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A evolução da engenharia civil no brasil,, Notas de estudo de Engenharia Civil

A EVOLUÇÃO DA ENGENHARIA CIVIL NO BRASIL, NOS ÚLTIMOS 100 ANOS, NA CONSTRUÇÃO E RESTAURAÇÃO DE EDIFICAÇÕES HISTÓRICAS: O CASO DA ESTAÇÃO DA LUZ SÃO PAULO 2007

Tipologia: Notas de estudo

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Baixe A evolução da engenharia civil no brasil, e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Civil, somente na Docsity! i UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI PATRÍCIA RINA TÉSIO A EVOLUÇÃO DA ENGENHARIA CIVIL NO BRASIL, NOS ÚLTIMOS 100 ANOS, NA CONSTRUÇÃO E RESTAURAÇÃO DE EDIFICAÇÕES HISTÓRICAS: O CASO DA ESTAÇÃO DA LUZ SÃO PAULO 2007 ii PATRÍCIA RINA TÉSIO A EVOLUÇÃO DA ENGENHARIA CIVIL NO BRASIL, NOS ÚLTIMOS 100 ANOS, NA CONSTRUÇÃO E RESTAURAÇÃO DE EDIFICAÇÕES HISTÓRICAS: O CASO DA ESTAÇÃO DA LUZ Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para obtenção do título de Graduação do Curso de Engenharia Civil da Universidade Anhembi Morumbi. Orientador: Prof. Eng. Antonio Calafiori Neto SÃO PAULO 2007 v AGRADECIMENTOS Agradeço a Srª Maria Cristina Monzello da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM pela atenção e o tempo dispensados. Aos professores da Universidade Anhembi Morumbi, em especial ao meu orientador Professor Calafiori pelo auxílio e dedicação na conclusão desta etapa. Ao meu marido Carlos pela paciência, compreensão e por estar ao meu lado me apoiando em todos os momentos. Aos amigos queridos Ricardo Kerr e Fernando Mihalik pelo apoio e incentivo no início da jornada. Aos arquitetos Luiz Paulo Andrade e Felipe Scroback pela compreensão e ajuda. “Pessoas como vocês fazem toda a diferença” vi RESUMO Este trabalho aborda o processo evolutivo da Engenharia Civil no Brasil, das primeiras obras, dos materiais de construção e técnicas empregadas no início do século a sua evolução aos tempos modernos. A Estação da Luz foi a obra escolhida para o desfecho do tema, pois é uma obra que foi crescendo e se aprimorando junto com a Engenharia do País. Palavras Chave: Restauro; História da Engenharia; Estrada de Ferro; vii ABSTRACT This work approaches the evolutionary process of Civil engineering in Brazil, the first buildings, the materials and techniques used on the beginning of the century to its evolution to current times. The “Estação da Luz” is the building chosen to show the theme, because it´s a building that was growing and developing together with the engineering of the country. Key words: restauro, Engineery history, railroads x Figura 6.20 – A Estação da Luz Antes e Durante a Reforma (Revista Museu 2006) 31 Figura 6.21 – As novas instalações da Estação da Luz com liberação de passagens subterrâneas – Interligação Metrô / CPTM _______________________ 31 Figura 6.22 – As novas instalações da Estação da Luz com liberação de passagens subterrâneas – Interligação Metrô / CPTM _______________________ 32 Figura 6.23 – Seção Esquemática do Sistema de Impermeabilização ___________ 33 Figura 6.24 – Lâmpadas de tecnologia moderna têm tonalidade de luz próxima à das incandescentes __________________________________________________ 34 Figura 6.25 – Croqui simplificado do projeto luminotécnico ___________________ 35 Figura 6.26 – A Reinauguração da Fachada da Estação da Luz após sua restauração em 24/01/2004 - Aniversário de 450 anos de São Paulo ___________ 36 Figura 6.27 – O Museu da Língua Portuguesa _____________________________ 37 Figura 6.28 – O Museu da Língua Portuguesa _____________________________ 37 xi LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABCP Associação Brasileira de Concreto Portland ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas ABPF Associação Brasileira de Preservação Ferroviária BID Banco Interamericano de Desenvolvimento COC Centro Oswaldo Cruz CPTM Companhia Paulista de Trens Metropolitanos DPH Departamento do Patrimônio Histórico IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas NB Norma Brasileira RFFSA Rede Ferroviária Federal S.A. SPR São Paulo Railway UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro xii SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ___________________________________________________ 