Baixe Soluções Sustentáveis para Erosão e Degração de Solos no Sul do Brasil e outras Notas de estudo em PDF para Agronomia, somente na Docsity! a IL
37º Reunião de Pesquisa da
Soja da Região Sul
Porto Alegre (RS), 29 a 31 de julho de 2008
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© dos autores 1ª edição: 2009 1ª Impressão (2009): 3.000 exemplares CIP - Catalogação Internacional na Publicação Reunião de Pesquisa da Soja da Região Sul (37.: 2009 : Porto Alegre, RS). Indicações técnicas para cultura da soja no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina 2009/2010. / Organizado por Aldo Merotto Junior e Ribas Antonio Vidal. – Porto Alegre, RS : UFRGS, Faculdade de Agro- nomia, Departamento de Plantas de Lavoura, 2009. 144 p. 1. Soja. 2. Indicações técnicas. 3. Rio Grande do Sul. 4. Santa Catarina. I. Merotto Junior, Aldo. II. Vidal, Ribas Antonio. III. Título. CDD 633.34063 Referência Bibliográfica: REUNIÃO DE PESQUISA DA SOJA DA REGIÃO SUL, 37., 2009, Porto Alegre. Indicações Técnicas para a Cultura da Soja no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina 2009/20010. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2009. 144p. Biblioteca Setorial da Faculdade de Agronomia da UFRGS Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei n° 9.610) Organizadores Aldo Merotto Jr. Ribas Antonio Vidal Comissão técnica Aldo Merotto Jr. Carla Andrea Delatorre Christian Bredemeier Emerson Medeiros Del Ponte Josué Sant´ana Luiza Rodrigues Radaelli Marcelo Pacheco Marisa Azzolini Osmar Conte Ribas Antonio Vidal Editoração eletrônica e capa: Rafael Marczal de Lima Foto da capa: Ives Clayton Gomes dos Reis Goulart Impressão e fotolitos: Evangraf Ltda. SUMÁRIO 1MANEJO E CONSERVAÇÃO DE SOLO ................................. 7 2ADUBAÇÃO E CALAGEM ........................................................ 13 3CULTIVARES ............................................................................... 25 4MANEJO DA CULTURA ............................................................ 73 5SISTEMA DE PRODUÇÃO DE GRÃOS ................................ 81 6MANEJO INTEGRADO DE PLANTAS DANINHAS ......... 83 7MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS .............................. 107 8MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS – “MIP” .................. 119 9COLHEITA .................................................................................. 129 7 1 MANEJO E CONSERVAÇÃO DE SOLO 1.1 Introdução O preparo de solo, mediante uso excessivo de arações e/ou gradagens superficiais e continuamente na mesma profundidade, pro- voca desestruturação da camada arável e formação de duas camadas distintas: a superficial pulverizada e a sub-superficial compactada. Essas transformações reduzem a taxa de infiltração de água no solo e prejudicam o desenvolvimento radicular das plantas, resultando, res- pectivamente, em perdas de solo e de nutrientes por erosão e em redução do potencial produtivo da lavoura. Esses aspectos, associa- dos à pouca cobertura do solo, às chuvas de elevada intensidade, ao uso de áreas inaptas para culturas anuais e à adoção de sistemas de terraços e de semeadura em contorno como práticas isoladas de con- servação do solo, são os principais fatores causadores do processo de erosão e de degradação dos solos da região sul do Brasil. 1.2 Sistema plantio direto Sistemas de manejo de solo compatíveis com as característi- cas de clima, de planta e de solo da região sul do Brasil são im- prescindíveis para interromper o processo de degradação do solo e, conseqüentemente, manter a atividade agrícola competitiva. Nesse contexto, o sistema plantio direto deve ser enfocado como um processo de exploração agropecuária que envolve diversifi- cação de espécies ao longo do tempo, mobilização de solo apenas no sulco de semeadura e manutenção permanente da cobertura de solo. Fundamentada nesse conceito, a adoção do sistema plan- tio direto objetiva expressar o potencial genético das espécies cul- tivadas mediante a maximização do fator ambiente e do fator solo, sem, contudo, degradá-los. 10 O arranjo das espécies no tempo e no espaço deve ser orien- tado para a diversificação de cultivares a fim de possibilitar o escalonamento da semeadura e da colheita. No sul do Brasil, um dos sistemas de rotação de culturas com- patíveis com a produção de soja, para um período de três anos, envolve a seguinte seqüência de espécies: aveia/soja, trigo/soja e ervilhaca/milho. 1.2.5 Manejo de restos culturais Na colheita de grãos das culturas que precedem a semeadura de soja, é importante que os restos culturais sejam distribuídos numa faixa equivalente à largura da plataforma de corte da colhedora, independentemente de serem ou não triturados. 1.3 Manejo de enxurrada em sistema plantio direto A cobertura permanente do solo e os reflexos positivos na sua estruturação, a partir da adoção do sistema plantio direto, têm sido insuficientes para disciplinar os fluxos de matéria e de ener- gia gerados pelo ciclo hidrológico em escala de lavoura ou no âmbito da microbacia hidrográfica e, conseqüentemente, não cons- tituem meio completamente eficiente de controle da erosão hídrica. Embora no sistema plantio direto a cobertura de solo exerça função primordial na dissipação da energia erosiva da chuva, há limites críticos de comprimento do declive em que essa eficiência é superada, desencadeando o processo de erosão hídrica. Assim, mantendo-se constantes todos os fatores relacionados à erosão hídrica e incrementando-se apenas o comprimento do declive, tan- to a quantidade quanto a velocidade da enxurrada produzida por determinada chuva irão aumentar, elevando o risco de erosão. A cobertura de solo apresenta potencial para dissipar, em até 100%, a energia erosiva da gota de chuva, mas não manifesta essa mesma eficiência para dissipar a energia erosiva da enxurrada. A partir de determinado comprimento de declive, o potencial de dis- sipação de energia erosiva da cobertura de solo é superado, o que permite a flutuação e o transporte de restos culturais, bem como o desencadeamento do processo erosivo sob a cobertura vegetal. 