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Alterações Fisiológicas na Gravidez, Notas de estudo de Fisioterapia

Alteração Musculoesquelética, cardíaca, sistema urinário, da mama, e da pele.

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 20/04/2010

daiane-mazarin-5
daiane-mazarin-5 🇧🇷

4.5

(2)

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Baixe Alterações Fisiológicas na Gravidez e outras Notas de estudo em PDF para Fisioterapia, somente na Docsity! Alterações Fisiológicas na Gravidez Daiane Mazarin Oliveira 5º Termo de Fisioterapia - FAI Introdução As alterações no organismo materno são decorrentes de modificações gerais e locais, que induz uma série de adaptações fisiológicas, atribuídas aos hormônios da gravidez e a pressão mecânica devido ao aumento do útero e de outros tecidos. As adaptações a essas alterações fazem necessário para que inicialmente, o embrião e, depois, o feto tenham um desenvolvimento dentro dos padrões de normalidades e para que a mulher se adapte ao evento da gravidez. Assim, durante as 42 semanas de gestação, o organismo feminino passa por profundas alterações anatômicas, fisiológicas e bioquímicas em quase todos os órgãos e sistemas. Iniciando- se nas primeiras semanas e transcorre até o final da gestação, em algumas delas nos primeiros dias do puerpério ou até o retorno do organismo materno às condições pré-gravídicas.  A coluna vertebral é formada por quatro curvas fisiológicas, que são: curva cervical, com 7 vértebras, a dorsal com 12, a lombar com 5, e a sacral também com 5 vértebras. O conjunto de curvas exerce entre si um fenômeno compensatório, pois as lordoses se compensam com as cifoses e vice-versa. Este fenômeno auxilia na descarga do peso corporal. A alteração em uma dessas curvaturas, como ocorre na gravidez, trará mudanças na biomecânica da coluna e consequentemente dores.  A dor nas costas é comum durante a gravidez, ocorrendo entre 48 e 56% das gestações; geralmente ocorre entre o quinto e sétimo mês. Se a mulher tinha problemas de coluna, o risco de dor nas costas aumenta. O mesmo ocorre com as multíparas (mais de uma gravidez) ou se ela trabalha em serviços pesados. A dor nas costas das gestantes ocorre quando elas ficam muito tempo em pé ou sentadas. Geralmente piora com os movimentos, e algumas têm dificuldade para caminhar, principalmente subir escadas.    Além disso, distúrbios relacionados a alterações anatômicas de coluna vertebral podem ser causa de dor pélvica pela irradiação do suprimento de inervação local.  A lombalgia durante a gravidez não difere significativamente da dor que ocorre em outras épocas da vida. A única diferença importante é que uma grande proporção de gestantes tem dor sobre as articulações sacro-ilíacas, as mulheres com dor nestas articulações tendem a piorar da dor com o passar dos meses, ao contrário da lombalgia comum, que melhora com o tempo.     Vários fatores são responsáveis pelo aparecimento da dor nas costas nas gestantes. Há o envolvimento de fatores mecânicos, como o peso do feto, associado com fatores hormonais, além da sobrecarga na coluna, que também sofre a influência hormonal e altera suas curvaturas (aumento da lordose e cifose, com inclinação da pelve), e do relaxamento dos ligamentos. Então, para compensar a alteração do centro de gravidade, as curvaturas da coluna aumentam, e a mudança na região lombar compensa o aumento abdominal.  Há um outro fator, o estresse, que pode influenciar o sistema músculo-esquelético da gestante. O estresse é uma ameaça ao corpo, física ou mesmo mental, que causará uma resposta corporal de luta. Existem certas semelhanças na resposta articular e muscular qualquer que seja a causa do estresse. As posições adotadas, que se combinam para produzir uma postura de tensão, são bem características e incluem: ombros curvados, cotovelos fletidos e braços aduzidos, mãos interligadas ou apertadas e; cabeça, tronco, costelas, joelhos e tornozelos fletidos. A manutenção desta postura pode sobrecarregar alguns grupos musculares e desencadear dores.  A gestante tem um aumento generalizado na flexibilidade e extensão das articulações, relacionado principalmente ao hormônio relaxina. A relaxina permite que o útero aumente à medida que o feto cresce, entretanto sua ação não se restringe ao útero, e assim, este hormônio age em todos os tecidos conectivos do corpo, como ligamentos e tendões.  No terceiro trimestre há uma maior retenção de água, que pode resultar em edema dos tornozelos e pés, reduzindo a extensão da articulação. O edema também pode pressionar as terminações nervosas, provocando fraqueza e parestesias.      A síndrome do túnel do carpo é uma das possíveis conseqüências da compressão dos nervos pelo edema. Ela ocorre quando o nervo mediano, que proporciona sensibilidade ao polegar, indicador, dedo médio e metade radial do anular, é comprimido. O nervo mediano, juntamente com os tendões flexores dos dedos e do polegar, passa pelo túnel do carpo.      O aumento do bombeamento do coração durante a gravidez deve-se, provavelmente, às alterações que se verificam no fornecimento do sangue ao útero. À medida que o feto cresce, mais sangue chega ao útero da mãe. No fim da gravidez, o útero recebe uma quinta parte de todo o volume sanguíneo da mãe.  