kde, startx ou gnome como superusuário e digitar-se control- panel em uma linha de comando de um xterm. Será necessário acessar o sistema como superusuário para que as ferramentas possam ser executadas normalmente. Nota: caso não se esteja em modo superusuário, basta executar o comando su -c control-panel e digitar a senha do superusuário root. 8.1 Configuração de Impressora A ferramenta de configuração de impressoras atua sobre o arquivo /etc/printcap, os diretórios de tarefas de impressão e os filtros de impressão. Os filtros permitem que se imprimam diferentes tipos de arquivos incluindo: • ASCII (texto). • PostScript. • Tex .dvi. • RPMs. • GIF, JPEG, TIFF e outros formatos gráficos. Em outras palavras, ao imprimir arquivos GIF ou RPM utilizando-se o comando lpr os arquivos serão tratados adequadamente. Para criar-se uma fila de impressão nova, deve-se escolher Add e então selecionar o tipo de impressora. Há quatro tipos de filas de impressão que podem ser criadas: • Local: filas de impressão para impressoras instaladas diretamente na máquina local. • Remote: filas de impressão direcionadas para outras estações de uma rede TCP/IP. • SMB: filas de impressão direcionadas para sistemas que utilizem uma rede tipo SMB (Windows© por exemplo). • NCP: filas de impressão direcionadas para sistemas de impressão baseados em Novell Netware©. Após escolher o tipo de impressora, uma janela de diálogo solicitará maiores informações sobre a fila de impressão. Todos os tipos de filas requerem as seguintes informações: • Queue Name: nome da fila de impressão. Vários nomes podem ser especificados utilizando-se o separador. • Spool Directory: diretório no sistema local onde ficarão armazenados os arquivos antes que a impressão ocorra. Nota: não deve ser definido o mesmo diretório para mais de uma fila de impressão. 51 • File Limit: tamanho máximo permitido para o arquivo de impressão. Um tamanho igual a zero indica que não há limite . • Input Filter: filtros são ferramentas de conversão de arquivos de impressão para formatos que a impressora selecionada pode tratar. Pressione Select para escolher o filtro que mais fique adequado à impressora. Além de impressoras capazes de imprimir gráficos e PostScript, é possível configurar dispositivos que imprimam somente arquivos em formato texto. A maioria dos arquivos de controle de impressoras são capazes de imprimir arquivos ASCII, sem convertê-los para PostScript. Para habilitar esta funcionalidade selecione Fast text printing ao se configurar o filtro. Nota: esta funcionalidade somente está habilitada para impressoras que não sejam PostScript. • Supress Headers: verifica se há necessidade de imprimir uma página de início antes de cada impressão. Para impressoras locais, os seguintes dados são necessários: • Printer Device: normalmente /dev/lp1 é o nome da porta à qual a impressora está conectada. Impressoras seriais estão normalmente em portas /dev/ttyS?, sendo necessário definir manualmente os parâmetros de configuração deste tipo de impressoras. Para impressoras remotas são necessárias as seguintes informações: • Remote Host: nome do servidor remoto ao qual a impressora está conectada. • Remote Queue: nome da fila de impressão no servidor remoto. O servidor remoto deverá estar configurado de forma a permitir que a máquina local utilize a sua fila de impressão. O arquivo /etc/hosts.lpd controla estas informações. Para impressoras SMB e NCP, são necessárias as seguintes informações: • Hostname of Printer Server: nome da máquina à qual a impressora está conectada. • IP number of Server: o endereço IP da máquina à qual a impressora está conectada (opcional). • Printer Name: nome da impressora no sistema Windows, por exemplo. • User: nome do usuário para acessar a impressora (normalmente guest em servidores Windows ou nobody para servidores samba). • Password: senha (se necessária) para utilizar a impressora (normalmente brancos). É recomendável que o usuário e sua senha, quando utilizados, sejam diferentes de usuários e senhas do Conectiva Linux ou de usuários de compartilhamento de arquivos, para que se tenha um maior nível de segurança de acessos. O mesmo procedimento é indicado para usuários utilizados no compartilhamento de arquivos em um servidor SMB ou Novell. Isso se deve ao fato de que usuários e senhas para acesso a filas de impressão são armazenados no sistema local em formato transparente, ou seja, sem criptografia. Após adicionar a fila de impressão é necessário reinicializar o servidor de impressão. Para tanto basta clicar sobre Restart lpd no menu lpd. Pode-se imprimir uma página de teste em qualquer fila de impressão selecionada. Selecione o tipo de página de teste no menu Tests. Caso o teste de impressão gere apenas uma linha, selecione a impressora, opções Edit, select e na opção input filter, marque a opção fix stair-stepping. Para imprimir a partir da linha de comando do interpretador ou de um terminal xterm, pode ser executado o comando <lpr -P nome-da-impressora arquivo-para-impressão>, onde 52 8.4.3.2 Interface PLIP Para adicionar uma interface PLIP é necessário fornecer um endereço IP, o endereço IP remoto e a Máscara. Pode-se ainda selecionar se a interface será ativada na inicialização do sistema. 8.4.3.3 Interfaces Ethernet, Arcnet, Token Ring e Pocket Adaptor Serão necessárias as seguintes informações para adicionar estas interfaces: • Device: determinado pelo netconfig, baseado nos dispositivos já configurados. • IP Address: endereço IP do dispositivo de rede. • Netmask: informe a máscara para o dispositivo de rede. A rede e os endereços de broadcast são calculados automaticamente baseado no endereço IP e na máscara informados. • Activate interface at boot time: ativa o dispositivo automaticamente durante a inicialização. • Allow any user to (de)activate interface: permite que qualquer usuário possa ativar ou desativar o dispositivo. • Interface configuration protocol: caso o servidor de rede utilize BOOTP ou DHCP e se queira utilizá-los é necessário informar a opção desejada, caso contrário escolha none. Clique em Done para finalizar e o dispositivo deverá aparecer na lista de Interfaces como um dispositivo inativo. Para ativá-lo, primeiro selecione-o com um clique do mouse e então clique sobre o botão Activate. Caso o dispositivo não apareça como ativo, poderá ser necessário reconfigurá-lo através da opção Edit. 8.4.4 Gerenciando as Rotas Na tela de gerenciamento de rotas pode-se adicionar, alterar ou remover rotas estáticas de rede. Adicionar ou alterar rotas solicitam as mesmas informações. Uma janela de diálogo aparecerá e basta informar os novos dados e clicar sobre o botão Done. 55 9 - Configuração do Sistema com o Linuxconf O Linuxconf é um utilitário que permite a configuração de vários aspectos do sistema e é capaz de lidar com uma grande variedade de programas e tarefas. Focalizaremos então nas tarefas mais comuns como criação de usuários e configurações de rede. 9.1 Executando o Linuxconf Para executar o Linuxconf deve-se acessar o sistema como super-usuário. Se você está acessando o sistema como outro usuário, há duas formas de lidar com essa situação. A primeira é executar o programa digitando-se Linuxconf na linha de comando. O Linuxconf solicitará então a senha do super-usuário. A outra opção é executar o comando su para tornar-se super-usuário. Caso você não esteja familiarizado com isso, digite su na linha de comando do ambiente de trabalho e pressione Enter. A senha do super-usuário será então solicitada. Após digite linuxconf e você terá à disposição todo o sistema e as ferramentas necessárias para configurá-lo. O Linuxconf tem quatro opções de acionamento: • Linha de Comandos -- útil para manipular a configuração do sistema através de programas de ambiente. • Curses - Gráfica Simplificada -- utiliza o mesmo estilo de interface do programa de instalação do Conectiva Linux, uma interface texto com elementos facilitadores de navegação, como se estivesse utilizando uma interface gráfica. • X Window -- pode ser utilizado em interface gráfica com os facilitadores: apontar e clicar na interface de árvore de opções. Por favor, veja a Interface de Árvore de Menu descrita na seção a seguir, para maiores informações. Esta é a interface que será descrita neste capítulo. • Via Web -- uma interface www permite a administração remota com simplicidade através de um navegador WEB. O Linuxconf irá normalmente iniciar ou no modo Gráfico Simplificado ou no modo X Window, dependendo da variável de ambiente DISPLAY. A primeira vez que você executar o Linuxconf, uma mensagem introdutória será listada; somente esta única vez. Acessar a ajuda a partir da tela principal produzirá o mesmo resultado. O Linuxconf tem uma ajuda sensível ao contexto. Para informações sobre um aspecto específico do Linuxconf, selecione Ajuda a partir da tela onde a opção desejada estiver disponível. Note que nem todas as telas de ajuda podem estar disponíveis neste momento, as quais serão atualizadas e introduzidas em próximas versões do Linuxconf. 9.1.1 Interface de Árvore de Menus A nova versão do Linuxconf vem com uma árvore de menus completa, onde encontrar o painel apropriado pode ser bastante simples e rápido. Pode-se expandir ou recolher seções através de cliques de mouse nos ícones dos itens. Clicar no ícone uma vez provocará a ativação daquele particular submenu. Um clique simples irá então recolher o menu, outro clique irá expandi-lo e assim sucessivamente. Entradas selecionadas aparecerão como tabs no lado direto do painel e permanecerão ali até que sejam fechadas. Isso reduzirá enormemente o número de janelas abertas em sua área de trabalho. Caso mais tabs estejam abertas que as desejadas, basta 56 clicar sobre o botão Cancelar no rodapé de cada tab que se deseja fechar sem efetivar as alterações, ou então sobre Aceitar para implementá-las. Para desabilitar um módulo ou um serviço, caso você não utilize a interface X Window e não queira utilizar esta sistemática, pode ser utilizado o seguinte caminho: • Inicie o Linuxconf. • Informe a senha do super-usuário quando solicitado (caso já não seja o root). • Abra [Controle] [Controle de Arquivos e Sistemas] [Módulos do Linuxconf] • Cancele a seleção da caixa de verificação [Este módulo está ativo para o módulo]. • Árvore de Menus. • Clique em Finalizar. • Reinicialize o Linuxconf. 9.1.2 Habilitando o Acesso ao Linuxconf Via Web Por razões de segurança, o acesso via Web é desabilitado como padrão. Antes de tentar acessar o Linuxconf através de um navegador Web, será necessário habilitar o acesso. Os procedimentos são os seguintes (interface texto): • Inicie o Linuxconf • Informe a senha do super-usuário quando solicitado (caso já não seja). • Abra [Configurar] [Rede] [Diversos] [Acesso de Rede ao Linuxconf] • Informe os nomes das máquinas na janela de Controle de Acesso HTML, que devem ter permissões de acesso ao Linuxconf. Deve-se incluir o sistema local, caso se deseja usar o acesso Web localmente. Acessos Web ao Linuxconf serão registrados no arquivo de sistema htmlaccess.log através da seleção da caixa de verificação. • Selecione o botão Aceitar e pressione Espaço. Então selecione o botão Sair em cada caixa de diálogo para retornar na hierarquia de menus. Ao encontrar a caixa de diálogos chamada Situação do Sistema, pressione Enter para que a ação seja executada e para aplicar a alteração definida. Neste ponto, o acesso Web estará habilitado. Para testá-lo, vá para um dos sistemas que foi adicionado à lista de controle de acessos. Lance o seu navegador e entre na URL: http://<máquina>:98/ (Substitua <máquina> pela identificação de sua máquina evidentemente). Você acessará a tela inicial do Linuxconf. Note que deverá ser informada a senha do super- usuário para obter acesso além da primeira página. 57 • Tipo Partição - uma descrição e um código do tipo sistema de arquivos usados naquela partição. • Estado - condição atual do sistema de arquivos, ou seja se está disponível, portanto montado ou indisponível, consequentemente desmontado. Sistemas de arquivos de outras máquinas na rede podem também estar disponíveis. Eles podem variar de um único diretório a um volume inteiro. Nenhuma informação sobre Tamanho ou Tipo da Partição estará disponível para essas partições. Informações adicionais desses sistemas de arquivos podem ser encontradas na opção [Configurar] [Sistemas de Arquivos] [Acessar volumes NFS]. A tela é similar a de Volume Local, com as seguintes diferenças: • Origem - o nome da máquina em que está disponibilizado o sistema de arquivos, seguida pelo diretório remoto. Por exemplo: cnc:/var/spool/mail onde cnc é a máquina que contém o diretório /var/spool/mail que está sendo disponibilizado. • Tipo - sempre igual a nfs. 10.2 Adicionado Pontos de Montagem NFS - Visão Geral NFS é a sigla para Sistemas de Arquivos Remotos. É uma forma de computadores compartilharem partes de seus sistemas de arquivos através de uma rede. Estas partes podem ser um simples diretório até milhares de arquivos em uma vasta hierarquia de diretórios. Por exemplo, muitas empresas poderão ter um único servidor de correio eletrônico compartilhando os diretórios de mensagens com os usuários do sistema através de montagens NFS. Para criar um ponto de montagem NFS: • Inicie o Linuxconf • Informe a senha do super-usuário quando solicitado (caso já não seja o root). • Abra [Configurar] [Sistemas de Arquivos] [Acessar volumes NFS]. • Na tela Especificação de Volume, selecione Aceitar. Os três campos são: • Servidor - nome da máquina onde residem os sistemas de arquivos a serem montados. Por exemplo guarani.cnc.com.br. • Volume - o nome do sistema de arquivos que se deseja adicionar. Por exemplo, / var/spool/mail. • Ponto de Montagem - nome do caminho no qual o sistema remoto será montado. Por exemplo, /mnt/mail. Isso é tudo o que se precisa saber para se ter um ponto de montagem criado. Linuxconf atualizará o arquivo /etc/fstab da forma adequada. Caso você tenha algum requisito adicional, podem ser acionadas as alternativas disponíveis na janela opções, a saber: 60 10.3 Opções gerais As opções gerais não são necessárias na maioria das vezes. Elas proporcionam maior flexibilidade e segurança. • Somente leitura - é possível bloquear a escrita em uma partição. Até mesmo o superusuário não poderá escrever ali. Esta opção é raramente usada numa partição de disco rígido normal. • Montável pelo usuário - esta opção é geralmente usada em conjunto com a opção seguinte e é útil para mídias removíveis, como por exemplo disquetes. Ela permite a um usuário normal ativar a conexão a qualquer hora. Normalmente, apenas o superusuário (root) pode fazer uma montagem. • Não montar na inicialização - especialmente útil para mídia removível, esta opção impede que o sistema tente fazer uma montagem na inicialização. • Nenhum programa pode ser executado - esta é uma funcionalidade de segurança, especialmente útil para mídia removível. Se você definir a opção montável pelo usuário em uma mídia removível, qualquer usuário pode instalar arquivos especiais para dar-lhe acesso total ao seu sistema (privilégios de administrador). Esta opção lhe previne disto acontecer. • Sem suporte a arquivos de dispositivos especiais - esta é uma opção relacionada à segurança. Dispositivos especiais são geralmente criados com direitos de acesso apropriados no diretório. Eles podem ser criados