Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

tecnicas armazenamento de medicamentos, Notas de estudo de Matemática

- - - - - - -

Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010

Compartilhado em 10/05/2008

Pamela87
Pamela87 🇧🇷

4.5

(97)

123 documentos

1 / 41

Documentos relacionados


Pré-visualização parcial do texto

Baixe tecnicas armazenamento de medicamentos e outras Notas de estudo em PDF para Matemática, somente na Docsity! 1 Prefeitura do Município de São Paulo Secretaria Municipal da Saúde Coordenação de Desenvolvimento da Gestão Descentralizada – COGest Área Temática de Assistência Farmacêutica MANUAL DE ESTRUTURAÇÃO DE ALMOXARIFADOS DE MEDICAMENTOS E PRODUTOS PARA A SAÚDE, E DE BOAS PRÁTICAS DE ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO 2 ELABORAÇÃO ÁREA TEMÁTICA DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA – COGest/SMS.G: Chizuru Minami Yokaichiya Dirce Cruz Marques Fabiola Sulpino Vieira Sandra Aparecida Jeremias Sueli Ilkiu Vilberto Crispiniano de Oliveira COLABORADORES Cristina Fujii de Castro Sílvia Regina Ansaldi da Silva Sônia Maria A. Cintra Gonçalves Vera Marta Takayama Shirley Araújo Oliveira Maria Cecília M. Greco Ronaldo José de Oliveira Eduardo Teixeira de Oliveira APOIO LOGÍSTICO Milton Salas Augusto & equipe IMPRESSÃO CEFOR - SMS São Paulo, 2003 1 PARTE I - ESTRUTURAÇÃO DE ALMOXARIFADOS DE MEDICAMENTOS E DE PRODUTOS PARA A SAÚDE 2 PARTE I - ESTRUTURAÇÃO DE ALMOXARIFADOS DE MEDICAMENTOS E DE PRODUTOS PARA A SAÚDE Os almoxarifados precisam ser estruturados para desempenhar as atividades de: Recebimento; Estocagem e guarda; Conservação e Controle de estoque. Dentro deste contexto, para o melhor desempenho de suas atribuições, os almoxarifados devem ser construídos conforme as orientações que seguem. 1. Localização A localização do almoxarifado deve ser planejada, em função da logística de distribuição, ou seja, que o mesmo tenha localização estratégica em relação às unidades de saúde que serão abastecidas a partir do mesmo. 2. Área física A área física deverá ser projetada de acordo com a demanda de cada subprefeitura. 3. Estrutura física externa Deve ter espaço suficiente para a manobra dos caminhões que farão a entrega dos produtos. Deve conter plataforma para carga e descarga, com altura correspondente à base da carroceria de um caminhão, o que corresponde a aproximadamente 100 cm. Esta área de carga e descarga deve ter cobertura, para evitar a incisão direta de luz sobre os produtos durante a descarga e, eventualmente, chuva. O local deve possuir rampas que permitam facilidade de locomoção dos carrinhos contendo os produtos e devem ser estabelecidos procedimentos especiais para o recebimento em dias chuvosos. As portas externas devem ser confeccionadas em aço e em tamanho adequado para a passagem dos caminhões. 3 A iluminação externa deve ser considerada como medida de segurança. O local também deve contar com serviço de segurança por 24 horas. O edifício deve se apresentar em bom estado de conservação: isento de rachaduras, pinturas descascadas, infiltrações, etc. Este ponto é especialmente importante para o caso da necessidade de locação do imóvel. Os arredores devem estar limpos e não devem existir fontes de poluição ou contaminação ambientais próximas ao mesmo. O local deve ter placa de identificação (por exemplo, Prefeitura do Município de São Paulo, Subprefeitura...). 4. Estrutura física interna As instalações devem ser projetadas de acordo com o volume operacional do almoxarifado. Mas as condições físicas devem ser observadas qualquer que seja o tamanho do mesmo: • Piso – deve ser plano, de fácil limpeza e resistente para suportar o peso dos produtos e a movimentação dos equipamentos; • Paredes – constituídas de alvenaria, devem ser pintadas com cor clara, lavável e devem apresentar-se isentas de infiltrações e umidade. Pelo menos uma das quatro paredes deve receber ventilação direta, através de abertura localizada, no mínimo, a 210 cm do piso. Esta abertura deve