1 2. OBJETIVOS _____________________________________________________ 2 2.1 Objetivo Geral _______________________________________________ 2 2.2 Objetivo Específico ___________________________________________ 3 3. MÉTODO DE TRABALHO E ORGANIZAÇÃO __________________________ 4 3.1 Fontes de Pesquisa___________________________________________ 4 3.2 Organização / Apresentação do Tema ___________________________ 4 4. JUSTIFICATIVA__________________________________________________ 5 5. A EVOLUÇÃO DA ENGENHARIA CIVIL NO BRASIL ____________________ 6 5.1 Pesquisas Específicas ________________________________________ 8 5.1.1 Materiais empregados no inicio do Século XX _________________ 8 5.1.2 Estrutura em Concreto ____________________________________ 8 5.1.2.1 A Primeira Norma Técnica Brasileira - Normalização do Concreto no Brasil ________________________________________________________ 9 5.1.3 Estrutura em Aço ________________________________________ 10 5.1.4 Estrada de Ferro São Paulo Railway ________________________ 11 5.1.5 Patrimônio Histórico Público Cultural _______________________ 14 5.1.6 Conservação e Restauro __________________________________ 15 6. A ESTAÇÃO DA LUZ ____________________________________________ 18 6.1 Da Inauguração a Primeira Reforma ____________________________ 18 6.2 A Estação da Luz como a Conhecemos _________________________ 20 6.3 O Incêndio _________________________________________________ 25 6.4 A Reconstrução e a Degradação _______________________________ 25 2 2. OBJETIVOS O objetivo deste trabalho é apresentar as mudanças sofridas na Engenharia Civil principalmente na Construção no decorrer do século XX. Essas mudanças se apresentam não somente no tipo de construção, mas também nas técnicas construtivas, no tipo de material e na mão-de-obra empregadas. Mesmo sem as técnicas e a tecnologia dos dias de hoje foi possível construir obras grandiosas que sobreviveram ao tempo para dar os detalhes minuciosos de suas construções ricas em detalhes e grandiosas fachadas. O homem foi capaz de grandes obras e continua crescendo e evoluindo suas técnicas, por onde se olha pode-se ver obras monumentais e grandiosas, obras imponentes e que demonstram resistir ao tempo, desafiando a gravidade, para deixar para as futuras gerações uma rica herança. Demorou muito, mas em tempo percebeu-se que o passado estava praticamente perdido em ruínas e lixo e hoje trabalha-se para recuperar a riqueza das grandes e memoráveis construções do início do século. Com isso a engenharia viu-se em mais um desafio, como recuperar estas obras sem que estas perdessem sua verdadeira essência, e assim evoluir a engenharia no que se refere às técnicas de restauro. 2.1 Objetivo Geral Com as novas tecnologias, as técnicas do presente e as lições aprendidas no passado tem-se a base necessária para trabalhar em favor da História guardada nas paredes de cada prédio, cada casa, e restaurar as edificações que contam boa parte da evolução das cidades. 3 Assim, estudando o passado e aprimorando técnicas, os engenheiros estão se tornando capazes de resgatar a memória grandiosa do glamour da era do café. Recuperando obras que fazem parte da história. A Estação da Luz por ser um marco histórico é apresentado como estudo de caso. 2.2 Objetivo Específico O presente trabalho tem como objetivo, abordar a importância do restauro do patrimônio histórico do país e a conservação dos mesmos por meio de técnicas e trabalho em equipe. As obras de restauro podem envolver apenas as questões de modificação de uso, ou pintura de fachadas, mas também podem ser mais delicadas como reforço estrutural, impermeabilização e madeiramento de telhados, reforma de pisos, neste caso a recuperação envolve estudos mais minuciosos. Para tanto deve-se levar em conta alguns pontos importantes, como: • Levantar questões quanto a finalidade do bem a ser restaurado (dando uma nova funcionalidade sem destruir sua origem). • Estudar para conhecer, é através de um estudo minucioso que se conhece a história do bem a ser restaurado para resgatar suas origens. • Deve-se levar em conta os cuidados estéticos do antigo com o novo, no conflito das necessidades modernas ocasionado pelo "high tech". 