11 Nesse contexto, toda prática conservacionista capaz de manter o comprimento do declive dentro de limites que mantenham a efici- ência da cobertura vegetal de solo na dissipação da energia erosiva incidente contribuirá, automaticamente, para minimizar o proces- so de erosão hídrica. Semeadura em contorno, terraços, taipas de pedra, faixas de retenção, canais divergentes, entre outros procedi- mentos, são práticas conservacionistas eficientes para a segmentação do comprimento do declive e, comprovadamente, constituem téc- nicas associadas à cobertura de solo para o controle efetivo da ero- são. Portanto, para o efetivo controle do processo de erosão hídrica, é fundamental dissipar a energia erosiva do impacto da gota de chuva e do cisalhamento da enxurrada, mediante a manutenção do solo permanentemente coberto e redução da quantidade e veloci- dade do escoamento superficial. A implementação de práticas conservacionistas, em adição à cobertura vegetal de solo para o efetivo controle da erosão hídrica, pode fundamentar-se na observância do ponto de falha (ineficá- cia) dos resíduos culturais. Essa constatação indicará o compri- mento crítico da pendente, isto é, o máximo espaçamento hori- zontal permitido entre terraços. 1.3.1 Terraceamento Terraço é uma estrutura hidráulica conservacionista, composta por um camalhão e um canal, construído transversalmente ao pla- no de declive do terreno. Essa estrutura se constitui em barreira ao livre fluxo da enxurrada, disciplinando-a mediante redução da taxa de infiltração no canal do terraço (terraço de absorção), ou da condução para fora da lavoura (terraço de drenagem). O objetivo fundamental do terraceamento é reduzir os riscos de erosão e pro- teger os mananciais hídricos. A determinação do espaçamento entre terraços está intima- mente vinculada ao tipo de solo, à declividade do terreno, ao re- gime pluvial, ao manejo de solo e de culturas e à modalidade de exploração agrícola. Experiências têm demonstrado que o critério comprimento crítico da pendente nem sempre é adequado para o estabeleci- mento do espaçamento entre essas estruturas conservacionistas. Isso se justifica pelo fato de que a secção máxima do canal do ter- 12 raço de base larga, economicamente viável e tecnicamente possí- vel de ser construída, é de, aproximadamente, 1,5 m2, área que poderá mostrar-se insuficiente. Do exposto, infere-se que a falha de resíduos culturais na superfície do solo constitui apenas um indicador prático para constatar a presença de erosão hídrica e identificar a necessidade de implementação de tecnologia-solu- ção. Por sua vez, o dimensionamento da prática conservacionista a ser estabelecida demanda o emprego de método específico, embasado no volume máximo esperado de enxurrada. 1.4 Preparo do solo Na impossibilidade de adoção do sistema plantio direto, a melhor opção para condicionar o solo para a semeadura de soja é o preparo mínimo, empregando implementos de escarificação do solo. Nesse caso, o objetivo é reduzir o número de operações e não a profundidade de trabalho dos implementos. As vantagens desse sistema são: aumento da rugosidade do terreno, proteção da superfície do solo com restos culturais, elevado rendimento operacional de máquinas e menor consumo de combustível. 15 2.3.2 Calagem em áreas manejadas sob sistema plantio direto Antes da implantação do sistema plantio direto em solos manejados sob preparo convencional ou campo natural com índi- ce SMP d” ?5,0, recomenda-se corrigir a acidez do solo da camada arável (17-20 cm) mediante incorporação de corretivo. A dose a ser usada é função de vários critérios, conforme indicado nas ta- belas 2.1 e 2.2. No caso de solos de campo natural, a eficiência da calagem superficial depende muito da acidez potencial do solo (maior em solos argilosos), da disponibilidade de nutrientes, do tempo trans- corrido entre a calagem e a semeadura de soja e da quantidade de precipitação pluvial. Por essa razão, sugere-se que o corretivo seja aplicado seis meses antes da semeadura de soja. Em solos sob plantio direto consolidado e que receberam cor- retivo recentemente e quando a análise indicar que um dos crité- rios de decisão de calagem (pH em água, saturação por bases) não foi atingido, a aplicação de corretivo não necessariamente aumen- tará o rendimento da cultura de soja. Isso decorre do fato de o método SMP não detectar o corretivo que ainda não reagiu no solo. Em geral, são necessários três anos para que ocorra dissolução completa do corretivo. Observando-se esses aspectos, evita-se a supercalagem. 2.3.3 Calagem em solo sob preparo convencional No sistema de preparo convencional de solo (aração e gradagem), o corretivo deve ser incorporado uniformemente até a profundidade de 17 a 20 cm, conforme critérios estabelecidos na tabela 2.1. Quando a quantidade de corretivo indicada na tabela 2.2 é aplicada integralmente, o efeito residual da calagem perdura por cerca de cinco anos, dependendo de fatores como manejo do solo, quantidade de N aplicada nas diversas culturas, erosão hídrica e outros fatores. Após esse período indica-se realizar nova análise de solo para quantificar a dose de corretivo. 16 T ab el a 2. 1 C ri té ri os p ar a a in d ic aç ão d a ne ce ss id ad e e d a qu an ti d ad e d e co rr et iv o d a ac id ez p ar a cu lt ur as d e gr ão s. (1 ) C or re sp on d e à qu an ti d ad e d e co rr et iv o es ti m ad a pe lo ín d ic e SM P, e m q ue 1 S M P é eq ui va le nt e à d os e d e co rr et iv o pa ra a ti ng ir o pH á gu a d es ej ad o na c am ad a d e 0 a 20 c m , c on fo rm e T ab el a a 2. 2. (2 ) N ão a pl ic ar c or re ti vo q ua nd o a sa tu ra çã o po r ba se s (V ) fo r > 80 % . (3 ) Q ua nd o so m en te u m d os c ri té ri os f or a te nd id o, n ão a pl ic ar c or re ti vo s e a sa tu ra çã o po r A l f or m en or d o qu e 10 % e s e o te or d e P fo r “M ui to a lt o” . (4 ) A o pç ão d e in co rp or ar o c or re ti vo e m c am po n at ur al d ev e se r fe it a co m b as e no s d em ai s fa to re s d e pr od uç ão l oc ai s. S e op ta r pe la in co rp or aç ão d o co rr et iv o, a pl ic ar a d os e 1 SM P pa ra p H á gu a 6, 0. (5 ) N o m áx im o ap lic ar 5 t /h a d e co rr et iv o (P R N T 1 00 % ). Fo nt e: S oc ie d ad e B ra si le ir a d e C iê nc ia d o So lo . N úc le o R eg io na l Su l. C om is sã o d e Q uí m ic a e d e Fe rt ili d ad e d o So lo - R S/ SC . M an u al d e ad u b aç ão e d e ca la ge m p ar a os E st ad os d o R io G ra n d e d o S u l e d e S an ta C at ar in a. 1 0ª e d . P or to A le gr e, 2 00 4. 4 00 p. 17 Tabela 2.2 Quantidade de corretivo (PRNT = 100%) necessária para elevar o pH do solo em água a 5,5 ou 6,0. Fonte: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo. Núcleo Regional Sul. Comissão de Química e de Fertilidade do Solo -RS/SC. Manual de adubação e de calagem para os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. 