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Hidroterapia - Apostilas - Fisioterapia Parte1, Notas de estudo de Fisioterapia

Apostilas de Fisioterapia sobre o estudo da Hidroterapia, definição, técnicas, usos, hidrocinesioterapia.

Tipologia: Notas de estudo

2013
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Compartilhado em 08/04/2013

Aquarela
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Baixe Hidroterapia - Apostilas - Fisioterapia Parte1 e outras Notas de estudo em PDF para Fisioterapia, somente na Docsity! Hidroterapia Hidroterapia - Fisioterapia Aquática é uma atividade terapêutica que consiste em utilizar os recursos de uma piscina preparada especificamente para este fim com medidas, profundidade, temperatura, ambiente externo e o mais importante, com um profissional especializado na atividade, um fisioterapeuta. Este é o profissional que está devidamente autorizado pela lei para utilizar os princípios físicos da água com o intuito de reabilitação física em pacientes com distúrbios diversos. A Fisioterapia Aquática destaca-se a cada dia devido aos resultados que podem ser mensurados em pesquisas científicas e ao alto grau técnico que os profissionais reabilitadores brasileiros atingiram. Cresce também devido ao atual baixo custo de se construir piscinas e a tecnologia de aquecimento, assim como o hábito dos brasileiros de se relacionarem bem com a água usando-a em atividades lúdicas, esportivas e de lazer. Na Fisioterapia Aquática existem técnicas ortodoxas de tratamento como o Bad Ragaz e o Halliwick, mas também conta com um arsenal de novas técnicas e trabalhos corporais aquáticos que a cada dia ganha mais exaltação pela mídia devido a plasticidade harmonia e qualidade de vida que propicia aos praticantes. Hoje os termos usados para hidroterapia são diversos, podendo ser reconhecida como, fisioterapia aquática, hidrocinesioterapia, piscina terapêutica, aquaterapia e outras. O crescimento parece ter sido maior que a assimilação das mudanças. No Brasil aconteceu em Abril de 2007 o primeiro Congresso Brasileiro de Hidroterapia (Fisioterapia Aquática) que teve como um dos objetivos a resolução do termo ideal para nomear esta atividade. A cada dia o reconhecimento da Fisioterapia Aquática é maior por parte da classe médica e a conduta de prescrever sessões com intuito exclusivo de reabilitação cresce paralelamente ao reconhecimento dos pacientes .Isto se dá pelo fato de na hidroterapia o profissional poder dar atenção apenas a um paciente de cada vez, o que não acontece nas sessões comuns de fisioterapia que são prescritas por médicos, especialmente de convênios médicos que pagam valores muito baixo ao profissional ou ao estabelecimento e estes são obrigados a atender muitos pacientes ao mesmo tempo em solo, o que não acontece com a Fisioterapia Aquática comumente, em instituições que visam qualidade em primeiro plano, apesar de existirem Fisioterapia Aquática em Grupo. A Fisioterapia Aquática pode ser usada em casos: - ortopédicos; - neurológicos; - reumatológicos, - psicológicos; - pediátricos; - respiratórios. HIDROCINESIOTERAPIA A hidroterapia ou terapia aquática é o termo mais conhecido atualmente, para os exercícios terapêuticos realizados em piscina termo-aquecida. Tem por finalidade a prevenção e cura das mais variadas patologias. Sua utilização exige do fisioterapeuta conhecimentos das propriedades da hidrodinâmica (água em movimento) e termodinâmicas da água assim como a anatomia, fisiologia e a biomecânica corporal. A terapia em ambiente aquático tem grande valor terapêutico quando necessita nenhuma ou mínima sustentação de peso ou quando há inflamação, dor, retração, espasmo muscular, limitação da amplitude de movimento e força, que podem, de maneira isolada ou conjunta, alterar as funções hegemônicas do corpo humano, como: respiração, alimentação, postura estática com o olhar horizontal com o menor gasto energético e a reprodução. A água revela qualidades terapêuticas quando ministradas dentro de um limite de temperatura e tempo. O tempo pode variar inicialmente entre 5 e 15 minutos, e evoluindo gradativamente de acordo com a aceitação, ganho de resistência