Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Barbara Ann Brennan - Maos de Luz, Notas de estudo de Design

Maos de Luz

Tipologia: Notas de estudo

2010
Em oferta
30 Pontos
Discount

Oferta por tempo limitado


Compartilhado em 01/08/2010

regina-rianelli-3
regina-rianelli-3 🇧🇷

5

(5)

9 documentos

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Barbara Ann Brennan - Maos de Luz e outras Notas de estudo em PDF para Design, somente na Docsity! O Remi RM OT Rip do Campo de Energia Humana Li) MÃOS DE LUZ Um Guia para a Cura através do Campo de Energia Humana Este livro é dedicado a todas as viagens pelo caminho de volta para casa. O amor é o rosto e o corpo do Universo. E o tecido conetivo do universo, o material de que somos feitos. O amor é a experiência de ser total e ligado à Divindade Universal. Todo o sofrimento é causado pela ilusão do isolamento, que gera o medo e o ódio de si mesmo, o qual, finalmente, causa a doença. Você é o senhor da sua vida. Pode fazer muito mais do que supunha, inclusive curar- se de uma “doença terminal". A única “doença terminal” de verdade é simplesmente o fato de ser humano. E “ser humano” não é de modo algum “terminal”, porque a morte é tão- somente a transição para outro nível de ser. Quero animá-lo a sair fora dos “limites” normais da sua vida e começar a ver-se de maneira diferente. Quero animá-lo a viver sua vida na borda cortante do tempo, o que lhe permitirá nascer para uma vida nova a cada minuto. Quero animá-lo a permitir que sua experiência de vida seja levemente coberta pela poeira da forma. i Sumário Prefácio __________________________________________________________ 1 Primeira Parte VIVENDO NUM PLANETA DE ENERGIA________________ 4 Capítulo 1 A EXPERIÊNCIA DA CURA ________________________________ 5 Capítulo 2 COMO USAR ESTE LIVRO________________________________ 13 Capítulo 3 NOTA SOBRE O TREINAMENTO E O DESENVOLVIMENTO DA ORIENTAÇÃO ___________________________________________________ 18 Revisão do Capítulo 3____________________________________________ 22 Alimento para reflexão___________________________________________ 23 Segunda Parte A AURA HUMANA___________________________________ 24 Introdução A EXPERIÊNCIA PESSOAL ______________________________ 25 Capítulo 4 PARALELOS ENTRE O MODO COM QUE NOS VEMOS E COM QUE VEMOS A REALIDADE E AS OPINIÕES CIENTÍFICAS OCIDENTAIS ________________________________________________________________ 28 Física Newtoniana_______________________________________________ 28 Teoria de Campo________________________________________________ 29 Relatividade____________________________________________________ 30 Paradoxo ______________________________________________________ 32 Além do Dualismo — o Holograma __________________________________ 34 Coerência Superluminar _________________________________________ 36 Campos Morfogenéticos__________________________________________ 37 Realidade Multidimensional ______________________________________ 38 Conclusão _____________________________________________________ 38 Revisão do Capítulo 4____________________________________________ 39 Alimento para reflexão___________________________________________ 39 Capítulo 5 HISTORIA DA INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA NO CAMPO DA ENERGIA HUMANA ____________________________________________ 40 Tradição Espiritual______________________________________________ 40 Tradição Científica: de 500 a.C. até o Século XIX_____________________ 41 iv A Limpeza da Aura durante uma Sessão de Terapia _________________ 136 Revisão do Capítulo 11__________________________________________ 141 Alimento para reflexões _________________________________________ 141 Capítulo 12 OBSTRUÇÕES DA ENERGIA E SISTEMAS DE DEFESA DA AURA __________________________________________________________ 142 Tipos de Obstruções da Energia __________________________________ 142 Sistemas Energéticos de Defesa ___________________________________ 145 Exercícios para Encontrar sua Principal Defesa _____________________ 148 Revisão do Capítulo 12__________________________________________ 149 Alimento para reflexões _________________________________________ 149 Capítulo 13 MODELOS DE AURA E DE CHAKRAS DAS PRINCIPAIS ESTRUTURAS DE CARÁTER______________________________________ 150 A Estrutura Esquizóide _________________________________________ 152 O Campo de Energia da Estrutura Esquizóide ______________________ 155 O Eu Superior e a Tarefa de Vida do Caráter Esquizóide _____________ 157 A Estrutura Oral_______________________________________________ 158 O Campo de Energia da Estrutura Oral ___________________________ 159 A Tarefa de Vida e o Eu Superior da Estrutura Oral _________________ 161 A Estrutura Deslocada ou Psicopática _____________________________ 161 O Campo de Energia da Estrutura Psicopática ______________________ 162 A Tarefa de Vida e o Eu Superior do Caráter Psicopático _____________ 165 A Estrutura Masoquista_________________________________________ 165 O Campo de Energia da Estrutura Masoquista______________________ 168 A Tarefa de Vida do Eu Superior do Caráter Masoquista _____________ 168 A Estrutura Rígida _____________________________________________ 169 O Campo de Energia da Estrutura Rígida __________________________ 170 A Tarefa de Vida e o Eu Superior do Caráter Rígido _________________ 172 Além da Estrutura do Caráter____________________________________ 173 Estrutura do Caráter e Tarefa de Vida ____________________________ 174 Exercício para Encontrar a Estrutura do seu Caráter ________________ 174 v Revisão do Capítulo 13__________________________________________ 175 Alimento para reflexões _________________________________________ 175 Quarta Parte OS INSTRUMENTOS PERCEPTIVOS DO CURADOR _____ 176 Introdução A CAUSA DA DOENÇA _________________________________ 177 Capítulo 14 A SEPARAÇÃO DA REALIDADE_________________________ 179 Exercícios para Explorar sua Parede Interna _______________________ 180 Exercício para Dissolver a Parede_________________________________ 181 Revisão do Capítulo 14__________________________________________ 181 Alimento para reflexão__________________________________________ 181 Capítulo 15 DO BLOQUEIO DA ENERGIA À DOENÇA FíSICA _________ 182 Dimensão da Energia e da Consciência ____________________________ 182 O Processo Criativo da Saúde ____________________________________ 185 O Processo Dinâmico da Doença __________________________________ 186 Exercício para Descobrir o Significado Pessoal da Doença_____________ 193 Revisão do Capítulo 15__________________________________________ 194 Alimento para reflexão__________________________________________ 194 Capítulo 16 EXAME GERAL DO PROCESSO DE CURA ________________ 195 O Processo da Cura Interior _____________________________________ 195 O Processo da Cura Exterior_____________________________________ 197 Como Curadores e Médicos Podem Trabalhar Juntos ________________ 198 Rumo a um Sistema Holístico de Cura _____________________________ 200 Revisão do Capítulo 16__________________________________________ 202 Alimento para reflexões _________________________________________ 202 Capítulo 17 O ACESSO DIRETO À INFORMAÇÃO ____________________ 203 Exercícios para Intensificar suas Percepções ________________________ 203 Percepção a Longa Distância _____________________________________ 205 Acesso Direto e Precognição _____________________________________ 205 Revisão do Capítulo 17__________________________________________ 207 Alimento para reflexão__________________________________________ 207 vi Capítulo 18 VISÃO INTERIOR _____________________________________ 208 Exemplos de Visão Interior ______________________________________ 210 Precognição com Visão Interior __________________________________ 213 Visão Interior Microscópica _____________________________________ 216 O Processo da Visão Interior _____________________________________ 217 Exercícios para Estabelecer a Visão Interior ________________________ 220 1. Viajando através do corpo ____________________________________ 220 2. Sondando um amigo _________________________________________ 221 3. Meditação para abrir o perscrutador do terceiro olho ________________ 221 A Determinação da Causa da Doença: Retrocedendo no Tempo ________ 222 Revisão do Capítulo 18__________________________________________ 223 Alimento para reflexão__________________________________________ 223 Capítulo 19 ALTA PERCEPÇÃO AUDITIVA E COMUNICAÇÃO COM OS MESTRES ESPIRITUAIS _________________________________________ 224 Exercícios para Receber Orientação Espiritual______________________ 225 Canalizando Mestres Espirituais Pessoais pan Orientação ____________ 226 Os Sentidos dos Chakras ________________________________________ 228 Sentido do Chakra de Diferentes Níveis de Realidade ________________ 231 Meditações para Intensificar a Experiência de cada um dos seus Níveis Áuricos_______________________________________________________ 232 Revisão do Capítulo 19__________________________________________ 233 Alimento para reflexões _________________________________________ 233 Capítulo 20 A METÁFORA DA REALIDADE DE HEYOAN _____________ 234 O Cone de Percepção ___________________________________________ 234 O Mundo Manifesto ____________________________________________ 237 Revisão do Capítulo 20__________________________________________ 241 Alimento para reflexão__________________________________________ 241 Quinta Parte CURA ESPIRITUAL __________________________________ 242 Introdução O SEU CAMPO DE ENERGIA É O SEU INSTRUMENTO_____ 243 Capítulo 21 PREPARAÇÃO PARA A CURA ___________________________ 245 Preparando o Curador __________________________________________ 245 ix A seqüência do Tratamento: Primeira Fase: Clareamento, Carregamento e Reestruturação do Campo _______________________________________ 353 A seqüência do Tratamento: Segunda Fase: A Psicodinâmica e Algumas Causas Iniciadoras _____________________________________________ 354 A seqüência do Tratamento: Terceira Fase: Substâncias Transformadoras _____________________________________________________________ 356 A Seqüência do Tratamento: Quarta Fase: Transmutação e Renascimento _____________________________________________________________ 358 Capítulo 26 SAÚDE, UM DESAFIO PARA VOCÊ SER VOCÊ MESMO____ 362 Tomar Conta de Si Mesmo ______________________________________ 362 Meditação de Heyoan sobre a Autocura ____________________________ 367 Meditação para Dissolver as Autolimitações ________________________ 370 Revisão do Capítulo 26__________________________________________ 371 Alimento para reflexões _________________________________________ 371 Capítulo 27 O DESENVOLVIMENTO DO CURADOR __________________ 372 Dedicação_____________________________________________________ 372 Testes ________________________________________________________ 372 Lidando com o Medo ___________________________________________ 373 Exercício para Encontrar os seus Medos ___________________________ 373 A Verdade ____________________________________________________ 374 Exercido para Encontrar suas Crenças Negativas____________________ 374 A Vontade Divina ______________________________________________ 376 O Amor ______________________________________________________ 377 A Fé _________________________________________________________ 377 Lidando com o Tempo __________________________________________ 378 O Poder ______________________________________________________ 379 A Graça ______________________________________________________ 380 Quem se Cura? ________________________________________________ 380 Exercícios para Encontrar sua Disposição para Ser Curador __________ 382 Exercício para Ponderar a Natureza da Cura _______________________ 382 x Revisão do Capítulo 27__________________________________________ 383 Alimento para reflexões _________________________________________ 383 Bibliografia _____________________________________________________ 385 1 Prefácio Esta é uma nova era e, parafraseando Shakespeare, “Há mais coisas, entre o Céu e a Terra, que o homem desconhece”. Este livro se dirige aos que estão procurando a autocompreensão dos seus processos físicos e emocionais, que extrapolam a estrutura da medicina clássica. Concentra-se na arte de curar por meios físicos e metafísicos. Abre novas dimensões para compreender os conceitos de identidade psicossomática, que nos foram apresentados, pela primeira vez, por Wilhelm Reich, Walter Canon, Franz Alexander, Flanders Dunbar, Burr, Northrup e muitos outros pesquisadores do campo da psicossomática. Seu conteúdo trata de definir experiências de tratamento e cura da história das investigações científicas no campo da energia humana e da cura. O livro é único porque liga a psicodinâmica ao campo da energia humana. Descreve as variações do campo de energia na medida em que ele se relaciona com as funções da personalidade. A última parte do livro define as causas da doença baseadas nos conceitos metafísicos, que são, em seguida, ligados às perturbações da aura. O leitor também encontrará aqui uma descrição da natureza da cura espiritual na proporção em que ela se relaciona com o curador e com o assunto. O livro foi escrito com base nas experiências subjetivas da autora, que estudou física e fisioterapia. A combinação do conhecimento objetivo com as experiências subjetivas forma um método único de expansão da consciência para além dos confins do conhecimento objetivo. Àqueles que estão abertos a um enfoque dessa natureza, o livro oferece um material riquíssimo, que se pode aprender, experimentar e com o qual também é possível fazer experiências. Àqueles que têm objeções de peso eu recomendaria que abrissem suas mentes para a pergunta: “Há uma possibilidade de existência para essa nova perspectiva, que se estende além da lógica e da experimentação científica objetiva?” Recomendo este livro com instância aos que se emocionam com o fenômeno da vida nos níveis físico e metafísico. o trabalho de muitos anos de esforço dedicado e representa a evolução da personalidade da autora e o desenvolvimento os seus dons especiais de cura. O leitor estará ingressando num domínio fascinante, cheio de maravilhas. A Sra. Brennan merece louvores por sua coragem em trazer a público suas experiências subjetivas e objetivas. Dr. John Pierrakos, Instituto de Energética do NÚCLEO, Cidade de Nova York 4 Primeira Parte VIVENDO NUM PLANETA DE ENERGIA “Sustento que o sentimento religioso cósmico é o mais forte e o mais nobre incitamento â pesquisa cientifica.” Albert Einstein 5 Capítulo 1 A EXPERIÊNCIA DA CURA Durante meus anos de prática como curadora, tive o privilégio de trabalhar com muitas pessoas encantadoras. Aqui estão algumas delas, com suas histórias, que tornam o dia na vida de um curador tão gratificante. Minha primeira cliente, num dia de outubro de 1984, foi uma mulher de vinte e tantos anos chamada Jenny. Jenny era uma alegre professorinha que teria, mais ou menos, um metro e sessenta e dois centímetros de altura, grandes olhos azuis e cabelos escuros. E conhecida entre os amigos como a dama da alfazema, porque adora alfazema e usa-a o tempo todo. Jenny trabalha também, durante meio período, num negócio de flores e faz admiráveis arranjos florais para casamentos e outros eventos festivos. Estivera casada por vários anos com um publicitário