estar protegida com tela metálica para evitar a entrada de insetos, pássaros, roedores, etc; • Pé direito – A altura mínima recomendada é de 6 m na área de estocagem e de 3 m nas demais áreas; • Portas – de preferência esmaltadas ou de alumínio, contendo fechadura e/ou cadeado; • Teto – de preferência de laje, mesmo que do tipo pré-moldada. Deve-se evitar telhas de amianto porque absorvem muito calor; • Sinalização interna – As áreas e estantes, além dos locais dos extintores de incêndio, precisam ser identificadas; • Instalações elétricas – devem ser mantidas em bom estado, evitando-se o uso de adaptadores. O quadro de força deve ficar externo à área de estocagem e as fiações 6 O almoxarifado pode estar destinado à estocagem de medicamentos e produtos para a saúde. Para tanto, devem ser previstos setores separados para os mesmos. Recomenda- se que cada setor (medicamentos e produtos para a saúde) tenha profissional responsável. Deve ser estruturado para conter as seguintes áreas: Recepção – Área destinada ao recebimento dos produtos, na qual devem ser realizadas a verificação, a conferência e a separação dos mesmos. Expedição – Área destinada à organização, preparação, conferência e liberação dos produtos. Vestiário – Destinado ao pessoal da carga e descarga. Refeitório Sanitários Armazenamento 1. geral – o local deve ser ventilado. Os medicamentos devem ser armazenados em estantes ou estrados. As estantes ou estrados devem ser protegidos da luz e devem permitir a livre circulação de pessoas e equipamentos. Recomenda-se o espaço de aproximadamente 150 cm entre as estantes. Os estrados devem manter distância de 80 cm entre si. No caso do uso de empilhadeiras, considerar o giro da mesma; 2. de medicamentos sujeitos a controle especial – recomenda-se que haja sala reservada para o armazenamento destes medicamentos e, neste caso, a mesma deve atender às especificações sobre ventilação, temperatura, condições de luminosidade e umidade que também são necessárias para a área de armazenamento geral. A melhor localização da sala é próxima à área administrativa, porque permite maior controle do acesso das pessoas; 3. medicamentos termolábeis – devem ser armazenados em equipamentos apropriados para conservação a frio (câmara fria ou refrigerador). A escolha de qual deles será utilizado depende do volume de medicamentos que precisam ser armazenados. Administração – recomenda-se que a sala da administração tenha aproximadamente 10 m2 e que o acesso seja independente das demais áreas do almoxarifado. 7 É importante ressaltar que a recepção e a expedição podem ou não estar localizadas no mesmo espaço, no entanto, este espaço deve estar separado das outras áreas do almoxarifado. 8 PARTE II - MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO: RECEBIMENTO, ESTOCAGEM E TRANSPORTE DE MEDICAMENTOS 11 o Carimbar e assinar o verso da Nota Fiscal; o A apresentação, o número do lote e a quantidade devem estar de acordo com o edital de especificação; o Não escrever ou rasurar o documento original; o Caso o medicamento tenha sido adquirido pela Subprefeitura, o laudo de qualidade deverá ser conferido; o Os medicamentos deverão ter a inscrição “PROIBIDA A VENDA PELO COMÉRCIO”; o O medicamento deverá ser entregue com prazo mínimo de 2/3 (dois terços) da expiração da validade; • Os medicamentos em desacordo com as especificações solicitadas no edital (forma farmacêutica, apresentação, concentração, rótulo, embalagem, condições de conservação, lote, validade) não devem ser recebidos. A Nota Fiscal deverá ser bloqueada até a resolução do problema; • No caso de se constatar danos na embalagem ou alteração do produto, o mesmo deve ser identificado, separado e devolvido ao remetente com comunicação por escrito; • Embalagens violadas ou suspeitas de qualquer contaminação devem ser rejeitadas e registradas. • Inspecionar visualmente os produtos farmacêuticos para verificar sua integridade; • Assinar o canhoto da Nota Fiscal e devolvê-la ao entregador; • Encaminhar a Nota Fiscal, conforme orientação, no prazo máximo de 3 dias úteis; • Registrar qualquer irregularidade e comunicá-la ao superior imediato, conforme as orientações; • Assinar e datar todas as notificações; • Arquivar os formulários de recebimento e cópia de notificações; • Não receber nenhum produto sem documentação; • Efetuar os procedimentos no sistema SUPRI. 