muscular e condicionamento cardiovascular do paciente chegando até 2 horas de duração. A compreensão do movimento na água e da sua diferença em relação ao movimento no solo é essencial para o planejamento de uma progressão gradual de exercícios de hidroterapia. O tipo de lesão, a composição corporal do paciente e sua habilidade aquática determinam os tipos de exercícios, a postura ideal, a velocidade do movimento, a profundidade da água e os equipamentos a serem usados a cada fase do tratamento. VANTAGENS E DESVANTAGENS As vantagens e as indicações no tratamento são inúmeras. O paciente experimenta todos os efeitos que a água pode oferecer. Dentre elas podemos destacar: a) Flutuação - (atua no suporte as articulações enfraquecidas e é capaz de proporcionar assistência e, progressivamente, resistência ao movimento na água); b) Pressão hidrostática - (ajuda na estabilização das articulações enfraquecidas; ajuda a diminuir o edema e melhorar a circulação; o aumento da circulação periférica, que melhora a condição da pele que foi afetada por uma imobilização e acelera a cura ao implementar a nutrição na área lesada); c) Circulação – (aumenta com a adição de calor, como em temperaturas mais elevadas da água 32º a 35°C, ajudam a diminuir o espasmo muscular, estimulando o relaxamento dos tecidos moles e, em alguns casos, reduzindo a dor); d) Redução do espasmo muscular e da dor, auxilia no movimento que pode ser iniciado mais cedo após a lesão. A movimentação precoce restaura a função muscular através da circulação (melhor nutrição das estruturas lesadas) e da amplitude de movimento articular. Também diminui a atrofia muscular e a formação de tecido cicatricial (fibrose intramuscular e artrofibrose). O excesso de tecido cicatricial pode ser resultante da inatividade por um longo período de imobilização. Como o tecido cicatricial pode restringir severamente o movimento, é benéfico iniciar o quanto antes exercício de amplitude de movimento considerando os limites do paciente. Após lesão ou imobilização, a hidroterapia facilita o movimento por meio de redução das forças gravitacionais combinada com os efeitos da hidrodinâmica. Pacientes com incapacidade de realizar exercícios com sustentação de peso podem começar a reabilitação mais cedo na piscina devido à diminuição das forças compressivas sobre as articulações sustentadoras de peso. Sendo este, às vezes, o único meio em que permite movimentos para pacientes com incoordenação, deficiência ou incapacidade. Como em qualquer outro tipo de terapia existem as desvantagens do tratamento no meio aquático. As que estão em mais destaques são: a hidrofobia (medo de água), o alto custo do tratamento e o período de frio intenso. Viscosidade É a resistência de um fluído em deslocamento e também se refere à magnitude do atrito interno do líquido relacionado à força de coesão molecular. A coesão molecular pode ser considerada como a atração das moléculas entre si, e quando as camadas do líquido são postas em movimento, essa atração cria resistência ao movimento e é detectada como atrito. Pressão Hidrostática A pressão é definida como a relação de força por unidade de área, em que a força é suposta atuando perpendicularmente a área de superfície. Dessa forma, durante o repouso em uma determinada profundidade, o fluído exercerá uma pressão em todas as superfícies corporais submersas. Segundo Pascal, que a pressão de um fluido é exercida de forma igual em qualquer nível em uma direção horizontal, o que significa que a pressão é igual em uma profundidade constante. Empuxo De acordo com Arquimedes o resultado do efeito do empuxo é a flutuação. A força de flutuabilidade age na direção oposta a da força da gravidade e é responsável pela sensação de ausência de peso na água. Tensão Superficial A tensão superficial é definida como a força por unidade de comprimento que atua através de qualquer linha em uma superfície e tende a atrair as moléculas de uma superfície de água exposta. A força resistiva da tensão superficial torna-se uma variável ativa na medida em que a área da superfície aumenta. TERMODINÂMICA A propriedade termodinâmica da água significa que ela possui a capacidade de