10ª ed. Porto Alegre, 2004. 400p. 2.3.4 Calcário na linha Essa prática consiste na aplicação, na linha de semeadura de soja, de pequenas quantidades de calcário mineral finamente moído (filler) ou de corretivo proveniente da moagem de conchas marinhas. Devem ser observados os seguintes critérios: • em solo com elevada acidez (necessidade de calcário para pH 6,0 maior que 7 t/ha) e não corrigido, a aplicação de calcário na linha deve ser associada a uma calagem parcial equivalente à metade da indicação para pH 5,5; • em solo com acidez intermediária (necessidade de calcário para pH 6,0 menor que 7 t/ha), a prática de uso de calcário na linha pode ser adotada isoladamente; • em solo com acidez corrigida integralmente, não se indica usar esta prática; • o calcário deve apresentar PRNT superior a 90% quando for de origem mineral ou superior a 75% quando for originado de concha marinha; 20 • a aplicação conjunta de fungicidas e de inoculantes às se- mentes, de modo geral, reduz a nodulação e a fixação bioló- gica de nitrogênio. Havendo necessidade de efetuar a apli- cação de fungicidas, escolher entre os seguintes produtos, por serem menos prejudiciais ao rizóbio: Carbendazin + Captan, Carbendazin + Thiram, Carboxin + Thiram, ou Difenoconazole + Thiram (Tabela 7.1). Esses produtos de- vem ser aplicados antes do inoculante. 2.4.4 Fósforo e potássio As quantidades de fertilizante contendo fósforo e potássio (P e K) a aplicar variam em função dos teores desses nutrientes no solo (Tabela 2.3). O limite superior do teor “Médio” é considera- do o teor crítico de P e de K no solo, a partir do qual pouco incre- mento no rendimento é esperado com a aplicação de fertilizante contendo esses nutrientes. As doses de P2O5 e de K2O (Tabela 2.4) são indicadas em fun- ção de dois parâmetros básicos: a) a quantidade necessária para o solo atingir o teor crítico em duas safras (adubação corretiva gradu- al), e b) a exportação desses nutrientes pelos grãos e perdas diver- sas. Com base nesses critérios ter-se-á uma adubação balanceada em termos de manutenção da fertilidade do solo e revisão de retor- nos econômicos satisfatórios. As doses da tabela 2.4 presumem um rendimento mínimo de 2 t/ha para soja. Para expectativa de rendi- mento maior deverão ser acrescentados, por tonelada de grãos adi- cional, 15 kg/ha de P2O5 e 25 kg/ha de K2O. Na tabela 2.3 os teores de P e de K interpretados como “Alto” e “Muito alto” representam situações nas quais é esperado o desenvolvimento máximo da cul- tura e as doses de P2O5 e de K2O indicadas para essas faixas na tabela 2.4 representam a adubação de manutenção (30 kg/ha de P2O5 e 45 kg/ha de K2O). Em qualquer circunstância, para evitar a concentração excessiva de nutrientes junto à semente e possível efei- to salino do fertilizante potássico, a quantidade máxima a aplicar na linha deverá ser 120 kg/ha de P2O5 e 80 kg/ha de K2O, devendo o restante ser aplicado a lanço antes da semeadura. Decorridas duas safras após a aplicação das doses indicadas, recomenda-se realizar nova amostragem de solo para verificar se 21 os teores de P e de K no solo atingiram os valores desejados e, então, planejar as adubações para as próximas duas culturas. As doses indicadas pressupõem que a maioria dos fatores de produção esteja em níveis adequados. Dessa forma, em muitas situações, haverá necessidade de ajustes locais, tanto da aduba- ção, quanto da calagem. Para permitir o ajuste das doses em fun- ção das fórmulas de fertilizantes existentes no mercado, pode-se admitir uma variação de ±10 kg/ha nas quantidades recomenda- das na tabela 2.4, sobretudo nas doses mais elevadas. 2.4.4.1 Fontes de fósforo e de potássio Para os adubos fosfatados total ou parcialmente solúveis, a dose de P2O5 deve ser calculada levando em consideração o teor de P2O5 solúvel em água e em citrato neutro de amônio. No caso dos termofosfatos e das escórias, as quantidades devem ser calcu- ladas levando-se em consideração o teor de P2O5 solúvel em ácido cítrico a 2%, na relação 1/100. Os fosfatos naturais reativos apresentam baixa solubilidade em água, mas são eficientes como fonte de P, mormente em solos com pH menor que 5,5. Com base no efeito desses fosfatos no ren- dimento de grãos de soja, em sucessão com outras culturas, veri- ficou-se que eles tendem a ser equivalente aos fertilizantes solú- veis na segunda ou terceira cultura após a aplicação, mas propor- cionam menor rendimento de grãos na primeira cultura. Em solos com teor de P igual ou superior a “Médio” não se observaram diferenças no rendimento de grãos entre os fosfatos naturais reativos e os fosfatos acidulados, tanto em aplicações a lanço como na linha de semeadura. Sua indicação, portanto, é mais adequada em solos com pH inferior a 5,5 e teor médio ou alto de P. A dose deve ser estabelecida em função do teor total de P2O5. Vantagem econômica do uso deste produto ocorre quando o seu preço for menor do que 2/3 do preço do superfosfato triplo. As fontes de fertilizantes potássicos são cloreto de potássio (KCl) e sulfato de potássio (K2SO4), sendo ambos solúveis em água. Na escolha de qualquer fonte de P ou de K deve ser conside- rado o custo da unidade de P2O5 e K2O posto na propriedade, levando em conta os critérios de solubilidade acima indicados. 22 Tabela 2.3 Interpretação dos teores de fósforo e de potássio no solo. (1) Teor de argila: classe 1: >60%; classe 2: 60-41%; classe 3: 40-21%; classe 4: d” 20%. Fonte: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo. Núcleo Regional Sul. Comissão de Química e de Fertilidade do Solo -RS/SC. Manual de adubação e de calagem para os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. 10ª ed. Porto Alegre, 2004. 400p. Tabela 2.4 Doses de fósforo e de potássio para a cultura de soja no RS/SC. Para rendimento superior a 2 t/ha, acrescentar 15 kg P2O5 e 25 kg K2O aos valores da tabela, por tonelada adicional de grãos a ser produzida. Fonte: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo. Núcleo Regional Sul. Comissão de Química e de Fertilidade do Solo-RS/SC. Manual de adubação e de calagem para os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. 10ª ed. Porto Alegre, 2004. 