em outros lugares também através do comando mknod. Esta funcionalidade impede a montagem de uma mídia com dispositivo especial criada sem preocupações de segurança. Esses dispositivos poderiam arruinar toda a segurança do sistema. • Sem permissão a programas com setuid - mais uma funcionalidade de segurança. É um meio termo entre o acesso total e a opção acima (nenhum programa pode ser executado). Selecionando-se esta opção, o sistema não deixará programas privilegiados usarem seus direitos especiais. Um programa privilegiado é aquele que muda seu usuário para outra identificação (geralmente para o superusuário) enquanto está sendo executado. Isto permite que o usuário normal execute tarefas especiais que apenas o superusuário poderia fazer. • ativar quota por usuário - esta opção diz ao kernel para ativar a contabilidade de quota no sistema de arquivos. A contabilidade de quota é usada para cada usuário em tempo real, controlando o espaço em disco usado por ele e a quantidade de arquivos e diretórios que ele possui. Os limites podem ser aplicados para alguns ou todos os usuários. Há um controle separado para cada sistema de arquivos. O arquivo quota.user é criado na raiz do sistema de arquivos (o Configurador Linux o criará para você se esta opção for selecionada). O utilitário quotacheck é executado para inicializar o arquivo com o estado corrente do sistema de arquivos. Então o kernel o atualizará silenciosamente para cada conta de usuário. Isto é útil para impedir que um simples usuário ocupe todo o disco. • ativar quota por grupo - é a mesma funcionalidade da ``ativar quota por usuário'', mas adequada para grupos. As quotas para grupos definem a soma das cotas de todos os membros do grupo. O arquivo quota.group é criado quando esta opção é selecionada e o utilitário quotacheck é usado para inicializar o arquivo. Enquanto um usuário pode estar sobre sua quota pessoal, a quota de seu grupo pode ultrapassar este limite. O usuário será advertido ao criar arquivos novos e/ou aumentá-los. 61 11 - Configuração de Rede - Conectando-se ao Mundo A primeira coisa a definir na configuração de rede é se você está conectado a uma rede local, com um grupo de computadores em um escritório, ou a uma rede de grande abrangências, como a Internet. Antes de continuar é importante ainda saber qual hardware será utilizado para a conexão. Caso se utilize conexões via modem ou placas de rede, esteja seguro de que o hardware está adequadamente instalado e que os cabos estão corretamente conectados. Independente da especificação do tipo de rede que seja utilizada, caso os cabos e equipamentos não estejam bem conectados e configurados, nenhuma configuração fará o sistema funcionar. Iniciaremos pelas conexões via modem. 11.1 Adicionando Conexões PPP / SLIP para Modem - Visão Geral Há algumas informações que serão obtidas a partir de seu Provedor de Acesso Internet ou administrador de sistema antes de ter a sua conexão PPP ou SLIP funcionando. Estes são os dados para ter o seu Conectiva Linux conectado ao seu Provedor: • O endereço IP para o servidor de nomes do domínio (DNS). • O número de telefone de conexão. • Nome de acesso e senha. • Um endereço IP para sua máquina, caso a rede à qual esteja conectado não defina automaticamente um endereço dinâmico. • Utilização (ou não) de métodos de conexão, ATSI como PAP, CHAP ou MS-CHAP. Nos casos afirmativos, é necessário conhecer a seqüência de caracteres ou palavra que compõe a chave de acesso. CHAP e MS-CHAP não são atualmente suportados por Linuxconf, e são raramente usados. Informações adicionais podem ser úteis, mas não fundamentais, tais como endereço do servidor secundário e domínio de pesquisa. De posse de todas as informações você estará apto a conectar-se. • Inicie o Linuxconf • Informe a senha do superusuário quando solicitado (caso já não seja o root). • Abra [Configuração] [Ambiente de Rede] [Tarefas de Cliente] [PPP / SLIP / PLIP]. • Selecione Adicionar. Inicialmente não haverá qualquer configuração especificada. Ao selecionar a opção Adicionar serão apresentadas as opções PPP, SLIP e PLIP. PPP é a interface mais comum e é a padrão. Para configurar uma conexão PPP selecione PPP e pressione Aceitar. Você verá os seguintes campos: • Número de telefone - nome utilizado para o acesso remoto. • Porta do modem - indica a localização do modem. Já deve estar configurada. • Caixa de verificação de uso de autenticação PAP - deve ser acionada caso o sistema de destino utilize PAP. • Nome de acesso - nome usado na conexão ao sistema remoto. • Senha: a senha da conta PPP. 62 disponíveis, assim como a faixa de números usados para descrever cada um deles. Os números acima são reservados para redes privadas. Nota: não se pode utilizar estes números para conectar-se diretamente a Internet, e somente através de dispositivos como proxy, gateways, etc.. Caso em algum momento venha-se a utilizar uma conexão direta das estações de rede com a Internet estes números terão que ser substituídos. Portanto procure planejar adequadamente o uso dos endereços de sua rede. 11.3 Especificação do Servidor de Nomes Um servidor de nomes também é necessário para estabelecer uma conexão de rede. O nome do servidor é usado para converter o nome de uma máquina como por exemplo tupi.laranjeiras.com.br no seu endereço correspondente, como por exemplo 192.168.7.3. O domínio padrão diz à máquina onde procurar caso um nome totalmente qualificado (primeiro nome + domínio) não seja especificado. No nosso exemplo tupi.laranjeiras.com.br é um nome totalmente qualificado, ao passo que tupi é somente o nome da máquina. Caso o domínio padrão seja laranjeiras.com.br, então pode-se usar somente o primeiro nome para obter-se uma conexão bem sucedida. Por exemplo ``ftp tupi'' é suficiente para uma conexão com tupi.laranjeiras.com.br, caso o domínio padrão esteja configurado. Para se configurar o servidor de nomes da máquina, acesse [Configuração] [Ambiente de Rede] [DNS - Especificação do Servidor de Nomes]. Servidores de nomes são hierarquizados através da ordem na qual devem ser acessados, sendo usual as denominações de primário, secundário, terciário e assim por diante. Deve ser informado o número IP de cada um desses servidores e não o seu nome, pois não se pode resolver um nome até se estar conectado a um servidor de nomes. Adicionalmente ao domínio padrão podem ser especificados os domínios de pesquisa (Procurar domínio no Linuxconf). Domínios de pesquisa funcionam também de forma hierarquizada e têm precedência sobre o domínio padrão, devendo ser usados cuidadosamente. Ao se conectar a uma pequena rede, pode manter-se um arquivo chamado /etc/hosts devidamente sincronizado em todas as máquinas da rede e elas estarão visíveis entre si. À medida que novas máquinas forem adicionadas à rede, a manutenção destes arquivos crescerá proporcionalmente, sendo mais simples manter-se um servidor de nomes do que atualizar todos os arquivos /etc/hosts. Na verdade, a menos que haja uma razão muito boa para isso (uma rede muito pequena por exemplo), DNS será a melhor opção sempre. Para utilizar os serviços de um servidor de nomes, ative a caixa de verificação Uso de DNS - em operações normais, DNS é necessário. Pode-se manter as entradas do arquivo /etc/hosts através da opção [Configuração] [Ambiente de Rede] [Diversos] [Informações sobre outras máquinas]. Para modificar ou remover uma entrada basta selecioná-la na lista apresentada. Para removê-la, selecione Excluir no rodapé da tela. Para modificar alguma entrada, basta alterar as informações desejadas e selecionar Aceitar . Para adicionar uma nova entrada, selecione Adicionar. Campos obrigatórios: • Nome da máquina + domínio - Nome da máquina é a designação da máquina, enquanto que o domínio é o nome da rede ao qual a máquina pertence. Por exemplo, tupi.laranjeiras.com.br, tupi é o primeiro nome e laranjeiras.com.br o domínio. • Número IP - também conhecido como endereço IP, é um número associado à máquina que segue o padrão x.x.x.x. Por exemplo 192.168.0.25. 