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Automação Residencial com Utilização de CLP - Apostilas - Ciência da Computação Parte1, Notas de estudo de Informática

Apostilas de Ciência da Computação sobre o estudo da Automação Residencial com Utilização de Controlador Lógico Programável, Arquitetura Centralizada, Ciclo de processamento do CLP.

Tipologia: Notas de estudo

2013
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Baixe Automação Residencial com Utilização de CLP - Apostilas - Ciência da Computação Parte1 e outras Notas de estudo em PDF para Informática, somente na Docsity! CENTRO UNIVERSITÁRIO FEEVALE CÉSAR ADRIANO ALIEVI AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL COM UTILIZAÇÃO DE CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL Novo Hamburgo, dezembro de 2008. CÉSAR ADRIANO ALIEVI AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL COM UTILIZAÇÃO DE CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL Centro Universitário Feevale Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas Curso de Ciência da Computação Trabalho de Conclusão de Curso Professor Orientador: Roberto Affonso Schilling Novo Hamburgo, dezembro de 2008. ABSTRACT It is very common situation, found in several Brazilian residences, the use of several independent systems of automation, totally controlled by their proprietors, that besides generating confusions and forgetfulness as for their actuation, they can with this to cart possible electric power wastes and of drinking water. In many of these homes the comfort, as well as the safety of the residence and of their residents it is also left in second plan, a lot of times exposing like this their residents to unnecessary risks. The proposal of this project is to offer a solution here to some of these problems presented, with a quite spread method and consolidated in the industries, the automation with the use of a Programmable (PLC) Logical Controller, programmed in language ladder; operating illumination systems, alarms as much of patrimonial safety as of fire, controls of electro-electronic, acclimatization of atmospheres, actuation of gate movements, irrigation of gardens, opening of curtains, aquarium aeration, among other automatisms that during the elaboration of this conclusion work may have its viability possible. It intends to propose, with the adoption of PLC and of discrete sensors, that the controls of these systems may have a more accessible cost than the current systems of residential automation, without there is the need of more elaborated graphical interfaces and a computer dedicated to the system in integral time. Key words: CLP, residential automation, ladder. LISTA DE FIGURAS Figura 1.1– Arquitetura Centralizada ___________________________________________ 17 Figura 1.2 – Arquitetura Descentralizada ________________________________________ 18 Figura 2.1 – Ciclo de processamento do CLP ____________________________________ 22 Figura 2.2 – Comparação entre quadros de relés a esquerda e o quadro de CLP a direita. __ 24 Figura 2.3 – CLP Bosch Rexroth L40 __________________________________________ 26 Figura 2.4 – CLP SIMATIC S7-400 ___________________________________________ 27 Figura 2.5 – CLP Modicom Premium __________________________________________ 27 Figura 2.6 – CLP WEG Linha TPW-03 _________________________________________ 28 Figura 2.7 – CLP SIMATIC S7-200 ___________________________________________ 28 Figura 2.8 – CLP Twido - TWD_______________________________________________ 28 Figura 2.9 – CLP WEG Clic-02 _______________________________________________ 30 Figura 2.10 – CLP LOGO ___________________________________________________ 30 Figura 2.11 – CLP Zelio Logic – SR2 / SR3 _____________________________________ 30 Figura 2.12 – Exemplo de programa em ladder ___________________________________ 31 Figura 2.13 – Exemplo de Lista de Instruções ____________________________________ 32 Figura 2.14 – Exemplo de linha de programação em Texto Estruturado ________________ 32 Figura 2.15 – Exemplo de Diagrama de Bloco de Funções __________________________ 33 Figura 3.1 – Contato normalmente aberto (NA) e normalmente fechado (NF) ___________ 36 Figura 3.2 – Contato (NA) e (NF), com retenção __________________________________ 36 Figura 3.3 – Chave de impulso (2 NA + 2 NF), chave de trava (2 NA +1 NF) ___________ 37 Figura 3.4 – Chave fim de curso e suas principais partes ____________________________ 