4 3. MÉTODO DE TRABALHO E ORGANIZAÇÃO A forma de apresentação do trabalho proposto se apresenta a seguir em tópicos: 3.1 Fontes de Pesquisa Para elaboração deste foram utilizados meios digitais (internet) de fontes conhecedoras do tema abordado, livros de história, visitas a órgãos públicos e privados e entrevistas com engenheiros, arquitetos e funcionários públicos. 3.2 Organização / Apresentação do Tema O tema se apresenta da seguinte forma: 3.2.1 Histórico sobre a evolução da Engenharia Civil no Brasil – com o intuito de apresentar como a engenharia caminhou no período de cem anos (como foi seu quadro evolutivo). 3.2.2 Métodos e Técnicas de Restauro – como funciona, e quais as etapas para a realização. 3.2.3 Estudo de Caso – Estação da Luz – da construção (focando as etapas construtivas, as dificuldades, os materiais utilizados) a restauração (métodos e tecnologias empregados no restauro). 7 – nasce em 1893, e assim por diante as escolas de engenharia vão se espalhando por todo o país (Pernambuco – 1895, Porto Alegre – 1896, Bahia – 1897) (TELLES, 1984). O País passou por muitas mudanças no final do século XIX e início do século XX, nesse período devido a cultura do café e posteriormente o desenvolvimento industrial, as riquezas geradas serviram de alavanca para o crescimento. A cultura do café trouxe as cidades grandes mudanças, como as estradas de ferro, os prédios, e as casas. Essas mudanças se viam nas grandes obras riquíssimas e imponentes erguidas nos centros das cidades, sendo hoje de relevante valor histórico. Este patrimônio que conta a memória dos tempos áureos do café, e tantas outras histórias da cidade de São Paulo e do Brasil estavam esquecidas, até mesmo perdidas diante das grandes obras que a evolução e o futuro trouxeram. Com o período de evolução que o Brasil passou nos últimos 50 anos, o país se esqueceu do passado memorável e se voltou exclusivamente ao futuro e a um presente que passa tão rápido que mal pode se acompanhar. O rico passado deu espaço a uma invasão de excluídos sociais, desabrigados, meliantes e desocupados, transformando essa riqueza em favelas verticais, os centros históricos em lugares de alto índice de insegurança e risco. Os centros das grandes metrópoles se tornaram escuros, sujos, com calçadas e edificações obstruídas e deterioradas. Em 1991, as iniciativas privadas por meio de parcerias com as Prefeituras, Bancos (como o BID) e as associações (como a Viva o Centro – em São Paulo) deram início ao “Programa de Revitalização”, com o intuito de recuperar a História e as riquezas do País. 8 5.1 Pesquisas Específicas Para se compreender de forma clara os assuntos a serem expostos nos itens subseqüentes, aqui são focados os termos técnicos e as pesquisas específicas quanto ao caso a ser estudado. 5.1.1 Materiais empregados no início do Século XX No início do século XX as obras ricas e suntuosas eram privilégios das igrejas, enquanto que as construções residenciais e prédios públicos eram de construção simples, em sua maioria em pedra e cal nas proximidades do litoral e em taipa (técnica construtiva a base de argila e cascalho utilizada com o objetivo de erguer uma parede – dicionário) no restante do país, o que diferenciava as classes sociais era apenas o tamanho das residências. Com a influência da “Missão Artística Francesa” e a introdução do estilo Neo- Clássico, que passou a ser exigido como padrão de status no país nascem as edificações em estrutura metálica e tijolos (TELLES, 1984). Como o estilo Neo-Clássico exigia uma mão-de-obra especializada para a execução das fachadas e interiores minuciosamente ornamentados, os estrangeiros trataram de suprir essa necessidade e esse mercado foi monopolizado por italianos e portugueses (TELLES, 1984). 