65 12 - O que é um comando Linux? No MS-DOS os comandos não poderiam ser criados pelos usuários, ou sejam, eram limitados e geralmente estáticos. No mundo Unix e por extensão, no Linux, o conceito é diferente. Um comando é qualquer arquivo executável. 12.1 Su É usado geralmente para alternar entre diferentes usuários dentro de um terminal virtual. Exemplo de comando: $ su user2 (será solicitada a senha do user2). Quando acabarmos de trabalhar basta usar o comando exit para voltar ao usuário anterior. Se você está logado como usuário e der o comando su sem nome de usuário, será solicitada a senha do Root e, quando ela for fornecida, será trocada para trabalhar como usuário-root. Se você está logado como Root e der o comando su <o nome de algum usuário>, não será solicitado nenhum pedido de senha. Isso é interessante para o administrador, pois ele pode precisar se tornar diferentes usuários para depurar problemas, mas não necessariamente conhecer as senhas de outros usuários. 12.2 pwd, Cd Esses comandos fornecem as ferramentas básicas de que você precisa para trabalhar com diretórios e arquivos. O comando Pwd informa em qual diretório está atualmente. O comando Cd muda seu diretório atual para qualquer diretório acessível no sistema. 12.3 ls O comando ls é usado para ver o conteúdo do diretório corrente. Entre as opções mais úteis temos: • a – Inclui, na listagem, todos os arquivos contidos no diretório, mesmo as referências do diretório onde estamos posicionados e do diretório “pai”, ou seja, o superior àquele onde estamos posicionados – que são representados por “. “ (diretório atual) e “..” (diretório pai). • F – Anexa aos nomes dos arquivos um caractere, indicando seu tipo: diretório (/), programas executáveis (*), links simbólicos (@), para FIFOs (|), para sockets (=) e nada para arquivos comuns. • l – Uso de formato longo, detalhando os dados referentes a (siga os números no exemplo abaixo): (1) permissões, (2) quantidade de sub-diretórios ou se for 1 se trata de um arquivo, (3) nome do usuário que criou o arquivo e (4) do grupo a que este usuário pertence, (5) tamanho, (6) data da última alteração e (7) nome completo do arquivo. Veja o exemplo com os números indicando estas informações: 66 drwxr-xr-x 2 root root 1024 Dec 23 15:22 bin drwxr-xr-x 2 root root 1024 Dec 31 05:48 boot drwxr-xr-x 2 root root 1024 Dec 6 15:51 cdrom drwxr-xr-x 3 root root 8192 Mar 11 10:17 dev drwxrwxr-x 2 root root 1024 Feb 27 13:52 dosa |-----(1)----| (2) (3) (4) (5) |-------(6)------| (7) • R – Listagem recursiva. Irá também acessar os arquivos que estão colocados internamente nos subdiretórios, a partir do ponto em que estamos. • u – Usa a data do último acesso ao arquivo para a classificação da saída. • X – Usa a extensão do nome de arquivo para a ordenação. • L – Mostra entradas apontadas pelos links simbólicos. • n - Mostra UIDs e GIDs numéricos em vez dos nomes • S – Ordenar pelo tamanho do arquivo 12.4 mkdir Cria usado para a criação de novos diretórios. Sintaxe : mkdir (diretório 1) (diretório 2) ...(diretório n) onde (diretório 1) até (diretório n) são os diretórios a serem criados. As entradas padrão em um diretório (por exemplo, os arquivos ".", para o próprio diretório, e ".." para o diretório pai ) são criadas automaticamente. A criação de um diretório requer permissão de escrita no diretório pai. O identificador de proprietário (owner id), e o identificador de grupo (group id) dos novos diretórios são configurados para os identificadores de proprietário e de grupo do usuário efetivo, respectivamente. Opções: • m (mode) - Esta opção permite aos usuários especificar o modo a ser usado para os novos diretórios. • p - Com esta opção, mkdir cria o nome do diretório através da criação de todos os diretórios-pai não existentes primeiro. Exemplo: mkdir -p diretório 1/diretório 2/diretório 3 cria a estrutura de subdiretórios "diretório 1/diretório 2/diretório 3". 12.5 More e Less O comando more permite que o usuário se movam uma linha ou uma tela para frente por vez, em um longo corpo de texto, assim como pesquisar esse texto. Pressiona a barra de espaço faz pular para frente uma página, enquanto pressionar Enter moverá para frente uma linha por vez. Para pesquisar para frente o arquivo inteiro, pressione a tecla de barra (/), seguida da palavra ou frase que você deseja pesquisar e, em seguida, pressione Enter. Você pode repetir o processo pressionando a tecla n, após a primeira busca, evitando a necessidade de digitar a mesma palavra ou frase repetidamente. 67 12.9 Gzip Embora o comando tar seja útil para o armazenamento de arquivos, ele não realiza qualquer compactação nos exemplos anteriores. No Linux, a compactação é obtida com o comando gzip. Ao contrário dos arquivos ZIP do Windows, que compacta muitos arquivos em um único arquivo compactado, o comando gzip compacta apenas arquivos individuais, sem compactá-lo em um arquivo. Por exemplo, se temos um arquivo particularmente grande, chamado test.pdf , que não usaremos por algum tempo e queremos compactá-lo para economizar espaço em disco, usamos o comando gzip: $ gzip test.pdf Isso compactará o arquivo e incluirá a extensão . gz no final do nome de arquivo, mudando o nome para test.pdf.gz. Para fazer a compressão máxima usamos a extensão –9. $ gzip –9 test.pdf Você pode listar o conteúdo do arquivo compactado usando a extensão –l. $ gzip –l test.pdf Para descompactar um arquivo .gz, retornando o arquivo ao seu estado descompactado original, com o nome teste.pdf. $ gzip -d teste.pdf.gz Um comando alternativo, gunzip, elimina a necessidade de usar a opção –d: $ gunzip test.pdf.gz 12.9.1 Combinando gzip e tar As versões recentes de tar fornecem um método para acessar diretamente e criar arquivos tar compactados com gzip. Apenas incluindo uma opção z em qualquer um dos comandos tar discutidos anteriormente, podemos criar um arquivo compactado sem a necessidade de um segundo comando. $ tar czvf vnc.tar.gz vnc (inclui todos os arquivos do diretório e subdiretórios de vnc compactando-os automaticamente) $ tar tzvf vnc.tar.gz vnc (apresenta o conteúdo de nosso arquivo text.tar.gz compactado) $ tar xzvf vnc.tar.gz vnc (extrai o conteúdo do arquivo). 70 12.10cp Para copiar um arquivo (ThisFile) do diretório corrente em um segundo arquivo (a ser chamado ThisFile-Acopy) $ cp ThisFile ThisFile-Acopy Se quisermos copiar ThisFile em /tmp, mas fornecer um nome diferente para o novo arquivo, podemos usar $ cp ThisFile /tmp/NewFileName Se você desse o comando “cp ThisFile NewFile” o conteúdo de NewFile seria sobrescrito por uma cópia de ThisFile e seria perdido para sempre. Para evitar essa dificuldade, você pode usar o flag –i do comando cp, que obriga o sistema a confirmar quando qualquer arquivo for sobrescrito por uma cópia. Você pode criar um alias para o comando cp executando o comando $ alias cp=’cp –i’ Podemos configurar nosso shell Bash usando o arquivo oculto .bashrc para garantir que, sempre que nos conectarmos, esse alias esteja definido. Para isso devemos editar esse arquivo com qualquer editor de texto (Ex.: mcedit) e incluir o alias dentro dele. Para criar um alias para todos os usuários vá ao diretório /etc/rc.d e crie um arquivo qualquer definindo todos os alias que desejar. Ao dar boot na máquina todos os arquivos que estão abaixo desse diretório são executados, incluindo seu arquivo de alias que acaba de criar. Podemos passar vários argumentos para o comando e o último deles será tratado como o destino e todos os arquivos precedentes serão copiados no destino. $ cp FileOne FileTwo FileThree /tmp Ao copiar vários arquivos desse modo, é importante lembrar-se de que o último argumento deve ser um diretório. Se quisermos copiar um diretório inteiro e todos os seus subdiretórios, podemos usar o flag –R do comando cp. $ cp -R SomeDir /tmp Esse comando copia a totalidade do subdiretório SomeDir para o diretório /tmp criando o diretório /tmp/Somedir. 