3 – Estocagem O espaço deve ser planejado antes do recebimento. 12 Os medicamentos serão armazenados somente após o recebimento oficial, de acordo com as instruções contidas neste manual. A estocagem também deve observar as orientações fornecidas pelo fabricante. 3.1-Condições gerais • Devem ser estocados sobre estrados, prateleiras , em local que não receba a luz direta do sol. Os medicamentos sujeitos a Controle Especial devem seguir a legislação e devem ser estocados em locais próprios. E os produtos termolábeis devem ser estocados no refrigerador, com controle de temperatura; • Ordenar os produtos conforme nome genérico, lote e validade; • Afixar em local visível o nome do produto, nº do lote, prazo de validade. Se houver recebimento de dois lotes diferentes do mesmo produto, identificar e estocar separadamente; • Não estocar medicamentos diferentes no mesmo estrado ou prateleira, assim, evitam-se possíveis trocas na hora da expedição; • Materiais passíveis de quebra (frascos, ampolas) devem ser guardados em local menos exposto a acidentes; • Estocar rigorosamente por lote e por prazo de validade. Os medicamentos com datas de validade mais próximas deverão ficar à frente, para que sejam distribuídos primeiramente; • Manter distância entre os produtos, paredes, tetos e empilhamentos para facilitar a circulação do ar; • Conservar os medicamentos nas embalagens originais e proteger da luminosidade; • Não colocar diretamente sobre o chão; • Não misturar com produtos de outra natureza (por exemplo, material de limpeza); • Manter próximos da área de expedição aqueles com maior rotatividade; • Evitar colocar peso ou empilhar demasiadamente, não arremessar as caixas, manusear adequadamente para manter as características originais. 13 3.2 - Armazenamento de medicamentos termolábeis Os almoxarifados devem dispor de câmaras frias, refrigeradores com temperatura controlada entre 2 e 8ºC, com registro diário. A estocagem deve ser feita separadamente, por lote e prazo de validade, com registro de todas as retiradas. As retiradas devem ser programadas visando diminuir as variações internas de temperatura. Os refrigeradores devem ser mantidos limpos e arrumados, e devem ser utilizados somente para medicamentos. Não devem ser acondicionados alimentos e nem bebidas. 3.3 - Estocagem de medicamentos sob controle especial A área de estocagem deve ser considerada de segurança máxima, com acesso apenas a pessoas autorizadas. As entradas e saídas dos medicamentos devem ser registradas em livros próprios, de acordo com a legislação específica, sob controle e responsabilidade do farmacêutico. 3.4 - Estabilidade dos medicamentos Os medicamentos são constituídos de fármacos com ação no organismo e para que se obtenha o máximo de benefícios desejados e o mínimo de efeitos adversos, o medicamento deve manter as características para o uso preservadas. A estabilidade pode ser classificada em: • Física - propriedades físicas originais, incluem: aparência, sabor, uniformidade e dissolução. • Química - cada componente deverá reter sua integridade e potência. • Microbiológica - esterilidade e ausência de contaminação por bactérias e fungos. 