5.1.2 Estrutura em Concreto Existem relatos sobre o emprego do cimento em obras civis desde séculos a.C., mas o cimento da forma que é conhecido hoje utilizado como concreto se deu início em 9 1824, com a invenção do Cimento Portland (material feito a partir da queima em altas temperaturas de rocha calcária e argila moída), resultando no clínquer na Inglaterra. Em 1836, começam na Alemanha os primeiros estudos e ensaios para determinação da resistência a tração e compressão do cimento modernização (ABCP, 2007). As primeiras experiências do Concreto Armado (com a introdução de ferragens numa massa de concreto) se fez 1850 pelo francês Joseph Louis Lambot (CIMENTO, 2007). No Brasil, a primeira tentativa de aplicar os conhecimentos relativos à fabricação do cimento Portland ocorreu aparentemente em 1888, quando o comendador Antônio Proost Rodovalho empenhou-se em instalar uma fábrica na fazenda Santo Antônio, de sua propriedade, situada em Sorocaba-SP. Posteriormente, várias iniciativas esporádicas de fabricação de cimento foram desenvolvidas. Assim, chegou a funcionar durante três meses, em 1892, uma pequena instalação produtora na ilha de Tiriri, na Paraíba. A usina de Rodovalho operou de 1897 a 1904, voltando a operar em 1907 e extinguindo-se definitivamente em 1918. Em Cachoeiro do Itapemirim, o governo do Espírito Santo fundou, em 1912, uma fábrica que funcionou até 1924, sendo então paralisada, voltando a funcionar em 1936, após modernização (ABCP, 2007). As primeiras obras em concreto armado que se tem relato oficial no Brasil são de 1905 e 1907 com a Ponte sobre o Rio Maracanã (CIMENTO, 2007). 5.1.2.1 A Primeira Norma Técnica Brasileira - Normalização do Concreto no Brasil Normalização: Atividade que estabelece, em relação a problemas existentes ou potenciais, prescrições destinadas à utilização comum e repetitiva com vistas à obtenção do grau ótimo de ordem em um dado contexto (ABNT, 2007). 12 A estrada foi construída sem o auxílio de explosivos, pois o terreno era muito instável. A escavação das rochas foi feita somente com cunhas e ponteiras metálicas. Alguns cortes chegaram a 20m de profundidade. Para proteger o leito dos trilhos das chuvas torrenciais foram construídos paredões de alvenaria de 3m a 20m de altura, o que consumiu 230.000m³ de alvenaria. Inaugurada em 16 de fevereiro de 1867 (mesmo com todas as dificuldades a construção foi concluída 8 meses antes do esperado – 8 anos), a primeira linha da São Paulo Railway foi criada pela necessidade do transporte de café do interior até o porto de Santos. (ABPF, 2007). Em 1874, a primeira estação do Alto da Serra foi inaugurada. No ano de 1898, uma segunda estação foi construída em madeira, ferro e telhas francesas, vindos da Inglaterra. Esta estação tinha como característica principal o relógio fabricado pela Johnny Walker Benson, de Londres, que se tornou uma referência direcional na neblina (Figura 5.1). Figura 5.1 – Estação da Luz construída em 1898. O relógio foi transferido para a torre atual (ABPF, 2007) A partir de 1896, paralela à primeira linha (Serra Velha), iniciou-se a construção da segunda linha (Serra Nova), sendo inaugurada em 28 de dezembro de 1901 (ABPF, 2007). 13 Esta linha era formada por 5 planos e 5 patamares, criando um novo sistema funicular (sistema funicular consiste na utilização de cabos de aço reforçado, para auxiliar o tráfego de composições ferroviárias trens, bondinhos, etc. - dicionário) em linhas férreas muito íngremes. Os novos planos inclinados atravessavam 11 túneis em plena rocha enfrentando um desnível de 796 m, que se iniciavam em Piaçaguera. A primeira estação foi desativada e reutilizada, posteriormente, como cooperativa dos planos inclinados. Na São Paulo Railway o grande diferencial foi a utilização das máquinas fixas e dos sistemas funiculares para a superação do trecho de serra, num desnível de 800m em aproximadamente 10km de extensão (Figura 5.2). Figura 5.2 – Os dois sistemas funiculares em funcionamento. Acima o segundo sistema (ABPF, 2007) O sistema funicular consiste num conjunto de patamares, sendo cada um composto basicamente por uma máquina fixa, que move uniformemente um cabo de aço que desliza sobre polias e movimenta dois trens, presos ao cabo de aço, um que sube e outro que desce até os próximos patamares (Figura 5.3). 