bem- sucedido. Tendo tido um aborto vários meses antes, não conseguira engravidar outra vez. Quando Jenny procurou o médico para saber por que era incapaz de conceber, recebeu algumas notícias más. Após uma série de testes e opiniões de diversos outros médicos, chegou-se â conclusão de que ela devia submeter-se a uma histerectomia o quanto antes. Havia células anormais em seu útero, onde a placenta estivera presa. Jenny ficou assustada e deprimida. Ela e o marido tinham esperado constituir família no momento em que estivessem em boas condições financeiras. Agora, isso parecia impossível. Na primeira vez que Jenny me procurou, em agosto daquele ano, não me disse nada acerca do seu histórico médico. Declarou apenas: “Preciso da sua ajuda. Diga-me o que vê no meu corpo. Preciso tomar uma decisão importante.” Durante a sessão de tratamento, sondei-lhe o campo de energia, ou aura, utilizando a minha “Alta Percepção Sensorial” (APS). “Vi” algumas células anormais no lado esquerdo inferior do útero. Ao mesmo tempo, “vi” as circunstâncias que haviam cercado o aborto. As células anormais estavam localizadas onde a placenta estivera presa. Também “ouvi palavras que descreviam o estado de Jenny e o que se devia fazer a respeito. Jenny precisava tirar um mês de férias, ir à praia, tomar certas vitaminas, sujeitar-se a uma dieta especifica e meditar, sozinha, pelo menos duas horas por dia. Em seguida, depois de passar o mês curando-se, devia voltar ao mundo médico normal e submeter-se a testes outra vez. Fiquei sabendo que a cura se completara e que ela já não precisava procurar-me de novo. Durante o tratamento recebi informações sobre sua atitude psicológica e sobre o modo com que isso estava influindo na sua incapacidade de curar-se. Ela atribuía- se a culpa do aborto. Conseqüentemente, colocava uma pressão indevida sobre si mesma e impedia o corpo de curar-se depois do mau sucesso. Disseram-me (e essa é a parte difícil para mim) que ela não deveria procurar outro médico pelo menos durante um mês, porque os diagnósticos e pressões diferentes para que se 6 submetesse a uma histerectomia estavam-lhe aumentando consideravelmente o estresse. Confrangia-se-lhe o coração porque ela queria muito ter um filho. Jenny saiu do meu consultório mais aliviada e prometeu pensar em tudo o que acontecera na sessão de tratamento. Em outubro, quando Jenny voltou, a primeira coisa que fez foi dar-me um abraço apertado e um bonito poemazinho de agradecimento. Seus exames médicos estavam normais. Passara o mês de agosto tomando conta de filhos de amigos na Ilha do Fogo. Fizera o regime, tomara as vitaminas e passara um bom período de tempo, a sós, praticando a autocura. Decidira esperar mais alguns meses e depois tentar engravidar outra vez. Um ano mais tarde, fiquei sabendo que Jenny dera à luz um saudável garotinho. O meu segundo cliente naquele dia de outubro foi Howard. É o pai de Mary, de quem tratei há algum tempo. Mary apresentara manchas de terceira classe no bico dos seios (estado pré-canceroso) que haviam desaparecido depois de umas seis sessões de tratamento. Faz agora vários anos que as manchas no bico dos seios têm se mostrado perfeitamente normais. Mary, que também é enfermeira, fundou e dirige uma organização de enfermagem que oferece cursos de atualização para enfermeiras e as prepara para os hospitais da área de Filadélfia. Interessada pelo meu trabalho, manda-me clientes regularmente. Fazia vários meses que Howard ia ao meu consultório. Operário aposentado, é uma pessoa de trato encantador. Na primeira vez que veio procurar- me estava lívido e sentia dores constantes no coração. Era-lhe difícil atravessar uma sala sem se cansar. Depois da primeira sessão de tratamento, sua tez ficou rosada e as dores desapareceram. Após dois meses de sessões semanais, estava dançando de novo. Mary e eu temos trabalhado juntas para combinar o tratamento pela imposição das mãos com medicações à base de ervas, prescritas por um médico naturista, a fim de eliminar as placas das artérias. A partir daquele dia continuei a equilibrar e a fortalecer o seu campo. As melhoras foram manifestadas para os médicos e os amigos. Outro cliente que vi naquele dia foi Ed, que veio procurar-me pela primeira vez com problemas de pulso. As articulações dos braços e do pulso estavam ficando cada vez mais fracas. Ele também sentia dor quando chegava ao orgasmo no ato sexual. Tivera costas fracas durante algum tempo e, agora, a fraqueza progredira tanto que não conseguia carregar coisa alguma, nem mesmo uns poucos pratos. Na primeira sessão de tratamento que fiz com ele “vi”, através do seu campo áurico, que ele machucara o cóccix aos doze anos de idade. Na ocasião da machucadura estava tendo inúmeras dificuldades para lidar com as incipientes sensações sexuais que experimentou na puberdade. O acidente diminuiu as dificuldades, e foi-lhe possível enfrentar melhor a situação. Comprimido, o cóccix virara para a esquerda e não podia mover-se normalmente para ajudar a bombear o fluido cérebro-espinhal pelos caminhos normais, provocando grande desequilíbrio e profunda debilidade em todo o seu 9 cabeça das pessoas e me lembrei de minhas experiências infantis no mato. Compreendi, então, que tais experiências eram o início da minha Alta Percepção Sensorial, ou visão clarividente. Essas deliciosas e secretas experiências conduziram-me, finalmente, a diagnosticar e a curar pessoas que se achavam em situação critica. Ao olhar para trás, vejo o modelo de desenvolvimento das minhas capacidades começando desde o berço, como se minha vida tivesse sido guiada por uma mão invisível que me levou a cada uma das experiências e me conduziu através de cada uma delas, gradativamente, de modo muito parecido com a passagem pela escola — a escola a que damos o nome de vida. A experiência no mato ajudou a ampliar meus sentidos. Depois, minha educação universitária ajudou a desenvolver o pensamento lógico da minha mente. Minha experiência de aconselhamento me abriu os olhos e o coração para a humanidade. Finalmente, meu treinamento espiritual (que discutirei mais tarde) emprestou suficiente credibilidade às minhas experiências não ordinárias para abrir a mente a fim de aceitá-las como “reais’É. Pus-me a criar uma estrutura com a qual me fosse dado compreender tais experiências. Pouco a pouco, a Alta Percepção Sensorial e o Campo da Energia Humana vieram a ser partes integrantes da minha vida. Acredito firmemente que eles podem tornar-se parte integrante da vida de qualquer pessoa. Para desenvolver a APS faz-se mister entrar num estado ampliado de consciência. Há muitos métodos para fazê-lo. A meditação está se tornando o mais conhecido, e pode ser praticada de muitas maneiras; o importante é encontrar a forma que melhor se ajuste a cada um. Mais adiante, apresentarei algumas sugestões a respeito da meditação, entre as quais o leitor poderá escolher. Descobri também que podemos entrar num estado ampliado de consciência trotando, andando, pescando, sentando-nos numa duna de areia e observando o fluir e refluir das águas, ou sentando-nos nas matas como eu fazia quando criança. Como é que você faz, quer lhe chame meditação, devaneio, ou outra coisa qualquer? O mais importante aqui é dar-nos tempo suficiente para prestar atenção a nós mesmos - tempo suficiente para silenciar a mente barulhenta que não pára de falar sobre o que precisamos fazer, como teríamos podido vencer aquela discussão, o que deveríamos ter feito, o que está errado conosco, etc., etc. Afastado esse rumorejo incessante, abre-se para nós um mundo inteiramente novo de suave e harmoniosa realidade. Começamos a misturar-nos com as coisas que nos cercam, como eu fazia no mato. Ao mesmo tempo, nossa individualidade não se perde mas, ao contrário, se intensifica. O processo de fundir-nos com as coisas que nos cercam é outra maneira de descrever a experiência de uma percepção ampliada. Voltemos a considerar, por exemplo, a vela e sua chama. Normalmente nos identificamos com um corpo (a cera e o pavio) dotado de consciência (o fogo). Quando ingressamos num estado de consciência ampliada, vemo-nos também como a luz que vem da chama. Onde 10 começa a luz e onde termina a chama? Parece haver ali uma linha divisória, mas onde está ela exatamente quando olhamos mais de perto? A chama é completamente penetrada pela luz. A luz da sala, que não provém da vela (mar de energia), penetra a chama? Penetra. Onde começa a luz da sala e onde termina a luz da vela? De acordo com a física, não há limite para a luz de uma vela, que se estende ao infinito. Onde fica, então, o nosso limite final? Segundo minha experiência da APS, resultante de uma consciência ampliada, não existe limite. Quanto mais amplio minha consciência, tanto mais se amplia a minha APS, maior quantidade de realidade entra no meu espaço visual, mais sou capaz de ver uma realidade que já está lá, mas que, antes disso, fugia à minha percepção. À proporção que se amplia a minha APS, maior quantidade de realidade entra no meu espaço visual. A princípio, eu só via os campos de energia mais grosseira ao redor das coisas: eles só se estendiam cerca de uma polegada, ou coisa que o valha, além da pele. À medida que me tornei mais proficiente, pude ver que o campo se estendia mais a partir da pele, mas era constituído, aparentemente, de uma substância mais fina ou de uma luz menos intensa. Todas as vezes que eu acreditava ter encontrado o limite, acabava enxergando, subseqüentemente, além daquela linha. Onde está a linha? Cheguei à conclusão de que seria mais fácil dizer que só há camadas: a camada da chama, depois a da luz da chama, depois a da luz da sala. Cada linha nova é mais difícil de distinguir. A percepção de cada camada externa requer um estado de consciência mais ampliado e uma APS mais aprimorada. Quanto mais se expande o estado de consciência, a luz que se via, antes disso, menos distinta, se intensifica e define mais nitidamente. À proporção que eu desenvolvia minha Alta Percepção Sensorial com o passar dos anos, fui compilando observações. Fiz a maior parte delas durante os 15 anos em que trabalhei como conselheira. Havendo eu estudado física, mostrei-me cética quando comecei a ver os fenômenos de energia em torno do corpo das pessoas. Mas como os fenômenos persistiam, ainda que eu fechasse os olhos para afastá-los, ou desse voltas pela sala, comecei a observá-los com mais atenção. E assim principiou minha jornada pessoal, levando-me para mundos de cuja existência eu nunca suspeitara, mudando completamente o modo com que experimento a realidade, as pessoas, o universo e minha maneira de relacionar-me com cada um deles. Vi que o campo de energia está intimamente associado à saúde e ao bem- estar da pessoa. Se esta não for sadia, o mal se evidenciará no campo de energia como um fluxo desequilibrado de energia e/ou uma energia estagnada que deixou de fluir e aparece com cores escurecidas. Em compensação, a pessoa saudável mostra cores brilhantes, que fluem com facilidade num campo equilibrado. Essas cores e formas são peculiares a cada doença. A APS é extremamente valiosa em medicina e no aconselhamento psicológico. Utilizando-a, tornei-me proficiente no diagnosticar problemas, tanto físicos como psicológicos, e no descobrir maneiras de resolvê-los. Com a APS, o mecanismo das doenças psicossomáticas patenteia -se bem 11 defronte dos nossos olhos. A APS revela o modo com que se inicia nos campos de energia a maioria das doenças, e é depois, com o tempo e com os hábitos de vida, transmitida ao corpo, transformando-se numa doença séria. Muitas vezes a origem ou a causa inicial do processo se associa a um trauma psicológico ou físico, ou a uma combinação dos dois. Visto que a APS revela o modo com que se inicia a moléstia, também revela o modo com que se pode inverter o processo da doença. No processo de aprender a ver o campo, também aprendi a interagir com ele conscientemente, como com qualquer outra coisa que eu possa ver. Pude manipular meu próprio campo para interagir com o campo de outra pessoa. Logo aprendi a reequilibrar um campo de energia doentio, de modo que a pessoa pudesse voltar ao estado de saúde. Além disso, surpreendi-me a receber informações relativas à origem da doença do cliente. Essa informação parecia provir do que se me afigurava uma inteligência superior à minha ou à que eu normalmente supunha fosse minha. O processo de receber informações dessa maneira é popularmente denominado canalização. A informação canalizada me chegava em forma de palavras, de conceitos ou figuras simbólicas, que me penetravam a mente quando eu tentava reequilibrar o campo de energia do cliente. Eu sempre me encontrava num estado alterado de consciência ao fazê-lo. Adestrei-me em receber informações de várias maneiras, usando a APS (isto é, canalizando ou vendo). Eu procedia à correlação entre o que recebia, fosse uma figura simbólica em minha mente, fosse um conceito ou uma mensagem verbal direta, com o que via no campo de energia. Num caso, por exemplo, ouvi dizer diretamente: “Ela tem câncer”, e vi um ponto preto em seu campo de energia. O ponto preto correspondia, no tamanho, na forma e na localização, aos resultados de uma exploração realizada mais tarde. Essa recepção de informações combinada com a APS tornou-se muito eficiente, e sou muito precisa em qualquer descrição particular do estado de um cliente. Também recebo informações a respeito das ações de auto-ajuda que o cliente deve levar a efeito no decorrer do processo de cura, o qual geralmente supõe uma série de sessões de tratamento, que duram diversas semanas ou meses, dependendo da gravidade da moléstia. O processo de cura inclui a reequilibração do campo, a mudança dos hábitos de vida e a manipulação do trauma que deu origem ao processo. É essencial lidarmos com o significado mais profundo de nossas enfermidades. Precisamos perguntar o que essa doença significa para nós. Que posso aprender com ela? A doença pode ser vista simplesmente como uma mensagem do corpo dirigida a você, que diz, entre outras coisas: Espere um minuto; alguma coisa está errada. Você não está dando atenção ao seu eu como um todo; está ignorando alguma coisa muito importante para você. O que é? A origem da doença precisa ser investigada dessa maneira, no nível psicológico ou dos sentidos, no nível do entendimento, ou simplesmente por meio de uma mudança no nosso estado de ser, que pode não ser consciente. O retorno à saúde requer um trabalho e uma mudança muito mais pessoais do que a simples 14 ficando louco. Outros também estão ouvindo ruídos provenientes de “lugar nenhum” e vendo luzes que não estão ali. Tudo isso faz parte do inicio de certas mudanças maravilhosas que ocorrem na sua vida de modo inusitado, porém muito natural. Há provas abundantes de que muitos seres humanos hoje em dia expandem seus cinco sentidos habituais em níveis supersensoriais. A maioria das pessoas possui em certo grau a Alta Percepção Sensorial sem percebê-lo necessariamente, e pode desenvolvê-la muito mais com diligente dedicação e estudo. É possível que já esteja ocorrendo uma transformação da consciência e que outras pessoas procurem desenvolver um sentido novo em que as informações são recebidas numa freqüência diferente e possivelmente mais elevada. Comigo se deu isso. E você pode conseguir a mesma coisa. O desenvolvimento