400p. 2.5 Fertilizantes orgânicos Adubos orgânicos podem ser usados na cultura de soja, mas deve-se levar em consideração que poderão causar inibição do processo de fixação biológica de nitrogênio e acamamento. As doses de P2O5 e de K2O devem ser as mesmas da tabela 2.4 e o cálculo é efetuado levando em consideração a reação desses pro- dutos no solo. Em geral, a liberação de nutrientes da fração orgâ- nica, na primeira safra, é cerca de 50% para N e 80% para P. Já o K é liberado integralmente na primeira safra. Salienta-se que o índi- ce de eficiência do N e do P varia com o tipo de adubo orgânico utilizado. 25 3 CULTIVARES Com o estabelecimento do sistema de registro de cultivares, executado pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento atra- vés do Serviço Nacional de Proteção de Cultivares (SNPC), neste documento estão relacionadas cultivares registradas, avaliadas pelas instituições participantes da Reunião de Pesquisa de Soja da Região Sul. Assim, fica a critério dos técnicos a indicação da cultivar que melhor se adapte às condições de cada lavoura. 3.1 Cultivares de soja indicadas para cultivo no Estado do Rio Grande do Sul As cultivares de soja indicadas pelos obtentores para cultivo no Estado do Rio Grande do Sul, na safra de 2009/2010, constam na Tabela 3.1. Na Tabela 3.2 e 3.3 constam seus rendimentos relativos. 3.2 Cultivares de soja indicadas para cultivo no Estado de Santa Catarina. A relação das cultivares de soja indicadas pelos obtentores para o Estado de Santa Catarina, para a safra de 2009/10, está na Tabela 3.4. 3.3 Caracterização das cultivares Na Tabela 3.5 estão as principais características diferenciais de cultivares registradas para o Rio Grande do Sul e para Santa Catarina. 3.4 Implementação de lavouras Na implementação de lavouras de soja nos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, deverão ser usadas sementes das categorias básica, certificada e/ou fiscalizada. 26 1 Além das cultivares listadas acima, existem outras registradas no SNPC/MAPA para cultivo no Rio Grande do Sul. 2 Fepagro 25 – indicada apenas para as Regiões Edafoclimáticas 01 (Campanha, Depressão Central, Baixo Vale do Uruguai, Litoral e Serra do Sudeste) e 02 (Missões e parte do Alto Vale do Uruguai). Tabela 3.1 Cultivares de soja indicadas pelos obtentores para o Estado do Rio Grande do Sul, na safra 2009/10. 27 Tabela 3.2 Rendimento médio de grãos, em kg/ha e em percentagem em rela- ção à média do respectivo ciclo, das cultivares de soja convencio- nais da Rede Soja Sul nos anos agrícolas de 2005/06, 2006/07, 2007/ 08 e 2008/09, no Estado do Rio Grande do Sul. 30 T ab el a 3. 5 C ar ac te rí st ic as d e cu lt iv ar es in d ic ad as p ar a cu lt iv o no R io G ra nd e d o Su l e /o u Sa nt a C at ar in a. Em
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SVOLLSIIALOVAVO
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SAGIQLVWAN V 4 SVÔNIOA V OvÍVIN
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SVOLISPIALDVAVO
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SjuosIsoy PApoosns vojuvanl auhsopropy
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OjuajsIsoy OjuajsIsay ajseu ep epred orpupod
SICIQLVINAN V d SVÔNIOA V OVSÍVIN
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SVILLSPIALOVAVO
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SVOININDOIS SVOILSTUILOVAVO
PApoosns PPApoosns vItuSou1 auhSopiojaW
SJUSJSISaI SJUSUIepeiopoW 9JUD]SISoL SjuSurepriopow votuval uhBopiojaW
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PPAnoOosns PPApoosns PIONONY OP Iejnotpes oppupog
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SVOILSIRIALDVAVO
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PAnoosns PAnoosns UINUIOS ODIPSOUI OP SAIA
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PZUID PZUID PrUZosaqnd ep 105
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SVIIAINDOIS SVILLSPIILOVAVO
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OJuojsIsoy ajuojsIsoN aJseu ep oDUe>)
SIUSISISoI SJUSICPeIoPoN SIDI IS SISBU EP vpred ovpupod
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SJuMsIso - eUrIojDRq eisna
SICIQLVINAN V d SVÔNIOA V OVÍVIY
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UIOLIPIN UIOLIPIN PDUgosaqnd ep 10)
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- ajuosny ojnoDodiy op 105
SVIILSRIAIDVAVO
- DS SH OBSepur op vory
- TISOJOUDS 9P BDUQIo)SUBI] edeiquia TOISPq SJUSUS
- e00z OpSESTpUI op ouy
elos edesquig/0Sn] edeiqua elos ederquia /oS1 edeiqua USO
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SjuajsIsoy SJuajsIsoy EI9p-oujo eYpUeN
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ajusgsIsay aJusjsIsay aJseu ep ouro
ajuajsIsay ajuajsIsay ajseu ep epred oepupog
- - OUPLIS]LG OJUSUILISSIS,
- - PUPLIeM EjMIsDA
SAGIQLVWAN V 4 SVÔNIOA V OvÍvVIY
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(erp Z5T) TP (erp 91) opa OIqUIDAOU EIMpeotas fopIo
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auosny auosny S[n9>0dry Op 105
SVILLSRIALDVAVO
ssa ssa opSeorpur ap Poly
ISO[OUD 2P BDUZISULI] edeiquig BISO[oUD 2P BDUQISURI] edeiquig TOISPq Sjuauros
e00z e00z OBSeNPUr ap ouy
elos edexqua /oSu] edeiqua elos edeiquia /03u1] edesquig WSBUO
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SYUD]SISoI ojuaurepeiopoN Anoosns OUBLISEQ OjuSUrejsa1o
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SICIQLVINAN V d SVÔNIOA V OVÍVIN
- %B'BE eujojoId ap 109
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ezuo ezuo Brpugosoqnd ep 105
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PRA 0xoN ojy9d0dry op 105
SVILLSRIALDVAVO
ssa DsºsA opSeorpur op Poly
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Z66T Tooz OESeopur ap ouy
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PIed epeogpoui ajuaureogaua8 resgpno
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SVOIWINDOIS SVILLSPIALOVAVO
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SACIQLVINAN V 4 SVÔNIOA V OVÍVAN
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SJUD]SISoI SJUSUTepeIopoN SIUajsIsoM OjUotIRumTe>y
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epIeuy epIeuy SJusuIos Ep Ojuswmão; op 10)
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ezuio ezuio “pugosoqnd ep 105
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ajussny equasny ojy9D0dry op 105
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Pojapoos) Pojapoos) PoISPq ojuauros
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SVOININDOIS SVOLLSPIALOVAVO
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SYUD]SISAI DJUSUIEPeISPoN Tano>sas IPO
