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Análise microbiológica de matérias primas e formulações farmacêuticas magistrais, Manuais, Projetos, Pesquisas de Farmácia

Artigo Cientifico

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

Antes de 2010

Compartilhado em 05/12/2009

949-970-1079-p-1103-is-i-8467-945-9
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Baixe Análise microbiológica de matérias primas e formulações farmacêuticas magistrais e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Farmácia, somente na Docsity! Revista Eletrônica de Farmácia Vol 2(2), 38-44, 2005. ISSN 1808-0804 ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE MATÉRIAS PRIMAS E FORMULAÇÕES FARMACÊUTICAS MAGISTRAIS Microbiological analysis of raw materials and pharmaceutical formulations Flávia R. O. Andrade1; Aline A. Souza1; Maria do Carmo B. Arantes1; José R. de Paula1; Maria T. F. Bara1* 1Laboratório de Controle de Qualidade de Medicamentos, Faculdade de Farmácia, Universidade Federal de Goiás. Praça Universitária s/n. 74605-220. Goiânia-GO, Brasil. * Autor para correspondência. e-mail: mbara@farmacia.ufg.br Recebido em 05/02/2005 - Aceito em 16/11/2005 RESUMO: De acordo com as Boas Práticas em Farmácia, os produtos farmacêuticos devem possuir qualidade compatível com especificações determinadas por códigos oficiais, visando assegurar seu uso. A qualidade microbiológica da matéria-prima empregada nas formulações de medicamentos e cosméticos é fator primordial para se alcançar eficiência e segurança. Neste trabalho, realizou-se a contagem de bactérias heterotróficas e pesquisa de Escherichia coli, coliformes totais e fecais em amostras de água destilada, deionizada e obtidas por osmose reversa. Realizou-se também a contagem de microrganismos aeróbios viáveis totais (bactérias e fungos), a pesquisa de bactérias patogênicas e de coliformes totais em amostras de matérias-primas vegetais e produtos naturais; e em formulações-bases de cremes, loções e géis. O método aplicado e as especificações foram baseados em Farmacopéias ou nos dados da Organização Mundial de Saúde. Os resultados obtidos evidenciaram que 86,3% das amostras analisadas se encontravam em conformidade com os padrões estabelecidos. A qualidade microbiológica da água deionizada demonstrou que esta constitui um problema a ser solucionado nas farmácias com manipulação, sendo verificado que 65% das amostras estavam com limites de carga microbiana acima das especificações. Na análise das formulações básicas de produtos magistrais semi-acabados verificou-se que 97,17% estavam de acordo com limites estabelecidos. Em relação às matérias-primas vegetais e demais produtos naturais, 3,51 % e 10,5%, respectivamente, estavam em desacordo com as especificações. Os dados obtidos mostraram que as Boas Práticas de Manipulação em Farmácias contribuíram para a melhoria da qualidade microbiológica de produtos farmacêuticos magistrais, entretanto, verificou-se um ponto crítico a ser solucionado, que é a qualidade da água purificada por deionização. PALAVRAS - CHAVE: controle de qualidade microbiológico; água deionizada; matéria-prima vegetal; produtos farmacêuticos semi-acabados. ABSTRACT: In agreement with Good Manufacturing Practice, pharmaceutical products must have a quality according to specifications set by official compendia assuring their use. The microbiological quality of raw material employed in pharmaceutical and cosmetic formulations is very important to achieve efficacy and safety. In this work it was done the heterotrophic bacteria count, the total viable aerobic count, yeasts and moulds count, detection of pathogenic bacteria in samples of purified water, plant raw materials, natural products and in formula base of creams, lotions and gels. The applied methods and the specifications were based on Pharmacopeas or World Health Organization.The results showed that 86.3% of analysed samples were according to the parameters. The microbiological quality of deionizated water demonstrated a problem to pharmacies and it was verified that 65% of them were above the specifications. It was found that 97.17% of the formulations were with microbial counts in the permited limit. The plant raw materials and natural products showed values of 3.51% and 10.5%, respectively in disagreement with the specifications. The obtained data demonstrated that the Good Manufacturing Practice applied to Bara, M. T. F. et al./Revista Eletrônica de Farmácia Vol 2(2), 38-44, 2005 39 pharmacies contribute to microbiological quality of the pharmaceutical products, however, critical points must be solved, as the quality of the deionizated water used must be improved. KEYWORDS: microbiological quality control; pharmaceutical products; vegetable raw material; deionizated water. INTRODUÇÃO O uso seguro e eficaz de medicamentos e cosméticos envolve análises físico-químicas e microbiológicas de matérias-primas e do produto