em mim foi um processo lento, muito orgânico, que me conduziu a mundos novos e alterou quase de todo minha realidade pessoal. Quero crer que o processo de desenvolver a Alta Percepção Sensorial é uma etapa evolutiva natural da raça humana, que nos leva à fase seguinte do desenvolvimento onde, em virtude das nossas recém-conquistadas capacidades, teremos de ser profundamente sinceros entre nós. Nossos sentimentos e realidades particulares já não ficarão escondidos dos outros, mas serão automaticamente comunicados através dos nossos campos de energia. À medida que todos aprenderem a perceber tais informações, ver-nos-emos e compreender-nos-emos muito mais claramente do que agora. Você, por exemplo, já pode saber quando alguém está muito zangado. Isso é fácil. Por meio da APS, será capaz de enxergar uma névoa vermelha em torno dessa pessoa. Se quiser descobrir o que está acontecendo com ela num nível mais profundo, poderá localizar a causa da zanga, não só no presente, mas também no modo com que ela se relaciona com a experiência da infância e com os país. Debaixo da névoa vermelha, aparecerá uma substância cinzenta, densa, semelhante a um fluído, que transmite uma tristeza pesada. Focalizando a essência dessa substância cinzenta, você, provavelmente, será capaz de ver a cena infantil que originou esse sofrimento profundamente enraizado. Verá também como a zanga faz mal ao corpo físico. Verá que a pessoa costuma reagir com raiva a certas situações, quando talvez fosse mais útil liberar o choro para pôr fim à situação. Utilizando a APS, você será capaz de encontrar as palavras que ajudarão a pessoa a se desinibir, e se ligar à realidade mais profunda, a encontrar uma solução. Em outra situação, todavia, você verá que a expressão de cólera é exatamente o que se faz preciso para resolver a situação. Uma vez chegados a essa experiência, nada mais será o mesmo para nós. Nossas vidas começarão a modificar-se de maneiras que nunca teríamos esperado. Compreendemos a relação entre causa e efeito; vemos que nossos pensamentos influem em nossos campos de energia, os quais, por seu turno, influem em nosso corpo e na nossa saúde. Descobrimos que podemos redirigir nossa vida e nossa saúde. Descobrimos que criamos nossa própria experiência da realidade através desse campo. O CEH é o meio por cujo intermédio têm lugar as nossas criações, e 15 pode ser, portanto, a chave para descobrir como ajudamos a criar a nossa realidade e como poderemos modificá-la, se assim o desejarmos. Torna-se o meio pelo qual encontramos maneiras de chegar ao interior do nosso ser mais profundo, a ponte para a nossa alma, para a nossa vida privada interior, para a centelha do divino que cada um de nós tem dentro de si. Quero animá-lo a mudar o seu “modelo” pessoal do que você é, enquanto o conduzo, através do mundo da Alta Percepção Sensorial, ao mundo do Campo da Energia Humana. Você verá que seus atos e seus sistemas de crença afetam e ajudam a criar a sua realidade, para melhor e para pior. Assim que você o enxergar, compreenderá que tem o poder de alterar as coisas que não gosta e de relevar as de que gosta em sua vida. Isso exige muita coragem, busca pessoal, trabalho e sinceridade. Não é um caminho fácil, mas é, sem sombra de dúvida, um caminho que vale a pena. Este livro ajudará a mostrar-lhe o caminho, não só através de um novo paradigma para o seu relacionamento com a sua saúde, mas também para o seu relacionamento com a sua vida inteira e com o universo em que se encontra. Dê a si mesmo algum tempo para experimentar esse novo relacionamento. Permita a si mesmo ser a luz daquela vela que se expande para o Universo. Dividi o livro em seções que focalizam primeiramente urna área de informações a respeito do Campo de Energia Humana (CEH) e do seu relacionamento com você. Como você deve ter lido, a primeira seção trata do lugar do campo áuríco na sua vida. Que relação pode haver entre você e esse fenômeno, descrito pelos místicos há tanto tempo? Onde se ajusta ele na sua vida? De que serve ele, se é que serve de alguma coisa? Os estudos de casos têm mostrado o modo com que o conhecimento do fenômeno altera a face da nossa realidade. Jenny, por exemplo, compreendeu que precisava reservar um período de tempo significativo de tratamento para poder ter filhos. Jenny tomou a própria saúde e a própria vida nas mãos (onde sempre estiveram, na verdade) e modificou um futuro possivelmente desagradável no futuro muito mais feliz que preferiu. Esse tipo de conhecimento pode levar-nos a todos a um mundo melhor, a um mundo de amor nascido da compreensão profunda; a um mundo de fraternidade em que inimigos se tornam amigos mercê dessa compreensão. A Segunda Parte lida mais especificamente com os fenômenos do campo de energia. Descreve-os do ponto de vista da história, da ciência teórica e da ciência experimental. Depois de tratar desses assuntos exaustivamente, passo a descrever o CEH do meu ponto de vista pessoal, mistura de observação e teoria combinadas com as conclusões de outros encontradas na literatura. A partir dessa informação se desenvolve um modelo de CEH, que tanto pode ser usado no trabalho psicológico quanto no trabalho de cura espiritual. A Terceira Parte apresenta minhas conclusões sobre a relação entre o CEH e a psicodinâmíca. Mesmo que você não se tenha interessado pela psicoterapia nem pelo processo pessoal no passado, esta seção lhe parecerá muito esclarecedora em termos de autodescobrimento. Ajudá-lo-á a compreender não só o que o faz agir, 16 mas também o modo com que você age. Esta informação é muito útil para os que desejam alcançar, além dos limites normais da psicologia e da psicoterapia do corpo, visões mais amplas de nós mesmos como seres humanos e da nossa realidade energética e espiritual. Tais capítulos proporcionam sistemas específicos de coordenadas, que se destinam a integrar os fenômenos do Campo da Energia Humana na psicodinâmica prática. Durante o aconselhamento, apresentam-se desenhos das mudanças do CEH. Aos que se interessam pelo autodescobrimento, este capitulo proporcionará um novo reino, em que a realidade das suas interações no campo da energia na vida cotidiana assumirá um significado novo e mais profundo. Depois que você tiver lido o livro, encontrará meios práticos de utilização da dinâmica do campo da energia em seu relacionamento com entes queridos, filhos e amigos. Isso o ajudará a compreender melhor o que acontece no escritório, nas relações com as pessoas com as quais você trabalha. Como alguns trechos dessa seção são muito técnicos, o leitor comum poderá querer pular parte do material (Capítulos 11, 1 2, 13). Você talvez queira retroceder quando tiver perguntas mais específicas para fazer a respeito do funcionamento do CEH. A Quarta Parte deste livro versa toda a questão do aumento de nossos campos de ação perceptivos — vale dizer, o que isso significa num nível pessoal, no nível prático e num nível mais amplo em termos de mudar a sociedade em que vivemos. Dou explicações claras das áreas em que as percepções podem ser ampliadas, da experiência da ampliação em cada área e do modo com que se pode fazê-lo. Forneço também uma estrutura teórica em que se podem colocar as experiências e implicações em larga escala para a humanidade quando nós, como grupo, nos movemos nessas mudanças, que não só nos afetam como indivíduos, mas também alteram toda a estrutura da vida humana qual a conhecemos. A Quinta Parte lida com o processo da cura espiritual. Chamo-lhe cura espiritual porque está sempre ligada à nossa natureza espiritual inata. Essa parte apresenta experiências e técnicas de tratamento relacionadas com o CEH. Contém desenhos das mudanças do campo áurico durante os tratamentos. Delineia claramente técnicas de tratamento nas diferentes camadas do CEH. Combina a informação sobre percepções ampliadas, fornecida na Quarta Parte, com a cura, para permitir ao curador, muito eficientemente, encetar o processo de cura em si mesmo e nos outros. Por não ser a maioria dessas técnicas fácil de aprender, você terá provavelmente de estudá-las numa classe. Explicações escritas de algo tão especializado servem para ajudar o estudante a familiarizar-se com o assunto, mas não se propõem a ensinar as técnicas. Ser-lhe-á preciso receber instruções pessoais de alguém que saiba operar essa cura para que você se adestre nela. A verificação da sua experiência por um curador qualificado é muito importante. Para tornar-se curador profissional você terá de fazer muito trabalho didático, prático e pessoal. Quem realmente o desejar poderá tornar-se hábil no tratamento e na canalização. Você precisará estudar e praticar para desenvolver suas habilidades, como em 19 o nosso propósito criativo. O curador experimenta esses testes como se eles viessem de fora mas, na realidade, isso não acontece. O curador os cria a fim de ver se está pronto para lidar com a energia, a força e a clareza que desenvolve em seu próprio sistema de energia, à medida que cresce como curador, e se é capaz de fazê-lo. Essa energia e essa força precisam ser usadas com integridade, sinceridade e amor, pois a causa e o efeito estão sempre funcionando em cada ação. Você sempre receberá de volta o que fizer aos outros. A isso chamamos karma. Assim como aumenta a energia que flui através de você como curador, assim também aumenta a sua força. Se der a essa força um emprego negativo, verá que a mesma negatividade volta para você. À medida que minha vida se desdobrava, a mão invisível que me guiava tornou-se mais e mais perceptível. A princípio, eu o percebi vagamente. Depois entrei a ver seres espirituais, como numa visão. Em seguida, principiei a ouvi-los falando comigo e a senti-los tocarem em mim. Agora aceito o fato de que tenho um guia. Posso vê-lo, ouvi-lo e senti-lo. “Ele” confessa que não é masculino nem feminino. “Ele” diz que em seu mundo não há divisões ao longo de linhas sexuais e que os seres em seu nível de existência são indivisos. “Ele” diz que se chama Heyoan, que quer dizer: “O vento que sussurra a verdade através dos séculos”. Seu aparecimento na minha vida foi lenta e orgânica. A natureza do nosso relacionamento cresce todos os dias, á proporção que sou guiada para novos níveis de entendimento. Você o verá crescer quando passarmos juntos por essa aventura. Às vezes, eu simplesmente lhe chamo metáfora. Em todo o transcurso deste livro, partilharei com você alguns exemplos mais óbvios de orientação e da sua força. Aqui desejo mostrar-lhe a sua simplicidade e o modo como trabalha. O tipo mais simples de orientação surge-nos todos os dias, e muitas vezes por dia, em forma de mal-estar. Afirma Heyoan que, se nos limitássemos a prestar- lhe atenção e a segui-lo, raramente ficaríamos doentes. Em outras palavras, o fato de atentarmos para o incômodo que sentimos nos recoloca em equilíbrio e, portanto, nos devolve a saúde. Esse desconforto pode manifestar-se em nosso corpo de forma física, como mal-estar físico ou dor; pode manifestar-se em qualquer nível do nosso ser — emocional, mental ou espiritual. Pode manifestar-se em qualquer área da nossa vida. Heyoan pergunta: “Onde está o desconforto na vida do seu corpo? Há quanto tempo você sabe da sua existência? O que é que ele lhe diz? O que foi que você já fez a respeito?” Se responder a essas perguntas com toda a sinceridade, você verificará o quanto tem negligenciado o melhor instrumento que possui para manter-se saudável, feliz e sábio. Qualquer desconforto em qualquer lugar na vida do seu corpo é uma mensagem direta dirigida a você a respeito do quanto está fora de alinhamento com o seu verdadeiro eu. Seguir a orientação nesse nível simples resume-se em descansar quando 20 estamos cansados, em comer quando estamos com fome, e em comer o que o nosso corpo precisa e quando precisa. Significa cuidar de uma circunstância da vida que nos aborrece, ou modificá-la. Até que ponto fomos capazes de estruturar nossa vida para podermos fazer essas coisas? Convenhamos que a tarefa não é fácil. À proporção que presta mais atenção ás suas necessidades pessoais, reparando nas mensagens internas que lhe chegam em forma de desconforto, você se tornará mais equilibrado e mais claro. Isso lhe dará mais saúde. A prática de prestar atenção acabará por trazer-lhe também os fenômenos de orientação direta ou verbal. Você pode começar recebendo diretrizes verbais muito simples de uma voz “interior” - uma voz que você ouve dentro de si mesmo, mas que reconhece ter vindo de fora. Há dois pontos importantes acerca do aprender a seguir a orientação. O primeiro é que você precisa praticar a recepção da orientação para si mesmo antes de estar apto a recebê-lo para outros. O segundo é que as informações ou diretrizes que você receber poderão ser muito singelas e parecer, de início, totalmente destituídas de importância. Na realidade talvez se lhe afigure completa perda de tempo seguir qualquer uma delas. Acabei percebendo que existe uma razão para isso. Mais tarde, quando estiver canalizando informações importantes a respeito da vida de outra pessoa, ou informações específicas sobre uma doença, um canalizador profissional obterá informações que não farão sentido algum ou parecerão irrelevantes ou inteiramente erradas. Pode ser, mas, na maior parte do tempo, é a mente racional que funciona. As informações transmitidas através de um canal claro estão, muitas vezes, além do que a mente racional do canalizador pode compreender. Nessas ocasiões, o canalizador precisará de muita experiência anterior para se lembrar de todas as outras vezes em que as informações não faziam sentido quando eram transmitidas, embora mais tarde se revelassem utilíssimas e perfeitamente compreensíveis com a chegada da totalidade delas. Percebo agora que, durante a hora gasta em curar e canalizar, receberei informações de um modo não-linear que, aos poucos, vai criando uma imagem compreensível, que fornece maior número de informações do que seria possível de um modo simplesmente racional ou linear. Se prestar atenção, você começará a reconhecer uma orientação em todos os maiores padrões de sua vida. Por que um acontecimento se seguiu a outro? O que aproveitou de cada um deles? Não foi por acaso que comecei estudando física, depois para conselheira física, depois para conselheira e só depois me transformei em curadora. Todos esses estudos me prepararam para o trabalho da minha vida. Os estudos de física me proporcionaram uma estrutura de fundo, com a qual me foi possível examinar a aura. A prática do aconselhamento deu-me a base para compreender a psicodinâmica relacionada com o fluxo de energia no campo áurico, e também me ensejou a oportunidade de observar os campos áuricos de muitas pessoas. Eu não teria sido capaz de coligir este material sem os estudos e práticas mencionados. Na verdade, eu nem pensava em ser curadora quando fui trabalhar para a NASA. Nunca ouvira falar nessas coisas nem sentia interesse algum por doenças. Só me interessava o modo com que o mundo funcionava, o que o fazia 21 pulsar. Eu procurava respostas em toda parte. Esta sede de compreensão tem sido um dos mais poderosos agentes que me guiaram em todo o correr de minha vida. De que é que você tem sede? Por que anseia? Seja como for, a sede e o anseio o levarão ao que você precisa fazer para realizar o seu trabalho, mesmo que ainda não saiba