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Notas de Literatura: A Narrativa de ficção ou narração, Notas de estudo de Literatura

Noções sobre os tipos de narrativa

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 17/03/2010

silvana-almeida-2
silvana-almeida-2 🇧🇷

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Baixe Notas de Literatura: A Narrativa de ficção ou narração e outras Notas de estudo em PDF para Literatura, somente na Docsity! A Narrativa de Ficção ou Narração A narrativa de ficção é construída, elaborada de modo a emocionar, impressionar as pessoas como se fossem reais. Quando você lê um romance, novela ou conto, por exemplo, sabe que aquela história foi inventada por alguém e está sendo vivida de mentira por personagens fictícios. No entanto, você chora ou ri, torce pelo herói, prende a respiração no memento de suspense, fica satisfeito quando tudo acaba bem. A história foi narrada de modo a ser vivida por você. Suas emoções não deixam de existir só porque aquilo é ficção, é invenção. No "mundo da ficção" a realidade interna e mais ampla que a realidade externa, concreta, que conhecemos. Através da ficção podemos, por exemplo, nos transportar para um mundo futuro, no qual certas situações que hoje podem nos parecer absurdas, são perfeitamente aceitas como verdadeiras. A narração consiste em arranjar uma seqüência de fatos na qual os personagens se movimentam num determinado espaço à medida que o tempo passa. O texto narrativo é baseado na ação que envolve personagens, tempo, espaço e conflito. Seus elementos são: narrador, enredo, personagens, espaço e tempo. Dessa forma, o texto narrativo apresenta uma determinada estrutura: Esquematizando temos: - Apresentação; - Complicação ou desenvolvimento; - Clímax; - Desfecho. Protagonistas e Antagonistas A narrativa é centrada num conflito vivido pelos personagens. Diante disso, a importância dos personagens na construção do texto é evidente. Podemos dizer que existe um protagonista (personagem principal) e um antagonista (personagem que atua contra o protagonista, impedindo- o de alcançar seus objetivos). Há também os adjuvantes ou coadjuvantes, esses são personagens secundários que também exercem papéis fundamentais na história. Narração e Narratividade Em nosso cotidiano encontramos textos narrativos; contamos e/ou ouvimos histórias o tempo todo. Mas os textos que não pertencem ao campo da ficção não são considerados narração, pois essas não têm como objetivo envolver o leitor pela trama, pelo conflito. Podemos dizer que nesses relatos há narratividade, que quer dizer, o modo de ser da narração. Os Elementos da Narrativa Os elementos que compõem a narrativa são: - Foco narrativo (1º e 3º pessoa); - Personagens (protagonista, antagonista e coadjuvante); - Narrador (narrador- personagem, narrador-observador). - Tempo (cronológico e psicológico); - Espaço. Narrador e o Foco Narrativo O narrador é elemento fundamental para o sucesso do texto, pois esse é o dono da voz, o que conta os fatos e seu desenvolvimento. Atua como intermediário entre a ação narrada e o leitor. O narrador assume uma posição em relação ao fato narrado (foco narrativo), o seu ponto de vista constitui a perspectiva a partir da qual o narrador conta a história. O foco narrativo em 1ª pessoa Na narração em 1ª pessoa o narrador é um dos personagens, protagonista ou secundário. Nesse caso ele apresenta aquilo que presencia ao participar dos acontecimentos. Dessa forma, nem tudo aquilo que o narrador afirma refere-se à “verdade”, pois ele tem sua própria visão acerca dos fatos; sendo assim expressa sua opinião. Foco narrativo em 3ª pessoa Na narração em 3ª pessoa o narrador é onisciente. Nos oferece uma visão distanciada da narrativa; além de dispor de inúmeras informações que o narrador em 1ª pessoa não oferece. Nesse tipo de narrativa os sentimentos, as idéias, os pensamentos, as intenções, os desejos dos personagens são informados graças à onisciência do narrador que é chamado de narrador observador. O ENREDO O enredo é a estrutura da narrativa, o desenrolar dos acontecimentos gera um conflito que por sua vez é o responsável pela tensão da narrativa. OS PERSONAGENS Os personagens são aqueles que participam da narrativa, podem ser reais ou imaginários, ou a personificação de elementos da natureza, idéias, etc. Dependendo de sua importância na trama os personagens podem ser principais ou secundários. Há personagem que apresenta personalidade e/ou comportamento