16 fabricante e dos órgãos públicos responsáveis por estas questões, considerando a proteção ambiental. Os produtos farmacêuticos (medicamentos vencidos, contaminados, interditados ou não utilizados) são resíduos que apresentam risco potencial à saúde pública e ao meio ambiente devido às suas características químicas. Recentemente, em publicação no D.O.U. de 05/03/2003, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), estabeleceu através da R.D.C. 33/03 o regulamento técnico para o Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde. Pela proposta da ANVISA, os resíduos químicos são classificados em 8 subgrupos. Os medicamentos estão enquadrados nos três primeiros grupos: B1) resíduos de medicamentos e insumos farmacêuticos quando vencidos, contaminados, apreendidos para descarte, parcialmente utilizados e demais medicamentos impróprios para consumo que oferecem risco; B2) mesma referência anterior, mas para medicamentos ou insumos farmacêuticos que, em função de seu princípio ativo e forma farmacêutica, não oferecem risco e B3) resíduos ou insumos farmacêuticos dos medicamentos controlados pela portaria MS 344/98 e suas atualizações. Toda instituição de saúde deve estabelecer um sistema de gerenciamento de resíduos para, entre outros, submeter os resíduos do tipo B da instrução do CONAMA ao tratamento e à disposição final específica, segundo exigências do órgão ambiental competente. Para tanto deve ser consultada a norma da ABNT NBR 12.808/93 que trata dos resíduos de serviços de saúde. Um sistema de gerenciamento de resíduos deve abordar, no mínimo, os seguintes itens: 1. Identificação dos resíduos produzidos e seus efeitos na saúde e no ambiente; 2. Levantamento sobre o sistema e disposição final para os resíduos; 3. Estabelecimento de uma classificação dos resíduos segundo uma tipologia clara, que seja conhecida por todos; 4. Estabelecimento de normas e responsabilidades na gestão e eliminação dos resíduos; 5. Estudo de formas de redução dos resíduos produzidos; 6. Utilização, de forma efetiva, dos meios de tratamento disponíveis. 17 6 - Controle de estoque A atividade tem por objetivo manter informação confiável sobre níveis e movimentação física e financeira de estoques necessários ao atendimento da demanda, evitando-se a superposição de estoques ou desabastecimento do sistema. A informação em rede entre as unidades de saúde e o almoxarifado é essencial para o bom controle de estoque. O controle de estoque é fundamental para a garantia da qualidade do ciclo logístico da Assistência Farmacêutica: • Subsidiar as atividades da Assistência Farmacêutica na programação, aquisição e distribuição; • Assegurar o suprimento, garantindo a regularidade do abastecimento; • Estabelecer quantidades necessárias e evitar perdas; • Ter procedimentos operacionais da rotina (procedimentos operacionais padrão) por escrito; • Ter registros de movimentação de estoque; • Fornecer informações precisas, claras e a contento, com rapidez, quando solicitadas; • Manter controle e arquivo dos dados organizados e atualizados. 6.1 – Elementos de previsão de estoque Para manter um dimensionamento correto dos estoques que atendam às necessidades, com regularidade no abastecimento, recomenda-se a utilização dos seguintes instrumentos: • Consumo médio mensal (CMM) – é a soma do consumo de medicamentos utilizados em determinado período de tempo dividida pelo número de meses da sua utilização. Quanto maior o período de coleta de dados, maior a segurança nos resultados. Saídas por empréstimo devem ser desconsideradas; • Estoque mínimo (EMI) – é a quantidade mínima a ser mantida em estoque para atender o CMM, em determinado período de tempo, enquanto se processa o pedido de compra, considerando-se o tempo de reposição de cada produto; • Estoque máximo (EMX) – é a quantidade máxima que deverá ser mantida em estoque, que corresponde ao estoque de reserva, mas a quantidade de reposição; 18 • Tempo de reposição (TR) – é o tempo decorrido entre a solicitação da compra e a entrega do produto, considerando a disponibilidade para a dispensação do medicamento. Os novos pedidos são feitos quando se atinge o Ponto de Requisição. A unidade de cálculo do TR ( Tempo de Reposição) é o mês. Se determinado medicamento demora 15 dias entre o pedido da compra e a entrega pelo fornecedor, o TR será igual a 1/2 ( meio mês). Se demorar uma semana , TR será 1/4. Se demorar um mês, TR será igual a 1. Se levar 2 meses, TR será 2. • Ponto de reposição (PR) – é a quantidade existente no estoque, que determina a emissão de um novo pedido; • Quantidade de reposição (QR) – é a quantidade de reposição de medicamentos que depende da periodicidade da aquisição. 