que trabalho é esse. Se uma coisa lhe for apresentada facilmente, e tudo lhe parecer maravilhoso e muito divertido, faça-a. Isso é orientação. Deixe-se fluir livre com a dança da vida. Se não o fizer, estará obstruindo a orientação e o seu progresso. Momentos há em que o meu guiamento é mais óbvio do que em outros. Um determinado momento foi tão belo e profundo que me tem transportado, desde então, através de muitos tempos difíceis. Nessa ocasião, eu era conselheira em Washington, D.C. Durante as sessões em que tratava as pessoas, comecei a ver o que se pode chamar de vidas passadas. Eu via o individuo com quem estava trabalhando num cenário completamente diverso e numa estrutura diferente de tempo. Fosse ela qual fosse, a cena era importante para o que estava acontecendo na vida da pessoa. Por exemplo, uma mulher que tinha medo de água morrera afogada em outra existência, e encontrava dificuldade para pedir socorro nesta existência. Naquela em que morrera afogada, ninguém pudera ouvir-lhe os gritos de socorro quando ela caíra do barco. Essa dificuldade da personalidade interferia agora em sua vida mais do que o medo da água. Entretanto, eu não sabia lidar direito com todas essas informações. Comecei rezando para que me guiassem. Eu precisava encontrar uma pessoa, ou um grupo de pessoas, digna de confiança, capaz de manipular essas informações de maneira profissional. A resposta chegou uma noite, quando eu estava acampando numa praia na Ilha Assateague, em Maryland. Era uma noite chuvosa, de modo que eu cobrira a cabeça e o saco de dormir com uma coberta de plástico translúcido. No meio da noite, ouvi alguém chamar o meu nome e acordei. A voz era muito clara. “Não há ninguém aqui”, pensei, com os olhos postos no céu coberto de nuvens. Depois, de repente, compreendi que estava olhando para a coberta de plástico em cima da cabeça. Com um movimento largo do braço, lancei-o de mim e tornei a cair de costas, olhando, apavorada, para o céu cheio de estrelas, que piscavam. Ouvi os acordes de uma música celestial, tocada de uma estrela a outra, pelo céu. Encarei essa experiência como uma resposta ás minhas orações. Pouco depois, descobri o Phenícia Pathwork Center, ingressei nele e ali consegui o treinamento de que precisava para interpretar as vidas passadas e outras informações durante os nove anos seguintes da minha vida. Quando chegou para mim o momento de ter um consultório de aconselhamento na cidade de Nova York, dei tento dele por causa da veemência do meu impulso interior para fazê-lo. O local do consultório não era difícil de achar, e eu desejava uma mudança em minha vida, de modo que consultei o meu guia por escrito. Recebi um claro sim, e fui em frente. A pouco e pouco, fui orientada para transformar a prática do aconselhamento em prática de cura. Isso aconteceu “automaticamente”, como eu já disse, quando as pessoas começaram a procurar-me 24 Segunda Parte A AURA HUMANA “Os milagres não acontecem em contradição com a natureza, mas apenas em contradição com o que conhecemos da natureza.” Santo Agostinho 25 Introdução A EXPERIÊNCIA PESSOAL À proporção que nos permitimos desenvolver novas sensibilidades, principiamos a ver o mundo inteiro de maneira muito diferente. Começamos a prestar mais atenção a aspectos da experiência que antes nos pareciam periféricos. Surpreendemo-nos a usar uma nova linguagem para comunicar as novas experiências. Expressões como “vibrações más” ou “a energia ali era grande” estão se tornando comuns. Principiamos a notar e a dar mais crédito a experiências como a de encontrar alguém e a de gostar ou desgostar desse alguém, num instante, sem nada saber a seu respeito. Gostamos das suas “vibrações”. Podemos dizer quando alguém está olhando para nós e erguemos a vista para ver quem é. Podemos ter a sensação de que alguma coisa está por acontecer, e ela acontece. Pomo-nos a reparar na nossa intuição. “Sabemos” coisas, mas nem sempre sabemos como sabemos. Temos a sensação de que um amigo está se sentindo de certa maneira, ou necessita de alguma coisa e, quando nos preparamos para satisfazer a essa necessidade, descobrimos que estamos certos. Às vezes, durante uma discussão com alguém, sentimos que alguma coisa está sendo arrancada do nosso plexo solar, ou nos sentimos “apunhalados”, ou esmurrados no estômago, ou ainda como se alguém estivesse derramando um jarro de melaço denso, viscoso, sobre nós. Em compensação, às vezes nos sentimos cercados de amor, acarinhados por ele, banhados num mar de suavidade, de bênçãos e de luz. Todas essas experiências têm realidade nos campos de energia. O nosso velho mundo de sólidos objetos concretos está rodeado e impregnado de um mundo fluido de energia radiante, em constante movimento, em constante mutação, como o oceano. Em minhas observações no decurso de todos esses anos, tenho visto as contrapartes dessas experiências como formas dentro da aura humana, que consistem nos componentes observáveis e mensuráveis do campo de energia que envolve e penetra o corpo. Quando alguém foi “enganado” por um amante, o engano é literalmente visível para o clarividente. Quando você sente que alguma coisa está sendo arrancada do seu plexo solar, geralmente está. Isso pode ser visto pelo clarividente. Eu posso vê-lo. E você também poderá, se seguir a sua intuição e desenvolver os seus sentidos. Ajuda o desenvolvimento da Alta Percepção Sensorial refletir no que os cientistas modernos já aprenderam a respeito do mundo dos campos da energia dinâmica. Ajuda-nos a remover os obstáculos do cérebro, que nos impedem de ver que nós, também, estamos sujeitos a todas as leis universais. Diz-nos a ciência moderna que o organismo humano não é apenas uma estrutura física feita de moléculas, mas que, como tudo o mais, somos também compostos de campos de energia. Também fluímos e refluímos como o mar. Também mudamos constantemente. Como é que nós, seres humanos, lidamos com esse tipo de 26 informação? Adaptamo-nos a ela. Se essa realidade existe, desejamos experimentá- la. E os cientistas estão aprendendo a medir essas mudanças sutis, desenvolvendo instrumentos para detectar os campos de energia relacionados com o nosso corpo e a medir-lhes as freqüências. Eles medem as correntes elétricas do coração com o eletrocardiograma (ECG). Medem as correntes elétricas do cérebro com o eletroencefalograma (EEG). O detector de mentiras mede o eletropotencial da pele. Podem-se medir agora até os campos eletromagnéticos ao redor do corpo com um instrumento sensível chamado SQUID, que nem sequer toca o corpo quando mede os campos magnéticos à sua volta. O Dr. Samuel Williamson, da Universidade de Nova York, afiança que o SQUID oferece mais informações a respeito do funcionamento do cérebro do que o EEG comum. A medida que a medicina confia cada vez mais nesses instrumentos sofisticados, que medem os impulsos do corpo, a saúde, a moléstia e a própria vida estão sendo lentamente redefinidas em função dos impulsos e padrões de energia. Já em 1939, os Drs. H. Burr e F. Northrop, da Universidade de Yale, averiguaram que, pela mensuração do campo de energia da semente de uma planta (que chamaram de V, ou campo de vida), poderiam dizer quão saudável seria a planta proveniente dessa semente. Eles descobriram que, pela mensuração do campo dos ovos de uma rã, poderiam discernir a localização futura do sistema nervoso da rã. Outra mensuração dessa natureza indicou com precisão o tempo de ovulação em mulheres, o que possibilitaria a formulação de um novo método de controle da natalidade. Em 1959, o Dr. Leonard Ravitz, da William and Mary University, mostrou que o Campo da Energia Humana flutua de acordo com a estabilidade mental e psicológica da pessoa, sugerindo que existe um campo associado aos processos do pensamento. E deu a entender que a variação desse campo de pensamento provoca sintomas psicossomáticos. Em 1979, outro cientista, o Dr. Robert Becker, da Upstate Medical School, de Siracusa, Nova York, desenhou o mapa de um campo elétrico complexo sobre o corpo, com a forma do corpo e do sistema nervoso central. Ele deu a esse campo o nome de Sistema de Controle Corrente Direto e descobriu que ele muda de forma e de força com as mudanças fisiológicas e psicológicas. E também descobriu partículas que se movem através do campo com o tamanho de elétrons. O Dr. Victor Inyushin, da Universidade de Kazakh, na Rússia, vem realizando extensas pesquisas com o Campo da Energia Humana desde a década de 1950. Usando os resultados dessas experiências, ele sugere a existência de um campo de energia “bioplásmica”, composto de íons, prótons livres e elétrons livres. Sendo este um estado distinto dos quatro estados conhecidos da matéria — sólidos, líquidos, gases e plasma — Inyushin dá a entender que o campo de energia bioplásmica é um quinto estado da matéria. Suas observações mostraram que as partículas bioplásmicas, constantemente renovadas por processos químicos nas células, estão em contínuo movimento, parecendo tratar-se de um equilíbrio de partículas positivas e negativas dentro do bioplasma relativamente estável. Em 29 aqui à nossa insistência em ver-nos como objetos sólidos. Essa definição do Universo, como feito de objetos sólidos, era advogada principalmente por Isaac Newton e seus colegas, no fim do século XVII e no começo do século XVIII. A física newtoniana estendeu-se ao século XIX para descrever um universo composto d’e blocos fundamentais de construção, denominados átomos. Acreditava-se que os átomos newtonianos se compunham de objetos sólidos — um núcleo de prótons e nêutrons com elétrons girando em torno do núcleo de maneira muito parecida com a terra viajando ao redor do sol. A mecânica newtoniana descreveu com êxito os movimentos dos planetas, das máquinas mecânicas e dos fluidos em movimento contínuo. O enorme sucesso do modelo mecanístico levou os físicos do início do século XIX a acreditarem que o universo, com efeito, era um imenso sistema mecânico que funcionava de acordo com as leis do movimento de Newton, encaradas como as leis básicas da natureza, e considerava-se a mecânica newtoniana a teoria definitiva dos fenômenos naturais. Essas leis sustentavam firmemente as idéias do tempo e do espaço absolutos e dos fenômenos físicos rigorosamente causais da natureza. Tudo podia ser descrito objetivamente. Todas as reações físicas tinham uma causa física, como bolas que se chocam numa mesa de bilhar. Ainda não se conheciam as interações da energia e da matéria, como o rádio que toca música em respostas a ondas invisíveis. Nem ocorria a ninguém que o próprio experimentador influi nos resultados experimentais, não só em experiências psicológicas mas também em experiências físicas, como os físicos conseguiram demonstrar agora. Essa maneira de ver as coisas era muito confortadora e ainda o é para aqueles dentre nós que preferem ver o mundo sólido e em grande parte imutável, com conjuntos de regras muito claras e definidas governando o seu funcionamento. Grande parte da nossa vida de todos os dias ainda flui de acordo com a mecânica newtoniana. Pondo de lado os sistemas elétricos, nossos lares são, em grande extensão, newtonianos. Experimentamos nossos corpos de maneira mecânica. Definimos grande parte da nossa experiência em função do espaço tridimensional e do tempo linear absolutos. Todos possuímos relógios. Precisamos deles para continuar vivendo a nossa vida como a estruturamos principalmente de modo linear. Quando corremos de um lado para outro em nossa vida de todos os dias, num esforço para chegar sempre “a tempo”, é fácil ver-nos como mecânicos e perder de vista a experiência humana mais profunda dentro de nós. Pergunte a qualquer pessoa de que é feito o universo e ela, muito provavelmente, descreverá o modelo newtoniano do átomo (elétrons girando à volta de um núcleo de prótons e de nêutrons). Entretanto, se for levada à sua extensão literal, essa teoria nos coloca na posição um tanto ou quanto incômoda de pensar em nós como compostos de bolas minúsculas de pingue-pongue que rodopiam em volta umas das outras. Teoria de Campo No alvorecer do século XIX, descobriram-se novos fenômenos físicos, que 30 não podiam ser descritos pela física de Newton. O descobrimento e a investigação de fenômenos eletromagnéticos levaram ao conceito de um campo Definia-se o campo como uma condição do espaço capaz de produzir uma força. A antiga mecânica newtoniana interpretava a interação das partículas, carregadas positiva e negativamente, como prótons e elétrons, dizendo simplesmente que os dois tipos de partículas se atraem como duas massas. Entretanto, Michael Faraday e James Clerk Maxwell entenderam mais apropriado usar um conceito de campo e dizer que cada carga cria uma “perturbação” ou uma “condição” no espaço à sua volta, de modo que a outra carga, quando presente, sente uma força. Nasceu, assim, o conceito de um universo cheio de campos criadores de forças, que interagem umas com as outras. Surgia, afinal, uma estrutura científica com a qual podíamos começar a explicar nossa capacidade de influir uns nos outros à distância, através de meios que não a fala e a visão. Todos temos passado pela experiência de pegar no fone e saber quem está do outro lado antes de se pronunciarem quaisquer palavras. As mães sabem amiúde quando os filhos estão em dificuldade, não importa onde se encontrem. Isso pode ser explicado pela teoria de campo. No período compreendido entre os últimos quinze e vinte anos (cem anos antes dos físicos), quase todos estávamos começando a usar tais conceitos na descrição de nossas interações pessoais. Estamos começando a admitir que nós mesmos somos compostos de campos. Sentimos outra presença na sala sem ver nem ouvir ninguém (interação de campo); falamos em boas ou más vibrações, em mandar energia para os outros, ou em ler os pensamentos dos outros. Sabemos imediatamente se gostamos ou não de alguém, se nos daremos bem ou mal com esse alguém. Esse “saber” pode ser explicado pela harmonia ou desarmonia de nossas interações de campo. Relatividade Em 1905, Albert Einstein publicou a sua Teoria Especial da Relatividade e fez em pedaços todos os conceitos principais da maneira newtoniana de encarar o mundo. De acordo com a teoria da relatividade, o espaço não é tridimensional e o tempo não é uma entidade separada. Intimamente ligados entre si, formam ambos um contínuo tetradimensional, o “espaço-tempo”. Assim sendo, nunca podemos falar em espaço sem falar em tempo, e vice-versa. Ademais, não existe um fluxo universal de tempo; ou seja, o tempo não é linear, nem absoluto. O tempo é relativo. A saber, dois observadores ordenarão diferentemente no tempo uma série de eventos se moverem a velocidades diferentes em relação aos eventos observados. Por conseguinte, todas as mensurações que envolvem o espaço e o tempo perdem sua significação absoluta. Assim o tempo, como o espaço, se tornam meros elementos para descrever fenômenos. Conforme a teoria da relatividade de Einstein, em determinadas condições dois observadores poderão até ver dois eventos num tempo invertido; isto é, para o observador 1, o evento A terá ocorrido antes do evento B, ao passo que, para o observador 2, o evento B terá ocorrido antes do evento A. 31 O tempo e o espaço são tão fundamentais para as nossas descrições dos fenômenos naturais, e de nós mesmos, que sua modificação supõe