IJUDIsIsay 9JUsIsay BIr-9p-ou]o eYpurIN
SpuoIsISaM SjuasIsay Odurvo US OpÍtoL - ajseu ep our)
SYUDISISaN = ONTed OU O2SvaI = ajseu Cp ODUt)
SACIQLVINAN V d SVÔNIOA V OVÍVIN
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841 8eL soti8 0OL 9P Oss
ajuajsIsay ajuexajo wagea ep eDUgosra
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(serp GcI) 5505517 EE OIQUISAOU Emprouas OPID
opeupuisjad OpeuruLisgod OjuSuIpsaL op odiT
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UIOLIPIA Pzuio “Dugosoqnd uioo waBea ep 10)
UIOLIPIN ezuiD PrUgosaqnd ep 105)
Tuca ENA 100 EP 10)
PRA aquasny ojH920dIy Op 105
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900€-S6 DO STOS-86 TD) WoBeyur ep ouoN
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SJUOISISoL SJUSWIPPeIpoW SJUO]SISoI OJUSWIeperopo OIPIO
SjusIsIsa SIUSISIsaA Brop-oujo Eur
- - OdUIro UI OPA - seu ep oDurS)
SJoJSISoM SJuoIsIsoM OnTed ou ogSvor - ajseu Ep ODUe)
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%6 TT % FO Ojo ap 1091
rog rog ajuouras ep apepipend
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PAnoosns ajusureperspow PAnoosns aqusureperspow Ojusureureoy
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(serp 6€D) opa (Serp ZLT) Dodoxg OIQUISAOU PINPROUIOS “PIS
Opeuruigad oprururajapuy OjUSUIDsaL ap odiT
OjaId UIOLTEIA ory op 105
opIeuy epxeuy ajuauias ep ojusuindo) op 10)
UIOLICIA UIOLTEN PDUgosaqnd uioo Wagea ep 10)
UIOLTPIN UIOLTN epugosagnd ep 10)
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9JUDJSISOI JUS PrIpOW JUDJSISOI SJUUICPRIPOIN voruvanl auÃSophojyy
SjuajsIsar ajusureperopo SjuaIsIsar ajusureperopow oIPIO
SJuajsIsoy PjuajsIsoy Er9p-oujo eye
ajuajsIsoy OjuosIsoy aJsey ep oxuro
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75 localidades com altitude acima de 400m sobre o nível do mar), uma vez que, em função da maior latitude desta re- gião, há redução de radiação solar e temperatura. Nessas regiões, nas condições referidas, as baixas temperaturas li- mitam a duração da estação de crescimento da soja, além do risco de perdas com a probabilidade de ocorrer geadas. Portanto, nessas regiões, em altitudes acima das referidas, não são indicados cultivares Semitardios. c) Semeadura de cultivares de ciclo MÉDIO: 11/10 a 20/12 – Neste período a semeadura de cultivares de ciclo médio, de maneira geral, pode ser realizada em todo o Estado do RS, com exceção das regiões do Planalto Superior, Planalto Médio, Serra do Nordeste, Serra do Sudeste. Nessas regi- ões, a faixa de semeadura para cultivares de ciclo Médio fica restrita ao período de 21/10 a 10/12. d)Semeadura de cultivares de ciclos PRECOCES e SEMIPRECOCES: 21/10 a 10/12 – Neste período a semea- dura de cultivares Precoces e Semi-precoces, de maneira geral, pode ser realizada em todo o Estado do RS, com ex- ceção da região do Planalto Superior. Nessa região, a faixa de semeadura para cultivares Precoces e Semi-Precoces fica restrita ao período de 1°/11 a 30/11. Tabela 4.1 Períodos possíveis para semeadura da soja no Estado do Rio Gran- de do Sul. TIPOS DE SOLOS INDICADOS PARA SEMEADURA Para efeito dos estudos de riscos climáticos para culturas de grãos não são indicadas as áreas: • de preservação obrigatória, de acordo com a Lei 4.771 do Código Florestal; 76 • com solos que apresentam teor de argila inferior a 10% nos primeiros 50 cm de solo; • com solos que apresentam profundidade inferior a 50 cm; com exceção de solos de várzea. • com solos que se encontram em áreas com declividade su- perior a 45%; • com solos muito pedregosos, isto é, solos nos quais calhaus e matacões (diâmetro superior a 2 mm) ocupam mais de 15% da massa e/ou da superfície do terreno. Solos tipo 1: Não indicados para cultura da soja no Estado do Rio Grande do Sul. Solos tipo 2: Englobam solos com teor de argila entre 15% e 35% e com teores de areia inferiores a 70% nos primeiros 50 cm de solo. Solos tipo 3: Englobam i) solos com teor de argila maior que 35% nos primeiros 50 cm de solo; e ii) solos com menos de 35% de argila e menos de 15% de areia (textura siltosa) nos primeiros 50 cm de solo. Os solos tipos 2 e 3, do Rio Grande do Sul, indicados pelo Programa de Zoneamento do MAPA, estão detalhados na Tabela 4.2. MUNICÍPIOS E PERÍODOS FAVORÁVEIS DE PLANTIO A relação dos municípios e períodos favoráveis de semeadu- ra para a cultura da soja, por ciclo de cultivar e tipo de solo, no Estado do Rio Grande do Sul, encontra-se no site do Ministério da Agricultura (MAPA) www.agricultura.gov.br Solo Tipo 2 Solo Tipo 3 Latossolos Vermelho-escuros e Vermelho- amarelos (com menos de 35 % de argila). Podzólicos Vermelho-Amarelo e Ver- melho-Escuro, (Terra Roxa Estruturada); Latossolos Roxo e Vermelho-Escuro (com mais de 35 % de argila); Cambissolos Eutróficos e solos Aluviais de textura média e argilosa. 77 4.2 Espaçamento entre fileiras, densidade e profundidade de semeadura Nas épocas indicadas de semeadura, devem ser empregados espaçamentos de 20 a 50 cm entre as fileiras. A população indicada para a cultura de soja situa-se em torno de 300.000 plantas por hectare ou 30 plantas m-2. Variações de 20% nesse número, para mais ou para menos, não alteram significativamente o rendimen- to de grãos para a maioria dos casos. Quando a semeadura for realizada no final da época indicada deve-se aumentar a densidade e reduzir o espaçamento. Existe res- posta diferenciada em rendimento para espaçamentos e densida- des, dependendo da arquitetura da planta e do ciclo da cultivar. Solos tipo 2 Características Nome do Solo Teor de argila entre 15 e 35% e mais de 70% areia, com profundidade igual ou superior a 50 cm Alissolos, Argissolos Acinzentados latossólicos textura média, Argissolos Acinzentados típicos textura média, Argissolos Amarelos epiáquicos textura média, Argissolos Amarelos latossólicos textura média, Argissolos Amarelos câmbicos textura média, Argissolos Amarelos típicos textura média, Argissolos Vermelho-Amarelos Alumínicos típicos, Argissolos Vermelho-Amarelos latossólicos textura média, Argissolos Vermelho-Amarelos típicos textura média, Argissolos Vermelho latossólicos textura média, Argissolos Vermelho típico textura média, Argissolos Vermelho chernossólico textura média, Argissolos Vermelho câmbico te xtu ra média , Argisso los V e rmelhos Eu trofé rri cos chernossól icos textura média, Argissolos Vermelhos Eutroférricos latossól icos textura média, Argissolos Vermelhos