12.10.1Cópia avançada Quando você copia um arquivo, o arquivo resultante normalmente pertence a quem copiou, e não a quem criou o arquivo. Analogamente, quando um arquivo é criado em um diretório, ele possui um conjunto de permissões padrão atribuídas a ele. Ao copiar um arquivo, a cópia terá as permissões definidas de acordo com o padrão do diretório de destino, em vez de manter as permissões do arquivo original. Para mantermos os atributos originais usamos o flag –p 71 $ cp -p /tmp/TheFile . Normalmente, quando você copia um vínculo simbólico, o arquivo resultante é uma cópia do arquivo apontado pelo vínculo para o mesmo arquivo. Lrwxrwxrwx 1 user2 users 2 Aps 5 13:10 TheFile - > OtherFile Então a execução do comando cp $cp /tmp/TheFile ~/NewFile ( o ~ significa que você irá fazer a cópia debaixo do diretório home do usuário atual) resultaria em um arquivo que seria uma cópia de OtherFile. Mas, e se quiséssemos copiar o vínculo, em vez do próprio arquivo? Para isso o comando cp tem um flag para tratar dessa situação: o flag –d, que indica a não-eliminação da referência ao vínculo simbólico. Poderíamos simplesmente usar o comando $ cp –d /tmp/TheFile ~/NewFile Dito isso, é hora de reunir tudo. E se quisermos usar o comando cp para criar uma cópia de backup útil de um diretório existente e todos os seus subdiretórios? $ cp -pdR TheDirectory /backups (cria uma cópia exata de TheDirectory no diretório /backups/TheDirectory) Porém o comando cp fornece um modo simplificado para obter isso: o flag –a. $ cp -a TheDirectory /backups 12.10.2Evitando erros ♦ Você pode usar o flag –b para criar uma cópia de backup de qualquer arquivo que vá ser sobrescrito. Por padrão, o backup será o nome de arquivo original com um til (~) depois dele. ♦ É possível alterar o modo como o comando cp atribui nomes aos arquivos de backup, usando dois flags diferentes: –S e –V. O flag –s permite que você mude o caractere de til usado em nomes de backup para outra coisa. $ cp –b –S_ FileOne FileTwo ♦ O flag –V proporciona ainda mais flexibilidade, permitindo que o usuário especifique um dos três tipos de esquemas de atribuição de nomes de backup:  t ou numbered : cria backups numerados em seqüência. Se um arquivo de backup numerado já existir, então o novo arquivo de backup será numerado seqüencialmente, após o arquivo de backup existente; os nomes de arquivo resultantes são como os seguintes: FileName.~Number~ (Ex.:FileName.~2~) $ cp -b -V t FileOne FileTwo 72 movê-lo de modo que ele se tornasse um subdiretório sob /tmp, usaríamos o comando mv exatamente como fizemos para arquivos: $ mv /Thedir /tmp Opções: • b - Fará uma cópia de segurança de arquivos que serão sobrepostos pela movimentação, caso já existam arquivos com aqueles nomes no volume de destino. • u - Atualiza apenas os arquivos que tiverem data de atualização anterior ao que está sendo movido sobre outro, já existente. Assim sendo, apenas os mais novos irão substituir as versões mais antigas. 12.14cat Oficialmente usado para concatenar arquivos. Também usado para exibir todo o conteúdo de um arquivo de uma só vez, sem pausa. Sintaxe: cat < arquivo1 > < arquivo2 >... < arquivo n >, onde (arquivo1) até (arquivo n) são os arquivos a serem mostrados. "cat" lê cada arquivo em seqüência e exibe-o na saída padrão. Deste modo , a linha de comando: cat < arquivo > exibirá o arquivo em seu terminal; e a linha de comando : cat < arquivo1 > < arquivo2 > > < arquivo3 > concatenará "arquivo1" e "arquivo2", e escreverá o resultado no “arquivo 3” . O símbolo ">", usado para redirecionar a saída para um arquivo, tem caráter destrutivo; em outras palavras, o comando acima escreverá por cima do conteúdo de < arquivo3 >. Se, ao invés disto, você redirecionar com o símbolo ">>", a saída será adicionada a <arquivo3 >, ao invés de escrever por cima de seu conteúdo. 12.15chgrp Modifica o grupo de um arquivo ou diretório. Sintaxe: chgrp [-f] [-h] [-R] gid nome-do-arquivo "chgrp" modifica o identificador de grupo ("group ID" , gid) dos arquivos passados como argumentos. "gid" pode ser um número decimal especificando o group id, ou um nome de grupo encontrado no arquivo "/etc/group". Você deve ser o proprietário do arquivo, ou o superusuário, para que possa utilizar este comando. Opções: -f Esta opção não reporta erros -h Se o arquivo for um link simbólico, esta opção modifica o grupo do link simbólico. Sem esta opção, o grupo do arquivo referenciado pelo link simbólico é modificado. 75 - R Esta opção é recursiva. "chgrp" percorre o diretório e os subdiretórios, modificando o GID à medida em que prossegue. 12.16 chmod Modifica as permissões de um arquivo ou diretório. Você deve ser o proprietário de um arquivo ou diretório, ou ter acesso ao root, para modificar as suas permissões. Sintaxe : chmod permissões nome_do_arquivo onde : permissões - indica as permissões a serem modificadas; nome - indica o nome do arquivo ou diretório cujas permissões serão afetadas. As permissões podem ser especificadas de várias maneiras. Aqui está uma das formas mais simples de realizarmos esta operação : 1- Use uma ou mais letras indicando os usuários envolvidos: . u (para o usuário) . g (para o grupo) . o (para "outros") . a (para todas as categorias acima) 2- Indique se as permissões serão adicionadas (+) ou removidas (-). 3- Use uma ou mais letras indicando as permissões envolvidas : . r (para "read") (ler) . w (para "write") (escrever) . x (para "execute") (executar) Exemplo : No exemplo a seguir, a permissão de escrita ("write") é adicionada ao diretório "dir1" para usuários pertencentes ao mesmo grupo. (Portanto, o argumento "permissões" é g+w e o argumento "nome" é dir1). $ ls -l dir1 drwxr-xr-x 3 dir1 1024 Feb 10 11:15 dir1 $ chmod g+w dir1 $ ls -l dir1 drwxrwxr-x 3 dir1 1024 Feb 10 11:17 dir1 Como você pôde verificar, o hífen (-) no conjunto de caracteres para grupo foi modificado para "w" como resultado deste comando. Quando você cria um novo arquivo ou diretório, o sistema associa permissões automaticamente. Geralmente, a configuração "default" (assumida) para os novos arquivos é: - r w - r - - r - - e para novos diretórios é: d r w x r - x r - x 12.17chown Modifica o proprietário de um arquivo ou diretório. 76 Sintaxe: chown [-fhR] (proprietário) (nome-do-arquivo) O argumento "proprietário" especifica o novo proprietário do arquivo. Este argumento deve ser ou um número decimal especificando o userid do usuário ou um "login name" encontrado no arquivo "/etc/passwd". Somente o proprietário do arquivo ( ou o superusuário ) pode modificar o proprietário deste arquivo. Opções: - f Esta opção não reporta erros. - h Se o arquivo for um link simbólico, esta opção modifica o proprietário do link simbólico. Sem esta opção, o proprietário do arquivo referenciado pelo link simbólico é modificado. - r Esta opção é recursiva. "chown" percorre o diretório e os subdiretórios, modificando as propriedades à medida em que prossegue. 1.3 du Exibe o espaço ocupado de um diretório e de todos os seus subdiretórios, em blocos de 512 bytes; isto é, unidades de 512 bytes ou caracteres. "du" mostra a utilização do disco em cada subdiretório. 