uma modificação de toda a estrutura que usamos para descrever a natureza e a nós mesmos. Ainda não integramos essa parte da relatividade de Einstein em nossa vida pessoal. Quando temos uma visão psíquica de um amigo em dificuldade, a pique de cair de uma escada, por exemplo, anotamos a hora e telefonamos para o amigo, assim que podemos, para saber se ele está passando bem. Também queremos saber se a queda efetivamente se verificou, a fim de validar a nossa introvisão. Telefonamos e ficamos sabendo que o amigo não passou por nenhuma experiência desse gênero. Concluímos que nossa imaginação nos pregou uma peça, e invalidamos a experiência. A isso chamamos reflexão newtoniana. Precisamos ponderar, todavia, que estamos experimentando um fenômeno que não pode ser explicado pela mecânica newtoniana, mas nós a usamos para validar a experiência supersensória. Em outras palavras, o que vimos foi uma experiência real. Como o tempo não é linear, ela já pode ter ocorrido, pode estar ocorrendo no momento em que a vemos, e poderá ocorrer no futuro. Pode ser até uma ocorrência provável que nunca se manifestará. O fato de não haver acontecido no momento com o qual tentamos correlacioná-la não prova, de maneira alguma, que a introvisão a respeito da sua possibilidade estava errada. Se, todavia, na nossa introvisão do amigo, víssemos também uma folhinha e um relógio a indicar um tempo newtoniano, a introvisão incluiria essa informação sobre o contínuo espaço- tempo do evento. Seria mais fácil validá-la na realidade física newtoniana. Já é tempo de parar de invalidar a experiência que extrapola a maneira newtoniana de pensar e alargar a estrutura da realidade. Todos temos tido experiências de aceleração do tempo ou de perda da pista do tempo. Quando aprendemos a observar nossos estados de espírito, vemos que o nosso tempo pessoal varia com o nosso estado de espírito do momento e com as experiências que estamos tendo. Por exemplo, percebemos que o tempo é relativo quando vivemos um período muito longo, assustador, logo antes de nosso automóvel colidir com outro ou desviar-se dele na hora H. Esse tempo, medido pelo relógio, não passa de poucos segundos, para nós, entretanto, ele parece ter-se desacelerado. O tempo experimentado não se mede pelo relógio porque o relógio é um aparelho newtoniano destinado a medir o tempo linear, definido pela mecânica de Newton. Nossa experiência existe fora do sistema newtoniano. Já experimentamos, muitas vezes, encontrar-nos com alguém depois de vários anos de separação; mas é como se tivéssemos acabado de vê-lo na véspera. Na terapia de regressão, muitas pessoas experimentam eventos da infância como se estivessem ocorrendo no presente. Descobrimos também que nossa memória ordenou os eventos numa seqüência diversa da ordenada por outra pessoa que experimentou os mesmos sucessos. (Tente comparar as lembranças de infância com seus irmãos.) A cultura americana nativa, que não tinha relógios para criar o tempo linear, dividia-o em dois aspectos: o agora e todos os outros tempos. Os aborígines australianos também têm duas espécies de tempo: o que está passando e o Tempo 34 Além do Dualismo — o Holograma Descobriram os físicos que as partículas também podem ser ondas, porque não são ondas físicas reais, como as do som ou da água, senão, pelo contrário, ondas de probabilidade. As ondas de probabilidade não representam probabilidades de coisas, mas antes probabilidades de interconexões. Eis ai um conceito difícil de compreender mas, essencialmente, os físicos estão dizendo que não existe nada parecido com uma “coisa”. O que costumávamos chamar de “coisas” são, na realidade, “eventos” ou caminhos, que podem tornar-se eventos. Nosso velho mundo de objetos sólidos e leis deterministas da natureza está dissolvido agora num mundo de modelos de interconexões em forma de ondas. Conceitos como o de “partícula elementar”, “substância material” ou “objeto isolado” perderam o significado. O universo inteiro parece uma teia dinâmica de modelos inseparáveis de energia. Nessas condições, define-se como um todo dinâmico inseparável, que sempre inclui o observador de modo essencial. A ser o universo composto, de fato, de uma teia dessa natureza, nada existe (logicamente) parecido com uma parte. Assim sendo, não somos partes separadas de um todo. Somos um Todo. Recentemente, o físico Dr. David Bohm, em seu livro The Implicate Order, disse que as leis físicas principais não podem ser descobertas por uma ciência que tenta dividir o mundo em partes. Ele fala numa “ordem envolvida implícita” que existe num estado não-manifesto e é o fundamento sobre o qual repousa toda a realidade manifesta. À realidade manifesta ele chama “a ordem desenvolvida explícita”. “Vê-se que as partes estão em conexão imediata, na qual suas relações dinâmicas dependem, de maneira irredutível, do estado de todo o sistema . . . Desse modo, somos levados a uma nova noção de completitude indivisa, que nega a idéia clássica de que o mundo é analisável em partes que existem separada e independentemente.” Assevera o Dr. Bohm que a visão holográfica do universo é uma base avançada para se começar a compreender a ordem envolvida implícita e a ordem desenvolvida explicita. O conceito do holograma sustenta que cada pedaço representa exatamente o todo e pode ser utilizado para reconstruir o holograma inteiro. Em 1971, Dennis Gabor recebeu um Prêmio Nobel por haver construído o primeiro holograma, uma fotografia sem lente em que um campo de ondas de luz disseminada por um objeto era registrado como padrão de interferência sobre uma chapa. Quando se coloca o holograma ou o registro da fotografia num laser ou num raio de luz coerente, o padrão original de ondas se regenera numa imagem tridimensional. Cada pedaço do holograma é uma exata representação do todo e reconstruirá a imagem inteira. O Dr. Karl Pribram, renomado investigador do cérebro, durante um decênio acumulou provas de que a estrutura profunda do cérebro é essencialmente holográfica. Afirma ele que a pesquisa de muitos laboratórios, por meio de análises 35 sofisticadas de freqüências temporais e/ou espaciais, demonstra que o cérebro estrutura a vista, a audição, o paladar, o olfato e o tacto holograficamente. A informação é distribuída por todo o sistema, de sorte que cada fragmento produz a informação do conjunto. O Dr. Pribram utiliza o modelo do holograma para descrever não somente o cérebro, mas o universo também. Diz ele que o cérebro emprega um processo holográfico para absorver um domínio holográfico que transcende o tempo e o espaço. Os parapsicólogos têm procurado a energia capaz de transmitir a telepatia, a psicocinese e a cura. Do ponto de vista do universo holográfico, esses eventos emergem de freqüências que transcendem o tempo e o espaço; não precisam ser transmitidos. Potencialmente simultâneos, estão em toda parte. Quando falarmos dos campos de energia da aura neste livro, estaremos empregando termos muito arcaicos do ponto de vista dos físicos. O fenômeno da aura está claramente e ao mesmo tempo dentro e fora do tempo linear e do espaço tridimensional. Como no caso das anamneses que já apresentei, “vi” os acontecimentos da puberdade de Ed quando ele quebrou o cóccix, porque ele trazia a experiência consigo no campo de energia. A “traição” do amante é percebida no campo de energia atual, e o clarividente, ao que tudo indica, recua no tempo e testemunha o evento ‘tal qual aconteceu. Muitas experiências relatadas neste livro precisam de mais de três dimensões para serem explicadas; muitas parecem instantâneas. A capacidade de ver no interior do corpo, em qualquer nível, com uma resolução variável, implica o uso de dimensões adicionais. A capacidade de perceber acontecimentos do passado pela simples solicitação da informação, ou de ver um acontecimento provável e mudá-lo depois pela intervenção do processo de cura, implica o tempo não-linear. A capacidade de ver um acontecimento que ocorrera no futuro transcende o tempo linear. Se utilizarmos o conceito dos campos para descrever a aura, estaremos afundando no dualismo; isto é, separaremos o campo de nós e “o” observaremos como fenômeno que existe como “parte” de nós. Usaremos expressões como “o meu campo” e “a aura dela”, etc. Isso é dualístico. Preciso desculpar-me por isso e dizer que, francamente, neste ponto, sou totalmente incapaz de transmitir tais experiências sem utilizar as velhas estruturas. Da estrutura holográfica da realidade cada pedaço de aura não somente representa, mas também contém o todo. Assim sendo, só podemos descrever nossa experiência com um fenômeno que, ao mesmo tempo, observamos e criamos. Cada observação cria um efeito no modelo observado. Não somos apenas parte do modelo; somos o modelo. Ele é nós e nós somos ele, só que o termo “ele” agora precisa ser abandonado e substituído por outro, mais apropriado, para soltar os bloqueios que experimentamos no cérebro quando tentamos nos comunicar. Os físicos têm empregado as expressões “probabilidades de interconexões” ou “teia dinâmica de padrões inseparáveis de energia”. Quando começamos a pensar em função de uma teia dinâmica de padrões inseparáveis de energia, todos os 36 fenômenos áuricos descritos neste livro deixam de parecer inusitados ou estranhos Todas as experiências são interligadas. Portanto, se dermos tento disso e permitirmos que a intercoerência ingresse em nossos processos cognitivos, perceberemos todos os acontecimentos independentemente do tempo. Mas assim que dissermos “nós" teremos caído de volta no dualismo. difícil experimentar essa coerência quando nossa principal experiência de vida é dualista. A percepção holística estará fora do tempo linear e do espaço tridimensional e, por conseguinte, não será reconhecida com facilidade. Precisamos praticar a experiência holística para podermos reconhecê-la. A meditação é um dos meios de extrapolar os limites da mente linear e permite que a coerência de todas as coisas torne-se uma realidade exponencial. Essa realidade é muito difícil de comunicar por intermédio de palavras, porque fazemos uso delas de um modo linear. Precisamos desenvolver um vocabulário por meio do qual possamos levar-nos uns aos outros a essas experiências. Na meditação zen japonesa, os mestres dão aos discípulos uma frase curta para que se concentrem nela. A frase, chamada koan, destina-se a ajudar os alunos a ultrapassarem o pensamento linear. Eis aqui um dos meus favoritos: Qual é o som de uma só mão batendo palma? Minha reação a esse koan, tão conhecido, é ver-me estendida no universo, num modelo de som inaudito, que parece fluir para sempre. Coerência Superluminar Os cientistas agora estão descobrindo provas de uma coerência imediata universal dentro da estrutura da ciência, assim matemática como experimentalmente. Em 1964, o físico J. S. Beil publicou uma prova matemática, conhecida como o teorema de Beli. O teorema de Beil sustenta matematicamente o conceito de que as “partículas” subatômicas estão ligadas de um modo que ultrapassa o espaço e o tempo, de sorte que o que acontece numa partícula interessa a outras. O efeito, imediato, não precisa de “tempo” para ser transmitido. Segundo a teoria da relatividade de Einstein, uma partícula não pode viajar mais depressa do que a velocidade da luz. Segundo o teorema de Bell, os efeitos podem ser “superliminares” ou mais rápidos que a velocidade da luz. O teorema de Bell agora foi corroborado pela experimentação. Estamos falando de um fenômeno que está fora da teoria da relatividade de Einstein. Estamos tentando chegar além da dualidade onda/partícula. Daí que, mais uma vez, à medida que progride o estado da arte do equipamento científico, permitindo-nos sondar mais profundamente a matéria com maior sensibilidade, encontramos fenômenos que a teoria atual não explica. Quando essa espécie de sondagem aconteceu no fim do século XIX, a descoberta da eletricidade revolucionou o mundo e nos fez refletir ainda mais profundamente sobre quem somos nós. Quando isso aconteceu outra vez na década de 1940, a força atômica revolucionou o mundo. Parece que nos dirigimos agora para outro período 39 experiência meditativa como a experiência de alçar nossa consciência a uma freqüência mais elevada, de modo que ela possa experimentar a realidade dos nossos corpos, da nossa consciência e dos mundos mais altos em que existimos. Por isso mesmo examinemos os fenômenos do campo da energia para ver o que a ciência experimental pode dizer-nos. Revisão do Capítulo 4 1. Como influíram as opiniões científicas em nossos conceitos de nós mesmos? 2. Por que a visão de um mundo físico fixo deixou de ser prática para nós? 3. O que havia de tão importante nas contribuições de Faraday e de Maxwell para as idéias a respeito do modo com que o mundo funciona? 4. O que vem a ser a coerência superliminar e qual é a sua importância para a nossa vida de todos os dias? 5. Como pode a idéia da realidade multidimensional ajudar a descrever o Campo da Energia Humana? Alimento para reflexão 6. Imagine-se um holograma. Como é que isso o deixa sem limites? 