de forma evidente, comuns em novelas e filmes, tornando-se personagem caricatural. O ESPAÇO O espaço onde transcorrem as ações, onde os personagens se movimentam auxilia na caracterização dos personagens, pois pode interagir com eles ou por eles ser transformado. O TEMPO A duração das ações apresentadas numa narrativa caracteriza o tempo (horas, dias, anos, assim como a noção de passado, presente e futuro). O tempo pode ser cronológico, fatos apresentados na ordem dos acontecimentos, ou psicológico, tempo pertencente ao mundo interior do personagem. Quando lidamos com o tempo psicológico a técnica do flashback é bastante explorada, uma vez que a narrativa volta no tempo por meio das recordações do narrador. Concluindo Ao produzir uma narração o escritor deve estar atento à todas as etapas. Dando ênfase ao elemento que se quer destacar. Uma boa dica é: observar os bons romancistas e contistas, voltando a atenção para seus roteiros, na forma como trabalham os elementos em suas narrativas. Tipos de Narração Sabemos que o ato de contar histórias remonta ao passado. Antigamente as pessoas tinham o hábito de sentar-se à beira de suas casas nos momentos de descanso e relatar fatos acontecidos, muitas vezes ficcionais, e isso ia passando de geração para geração. Quem de nós não conhece a história do Chapeuzinho Vermelho, Bela Adormecida e tantos outros clássicos da literatura? Por mais que o advento da tecnologia tenha desencantado essa magia e, de certa forma, promovido o afastamento entre as pessoas, existem variadas formas de narrativas, sejam elas orais, escritas, visuais ou encenadas, como é o caso do teatro. Seja qual for a modalidade, o texto narrativo dispõe-se de certos elementos primordiais, que são: tempo, espaço, personagens, narrador e enredo. E para conhecermos um pouco mais sobre os diversos tipos de narrativa, devemos saber que elas se subdividem em: Romance, Novela, Conto, Crônica e Fábula. Por isso, estudaremos as mesmas passo a passo: Romance: É uma narrativa sobre um acontecimento ficcional no qual são representados aspectos da vida pessoal, familiar ou social de uma ou várias personagens. Gira em torno de vários conflitos, sendo um principal e os demais secundários, formando assim o enredo. Novela: Assim como o romance, a novela comporta vários personagens, sendo que o desenrolar do enredo acontece numa sequência temporal bem marcada. Atualmente, a novela televisiva tem o objetivo de nos entreter, bem como de nos seduzir com o desenrolar dos acontecimentos, pois a maioria foca assuntos relacionados à vida cotidiana. Conto: É uma narrativa mais curta, densa, com poucos personagens, e apresenta um só conflito, sendo que o espaço e o tempo também são reduzidos. Crônica: Também fazendo parte do gênero literário, a crônica é um texto mais informal que trabalha aspectos da vida cotidiana, muitas vezes num tom muito “sutil” o cronista faz uma espécie de denúncia contra os problemas sociais através do poder da linguagem. Fábula: Geralmente composta por personagens representados na figura de animais, é de caráter pedagógico, pois transmite noções de cunho moral e ético. Quando são representadas por personagens inanimados, recebe o nome de Apólogo, mas a intenção é a mesma da fábula. Poema é uma obra literária que é apresentada no formato de versos. Um poema pode ser a respeito de vários temas, porém os mais comuns são: amor, valorização da natureza, tema épico, feito heróico, etc. Obra em verso. Composição poética de certa extensão, com enredo Na narração, existem três formas de citar a fala (discurso) dos personagens: o discurso direto, o discurso indireto e o discurso indireto livre. Discurso direto: Por meio do discurso direto, reproduzem-se literalmente as palavras do personagem. Esse tipo de citação é muito interessante, pois serve como uma espécie de comprovação figurativa (concreta) daquilo que acabou de ser exposto (ou que ainda vai ser) pelo narrador. É como se o personagem surgisse, por meio de suas palavras, aos olhos do leitor, comprovando os dados relatados imparcialmente pelo narrador. O recurso gráfico utilizado para atribuir a autoria da fala a outrem, que não o produtor do texto, são as aspas ou o travessão. O discurso direto pode ser transcrito: a) Após dois-pontos, sem verbo dicendi (utilizado para introduzir discursos) E, para o promotor, o processo não vem correndo como deveria: “Às vezes sinto morosidade por parte do juiz”.
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