14 Figura 5.3 – Perfil Esquemático do Sistema Funicular da Serra Nova. Construído entre 1895 e 1901 (ABPF, 2007) 5.1.5 Patrimônio Histórico Público Cultural O Patrimônio Cultural compreende três categorias de elementos significativos da memória social de um povo ou de uma nação (COC, 2007). A primeira categoria engloba os elementos da natureza; do meio ambiente. A segunda representa o produto intelectual, a acumulação do conhecimento, do saber, pelo homem no decorrer da história. A terceira abarca os bens culturais enquanto produtos concretos do homem, resultantes da sua capacidade de sobrevivência ao meio ambiente. No século XIX, após a Segunda Guerra Mundial e Revolução Industrial se deu início ao processo de preservação do patrimônio histórico, inicialmente para restaurar os Monumentos destruídos na guerra. Os Monumentos são parte do patrimônio cultural, eles servem como um elo entre presente e passado dando um sentido de continuidade. A sua preservação pressupõe um projeto de construção do presente mas sem se esquecer das glórias do passado. 17 mais detalhadamente as diferentes formas de atuação (Figura 5.4). Figura 5.4 – Níveis de intervenção do sistema (Restrepo, Beatriz, 1985). 18 6. A ESTAÇÃO DA LUZ Num período onde a cidade contava com pouco mais de 30.000 habitantes, passou a contar com sua primeira linha de bondes ─ Largo do Carmo/ Estação da Luz ─ puxados por tração animal. (Histórico Demográfico do Município de São Paulo - CENSO 1872). Foi neste período e com a chegada da ferrovia que nasceu a Estação da Luz. Situada na Praça da Luz nº 1 – Centro de São Paulo o Prédio da primeira Estação da Luz foi inaugurado em 16 de Fevereiro de 1867 juntamente com a Ferrovia Santos-Jundiaí operada pela The São Paulo Railway Company Ltd. (Figura 6.1). Figura 6.1 – A primitiva estação de São Paulo, na época de sua abertura. Foto cedida por A. C. Belviso (Estações Ferroviárias, 2007). 6.1 Da Inauguração a Primeira Reforma A Estação da Luz foi inaugurada num prédio pequeno e ampliada posteriormente para atender o número cada vez maior de passageiros e mercadorias. A primeira viagem de apresentação do andamento das obras entre as paradas do 19 Brás e da Luz em 1865, trouxe uma surpresa desagradável. Uma composição descarrilhou causando a morte do maquinista, ferimentos em alguns passageiros – como o Barão de Itapetininga –, a demissão do engenheiro fiscal e o cancelamento de um banquete comemorativo preparado no Jardim da Luz. Somente na Estação da Luz foram gastos 150 milhões de libras esterlinas, sem incluir o rebaixamento do leito férreo que retirou 252.230 m³ de terra. Realizado para eliminar a passagem de nível que prejudicava o desempenho da largada do trem e para criar sobre ele uma ponte no mesmo nível das ruas facilitando o tráfego dos carros. (Sampa Centro, 2007). Figura 6.2 – Gravura – A Estação da Luz em 1880. (Artigo de Henrique Ferraz – A História de São Paulo por suas Imagens – Nº 23 - 2004) Alguns anos depois (1880), o prédio foi ampliado - ou derrubado e outro maior foi feito - para atender à demanda cada vez maior de passageiros e mercadorias ali embarcadas e desembarcadas (Figuras 6.2 e 6.3) Figura 6.3 – A segunda estação, cerca de 1880. Foto cedida por A. C. Belviso (Estações Ferroviárias, 2007). 22 Figura 6.7 – A Estação da Luz – Elevação Lado Santos (Projeto fornecido pela CPTM, 1988) Atenção para a riqueza de detalhes no projeto 23 Figura 6.8 – A Estação da Luz – Elevação Rua Mauá (Projeto fornecido pela CPTM, 1988) Não houve inauguração, já que o tráfego foi sendo deslocado aos poucos, mas não demorou muito para a que o novo marco da cidade fosse considerado como sala de visita de São Paulo. Todas as personalidades ilustres que tinham a capital como destino eram obrigadas a desembarcar lá. Empresários, intelectuais, políticos, diplomatas e reis foram recepcionados em seu saguão e por lá passavam ao se despedir. Em 1900, o cenário brasileiro estava bem diferente. A urbanização tinha tomado conta da cidade e já se contava com ruas calçadas, iluminação a gás e linhas de bondes. A Estação da Luz se tornara um cartão-postal Paulista (Figuras 6.9 e 6.10). Figura 6.9 – Estação da Luz - 1919 - Construtores G. & A. Masini (Brazil Post Card – 2007) 24 Figura 6.10 – Estação da Luz - Photo - 1914 - Ed. Rotschild & Co. (Brazil Post Card – 2007 Nesta época, São Paulo vivia os prósperos anos da cafeicultura. A Estação da Luz era um ponto de encontro da elite paulistana, que desfilava e regozijava seus costumes de influência européia (Figura 6.11). Figura 6.11 – Saguão de entrada da Estação da Luz, em 