absorver e transferir grandes quantidades de calor. Ela é usada como padrão, e possui um calor específico de 1 (UN), isto é, é necessária uma caloria para elevar um grama de água em um grau centígrado. A utilidade terapêutica da água depende da sua capacidade de reter quanto a sua capacidade de transferir calor. Uma água quente em hidroterapia é considerada a uma temperatura acima de 34º C; uma água termoneutra entre 31ºC a 33ºC; e uma água fria entre 28ºC e 30º C. Essa troca de energia na forma de calor é conhecida como processo termolítico e ocorre através de mecanismos físicos conhecidos como condução, convecção, radiação e evaporação. OS EFEITOS TERAPÊUTICOS DA HIDROTERAPIA Os efeitos terapêuticos desejados com os exercícios na água estão relacionados ao alívio da dor e do espasmo muscular, relaxamento, manutenção ou aumento da amplitude de movimento, reeducação dos músculos paralisados, fortalecimento dos músculos (força e resistência), melhora das atividades funcionais da marcha, aumento da circulação, integração sensório-motora e reforçamento do moral do paciente pelo convívio social, atividades recreacionais e a liberdade de movimento. Estes efeitos são atingidos, graças à termodinâmica da água que favorece a diminuição da dor, do espasmo muscular, produzindo o relaxamento. À medida que a dor diminui o paciente é capaz de experimentar um maior conforto e um aumento significativo na amplitude do movimento, explorando sua liberdade. O RELAXAMENTO A resposta de relaxamento depende do grau de intimidade e liberdade do paciente com a água. Quanto mais habilidade for demonstrada na piscina, mais fácil serão a imposição da terapia com o efeito desejável. A água aquecida provoca um relaxamento das fibras musculares através do processo de condução entre a temperatura da água e da pele e que por sua vez irá transmitir o calor até as estruturas mais internas, reduzindo a tensão muscular pelo relaxamento das fibras musculares. Outro aspecto importante é a redução das forças compressivas, pela força do empuxo minimizando a ação do sistema tônico postural. Uma vez reduzida à atividade tônica postural, os músculos responderão rapidamente a um relaxamento. REDUÇÃO DA SENSIBILIDADE A DOR E DOS ESPASMOS MUSCULARES A água termo-aquecida ajuda no alívio da dor, na diminuição do tônus muscular anormal do espasmo muscular. Na imersão, os estímulos sensoriais do calor estão competindo com os estímulos da dor, como resultado, a percepção de dor do paciente fica enganada ou bloqueada, pois a velocidade de condução do estimulo do calor é mais rápido que o da dor. O estímulo do calor sendo rapidamente codificado pelo sistema nervoso central envia uma resposta instantânea para o local da dor, promovendo a diminuição do reflexo de defesa e do espasmo muscular protetor provocado na articulação afetada. Os princípios físicos do empuxo e pressão hidrostática também favorecem a minimização da dor, pela pressão exercida no segmento estimulando os receptores cutâneos e pela diminuição da sobrecarga corporal. AUMENTO DA AMPLITUDE As propriedades hidrodinâmicas e termodinâmicas da água auxiliam o terapeuta no ganho da amplitude articular. Ao imergir na piscina, o efeito de flutuação fará com que o paciente perceba uma diminuição da sobrecarga corporal. A diminuição da sobrecarga na articulação resulta numa diminuição da força compressiva articular, aliviando a dor. O alívio da dor somado com o efeito termodinâmico da água relaxa os músculos que envolvem a articulação, aumenta o aporte de sangue circulante, remove os produtos imprestáveis do metabolismo e auxilia na movimentação articular melhorando a produção de líquido sinovial facilitando os movimentos proferidos pela articulação. A pressão hidrostática influencia no ganho da amplitude auxiliando na remoção de edemas, liberando a articulação. AUMENTO DA FORÇA O aumento da força muscular é dado pela resistência que a água produz no segmento do corpo imergido. As propriedades de fricção, viscosidade, pressão hidrostática e empuxo são os grandes responsáveis pelo trabalho de força muscular. A água permite maior resistência ao movimento do que o ar (em torno de 700 vezes mais), permitindo