38 Figura 3.5 – Configurações de contatos de fim de curso ____________________________ 38 Figura 3.6 – Exemplos de sinal digital e analógico ________________________________ 39 Figura 3.7 – Sensores de proximidade indutivos __________________________________ 40 Figura 3.8 – Diagrama de blocos de um sensor indutivo ____________________________ 40 Figura 3.9 – Descrição do funcionamento de sensores indutivos ______________________ 41 Figura 3.10 – Relação entre o sinal no oscilador e sua saída _________________________ 41 Figura 3.11 – Sensores de proximidade capacitivos________________________________ 43 Figura 3.12 – Sensor de proximidade capacitivo __________________________________ 43 Figura 3.13 – Sensor de proximidade capacitivo __________________________________ 44 Figura 3.14 – Descrição do funcionamento de sensores capacitivos ___________________ 44 Figura 3.15 – Relação entre o sinal no oscilador e sua saída _________________________ 45 Figura 3.16 – Comparativo entre eficiências dos LEDs infravermelho e visível. _________ 47 Figura 3.17 – Uso das lentes no LED e no fotodetector. ____________________________ 47 Figura 3.18 – Sensores ópticos do tipo barreira. __________________________________ 48 Figura 3.19 – Sensor de presença com minuteria Exatron ___________________________ 49 Figura 3.20 – Sensores LDR__________________________________________________ 49 Figura 3.21 – Sensor de foto-diodo ____________________________________________ 50 Figura 3.22 – Foto-transistor _________________________________________________ 50 Figura 3.23 – Sensor ultra-sônico. _____________________________________________ 51 Figura 3.24 – Diagrama de blocos de um sensor ultra-sônico ________________________ 51 Figura 3.25 – Resistores de temperatura ________________________________________ 52 Figura 3.26 – Curva de resistência dos sensores NTC ______________________________ 52 Figura 3.27 – Diodo de silício ________________________________________________ 53 Figura 3.28 – Reta de representação do diodo ____________________________________ 53 Figura 3.29 – Imagem de um termopar _________________________________________ 53 Figura 3.30 – Tacogerador ___________________________________________________ 54 Figura 3.31 – Sensor de lâminas _______________________________________________ 54 Figura 3.32 – Acionamento por imã do sensor de lâminas __________________________ 54 Figura 3.33 – Relés de estado sólido ___________________________________________ 56 Figura 3.34 – Simbologia multifilar de contator __________________________________ 56 Figura 3.35 – Partes constituintes básicas de um contator ___________________________ 56 Figura 3.36 – Exemplo de um contator _________________________________________ 57 Figura 3.37 – Exemplo de uma válvula proporcional ______________________________ 57 Figura 5.1 – Tela de edição do LOGO SOFTCONFORT ___________________________ 62 Figura 5.2 – Tela de simulação do LOGO SOFTCONFORT ________________________ 65 Figura 5.3 – Sistema de automação de portão de contrapeso _________________________ 67 Figura 5.4 – Sistema de alarme de segurança patrimonial ___________________________ 69 Figura 5.5 – Sistema de iluminação externa ______________________________________ 71 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas A/D Analógico/Digital CA Corrente Alternada CC Corrente Continua CLP Controlador Lógico Programável CPU Central Processing Unit D/A Digital/Analógico DIN Deutsches Institut für Normung DVD Digital Vídeo Disc EEPROM Electrically-Erasable Programmable Read-Only Memory EPROM Electrically Programmable Read Only Memory FBD Function Block Diagram FEM Força Eletromotriz GM General Motors GRAFCET Graphe Fonctionnel de Commande, Etapes Transitions IEC International Electrotechnical Commission IHM Interface Homem/Máquina LD Ladder Diagram LED Light Emitting Diode LDR Light Dependent Resistor NA Normalmente Aberto NC Normally Close NEMA National Electrical Manufactures Association NF Normalmente Fechado Ni - Ca Nickel – Cadmium NO Normally Open NTC Negative Temperature Coeficient PLC Programmable Logic Control PTC Positive Temperature Coeficient PROM Programmable Read-Only Memory RAM Random Access Memory SCR Silicon Controled Rectifier SFC System Function Chart TRIAC Triode for Alternating Current VCA Volt Corrente Alternada VCC Volt Corrente Contínua SUMÁRIO INTRODUÇÃO __________________________________________________________ 14 1 DOMÓTICA ________________________________________________________ 16 1.1 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DOMÓTICOS ___________________________ 16 1.1.1 Arquitetura Centralizada___________________________________________ 17 1.1.1.1 Vantagens das Arquiteturas Centralizadas _________________________ 17 1.1.1.2 Desvantagens das Arquiteturas Centralizadas ______________________ 17 1.1.2 Arquitetura Descentralizada ________________________________________ 17 1.1.2.1 Vantagens das Arquiteturas Descentralizadas ______________________ 18 1.1.2.2 Desvantagens das Arquiteturas Descentralizadas____________________ 18 2 DESCRIÇÕES ACERCA DE CLP_____________________________________ 19 2.1 HISTÓRIA DO CLP _________________________________________________ 19 2.2 GERAÇÕES DE CLP ________________________________________________ 20 2.3 MÓDULOS DE ENTRADAS E SAÍDAS___________________________________ 21 2.4 ESTRUTURA BÁSICA DE UM CLP _____________________________________ 22 2.5 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO USO DE CLPS _______________________ 23 2.6 LÓGICA E SIMBOLOGIA BINÁRIA _____________________________________ 25 2.7 TIPOS E FABRICANTES DE CLPS _____________________________________ 25 2.7.1 CLPs de grande porte _____________________________________________ 26 2.7.2 CLPs de médio porte _____________________________________________ 27 2.7.3 CLPs de pequeno porte ____________________________________________ 29 2.8 LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO DE CLPS _____________________________ 30 2.8.1 Linguagem Ladder _______________________________________________ 31 2.8.2 Lista de Instruções _______________________________________________ 32 2.8.3 Texto Estruturado ________________________________________________ 32 2.8.4 Diagrama de Blocos de Funções ____________________________________ 33 2.8.5 Seqüenciamento Gráfico de Funções _________________________________ 33 3 SENSORES E ATUADORES PARA CLP ______________________________ 35 3.1 SENSORES________________________________________________________ 35 3.1.1 Chaves ________________________________________________________ 35 3.1.1.1 Chave tipo botoeira ___________________________________________ 36 3.1.1.2 Chave fim de curso ___________________________________________ 37 3.1.2 Sensores de proximidade __________________________________________ 39 3.1.2.1 Sensores de proximidade indutivos ______________________________ 39 3.1.2.2 Sensores de proximidade capacitivos _____________________________ 42 3.1.3 Sensores Ópticos_________________________________________________ 46 Capítulo 2 será apresentado a evolução do CLP, características, vantagens e desvantagens em soluções com uso do CLP, lógica e simbologia binária básica, bem como alguns fabricantes de CLP, alguns de seus modelos e exemplos de linguagens de programação de CLPs. Capítulo 3 será descrito alguns tipos de sensores e atuadores comumente utilizados em projetos de automação com uso de CLPs. Capítulo 4 será descrito algumas soluções de automatismos residenciais já existentes, com diferentes sistemas. Capítulo 5 será comentado sobre o software que será utilizado no desenvolvido do projeto de automação proposto neste trabalho de conclusão, bem como a descrição do funcionamento do sistema de automatização, aqui proposto. 1 DOMÓTICA A domótica é uma tecnologia que permite a gestão de todos os recursos prediais. O termo domótica resulta da junção da palavra domus (casa) com robótica (controle automatizado de algo). É este último elemento que rentabiliza o sistema, simplificando a vida diária das pessoas, satisfazendo as suas necessidades de comunicação, de conforto e segurança. Quando a domótica surgiu, com os primeiros edifícios, nos anos 80, pretendia-se controlar a iluminação, condições climáticas, a segurança e a interligação entre os três elementos (WIKIPEDIA, 2008a). Nos nossos dias, a idéia base é a mesma. A diferença é o contexto para o qual o sistema está pensado, não um contexto militar ou industrial, mas doméstico. Apesar de ainda ser pouco conhecida e divulgada, mas pelo conforto e comodidade que pode proporcionar, a domótica promete vir a ter muitos adeptos (WIKIPEDIA, 2008a). Desta forma permite o uso de dispositivos para automatizar as rotinas e tarefas de uma casa. Normalmente são feitos controles de temperatura ambiente, iluminação e som, distinguindo dos controles normais por ter uma central que comanda tudo, que pode ser acoplada a um computador e/ou internet (WIKIPEDIA, 2008a). Este novo ramo da tecnologia tem o objetivo básico de melhorar a qualidade de vida, reduzir o trabalho doméstico e aumentar o bem estar e segurança. Estando esta tecnologia cada vez mais presente na construção de edifícios, residenciais e também em rede de serviços externos. 