acabado, como etapa preliminar para alcançar um padrão de qualidade necessário aos mesmos. A Farmácia Magistral representa um importante segmento do mercado farmacêutico brasileiro. A Anvisa (BRASIL, 2000), por meio da Resolução 33/2000, instituiu as Boas Práticas de Fabricação em Farmácia, buscando estabelecer rígidos parâmetros de qualidade em todas as etapas de fabricação de um produto manipulado de forma magistral. Em conformidade com a legislação, as farmácias têm implantado ou terceirizado ensaios físico-químicos e microbiológicos. Em relação ao controle de qualidade microbiológico de produtos não estéreis, nos quais admite-se a presença de carga microbiana limitada, o objetivo imediato desta análise é comprovar a ausência de microrganismos patogênicos e determinar o número de microrganismos viáveis, em função da utilização do produto, por exemplo para uso tópico ou oral. Deve-se ressaltar que carga microbiana elevada pode comprometer a estabilidade do produto, conseqüentemente, pode haver perda da eficácia terapêutica, por degradação do princípio ativo ou por alteração de parâmetro físico fundamental para a sua atividade, como o pH. Além disso, alterações das propriedades físico- químicas também podem afetar a ação terapêutica, comprometendo a biodisponibilidade do produto e a aceitação do mesmo pelo consumidor. Variações de pH podem resultar em faixas de coloração distintas do corante ou em precipitações; produção de gases, provocando odor desagradável; ação enzimática promovendo degradação de tensoativos (lipases) ou macromoléculas (celulases), levando à quebra de emulsões ou alterações da viscosidade de géis (PINTO et al., 2000). O controle de qualidade microbiológico de matérias-primas, medicamentos e cosméticos tem sido abordado em diversos trabalhos (DE LA ROSA et al, 1995; JIMENEZ, 2001; SCHWARB et al., 2001; CORREA e MIRANDA, 2002; FREGONEZI-NERY et al., 2002; AMARAL e VILELA, 2003; ROCHA et al, 2004; ZARONI et al, 2004). A qualidade de matérias-primas farmacêuticas, como lactose, amido, talco, goma arábica e adragante, gelatina e celulose foi investigada por DE LA ROSA et al. (1995), que demonstraram a presença de bactérias dos gêneros Enterobacter, Serratia e Proteus em diversos excipientes analisados. As gomas foram os produtos com maiores níveis de contaminação bacteriana e fúngica. A qualidade microbiológica de produtos para uso tópico foi demonstrada por SCHWARB et al., 2001, que relataram a necessidade de maiores estudos sobre conservantes para estas formulações, para prevenir a contaminação por agentes causadores de micoses, como Paecilomyces lilacinus. FREGONEZI-NERY et al. (2002) verificaram que por meio da análise sensorial de formulações de albendazol, na forma de suspensão, pode-se inferir sobre a qualidade deste medicamento, uma vez que alterações na aparência, odor e sabor da mesma foram observadas, embora o conteúdo de albendazol tenha permanecido inalterado. Uma matéria-prima que merece especial atenção devido ao amplo uso em formulações farmacêuticas e cosméticas é a água, a qual também é utilizada em diferentes tipos de limpeza e operações unitárias nas farmácias (PINTO et al, 2000). Pode receber tratamento de purificação distinto conforme a aplicação que se deseja, sendo os métodos mais utilizados, destilação e deionização. Deionização tem sido muito usado, principalmente frente à economia nos gastos com água e energia em relação à destilação. A pureza da água está relacionada à ausência de patógenos e a uma carga mínima de microrganismos não patogênicos, estabelecidos pela UNITED STATES PHARMACOPEIA (2000); BRITISH PHARMACOPOEA (2000); AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION (1995). Estudos realizados por CORREA e MIRANDA (2002) e DINIZ (2000), demonstraram a necessidade de um rigoroso controle de qualidade microbiológico da água para evitar contaminação microbiana nos produtos acabados. Na análise microbiológica da água para fins farmacêuticos, têm-se como limites de aceitação em termos de contagem padrão em placas de bactérias heterotróficas, não mais que 102 UFC /mL (UNITED STATES PHARMACOPEIA, 2000), coliformes totais: <1,1 NMP / 100 mL e ausência de coliformes termotolerantes (AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION, 1995); ausência de E. coli, P. aeruginosa e de S. aureus (BRITISH PHARMACOPOEA, 2000). Plantas medicinais e produtos naturais são componentes ativos ou adjuvantes farmacotécnicos de diversas formas farmacêuticas magistrais. A determinação da carga microbiana em plantas medicinais e matérias-primas vegetais é um parâmetro que contribui para a segurança e qualidade de fitoterápicos (BRASIL, 2004). Estudos realizados por SANTOS et al. (1995); KNEIFEL et al. (2002) e ROCHA et al. (2004) investigaram e constataram uma considerável contaminação microbiana em plantas medicinais. A contaminação de plantas medicinais por Escherichia coli e fungos aflatoxigênicos tem sido relatada