Durante a realização de um exercício físico, o bombeamento do coração, a freqüência cardíaca e o consumo de oxigênio aumentam mais nas mulheres grávidas do que nas que não o estão. Além disso, as radiografias e os eletrocardiograma põem em evidência determinadas alterações no coração e podem aparecer sopros e irregularidades do ritmo cardíaco. Todas estas alterações são normais durante a gravidez, mas algumas anomalias do ritmo cardíaco podem requerer tratamento.  A pressão arterial costuma diminuir durante o segundo trimestre, mas pode voltar aos níveis normais no terceiro.  O volume de sangue aumenta 50 % durante a gravidez, mas o número de glóbulos vermelhos, que são as células encarregues de transportar o oxigênio para todo o organismo, só aumenta entre 25 % e 30 %. Por motivos desconhecidos, o número de glóbulos brancos, que são as células que combatem as infecções, aumenta ligeiramente durante a gravidez e, de forma notória, durante o parto e nos dias imediatamente posteriores ao mesmo. Alterações do Sistema Urinário  A atividade dos rins aumenta em grande medida durante toda a gravidez. Os rins têm que filtrar um volume de sangue cada vez maior (entre 30 % e 50 % mais), até atingir um máximo entre 16.ª e a 24.ª semanas, que se mantém até antes do parto, momento em que a pressão exercida pelo útero dilatado pode diminuir ligeiramente a chegada de sangue aos rins.  A atividade renal normalmente aumenta quando uma pessoa se deita e reduz-se quando está de pé. Esta diferença acentua-se durante a gravidez (isto explica, em parte, que a mulher grávida tenha necessidade de urinar quando tenta dormir). No último trimestre da gravidez, o aumento da atividade renal é ainda maior quando se deita de lado. Nesta posição, a pressão que o útero exerce sobre as veias que irrigam as pernas diminui e, portanto, aumenta o fluxo sanguíneo e aumenta a atividade dos rins e o bombeamento do coração.  Estima-se que cerca de 80% das gestantes têm dilatação significante de ambos os ureteres e pelves renais, que se inicia precocemente (10 semanas) e por essa razão filiada à atonia decorrente de estímulos hormonais, progesterona. O fluxo de urina está retardado, causa da maior predisposição à infecção urinária que têm as grávidas  Quando o útero sai da cavidade uterina, repousa sobre os ureteres, comprimindo-os na borda pélvica. A dilatação é maior no lado direito - o lado esquerdo é acolchoado pelo cólon sigmóide.  Há um aumento da freqüência de micções durante as primeiras e últimas semanas de gravidez, devido à ação de hormônios e também pela pressão que o útero exerce sobre a bexiga, diminuindo a sua capacidade de reserva.  O fluxo plasmático renal aumenta no início da gravidez e diminui para níveis não- gravídicos no terceiro trimestre. Estas alterações podem decorrer do lacto gênio placentário.  Pode ficar evidenciada a glicosúria - por causa do aumento na filtração glomerular sem aumento na capacidade de reabsorção tubular da glicose filtrada.  Para o final da gravidez, a pressão da parte fetal apresentada compromete a drenagem de sangue e linfa da base da bexiga, deixando, com freqüência, a área edemaciada, facilmente traumatizada e mais suscetível à infecção. Alterações da Pele  O estado gestacional é uma constante mudança na mulher e em todos os seus sistemas, nas alterações tegumentares inclui-se um dos problemas para a gestante, as estrias e manchas no rosto, por exemplo.  Cerca de metade das mulheres grávidas exibe estrias no abdômen, por vezes presentes também nos seios, iniciando com pigmentação avermelhada e em seguida tornam-se brancas ou nacaradas, persistindo indelevelmente.  As estrias gravídicas aparecem, nos meses seguintes da gestação, como faixas avermelhadas e deprimidas na pele do abdômen e, ocasionalmente, nos seios e coxas.O aparecimento de estrias deve-se á distensão acentuada da pele.  Há uma hiperpigmentação da pele devido ao aumento do hormônio melanina. A linha mediana do abdome passa a ser linha negra. No rosto às vezes surge o cloasma, mancha em forma de máscara que recobre a testa, a raiz do nariz e a região malar. Também pode aumentar na pele que rodeia os mamilos (auréola). A hiperpigmentação desaparece apôs o parto. Junto ao couro cabeludo, surge uma lanugem - o sinal de Halban -, que se intensifica durante a gestação e cai apôs o parto  Na pele, por cima da cintura, podem aparecer pequenos vasos sanguíneos em forma de aranha (aranhas vasculares), bem como uns capilares dilatados de parede fina, sobretudo na parte inferior das pernas. Exercícios fisioterápicos Escolha algumas das posições Durante as contrações Em pé, Sen- comas pernas E tada, com levementeflexio- | acoluna leve- nadas, colunareta | & menteflexionada, emãosapoiadas / É braços esticados e nos joelhos $ mãos apoiadas 2 nochão Ajoelhada, Sentada, comocorpole- coma coluna vementeinclinado, levemente incli- braçose corpo apoiados nada, músculos emalmofadas.O pai relaxados e respi- ajudaamassageara ração norma
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