6.2 - Inventário É a contagem de todos os itens em estoque para verificar se a quantidade encontrada nas prateleiras coincide com os valores informados nas fichas de controle. Deve ser realizado, periodicamente, recomenda-se semanalmente, com amostras seletivas de 10 a 20% dos produtos em estoque e dos itens de maior rotatividade e registro das irregularidades encontradas. É imprescindível a realização de inventário de todos os itens a cada seis meses. 7 - Distribuição A distribuição deve suprir as necessidades das unidades de saúde, seguir um cronograma, evitar atrasos e desabastecimentos: • Estabelecer e divulgar o fluxo e cronograma da distribuição; • Distribuir em quantidades corretas com qualidade; QR = (CMM x TR + EMI) – EA EA = estoque atual 21 autorização da outra parte envolvida. Deve-se informar o item, a quantidade, o lote e o prazo de validade do medicamento em questão. Deve seguir os mesmos fluxos de entrada e saída no controle de estoque, identificando a procedência. Os documentos devem ser mantidos organizados, assinados, datados e arquivados, identificando assim a movimentação efetuada. 12 - Auto-inspeção Manter procedimentos de auto-inspeção periódicos e registros de monitoração conforme a legislação. Manter Procedimentos Operacionais da Rotina por escrito e de fácil acesso. 13 - Limpeza e conservação O local de trabalho e a área de armazenamento devem ser mantidos limpos e isentos de pó e contaminação, insetos e roedores. É proibido fumar, comer, beber (deve ter local específico para este fim). O lixo deverá ser depositado em recipientes especiais com tampa e deverão ser esvaziados e limpos fora da área de armazenamento seguindo as especificações de reciclagem. Todos os trabalhadores deverão utilizar uniformes e crachá de identificação. 14 - Segurança dos trabalhadores e do patrimônio Medidas apropriadas devem ser tomadas para a segurança dos almoxarifados. Recomenda-se a adoção de sistemas e de serviço de segurança. Para o pessoal que trabalha no setor, devem ser seguidas as normas da CIPA. É indispensável instalação adequada de equipamentos contra o incêndio. 22 PARTE III - DIRETRIZES PARA O RECEBIMENTO DE DOAÇÕES DE MEDICAMENTOS NO ÂMBITO DA SMS-SP 23 PARTE III - DIRETRIZES PARA O RECEBIMENTO DE DOAÇÕES DE MEDICAMENTOS NO ÂMBITO DA SMS-SP A doação de medicamentos pode trazer benefício para os serviços de saúde, principalmente em situações de emergência, nas quais o abastecimento dos medicamentos esteja prejudicado. No entanto, é preciso atentar para o fato de que em algumas situações as doações podem constituir problema para os serviços receptores. Como por exemplo, o recebimento de medicamentos não-padronizados no município ou ainda em quantidade superior ao consumo do serviço até o final do prazo de validade, embalagens misturadas ou quebradas, etc. São inúmeros os problemas que podem acontecer quando as doações não seguem orientações previamente estabelecidas. Portanto, constitui objetivo deste trabalho divulgar diretrizes para o recebimento de doações de medicamentos. Estas diretrizes foram baseadas no documento mundialmente adotado da Organização Mundial da Saúde (WHO. Guidelines for Drug Donations. Geneva, 1999). Princípios para a boa doação de medicamentos As doações de medicamentos devem atender a princípios que servirão de linha de julgamento para a decisão por parte do receptor sobre a aceitação ou não da doação, principalmente para as situações não previstas por estas diretrizes. Devem ser avaliados sempre que houver oferta para a doação de medicamentos e produtos para a saúde. A observância dos mesmos evita que sejam aceitas doações que possam vir a configurar problemas mais sérios para os serviços de saúde. Aspectos para consideração 1. Quanto à seleção e ao prazo de validade 26 4.2 – O doador deve arcar com o custo de transporte e demais custos que por ventura surjam, até a entrega definitiva do medicamento no local identificado pelo receptor, a menos que seja acordado o contrário. 