1.4 date Exibe a data configurada no sistema. O comando "date", a nível de usuário, exibe na tela a data configurada no sistema. Ele pode ser usado com opções que mostram a data local ou data universal GMT - Greenwich Mean Time. A configuração dos dados deste comando só podem se realizadas pelo super-usuário. Para exibir a data local, basta executar "date". Caso queira a data GMT utilize a opção "-u". $date Wed Jan 8 12:05:57 EDT 1997 Aqui a data é exibida em 6 campos que representam o dia da semana abreviado, o mês do ano abreviado, o dia do mês, a hora disposta em horas/minutos/segundos, a zona horária e o ano. Podemos acertar a hora, usando o comando na seguinte forma: $date –s 09:30 (formato hora:minuto) ou $date –s 09/18 (formato mm/dd) 12.18file Exibe o tipo de um arquivo. Alguns arquivos, tais como arquivos binários e executáveis, não podem ser visualizados na tela. O comando "file" pode ser útil se você não tem certeza sobre o tipo do arquivo. O uso do comando permitirá a visualização do tipo do arquivo. Exemplo : $file copyfile 77 -rw-rw-r-- 1 marisa marisa 3274 jul 27 11:37 previsao -rw-rw-r-- 1 marisa marisa 1497 jul 27 11:44 previsao.zip 12.25sort Ordena as linhas de arquivos texto. O comando sort ordena as linhas de um arquivo texto. Existem diversas opções de ordenamento: ascendente, descendente, por campo do arquivo, etc. Exemplo: [marisa@guarani log]$ ls –l alunos -rw-rw-r-- 1 marisa marisa 3274 jul 27 11:37 alunos [marisa@guarani log]$ cat alunos linus alan bill eric [marisa@guarani log]$ sort alunos alan bill eric linus [marisa@guarani log]$ sort –r alunos linus eric bill alan 12.26cut Seleciona campos de uma tabela. cut A entrada padrão é tratada como uma tabela. O comando seleciona colunas da tabela para serem removidas ou copiadas na saída padrão. Exemplo: [marisa@guarani log]$ cat linguagens C - o assembler do passado Java – ainda vai ser boa um dia Perl - existe mais de um jeito de fazer isso Php - pré processador html [marisa@guarani log]$ cut -c1-5 linguagens C - o Java Perl Php [marisa@guarani log]$ cut -d ‘-‘ -f 1 linguagens C 80 Java Perl Php [marisa@guarani log]$ cut -d ‘-‘ -f 2 linguagens o assembler do passado ainda vai ser boa um dia existe mais de um jeito de fazer isso pré processador html 12.27tr Converte ou remove caracteres. tr Este comando copia da entrada padrão para a saída padrão substituindo ou removendo os caracteres selecionados. Qualquer caractere de entrada encontrado em expr1 é convertido para o caractere da posição correspondente em expr2. Exemplo: [marisa@guarani log]$ tr a-z A-Z < linguagens C - O ASSEMBLER DO PASSADO JAVA – AINDA VAI SER BOA UM DIA PERL - EXISTE MAIS DE UM JEITO DE FAZER ISSO PHP - PRÉ PROCESSADOR HTML 12.28Outros comandos comm: Compara dois arquivos para determinar quais linhas são comuns entre eles. du: Relatório no uso do sistema de arquivos. ed: Editor de texto. ex: Editor de texto. mail: Usado para receber ou enviar e-mail. nroff: Usado para formatar textos. tset: Escolher o tipo de terminal. umask: Permite que o usuário especifique uma nova criação de camuflagem. uniq: Compara dois arquivos. Procura e exibe em linhas o que e incomparável em um arquivo. uucp: Execução UNIX-para-UNIX wc: Exibe detalhes no tamanho do arquivo. write: Usado para mandar mensagens para outro usuário. 12.29Criando vínculos simbólicos  Os vínculos simbólicos (que são apenas ponteiros para um arquivo real em outra posição) são usados normalmente por administradores de sistema e projetistas de aplicativos.  Usa-se o comando ln com o flag –s para indicar um vínculo simbólico. $ ln -s /bin/cp MyCopy (cria um vínculo chamado “MyCopy” para acessar virtualmente o diretório “/bin/cp”). 81 who Mostra quem está atualmente conectado no computador. Este comando lista os nomes de usuários que estão conectados em seu computador, o terminal e data da conexão. who [opções] onde: opções -H, --heading Mostra o cabeçalho das colunas. -i, -u, --idle Mostra o tempo que o usuário está parado em Horas:Minutos. -m, i am Mostra o nome do computador e usuário associado ao nome. É equivalente a digitar who i am ou who am i. -q, --count Mostra o total de usuários conectados aos terminais. -T, -w, --mesg Mostra se o usuário pode receber mensagens via talk (conversação). • + O usuário recebe mensagens via talk • - O usuário não recebe mensagens via talk. • ? Não foi possível determinar o dispositivo de terminal onde o usuário está conectado. 8.2 Telnet Permite acesso a um computador remoto. É mostrada uma tela de acesso correspondente ao computador local onde deve ser feita a autenticação do usuário para entrar no sistema. Muito útil, mas deve ser tomado cuidados ao disponibilizar este serviço para evitar riscos de segurança. telnet [opções] [ip/dns] [porta] onde: ip/dns Endereço IP do computador de destino ou nome DNS. porta Porta onde será feita a conexão. Por padrão, a conexão é feita na porta 23. opções 82 8.8 talk Inicia conversa com outro usuário. Talk é um programa de conversação em tempo real onde uma pessoa vê o que a outra escreve. talk [usuário] [tty] ou talk [usuário@host] Onde: usuário Nome de login do usuário que deseja iniciar a conversação. Este nome pode ser obtido com o comando who (veja who, Seção 8.1). tty O nome de terminal onde o usuário está conectado, para iniciar uma conexão local. usuário@host Se o usuário que deseja conversar estiver conectado em um computador remoto, você deve usar o nome do usuário@hosname do computador. Após o talk ser iniciado, ele verificará se o usuário pode receber mensagens, em caso positivo, ele enviará uma mensagem ao usuário dizendo como responder ao seu pedido de conversa. Você deve autorizar o recebimento de talks de outros usuários para que eles possam se comunicar com você, para detalhes veja o comando mesg, Seção 7.19. 85 13 - Processadores de textos sob Linux 13.1 PICO O editor de textos pico é de domínio público. Foi elaborado para ser simples, amigável ao usuário, com layout similar ao programa de correio eletrônico PINE. Os comandos de edição e de movimentação de cursor (além das teclas de setas) são obtidos no pico através da digitação de seqüências " tecla control + letra " . A designação "^" é utilizado para indicar a tecla control, de forma que a seqüência control q, por exemplo, é representada por " ^Q " , indicando que as teclas control e q devem ser pressionadas simultaneamente. Utilizamos como convenção o caráter " % " para indicar o prompt da sua máquina. Para obter mais informações sobre o pico, digite : % man pico ,ou solicite o help interativo quando estiver utilizando o editor, acionado sempre com " ^G " 13.1.1 Acionando o Pico Digite pico no prompt da sua conta: %pico Imediatamente aparecerá a tela de trabalho do editor. A linha de status no alto da tela mostra versão do programa que você está usando, o nome do arquivo que está sendo editado e indica se este arquivo foi ou não alterado. A terceira linha a partir do rodapé da tela é utilizada para mensagens de informação ou para comandos adicionais. As duas linhas no rodapé possuem os principais comandos do pico. Se você digitar pico seguido de um nome, da seguinte forma: % pico catálogo , será criado um novo arquivo com o nome informado. Cada caracter digitado aparece automaticamente no arquivo editado, exatamente na posição em que se encontra o cursor. Para editar um arquivo já existente, digite pico seguido do nome do arquivo: %pico teste e o arquivo aparecerá automaticamente na tela de edição. 