40 Capítulo 5 HISTORIA DA INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA NO CAMPO DA ENERGIA HUMANA Embora os místicos não tenham falado em campos de energia nem em formas bioplásmicas, suas tradições, que remontam a mais de 5.000 anos em todas as partes do globo, se harmonizam com as observações que os cientistas começaram a fazer recentemente. Tradição Espiritual Adeptos de todas as religiões falam em experimentar ou enxergar luz em torno da cabeça das pessoas. Através de práticas religiosas, como a meditação e a oração, eles atingem estados de consciência ampliada que lhes abrem as capacidades da Percepção Sensorial Elevada. Antiga tradição espiritual indiana, de mais de 5.000 anos, menciona uma energia universal denominada Prana, vista como o constituinte básico e a origem de toda a vida. Prana, o alento da vida, move-se através de todas as formas e lhes dá vida. Os iogues praticam-lhe a manipulação por meio de técnicas de respiração da meditação e de exercícios físicos destinados a manter estados alterados de consciência e a juventude muito além do espaço normal de vida. Os chineses, no terceiro milênio a.C., postulavam a existência de uma energia vital a que davam o nome de Ch'i. Toda a matéria, animada ou inanimada, se compõe dessa energia universal e dela se impregna. O Ch'i contém duas forças polares, o yin e o yang. Quando o yin e o yang estão equilibrados, o sistema vivo estadeia saúde física; quando, porém, estão desequilibrados, daí resulta um estado mórbido. Um excesso de força do yang redunda em atividade orgânica demasiada. Quando o yin predomina, é causa de funcionamento insuficiente. Qualquer um desses desequilíbrios acarreta uma moléstia física. A antiga arte da acupuntura se concentra na equilibração dessas duas forças, o yin e o yang. A Cabala, teosofia mística judaica que teve inicio por volta de 538 a.C., refere-se às mesmas energias como a luz astral. As pinturas religiosas cristãs retratam Jesus e outras figuras espirituais cercadas de campos de luz. No Antigo Testamento, existem inúmeras referências à luz em torno das pessoas e ao aparecimento de luzes, mas, no correr dos séculos, esses fenômenos perderam o significado original. A estátua de Moisés, de Miguel Ângelo, por exemplo, mostra o karnaeem como dois chifres na cabeça em lugar dos dois raios de luz a que o termo originalmente se referia. Em hebraico, essa palavra tanto significa chifre como luz. Em seu livro Future Science, John White enumera 97 culturas diferentes que se referem aos fenômenos áuricos com 97 nomes diferentes. Muitos ensinamentos esotéricos — os antigos textos védicos hindus, os teosofistas, os rosa-cruzes, o povo da Medicina Americana Nativa, os budistas 41 tibetanos e indianos, a Sra. Blavatsky e Rudolph Steiner, para citar apenas alguns — descrevem pormenorizadamente o Campo da Energia Humana. Ha pouco tempo, muita gente com estudos científicos modernos adicionou algumas observações num nível físico, concreto. Tradição Científica: de 500 a.C. até o Século XIX Em todo o discurso da história, a idéia de uma energia universal que impregna toda a natureza foi defendida por muitas mentes cientificas ocidentais. Essa energia vital, percebida como um corpo luminoso, foi registrada, pela primeira vez na literatura ocidental, pelos pitagóricos, por volta de 500 a.C. Sustentavam eles que a sua luz produzia uma série de efeitos no organismo humano, incluindo a cura de doenças. No século XII, dois eruditos, Boirac e Liebeault, viram que os humanos possuem uma energia capaz de causar interação entre indivíduos à distância. Relataram eles que uma pessoa pode exercer um efeito salubre ou insalubre sobre outra com sua simples presença. O douto Paracelso, na Idade Média, chamou a essa energia “Illiaster” e disse que “Illiaster” se compõe ao mesmo tempo de força vital e de matéria vital. O matemático Helmont, no século XIX, visualizou um fluido universal que impregna toda a natureza e que não é uma matéria corpórea e condensável, mas um espírito vital puro, que penetra todos os corpos. Segundo Leibnitz, o matemático, os elementos essenciais do universo são centros de força que contêm o seu próprio manancial de movimento. Outras propriedades dos fenômenos da energia universal foram observados, no século XIX, por Helmont e Mesmer, o fundador do mesmerismo, que depois se transformou em hipnotismo. Afirmaram eles que os objetos animados e inanimados podiam ser carregados com esse “fluido” e que os corpos materiais podiam exercer influência uns sobre os outros à distância, o que subentendia a existência de um campo de certo modo idêntico ao campo eletromagnético. O Conde Wilhelm von Reichenbach passou 30 anos, em meados do século XIX, fazendo experiências com o “campo”, a que dava o nome de força “ódica”. Ele descobriu que essa força exibia muitas propriedades semelhantes às do campo eletromagnético que James Clerk Maxwell descrevera anteriormente no século XIX. Ele também descobriu que muitas propriedades eram exclusivas da força ódica e determinou que os pólos de um ímã exibiam não só a polaridade magnética mas também uma polaridade única, associada ao “campo ódico”. Outros objetos, como os cristais, manifestam igualmente a polaridade única sem que eles mesmos sejam magnéticos. Os pólos do campo da força ódica têm como propriedades subjetivas o serem “quentes, vermelhos e desagradáveis”, ou “azuis, frios e agradáveis” à observação de indivíduos sensíveis. Além disso, precisou que pólos opostos não se atraíssem, como acontece no eletromagnetismo. Descobriu que, com a força ódica, pólos semelhantes se atraem — ou o semelhante atrai o semelhante. Esse é um fenômeno áurico importantíssimo, como veremos mais adiante. Von Reichenbach estudou a relação entre as emissões eletromagnéticas do 44 muita precisão, os problemas médicos — desde perturbações cerebrais até obstruções do cólon. Tais observações do corpo etérico revelam a existência de um corpo ou campo de energia vital, que forma a matriz, a qual penetra o denso corpo físico como teia reluzente de raios de luz. Essa matriz energética é o modelo básico sobre o qual se afeiçoa e firma a matéria física dos tecidos, que só existem como tais por força do campo vital que os sustenta. O Dr. Karagulla também correlacionou a perturbação dos chakras com a doença. A sensitiva Dianne, por exemplo, qualificou o chakra da garganta de um paciente de superativa, com uma coloração vermelha e cinza escura. Quando Dianne olhou para a tireóide, notou-lhe uma contextura demasiado esponjosa e mole. O lado direito da tireóide não funcionava tão bem quanto o esquerdo. De acordo com o diagnóstico levado a cabo com técnicas médicas normais, o paciente era portador da moléstia de Graves, que provoca a dilatação da tireóide, de modo que o lobo direito se apresenta maior do que o esquerdo. A Dra. Dora Kunz, Presidente da Seção Americana da Sociedade Teosófica, trabalhou durante muitos anos com profissionais da medicina e com curas. Em The Spiritual Aspects of the Healing Arts, ela observou que, “quando o campo vital é saudável, há em seu interior um ritmo autônomo natural”, e que “cada órgão do corpo tem o ritmo energético correspondente no campo etérico. Entre as esferas dos vários órgãos, os ritmos diferentes interagem como se estivesse ocorrendo uma função de transferência; estando o corpo inteiro e sadio, os ritmos se transferem facilmente de órgão para órgão. Com a patologia, porém, tanto os ritmos como os níveis de energia se modificam. O resíduo, por exemplo, de uma apendicectomia cirúrgica pode ser percebido no campo. Os tecidos físicos agora adjacentes uns aos outros têm a função de transferência de energia alterada em relação à que foi anteriormente modulada pelo apêndice. Em física, dá-se-lhe o nome de combinação de impedância ou má combinação. Cada tecido adjacente apresenta uma ‘combinação de impedância’, o que quer dizer que a energia flui facilmente através de todo o tecido. A cirurgia ou a enfermidade modifica a combinação de impedância, de modo que a energia, até certo ponto, é mais dissipada do que transferida”. O Dr. John Pierrakos criou um sistema de diagnóstico e tratamento de distúrbios psicológicos baseado em observações visuais do campo da energia humana e de observações derivadas do pêndulo. A informação tirada de suas observações dos corpos de energia combina-se com métodos psicoterapêuticos do corpo desenvolvidos em Bioenergética e com um trabalho conceptual levado a efeito por Eva Pierrakos. Denominado Energética do Núcleo, esse é um processo unificado de cura interior, que concentra o trabalho através das defesas do ego e da personalidade para desobstruir as energias do corpo. A Energética do Núcleo procura equilibrar todos os corpos (físico, etérico, emocional, mental e espiritual) para lograr uma cura harmoniosa da pessoa inteira. Do trabalho acima, e de outros, concluo que as emissões de luz do corpo humano estão intimamente relacionadas com a saúde. Adianto que é muito difícil encontrar um modo de quantificar as emissões de luz sem ter à mão uma 45 instrumentação padronizada de medição que torne a informação acessível aos médicos para o diagnóstico clínico e para a própria energia útil ao tratamento. Meus colegas e eu realizamos diversas experiências para medir o CEH. Numa delas, o Dr. Richard Dobrin, o Dr. John Pierrakos e eu medimos o nível de luz num comprimento de onda de aproximadamente 350 nanômetros numa sala escura, antes, durante e depois da presença de indivíduos ali. Os resultados evidenciam ligeiro aumento de luz na sala escura quando se acham presentes algumas pessoas. Num caso, o nível de luz realmente diminuiu, alguém que se sentia muito cansado e cheio de desespero estava presente. Em outra experiência, feita com o Clube de Parapsicologia das Nações Unidas, foi-nos possível mostrar parte do campo áurico na televisão em branco e preto com o emprego de um dispositivo chamado colorizador, que nos permite ampliar grandemente as variações de intensidade da luz perto do corpo. Em outra experiência ainda, realizada na Drexel University, com o Dr. William Eidson e Karen Gestla (sensitiva que trabalhou com o Dr. Rhine na Duke University durante muitos anos), conseguimos afetar, quer dobrando, quer atenuando, um pequeno raio laser de dois miliwatts com energia áurica. Todas essas experiências ajudaram a comprovar a existência dos campos de energia, mas não foram concludentes. Expuseram-se os resultados em âmbito nacional na rede de televisão da NBC, mas não se levaram a cabo novas pesquisas por falta de verbas. No Japão, Hiroshi Motoyama mediu níveis baixos de luz provenientes de pessoas que praticaram ioga por muitos anos. Ele fez esse trabalho numa sala escura, utilizando uma câmara de cinema de nível de luz baixo. O Dr. Zheng Rongliang, da Universidade de Lanzhou, na República Popular da China, mediu a energia (denominada “Qi” ou “Ch’i”) irradiada pelo corpo humano, empregando um detector biológico feito da veia de uma folha ligada a um dispositivo de fotoquantum (destinado a medir a luz baixa). Ele estudou as emanações de um campo de energia de um Mestre de Qigong (o Qigong é uma antiga forma chinesa de exercício de saúde) e as emanações do campo de energia de um clarividente. Os resultados dos estudos mostram que o sistema de detecção corresponde à irradiação em forma de pulsação. A pulsação que emana da mão do Mestre de Qigong é muito diferente da que provém da mão do clarividente. Mostrou-se no Instituto Nuclear Atômico de Xangai da Academia Sinica que algumas emanações de força vital dos mestres de Qigong parecem ter uma onda de som de freqüência muito baixa, que se apresenta como onda portadora flutuante de baixa freqüência. Em alguns casos, o Qi também era detectado como um fluxo de micropartículas. O tamanho dessas partículas era, aproximadamente, de 60 micros de diâmetro e desenvolviam uma velocidade de cerca de 20-50 cm por segundo (ou 8-20 polegadas por segundo). Faz alguns anos que um grupo de cientistas soviéticos do Instituto de Bioinformações de A. 5. Popow anunciou haver descoberto que organismos vivos emitem vibrações de energia numa freqüência que oscila entre 300 e 2.000 nanômetros, e deu a essa energia o nome de biocampo ou bioplasma. Verificaram os cientistas soviéticos que pessoas capazes de levar a efeito uma transferência bem- sucedida de bioenergia possuem um biocampo muito mais amplo e muito mais forte. 46 Tais descobertas, confirmadas na Academia de Ciências Médicas de Moscou, são corroboradas por pesquisas feitas na Grã-Bretanha, na Holanda, na Alemanha e na Polônia. O estudo mais emocionante que vi sobre a aura humana foi feito pela Dra. Valorie Hunt e outros da UCLA. Numa análise dos efeitos do rolfing sobre o corpo e a psique (“estudo do campo de energia neuromuscular estrutural e dos enfoques emocionais”), ela registrou a freqüência de sinais de milivoltagem baixa emitidos pelo corpo durante uma série de sessões de rolfing. Para fazer os registros, utilizou eletrodos elementares feitos de prata/cloreto de prata colocados sobre a pele. Simultaneamente, com o registro dos sinais eletrônicos, a Rev. Rosalyn Bruyere, do Centro de Luz Curativa, de Glendale, na Califórnia, observou as auras não só do agente da sessão, como também do seu paciente. Seus comentários foram registrados na mesma fita de gravação dos dados eletrônicos. Ela fez um registro contínuo da cor, do tamanho e dos movimentos da energia dos chakras e das nuvens áuricas envolvidos. Em seguida, os cientistas analisaram, à luz da matemática, os modelos de ondas registrados por uma análise de Fourier e uma análise da freqüência de um sonograma. Ambas ostentaram resultados notáveis. Formas e freqüências constantes de ondas correlacionavam-se especificamente com as cores registradas pela Rev. Bruyere. Em outras palavras, quando a Rev. Bruyere observava a cor azul na aura, em qualquer localização específica, as mensurações eletrônicas mostravam sempre a forma e a freqüência de ondas azuis, características nas mesmas localizações. A Dra. Hunt repetiu a experiência com sete outros leitores de auras. Eles viram cores áuricas que se correlacionavam com os mesmos modelos de freqüência/onda. Os resultados de fevereiro de 1988 da pesquisa em andamento mostram as seguintes correlações entre a cor e a freqüência (Hz = Hertz, ou ciclos por segundo): Essas faixas de freqüência, excetuando-se as faixas extras no azul e no violeta, estão em ordem inversa à das cores do arco-íris. As freqüências medidas são uma assinatura da instrumentação e da energia que está sendo medida. Diz a Dra. Hunt: “Em todo o correr dos séculos em que os sensitivos viram e descreveram as emissões áuricas, esta é a primeira prova eletrônica objetiva da freqüência, da amplitude e do tempo, que lhes valida a observação subjetiva da descarga de cor.” O fato de as freqüências de cor aqui descobertas não duplicarem as da luz Azul 250-275 Hz mais 1.200 Hz Verde 250-475 Hz Amarelo 500-700 Hz Laranja 950-1.050 Hz Vermelho 1.000-1.200 Hz Violeta 1.000-2.000 mais 300-400; 600-800 Hz Branco 1.100-2.000 Hz 49 Capítulo 6 O CAMPO DA ENERGIA UNIVERSAL Quando, já adulta, comecei a ver de novo os campos da energia vital, tornei-me cética e confusa. Ainda não encontrara a literatura (mencionada nos dois capítulos anteriores), nem recebera nenhuma das orientações citadas no Capítulo 3. Está visto que, como cientista, eu conhecia os campos de energia, mas eles eram impessoais e definidos por fórmulas matemáticas. Estariam realmente ali? Teriam algum significado? Não estaria eu fabricando minhas experiências? Seria aquilo mera suposição de que a coisa existia só porque eu queria que ela existisse, ou eu estava experimentando outra dimensão da realidade dotada de significado, ordenada e sumamente útil á compreensão das circunstâncias da minha vida atual e, com efeito, da vida como um todo? Eu já lera a respeito dos milagres de antanho, mas todos tinham acontecido, no passado, a alguém que eu não conhecia. Muita coisa parecia boato e fantasia. A parte da física que havia em mim precisava de observação e de controle para provar que esses fenômenos eram “reais ou irreais”. Por isso comecei a coligir dados, isto é, experiências pessoais, a fim de ver se ajustavam a alguma forma ou sistema lógico, como se ajusta o mundo físico. Eu acreditava, como Einstein, que “Deus não joga dados com o Universo”. Descobri que os fenômenos que eu observava eram muito parecidos com o mundo com o qual eu estava familiarizada, bem ordenado na forma, no formato e na cor, e claramente baseado em relações de causa e efeito. Mas havia sempre algo mais ali, alguma coisa que continuava desconhecida, inexplicável, um mistério. Cheguei a compreender quão tediosa seria a vida sem o mistério desconhecido que vivia dançando diante de nós à medida que nos movíamos através . do quê? Do tempo e do espaço? Eu costumava pensar assim. Vejo agora que nos movemos através de experiências pessoais de “realidade” — pensando, sentindo, experimentando, sendo, fundindo-nos, individualizando-nos, apenas para fundir-nos outra vez numa dança infinita de transformação, à proporção que a alma se forma, cresce e caminha para Deus. O que eu observava se correlacionava com os muitos livros esotéricos escritos sobre a aura e os campos de energia. As cores se correlacionavam; os movimentos, os formatos e as formas se correlacionavam. A maior parte do que leio, costumo ler depois de fazer minhas observações, como se uma mão invisível quisesse que eu primeiro experimentasse um fenômeno antes de ler alguma coisa sobre ele, de modo que não pudesse projetar nenhuma