que as articulações fiquem mais livres. As partes submersas do corpo encontram resistência em todas as direções dos movimentos. Existem 3 tipos de contrações conhecidas como isotônica concêntrica, isotônica excêntrica e a isométrica. Essas contrações vão estimular os músculos a recrutarem fibras para a produção da contração, porém essas fibras se desenvolverão sarcômeros paralelos e em séries aumentando a força do músculo. Uma vez que o membro encontre resistência em todas as direções de movimentos de forma excêntrica, as fibras musculares começam a produzir sarcômeros em série, melhorando a eficácia da contração muscular e fornecendo resistência ao músculo, pois na água os movimentos são mais consistentes e uniformes quando mantidos a uma velocidade constante. Porém, o risco de lesão é maior. Neste tipo de contração pode haver microtraumas nos tecidos musculares, e, estes por sua vez, promoverão a reparação tecidual, levando o músculo a um processo de hipertrofia. Um cuidado em especial no trabalho de recuperação da força muscular, é quanto à questão das lesões musculares que podem ocorrer durante o processo de reabilitação e condicionamento que são: Dor durante o esforço físico – pelo acúmulo de ácido lático e perda de sais minerais (sódio, potássio, magnésio); Dor 24/48 horas após o esforço – decorrentes de microlesões musculares por uma relação de volume e intensidade do exercício exagerada; Dor decorrente de câimbras - (por distúrbio hidroeletrolítico e descargas elétricas) AUMENTO DA CIRCULAÇÃO Após a imersão, a pele começa a absorver o calor da água. O aumento da temperatura da pele e repassado as estruturas mais internas do corpo produzindo o efeito de vasodilatação. A vasodilatação faz aumentar o aporte de sangue circulante na periferia. A dilatação dos vasos associada aos efeitos produzidos pelos exercícios aumenta o suprimento sangüíneo para os músculos, e, com isso, os fluídos dos tecidos movimentam-se livremente nas estruturas lesionadas, removendo os metabólitos retidos, o que aumenta a nutrição e ajuda a aumentar a velocidade do processo de cicatrização, sendo este processo fortemente influenciado pela pressão hidrostática. EQUILIBRIO, ESTABILIDADE E CONSCIÊNCIA CORPORAL. A água estimula a consciência da movimentação das partes do corpo e propicia um meio ideal para a reeducação dos músculos envolvidos (integração sensorial). As propriedades da água dão ao paciente com pouco equilíbrio tempo para reagir quando tendem a cair. As respostas de reequilíbrio permitem a realização do trabalho de propriocepção uma vez que todos os captores (sensoriais) do corpo estão envolvidos neste trabalho. A imersão leva a percepção de que o corpo está mais leve. Sentida essa sensação os captores que estão presentes na planta do pé, nas articulações, nos músculos, na pele, nos ouvidos e na visão, eles perdem a referência espacial. Ao produzirmos um desequilíbrio no paciente as reações se farão rapidamente para evitar a queda, porém as propriedades físicas da água de viscosidade, fricção, pressão hidrostática, tensão superficial, empuxo e metacentro retardam a queda promovendo assim uma melhoria no equilíbrio, na estabilidade e na consciência corporal. INTEGRAÇÃO SENSÓRIO-MOTORA Na reabilitação aquática, os vários sentidos do corpo são estimulados promovendo uma integração sensório-motora de grande valor terapêutico, principalmente nas lesões de origem nervosa. Na água, os sentidos do tato, visão e propriocepção são estimulados, pois, a pressão da água exerce uma força sobre os mecanorreceptores da pele -Meissner e Merkel - que vão de maneira superficial ou profunda, estimular o corpúsculo. Os corpúsculos de Krause e Ruffini, localizados também na pele, respondem ao estímulo do frio e calor respectivamente estando controlado pelo hipotálamo anterior e posterior. - Programas devem ser planejados para evitar a fadiga dos pacientes (a liberdade da água pode encorajar atividades demasiadas). - Pacientes que se encaixam nas contra-indicações da hidroterapia. - Os pacientes recebem uma grande quantidade de estímulo vestibular durante o tratamento ( evite tonturas). -Cautela durante o tratamento dos pacientes