na literatura (VEIGA JUNIOR e PINTO, 2005). Ações preventivas têm Bara, M. T. F. et al./Revista Eletrônica de Farmácia Vol 2(2), 38-44, 2005 42 Medicamentos para administração por via oral contendo matérias-primas de origem natural também foram investigados neste estudo. Os resultados obtidos demonstraram que dos 19 produtos analisadas, 10,5% estavam em desacordo com a especificação farmacopêica (Gráficos 1 e 2). Das amostras reprovadas nas análises, detectou-se problemas em duas amostras de cálcio de ostra, cujos valores da contagem de aeróbios viáveis totais foram 1,2 x 105 e 3 x 105 UFC/g. Foram encontrados bastonetes gram-positivos em uma das amostras de cálcio de ostra. A qualidade microbiológica de lactose, amido, talco, goma arábica e adragante, gelatina e celulose foi investigada por DE LA ROSA et al. (1995), que verificaram a presença de bactérias patogênicas como Enterobacter, Serratia e Proteus nas gomas. Na análise dos produtos semi-acabados, ou seja, formulações-bases de cremes, loções e géis verificou-se que das 106 formulações analisadas, somente 2,83% estavam em desacordo com as especificações, portanto, 97,17% das amostras foram aprovadas nesta análise farmacêutica (Gráficos 1e 2). Dentre as amostras reprovadas, detectou-se problemas em três amostras de géis, sendo um à base de carbopol, um de natrosol e um gel manipulado para uso em ultrassonografias, não sendo especificado sua composição. Bastonetes gram-positivos não- fermentadores de lactose foram encontrados nestas amostras, os quais podem estar relacionados à contaminação ambiental ou serem provenientes de materiais, da água utilizada ou de pessoal não paramentado. A qualidade microbiológica de produtos para uso tópico foi investigada por SCHWARB et al., 2001, que detectaram a contaminação por agentes causadores de micoses, como Paecilomyces lilacinus. 0 20 40 60 80 100 água purificada matérias- primas vegetais produtos naturais produtos semi- acabados po rc en ta ge m de acordo em desacordo Gráfico 1. Avaliação da qualidade microbiológica de matérias-primas e produtos magistrais semi-acabados. Gráfico 2. Porcentagem de matérias-primas e produtos farmacêuticas semi-acabadas em desacordo com as especificações estabelecidas para as análises microbiológicas. 44 2,83 3,51 10,5 Água purificada Formulações básicas Matérias-primas vegetais Produtos naturais Bara, M. T. F. et al./Revista Eletrônica de Farmácia Vol 2(2), 38-44, 2005 43 Esta avaliação microbiológica apresentou uma grande relevância no sentido de indicar parâmetros de qualidade de produtos farmacêuticos elaborados por farmácias magistrais. Por meio das análises microbiológicas, aliadas às análises físico-químicas, pode-se contribuir para garantir a eficácia e segurança de produtos farmacêuticos. CONCLUSÕES Os dados obtidos mostraram que as Boas Práticas em Farmácia, instituídas pela RDC 33/ 2000 (BRASIL, 2000) certamente contribuíram muito para a qualidade de formas farmacêuticas magistrais. Entretanto, um ponto crítico a ser solucionado, é a melhoria da qualidade microbiológica da água purificada por deionização usada nas farmácias. Pode-se sugerir, como medida preventiva deste problema a sanitização e manutenção adequada do equipamento, o uso de água de boa qualidade antes da entrada do deionizador, o uso de água recém purificada, o uso de equipamentos contendo lâmpadas germicidas, ligadas intermitentemente e a avaliação periódica da qualidade microbiológica da água. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMARAL, M. P. H.; VILELA, M. A. P. Controle de Qualidade na Farmácia de Manipulação. 2ª Edição. Juiz de Fora: Editora da UFJF/ Ômega Editora e Distribuidora Ltda., 2003. AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION. Standard methods for the examination of water and wastewater. 19th ed. Washington, p. 9-48. 1995. BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução 33 de 19 de abril de 2000. Regulamento técnico que institui as boas práticas de manipulação em farmácias. Brasília,2000. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução 48 de 16 de março de 2004. Registro de Medicamentos Fitoterápicos. Brasília, 2004. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução 481 de 23 de setembro de 1999. Controle de qualidade microbiológico para os produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes. Brasília, 1999. BRITISH PHARMACOPOEA, v.II, Strasbourg: Council of Europe. 2000. CORREA, A.M.; MIRANDA, C. A. A. Análise dos sistemas de purificação e controle de qualidade da água utilizada em farmácias de manipulação de Joinville.44 p. Trabalho de Conclusão de Curso. Univille. Joinvile. 2002. DALL´AGNOL, L. Avaliação dos Efeitos da Radiação Gama (Co60) sobre princípios ativos e carga microbiana de plantas medicinais. Revista Brasileira de Plantas Medicinais. v.3, n.2, p. 45-51, 2001. DE LA ROSA, M.C.; MEDINA, M.R.; VIVAR, C. 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