imagem mental formada a partir da minha leitura. Agora acredito com firmeza na experiência de guiamento, que se move através da minha vida inteira e a impregna como uma canção, sempre me conduzindo a novas experiências, a novas lições, à proporção que cresço e me desenvolvo como ser 50 humano. Exercício para Ver os Campos de Energia Vital do Universo A maneira mais fácil de começarmos a observar o campo de energia do universo é, simplesmente, deitar-nos de costas, relaxados, na grama, num bonito dia de sol, e olhar para o céu azul. Volvido algum tempo, veremos minúsculos glóbulos de orgone formando linhas onduladas contra o céu azul. Parecem minúsculas bolinhas brancas, às vezes com um ponto preto, que surgem por um segundo ou dois, deixam um ligeiro traço e tornam a desaparecer. Se você persistir na observação e expandir a visão, começará a ver que todo o campo pulsa num ritmo sincronizado. Nos dias de sol, as minúsculas bolinhas de energia, brilhantes, movem-se depressa. Nos dias enevoados, mais translúcidas, movem-se devagar e são em menor número. Numa cidade envolta em névoa e fumaça, são menos abundantes, escuras, e movem-se muito devagar. Estão subcarregadas. Os glóbulos mais numerosos e mais brilhantemente carregados que já observei foi nos Alpes Suíços, onde há muitos dias ensolarados e a neve cobre tudo com densas correntes. Aparentemente, a luz do sol carrega os glóbulos. Agora, transfira o olhar para a borda dos cimos das árvores erguidas contra o céu azul. Verá uma névoa fina ao redor delas. Por curioso que pareça, você também notará que não há glóbulos na névoa. Mas se olhar com mais atenção, verá os glóbulos na borda da névoa verde, modificando o seu padrão ondulado e fluindo para a aura da árvore, onde desaparecem. Aparentemente, a aura da árvore absorve os glóbulos minúsculos. O verde ao redor da árvore aparece na fase da folheação, durante a primavera e o verão. No início da primavera, a aura da maioria das árvores apresenta uma tonalidade entre cor-de-rosa e avermelhada, semelhante à cor dos brotos vermelhos das árvores. Se você olhar com atenção para uma planta de casa, verá um fenômeno semelhante. Coloque a planta debaixo de luzes brilhantes com um fundo de quadro escuro atrás dela. Verá linhas de cintilação verde-azulada subindo pela planta, ao longo das folhas, na direção em que ela cresce. Elas cintilarão de repente; depois a cor se esvai, aos poucos, apenas para cintilar outra vez no lado oposto da planta. Essas linhas reagirão à sua mão ou a um pedaço de cristal, se você os aproximar da aura da planta. Quando afastar o cristal, verá que a aura da planta e a aura do cristal se esticarão para manter contato. Elas puxam como bala de goma (Veja a figura 6-1). Tentei ver, certa vez, o efeito da folha fantasma, do qual tanto se fala na fotografia Kirlian. Empregando os métodos da fotografia Kirlian, houve quem fotografasse a imagem de uma folha inteira depois que a metade lhe fora cortada. Observei a aura da folha. Era de um azul médio. Quando a cortei, a aura de toda a folha apresentou uma coloração castanho-avermelhada. Voltei atrás e pedi desculpas à planta. Quando se restabeleceu a cor azul, num ou dois minutos, mostrava sinais definidos da parte que faltava, mas não tão claros quanto eu os vira nas fotografias 51 Kirlian (Veja a Figura 6-2). Figura 6-1: O efeito da pedra na aura da planta Os objetos inanimados também têm aura. A maioria dos objetos pessoais, impregnados da energia do dono, irradiam essa energia. As gemas e os cristais mostram auras interessantes com muitos padrões acamados e complicados, que podem ser usados na cura. A ametista, por exemplo, tem uma aura dourada, com raios de ouro que partem de suas pontas naturalmente facetadas. Características do Campo de Energia Universal Como ficou dito no Capítulo 5, o CEU (Campo de Energia Universal), conhecido e observado através dos séculos, tem sido estudado desde os tempos históricos mais remotos. Cada cultura tinha um nome diferente para o fenômeno do campo de energia e o encarava do seu ponto de vista particular. Quando descrevia o que via, cada cultura encontrava propriedades básicas semelhantes no CEU. À proporção que o tempo foi passando e se desenvolveu o método científico, a cultura ocidental pôs-se a investigar o CEU de maneira mais rigorosa. À medida que o estado da arte do nosso equipamento científico se torna mais sofisticado, habilitamo-nos para medir qualidades mais finas do CEU. Dessas investigações podemos conjeturar que o CEU se compõe, provavelmente, de uma energia ainda não definida pela ciência ocidental, ou possivelmente de uma matéria de substância mais fina do que a que geralmente julgamos participar da constituição 54 Capítulo 7 O CAMPO DA ENERGIA HUMANA OU A AURA HUMANA O Campo da Energia Humana é a manifestação da energia universal intima- mente envolvida na vida humana. Pode ser descrito como um corpo luminoso que cerca o corpo físico e o penetra, emite sua radiação característica própria e é habitualmente denominado “aura”. A aura é a parte do CEU associada a objetos. A aura humana, ou Campo da Energia Humana (CEH), é a parte do CEU associada ao corpo humano. Estribados nas suas observações, os pesquisadores criaram modelos teóricos que dividem a aura em diversas camadas. Essas camadas, às vezes, chamadas corpos, se interpenetram e cercam umas às outras em camadas sucessivas. Cada corpo se compõe de substâncias mais finas e de “vibrações” mais altas à medida que se afasta do corpo físico. Exercício para Ver a Aura Humana Para você começar a sentir o CEH recomendo-lhe alguns exercícios. Se você, por exemplo, se achar num grupo de pessoas, faça-as formarem um círculo dando-se as mãos. Deixe que a energia do campo áurico dessas pessoas flua em torno do círculo. Sinta-o pulsar por algum tempo. Para que lado vai ele? Verifique para que lado ele vai no entender do seu vizinho imediato. As opiniões de vocês são correlatas? Agora, sem mudar coisa alguma, ou sem mover as mãos, interrompa o fluxo de energia. Mantenha-o assim por algum tempo (todos ao mesmo tempo) e, em seguida, deixe-o fluir novamente. Tente de novo. Sente a diferença? Que é o que mais lhe agrada? Agora faça o mesmo com um parceiro. Sente-se defronte dele e toquem as palmas das mãos um do outro. Deixe fluir a energia naturalmente. Para que lado ela vai? Mande energia da palma da mão esquerda; a seguir, permita que ela volte e entre na palma da mão direita. Inverta o processo. Agora detenha o fluxo. Em seguida tente empurrá-lo para fora das duas mãos ao mesmo tempo. Empurrar, puxar e parar são três modos básicos de manipular a energia na cura. Pratique bastante. Feito isso, deixe caírem as mãos; mantenha as palmas a uma distância de cerca de 50 a 126 mm uma da outra; lentamente, movimente as mãos para trás e para a frente, diminuindo e aumentando o espaço entre elas. Construa qualquer coisa entre as mãos. Pode senti-lo? O que lhe parece que é? Agora, separe ainda mais as mãos uma da outra, coisa de oito a dez polegadas (203,12 a 253,9 mm). A seguir, devagarzinho, junte-as de novo até sentir uma pressão que lhe empurra as mãos para fora, de tal sorte que você se vê obrigado a usar um pouquinho mais de força para juntar as mãos outra vez. Você agora tocou as bordas de um dos seus corpos de energia. Se suas mãos estiverem separadas por uma distância de uma a uma e um quarto de polegada (25,39 a 29,73 mm), você terá juntado as bordas do seu corpo 55 etérico (primeira camada da aura). Se suas mãos estiverem separadas por uma distância de três a quatro polegadas (76,17 a 101,56 mm), você terá juntado as bordas do seu corpo emocional (segunda camada da aura). Agora, movimente com muito cuidado as mãos, aproximando-as uma da outra até sentir realmente a borda externa do corpo emocional ou até sentir o campo de energia da mão direita tocar a pele da mão esquerda. Mova a palma direita cerca de uma polegada (25,39 mm) mais perto da palma esquerda. Sinta o formigar do dorso da mão esquerda no momento em que toca a borda do seu campo de energia. O campo de energia da mão direita atravessou, pura e simplesmente, a mão esquerda! Agora, afaste as mãos uma da outra e mantenha-as separadas por uma distância aproximada de sete polegadas (177,73 mm). Aponte o dedo indicador direito para a palma da mão esquerda, certificando-se de que a ponta do dedo está cerca de meia a uma polegada (12,69 a 25,39 mm) de distância da palma. Agora, desenhe círculos na palma da mão. O que sente? Cócegas? O que é isso? Com a luz indistinta na sala, faça as pontas dos dedos de suas mãos apontarem umas para as outras. Coloque as mãos defronte do rosto a uma distância aproximada de dois pés (60,94 cm). Certifique-se de que há no fundo uma parede branca e lisa. Relaxe os olhos e fite-os suavemente no espaço entre as pontas dos dedos, que deverão estar separadas umas das outras por uma polegada e meia (38,08 mm) de distância. Não olhe para a luz brilhante. Deixe os olhos se relaxarem. O que vê? Aproxime as pontas dos dedos umas das outras e depois afaste-as ainda mais. O que está acontecendo no espaço entre os dedos? O que é que você vê ao redor da mão? devagarzinho, mova uma das mãos para cima e a outra para baixo, de sorte que dedos diferentes apontem uns para os outros, O que está acontecendo agora? Perto de 95% das pessoas que experimentam fazer este exercício vêem alguma coisa. Todas sentem alguma coisa. Se você quiser conhecer as respostas para as perguntas acima, espere chegar ao fim deste capitulo. 56 Depois que tiver praticado esses exercícios e os do Capítulo 9, que trata da observação das auras de outras pessoas, você começará a ver as primeiras camadas da aura como elas aparecem na Figura 7-IA. Mais tarde, quando estiver acostumado a distinguir as camadas inferiores, poderá praticar os exercícios de percepção sensorial mais elevada, como os descritos nos Capítulos 17, 18 e 19. Com o aumento da abertura do seu terceiro olho (o sexto chakra), você começará a ver os níveis mais elevados da aura. (Figura 7-1B.) Agora, a maioria dos leitores terá sentido, visto e experimentado os níveis inferiores da aura; passemos, portanto, à sua descrição. A Anatomia da Aura Existem muitos sistemas que as pessoas criaram a partir das suas observações para definir o campo áurico. Todos eles dividem a aura em camadas, que definem pela localização, pela cor, pelo brilho, pela forma, pela densidade, pela fluidez e pela função. Cada sistema se engrena no tipo de trabalho que o individuo está “fazendo” com a aura. Os dois sistemas mais semelhantes ao meu são os de Jack Schwarz, que tem mais de sete camadas e vai descrito em seu livro, Human Energy Systems, e o da Rev. Rosalyn Bruyere, do Centro de Luz Curativa de Glandale, na Califórnia. O sistema da Rev. Rosalyn, um sistema de sete camadas, está descrito em seu livro Wheels of Light, A Study of the Chakras. 59 O Dr. David Tansley, especialista em eletrônica, em seu livro Radionies and the Subtie Bodies of Man, afirma que os sete chakras principais se formam nos pontos em que as linhas permanentes de luz se entrecruzam vinte e uma vezes. Os 21 chakras menores estão localizados em pontos em que a energia permanece cruzada 14 vezes. (Veja Figura 7-2B). Encontram-se nas seguintes localizações: um à frente de cada orelha, um acima de cada lado do peito, um onde se juntam as clavículas, um na palma de cada mão, um na sola de cada pé, um logo atrás de cada olho (que não se mostram na figura), um relacionado com cada gônada, um perto do fígado, um ligado ao estômago, dois ligados ao baço, um atrás de cada joelho, um perto do timo e um perto do plexo solar. Esses chakras têm apenas cerca de três polegadas (76,17 mm) de diâmetro e estão a uma polegada (25,39 mm) de distância do corpo. Os dois chakras menores, localizados nas palmas das mãos, são muito importantes para a cura. Nos pontos em que as linhas de energia se cruzam sete vezes, criam-se até vórtices menores. Existem muitos centros minúsculos de força onde as linhas se cruzam menos vezes. Diz Tansely que esses vórtices diminutos podem corresponder aos pontos de acupuntura dos chineses. Cada chakra principal na parte dianteira do corpo se emparelha com sua contraparte na parte traseira e, juntos, são considerados o aspecto anterior e o posterior do chakra. Os aspectos frontais relacionam-se com os sentimentos da pessoa, os dorsais com a sua vontade e os três localizados na cabeça com os seus processos mentais. Estes se vêem na Figura 7-3. Assim sendo, o chakra nº 2 tem um componente 2A e um componente 2B, e o chakra n9 3 tem um componente 3A e um componente 3B, e assim por diante até o sexto chakra. Podemos considerar, se quisermos, os chakras 1 e 7 emparelhados porque são os extremos abertos da corrente principal de força vertical, que corre para cima e para baixo da espinha, e para a qual todos os chakras estão voltados. 60 As pontas ou extremidades dos chakras, onde eles se ligam à corrente de força principal, são chamadas raízes ou corações dos chakras. Dentro desses corações existem selos que controlam a troca de energia entre camadas da aura através do chakra. Ou seja, cada um dos sete chakras tem sete camadas, cada uma das quais corresponde a uma camada do campo áurico. Cada chakra parece diferente em cada camada, como será descrito circunstancialmente na exposição sobre cada camada. A fim de que certa energia flua de uma camada para outra através do chakra, terá de passar pelos selos nas raízes dos chakras. A Figura 7-4 mostra o campo áurico com as sete camadas interpenetrantes e as sete camadas interpenetrantes dos chakras. Vê-se a energia fluindo para todos os chakras, proveniente do Campo da Energia Universal (Figura 7-3). Cada vórtice rodopiante de energia parece sugar ou levar consigo energia do CEU. Os chakras dão a impressão de funcionar como os vórtices fluidos com os quais estamos familiarizados na água ou no ar, como remoinhos, ciclones, trombas d’água e furacões. A extremidade aberta de um chakra 61 normal na primeira camada da aura tem cerca de seis polegadas (152,34 mm) de diâmetro a uma distância de uma polegada (25,39 mm) do corpo. A Função dos Sete Chakras Cada um desses vórtices troca energia com o Campo de Energia Universal. Desse modo, quando dizemos sentir-nos “abertos”, estamos dizendo literalmente a verdade. Todos os chakras maiores, menores, mais ou menos importantes e os pontos de acupuntura são aberturas por onde entra e sai a energia da aura. Somos quais esponjas no mar de energia que nos cerca. Como essa energia está sempre associada a uma forma de consciência, sentimos a energia que trocamos em termos de visão, audição, sentimento, sensação, intuição ou conhecimento direto. Por conseguinte, podemos ver que o fato de ficarmos “abertos” significa duas coisas. Primeiro, significa a metabolização de grande quantidade de energia do campo universal através de todos os chakras, grandes e pequenos. Segundo, significa deixar entrar e, de certo modo, manipular toda a consciência associada à energia que flui através de nós. A tarefa não é fácil e nem todos podemos executá-la. Verificar- se-ia simplesmente uma entrada excessiva de energia. O material psicológico relacionado com cada chakra é levado à consciência pelo aumento do fluxo de energia através do chakra. O material psicológico seria liberado em excesso por um súbito fluxo de energia, e não poderíamos processá-lo todo. Trabalhamos, portanto, em qualquer processo de crescimento em que estamos empenhados, para abrir cada chakra devagar, de modo que tenhamos tempo de processar o material pessoal liberado e integrar a nova informação à nossa vida. É importante abrir os chakras e aumentar o fluxo de energia porque, quanto mais energia deixarmos fluir, tanto mais sadios seremos. A doença do sistema é causada por um desequilíbrio da energia ou uma obstrução do seu fluxo. Em outras palavras, uma falta de fluxo no sistema da energia humana acaba levando à doença. Isso também distorce nossas percepções e deprime nossos sentimentos e, por esse modo, interfere numa serena experiência de vida. Não estamos preparados psicologicamente, entretanto, para ficar abertos sem trabalhar e sem desenvolver nossa maturidade e clareza. Cada um dos cinco sentidos está vinculado a um chakra. O tacto ao primeiro chakra; a audição, o olfato e o gosto ao quinto (ou chakra da garganta); e a vi-são ao sexto chakra (ou terceiro olho). Tudo isso é discutido com minúcias no capítulo sobre percepção. Os chakras do corpo áurico têm três funções principais: 1. Vitalizar cada corpo áurico e, assim, o corpo físico. 