27 PARTE IV - BIBLIOGRAFIA 28 1. CEFOR - SMS. Manual de Formação do Auxiliar de Farmácia. unidade 2. São Paulo: 1997. 2. CFF. Resolução nº 365, de 02 de outubro de 2001. Dispõe sobre a assistência farmacêutica em distribuidoras, representantes, importadoras e exportadoras de medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos. Disponível em: http://www.cff.org.br/legis/resolucoes/res_365_2001.htm. [Maio/2003]. 3. DUPIM J.A.A. Assistência Farmacêutica, um modelo de organização. Belo Horizonte, SEGRAC: 1999. 4. MARIN N. organizador Assistência farmacêutica para gerentes municipais. Rio de Janeiro, OPAS/OMS: 2003, p. 197-237. 5. MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL. Central de Medicamentos. Almoxarifados centrais de medicamentos. Manual de recomendações para projetos de construção. 1989. 6. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Assistência farmacêutica. Instruções técnicas para sua organização. Brasília, 2001. 7. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria 1131 de 18 de junho de 2002. Dispõe sobre o Regulamento Técnico Mercosul sobre Boas Práticas de Distribuição de Produtos Farmacêuticos. 8. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria nº 802, de 08 de outubro de 1998. Institui o Sistema de Controle e Fiscalização em toda a cadeia dos produtos farmacêuticos. In: CFF. A organização jurídica da profissão farmacêutica. Brasília, 1999/2000, p. 742- 750. 31 ANEXO 1 - FORMULÁRIO DE RECEBIMENTO DE MEDICAMENTOS Elaborar etiquetas grandes e legíveis para caixas armazenadas. Com a finalidade de facilitar a identificação dos produtos, sua quantidade e prazo de vencimento. Nome genérico:..................................................................................................................................... Lote número:........................................................................................................................................ Data de validade:................................................................................................................................. .....................................caixas com ........................................(quantidade da forma farmacêutica) exemplo: 40 caixas c/ 20 comprimidos Roteiro de Recebimento de Medicamentos: Análise do aspecto macroscópico: Efetuar primeiro os termolábeis. 1- Embalagens: 1.1-Embalagem da caixa coletiva: Nome genérico do medicamento Número de lote: Data de fabricação: Data de vencimento: Descrição do número de cxs contidas na cx coletiva Total da embalagem: 1.2-Aspecto da caixa individual: Nome genérico do medicamento: Número do lote: Data de fabricação: Data de validade Inscrição “Venda proibida pelo comércio” Registro no MS Responsável Técnico sim não sim não sim não sim não sim não sim não sim não sim não sim não sim não sim não sim não 32 2- Medicamento: Solução clara e uniforme (exceção de algumas fórmulas) difícil ressuspensão odor alterado manchas vazamento quebrado condições de transporte adequado inadequado 3-Acessórios: Conta gotas Aplicador Copo dosador Seringa Colher 4-Nota Fiscal: Conferir destino: Descrição do medicamento:................................................................................................................... Forma farmacêutica e concentração:..................................................................................................... Quantidade recebida a mais:.................................................................................................................. Quantidade recebida a menos:............................................................................................................... Número do lote:..................................................................................................................................... Preencher este formulário e encaminhar ao farmacêutico do PA ou responsável e separar imediatamente dos demais produtos. Notificar imediatamente ao farmacêutico de referência. Recebido por: ........................................................