Eutroférricos típicos textura média, Cambissolos textura média pouco cascalhentos, Chernossolos textura média, Gleissolos Háplicos textura média, Gleissolos Melânicos textura média, Latossolos Amarelos textura média, Latossolos Vermelhos textura média, Latossolos Vermelhos- Amarelos textura média, Latossolos Brunos textura média, Luvissolos Hipocrômicos textura média, Luvissolos Crômicos Carbonáticos textura média, Luvissolos Crômicos Órticos textura média, Luvissolos Pálicos câmbicos textura média, Luvissolos Pálicos típicos textura média, Neossolos Flúvicos Carbonáticos textura média, Neossolos Flúvicos Tb Distróficos textura média, Neossolos Flúvicos Tb Eutróficos textura média, Neossolos Flúvicos Ta Eutróficos textura média, Planossolos Háplicos típicos textura média. Tabela 4.2 Tipos de solos indicados para a cultura da soja no Estado do Rio Gran- de do Sul pelo Programa de Zoneamento de Riscos Climáticos do MAPA. (continua) 80 recentemente com alguns cultivares indicam aumentos de rendimento com o uso do espaçamento de 20 cm, com população de plantas indicada e/ou quando a semeadura é feita no final da época indicada. A população indicada para a cultura de soja situa-se em torno de 300.000 plantas por hectare ou 30 plantas/m2. Variações de 20% nesse número, para mais ou para menos, não alteram significativa- mente o rendimento de grãos para a maioria dos casos, desde que as plantas sejam distribuídas uniformemente, sem muitas falhas. Em condições que favorecem a ocorrência de acamamento de plantas, pode-se corrigir o problema, sem afetar o rendimento, re- duzindo-se a população em 20%. Por outro lado, quando a seme- adura é realizada tardiamente – no final da época indicada – su- gere-se o acréscimo de 20% na população de plantas, com vistas a compensar a redução de estatura de planta em função do encurta- mento do subperíodo vegetativo. Para os solos de várzea, o espaçamento indicado é de 50 cm entre fileiras. A profundidade de semeadura indicada varia de 2,5 a 5,0 cm, sendo que as menores profundidades (2,5 a 3,0 cm) devem ser adotadas quando há adequada umidade no solo. 4.7 Cultivares e épocas de semeadura O escalonamento da produção de soja através da semeadura de cultivares de diferentes ciclos em diversas épocas, numa mes- ma propriedade, é indicado para minimizar os riscos eventual- mente causados por adversidades climáticas. 4.8 Cultivares de soja para várzea Para o cultivo de soja em solos de várzea indica-se usar culti- vares de ciclos precoce, médio e semitardio em áreas com boa dre- nagem e que permitam irrigação. Os de ciclo precoce devem ser usados em áreas melhor drenadas e em semeadura de segundo ano, pois, no primeiro ano, o ciclo reduzido não lhes permitirá superar problemas severos. Os de ciclo médio podem ser usados em condições normais de cultivo. Os de ciclo semitardio devem ser reservados para semeadura antecipada ou atrasada, em rela- ção à época indicada e para semeadura de primeiro ano. 81 5 SISTEMA DE PRODUÇÃO DE GRÃOS 5.1 Rotação de culturas A monocultura, ou mesmo o sistema de sucessão trigo-soja con- tinuamente, com o passar dos anos, provoca a degradação física, química e biológica do solo, e, conseqüentemente, a queda do ren- dimento de grãos das culturas. Também proporciona condições mais favoráveis para o desenvolvimento de doenças, de pragas e de plantas invasoras. A rotação de culturas merece especial atenção no manejo das doenças, pois a decomposição dos restos culturais de soja elimina o substrato nutritivo dos patógenos que permanecem viáveis nes- tes restos. No caso de patógenos que se mantêm viáveis livres no solo, como Rhizoctonia solani (causador do tombamento de plântulas e da morte em reboleira), ou viáveis por longos períodos, como os esclerócios de Sclerotinia sclerotiorum (causador da podridão branca da haste), a rotação de culturas deve ser priorizada. Indica-se reali- zar a rotação com culturas não hospedeiras dos mesmos patógenos, como milho ou sorgo. O girassol não deve participar do esquema de rotação quando houver a incidência de S. sclerotiorum, nem o tremoço (branco, amarelo ou azul) caso houver a presença de Diaporthe phaseolorum f.sp. meridionalis, causador do cancro da haste. A rotação de culturas, como prática corrente na produção agrí- cola, tem recebido, através do tempo, um reconhecimento acentu- ado, do ponto de vista técnico, como um dos meios indispensá- veis ao desenvolvimento de uma agricultura estável. Diversos estudos têm demonstrado os efeitos benéficos da rota- ção de culturas, tanto sobre as condições de solo quanto sobre a pro- dução das culturas subseqüentes. Dentre estes efeitos, destacam-se: • melhor utilização do solo e dos nutrientes; • mobilização e transporte dos nutrientes das camadas mais profundas para a superfície; 82 • aumento do teor de matéria orgânica; • controle da erosão; • controle de plantas invasoras; • controle de insetos-pragas; • melhor distribuição da mão-de-obra ao longo do ano e me- lhor aproveitamento das máquinas; • maior estabilidade econômica para o agricultor. Torna-se importante, portanto, o uso de diferentes culturas com sistemas radiculares agressivos e abundantes, alternando-se anual- mente. Esta prática determina inúmeras vantagens ao agricultor, destacando-se, entre elas, o aumento no rendimento de grãos. 5.2 Sistema de produção de grãos ou sistemas mistos (lavoura + pecuária) Os dados de pesquisa indicam, como regra geral, o uso de sistemas de produção de grãos ou de sistemas mistos (lavoura + pecuária), nos quais a soja pode ser antecedida do cultivo de gramíneas para grãos (trigo, triticale, cevada ou aveia branca) e o milho ou sorgo podem ser precedidos do cultivo de leguminosas de inverno (ervilhaca, serradela ou outras) ou de forrageiras de inverno envolvendo gramíneas + leguminosas (aveia preta + ervilhaca pastejada ou aveia preta + nabo forrageiro). São apresentadas, a seguir, algumas sugestões de sistema de produção: • trigo/soja e ervilhaca/milho ou sorgo; • trigo/soja e aveia preta + ervilhaca/milho; • triticale/soja e ervilhaca/milho; • trigo/soja, aveia branca/soja, ervilhaca/milho; • trigo/soja, colza/soja, cevada/soja e ervilhaca ou serradela/milho1; • trigo/soja, trigo/soja, aveia branca/soja e ervilhaca/milho ou sorgo2. 