1.1 Classificação dos sistemas domóticos A arquitetura de um sistema domótico, como qualquer sistema de controle, especifica a forma como os diferentes elementos do sistema de controle vão se localizar. Existem duas arquiteturas básicas, arquitetura centralizada e distribuída. 17 1.1.1 Arquitetura Centralizada Em um sistema de domótica com arquitetura centralizada, um controlador centralizado, envia as informações para os atuadores e interfaces segundo o programa, a configuração e as informações que recebe dos sensores, sistemas interconectados e as ações dos usuários (CASADOMO, 2008). Na Figura 1.1 é possível de ser observada esta arquitetura. Figura 1.1– Arquitetura Centralizada Fonte: CASADOMO (2008) 1.1.1.1 Vantagens das Arquiteturas Centralizadas Montagens mais baratas. Este aspecto pode ser incerto, pois a princípio a montagem deve ser complementada com o custo de uma instalação mais complicada. E um fator muito importante, caso não seja bem escolhido o CLP, são os custos de instalação de grandes quadros equipados por relés de potência, uma vez que existem controladores que são incapazes de comutar cargas elétricas potentes (DÍAZ, PARDO, PULIDO, 2001). 1.1.1.2 Desvantagens das Arquiteturas Centralizadas Grande quantidade de cabeamento, centralização das funções, complicado interfaceamento homem-máquina, não corresponde com a filosofia dos sistemas domóticos, muitos sistemas são executados com CLPs, outros sistemas não possuem bus de comunicação, inexistência de comunicação entre equipamentos (DÍAZ, PARDO, PULIDO, 2001). 1.1.2 Arquitetura Descentralizada Em um sistema domótico com arquitetura descentralizada, existem vários controladores, interconectados por um bus, que envia informação entre eles e aos atuadores e 20 houve a implementação do CLP com microprocessadores em lugar de componentes discretos, e de 1978 em diante, CLPs ganham larga aceitação na indústria (NATALE, 2003). Com o atendimento aos requisitos prescritos por Richard Morley o CLP começou a substituir rapidamente os painéis de relé, dominando a área de controle de processos na indústria. 2.2 Gerações de CLP Conforme Wikipédia (2008b), pode-se didaticamente dividir os CLPs historicamente de acordo com o sistema de programação por ele utilizado: 1ª. Geração: Os CLPs de primeira geração caracterizavam-se pela programação intimamente ligada ao hardware do equipamento. A linguagem utilizada era o Assembly que variava de acordo com o processador utilizado no projeto do CLP, ou seja, para poder programar era necessário conhecer a eletrônica do projeto do CLP. Assim, a tarefa de programação era desenvolvida por uma equipe técnica altamente qualificada, gravando-se o programa em memória EPROM, sendo realizada normalmente no laboratório junto com a construção do CLP. 2ª. Geração: Aparecem as primeiras Linguagens de Programação não tão dependentes do hardware do equipamento, possíveis pela inclusão de um Programa Monitor no CLP, o qual compilava as instruções do programa, verificava o estado das entradas, compara com as instruções do programa do usuário e altera o estado das saídas. Os Terminais de Programação (ou maletas, como eram conhecidas) eram na verdade Programadores de Memória EPROM. As memórias depois de programadas eram colocadas no CLP para que o programa do usuário fosse executado. 3ª. Geração: Os CLPs passaram a ter uma Entrada de Programação, onde um Teclado ou Programador Portátil era conectado, podendo alterar, apagar, gravar o programa do usuário, além de realizar testes de hardware e software. A estrutura física também sofrera alterações sendo a tendência para os Sistemas Modulares com Bastidores ou Racks. 