1910. (100 Anos Luz) A Estação tornou-se a porta de entrada da cidade também para os imigrantes, promovendo a pequena vila de tropeiros a uma importante metrópole. Esta importância, concedida à São Paulo Railway Station, como era oficialmente conhecida, durou até o fim da Segunda Guerra Mundial. A partir daí os transportes rodoviários e aéreos, considerados mais rápidos e eficientes, se tornaram os meios mais utilizados nas grandes metrópoles. Em São 27 de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico (Condephaat) e em 2005 começam os trabalhos da Prefeitura de São Paulo com um programa de recuperação para o centro de São Paulo (Figura 6.13). LEI Nº 14.096, DE 8 DE DEZEMBRO DE 2005 (Projeto de Lei nº 592/05, do Executivo) Dispõe sobre a criação do Programa de Incentivos Seletivos para a região adjacente à Estação da Luz, na área central do Município de São Paulo, nos termos que especifica. JOSÉ SERRA, Prefeito do Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei, faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 30 de novembro de 2005, decretou e eu promulgo a seguinte lei: Art. 1º Fica instituído o Programa de Incentivos Seletivos para a região adjacente à Estação da Luz, com o objetivo de promover e fomentar o desenvolvimento adequado dessa área central do Município de São Paulo, nos termos das disposições constantes desta lei. § 1º Para os fins do Programa ora instituído, a região adjacente à Estação da Luz - região-alvo - é a área compreendida pelo perímetro iniciado na intersecção da Avenida Rio Branco com a Avenida Duque de Caxias, seguindo pela Avenida Duque de Caxias, Rua Mauá, Avenida Cásper Líbero, Avenida Ipiranga e Avenida Rio Branco até o ponto inicial. § 2º O Programa de Incentivos Seletivos terá a duração de 10 (dez) anos, contados da data da publicação desta lei, respeitada a validade dos Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento, expedidos em razão do Programa ora criado, bem como o prazo de concessão dos incentivos fiscais tratados nos incisos II, III, IV e V do § 1º do art. 2º desta lei. Figura 6.13 – Parte da Lei nº 14.096 de Incentivo a Recuperação do Centro (Prefeitura de São Paulo) 6.5 A Restauração Em 2002, inicaram-se as obras para restauração da Estação da Luz, um marco para a Cidade no auge da era do café. A obra foi batizada como sendo um presente para a Cidade em seu aniversário de 450 anos (Figuras 6.14 e 6.15). Figura 6.14 – A estação sendo reformada, no final de 2002. Foto Luis Rafael de Souza (Estações Ferroviárias, 2007). 28 Figura 6.15 – O inicio das obras de restauração da Estação da Luz (Revista Engenharia – 2003) 6.5.1 Recuperação de Fachadas A recuperação das fachadas foi a primeira etapa do projeto de Restauração, com o objetivo de criar um centro de referência da língua portuguesa, um espaço totalmente dedicado à preservação e à celebração da nossa língua. A iniciativa, orçada em R$ 30 milhões, é fruto da parceria entre Ministério da Cultura, IBM Brasil, Correios, TV Globo, Petrobras, Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, Vivo, Votorantim, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A realização é da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo e da Fundação Roberto Marinho com o apoio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Em alguns pontos, a Estação da Luz apresentava problemas graves, como infiltrações (Figura 6.16). Figura 6.16 – Pontos de infiltração nas estruturas (Andrade Gutierrez – 2004) 29 Muitas vezes, o trabalho dos restauradores precisava ser feito no próprio local, quando se tratavam de peças maiores ou fixas (Figura 6.17). Figura 6.17 – Detalhe da Técnica empregada para recuperação dos arcos da Fachada (Andrade Gutierrez – 2004) Porém, grande parte dessa operação foi mesmo realizada dentro de um laboratório instalado no próprio edifício. Rosáceas, folhas de acanto, balaústres e pináculos entre tantos outros elementos artísticos tiveram que ser refeitos para devolverem o efeito original. Antes de se refazer qualquer peça, foi preciso passar por uma cuidadosa investigação. O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), mediu a quantidade e avaliou a composição dos materiais que compõem as argamassas e os