1 Usar cultivares de soja resistentes ao cancro da haste em toda a Região Sul. Usar cultivares de soja resistentes, também, à podridão parda da haste no Planalto Médio do RS e em SC. Em caso de ocorrência de tamanduá-da-soja, não se deverá repetir a soja nessa área. 2 Esse sistema deve ser usado nas condições previstas nas “Indicações Técnicas para a Cultura do Trigo” 85 Uma das medidas preventivas mais eficientes para reduzir a infestação de plantas daninhas é evitar a produção de suas se- mentes, pois, para a maioria delas, esse processo representa a for- ma principal de reinfestação das lavouras. Para isso, é essencial efetuar a eliminação das partes aéreas das plantas antes de ocor- rer o florescimento. 6.2 Método cultural Respeitadas as exigências culturais de cada cultivar, indica- se buscar o mais rápido fechamento das entrelinhas para possibi- litar o sombreamento completo do solo. Para isso, indica-se em- pregar espaçamentos de 35 a 50 cm, respeitando a população de plantas indicada para a cultura de soja. Isto ocasionará menor grau de infestação de plantas daninhas, bem como contribuirá para maior eficiência dos métodos de controle empregados. A rotação cultural deve ser estimulada, não só pelas suas múl- tiplas vantagens, mas também para impedir a seleção natural de plantas daninhas, para impedir a dominância de certas espécies e, conseqüentemente, para facilitar as medidas de controle. A cober- tura do solo com outras culturas ou com forrageiras tenderá a di- minuir a presença de plantas indesejáveis. 6.2.1 Manejo de plantas daninhas em semeadura direta No sistema de semeadura direta, a barreira física e/ou o efeito alelopático proporcionado por algumas culturas sobre o desenvol- vimento de plantas daninhas torna-se muito importante. Nesse caso, a cultura de inverno que antecede a soja é eliminada química ou mecanicamente, e seus restos culturais são mantidos na superfície para inibir o desenvolvimento de plantas daninhas. Culturas que se destacam neste aspecto são a aveia-preta e o azevém, que apre- sentam elevado efeito supressor sobre espécies gramíneas e dicotiledôneas de uma maneira geral, ressaltando-se os efeitos da aveia-preta sobre papuã e do azevém sobre guanxuma. Este fato, aliado ao mapeamento prévio da propriedade com a devida locali- zação, identificação e quantificação das plantas daninhas, pode otimizar e dispensar, total ou parcialmente, o uso de herbicidas. 86 O manejo de culturas de inverno, visando formar a cobertura protetora, pode ser realizado por via química ou mecânica, obtendo- se melhores resultados quando as culturas de cobertura estiverem no início da fase reprodutiva. Caso estas culturas se apresentem desuniformes, com baixa densidade populacional ou ocorrer a pre- sença de espécies daninhas, é recomendável realizar a dessecação. 6.2.2 Efeito de restos culturais no controle de plantas daninhas Tradicionalmente, o manejo de plantas daninhas tem se utili- zado do controle químico. Mais recentemente, outras alternativas estão em uso, como restos de palha de culturas que, através de seus efeitos físicos e alelopáticos, têm se mostrado efetivas. Embora a alelopatia apresente potencial no manejo de plantas daninhas, são necessários estudos adicionais para comprovar sua importância em condições de campo. É reconhecido que a cobertura morta propor- cionada por restos de culturas é importante no controle de plantas daninhas, pois muitas espécies não germinam quando cobertas por uma camada uniforme de palha, somente o fazendo quando ao menos parte dos resíduos se decompuser. Desse modo, ocorre atraso na germinação de sementes e na emergência de plântulas, reduzin- do as populações dessas espécies junto à cultura. Esses efeitos de- pendem do tipo de restos de cultura e também de sua distribuição e quantidade, assim como das condições climáticas ocorrentes. Os restos culturais de aveia-preta têm demonstrado grande potencial no controle de plantas daninhas em semeadura direta. Essa espécie, além de produzir grande quantidade de matéria seca para cobertura do solo, permite produção de sementes e de forra- gem, possibilitando renda extra aos agricultores. O azevém é ou- tra espécie utilizada para tal propósito. Seu uso deve-se ao fato de ser uma espécie adaptada, que apresenta ressemeadura natu- ral e pode reduzir as infestações de várias espécies daninhas, como papuã, milhã e guanxuma. No entanto, assim como a aveia-preta, o azevém pode infestar culturas de inverno subseqüentes, consti- tuindo-se em planta daninha a essas espécies. A Tabela 6.1 apre- senta a supressão relativa de algumas espécies cultivadas no in- verno sobre plantas daninhas que ocorrem em soja. 87 Tabela 6.1 Supressão relativa de plantas daninhas na cultura da soja por resí- duos de culturas mantidos na superfície do solo. Supressão: ++++ (elevada), +++ (boa), ++ (média), + (baixa), - (reduzida). A distribuição dos restos culturais na superfície do solo deve ocorrer de modo que haja formação de uma camada uniforme de palha. No caso de culturas que se destinem também à produção de grãos, o emprego de picador e de distribuidor de palha, bem regulados e balanceados, proporcionam o fracionamento e a dis- tribuição uniforme da palha na mesma largura da plataforma de corte da colhedora, facilitando tanto a operação de semeadura da cultura seguinte quanto a melhoria do controle de plantas dani- nhas. Quando a palha for uniformemente distribuída sobre o solo, obtêm-se efeitos físicos e químicos máximos sobre as plantas da- ninhas e, adicionalmente, o melhor funcionamento de herbicidas que forem utilizados para complementar o controle. No caso da cultura de cobertura ser destinada para pastoreio, é fundamental que o manejo da pastagem seja efetuado quando o solo apresentar condições adequadas de umidade. Além disto, é indicado deixar cobertura suficiente para boa proteção do solo, o que é conseguido retirando os animais com certa antecedência antes da operação de manejo ou dessecação. O manejo adequado dos animais é importante, uma vez que sua presença em áreas com solo excessivamente úmido provoca amassamento de plan- tas e compactação do solo. 90 obter controle eficiente das mesmas. Em outras situações, como de altas infestações ou de plantas bem desenvolvidas, também podem ser necessárias duas aplicações de herbicidas dessecantes, devendo a primeira ser executada cerca de 20 dias antes da seme- adura, e a segunda logo antes da semeadura da soja. O herbicida 2,4-D, devido à possibilidade de provocar danos às plantas de soja, não deve ser aplicado em intervalo de tempo inferior a 10 dias antes da semeadura da cultura. As indicações para dessecação acima referidas são importantes pois objetivam proporcionar tan- to a semeadura quanto a emergência da soja em um ambiente li- vre da presença de plantas daninhas. Tabela 6.2 Herbicidas indicados em pré-semeadura para dessecação de plan- tas daninhas no sistema de semeadura direta na cultura de soja. 1 (e.a.) = equivalente ácido; (i.a.) = ingrediente ativo. 