com condições agudas de coluna ou extremidades, devido a possibilidade de alongar demasiadamente articulações doloridas edemaciadas e com frouxidão. - Pacientes com condições neurológicas onde exercícios ativos e resistidos aumentam a espasticidade em tronco ou membros ou na presença de hipertonia. - Dor, quadros agudos e instabilidade articular. - Posicionar-se adequadamente, utilizar mecânica correta. - Evitar fadiga excessiva. - Utilizar cuidadosamente as técnicas com pacientes espásticos. - Monitorar o estímulo excessivo do aparelho vestibular. Objetivos do tratamento O método é versátil adaptando-se aos pacientes neurológicos ortopédicos e reumatológicos. 1. Redução do tônus. 2. Relaxamento. 3. ↑ Da amplitude do movimento. 4. Reeducação muscular. 5. Fortalecimento. 6. Tração e alongamento de coluna. 7. Melhoria do alinhamento e estabilidade do tronco. 8. Preparação dos mm para sustentação do peso. 9. Restauração de padrões normais de movimento. das extremidades inferiores e superiores. 10. Melhoria da resistência geral. 11. Treinamento da capacidade funcional global. Técnicas: Isotônica Neste exercício, a resistência é graduada e controlada pelo fisioterapeuta, o qual age como um estabilizador movendo-se a partir do movimento do paciente na água. O fisioterapeuta pode aumentar ou diminuir a resistência, movimentando o paciente na mesma direção (assistido), ou em direção oposta ao movimento (resistido). Isocinética Neste exercício, a resistência é graduada e controlada pelo paciente, o fisioterapeuta atua como um fixador enquanto o paciente se movimenta. O fisioterapeuta fixa parte do corpo, enquanto o paciente determina a quantidade de resistência proporcionalmente à velocidade do movimento. Passiva O paciente é movimentado na água, com a utilização dos padrões para relaxamento, alongamento de tronco e coluna e inibição de tônus. Utilizado principalmente em casos de dor ao se realizar o movimento ativo (analgésica) e para ganho de ADM. Também para ensinar o padrão ao paciente (propriocepção). Isométrica O exercício isométrico na água é realizado quando o paciente mantém determinada posição, enquanto é movido na água. A posição do paciente é fixa, sendo que a água provê a resistência para a contração sustentada do paciente. Obs. Os padrões de MMSS e MMII podem ser realizados unilateralmente ou bilateralmente. Ainda em relação aos padrões bilaterais, podem ser simétricos ou assimétricos. Posicionamento O paciente utiliza colar cervical e cinturão pélvico ao nível L1 - S2, podendo-se utilizar “caneleiras”. Características encontradas nas técnicas Bad Ragaz e Kabat:  Trabalho com resistência máxima;  Contatos manuais específicos e corretos;  Aproximação (compressão) das articulações durante execução de determinados padrões;  Tração (separação) das articulações para execução de determinados padrões;  Comando verbal firme, curto e preciso durante toda sessão;  Iniciação rítmica;  estabilização rítmica;  Irradiação (inicio pelo lado são para irradiar o aprendizado para a execução no lado lesado. Também de músculo fortes irradiando para músculos fracos.);  Contatos proximais e distais;  Pode-se monitorar o esforço do paciente durante toda a ADM. Relação fisioterapeuta e técnica • A técnica exige proporção de 1/1. • O nível da água não deve ser superior a T8-T10 ou axilar. • Uso de calçado. • Pesos nos tornozelos ou cinturões de lastro podem estabilizar o fisiot. • Posicionamento em geral 1 pé a frente do outro. Diretrizes do Tratamento • Atendimentos iniciais de 5`- 15` evitando a fadiga • Evolução até 30` • Técnicas de exercícios passivos podem reduzir a hipertonia • Selecionar grupos p/ evitar ↑ da espasticidade Progressão do exercício Resistência Quando o corpo é movido ou move-se através de água, a resistência encontrada é a somatória da pressão negativa de trás do objeto, juntamente com as forças de atrito na frente do objeto. Velocidade → ↑ fluxo turbulento → ↑ resistência. Como aumentar a resistência ao movimento 1. Adição de anéis flutuadores ou palmares. 2. ↑ a amplitude de movimento (partir da posição totalmente flexionado). 3. Alteração do braço de alavanca. 4. Mudança da resistência de proximal para distal. 