elementos arquitetônicos das fachadas. Só assim foi possível repetir as mesmas fórmulas usadas na época da construção (no final do século XIX) e depois, na reconstrução do edifício (entre 1947 e 1951). Essa preocupação garante que o aspecto final do 32 Esta interligação acontece por meio de um túnel (trecho LK-3) e a construção de um saguão subterrâneo sob a Estação da Luz (trecho LK-5) (Figuras 6.21 e 6.22). Figura 6.22 – As novas instalações da Estação da Luz com liberação de passagens subterrâneas – Interligação Metrô / CPTM O túnel LK-3 ficou por conta do consórcio constituído pelas empresas Augusto Velloso, Telar e Tejofran, com projeto da Figueiredo Ferraz/ Protran. Um dos pontos principais desta obra é a sua impermeabilização, por meio da utilização de uma geomembrana de PVC com espessura de 3 milímetros, protegida por dois geotêxteis não tecidos, um em cada face, envolvendo totalmente o túnel. Esta solução é inédita no Brasil, apesar de bastante utilizada em outros países, principalmente na Europa (Revista Engenharia – 2003). 6.5.2.1 Detalhes Construtivos A galeria de interligação (para unir metro e trens) foi escavada no sistema “cut and cover”, até uma profundidade de aproximadamente 20 metros, suportada por estacas cravadas no solo e uma parede intermediária de blocos ou de concreto armado – dependendo do trecho – entre as estacas. A estrutura do túnel é constituída por uma parede de concreto armado com cerca de 60 centímetros de espessura, uma laje de teto e um piso também de concreto armado. 33 Nas paredes a geomembrana de PVC é protegida por dois geotêxteis não tecidos, um em cada face, e instalada entre a parede diafragma e a parede estrutural do túnel de 0,6m de espessura. No piso, a geomembrana está sendo instalada sobre uma base de concreto regularizado e posteriormente protegida por uma camada de argamassa de cerca de 0,05m, para em seguida receber o concreto armado estrutural que vai compor o piso. No teto a geomembrana está sendo instalada sobre a laje do túnel, previamente regularizada, e, na seqüência, recebe uma camada de proteção mecânica de argamassa também de 0,05m antes da vala ser reaterrada (Figura 6.23). Figura 6.23 – Seção Esquemática do Sistema de Impermeabilização 6.5.3 Luminotécnica O projeto luminotécnico preocupou-se, segundo Franco, em iluminar o todo e, ao mesmo tempo, enfatizar os principais detalhes da fachada que resultam na diversificada volumetria - os focos dos projetores são dirigidos às linhas de janelas e mansardas, à torre e ao relógio. Os projetores que iluminam a fachada foram instalados na marquise que cobre o acesso àquela ala. “Tanto a parte mais alta como a mais próxima do térreo deveriam ter a mesma intensidade de iluminação, sem ocorrência de recortes e áreas de sombras”, explica Franco. 34 Para evitar esse tipo de efeito, que poderia ser provocado por equipamentos tradicionais, os autores especificaram um refletor de facho assimétrico. Ele distribui uniformemente a luz pela fachada e foi equipado com lâmpadas de vapor metálico de bulbo cerâmico, que consomem menos energia e têm boa qualidade na reprodução de cores. Para destacar as linhas de janelas, a intenção era instalar os equipamentos de iluminação junto aos peitoris e valorizar seus requadros. Prevaleceu, porém, a proposta - que parece atender melhor às necessidades do projeto do centro de estudos - de colocar os equipamentos na parte interna do vão. Um anteparo em gesso, que simula a provável solução final, foi o recurso empregado por Franco e Fortes, enquanto as obras da Estação da Luz da Nossa Língua permanecem em andamento (Figura 6.24). Figura 6.24 – Lâmpadas de tecnologia moderna têm tonalidade de luz próxima à das incandescentes Nas janelas, a iluminação é feita por lâmpadas fluorescentes compactas, que resultam numa iluminação difusa, adequada ao efeito planejado. Embaixo da marquise, fontes de luz foram fixadas no teto e direcionadas para o primeiro segmento da fachada; o piso é iluminado por rebatimento. No saguão interno, foram mantidas as luminárias, que receberam lâmpadas de vapor metálico. A torre também recebeu iluminação específica. Cada uma de suas quatro faces 37 Figura 6.27 – O Museu da Língua Portuguesa Figura 6.28 – O Museu da Língua Portuguesa O museu que foi inaugurado em 20 de Março de 2006 e é o segundo do gênero no mundo (o primeiro é o Museu da Língua Africana – África do Sul). O museu é constituído por um espaçoso Hall de entrada, por um grande auditório (com capacidade para cerca de meio milhar de pessoas), uma ampla Praça da Língua, e por múltiplas salas de exposições (umas permanentes, outras temporárias), entre muitos outros espaços. O Museu da Língua Portuguesa pretende ser mais um importante instrumento de contribuição para a promoção da Língua Portuguesa, quer no Brasil, quer pelo mundo fora. 38 Os vários espaços deste moderno museu foram concebidos para manifestarem um ambiente multimédia, onde encontram-se imagens, música, vídeo, a voz humana, etc. O Museu é composto por diversos espaços, dentre eles: “Árvore da Língua”, uma mega escultura (com cerca de 16 metros de altura) criada pelo designer Rafic Farah. em que se tenta visualizar de uma forma mais simplificada a evolução e toda a exuberância e prodigalidade da Língua Portuguesa. Auditório. Onde são passados, numa tela de nove metros de largura, filmes sobre a origem, a história, a diversidade, a importância da linguagem e das línguas para o Homem. Praça da Língua. Este espaço, uma espécie de anfiteatro, afigura-se uma das principais áreas do Museu, até pela sua profusa dimensão. Aqui são difundidos textos das obras clássicos da prosa e da poesia em Língua Portuguesa, quer em sons, quer em imagens, fixas ou em vídeo. É um “planetário” de palavras no qual efeitos visuais são projectados no tecto e num piso que se alumia. Linha do Tempo da História da Língua Portuguesa, desde há seis mil anos (raíz do Indoeuropeu), passando pelo Latim clássico e vulgar, as línguas românicas antigas, até à actualidade. Num grande painel, são mostradas as três Línguas principais que formam o português falado no Brasil - o português de Portugal, a Língua dos Índios e dos africanos. É também apresentado através de 120 relevantes obras da Literatura brasileira a evolução do português falado no Brasil. 39 7. CONCLUSÕES A Engenharia Civil no Brasil começou de forma singela mas cresceu, tem suas bases na riqueza vinda da Europa, mas também no que aprendeu em sua jornada de evolução. A estação da Luz é parte da história da Engenharia Civil no País, com sua construção inicial simples sem nenhum atrativo que cresceu com o tempo, evoluiu com o conhecimento vindo de fora e seus engenheiros que desafiavam a realidade para concluí-la. A Estação passou por diversas fases e realidades até se tornar na Edificação conhecida hoje, e que por falta de atenção se perdeu no esquecimento. Com o Programa de Recuperação do Centro de São Paulo criado pela Prefeitura começaram os trabalhos para recuperação da memória Paulista e as técnicas da construção civil se voltaram para outro trabalho, o de restauro. Assim a Estação da Luz demonstra mais um passo da evolução da Engenharia brasileira, a de recuperar, a de reaprender com o que foi criado por pessoas que já não estão mais presentes para auxiliar em sua reconstrução. Novas lições, novos aprendizados e mais uma vez a Engenharia se supera, tornando-se ainda mais incrível e desafiadora. Este trabalho memorável feito na Estação da Luz é uma prova viva e incrivelmente linda de que é possível o passado viver em harmonia com as tecnologias do presente e principalmente que se houver interesse é possível resgatar toda a história de um país que tem tanto há contar. 42 Ferrovia / Estradas de Ferro. Disponível em: <http://br.geocities.com/row701/ferrovia.htm>. Acesso em: 2/abr/07 História de São Paulo. Disponível em: <http://www.revistamuseu.com.br/emfoco/emfoco.asp?id=2589>. Acesso em: 2/abr/07 História do Brasil. Disponível em: <http://vello.sites.uol.com.br/historia.htm>. Acesso em: 2/abr/07 Histórico da Estação da Luz. Disponível em: <http://www.prefeitura.sp.gov.br/portal/a_cidade/historia/fatos_historicos/index.php?p=5182>. Acesso em: 22/07/07 Histórico Demográfico do Município de São Paulo. Disponível em: <http://censos2007.ibge.gov.br/hist_contagem.shtm> Acesso em: 17/06/07 Histórico Demográfico do Município de São Paulo - CENSO 1872. 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