2. Provocar o desenvolvimento de diferentes aspectos da autoconsciência. Cada chakra está relacionado com uma função psicológica especifica. O Capítulo 11 versa sobre os efeitos psicológicos da abertura de chakras específicos nos corpos etérico, emocional e mental. 64 Corpo ketérico (aspecto mental) Corpo celestial taspecto emocional) Modelo etérico (aspecto físico) | | Corpo astral (ponte) ã tz Ê Corpo mental (aspecto mental inferior) Corpo emocional FR (aspecto emocional inferior) Plano físico Corpo etérico (aspecto etérico inferior) Figura 74: O sistema de sete camadas do corpo áurico (diagnóstico por imagem) Plano espiritual 66 69 etérico se estende de um quarto de polegada (6,34 mm) a duas polegadas (50,78 mm) além do corpo físico, e pulsa num ritmo de cerca de 15-20 ciclos por minuto. A cor do corpo etérico varia do azul-claro ao cinzento. O azul-claro foi ligado a uma forma mais fina que o cinzento. Ou seja, uma pessoa mais sensível, com um corpo sensível, tenderá a ter uma primeira camada azulada, ao passo que um tipo robusto, mais atlético, tenderá a ter um corpo etérico mais acinzentado. Todos os chakras dessa camada são da mesma cor do corpo. Vale dizer, eles também variarão entre o azul e o cinzento. Os chakras parecem vórtices feitos de uma rede de luz, exatamente como o resto do corpo etérico. Podem perceber-se todos os órgãos do corpo físico, mas eles são formados dessa luz azulada cintilante. Como no sistema de energia da folha, a estrutura etérica monta a matriz para as células crescerem; isto é, as células do corpo crescem ao longo das linhas de energia da matriz etérica, e essa matriz está lá antes que as células cresçam. Se pudéssemos isolá-lo e olhar apenas para ele, o corpo etérico pareceria um homem ou uma mulher feitos de linhas azuladas de luz em constante cintilação, de um modo que lembra o Homem Aranha. Se você observar os ombros de alguém a uma luz enevoada, diante de um fundo inteiramente branco, ou inteiramente preto, ou azul-escuro, verá as pulsações do corpo etérico. A pulsação sobe, digamos, ao nível do ombro e, em seguida, desce pelo braço, feito uma onda. Se você olhar mais atentamente, parecer-lhe-á ver um espaço vazio entre o ombro e a luz azul enevoada; depois, verá uma camada de névoa azul mais brilhante que se dissipa aos poucos, à medida que se afasta do corpo. Mas atente para o fato de que, assim que você a vir, ela terá ido embora, porque se move muito depressa. E terá pulsado pelo braço abaixo quando você olhar pela segunda vez, a fim de certificar-se. Tente de novo. Se o fizer, conseguirá captar a pulsação seguinte. 70 O Corpo Emocional (Segunda Camada) O segundo corpo áurico (Figura 7-8), ou o corpo mais fino que se segue ao corpo etérico, geralmente chamado de corpo emocional, está associado aos sentimentos. Segue aproximadamente os contornos do corpo físico. Sua estrutura, muito mais fluida que a do corpo etérico, não duplica o corpo físico. Mais parece feito de nuvens coloridas de substância fina cm contínuo movimento. Estende-se a uma distância de 25 a 75 cm do corpo. Esse corpo penetra os corpos mais densos que ele envolve. Suas cores vão dos matizes claros brilhantes aos matizes escuros e turvos, dependendo da clareza ou da confusão dos sentimentos 011 da energia que os produz. Sentimentos claros e altamente ativados, como o amor, a comoção, a alegria ou a raiva, são brilhantes e claros; os sentimentos confusos são escuros e turvos. A maneira que esses sentimentos forem ativados através da interação pessoal, da psicoterapia do corpo, etc., as cores se separarão no matiz primário e se avivarão. O Capítulo 9 versa sobre esse processo. Esse corpo contém todas as cores do arco-íris. Cada chakra parece um vórtice de uma cor diferente e segue as cores do arco-íris. A lista abaixo mostra os chakras do corpo emocional e suas cores: Chakra 1 = vermelho 2 = vermelho-laranja 3 = amarelo 4 = verde relvoso brilhante 5 = azul-celeste 6 = anil 71 7 = branco O Capítulo 9 apresenta certo número de observações sobre o corpo emocional durante as sessões de terapia. De um modo geral, o corpo se diria constituído de bolhas de cor, que se movem no interior da matriz do campo etérico, e que também se estendem um pouco além dele. Em determinadas ocasiões, uma pessoa pode arremessar bolhas coloridas de energia ao ar que a cerca. Isso é especialmente observável quando alguém libera sentimentos numa sessão de terapia. O Corpo Mental (Terceira Camada) O terceiro corpo da aura é o corpo mental (Figura 7-9), que se estende além do corpo emocional e se compõe de substâncias ainda mais finas, associadas a pensamentos e processos mentais. Esse corpo aparece geralmente como luz amarela brilhante que se irradia nas proximidades da cabeça e dos ombros e se estende à volta do corpo. Expande-se e torna-se mais brilhante quando o seu dono se concentra em processos mentais. Estende-se a uma distância de 75 cm a 2 m do corpo. O corpo mental também é estruturado. Contém a estrutura das nossas idéias. Quase todo amarelo, dentro dele podem ver-se formas de pensamento, que parecem bolhas de brilho e forma variáveis. Tais formas de pensamento têm cores adicionais, superpostas e que, na realidade, emanam do nível emocional. A cor representa a emoção, ligada à forma do pensamento. Quanto mais clara e mais bem formada for a idéia, tanto mais clara e mais bem formada será a forma de pensamento associada a essa idéia. Damos realce às formas de pensamento concentrando-as nos pensamentos que elas representam. Pensamentos habituais tornam-se forças “bem-formadas” muito poderosas, que depois exercem influência sobre nossa vida. Para mim, esse corpo foi o mais difícil de observar, o que pode ter sido causado, em parte, pelo fato de só agora estarem os seres humanos realmente começando a desenvolver o corpo mental e só agora estarem começando a utilizar o intelecto de maneira clara. Por essa razão, temos muita consciência da atividade mental e nos consideramos uma sociedade analítica. 74 verdadeiro teste nos campos da energia para averiguar se os campos são síncronos e se as pessoas são compatíveis. O leitor encontrará novos exemplos desse fenômeno de interação áurica no Capitulo 9. O Corpo Etérico Padrão (Quinta Camada) Chamo à quinta camada da aura o etérico padrão (Figura 7-11) porque contêm todas as formas que existem no plano físico em forma heliográfica ou padronizada, como se fosse o negativo de uma fotografia. É a forma padrão da camada etérica, a qual, como já foi dito, é a forma padrão do corpo físico. A estrutura da camada etérica do campo de energia deriva da camada etérica padrão. É a cópia heliográfica ou a forma perfeita para a camada etérica tomar. Estende-se a uma distância de cerca de 45 a 70 cm do corpo. Na doença, quando a camada etérica se desfigura, faz-se necessário o trabalho etérico padrão a fim de proporcionar a sustentação da camada etérica na sua forma padrão original. É o nível em que o som cria a matéria, e o nível em que o som é mais eficaz na cura. Isso será discutido no Capítulo 23, sobre a cura. Para a minha visão clarividente, tais formas aparecem como se fossem linhas claras ou transparentes sobre um fundo azul-cobalto, muito parecidas com uma cópia heliográfica de arquiteto, só que a cópia heliográfica existe em outra dimensão. Como se fizesse uma forma enchendo completamente o fundo, de sorte que o espaço vazio restante cria a forma. 75 Um exemplo seria a comparação entre o modo com que se cria uma esfera na geometria euclidiana e o modo com que se cria uma esfera no espaço etérico. Na geometria euclidiana, cria-se uma esfera definindo, primeiro, um ponto. Um raio desenhado, a partir desse ponto, nas três dimensões criará a superfície da esfera. Entretanto, no espaço etérico, que se poderia cognominar de espaço negativo, faz-se mister o processo contrário para formar a esfera. Um número infinito de planos, 76 vindos de todas as direções, enche o espaço, com exceção da área esférica do espaço que ficou vazio. Isso define a esfera. É a área não preenchida por todos os planos que se encontram que então define-o espaço esférico vazio. Desse modo, o nível etérico padrão da aura cria um espaço vazio, ou negativo, em que pode existir o primeiro nível, ou nível etérico, da aura. O padrão etérico é o padrão para o corpo etérico, que então forma a estrutura da grade (campo de energia estruturado) sobre a qual cresce o corpo físico. Dessarte, o nível etérico padrão do campo de energia universal contém todas as formas existentes no plano físico, exceto no nível padrão. Essas formas existem no espaço negativo, criando um espaço vazio em que a estrutura da grade etérica cresce e sobre a qual existe toda a manifestação física. Focalizando somente a freqüência vibratória do quinto nível quando se observa o campo de alguém, só se pode isolar a quinta camada da aura. Quando o faço, vejo a forma do campo áurico da pessoa, que se estende, aproximadamente, 75 cm para fora dela. Dir-se-ia uma forma oval estreita, que contém toda a estrutura do campo, incluindo chakras, órgãos e forma do corpo (membros, etc.), tudo em forma negativa. Essas estruturas parecem formadas de linhas transparentes sobre um fundo azul-escuro, que é espaço sólido. Quando sintonizo esse nível também percebo todas as outras formas que me cercam nessa perspectiva. Isso parece acontecer automaticamente quando desvio meu mecanismo perceptivo para essa direção. Ou seja, minha atenção é levada primeiro para o quinto nível; em seguida, eu a concentro na pessoa que estou observando. O Corpo Celestial (Sexta Camada) 79 A corrente principal de força vertical induz outras correntes, que formam ângulos retos com ela, a produzirem fitas que se projetam diretamente para fora do corpo. Estas, por seu turno, induzem outras correntes, que circulam ao redor do campo, de modo que todo o campo áurico e todos os níveis abaixo dele são circundados pelas mencionadas correntes e mantidas no interior da rede, que tem forma de cesto. Essa rede mostra a força da luz dourada, a mente divina que mantêm unido todo o campo em sua inteireza e integridade. 80 Além disso, no nível ketérico padrão estão também as faixas de vidas passadas dentro da casca do ovo. São faixas coloridas de luz que cercam completamente a aura e podem ser encontradas em qualquer lugar sobre a superfície da casca do ovo. A faixa encontrada perto da área da cabeça e do pescoço, em regra geral, é a que contém a vida passada que você está procurando clarear em sua atual circunstância de vida. Jack Schwarz fala das faixas e de como identificar-lhes o significado pela cor. Mais adiante, na seção de tratamento da vida passada, descreverei como se devem trabalhar essas faixas. O nível ketérico é o último nível áurico do plano espiritual. Contém o plano da vida e é o último nível diretamente relacionado com esta encarnação. Além desse nível, está o plano cósmico, o plano que não pode ser experimentado do ponto de vista limitante de uma só encarnação. O Plano Cósmico Os dois níveis acima do sétimo que consigo ver são o oitavo e o nono. Cada um deles se associa, respectivamente, ao oitavo e ao nono chakras, localizados acima da cabeça. Cada qual parece cristalino, composto de finíssimas e altas vibrações. O oitavo e o nono níveis dão a impressão de seguir o padrão geral de alternância entre a substância (oitavo nível) e a forma (nono nível) no sentido de que o oitavo se diria, principalmente, uma substância fluida e o nono, um padrão cristalino de quanto existe abaixo dele. Não encontrei referências a esses níveis na literatura, mas não digo que não existem. Conheço muito pouca coisa a respeito deles, a não ser algumas práticas de cura muito poderosas que me foram ensinadas pelo meus guias. Discutirei esses métodos no Capítulo 22. A Percepção do Campo Urge lembrar que, quando abre sua visão clarividente, você provavelmente, só percebe as primeiras camadas da aura. E é provável também que não seja capaz de distinguir entre elas, pois só verá cores e formas. À medida que progredir, porém sensibilizar-se-á para freqüências cada vez mais altas, de modo que poderá perceber os corpos mais elevados. Também será capaz de distinguir camadas e focalizar a camada da sua escolha. A maioria das ilustrações dos próximos capítulos mostra apenas os três ou quatro corpos áuricos inferiores. Nenhuma distinção se faz entre as camadas, que parecem estar misturadas umas dentro das outras e agir juntas na maioria das interações descritas. Na maior parte do tempo experimentamos nossas emoções inferiores, processos básicos de reflexão e sentimentos interpessoais misturados e confusos. Não somos muito bons no distinguí-los em nós mesmos. Um pouco dessa mistura chega até a aparecer na aura. Muitas vezes o corpo mental e o emocional parecem agir como uma forma confusa. Nas descrições seguintes dos processos terapêuticos não se faz muita distinção entre os corpos. Todavia, através do processo terapêutico ou de qualquer outro processo de crescimento, as camadas do nosso ser se tornam mais distintas. O cliente é muito mais capaz de distinguir entre emoções básicas, processos de reflexão e as emoções mais elevadas do amor incondicional 81 associadas aos níveis áuricos superiores. A distinção se faz por meio do processo de compreensão das relações de causa e efeito descritas no Capitulo 15. Ou seja, o cliente começa a compreender como o seu sistema de crenças influi nas idéias no corpo mental, e como isso, por seu turno, influi nas emoções, depois no etérico e, finalmente, no corpo físico. Com essa compreensão, podemos distinguir entre as camadas do campo áurico, que se tomam realmente mais claras e mais distintas à proporção que o cliente se torna mais claro, com maior autocompreensão entre sensações físicas, sentimentos emocionais e pensamentos, e age conseqüentemente. Figura 7-14: Aura em volta das pontas dos dedos Mais adiante, nas sessões de tratamento que se seguem, será muito importante distinguir entre as camadas da aura.
Docsity logo



Copyright © 2024 Ladybird Srl - Via Leonardo da Vinci 16, 10126, Torino, Italy - VAT 10816460017 - All rights reserved