5. ↑ da velocidade do movimento. 6. Alteração da direção de movimento. 7. Uso de inversões rápidas e padrões recíprocos para ↑ do arrasto global. 8. ↑ do suporte de flutuação. Símbolos V: flexão /: extensão RE: rotação externa RI: rotação interna ABD: abdução ADU: adução Padrões Passivos de Tronco  Alongamento passivo de tronco com contato pélvico  Alongamento passivo de tronco com contato dorsal  Alongamento passivo de tronco com contato no cotovelo Padrões Isométricos de Tronco  Flexão lateral isométrica de tronco com tronco neutro  Flexão isométrica  Extensão isométrica de tronco  Rotação isométrica de tronco  Flexão lateral isométrica de tronco com tronco em posição neutra  Rotação isométrica de tronco com flexão de tronco  Rotação isométrica de tronco com extensão de tronco Padrão Isocinético de Tronco  Flexão lateral isocinética de tronco Padrões Isotônicos de Tronco  Tronco nº 1: flexão lateral isotônica de tronco  Tronco nº 2: rotação isotônica com flexão  Tronco nº 3: rotação isotônica de tronco com extensão Padrões de Membros Inferiores (MMII)  MI nº 1: MI com descarga de peso  MI nº 2: simétrico bilateral  MI nº 3: simétrico bilateral  MI nº 4: simétrico bilateral  MI nº 5: simétrico bilateral  MI nº 6: simétrico bilateral  MI nº 7: simétrico bilateral  MI nº 8: assimétrico bilateral  MI nº 9: assimétrico bilateral  MI nº 10: simétrico bilateral  MI nº 11: simétrico bilateral  MI nº 12: simétrico bilateral  MI nº 13: simétrico bilateral  MI nº 14: assimétrico bilateral Padrões de Membros Superiores  MS nº 1: unilateral  MS nº 2: unilateral  MS nº 3: simétrico bilateral  MS nº 4: assimétrico bilateral Alongamento passivo de tronco com contato pélvico Posição: paciente em supino, com flutuador na cervical e no quadril. MMII com pequena rotação externa e MMSS relaxados ao longo do tronco. Terapeuta em pé, entre as coxas do paciente, com base ampla de apoio. Ação: mover o paciente de um lado para o outro. A resistência aumenta com o aumento da velocidade do movimento. Mudanças curtas e rápidas de direção são mais difíceis e tendem a facilitar a co-contração. Comando: mantenha esta posição enquanto eu te movo na água. Mantém....mantém....mantém. Flexão lateral isométrica de tronco com tronco em posição neutra Posição: terapeuta em pé, cranialmente ao paciente. Paciente em supino, com flutuador cervical e pélvico. Flutuador de tornozelo pode ser necessário. Contato: Fácil: lateral ao tronco, próximo ou na pélvis. Difícil: lateral ao tronco, próximo ou na axila. Mais difícil: nos cotovelos. Paciente entrelaça os dedos e posiciona as mãos embaixo do flutuador cervical. Ação: mover o paciente de um lado para o outro. A resistência aumenta com o aumento da velocidade do movimento. Mudanças curtas e rápidas de direção são mais difíceis e tendem a facilitar a co-contração. Comando: mantenha o tronco e as pernas retificadas. Mantenha esta posição enquanto eu te movo na água. Mantém....mantém....mantém. Rotação isométrica de tronco com flexão de tronco Posição: terapeuta em pé, cranialmente ao paciente. Paciente em supino, com flutuador cervical e pélvico. Paciente rola tronco inferior e MMII para um lado. Flexão de quadris. Flutuador e tornozelo pode ser necessário. Contato: Fácil: lateral de tronco, próximo ou na pélvis. Difícil: lateral de tronco, próximo ou na axila. Mais difícil: nos cotovelos. Paciente com os dedos entrelaçados e mãos embaixo do flutuador cervical. Ação: mover o paciente para o lado da flexão. A resistência aumenta com o aumento da velocidade do movimento. Mudanças curtas e rápidas de direção são mais difíceis e tendem a facilitar a co-contração. Comando: dedos para cima. Mantenha esta posição enquanto eu te movo na água. Mantém....mantém....mantém. Rotação isométrica de tronco com extensão de tronco Posição: terapeuta em pé, cranialmente ao paciente. Paciente em supino, com flutuador cervical e pélvico. Paciente rola o tronco inferior e MMII para um lado. Extensão de quadris. Flutuador de tornozelo pode ser necessário. Mais fácil: flexão de joelhos e pequena flexão de quadris. Difícil: flexão de joelhos, porém, extensão de quadris. Mais difícil: manter a extensão de