13.1.2 Comandos de movimentação básica do cursor O cursor pode ser movimentado utilizando-se das teclas de setas. ^C - informa a posição do cursor ao ser digitado o comando. Informa a linha em que o cursor se encontra, o total de linhas e o caracter em que se encontra. ^F - move o cursor para o próximo caracter ^B - move o cursor para o caracter anterior ^P - move o cursor para a linha imediatamente superior 86 ^N - move o cursor para a linha imediatamente inferior ^E - move o cursor para o final na linha em que se encontra ^A - move o cursor para o inicio da linha em que se encontra 13.1.3 Comandos de movimentação da tela ^V - Prev Pg - move o cursor para a tela seguinte (abaixo) ^Y - Next Pg - move o cursor para a tela anterior (acima) 13.1.4 Comandos de deleção São os comandos que permitem eliminar palavras ou trechos do arquivo. ^D - apaga o caracter sob o cursor ^K - Del Line - apaga toda a linha em que o cursor se encontra A tecla de backspace apaga o caracter imediatamente anterior ao cursor 13.1.5 Errou? Como cancelar uma operação O pico possui os seguintes comandos para cancelamento de operações: ^U - Underline- volta a inserir as linhas anteriormente apagadas ^C - Cancel - cancela a operação. Este comando não está disponível o tempo inteiro. Ele pode ser usado para cancelar as seguintes operações: - inserção de um arquivo: ^R - sair do editor: ^X 13.1.6 Outros comandos de edição ^I - Insere uma tabulação aonde se encontra o cursor. ^O - WriteOut - escrevendo por cima . Este comando grava o arquivo em edição com novo nome. Ao ativar o comando, o programa pedirá o novo nome do arquivo. ^J - Justify - justifica o texto digitado, eliminando quebras de linha, linhas em branco e o alinhamento normal a esquerda. 13.1.7 Busca/substituição ^W - Este comando realiza a busca de uma letra, palavras ou seqüências de palavras. Você digita o comando e em seguida ele solicita que informe a seqüência para busca. 13.1.8 Inserindo um arquivo no meio de um texto. Para inserir um arquivo no meio de um texto que estiver sendo editado, utilize os seguintes procedimentos: ^R - Read File - Inserindo um arquivo no meio do texto. Este comando permite que você insira um arquivo já existente em sua conta, no corpo do texto que estiver editando. O arquivo inserido aparecerá a partir da posição em que se encontrar o cursor. Ao digitar o comando ^R , vão aparecer as seguintes opções: Insert file: 87 • "+" se a mensagem foi enviada diretamente a você (não é cópia, ou de uma lista) • "A" se a mensagem já foi respondida (através do comando Reply) • "D" se a mensagem estiver marcada para ser deletada As outras colunas descrevem respectivamente o número, a data de envio, o remetente, o tamanho (por caracter) e o subject da mensagem.. Para ler a mensagem: 1. Use as setas para iluminar a mensagem a ser selecionada. 2. Digite V ou <Return> para visualizá-la. A maioria dos comandos necessários para gerenciar as mensagens recebidas encontram-se listados na parte à baixo da tela. Digite O (Other Commands) para visualizar outros comandos adicionais. 13.2.4 Para responder a uma mensagem A partir do Folder Index, selecione a mensagem iluminando-a com as setas e digite R (Reply). Ou, digite R a partir da tela do próprio texto da mensagem. Se a mensagem original foi enviada para mais de uma pessoa, o Pine perguntará ainda se você deseja enviar a resposta para todas essas pessoas, novamente confirme ou não segundo o desejado. A partir de então será aberta a tela de composição da mensagem-resposta (COMPOSE MESSAGE) e o processo de edição e envio será o mesmo de uma mensagem normal. 13.2.5 Para reenviar uma mensagem recebida a outra pessoa Algumas vezes você pode querer enviar uma mensagem recebida para alguma outra pessoa, isto é, no jargão de redes, dar um forward de uma mensagem. Para reenviar uma mensagem, ilumine a mensagem a partir do Folder Index e digite F (Foward). Ou, digite F a partir da tela do texto da mensagem. A tela de composição de mensagem será aberta já com o texto da mensagem original. Preencha o campo To: com o endereço eletrônico do novo destinatário e envie a mensagem. Vale lembrar que é possível modificar o texto da mensagem reenviada, conforme o interesse. 13.2.6 Folders É sempre recomendável dar um destino às mensagens recebidas no seu INBOX Folder, para que elas não se acumulem e sobrecarreguem essa área. Os Folders permitem o armazenamento de mensagens de forma organizada. É possível classificar as mensagens por assunto, origem, data, etc. O Pine cria automaticamente três folders: • INBOX Folder; folder que contém as mensagens recebidas. • O Saved-messages folder; folder criado para se guardar cópias de mensagens que sejam de interesse. 90 • O Sent-mail folder; folder onde todas as mensagens enviadas são automaticamente guardadas. 13.2.7 Para salvar uma mensagem em Folder A partir da tela do Folder INDEX, use as setas para selecionar a mensagem de interesse e digite S (Save). Ou, a partir da tela do texto da mensagem, digite S (Save) O Pine sugerirá o nome de um folder default para salvar a mensagem; este nome é configurável. Ele pode ser o "saved-messages-folder" ou, o nome do usuário que lhe enviou a mensagem. Save to folder [ saved-messages]: Após digitar o nome do folder, ou aceitar o folder sugerido (saved-messages), pressione <Return>. Se o nome do folder for novo, o Pine perguntará: Folder "....." doesn't exist. Create? Digite Y (yes) ou N (no) conforme o interesse e a mensagem será salva no folder recém-criado. Uma vez criado o folder, sempre que você digitar o seu nome para salvar uma mensagem, o Pine apresentará a seguinte mensagem de confirmação: Message "#" copied to folder "..." and marked deleted Ao salvar uma mensagem, ela é marcada como deleted (D) no Folder INBOX, isto é, ela é movida de seu mailbox para o folder. 13.2.8 Para trocar de Folders Existem duas maneiras para acessar um folder e abrir suas mensagens: 1. Digite L (Folder List), a partir do Main Menu ou a partir da tela INDEX (do seu Inbox Folder) 91 PINE 3.91 FOLDER LIST Folder: INBOX 3 Messages ------------------------------------------------------------- Folder-collection ------------------------------------------------------------- INBOX Recados Documentos/RNP sent-messages Endereços Internet saved-messages ------------------------------------------------------------- News-collection <News> (Local) ------------------------------------------------------------- alt.0d alt.1d alt.2600 alt.266 alt.3d alt.abortion.inequity [Now in collection <Mail/[]>] ? Help M Main Menu P PrevFldr -PrevPage D Delete.. O OTHER CMDS V [ViewFldr] N NextFldr Spc NextPage A Add... Na primeira seção encontram-se o Folder INBOX (que contém as mensagens recebidas) e os demais folders criados pelo usuário. A segunda seção da tela lista a coleção de NewsGroups recebida pelo usuário. A partir dessa tela "Folder List" é possível entrar em qualquer folder do seu Pine. Para isso, ilumine o folder desejado usando as setas e tecle enter no campo selecionado. 2. Segunda opção: Digite G (Goto Fldr) a partir da tela de index do seu INBOX Folder . O Pine perguntará para qual folder você deseja ir, digite então o nome do folder desejado. Caso você não se lembre do nome do folder, digite Ctrl-T. Todos os folders serão então listados. Selecione o desejado usando os comandos abaixo da tela. Abaixo, a tela após digitar G: PINE 3.91 FOLDER INDEX Folder: INBOX Message 2 of 3 D 1 Mar 7 Pilar de Almeida (31,323) Latin America Online (fwd) + N 2 Mar 6 Fabiola Greco (3,178) Lista de Usuarios do CR-DF! (fwd) + A 3 Mar 8 Paloma de Almeida (1,369) Bem-vindo! GOTO folder : ^G Help ^T ToFldrs ^P Prev Collection TAB Complete ^C Cancel Ret Accept ^N Next Collection 13.2.9 Agenda de Endereços Eletrônicos do Pine Através da Agenda Eletrônica do Pine é possível relacionar endereços eletrônicos para os quais você freqüentemente envia mensagens, atribuindo a cada um (ou a cada grupo) um nome fácil de lembrar, assim como um apelido. • Para agendar um endereço individual: 1. Digite A (Address Book), a partir do Main Menu 2. Digite A (Add) 3. Siga as instruções seguintes, digitando "nome", "apelido", "e-mail" da pessoa. 