2 n.d. = não determinado 3 Para dessecação, aplicar simultaneamente com glifosato na dose 720 g/ha de equivalente ácido. Adicionar óleo mineral a 0,5% v/v. 4 Adicionar surfactante não iônico. 91 Tabela 6.3 Épocas de aplicação de herbicidas não-seletivos usados em pré-se- meadura para dessecação de plantas daninhas no sistema de seme- adura direta na cultura de soja. 1 Na dose apresentada na Tabela 6.2 o herbicida apresenta efeito residual sobre Bidens sp. e Raphanus sp. 2Controla aveia nos estádios de floração a grão leitoso. Não se recomenda utilizar o herbicida 2,4-D em áreas próxi- mas de culturas sensíveis, como frutíferas, hortaliças e fumo. Nas aplicações do herbicida 2,4-D, bem como em todas as aplicações de herbicidas, deve-se observar as condições meteorológicas du- rante a aplicação, evitando-se períodos com ventos fortes, tempe- ratura elevada e baixa umidade relativa do ar. 6.4.1.2 Herbicidas de pré-semeadura incorporados (PSI) Os herbicidas de pré-semeadura incorporados, também deno- minados de pré-plantio incorporados (PPI), são aplicados antes da semeadura de soja, pois são produtos que, por suas características físico-químicas, necessitam ser incorporados mecanicamente ao solo, evitando-se, com isso, redução em sua eficiência agronômica. A in- corporação deverá ser realizada logo após a aplicação, usando-se 92 grade niveladora de discos, regulada para trabalhar a uma profun- didade de 10 a 15 cm. Os herbicidas indicados para esta aplicação são descritos na Tabela 6.4, e a eficiência destes produtos no contro- le das principais plantas daninhas monocotiledôneas e dicotiledôneas é descrita nas Tabelas 6.5 e 6.6, respectivamente. 6.4.1.3 Herbicidas de pré-emergência (PRÉ) Os herbicidas de pré-emergência são aqueles aplicados antes ou logo após a semeadura da soja, quando a cultura e as plantas daninhas ainda não emergiram do solo. Por ocasião da aplicação, na semeadura convencional o solo deve apresentar-se com umida- de e destorroado, para que ocorra uma perfeita distribuição do herbicida na sua superfície. Para obtenção da perfeita incorporação e ativação destes compostos químicos, o ideal é ocorrer chuva entre 10 e 15 mm até 48 h após a aplicação. Para aumentar o controle com herbicidas residuais de solo, indica-se efetuar a semeadura, segui- da da aplicação dos produtos, imediatamente após a última gradagem. Os herbicidas indicados para esta aplicação são descri- tos na Tabela 6.4, e a eficiência destes produtos no controle das prin- cipais plantas daninhas monocotiledôneas e dicotiledôneas é des- crita nas Tabelas 6.5 e 6.6, respectivamente. 6.4.1.4 Herbicidas de pós-emergência (PÓS) Esta operação de controle consiste na eliminação de plantas daninhas em pós-emergência da cultura, empregando-se herbicidas indicados na Tabela 6.4. A eficiência destes herbicidas é descrita nas Tabelas 6.5 e 6.6. Em geral, uma característica importante des- tes compostos químicos é sua adequada seletividade à cultura, pois a aplicação é realizada quando as plantas daninhas e a cultura en- contram-se já emergidas. Para obtenção de melhores resultados com esta prática é necessário observar alguns fatores importantes, tais como: condições climáticas por ocasião da aplicação e estádio de desenvolvimento das plantas daninhas. Em condições de estresse biológico, deve-se evitar a aplicação de herbicidas dessecantes e de pós-emergência, pelo fato das plantas daninhas não se encontra- rem em plena atividade fisiológica e, assim, sua atuação ficar pre- judicada. Os estádios iniciais de desenvolvimento das plantas da- ninhas são os mais suscetíveis à ação dos herbicidas de pós-emer- gência e, portanto, representam a época preferencial de tratamento. 95 T ab el a 6. 4 co nt in ua çã o 1 P SI = p ré -s em ea d ur a in co rp or ad o; P R É = p ré -e m er gê nc ia ; P Ó S = pó s- em er gê nc ia . 2 C ar ên ci a d os p ro d ut os ( S. I. = se m i nf or m aç ão ). 3 Pa ra c on tr ol e d e O ry za s at iv a, a pl ic ar n o es tá d io d e at é um a fi lh o. 4 N ão u ti liz ar n ab o fo rr ag ei ro e m s uc es sã o 5 A pl ic ar n o es tá d io d e 2 a 4 fo lh as p ar a D ig it ar ia s pp . e d e at é 2 fo lh as p ar a E ch in oc hl oa s pp . 6 E m s ol os a re no so s co m t eo r d e m at ér ia o rg ân ic a in fe ri or a 2 % , u ti liz ar d os e m áx im a d e 0, 87 5 L /h a. P ar a o co nt ro le d e le it ei ra (E up ho rb ia h et er op hy lla ) e d e co rr io la ( Ip om oe a sp p. ) só é in d ic ad o em in fe st aç õe s d e ba ix as a m éd ia s po pu la çõ es . 7 E m a lt as in fe st aç õe s d e E up ho rb ia h et er op hy lla e d e Ip om oe a sp p. , i nd ic a- se a pl ic ar e m P SI . E m s uc es sã o à so ja t ra ta d a co m im az aq ui n, so m en te p od er ão s er s em ea d os a ve ia , t ri go , t ri ti ca le e e rv ilh ac a no i nv er no e , e m r ot aç ão , a m en d oi m , f ei jã o e so ja n o ve rã o. M ilh o po d er á se r se m ea d o so m en te 3 00 d ia s ap ós a a pl ic aç ão d e im az aq ui n. 8 P ar a E up ho rb ia h et er op hy lla u ti liz ar a d os e d e 0, 7 L /h a. 9 N ão u ti liz ar e m s ol os a re no so s, c om t eo r d e m at ér ia o rg ân ic a in fe ri or a 2 % . 10 U ti liz ar d os e m en or e m s ol o ar en os o e d os e m ai or e m s ol o ar gi lo so . 96 T ab el a 6. 5 R es po st a d e es pé ci es d an in ha s m on oc ot ile d ôn ea s ao s he rb ic id as in d ic ad os p ar a a cu lt ur a d a so ja C = co nt ro le a ci m a d e 80 % ; C M = co nt ro le m éd io d e 60 a 8 0% ; N C = co nt ro le in fe ri or a 6 0% ; S I= S em I nf or m aç ão . 1 A pl ic ar n o es tá d io d e 15 a 3 0 cm d e al tu ra ; 2 A pl ic ar n o es tá d io d e 30 a 4 0 cm d e al tu ra ; 3 A pl ic ar a té 4 a fi lh os ; 4 O p ro d ut o Pr em er lin 6 00 C E c on tr ol a ar ro z ve rm el ho q ua nd o ap lic ad o em p ré -s em ea d ur a in co rp or ad o; 5 C on tr ol am p lâ nt ul as e m e m er gê nc ia a p ar ti r d e se m en te s. 97 T ab el a 6. 6 R es po st a d e es pé ci es d an in ha s d ic ot ile d ôn ea s ao s he rb ic id as in d ic ad os p ar a a cu lt ur a d a so ja .