joelhos e quadris. Contato: mais fácil: lateral de tronco, próximo ou na pélvis. Difícil: lateral de tronco, próximo ou na axila. Mais difícil: nos cotovelos. Paciente entrelaça os dedos e mãos embaixo do flutuador cervical. Ação: mover o paciente para o lado da extensão. A resistência aumenta com o aumento da velocidade do movimento. Mudanças curtas e rápidas de direção são mais difíceis e tendem a facilitar a co-contração. Comando: dedos para cima. Mantenha as pernas e o corpo retificado. Mantenha esta posição enquanto eu te movo na água. Mantém....mantém....mantém. Padrão Isocinético de Tronco Flexão lateral isocinética de tronco Posição: terapeuta em pé, cranialmente ao paciente ou uso de corrimão ou bastão flutuante. Paciente em supino, com flutuador cervical e pélvico. Flutuador de tornozelo pode ser necessário. Contato: lateralmente ao tronco ou cotovelos. Ou paciente segurando corrimão ou bastão flutuante. Ação: estabilizar o paciente enquanto este puxa os MMII de um lado para o outro. Comando: deitar retificado na água. MMII retificados. Dedos para cima. Puxar os MMII para a E. E agora puxá-los para a D. Se for desejada a rotação de tronco com flexão ou extensão, o paciente deverá rolar para um lado e executar uma pequena flexão ou extensão de quadris e tronco enquanto puxa MMII de um lado para o outro. Padrões Isotônicos de Tronco Tronco nº 1: flexão lateral isotônica de tronco Posição: paciente em supino, com flutuador cervical e pélvico. Flutuadores de tornozelo poderão ser necessários. Contato: mais fácil: mãos lateralmente à pelve. Difícil: paciente entrelaça os dedos com as mãos posicionadas abaixo do flutuador cervical. Terapeuta segura nos cotovelos. Mais difícil: polegares da axila, dedos na escápula e costelas. Comando: deitar alinhado. MMII retificados. Dedos para cima. Puxar MMII para E. Reverter (paciente puxa o tronco para E enquanto terapeuta está de pé entre os MMII, segurando a pélvis). Não flexionar os quadris. Este movimento é somente de flexão lateral. Ação: quando o paciente está se movendo para a E, puxar o paciente para E para resistir o movimento. Ou puxar o paciente para D para assistir o movimento. Tronco nº 2: rotação isotônica com flexão Posição: paciente em supino, com flutuador cervical e pélvico. Contato: mais fácil: mãos lateralmente à pélvis. Difícil: polegares na axila, dedos na escápula ou nas costelas. Mais difícil: paciente entrelaça os dedos posicionando as mãos embaixo do flutuador cervical. Terapeuta segura nos cotovelos. Comando: joelhos em extensão. Dedos para cima. Abaixar quadril D em direção ao chão da piscina. Puxar os dedos em direção ao ombro D (se o contato é pélvico, pedir ao paciente que abaixe o ombro D em direção ao chão da piscina e puxar o tórax em direção ao joelho D). Reverter a rotação para o outro lado. Fácil: permitir a flexão de joelhos. Mais difícil: manter a extensão de joelho. Ação: quando o paciente rola para o lado direito, puxar o paciente para D para resistir o movimento. Ou puxar o paciente para E para assistir o movimento. Tronco nº 3: rotação isotônica de tronco com extensão Posição: paciente em supino, com flutuador cervical e pélvico. Flutuadores de tornozelos poderão ser necessários. Contato: mais fácil: mãos lateralmente à pélvis. Difícil: polegares na axila, dedos da escápula e nas costelas. Mais difícil: paciente entrelaça os dedos, posicionando as mãos abaixo do flutuador cervical. Terapeuta segura nos cotovelos. Comando: MMII juntos. Dedos para cima. Abaixar o quadril D em direção ao chão da piscina. Puxar MMII para baixo e volta para E (se o contato é pélvico, pedir ao paciente para abaixar o ombro D em direção ao chão da piscina e puxar o tronco para trás). Reverter a rotação para o outro lado. Mais fácil: permitir a flexão de joelhos. Mais difícil: paciente mantém joelhos em extensão. MMII D e E: quadril em flexão, abdução e rotação externa. Joelho em flexão. Tronco em flexão. Pé em dorsiflexão e inversão. Posição final: MMII D e E: quadril em extensão, adução e rotação interna. Joelho em extensão. Tronco em extensão. Pé em flexão plantar e pequena eversão. Contato: calcanhares e bordas laterais. Comando: cabeça