(nome) e Data :....................................................... sim não sim não sim não sim não sim não sim não 33 ANEXO 2 – FICHA DE NOTIFICAÇÃO DE QUEIXA TÉCNICA PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE FICHA DE NOTIFICAÇÃO DE QUEIXA TÉCNICA (ou Suspeita de Desvio de Qualidade) Unidade Serviço Localidade Iniciais do Paciente Idade Sexo Gestante? Sim Não Endereço Residencial do Pac.: Telefone: Medicamento com problema: Apres Fabricante: Número do Lote: Validade: Falta de Efeito Terapêutico: Alteração Cor Rótulo Odor Embalagem Turbidez Falsificação Sabor Outros (especificar) Nome do notificador Categoria profissional Tefelone/Fax Data de notificação ORIENTAÇÕES PARA PREENCHIMENTO Identificação de Unidade, Serviço e Localidade Preencha este campo com a Unidade de recebimento/ armazenamento/ distribuição ou dispensação (consultório, ambulatório, enfermaria, pronto-socorro, etc) e o Serviço de especialidade (pediatria, clínica médica, clínica cirúrgica, etc). Identifique a Localidade do atendimento (São Paulo, Distrito de Saúde) Identificação do paciente – Quando a queixa partir do paciente Preencha os campos Iniciais do paciente, Idade, Sexo e assinale o campo correspondente caso a paciente seja gestante. Endereço residencial e telefone para contato ou e-mail. Queixa técnica ou Suspeita de Desvio de Qualidade Quando houver suspeita de qualidade (ausência de efeito, produto alterado, etc), o Medicamento com problema deve ser identificado no campo correspondente, pelo Nome comercial / genérico, complementando com as informações da Apresentação, assim como o Fabricante, n.0 de lote e a data de validade. 36 Evento médico importante Não se aplica Nome do notificador Categoria profissional Tefelone/FAX Data de notificação ESTAS INFORMAÇÕES SÃO CONFIDENCIAIS E SERÃO UTILIZADAS PARA INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA ORIENTAÇÕES PARA PREENCHIMENTO Tipo de Relato Assinale o campo Informação inicial quando for o primeiro relato. Caso seja uma Complementacão de um relato entregue previamente, assinale o campo correspondente. Identificação de Unidade, Serviço e Localidade Preencha este campo com a Unidade de atendimento do paciente (consultório, ambulatório, enfermaria, pronto-socorro, etc) e o Serviço de especialidade (pediatria, clínica médica, clínica cirúrgica, etc). Identifique a Localidade do atendimento (São Paulo, Distrito de Saúde) Identificação do paciente Preencha os campos Iniciais do paciente, Idade, Sexo, Peso (kg), Altura (cm) e assinale o campo correspondente caso a paciente seja Gestante. Identificação do evento adverso Descreva brevemente o Evento adverso ocorrido e complemente os campos Diagnóstico e breve descrição do quadro clínico corretamente. Preencha o campo correspondente à Data do evento adverso, considerando a data de ocorrência do início do evento. Identificação do medicamento Identifique cada medicamento administrado em ordem de suspeita pelo Nome comercial / genérico, complementando com as informações da Apresentação, Dose diária utilizada, Via de administração, data de Início e Término da administração. Recuperação e Resultado do evento adverso Assinale como foi a Recuperação do paciente e o Resultado do evento adverso. Marque os campos referentes a Suspensão e Reintrodução do medicamento. Identificação do notificador 37 Identifique o Nome, a Categoria profissional (médico, farmacêutico, dentista, enfermeiro, etc), o Telefone ou Fax de contato do notificador e a Data da notificação, considerando esta a data de preenchimento do relato. As notificações devem ser enviadas por fax, e-mail ou malote para o(a) Farmacêutico(a) de referência.
Docsity logo



Copyright © 2024 Ladybird Srl - Via Leonardo da Vinci 16, 10126, Torino, Italy - VAT 10816460017 - All rights reserved