92 14 - Entendendo o Shell O Shell (concha) como o próprio nome indica serve de ponto de contato entre o utilizador e o sistema. É o ambiente de linha de comandos – um interpretador de comandos semelhante ao prompt do DOS. Ao contrário do prompt do DOS que é um ambiente fixo com flexibilidade limitada, os shells do Unix são pequenos programas aplicativos, executados como processos quando você se conecta, que fornece uma variedade de características de interface de linha de comandos e recursos de acordo com diferentes usuários e aplicativos. De um lado temos o utilizador que não entende o funcionamento e a complexidade inerente ao coração do sistema operativo(kernel) , e que não consegue estabelecer qualquer tipo de comunicação diretamente com este. Do outro, temos o sistema operativo que não entende a linguagem humana, e que se gere por um conjunto de regras e definições complexas. Entre os dois existe o shell. Ela recebe as instruções do utilizador e passa-as para o sistema. Por exemplo, quando se executa um simples "cat", a shell lança um processo filho que irá disparar um conjunto de bibliotecas de sistema que por sua vez irão reservar recursos, mapear e proteger zonas de memória (entre outras operações complexas), no entanto, para o utilizador a única conseqüência visível será o de ver o conteúdo de um ficheiro na sua console. No mundo Unix e, por extensão, no Linux existem numerosos shells para se escolher. Cada shell oferece um conjunto de características e recursos diferentes, e a maioria oferece sua própria linguagem de script (programa de execução automática). As principais funções de uma shell são: ♦ Interpretação de comandos : quer em modo interativo, quer como interpretador de shell script. ♦ Controle de processos : Gestão de "jobs". ♦ Mecanismo de memorização de comandos: Guarda os últimos comandos dados pelo utilizador. ♦ Correção de Erros: Correção ortográfica de erros. ♦ Completa/Lista comandos/ficheiros: Com a tecla TAB permite "adivinhar" a partir da letra inicial os possíveis comandos/ficheiros (Ótimo quando surgem os diretórios com nome extensos, típicas em Unix) 14.1 Comparando Shells Existem duas classes principais de shell - aqueles que derivam sua sintaxe básica e design do Bourne Shell (Bash) e aqueles cujo modelo tem por base o C Shell. Bourne Shell (sh) - Sob diversos aspectos, ele é muito limitado, carecendo de recursos como uma lista de histórico e edição de linha de comandos. Ele é capaz de testar programas quanto ao status de sucesso e falha ao terminarem a execução, o que possibilitou a existência de scripts sofisticados. C Shell (csh) - O C-shell13.3 é ao mesmo tempo interpretador de comandos e linguagem de programação (baseada em C), tem variáveis shell e variáveis de usuário. Oferece funções específicas como por exemplo: • Função HISTORY: Permite que o usuário repita e manipule os comandos que constam da lista. 95 • Função ALIAS: Possibilita a criação de uma grande variedade de comandos simples. Bourne Again Shell (bash) - É o shell mais comum instalado com as distribuições Linux. Tem por base o Bourne Shell, mas fornece um conjunto de recursos mais amplo, incluindo edição de linha de comandos, uma lista de histórico e término de nome de arquivo. Korn Shell (ksh) - O Korn Shell foi provavelmente o primeiro a introduzir muitos dos recursos populares que agora vemos no bash, incluindo a edição de linha de comandos. 14.2 Experimentando diferentes shells Você pode experimentar os shells sem torná-los padrão apenas executando-os como um programa dentro de seu shell padrão. Os shells se encontram no diretório /bin. Para voltar ao shell anterior basta digitar exit. Para mudar o shell padrão que é executado quando você se conecta em seu sistema, é preciso mudar sua entrada no arquivo de senhas do Unix. Você pode fazer isso usando o comando chsh. $ chsh -s /bin/tcsh someuser (muda o shell de someuser para /bin/tcsh) 14.3 Visão geral do Shell Bash Quando você se conecta no prompt login:, várias coisas acontecem. A primeira delas é a ativação de seu Shell (nesse caso, o Bash), seguida da execução de todo arquivo de configuração que você possa ter criado para seu ambiente Bash pessoal. Para fornecer uma configuração personalizada no Bash, você precisa criar um arquivo chamado .bashrc em seu diretório de base. Trata-se de um simples arquivo de texto, que é executado pelo Bash quando você ativa o Shell - geralmente, quando você se conecta. É no arquivo .bashrc que você pode configurar o comportamento do Bash, definir variáveis de ambiente, como o seu path, e ativar todos os programas que quiser, sempre que executar o Shell Bash. 14.4 Definindo variáveis de ambiente no Bash Cada Shell possui sua própria sintaxe para a definição de variáveis de ambiente. No Bash, geralmente isso é feito em duas etapas: 1. Definir o valor de uma variável. 2. Exportar a variável para o ambiente. Se quisermos designar o emacs como nosso editor de textos padrão, poderemos definir a variável de ambiente EDITOR com o comando $ EDITOR=emacs e exportá-la com $ export EDITOR As duas etapas podem ser combinadas em uma só, onde atribuímos um valor para EDITOR e exportamos EDITOR em um único comando: 96 $ export EDITOR=emacs O valor das variáveis de ambiente podem ser acessados incluindo-se o símbolo $ no início do nome da variável em um comando Bash. Desse modo, podemos incluir informações no valor atual de uma variável de ambiente. Por exemplo, se a variável PATH contém atualmente /bin:/usr/bin:/usr/X11R6/bin podemos incluir /usr/local/bin no path, usando o comando $ export PATH=$PATH:/usr/local/bin 14.5 Shell Script O shell possibilita a interpretação tanto de comandos digitados quanto de shell script, que não é nada mais do que um arquivo texto com seqüências de comandos e com permissão de execução. Para criar o shell script, crie um arquivo de texto e ajuste suas permissões para que ele se torne executável. Este arquivo pode ser criado com um editor como o vi ou simplesmente o redirecionamento para um arquivo da saída de um comando cat. Nota: para tornar um arquivo texto em um shell script deve-se usar o comando chmod para mudar suas permissões de acesso. 14.6 Redirecionamento de entrada e saída Normalmente os programas não-interativos recebem seus dados de entrada através da entrada padrão – normalmente o teclado. Analogamente, eles apresentam seus resultados na saída padrão – normalmente, a tela. O usuário pode, através do redirecionamento de E/S, redefinir de onde um comando ou programa receberá sua entrada e para onde enviará sua saída. A entrada de um comando são os dados sobre os quais o comando irá operar. Estes dados podem vir de um arquivo especificado pelo usuário, de um arquivo de sistema, do terminal ou da saída de outro comando. A saída de um comando é o resultado da operação que ele realiza sobre a entrada. A saída dos comandos pode ser impressa na tela do terminal, enviada a um arquivo, ou servir de entrada para outro comando. Exemplos de Saídas Padrão: [marisa@guarani marisa]$ ls -l /bin > /tmp/arquivos_bin [marisa@guarani marisa]$ l /tmp/arquivos_bin -rw-rw-r-- 1 marisa marisa 5469 jul 29 10:05 /tmp/arquivos_bin [marisa@guarani marisa]$ echo "teste de saída padrão" teste de saída padrão [marisa@guarani marisa]$ echo "teste de saída padrão" > /tmp/saída [marisa@guarani marisa]$ cat /tmp/saída teste de saída padrão 97
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