para baixo. Pernas retificadas. Empurrar os calcanhares para fora. Simétrico bilateral Posição inicial: MMII D e E: quadril em extensão, adução e rotação externa. Joelho em extensão. Tronco em extensão. Pé em flexão plantar e inversão. Posição final: MMII D e E: quadril em flexão, adução e rotação interna. Joelho em flexão. Tronco em flexão. Pé em dorsiflexão e eversão. Contato: eminências tênares nas bordas laterais dos pés, dedos nos calcanhares. Comando: dedos e joelhos para cima. Calcanhares para fora. Sentado. Terapeuta precisa acompanhar os pés do paciente para baixo, permitindo a flexão de tronco. Simétrico bilateral Posição inicial: MMII D e E: quadril em flexão, adução e rotação interna. Tronco em flexão. Joelho em flexão. Pé em dorsiflexão e eversão. Posição final: MMII D e E: quadril em extensão, adução e rotação externa. Joelho em extensão. Tronco em extensão. Pé em flexão plantar e inversão. Contato: dedos nas bordas mediais dos calcanhares. Palmas nos calcanhares. Comando: dedos para baixo. Pernas retificadas. Calcanhares juntos. Cabeça para trás. Assimétrico bilateral Posição inicial: MI E: quadril em extensão, adução e rotação interna. Joelho em extensão. MI D: quadril em extensão e adução. Joelho em extensão. Posição final: MI E: quadril em extensão, adução e rotação externa. Joelho em flexão. MI D: quadril em extensão e adução. Joelho em extensão. Contato: mão D (de pé, no lado D do paciente): adução dos dedos no calcanhar do pé D, oferecendo aproximação para MI D. Mão E: alcançar por baixo do MI D, para fazer o contato no calcanhar do pé E. Comando: mantenha o MI D retificado. Dedos para cima. Puxar calcanhar E para baixo e por baixo do MI D. não oferecer muita resistência. Abaixar na água para permitir a flexão de joelho, mantendo a extensão de quadril. Assimétrico bilateral Posição inicial: MI E: quadril em extensão, adução e rotação externa. Joelho em extensão. MI D: quadril em extensão e adução. Joelho em extensão. Posição final: MI E: quadril em extensão, abdução e rotação interna. Joelho em flexão. MI D: quadril em extesnão e adução. Joelho em extensão. Contato: mão D: eminência tênar na borda lateral do calcanhar do pé E, dedos ao redor do calcanhar (porção posterior). Mão E: dedos aduzidos no calcanhar D, oferecendo aproximação do MI D. Comando: mantenha o MI D retificado. Dedos para cima. Flexionar joelho E. Empurrar calcanhar E para baixo e para fora. Abaixar na água, permitindo a flexão de joelho, mantendo a extensão do quadril. Simétrico bilateral Posição inicial: MMII D e D: quadril em extensão, adução e rotação externa. Joelho em extensão. Posição final: MMII D e E isotônico: quadril em extensão, abdução e rotação interna. Joelho em extensão. Contato: as duas mãos com eminência tênar nas bordas laterais dos calcanhares. Comando: joelhos retificados. Dedos para cima. Empurre os calcanhares para fora. Mantenha o abdômen para cima. Manter a extensão do quadril. Simétrico bilateral Posição inicial: MMII D e E: quadril em extensão, abdução e rotação interna. Joelho em extensão. Posição final: MMII D e E isotônico: quadril em extensão, adução e rotação externa. Joelho em extensão. Contato: as duas mãos nas bordas mediais dos calcanhares. Comando: joelhos retificados. Dedos para cima. Puxar os calcanhares juntos. Simétrico bilateral Posição inicial: MMII D e E: quadril em extensão, adução e rotação externa. Joelho em extensão. Tronco em extensão. Posição final: MMII D e E isotônico: quadril em flexão, abdução e rotação interna. Joelho em extensão. Tronco em flexão. Contato: as 2 mãos com eminência tênar nas bordas laterais dos calcanhares Comando: pernas retificadas. Dedos para cima. Empurre os calcanhares para fora. Sentar. Terapeuta precisa abaixar na água permitindo ao paciente o movimento de posição sentada longa. Simétrico bilateral Posição inicial: MMII D e E: quadril em flexão, abdução e rotação interna. Joelho em extensão. Tronco em flexão. Posição final: MMII D e E isotônico: quadril em extensão, adução e rotação externa. Joelho em extensão. Tronco em extensão. Contato: as 2 mãos com as bordas médias nos calcanhares.
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