4ª. Geração: Com a popularização e a redução dos preços dos microcomputadores, os CLPs passaram a incluir uma entrada para a comunicação serial. Com o auxílio dos microcomputadores a tarefa de programação passou a ser realizada nestes. As vantagens eram: a utilização de várias representações das linguagens, possibilidade de simulações e 21 testes, treinamento e ajuda por parte do software de programação, possibilidade de armazenamento de vários programas no microcomputador, etc. 5ª. Geração: Atualmente existe preocupação em padronizar protocolos de comunicação para CLPs, proporcionando assim ao equipamento de um fabricante conversar com o de outro, não só CLPs, como Controladores de Processos, Sistemas Supervisórios, Redes Internas de Comunicação. Proporcionando uma maior integração entre os sistemas, facilitando com isto o gerenciamento e desenvolvimento de plantas industriais flexíveis e normalizadas, fruto da chamada globalização. Existem organizações mundiais para o estabelecimento de normas e protocolos de comunicação. Com o avanço da tecnologia e consolidação da aplicação dos CLPs no controle de sistemas automatizados, é freqüente o desenvolvimento de novos recursos dos mesmos. 2.3 Módulos de Entradas e Saídas Os Controladores Lógicos Programáveis são classificados pelo seu porte em função do número de pontos de entrada e saída. Os Controladores Lógicos Programáveis de pequeno porte possuem até 128 pontos de entrada e saída. Os CLPs de médio porte possuem entre 128 e 512 pontos de entrada e saída, e os CLPs de grande porte possuem mais de 512 pontos de entrada e saída (BRUNE, 2005). Um ponto de entrada é considerado o ponto onde um sinal é recebido a partir de um dispositivo, ou componente externo (SILVEIRA e SANTOS, 2002). O ponto de entrada pode ser digital ou analógico. O ponto de entrada digital possui apenas dois estados: ligado ou desligado, enquanto que o ponto de entrada analógica pode interpretar mais de um sinal dependendo do número de bits usados pelo conversor A/D. Por exemplo, um conversor A/D de 10 bits possui 1024 estados. Um ponto de saída é um sinal controlado pelo CLP, o que significa que o CLP abre ou fecha os contatos de um relé (ou similar), permitindo acionar dispositivos ou componentes do sistema de controle (atuadores) (SILVEIRA e SANTOS, 1998). Um ponto de saída pode ser analógico ou digital. As saídas digitais possuem apenas dois estados, enquanto as saídas analógicas possuem mais de dois estados. O número de estados depende do número de bits usado pelo conversor D/A. Por exemplo, um conversor D/A de 8 bits permite 256 estados (níveis de tensão) na saída. Os pontos de saída digitais podem ser implementados por relés, transistores, ou ainda por SCR e TRIAC. Esses dispositivos são usados para acionar 22 lâmpadas, motores, solenóides, válvulas, etc. Os pontos analógicos de saída podem fornecer vários níveis de corrente como, por exemplo, 4 a 20mA, bem como de tensões citando como exemplo o valor de 0 a 10V (MORRISS, 1995). Os programas de um CLP são sempre executados de forma cíclica (loop), reiniciando-se automaticamente a execução a partir da primeira linha de programa. A execução completa das linhas que compõem um programa é chamada de ciclo de varredura (scan cicle), (NATALE, 2003). O programa do CLP constitui a lógica que avalia a condição dos pontos de entrada e dos estados anteriores do CLP, executando as funções lógicas desejadas e acionando as saídas. O CLP lê ciclicamente os sinais dos sensores que são aplicados às suas entradas, transferindo-os para uma unidade de memória denominada memória de imagem. Estes sinais são associados entre si e aos sinais internos. Ao término do ciclo de varredura, os resultados são transferidos à memória imagem de saída e então aplicados aos terminais de saída. Este ciclo esta representado na Figura 2.1. Figura 2.1 – Ciclo de processamento do CLP Fonte: SILVA FILHO (2008). 2.4 Estrutura Básica de um CLP Conforme (SILVA, 2008), a estrutura básica de um CLP é a seguinte:  Fonte de alimentação: Converte a tensão da rede de 110 ou 220 VCA em +5VCC, +12VCC ou +24 VCC para alimentar os circuitos eletrônicos, as entradas e as saídas.  Unidade de processamento: Também conhecida por CPU, é composta por microcontroladores ou microprocessadores (Intel 80xx, Motorola 68xx, PIC 25 2.6 Lógica e simbologia binária A lógica binária possui apenas dois valores que são representados por 0 e 1, e a partir desses dois valores constroem-se então uma base numérica binária. A partir desses conceitos foram criadas as portas lógicas, que são circuitos utilizados para combinar níveis lógicos digitais de formas específicas. Na Tabela 2-1 são apresentadas as três funções lógicas básicas mais utilizadas, suas simbologias, equações booleanas, tabelas verdade bem como os circuitos elétricos e ladder 1 , possibilitando assim que seja efetuado um comparativo entre eles, propiciando assim um melhor entendimento destas funções. Tabela 2-1 Comparativo entre modos de representação de lógica binária. Fonte: Silva Filho (2005) 2.7 Tipos e Fabricantes de CLPs Existe hoje no mercado uma grande quantidade de fabricantes e modelos de CLPs, cada qual destinado a abranger uma camada específica de aplicação em função de seu custo e funções integradas específicas. Este trabalho não tem a finalidade de apresentar todos os fabricantes e modelos existentes, portanto serão apresentadas apenas três categorias de emprego de CLPs, e dentro destas, três exemplos de modelos de marcas renomadas que possam satisfazê-las. 1 ladder Compõe-se de vários circuitos dispostos horizontalmente, com a bobina na extremidade direita, alimentados por duas barras verticais laterais. Por esse formato é que recebe o nome de ladder que significa escada, em inglês. (VIANA, 2000). 26 2.7.1 CLPs de grande porte Plataformas ideais para as mais sofisticadas soluções em automação, tais como controle de processos com grande volume de dados ou gerenciamento de sistemas de manufatura que exijam um alto nível de performance, velocidade e capacidade de memória, aliando processadores de alta performance, permitindo as mais variadas e complexas soluções em automação (WEG, 2008). Possuem grande capacidade de armazenamento de programa e interfaces de comunicação integradas. Alguns destes CLPs podem operar em regime de Multiprocessamento, trabalhando juntos para garantir uma maior performance. Em alguns destes equipamentos seus módulos podem ser substituídos, com o sistema em operação, garantido assim uma grande disponibilidade do sistema (SIEMENS, 2008a). Todo o projeto de software pode ser armazenado na própria CPU do CLP, o que facilita futuras modificações ou mesmo manutenções. Por serem equipamentos de alta performance, são especialmente populares nas indústrias automotivas e de geração e distribuição de energia, bem como também empregado em indústrias químicas, farmacêuticas e petroquímicas. Muitos deles possuem módulos de comunicação industrial Ethernet 1 sendo com isto possível receber e enviar e-mail, carregar páginas Web e implementar supervisão, controle, monitoração e diagnósticos em qualquer lugar do mundo (TELEMECANIQUE, 2008). Nas Figura 2.3 é mostrado um CLP da empresa WEG que se enquadram na categoria de grande porte. Figura 2.3 – CLP Bosch Rexroth L40 Fonte: WEG (2008). 1 Industrial Ethernet é uma rede de comunicação de células e área aberta, multi-marcas de alta performance de acordo com os padrões internacionais IEEE 802.3 (Ethernet) e adequada para uso em ambiente industrial. Ela permite a interconexão de sistemas de automação e destes com outros sistemas, tais como PCs e Workstations (SIEMENS, 2008c). 27 É mostrado na Figura 2.4 um CLP de grande porte do fabricante SIEMENS. Figura 2.4 – CLP SIMATIC S7-400 Fonte: SIEMENS (2008). Um exemplo de CLP de grande porte do fabricante TELEMECANIQUE pode ser visto na Figura 2.5. Figura 2.5 – CLP Modicom Premium Fonte: TELEMECANIQUE (2008). 2.7.2 CLPs de médio porte Os CLPs desta categoria caracterizam-se em geral por suas dimensões menores que os da categoria anterior e excelente relação custo-benefício. Sendo, sobretudo, equipamentos idealizados para aplicações de pequeno e médio porte em tarefas de intertravamento, temporização, contagem e operação matemáticas, substituem com vantagens contatores auxiliares, temporizadores e contadores eletromecânicos, reduzindo o espaço necessário e facilitando significativamente as atividades de manutenção. Em muitos destes equipamentos é possível a comunicação via modem permitindo que seja feita de forma rápida e fácil, a assistência técnica remota (SIEMENS, 2008a). São CLPs rápidos, oferecem um excelente comportamento em tempo real, garantem maior qualidade, eficiência e confiabilidade ao processo, tem uma concepção modular, permitindo que soluções possam ser desenvolvidas sob medida e ampliadas conforme a demanda. Possuem diferentes níveis de memória e diferentes números de entradas e saídas integradas, estão disponíveis uma vasta gama de módulos de expansão para diversas funções, como por exemplo: PROFIBUS-DP, AS-Interface, Ethernet, contadores rápidos, saídas de pulso rápido, memória retentiva, entradas de interrupção, relógio de tempo real, cartão de memória removível, módulo de posicionamento, entradas analógicas PT100 e Termopar, Função PID e ponto flutuante (SIEMENS, 2008a).
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